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sábado, 9 de agosto de 2008

Prelúdio de Harry Potter faz esgotar coletânea de contos

JK Rowling, autora da série Harry Potter
JK Rowling escreve ao lado de autores como a Nobel Doris Lessing
Um livro contendo uma história inédita da escritora britânica JK Rowling, autora da série Harry Potter, se tornou nas últimas horas a coleção de contos a se esgotar mais rapidamente no Reino Unido em todos os tempos.

What's Your Story?, um projeto criado pela rede de livrarias Waterstone, reúne contos de 13 autores como Doris Lessing, ganhadora do prêmio Nobel de literatura em 2007, Nick Hornby, Margaret Atwood, Lauren Child, Sebastian Faulks, Tom Stoppard e Irvine Welsh.

Leitores curiosos para ver a curta estória – apenas 800 palavras – de JK Rowling afluíram para as livrarias, que venderam 10 mil cópias do livro só no primeiro dia. Em algumas lojas, a obra se esgotou na hora do almoço na quinta-feira.

O conto, sem título, é um prelúdio que se desenrola três anos antes do nascimento de Harry Potter e conta as aventuras do pai do bruxinho, James Potter, e seu amigo Sirius Black aprontando em uma motocicleta mágica.

Diferentemente de Harry, aluno doce e comportado da escola de Hogwarts, o pai James é uma espécie de "selvagem" que comete infrações de trânsito, disse um crítico literário do jornal The Daily Telegraph.

O conto termina com as palavras da autora escritas à mão: "Do prelúdio que não estou escrevendo – mas foi divertido!"

Todo o lucro com a venda do livro, produzido em formato A5 de cartão postal, será destinado às organizações English Pen, que promove a literatura como meio de compreensão entre as culturas, e Dyslexia Action.

Em junho, o prelúdio original escrito à mão foi vendido para caridade, arrecadando 25 mil libras (cerca de R$ 80 mil).

Embora a série já tenha acabado, os fãs do bruxinho ainda esperam novidades sobre Harry Potter.

Em dezembro, JK Rowling publicará outro livro, The Tales of Beedle the Bard, um conjunto de contos de fada que faziam parte do sétimo e último volume da série, Harry Potter e as Relíquias da Morte.

Já a versão em filme de Harry Potter e o Príncipe Bastardo está prevista para ser lançada em novembro.

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26/10/2008 free counters

Foto de astro de Harry Potter usada para busca de ladrão na Nova Zelândia

Cartaz da polícia da Nova Zelândia
O pôster traz a foto do ator e explica a semelhança
A polícia neozelandesa usou a foto do ator escocês Robbie Coltrane em um cartaz de procurado na tentativa de capturar um ladrão adolescente que se parece com o artista.

O cartaz deixa claro que Coltrane, que atuou como Hagrid na série de filmes Harry Potter, não é suspeito de nenhum crime, mas afirma que o procurado, de 16 anos, se parece muito com o ator.

No cartaz, abaixo da palavra “procurado”, aparece a foto de Coltrane, com a legenda: “Ladrão ativo neste bairro”.

A polícia explica que decidiu colocar a foto do ator no cartaz porque as leis de proteção à criança e ao adolescente da Austrália proíbem o uso de fotos de menores criminosos.

Os cartazes foram distribuídos em várias casas na região de Christchurch, na Ilha do Sul.

Semelhança

O texto do pôster esclarece a semelhança entre o ator e o menor procurado pela polícia.

“Robbie Coltrane não é o ladrão, mas imagine ele com 16 anos de idade, cabelos lisos e oleosos e você terá a imagem do procurado”, diz o cartaz.

“Ele tem 16 anos, mora na região, anda de bicicleta e rouba casas na sua rua. Ele quebrará janelas para conseguir acesso e saqueará as propriedades em busca de aparelhos eletrônicos, dinheiro e jóias”, afirma o texto do pôster.

Há relatos de que os residentes aceitaram bem os cartazes e elogiaram a criatividade da polícia.

O ator não estava disponível para comentar o caso.

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26/10/2008 free counters

Museu na Alemanha mostra técnicas cirúrgicas de 10 mil anos


BBC

Uma exposição aberta no último fim de semana na Alemanha exibe provas de que há mais de 10 mil anos curandeiros na Idade da Pedra já operavam a cabeça de seus pacientes.

O mais curioso é que a maior parte dos pacientes primitivos sobrevivia, como mostram crânios descobertos em escavações arqueológicas.

Até o século 19, entretanto, grande parte das intervenções do tipo levava o doente à morte.

"Buraco na cabeça" é o título da mostra, exibida até dia 2 de novembro no Museu de Neanderthal, na cidade de Mettmann, no oeste da Alemanha.

Realizada na mesma localidade famosa pela descoberta do homem de Neanderthal, a exposição documenta as mais antigas operações de cabeça do mundo, abrangendo desde as mais primitivas intervenções até a moderna cirurgia cerebral.

Tumores

Considerada um dos mais antigos procedimentos médicos dos quais se tem evidência, a chamada trepanação é uma técnica em que um orifício é aberto no crânio, possibilitando operações no cérebro. Hoje em dia, a prática é usada, por exemplo, para extirpar tumores ou coágulos cerebrais.

Na pré-história, é possível que a trepanação não tivesse uma função terapêutica prática, servindo em muitos casos, segundo especialistas, para eliminar os maus espíritos e demônios do paciente. A sobrevivência ao procedimento, realizado através da Antigüidade, era de aproximadamente 70%.

Na Europa, puderam ser comprovados mais de 450 casos de trepanação durante o Neolítico. Entretanto, durante a Idade Média o conhecimento da cirurgia se perdeu e a cota de sucesso nesse tipo de intervenção caiu a praticamente zero.

O acervo inclui cerca de duas dúzias de crânios com buracos de trepanação, entre os quais os mais antigos encontrados no continente europeu, ao lado dos instrumentos primitivos usados nas operações.

Neolítico

Entre as peças expostas está uma cópia de um crânio datado do ano 5.000 a.C., considerado a mais antiga prova de uma operação craniana na Europa. Achado em um cemitério neolítico em Ensisheim, região francesa próxima à fronteira com a Alemanha, o esqueleto apresenta dois furos na cabeça.

Exames feitos por pesquisadores da Universidade de Freiburg indicaram que os dois buracos foram abertos por instrumentos cortantes de pedra. Os sinais de cicatrização indicam que o paciente, um homem de cerca de 50 anos, sobreviveu à operação.

Também são apresentadas ilustrações históricas, além equipamentos desenvolvidos para operar cérebros humanos através dos tempos, incluindo peças da antiguidade clássica, do da civilização celta e de povos da América Pré-Colombiana.

A exibição traz ainda cenas de trepanação do cinema e da TV, além de curiosidades sobre o tema.

Em uma mesa de operações moderna cedida pelo Hospital Universitário de Düsseldorf, os visitantes também podem experimentar a técnica de trepanação utilizando abóboras no lugar de cabeças.

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26/10/2008 free counters

DNA de 'cão salsicha' dá pista para tratar cegueira

Cão Dachshund usa óculos especiais para 'cegueira diurna' (Cortesia: Frode Lingaas, da Escola Norueguesa de Ciências Veterinárias)
Distrofia de cones e bastonetes afeta poucas raças de cães
Uma mutação genética no 'cão salsicha' pode oferecer pistas para uma forma de cegueira genética em humanos, de acordo com um estudo de pesquisadores americanos e noruegueses.

Eles conseguiram isolar um gene do DNA de cães da raça dachshund que havia sido parcialmente danificado em cães afetados por distrofias cone-bastonete, que afetam esses dois tipos de célula presentes na retina.

Distrofias ou displasias de cone e bastonete são relativamente raras em cães e se restringem a algumas raças. Em humanos, podem se iniciar logo na infância.

Em um primeiro momento, a perda das células da retina pode levar à "cegueira diurna", na qual a visão em lugares claros é prejudicada. Ao longo do tempo, o problema pode evoluir para a cegueira total.

No estudo, publicado na revista científica Genome Research, os cientistas isolaram parte do DNA dos dachshunds e, em particular, o gene NPHP4, que havia tido uma parte "apagada" em animais afetados.

O gene está associado a uma combinação de deficiências nos rins e fígados em seres humanos, disse o coordenador do estudo, o pesquisador Frode Lingaas, da Escola Norueguesa de Ciências Veterinárias.

"Nos cães dachshunds, encontramos uma mutação que afeta apenas os olhos, sugerindo que este gene pode estar relacionado a pacientes humanos com doenças oftalmológicas", afirmou.

Segundo ele, a descoberta pode ter aplicações tanto para uso veterinário quanto para uso em humanos.

Em cães, abre a possibilidade de testes genéticos para eliminar determinados distúrbios através do cruzamento de animais.

Em humanos, poderia apontar caminhos para o tratamento de distrofias de cones e bastonetes através do uso de genes, a geneterapia.

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26/10/2008 free counters

Análise: Referendo não resolve polarização na Bolívia


Evo Morales (arquivo)
Pesquisas de opinião indicam que Morales deve manter o cargo
Os bolivianos vão às urnas no domingo em um referendo para decidir se aprovam a continuidade no poder do presidente esquerdista Evo Morales, de seu vice, e de oito governadores eleitos - alguns dos quais são os maiores inimigos de Morales.

Mas o referendo revocatório já está cercado de confusão sobre qual é a porcentagem de votos que os governadores precisam para se manter no cargo, o que pode deixar os resultados abertos a contestação. Há ainda muitas dúvidas sobre se o referendo vai ajudar a reduzir a aguda polarização social e geográfica na Bolívia e tornar o país mais governável.

Em maio passado, o presidente Morales concordou em convocar o referendo em parte porque acreditava que poderia usá-lo para retomar a iniciativa política de seus oponentes nos departamentos (equivalentes a Estados) do leste do país, que são ricos em gás.

Nos últimos três meses, a oposição vem comandando a agenda política. Nos chamados departamentos "meia-lua" de Santa Cruz, Beni, Trinidad e Tarija, maiorias significativas votaram por maior autonomia do governo central em várias áreas.

O governo rejeitou os referendos regionais como ilegais e culpou os governadores de direita por tentarem dividir o país.

Dúvidas

As regras para a votação de domingo são complexas e ainda cercadas de dúvidas:

* O presidente Morales e o vice, Álvaro García Linera, terão que deixar seus cargos se mais de 53,7% dos eleitores manifestarem desejo de afastá-los - esta foi a porcentagem dos votos que os políticos receberam nas eleições de 2005.

* Depois de um acordo no dia 31 de julho entre o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e a maioria dos tribunais dos departamentos, os governadores regionais perderão seus cargos se mais de 50% dos eleitores decidirem por sua remoção.

* Antes do acordo de julho, os governadores tinham que garantir o mesmo número de votos obtidos nas eleições de 2005, mais um, para não perder seus cargos. O novo acordo na verdade baixou a porcentagem necessária para a manutenção dos políticos em seus cargos e aumenta a probabilidade de que vários deles sobrevivam.

* Apesar do acordo de 31 de julho, os resultados ainda podem ser questionados. Morales disse que ele não tem certeza se o CNE pode emendar as regras; o governador regional de Cochabamba, Manfredo Reyes, recusou-se a aceitar a base constitucional para o referendo; e dois dos nove tribunais departamentais do país (Santa Cruz e Oruro) não ratificaram o acordo.

Constituição

Na base do conflito está o desejo do presidente Morales de conseguir aprovar uma nova Constituição. Isto daria uma maior parcela dos recursos obtidos como gás boliviano para os departamentos mais pobres (no oeste do país), alocaria mais terras para a maioria indígena e permitiria que Morales buscasse a reeleição. Os departamentos no leste do país, liderados por Santa Cruz, mantêm forte oposição.

Um quadro muito possível é que tanto o presidente Morales quanto a maioria dos governadores que se opõem a ele serão confirmados em seus cargos. Morales e seu partido, o Movimento para o Socialismo, ainda são populares junto à maioria pobre.

O governo vem usando cada vez mais a receita obtida com o gás para aumentar os gastos públicos com aposentadorias mais altas, salário mínimo maior, e um esquema de transferência de recursos que concede merenda escolar gratuita e um pagamento em dinheiro a mães de crianças que freqüentem as escolas.

Mas é provável que a maioria dos governadores, como Ruben Costas, de Santa Cruz, também sejam confirmados no cargo. Pesquisas de opinião mostram que o governo é popular nas províncias do oeste, mas os governadores têm apoio nos departamentos do leste.

Muitos observadores na Bolívia têm sérias dúvidas de que a convocação do referendo no domingo oferecerá uma saída para a polarização política. Se Morales obtiver um número significativamente maior de votos do que os que teve em 2005, ele vai se sentir encorajado a realizar um outro referendo: desta vez sobre a Constituição.

Mas os líderes da oposição vão alegar que eles também têm um mandato para continuar sua contestação se forem confirmados em seus postos e podem se tornar ainda mais intransigentes.

Consenso

Há alguma saída para o impasse? Dois recentes relatórios de institutos de análise internacionais sugerem que os dois lados devem se mostrar dispostos a concessões para que haja um avanço.

O International Crisis Group argumentou em um documento divulgado em junho que é "essencial se afastar de 'referendos de duelo' que têm o objetivo de subjulgar o outro lado".

Ao invés disso, considera necessário um consenso básico sobre vários temas, como o equilíbrio entre autonomia departamental e autonomia indígena na nova Constituição, a distribuição da renda proveniente do gás, e o status da cidade de Sucre como capital constitucional (mas não sede do governo).

Um documento divulgado em julho pela organização Inter-American Dialogue, sediada em Washington, chegou a conclusões semelhantes sobre a necessidade de um consenso. Ele sugere que o primeiro passo deveria ser um acordo para a indicação de elementos imparciais para o Tribunal Constitucional e a Corte Nacional Eleitoral.

O instituto advertiu que nenhum dos lados pode impôr com sucesso sua visão política sobre o outro, e argumentou que a necessidade de uma mentalidade de "concordar em discordar" é mais urgente do que nunca.

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26/10/2008 free counters

Repórter da BBC relata 'cenas de pânico' em cidade bombardeada

Georgiana observa prédios atingidos por bombardeio em Gori no sábado, 9/8
Geórgia diz que 60 civis morreram ou foram feridos nos ataques russos

A aviação russa bombardeou no sábado alvos na cidade de Gori, a cerca de 25 quilômetros do coração dos conflitos na província separatista da Ossétia do Sul, na Geórgia. O repórter da BBC Richard Galpin descreve o que chama de "cenas de pânico" no vilarejo.

Vimos o impacto dos ataques aéreos em Gori – edifícios em chamas. Podíamos ouvir a aviação russa sobre nós. Em um dos ataques, o piloto errou a base militar alvejada e atingiu dois blocos de apartamentos civis.

Quando chegamos à cidade, chamas saíam por janelas em apartamentos onde ainda havia pessoas presas. Uma mulher suplicava aos bombeiros e soldados que a ajudassem a encontrar sua família. Dizia que havia ido ao apartamento em chamas mas não conseguira encontrar os parentes.

Vimos civis feridos sendo retirados de prédios. Havia claramente feridas muito graves. Soldados georgianos na cena dos bombardeios nos disseram que civis haviam sido mortos naqueles apartamentos. Vimos pelo menos um homem ser retirado sem vida.

Uma investida aérea atingiu uma base militar da qual aparentemente a maioria dos soldados havia conseguido sair antes das bombas. Militares disseram à BBC que os alvos eram bases na cidade. Há três, nas quais milhares estão estacionados.

Soubemos que o principal hospital da cidade estava lotado de vítimas. Havia cenas de pânico na cidade. Um grande número de soldados também procurava abrigo. Militares corriam pelas ruas e civis fugiam em busca de segurança. Nuvens de fumaça tomavam os céus de Gori.

Georgiana chora em frente a hospital após bombardeios em Gori no sábado
'Vimos civis sendo retirados de prédios; havia feridas graves.'

Durante toda a noite, tínhamos visto um grande contingente de tropas georgianas chegar a esta cidade. Alguns eram reservistas, o que indica que existe uma mobilização em massa neste país.

Por ora, a situação mais crítica é na Ossétia do Sul. Bombardeios massivos atingiram a capital da província, Tskhinvali, nas últimas 48 horas. Moradores são obrigados a viver longos períodos de tempo em abrigos. Há combates também ao redor da cidade.

Autoridades da região dizem que 1,4 mil pessoas foram mortas nas primeiras 24 horas do conflito – o governo central da Geórgia diz que a estimativa não tem sentido.

Também na capital, os hospitais estão lotados de vítimas. Pelo menos cem pessoas foram internadas com ferimentos. Soubemos que cerca de 30 georgianos foram mortos – entendemos que são soldados, mas é difícil saber se isto é certo.

Na estrada da capital do país, Tbisili, para cá, havia ambulâncias indo e vindo, supostamente levando feridos para hospitais com mais infra-estrutura.

A Geórgia diz que diversas bases militares georgianas e um porto na costa do mar Negro, a centenas de quilômetros daqui, foram bombardeados pela aviação russa.

Claramente, os russos estão escolhendo alvos em diferentes partes do país.


Rússia e Geórgia se acusam por 'crimes' em conflito
Comboio de tanques russos se dirige à província separatista georgiana da Ossétia do Sul
Comboio de tanques russos se dirige à província Ossétia do Sul

A Rússia e a Geórgia trocaram neste sábado acusações mútuas de "crimes" graves, em meio à ampliação do conflito iniciado na província separatista georgiana da Ossétia do Sul.

O parlamento da Geórgia declarou estado de guerra depois que a Rússia passou a atacar alvos que estão fora da área de conflito.

Já o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, defendeu o direito da Rússia de intervir para proteger cidadãos russos na província e acusou a Geórgia de cometer "genocídio" e "crimes contra seu próprio povo" na luta contra rebeldes separatistas.

Os combates já fizeram centenas de vítimas, entre mortos e feridos, e há relatos que falam em até 2 mil mortos - nenhuma estatística confirmada.

Além disso, a situação se complicou neste sábado com o que pode ter sido a abertura de uma segunda frente contra o Exército georgiano, desta vez na região da Abecásia, também separatista.

Grupos rebeldes lançaram ataques aéreos e de artilharia contra militares da Geórgia. O governo diz que os rebeldes foram repelidos.

Ataques

O sábado foi marcado pelo ataque de jatos russos a alvos militares na cidade de Gori, próxima à capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali, mas fora da província rebelde. Segundo o governo georgiano, 60 civis morreram ou ficaram feridos.

A Rússia diz que Tskhinvali está sob seu poder e que Gori é onde as tropas da Geórgia se concentram para tentar tomar a região separatista.

O ataque levou o parlamento da Geórgia a declarar estado de guerra, o que dá ao presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, autoridade para convocar reservistas e elevar os esforços militares na Ossétia do Sul.

Cerca de 2 mil homens que serviam no Iraque já foram reconvocados para lutar em casa.

Em uma entrevista à BBC, o presidente georgiano acusou a Rússia de crimes de guerra ao atacar áreas residenciais.

"Durante toda a noite, bombardeios russos tentaram atingir oleodutos que estão a centenas e centenas de quilômetros da zona de conflito", declarou Saakashvili.

"Não se trata apenas de parar os combates na zona de conflito. Eles estão destruindo meu país, minha democracia, controlando as rotas de energia para a Europa e fazendo tudo isto de maneira brutal, porque basicamente 90% das pessoas que eles mataram são civis que estão sendo deliberadamente atacados", acusou.

"Estamos efetivamente falando de crimes de guerra."

A recente explosão de violência começou depois de uma operação de forças da Geórgia contra rebeldes ossetas que, segundo a Rússia, estaria colocando em risco a vida de cidadãos russos.

"Historicamente, sempre que a Rússia atacou um país vizinho, afirmou que foi uma invasão provocada. Eles sempre disseram ter ido 'resgatar minorias' – na Polônia, na Finlândia –, sempre tiveram um pretexto para invadir – a Hungria, a Tchecoslováquia, o Afeganistão. Isso é a velha propaganda soviética", disse Saakashvili.

"Mas nós estamos no século 21, pelo amor de Deus. Apenas respondemos com nossas Forças Armadas depois que 150 tanques russos e carros blindados cruzaram a fronteira georgiana e entraram no nosso território."

Em outro momento, ele declarou a jornalistas enquanto visitava um hospital: "Fiz um apelo ao presidente russo Dmitri Medvedev propondo acabar com essa loucura".

'Genocídio'

Também neste sábado, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, acusou a Geórgia de cometer "genocídio" e "crimes contra seu próprio povo" no conflito.

"Atacando a integridade territorial da Geórgia e assim causando mais prejuízos à sua própria nação, é difícil imaginar como é possível convencer a Ossétia do Sul a fazer parte da Geórgia após esses eventos que ocorreram e continuam a ocorrer", afirmou Putin na cidade de Vladikavkaz, na fronteira entre a Rússia e a província georgiana.

"A agressão levou a inúmeras vítimas, incluindo a população pacífica e civil, e provocou uma verdadeira catástrofe humanitária. E isto é, claro, um crime contra seu próprio povo."

Mapa da Geórgia

Putin disse que o que está acontecendo na Ossétia do Sul "é um genocídio".

As declarações foram reproduzidas pela TV e a agência oficial russas. Mais cedo, ele defendeu a intervenção militar russa na província georgiana.

"Para a Rússia, do ponto de vista legal, nossas ações são absolutamente justificáveis e legítimas. Além do mais, são necessárias, em linha com acordos internacionais que nos obrigam a realizar não apenas tarefas de manutenção da paz mas proteger o outro lado se um dos lados do conflito desrespeitar o cessar-fogo, que é o caso na Ossétia do Sul."

Diplomacia

Uma delegação incluindo enviados americanos e europeus está se dirigindo à Geórgia para tentar negociar um cessar-fogo na região.

Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu chegar a um acordo sobre uma declaração pedindo o fim das hostilidades.

A Grã-Bretanha, os Estados Unidos e a França afirmam que a agressão russa seria o principal fator do conflito, enquanto Moscou culpa a Geórgia.

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu que a Rússia retire suas tropas e respeite a integridade territorial da Geórgia.

O órgão de segurança da União Européia alertou que o conflito na região pode se transformar em uma guerra.

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26/10/2008 free counters

Conheça as ruas mais perigosas do Rio

Enviado por Camilo Coelho -
9.8.2008
| 14h00m
Polícia divulga ranking

Veja as ruas perigosas e os carros mais roubados

Atenção motoristas! A polícia montou um ranking com as ruas mais perigosas e as marcas de carro mais roubadas este ano. Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), os números foram feitos baseados em registros de ocorrência das delegacias da Polícia Civil. E quem lidera a indesejada lista na capital é a Avenida Brasil, a principal via da cidade, que corta diversos bairros. Logo depois aparecem algumas das principais vias da Zona Norte.

A segunda via com maior índice de roubo de carros é a Avenida Pastor Martin Luther King Júnior, antiga Automóvel Clube, que liga diversos bairros na Zona Norte. Logo depois aparece a Estrada Adhemar Bebiano, antiga Estrada Velha da Pavuna, que vai de Del Castilho a Tomás Coelho.

- Nessas ruas os motoristas precisam redobrar a atenção e andar com os vidros portas fechadas. Têm que estar sempre atentos - explicou o delegado Ronaldo Oliveira, da DRFA, que aponta o patrulhamento preventivo como solução:

- A gente faz esse levantamento e passa para a Polícia Militar (veja a lista com os telefones do batalhões), que organiza o patrulhamento. A Polícia Civil só pode atuar na investigação, tentando identificar as quadrilhas após os roubos serem cometidos - disse Ronaldo.

Um outro ranking também aponta quais são as marcas de carro preferida dos assaltantes. Quem lidera a lista é o Palio, com 2.044 registros de roubo este ano (seu carro foi roubado? clique aqui). Logo atrás aparece uma moto, a Honda CG, com 1.185 registros de roubo, seguido do Gol (949), Corsa (764) e Siena (657). (antes de registrar, confira se o carro foi rebocado)

- É preciso levar em consideração que eles são os mais roubados porque representam a maioria dentro da frota na cidade. Roubam muito Palio porque existem muitos carros deste tipo circulando - garantiu Ronaldo (seu carro está apreendido? veja aqui).

E você leitor. Já teve o carro roubado? Tem medo de passar nessas ruas? Conte para a gente...

Ranking das ruas na capital:

1) Avenida Brasil
2) Avenida Pastor Martin Luther King Júnior
3) Estrada Adhemar Bebiano
4) Rua 24 de Maio
5) Linha Amarela
6) Rua Leopoldo Bulhões
7) Rua Ana Nery
8) Rua Goiás
9) Rua Alexandre Calaza
10) Estrada do Gabinal

Ranking dos carros mais roubados:

1) Palio
2) Moto Honda CG
3) Gol
4) Corsa
5) Siena
6) Fiesta
7) Astra
8) Celta
9) Uno
10) Fox

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26/10/2008 free counters

Sorteadas dezenas do concurso 994 da Mega-Sena


Plantão | Publicada em 09/08/2008 às 21h02m

O Globo Online

RIO - A Caixa acaba de divulgar as dezenas do concurso 994 da Mega-Sena. Os números sorteados foram: 03 - 20 - 29 - 40 - 44 e 58. O sorteio foi realizado na cidade de Tremembé, em São Paulo. A previsão era de que o prêmio para este sábado chegasse a R$ 8,5 milhões.

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26/10/2008 free counters

Série de explosões em Xinjiang mata ao menos duas pessoas


Plantão | Publicada em 09/08/2008 às 22h05m

Reuters/Brasil Online

PEQUIM (Reuters) - Uma série de explosões matou pelo menos duas pessoas na distante região de Xinjiang, oeste da China, no domingo (horário local), segundo dia dos Jogos Olímpicos de Pequim e quase uma semana depois dos ataques na mesma região que mataram 16 pessoas, informou a imprensa estatal chinesa.

Ao menos quatro ou cinco suspeitos foram mortos ou seriamente feridos no ataque, segundo fontes citadas pela agência de notícias Xinhua.

As explosões em Kuga, grande cidade de Xinjiang, a mais de 3.000 quilômetros de Pequim, aconteceram antes do amanhecer, segundo testemunhas ouvidas pela agência Xinhua, acrescentando que eles viram flashes de fogo e ouviram tiros esporádicos. A China chamou os militantes separatistas Uighur que em Xinjiang lutam pela separação do Turquistão Oriental de forte ameaça aos Jogos de Pequim

A polícia isolou a área onde as explosões aconteceram. "Fontes militares locais confirmaram o incidente e disseram que forças militares foram postas em alerta", disse a agência Xinhua.

Oficiais de segurança da capital da região, Urumqi, não estavam disponíveis no momento para comentar o fato.

Um ataque a uma estação policial de fronteira em Xinjiang matou 16 policiais na segunda-feira. Dois suspeitos Uighur foram detidos.

(Por Simon Rabinovitch)


'Várias explosões' atingem província chinesa de Xinjiang

Mapa da China

Várias explosões atingiram a província chinesa de Xinjiang, no noroeste do país, segundo a agência estatal chinesa Xinhua.

As explosões ocorreram pouco antes das 4h da manhã locais (17h em Brasília) em Kuga, no sul da província, afirmou a agência.

Em seguida houve troca de tiros, mas não foram registradas vítimas fatais, acrescentou a Xinhua.

Xinjiang é a província onde, no início da semana, 16 policiais chineses foram mortos no ataque a um posto de fronteira.

A região é habitada pelos Uighur, população muçulmana na qual um braço separatista há décadas encampa uma luta de baixo perfil contra a autoridade chinesa.

No passado, a China já chamou atenção para o que qualificou de ameaças terroristas de grupos islâmicos em Xinjiang, sem oferecer evidências para comprovar seu receio.

O incidente ocorre um dia após a abertura oficial dos Jogos Olímpicos, em Pequim.

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26/10/2008 free counters

Ministro francês viaja à Geórgia e governo convoca ministros da UE para discutir situaçã o


Plantão | Publicada em 09/08/2008 às 22h39m

EFE

PARIS - O ministro francês de Assuntos Exteriores, Bernard Kouchner, viajará neste domingo para a Geórgia para propor às partes em conflito uma saída negociada, segundo anunciou a presidência da União Européia. O governo da França, que assume provisoriamente a presidência da UE, convocou uma reunião extraordinária dos ministros de Relações Exteriores da UE para o início da próxima semana, no qual os 27 membros analisarão os resultados das gestões diplomáticas internacionais que visam frear a guerra no Cáucaso.

A presidência francesa da UE não descarta a convocação de uma reunião de cúpula extraordinária de líderes da UE sobre o conflito entre georgianos e os separatistas da Ossétia do Sul apoiados por Moscou.

As fontes não confirmaram quando seria realizada a sessão especial do Conselho de Relações Exteriores da UE, nem se a reunião aconteceria em Bruxelas ou em Paris.

Horas antes deste anúncio, o presidente da França e atual da União Européia (UE), Nicolas Sarkozy, propôs um plano de cessar-fogo e volta ao 'status quo' anterior ao conflito, após falar com os dirigentes da Geórgia, Reino Unido, Espanha, Ucrânia e Itália e com o primeiro-ministro russo, Vladímir Putin.

A presidência francesa propôs ainda o ''fim imediato das hostilidades'', ''o pleno respeito da soberania e da integrigada territorial da Geórgia'' e o restabelecimento da situação que prevalecia anteriormente sobre o território, que implica a retirada das forças russas e georgianas às posições anteriores, com fórmulas de acompanhamento internacional''.

Sarkozy, que anunciou em um comunicado que também se reunirá, nas próximas horas, com o presidente russo, Dmitri Medvédev, a chanceler alemã, Ângela Merkel. Por sua vez, o presidente dos EUA, George W. Bush, informou que "uma iniciativa diplomática será tomada rapidamente dentro das Nações Unidas'', junto com seus sócios europeus, em particular o Reino Unido e Alemanha.

Por sua vez, em declarações à imprensa, o ministro Kouchner pediu à Rússia e a Geórgia interrompessem os combates.

Em uma entrevista à rede de televisão "France 2", o chefe da diplomacia francesa qualificou de ''guerra terrível, brutal'' o conflito entre ambos os países e solicitou a Moscou que cessasse os bombardeios sobre a população civil e o regresso das tropas russas para o outro lado da fronteira. Também pediu que as tropas georgianas voltassem a suas posições anteriores

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26/10/2008 free counters

Tráfico monta cursos para jovens integrantes de quadrilhas aprenderem técnicas de guerrilha e uso de armas


Publicada em 09/08/2008 às 16h47m

O Globo Online

RIO - O tráfico no Rio está investindo em jovens sem perspectivas de trabalho nas favelas para treinar, em áreas de Mata Atlântica, verdadeiros guerrilheiros, como informa reportagem de Sérgio Ramalho e Vera Araújo publicada no jornal O Globo neste domingo (acesso à íntegra somente para assinantes) . A informação de que traficantes estão montando esse tipo de curso é citada em relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e foi obtida também pelos analistas da Coordenação de Segurança e Inteligência (CSINT), do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). O documento da Abin foi elaborado com base em dados dos setores de inteligência das polícias Civil e Militar, que constataram o emprego desse tipo de tática em confrontos na mata na Rocinha, no Vidigal e nos morros do Chapéu Mangueira e da Babilônia (ambos no Leme).

Na Zona Sul, a principal facção a usar esse tipo de treinamento tem como principal reduto as favelas do Pavão-Pavãozinho (Copacabana) e do Cantagalo (Ipanema). De acordo com o relatório da agência, os instrutores são jovens das comunidades que passaram pelas Forças Armadas ou ainda estão prestando serviço militar. Agentes da CSINT descobriram que há casos de alunos de até 11 anos.

A proposta do diretor-geral do Degase, Eduardo Gameleiro, é a de usar as informações para melhorar o atendimento nas unidades do órgão, responsável pela aplicação de medidas socioeducativas a crianças e adolescentes infratores.

Segundo o documento da Abin, como incentivo, traficantes oferecem a jovens R$ 300 semanais para que ingressem no Exército ou na Marinha e, de preferência, se tornem pará-quedistas ou fuzileiros navais. Os mais aptos são alçados à posição de instrutores e passam técnicas de guerrilha, tiro e manutenção de armas aos mais novos das quadrilhas. O relatório acrescenta que esses jovens não se limitam a dar treinamento nas favelas de origem. Os mais capacitados dão aulas em comunidades aliadas e até elaboram planos de invasão em áreas dominadas por bandos rivais.

Traficantes da Rocinha também recebem instruções desse tipo e, segundo a Abin, vêm usando acampamentos na mata no alto da favela para esconder armas, drogas e munição. O relatório da agência frisa que o uso da estratégia vem crescendo como forma de evitar perdas de armas e drogas.

Dois adolescentes que fizeram o curso em favelas de duas facções criminosas contaram ao GLOBO que, para se habilitar, passaram pelos estágios de fogueteiros (responsáveis por soltar fogos para alertar para a chegada da polícia), "aviões" (transportadores de drogas), cargueiros (levam para a favela as drogas encomendadas) e "vapores" (encarregados de vender drogas).

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26/10/2008 free counters

Milhões vivendo no pântano


Graças à riqueza do petróleo, a cidade que tem 40% da área ocupada pela água atrai 600 mil imigrantes a cada ano, vindos de toda a África

Lourival Sant'Anna, enviado especial



Na tarde chuvosa de domingo, um homem com água até o joelho tenta arrastar uma enorme tora de madeira na Lagoa de Lagos, destino de esgoto e lixo da megalópole nigeriana. Ao seu redor, palafitas, canoas e lixões exalando fumaça compõem o cenário do Okobaba Timber Center. Entreposto a céu aberto para onde convergem as toras do interior do país, o Timber Center domina a vista das congestionadas pontes que ligam continente e ilhas. Em seu esforço quase sobre-humano - e aparentemente inútil -, o homem pequeno no grande cenário da lagoa encarna a luta pela sobrevivência nessa cidade singular. Se Lagos tivesse comparação, a imagem mais próxima seria a de um formigueiro humano. Em geral carregando alguma coisa, seus 15 milhões de habitantes movem-se incessantemente, disputando o espaço exíguo, roubado da água pelos aterros, na densidade de 4.193 habitantes por quilômetro quadrado.

Apesar de 40% de sua área estar coberta pela lagoa, rios e pântanos - o que lhe valeu o nome, dado pelos portugueses -, água tratada e encanada chega, segundo dados oficiais, a apenas 6,39 milhões de pessoas (42,6% da população). Embora a Nigéria seja o sétimo maior produtor entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e goze de notável potencial hidrelétrico, a eletricidade funciona algumas horas por dia. A demanda é de 6 mil megawatts e a oferta, de 1 mil. Pelo menos metade da atividade econômica é informal. Daí o leva-e-traz incessante: de galões de água, de querosene para iluminar e cozinhar e de todo tipo de produtos vendidos na rua, nos colossais engarrafamentos da cidade de 1 milhão de veículos e praticamente nenhum semáforo (os poucos existentes vivem desligados).

A água é um problema - e negócio - antigo. Em Lafiaji, o bairro dos escravos libertos que voltaram do Brasil no século 19, ainda está a casa de Cândido Rocha, que furou um poço em seu quintal e ficou rico vendendo água. A história foi celebrizada no romance A Casa da Água, de Antonio Olinto, adido cultural em Lagos nos anos 1960. Hoje, a cidade está repleta de poços artesianos comerciais, aonde os vendedores de água - profissão comum - vão se abastecer.

Ao lado de seu carro de mão que comporta 10 galões de 25 litros, Aruna Anabowo conta que paga 20 nairas (R$ 0,26) por recipiente, e o vende nas ruas por 40 a 50 nairas (R$ 0,54 a R$ 0,66), ganhando entre 300 e 400 (R$ 4,05 a R$ 5,40) por dia. Como Anabowo, pelo menos 20 pessoas vão todos os dias comprar água no poço, segundo o seu dono, Aloka Abu Bakar. A maioria faz mais de uma viagem e ele enche entre 40 e 45 carretas como a de Anabowo por dia.

Mas não é só água que se vende nas ruas. Eis a lista compilada num engarrafamento, pela ordem de aparição: verduras para ogu (molho tradicional), cartões de telefone, tábua de passar roupa, gravatas, refrigerantes, quitutes, estabilizadores de voltagem (que varia muito entre um blecaute e outro), frutas, jornais, rodelas de banana fritas, estilingues, salada de fruta cozinhando ao sol de 38 graus, CDs, cuecas, camisetas, teclado de computador, kits para cortar as unhas e fazer a barba, DVDs do filme O Anão Desaparecido (vendidos por anões que batem no vidro do carro e se dizem os protagonistas), vestidos, sapatos, bichos de pelúcia e controles remotos. As ruas de Lagos equivalem a um shopping center drive-thru.

É uma cidade 24 horas, talvez não no mesmo sentido que Tóquio e Nova York. Parte dos vendedores ambulantes dorme de dia nas favelas e nos baixos das pontes para suprir de noite os trabalhadores diurnos. Ao anoitecer, barracas de suya - um popular espetinho de carne, lingüiça ou peixe - dividem com sapateiros e lavadores de carros as calçadas, liberadas pelo fechamento das lojas e escritórios. Sem espaço para todos, a cidade se duplica. Nos caóticos cruzamentos sem sinalização, homens sem pernas movem-se com destreza sobre carrinhos de rolimã, com uma vara nas mãos, ameaçando golpear os carros e motos que se atrevem a negar passagem aos seus "clientes" - motoristas que lhes pagam com notas de 20 nairas (o equivalente a R$ 0,26). Na ausência de virtualmente todos os serviços públicos, os homens fazem as vezes até de semáforos.

Outra ocupação característica é a de "area boy" - termo assimilado pelo "pidgin English", a incompreensível língua franca que permeia os 374 idiomas identificados na Nigéria. Geralmente desarmados, mas vociferantes, numerosos e ameaçadores, esses "donos do lugar" conseguem, literalmente no grito, intimidar vendedores ambulantes a dar-lhes uma porcentagem de seu ganho e transeuntes brancos desavisados a pagar-lhes uma espécie de pedágio - que dividirão depois com policiais, que assistem a tudo impassíveis.

A manicure e maquiadora Tawa Bilighamin Calitsu, de 25 anos, há 4 com um salão de beleza numa calçada da favela Makoko, uma das maiores de Lagos, diz que atende de 15 a 20 mulheres e ganha entre R$ 13,50 e R$ 33,80 por dia. As mulheres de Lagos são visivelmente vaidosas, com notável capacidade de se manterem limpas e elegantes enquanto caminham sobre a lama e desviam das poças d’água e do esgoto que aflora.

Maior cidade da África negra, menor apenas que o Cairo no continente, Lagos concentra um terço do PIB de R$ 212,3 bilhões da Nigéria. Sua renda per capita é pelo menos o triplo da do país, de R$ 1.454. Essa efervescente economia atrai 600 mil imigrantes por ano. Não só da Nigéria. Muitos vêm de Gana, assim como o peixe que vendem nas calçadas; outros, do Benim, de onde trazem produtos de beleza e higiene. A beninense Latifa Adeshine, de 27 anos, vive há 10 na Nigéria. Acompanhada da filha de 1 ano e meio, Latifa vai a cada duas semanas a Cotonu (maior cidade de seu país) abastecer-se de xampus, sabonetes e cremes, que lhe rendem até R$ 40,60 por dia nas ruas de Lagos. O marido vende fitas cassete. Eles têm outro filho de 5 anos, e pagam R$ 20,30 por mês por um barraco que dividem com mais quatro pessoas. A imigração é facilitada pela coincidência de grupos étnicos nos países da região. Latifa é iorubá, um dos mais importantes entre os 250 grupos étnicos da Nigéria.

Os imigrantes vão chamando e acolhendo parentes e amigos da terra natal. Um funcionário do governo estadual que comandou um minicenso em 2006 observou que as fichas dos pesquisadores eram pequenas demais para registrar todos os moradores de cada casa - oito, dez pessoas. O governo do Estado de Lagos sustenta que a região metropolitana tem 18 milhões de habitantes. O governo federal, que distribui recursos com base na população, fala em 10 milhões. O próprio funcionário disse ao Estado que o número correto é em torno de 15 milhões. O urbanista Olugbenga Akinmoladun, da Universidade de Lagos, concorda com a estimativa.

A população de Lagos cresce 8% ao ano - o dobro da média nacional. Apesar de ter perdido o status de capital para Abuja em 1991, ela está para a Nigéria assim como São Paulo e Rio estariam para o Brasil se fossem uma só cidade. Com 36,8% da população urbana da Nigéria, Lagos tem sido um ímã desde o boom do petróleo dos anos 1970. Sua área de 3.345 quilômetros quadrados representa 0,4% do país, mas a população equivale a mais de 10%.

Em 1963, Lagos tinha 665 mil habitantes. Em 1975, no calor da crise do petróleo, o número saltara para 3,5 milhões. O destino de boa parte dos novos moradores tem sido as favelas: o número subiu de 42, em 1984, para mais de 100.

Das 25 megacidades do mundo, Lagos tem o mais baixo padrão de vida. Mas a cidade não atrai apenas pobres. Com a intensificação de seqüestros pela guerrilha do Delta do Níger, onde se concentra a exploração de petróleo, executivos estrangeiros se transferiram de Port Harcourt, a principal cidade da região, para Lagos, causando inflação brutal nos aluguéis dos apartamentos. Em Ikoyi, onde se concentram os edifícios de alto padrão, um apartamento de um quarto sem mobília não é alugado por menos de R$ 129 mil ao ano. Os proprietários exigem pagamento adiantado de dois anos. Um executivo conta que optou por morar em Abuja, onde pagou adiantado R$ 46,7 mil por um ano num apartamento mobiliado. Prefere gastar R$ 402 em passagens aéreas sempre que precisa ir a Lagos.

Tanto quanto são atraentes para os vendedores ambulantes, as ruas de Lagos podem representar um castigo para os lojistas que tentam manter negócios razoavelmente formais, em pontos comerciais. "Aqui estamos passando fome", diz Anayo Henry Okeike, dono de uma loja de produtos para panificação na Rua Igbehn-Adun, na favela Makoko. A rua de terra repleta de poças d’água e lama é intransitável de carro. Até os pedestres a percorrem com dificuldade, equilibrando-se sobre tábuas de madeira. Não há rede de esgoto em Lagos, e entre a fileira de lojas e casas e a rua, um canal fétido - que Okeike atravessa com uma pinguela de tábua - denuncia a contaminação da água pelas fossas negras. Nessas condições, os fregueses desaparecem na estação chuvosa, que cobre metade do ano (de abril a outubro). "Não acredito mais no comércio", desiste Wisdom Duru, de 23 anos, em sua loja de motores de popa. Compositor de rap, ele sonha em gravar um CD.

A agitação de Lagos atrai milhares de pessoas pela oportunidade de renda, mas também cobra um preço alto. Aos 20 anos, Michael Akposionu, há 3 vendendo CDs nas ruas, está cansado. "Esse trabalho me estressa", diz o jovem da etnia ibo (cujos integrantes são considerados mais robustos que os iorubás, por exemplo). Com curso secundário, ele ganha R$ 202 por mês, trabalhando nas ruas das 8 às 18 horas. "É demais para a minha saúde", afirma. Akposionu candidatou-se a uma das quatro vagas de vendedor de cosméticos, oferecidas pelo Projeto Ajegunle.org, destinado a capacitar jovens de uma das maiores favelas do mundo, com 3 milhões de moradores. Dirigida por dois engenheiros eletrônicos, a ONG ensina os jovens de Ajegunle a usar computadores e a montar planos de negócios, e ainda busca estágios para eles em grandes empresas. Se Akposionu for selecionado, receberá uma motocicleta e uma sacola de produtos da linha Tura, da inglesa Lornamead, para vender de porta em porta. "É impressionante que ele ainda queira trabalhar", anima-se Gbenga Sesan, de 30 anos, diretor da ONG. "Na idade dele, seus amigos que deixaram a escola e não conseguiram emprego vão ganhar dinheiro com crimes na internet."

Boa parte das falcatruas distribuídas por e-mail pelo mundo - como "gerentes de banco" propondo investimentos mirabolantes com heranças sem dono - é originária da Nigéria. "As pessoas de fora pensam que todo mundo em Ajegunle é marginal. Queremos dar vazão ao empreendedorismo desses jovens", aposta Ugochukwu Nwosu, de 27 anos, gerente do programa, que cresceu aprendendo com o pai, empresário em diversos ramos. "No escritório, ficaram surpresos de ver que tem gente decente em Ajegunle", conta Abazu Debby Chidimma, de 22 anos, estagiária na Lornamead.

O projeto não tem patrocinadores, mas oito parceiros, entre eles as empresas DHL e Virgin Atlantic e a Embaixada Britânica, para os quais encaminha estagiários, que recebem R$ 162 de ajuda de custo. Depois de empregados ou de abrir o próprio negócio, os beneficiados devem pagar 10% de sua renda durante dois anos ao projeto, além de treinar outros cinco jovens. "Queremos multiplicar a capacitação por toda Ajegunle", dizem Sesan e Nwosu. Até aqui, 106 jovens já receberam treinamento, e hoje se dedicam às mais variadas atividades. Nathanael Osiri, de 24 anos, ganha R$ 203 por mês com uma fábrica caseira de desinfetantes. Vivian Felix, de 20, fatura R$ 108 com suas bijuterias. Adefunke Joan Alao, de 18, começou vendendo cartões de chamada; agora oferece linhas telefônicas e tira R$ 271 por mês.

Sempre que um alto funcionário do governo de Lagos, que pediu anonimato, expõe sua tese aos amigos, chamam-no de racista. "Se fosse presidente, entregaria a Nigéria em concessão", confessa. "Diria ao concessionário: ‘Leve todo o petróleo que quiser, mas você tem dez anos para transformar o Estado de Lagos numa Cingapura.’ Acusam-me de defender a escravidão. Não me importo. Pagamos a nossa gente para fazer isso, eles roubam e não fazem."

O desabafo do alto funcionário traduz o espírito com que Lagos se lança ao seu futuro de megacidade. Ao lado de Cingapura - que, com sua organização estóica, é obviamente a antítese de Lagos -, outro modelo freqüentemente citado é Dubai, pela associação com o petróleo. Diante do ceticismo quanto à capacidade do Estado de conduzir grandes projetos de infra-estrutura, praticamente todos são concebidos como parcerias público-privadas (PPPs), expressão da moda também na Nigéria. A precariedade é tão grande, em matéria de infra-estrutura, que os técnicos têm dificuldades em elencar prioridades. "Desculpe, mas precisamos de tudo", sorri o alto funcionário. "Do começo ao fim."

Como Lagos não tem rede de esgoto, as casas e empresas supostamente deveriam ter fossas sépticas. Além de inadequado para o seu terreno minado pela água, isso ocorre apenas em uma pequena porcentagem dos domicílios da cidade. Por falta de estações descentralizadas de tratamento, a água potável percorre dezenas de quilômetros, vazando pelo caminho e chegando a menos da metade da população. A oferta de energia elétrica precisa ser multiplicada por 15 para suprir a demanda de 2020, quando deverá alcançar 15 mil MW.

Não há cálculo preciso do déficit habitacional. "Se construíssemos 250 mil moradias, ainda ficaríamos muito aquém das necessidades", estima um técnico da Secretaria de Habitação de Lagos. O governo negocia a construção de 50 mil unidades.

Boa parte das vias não é asfaltada e as que são vivem congestionadas. Três pontes ligando as ilhas de Lagos e Victoria - onde está o trabalho - ao continente - onde a maioria vive - formam um gargalo, roubando horas dos motoristas e passageiros. Na ausência, até recentemente, de um sistema de transporte coletivo, o grosso dos passageiros é transportado por cerca de 5.500 lotações (chamados de danfos), mototáxis e riquixás motorizados, os napês.

Depois de uma visita de técnicos a Curitiba e Bogotá, Lagos está criando um corredor de ônibus e já comprou 400 veículos da brasileira Marcopolo. Até o momento, é a única participação do Brasil no projeto de modernização da cidade. "As empresas brasileiras deveriam estar interessadas nas oportunidades de negócios que há aqui", diz o alto funcionário do governo. "Vejo chineses, indianos, libaneses, americanos, ingleses, alemães e italianos. Só não vejo brasileiros." Há projetos como a construção de uma rodovia pedagiada de 49 quilômetros ao longo da costa e de uma rede de trens urbanos. Nos dias 5 e 6 de junho, uma comissão bilateral se reuniu em Brasília para ampliar a cooperação entre os dois países, que já inclui 20 acordos; outros 10 serão firmados no dia 27 de agosto, durante a visita do presidente Umaru Yar'Adua.

Para a arquiteta Dada Alamutu, secretária-executiva da Agência de Desenvolvimento da Megacidade de Lagos, essa situação de "tudo por fazer" pode significar uma vantagem: "As redes de esgoto e de água e as galerias pluviais podem ser feitas de uma vez." A agência foi criada em 2005 como resposta a queixas de companhias estrangeiras de que os problemas de segurança, saneamento, trânsito e transporte afetavam os investimentos. Relatório de 86 páginas identificou os principais problemas e soluções da megacidade. Não há estimativa de volume total de investimentos necessários.

O Banco Mundial separou R$ 3,53 bilhões para financiar projetos em Lagos. Desses, cerca de R$ 1,29 bilhão deve ser destinado a saneamento; outros R$ 402 milhões, a transporte coletivo. Há duas propostas para a quarta ponte ligando as ilhas ao continente. Além do projeto de uma ponte convencional, com 25 km de extensão, outro mais arrojado, de uma empresa italiana, inclui aterrar a maior parte da lagoa por ela atravessada e lotear a área. Esse projeto foi orçado em R$ 563 milhões, parte dos quais seria arrecadada com a venda dos terrenos.

Historicamente, a receita do petróleo tem sido desviada por governos corruptos. Depois da morte do general Sani Abacha, em 1998, investigações rastrearam mais de R$ 4,8 bilhões em contas de familiares do ex-ditador (no poder desde 1993) na Europa e nos Estados Unidos. De acordo com levantamento conduzido em 2003 pelo economista Ayodele Jimoh, da Universidade de Ilorin, a Nigéria estava entre os dez países mais corruptos do mundo. A criação de uma comissão de controle de envio de dinheiro para o exterior parece estar mudando esse cenário. Mais dinheiro do petróleo tem ficado no país. Como resultado, surgem mais obras em Lagos, como a urbanização da Praia de Bar, a cargo de uma empresa chinesa, e a remodelação da Praça de Campos, onde fica a casa de outro escravo liberto no Brasil que voltou à Nigéria. Construída em 1849, em estilo brasileiro, a casa de Hilário Campos foi doada ao Brasil pela Nigéria para converter-se em centro cultural, e deverá ser restaurada.

Mas esse não é o destino do restante do bairro Lafiaji, localizado no centro da Ilha de Lagos, onde a cidade teve início. Caindo aos pedaços, centenas de casas de ex-escravos que voltaram para a Nigéria no século 19 resistem ao assédio do governo local e de investidores que as querem demolir para construir novos prédios.

Sem entender o que elas dizem, o engenheiro mecânico aposentado José Onabode Vera Cruz guarda as cartas em português do bisavô Manuel Vera Cruz, que voltou na primeira metade do século 19 à Nigéria. "Não recebemos nenhuma ajuda para conservar a casa", diz Onabode, de 76 anos. "O governo não está interessado. O que quer é derrubar." O imóvel de dez cômodos que herdou do pai - que poderia, pela arquitetura, estar em qualquer povoado colonial brasileiro - foi atingido em 2004 por um incêndio, que destruiu a decoração de terracota do teto.

Chamados de "aguda", por causa das roupas de algodão trazidas do Brasil, os ex-escravos eram vistos como "estrangeiros", e ainda é assim com seus descendentes. No Brasil, muitos perderam seus nomes africanos e adotaram os sobrenomes de seus senhores. Esses sobrenomes brasileiros são até hoje a marca dos "agudas", que não falam português, mas conservam costumes de seus antepassados, incluindo a culinária brasileira. Foram os ex-escravos que trouxeram o catolicismo para a Nigéria, onde o candomblé convive com o islamismo (na metade norte do país) e o protestantismo (ao sul). Eles construíram duas igrejas católicas em Lagos: a Catedral da Santa Cruz e a de São Miguel, que ostenta uma escultura do santo lutando contra o demônio.

Assim como as obras de urbanização, outro sinal de que as coisas podem mudar para melhor foi o que aconteceu com a coleta de lixo. Até o início da década, havia montes de lixo nas ruas, e metade das 6 mil toneladas geradas por dia terminava em aterros clandestinos, incluindo a lagoa. Os subsídios eram baixos e as empresas recebiam um valor fixo. O governo passou a pagar por tonelada de lixo entregue, e o serviço melhorou visivelmente. Hoje, estima uma fonte oficial, 90% dos resíduos vão para lixões, 2% para usinas de reciclagem e 8% para a lagoa. Ainda faltam planejamento e transparência. O Plano Diretor, de 1980, expirou em 2000, e não foi substituído. "Herança dos militares, que não acreditavam em planejamento", analisa o urbanista Olugbenga Akinmoladun, que chefiou em 2005 uma comissão de revisão do Plano Diretor. "Vários crimes foram cometidos." Leis de zoneamento têm sido aprovadas para áreas isoladas da cidade. Akinmoladun diz que isso não é suficiente. Afirma também que é necessária maior coordenação entre os governos federal e dos Estados de Lagos e de Ogun, cuja fronteira a mancha urbana de Lagos cruzou. A megalópole abrange 20 das 22 administrações regionais do Estado de Lagos e 4 de Ogun.

O plano da megacidade tem horizonte de dez anos. "Não para fazer tudo, mas para colocar as coisas para andar", define Dada Alamutu. Os moradores de Ajegunle não esperam de braços cruzados. Na manhã ensolarada, carregam pesados blocos de concreto para calçar os buracos cheios de água e lama e tentar tornar as ruas transitáveis. Como o homem arrastando a tora na lagoa, mais um retrato do esforço inacreditável para suprir, com os braços, a ausência do Estado e de seus serviços.

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26/10/2008 free counters

Lorde inglês coloca sua vida à venda no Ebay


Milionário, que foi diagnosticado com câncer, quer converter suas propriedades e seu título em dinheiro

Reuters


LONDRES - Um excêntrico milionário britânico colocou toda a sua vida à venda na internet, incluindo seu título de lorde e suas propriedades em Warleigh, com a esperança de converter tais ativos em dinheiro.

David Piper, um hoteleiro que já havia sido notícia na imprensa há seis anos, quando publicou anúncios em busca de uma esposa para que se convertesse na "senhora de sua propriedade", quer vender suas terras no oeste da Grã Bretanha através do portal Ebay para mudar-se para Londres e poder ficar mais perto de seus filhos.

Piper colocou à venda dois hotéis, dois Bentleys, uma coleção de pinturas e seu título de lorde, que comprou junto a uma propriedade por um milhão de libras (US$ 2 milhões).

"Este leilão é publicado em um momento em que o atual lorde foi diagnosticado com um câncer de próstata em estágio avançado", explica o anúncio do leilão.

"A venda em conjunto ou em partes pode incluir David, o atual excêntrico lorde do território, também fisicamente, para um potencial comprador", acrescenta a especificação do negócio.

Piper, conhecido por suas brincadeiras em Plymouth, sua terra natal, espera arrecadar até 4 milhões de libras no leilão, já que calculava o valor total de suas propriedades em 6 milhões de libras antes da queda no preço dos imóveis.

Até agora foram recebidas mais de 100 ofertas e os lances chegam a 1,3 milhão de libras. A venda acaba no dia 11 de agosto.

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26/10/2008 free counters

Bibliotecas entram na era do iPod

Bibliotecas entram na era do iPod: para atrair leitores, ela expandem listas de livros, música e filmes digitais

Agência Estado


Para atrair leitores, bibliotecas expandem suas listas de livros, música e filmes em formato digital

Reuters


NOVA YORK - Pode ter chegado a hora de tirar da gaveta aquele velho cartão de biblioteca. Na esperança de atrair leitores, as bibliotecas expandiram imensamente suas listas de livros, música e filmes em formato digital que podem ser baixados pelos seus freqüentadores para computadores ou aparelhos de MP3. E tudo isso a custo zero, o que difere, por exemplo, do conteúdo baixado no iTunes, da Apple, ou na Amazon.com.

Em Phoenix, por exemplo, as bibliotecas da cidade se uniram e criaram uma biblioteca digital que no momento tem cerca de 50 mil títulos de livros eletrônicos, audiobooks, música e vídeos que podem ser "retirados" de qualquer lugar.

Assim que os usuários os descobrem, diz Tom Gemberling, bibliotecário de recursos eletrônicos da Biblioteca Pública de Phoenix, o programa muitas vezes se prova imensamente popular.

Não muito tempo atrás, Gemberling visitou uma área de trailers local para conversar sobre o programa com 100 idosos que regularmente viajam em seus trailers e casas móveis.

"Eles estavam aplaudindo e celebrando, no final", afirmou o bibliotecário. "Estavam muito animados. Costumam viver em suas casas móveis e, por isso, podem estar na estrada em qualquer parte, e basta que liguem o computador e se conectem ao catálogo da biblioteca pública de Phoenix para baixar um livro e ouvi-lo enquanto percorrem as estradas".

Disponíveis em milhares de bibliotecas dos Estados Unidos, os programas funcionam assim: primeiro, é preciso um cartão de biblioteca e acesso à Web, e alguns softwares que podem ser baixados facilmente - Adobe Digital Editions, Mobipocket Reader ou OverDrive Media Console.

Depois disso, basta visitar o site da biblioteca, selecionar alguns títulos, acrescentá-los à sacola digital de livros e apertar o botão de download. Caso o título não esteja disponível, o nome pode ser arquivado para futuro download.

De acordo com a biblioteca e o título, o item continua no computador por entre uma e três semanas antes de desaparecer, o que significa que o usuário não tem o trabalho de devolver o livro, CD ou DVD à biblioteca.

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26/10/2008 free counters

Mudança nas famílias faz escolas reinventarem Dia dos Pais


Diversidade de tipos familiares faz instituições inovarem celebração da data para atender a nova realidade

Alexandre Gonçalves, de O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO - As mudanças na estrutura das famílias brasileiras já obrigam as escolas a repensar comemorações tradicionais como o Dia dos Pais. Muitas omitem as festas e homenagens. Com o aumento do número de adoções por solteiros e divórcios, os colégios procuram alternativas para evitar situações constrangedoras.

"A vida não é mais uma propaganda de margarina", afirma a empresária Verônica Stresser. De fato, sua casa difere muito do modelo familiar apresentado nos comerciais. Ela é solteira e vive com a irmã que ficou viúva quando o filho tinha uma semana de vida. Hoje, o garoto tem treze anos.

Há oito anos, Verônica realizou o sonho de ser mãe e adotou Giovanna. A garota estuda no Colégio Nova Escola, zona sul de São Paulo, que realizará, pelo segundo ano consecutivo, a Festa da Família. Será no próximo domingo para não coincidir com o Dia dos Pais.

Artur é amigo de Giovanna. Seus pais estão separados, mas mantêm um bom relacionamento. A mãe, Adriana Marim, já enviou um e-mail ao pai para lembrar a data da festa. No ano passado, o colégio ofereceu uma cesta de doces para quem trouxesse a maior família. Artur foi o vencedor: além dos avós, mãe e tios, contou também com a presença da nova família do pai. Ao todo, 11 pessoas compareceram à festa.

A Nova Escola também não comemora o Dia das Mães. Milena Yamaguchi matriculou os filhos gêmeos no colégio este ano e, no início, lamentou o novo costume. "A data é um sonho para toda mãe." Mesmo assim, alimenta expectativas para seu primeiro Dia da Família.

A diretora do Colégio, Maria Ester Ceccantini, afirma que a mudança tem um sentido pedagógico, pois mostra às crianças a "amplitude dos relacionamentos humanos". Ela se diverte com a frase que ouviu da bisavó de um aluno no fim da festa no ano passado: "Vocês estão na contramão, mas estão no bom caminho."

Para o dia de hoje não passar em branco, os alunos confeccionaram cartões para os pais. Giovanna resolveu dedicar o seu à "família". Quando lhe perguntam quem é sua família, ela responde com um sorriso: "Minha mãe, minha tia e meu irmão, oras." (Para ela, o filho da tia é também seu irmão.)

O Colégio Pentágono resolveu adotar a mesma estratégia. A festa ocorre em março ou abril para ninguém associar a outras datas. A advogada Maria Eulália Secilio é solteira e adotou duas crianças: João Vitor e Priscila. Há quatro anos, quando a escola ainda não criara a Festa da Família, Eulália fazia questão de aparecer na homenagem do Dia dos Pais. "Eu sentava na roda com mais quinze pais para participar das brincadeiras", recorda Eulália. "Era a única mulher."

As duas crianças também prepararam cartões para hoje. Priscila, com 7 anos, entregará a lembrança ao padrinho. Já João Vitor, com 9, resolveu dedicá-lo à Eulália. "Ela é mãe e pai", justificou o garoto.

No Colégio Santo Américo, o novo costume também chegou. Ana Cristina Nogueira, mãe de André, considera a festa oportuna. Ela argumenta que, como a maior parte dos filhos de pais separados mora com a mãe, não há tanto problema quando o pai não vai à comemoração do Dia das Mães. Já na festa do Dia dos Pais fica estranho se a mãe não aparece. "E, muitas vezes, ela não quer encontrar o ex-marido", aponta. Na Festa da Família, pais separados podem comparecer e há atividades para os dois em lugares distintos do colégio.

O ex-marido de Ana é uma exceção: ele estava presente na festa do Dia das Mães. E ela conta, bem-humorada, a reclamação de outra mãe: "Meu marido, mesmo casado comigo, não veio."

Rede pública

A Escola Municipal de Educação Infantil Oscar Pedroso Horta, na zona sul de São Paulo, resolveu substituir as comemorações do Dia dos Pais por um Mês da Família. As crianças utilizam desenhos e histórias para expressar sua visão da família. A escola fica em uma região pobre da capital. Há muitas crianças que não convivem com o pai.

"Os desenhos são muito eloqüentes", afirma a coordenadora pedagógica Ana Cristina Azevedo. Em alguns, o pai aparece normal e proporcional. Em outros, ele está diminuído em um canto. Às vezes, faltam traços: uma boca, os braços ou as pernas. "As crianças sofrem com a ausência da figura paterna", considera Ana. Ela acredita que as atividades do Mês da Família amenizam essa realidade, pois oferecem um espaço para as crianças exteriorizarem suas ansiedades.

Sara é filha do eletricista Antonio Soares e estuda na escola municipal. Quando Soares soube que não organizariam uma comemoração igual ao Dia das Mães para os pais, ficou muito sério. "Não acho certo", disse. Mas depois de ouvir os motivos do colégio, considerou a medida oportuna.

A Escola Paulistinha, ligada à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), não abandonou a festa do Dia dos Pais. Mas descobriu um jeito de levar em conta as novas configurações familiares. Na falta do pai, a criança pode levar o avô, o padrasto, o padrinho ou um amigo. E se, mesmo assim, não consegue ninguém para acompanhá-la, as professoras designam um "pai emprestado" para brincar com ela durante a festa. "A figura masculina é importante para a criança", afirma a diretora Léa Chuster Albertoni.

Mas a principal inovação foi aproveitar a data e reunir os pais para uma troca de "vivências familiares" sem a presença das crianças. No encontro, eles partilham seus medos, dúvidas e alegrias. Segundo Léa, a iniciativa já despertou muitos pais que viviam distantes dos filhos.

Oton Moura participou na sexta-feira das comemorações com seu filho Guilherme. Ele conta com emoção uma das "brincadeiras" organizadas pela escola: pai e filho deveriam desenhar um ao outro. Depois, os retratos foram unidos com cola no verso das folhas. "Entendi que sou como um espelho para o Guilherme", afirma Moura.

Dificuldades

No Colégio Monteiro Lobato, zona norte de São Paulo, a Festa da Família não teve o sucesso esperado. A comemoração ocorreu no dia 31 de maio, mas apenas 20% dos pais do ensino infantil compareceram. O diretor da escola, Walter de Assis, afirma que algumas famílias não desejam incorporar o novo costume.

A estudante de direito Janaína Spindola, por exemplo, prefere que a comemoração não ocorra. Divorciada, ela quer evitar qualquer ocasião em que possa encontrar seu ex-marido com a nova mulher. "E se ele não aparecer na festa, meu filho sentirá falta do pai do mesmo jeito", aponta Janaína.

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26/10/2008 free counters

Para autoridade dos EUA ataque russo é desproporcional


(AE) - Agencia Estado


WASHINGTON - O uso da força militar pela Rússia contra a Geórgia, incluindo ataques a bomba e mísseis, é desproporcional a qualquer ameaça e pode aumentar as tensões na região, disse uma autoridade norte-americana neste sábado, que falou com a condição de que não fosse identificada.



Segundo ele, a Rússia atacou áreas na Geórgia que estão muito distantes da província separatista de Ossétia do Sul, o centro dos combates. Ele acrescentou que os militares russos estão atingindo alvos civis.



"A Rússia têm empregado o armamento aéreo mais potente que detém em seu arsenal. Eles lançaram ataques a mísseis balísticos no território da Geórgia", disse a autoridade norte-americana. Bombardeios russos ocorreram também em Abkhazia, uma região separatista da Geórgia, longe da Ossétia do Sul, segundo ele.



"Trata-se de um acirramento perigoso da crise", disse ele. A resposta militar russa "marca uma escalada grave e está sendo conduzida em áreas muito distantes da zona de conflito na Ossétia do Sul, que é onde a Rússia afirma precisar proteger seus cidadãos e suas forças de paz. Portanto, a resposta tem sido muito desproporcional a qualquer ameaça que os russos aleguem sofrer". A autoridade criticou Moscou por evitar tentativas de mediação e por ter recusado uma proposta de cessar-fogo da Geórgia.



ONU



Enquanto isso, o Conselho de Segurança da ONU encerrou uma rodada de negociações informais sobre o conflito sem chegar a um acordo em torno de um pedido conjunto de cessar-fogo. "Chegamos à conclusão de que será muito difícil, se não impossível, atingir um consenso em torno de um comunicado", disse o embaixador belga para a ONU, Jan Grauls.



Também hoje, a França anunciou que enviará seu ministro de Relações Exteriores, Bernard Kouchner, numa missão para tentar pôr fim às ofensivas. A França atualmente ocupa a presidência da União Européia, cujos ministros de Relações Exteriores deverão se reunir em Paris no início da próxima semana.

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26/10/2008 free counters

Geórgia pede que atletas permaneçam em Pequim


Presidente anunciou que, por enquanto, atletas não devem voltar para combater no exército

EFE e AP


Delegação da Geórgia, liderada pelo atleta Ramaz Nozadze, desfila na cerimônia de abertura em Pequim

Itsuo Inouye/AP

Delegação da Geórgia, liderada pelo atleta Ramaz Nozadze, desfila na cerimônia de abertura em Pequim

TIFLIS, RÚSSIA - O presidente da Geórgia, Mijaíl Saakashvili, anunciou neste sábado que, por enquanto, os 35 atletas da delegação olímpica georgiana em Pequim devem permanecer na China e não precisam voltar a seu país para combater no exército.

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Na Geórgia, Saakashvili mobilizou nesta sexta cerca de 100 mil reservistas entre 24 e 45 anos, e a lista inclui vários atletas que deveriam competir na capital chinesa.

Os atletas estão acompanhando com preocupação as notícias sobre os conflitos entre a Geórgia e a Rússia em seu País.

"Eles precisam se concentrar na competição, mas é muito difícil", disse o porta-voz da equipe georgiana, Giorgi Tchanishvili.

Segundo Tchanishvili, o time da Geórgia está instalado a poucos metros da equipe russa, mas não houve problemas entre os grupos na Vila Olímpica. Membros das duas equipes até conversaram durante a abertura dos Jogos, disse o porta-voz.

O porta-voz da equipe russa, Gennady Shvets, disse que as duas delegações têm uma relação 'normal'.

Antes dos jogos, o presidente da Geórgia anunciou que premiaria com quase meio milhão de euros os atletas que conseguissem medalha de ouro nas competições.

Em Atenas, a Geórgia ganhou quatro medalhas: duas de ouro (levantamento de peso e judô) e duas de prata (judô e luta livre).

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26/10/2008 free counters

Las tensiones entre Rusia y Georgia impiden que la ONU acuerde pedir el alto el fuego en el Caúcaso


El Gobierno de Moscú anuncia el envío de más tropas a la zona de conflicto.- El Gobierno de Tbilisi anuncia que impondrá la ley marcial

AGENCIAS - Tbilisi / Moscú / Nueva York - 09/08/2008


La reunión del Consejo de Seguridad de Naciones Unidas para elaborar una declaración conjunta y pedir el alto el fuego entre el Ejército de Georgia y las fuerzas separatistas de Osetia del Sur ha concluido en la madrugada de este sábado sin lograr un acuerdo. Según fuentes diplomáticas, el borrador de la declaración en la que trabajaban los miembros del Consejo "llama a una restauración inmediata del 'statu quo' previo a la erupción de la violencia y al cese de las hostiliades".

Georgia ataca Osetia del Sur

FOTOS - REUTERS - 08-08-2008

Ofensiva con tanques. "Cerca de las 3:30 de la madrugada (01:30 hora peninsular), se lanzó un ataque con tanques en las afueras de Tsjinvali", dijo el lí­der separatista Eduard Kokoity, de Osetia del Sur. "Se avecina un gran enfrentamiento", advirtió.- REUTERS

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Mapa de Osetia del Sur
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Mapa de Osetia del Sur- EL PAÍS


El principal obstáculo para el acuerdo ha consistido en el contínuo desacuerdo entre los enviados de Rusia y Georgia, que se han lanzado acusaciones durante la reunión. Además, algunos miembros necesitan realizar consultas con sus capitales y la cambiante evolución de los acontecimientos en la zona del conflicto dificulta la tarea de conseguir el consenso.

No obstante, los miembros del organismo de Naciones Unidas no tiran la toalla. "Las negociaciones continúan, no se han terminado y seguiremos mañana", ha dicho el presidente de turno del Consejo de Seguridad, el embajador belga Jan Grauls, tras cuatro horas de negociaciones.

La situación en el Caúcaso empeora por momentos

Ni georgianos, ni surosetas, que se acusan mutuamente de haber desatado las hostilidades, han respetado el comienzo de los Juegos Olímpicos de Pekín, acontecimiento deportivo durante el cual los combates suelen cesar en muchas regiones en conflicto en el mundo.

La capital suroseta, de apenas 30.000 habitantes, ha quedado "prácticamente en ruinas" debido a los ataques. El presidente surosetio, Eduard Kokoiti, ha informado de que por lo menos hay 1.400 muertos tras los bombardeos registrados esta mañana en la capital separatista, Tsjinvali. "Este es el tercer genocidio del pueblo oseta cometido por Georgia", ha asegurado Kokoiti a la agencia rusa Interfax en conversación telefónica. Por su parte, Georgia ha anunciado que planea imponer la ley marcial en las próximas horas, lo que daría al ejército vía libre para manejar el conlficto.

Moscú ha respondido a la operación militar emprendida en la madrugada del viernes por Tbilisi con tropas y artillería pesada para apoyar a las fuerzas de los rebeldes surosetios. Los oficiales georgianos han comunicado que la aviación rusa ha bombardeado la base aérea militar de Vaziani, a las afueras de Tbilisi, capital de Georgia. En la madrugada, de este sábado el Gobierno de Moscú ha anunciado el envío inmediato de más tropas a la zona.

Nada más producirse esta movilización del Ejército ruso, las autoridades georgianas han lanzado un comunicado donde aseguran que Rusia ha hecho "una agresión militar directa" contra su país. El presidente georgiano, Mijaíl Saakashvili, ha dicho en declaraciones a la CNN que "Rusia está librando una guerra en nuestro propio territorio" y ha pedido la ayuda urgente de Estados Unidos. Asimismo, ha anunciado que retirará 1.000 de los 2.000 soldados que tiene desplegados en Irak para reforzar las tropas que combaten a los rusos.

Marat Kulajmétov, comandante en jefe de las fuerzas de paz rusas destacadas en Osetia del Sur, ha asegurado que "los combates son encarnizados por toda la ciudad". Entre los muertos se encuentran doce soldados de paz rusos, además de 150 heridos, desplegados en la zona para mediar en el conflicto desde hace más de quince años.

La reacción de Abjasia

Abjasia, la otra región separatista, ha desplegado sus tropas en la frontera con Georgia por temor a un ataque similar al que se está produciendo en Osetia del Sur.

"Lo que ocurre hoy en Osetia del Sur, mañana puede ocurrir en Abjasia. Así no podemos seguir", ha explicado a la televisión rusa el líder abjaso, Serguéi Bagapsh, quien ha añadido que las sus tropas tomarán posiciones en la frontera georgiana "independientemente de cómo evolucione la situación en Osetia del Sur". Además, Bagapsh ha afirmado que las autoridades abjasas mantienen contactos con las tropas pacificadoras rusas desplegadas en esa región.

No obstante, a pesar de los contactos entre Rusia y Abjasia, el comandante de las fuerzas de paz rusas, Serguéi Chabán, ha advertido al titular de Defensa abjaso, Merab Kishmaria, que el ese avance de tropas separatistas hacia la región de Gali, controlada por Georgia, supondría una violación de los acuerdos de paz en esa zona del conflicto.

Repercusión internacional

La tensión por la situación en Osetia del Sur ha alcanzado a la relación entre Estados Unidos y Rusia. El presidente George W. Bush ha afirmado desde Pekín que EE UU respalda la integridad territorial de Georgia, mientras que Rusia, en boca de su presidente, Dimitri Medvéde, ha asegurado que defendería a sus "compatriotas" de Osetia del Sur (donde casi todo el mundo tiene un pasaporte ruso) y ha prometido que los responsables de sus muertes "no quedarán impunes".

La escalada de tensión por Osetia del Sur

Osetia del Sur, que limita al norte con Osetia del Norte, república integrada en la Federación de Rusia, arrastra un conflicto separatista con Georgia desde la independencia de la república ex soviética en 1991. Sin embargo, fue a partir de 1995 cuando las disputas territoriales brotaron con más fuerza después de que las autoridades georgianas se enfrentasen con los separatistas locales.

El 19 de enero de 1992, la mayoría de los habitantes de Osetia del Sur votó a favor de su incorporación a Rusia, tras lo cual empezaron a recibir ayuda desde el Norte, de donde llegaron combatientes. Las autoridades surosetas convocaron un referéndum de independencia el 12 de noviembre de 2006. El 99% de la población local votó a favor de la independencia, aunque Tbilisi no reconoció la validez de la consulta popular. Casi el 90% de los surosetios tienen ciudadanía rusa.

Como Abjazia, es una región de gran interés para Rusia y Occidente, ya que por allí pasan importantes rutas de transporte energético. Formalmente pertenece a Georgia aunque de hecho es soberana. Los surosetios gozan de una independencia de facto (como los abjazos), pero no controlan su territorio. Los militares georgianos ocupan varias alturas que les permiten bombardear tanto Tsjinvali como otras localidades. Desde la independencia de Kosovo, Rusia ha mostrado su apoyo político y financiero y su relación especial con ambas regiones.

El cruce de acusaciones entre Tbilisi y Moscú ha sido una constante en el largo conflicto que arrastran ambos países. Georgia, amparada por Estados Unidos y la UE, acusa a Rusia de "incentivar el separatismo". El Kremlin, por su parte, culpa a Georgia por la escalada de tensión y por no poner fin a las disputas territoriales. La última crisis entre ambos países llegó con las acusaciones georgianas por el derribo de un avión espía por parte de Moscú.

Los 30 españoles que viven en Georgia, a salvo

La colonia española en Georgia, compuesta de unas 30 personas residentes en su mayoría en la capital, se encuentra "bien" y alejada de la zona en conflicto con Rusia, ubicada en la región separatista de Osetia del Sur, ha informado hoy a Europa Press un portavoz del Ministerio de Asuntos Exteriores y de Cooperación.

A los españoles se les ha recomendando que eviten desplazarse a la zona en conflicto, ha señalado la misma fuente, que ha precisado que el cónsul español de España en Moscú, Manuel Redondo se mantiene en permanente contacto con el cónsul honorario de España en Georgia, que depende de la Embajada de España en Moscú, ya que no existe legación española en Georgia.

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