Oposição diz que apagão mostra falha em investimentos no setor elétrico

BRASÍLIA - O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que o apagão ocorrido na terça-feira à noite mostra que o problema de investimentos no setor de energia é antigo. Para ele, esse problema afetou tanto o governo Fernando Henrique como agora o governo Lula. Mas Rodrigo Maia disse que o blecaute acaba afetando a imagem da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como gestora, lembrando que ela foi ministra de Minas e Energia.

- O PAC é a demonstração de que ela (Dilma) não é boa gestora. O apagão é só uma certeza - disse Rodrigo Maia, acrescentando: - O apagão de ontem é prova de falta de investimento e de planejamento. É a demonstração de que a infraestrutura não teve investimento (necessário) no governo Fernando Henrique e continua sem investimento no governo Lula.

Já o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), chamou de "piada" as primeiras informações de que o problema fora de ordem meteorológica e também ironizou as declarações da ministra Dilma, que costuma dizer que o governo Lula nunca teve um apagão energético como o ocorrido no governo tucano.

- A ministra Dilma disse: "apagão no Brasil, nem morta!". E agora o apagão não foi por questões climáticas. É piada. Todo mundo sabe que não é. Foi manutenção, claro - disse José Aníbal, durante a reunião de uma das comissões do pré-sal.

Agora à tarde, o assunto deve tomar a sessão da Câmara, que discute, justamente, a medida provisória 466, que trata do sistema elétrico.

Dilma Vana Rousseff (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), atualmente ministra-chefe da Casa Civil e pessoa mais cotada a ser o candidato apoiado pelo atual governo para as eleições à Presidência da República, em 2010.

Oriunda de família de classe média alta e tendo recebido uma educação tradicional, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964. Iniciando na militância, logo passou a integrar organizações que executavam atividades ilícitas, o que a levou para a clandestinidade. É controverso seu grau de participação nas ações das organizações clandestinas que integrou, o COLINA e a VAR Palmares, tendo essa última protagonizado um célebre roubo em meados de 1969, considerada a ação mais espetacular e rendosa de toda a luta armada. Finalmente capturada, passou quase três anos presa, entre 1970 e 1972, tendo sido submetida à tortura.

Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde junto com o companheiro por mais de trinta anos, Carlos Araújo, ajudou na fundação do PDT e participou ativamente de diversas campanhas eleitorais. Exerceu o cargo de Secretária Municipal da Fazenda de Porto Alegre no governo Alceu Collares e mais tarde foi Secretária Estadual de Minas e Energia, tanto no governo de Alceu Collares como no de Olívio Dutra, no meio do qual filiou-se ao PT.

Participou da equipe que formulou o plano de governo na área energética na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002, onde se destacou e foi indicada para titular do Ministério de Minas e Energia. Novamente reconhecida por seus méritos técnicos e gerenciais, foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil, devido à crise que levou à renúncia de José Dirceu. Conhecida pelo temperamento difícil, passou a estar no centro de várias polêmicas,

Trânsito em SP pela Rádio SulAmérica








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