A desinformação e o medo da nova gripe estão gerando excesso de pacientes, prejudicando o atendimento e comprometendo o trabalho dos médicos nos setores de emergência dos hospitais, segundo avaliação dos profissionais.
Tire suas dúvidas sobre a nova gripe
A reportagem do G1 visitou nesta quarta (5) três hospitais de São Paulo e conversou com pacientes que confirmaram que, na dúvida sobre os sintomas, preferem ir ao pronto-socorro.
Os especialistas dizem, porém, que a atitude pode ser prejudicial não só por gerar filas, mas porque pode contaminar o próprio paciente: pessoas sem o vírus podem contrair o vírus da nova gripe ao entrar em contato com outras realmente doentes (veja no vídeo ao lado a opinião de pessoas que foram a pronto-socorros sobre o medo do contágio) .
Segundo David Uip, diretor do hospital Emílio Ribas, de São Paulo, cerca de 80% das pessoas atendidas no pronto-socorro não precisavam ter ido ao local. "Atendemos em média 260 pessoas por dia, e a enorme maioria é enviada de volta para casa e não precisava ter ido ao hospital", afirmou.
O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Carvalhais, faz relato semelhante. "Temos feito cerca de quatro atendimentos desnecessários para cada um que é realmente necessário", afirma.
O resultado é mais filas nos pronto-socorros e mais médicos desgastados. "A equipe está sobrecarregada. Cada minuto que um médico gasta com uma pessoa que está apenas assustada é um minuto que ele poderia estar atendendo alguém doente de verdade", afirma Carvalhais.
A auxiliar de portaria Eliana Azevedo de Sá, com o filho de 4 meses: ela saiu do pronto socorro e decidiu esperar marido na calçada para fugir do ambiente do hospital: 'É gente tossindo para todo lado' (Foto: Mariana Oliveira / G1)
Preocupação
A auxiliar de portaria Eliana Azevedo de Sá, de 26 anos, levou o bebê de 4 meses ao pronto-socorro em São Paulo. Ela disse ter ficado preocupada com a nova gripe porque ele estava com muita tosse.
"O médico disse para eu ficar tranquila porque era uma gripe normal. Ele reclamou que eu trouxe, disse que não precisava. Mas como eu vou saber? O nariz escorre toda hora. E se tiver uma coisa pior? Vim mesmo para descartar a possibilidade de ser gripe suína."
Ela afirmou que ao chegar no hospital cobriu o rosto do bebê com uma fralda de pano. "Tinha gente tossindo para todo lado. Assim que o médico atendeu, eu saí do hospital. Achei melhor esperar meu marido na calçada e evitar ficar naquele ambiente."
Mãe de uma menina de 5 anos, a empregada doméstica Jaqueline Pereira dos Santos, de 21 anos, também foi alertada pelo médico que não precisava ter ido ao hospital.
"Ela está com muita dor de garganta. O médico disse que não é nada, que não tinha necessidade de trazer e que só é para voltar ao pronto socorro se tiver febre e dor no corpo."
A empregada doméstica Jaqueline Pereira dos Santos, de 21 anos, ao sair do Pronto Socorro do Hospital Municipal do Tatuapé, em São Paulo, com a filha Larissa, de 5 anos (Foto: Mariana Oliveira / G1)
A também empregada doméstica Ana Paula Santos, de 36 anos, foi ao pronto-socorro um dia depois de já ter ido ao médico.
"Estou com gripe forte, febre e falta de ar. Eu tinha ido ontem a um médico que nem pediu raio-x nem nada, mandou voltar para casa e esperar dois dias antes de voltar. Eu não preguei o olho a noite inteira. Daí, fui de novo a outro hospital."
Ana Paula afirmou que o segundo médico pediu exame e receitou tratamento em casa com antibiótico. "Não mandou fazer teste nem nada. É muito difícil para mim. Não dá para calcular, eu não sei como lidar com isso, porque trabalho em casa de família e tem crianças lá."
A empregada disse que mesmo agora, já medicada, não está tranquila. "Acho que os médicos não estão preparados. Está uma situação precária e a gente tem medo."
Sem gripe no hospital
A corretora Selma Alves de Oliveira foi ao pronto-socorro por conta de uma dor que ela acredita ser cálculo renal. Antes de passar no médico, disse que ficou ao lado de pessoas tossindo e com máscaras.
"Eu tenho preocupação, mas vou fazer o quê? Não posso deixar de ir ao hospital se estou com dor por medo de pegar."
Dona de casa, Maria José Adão foi ao hospital para um exame de rotina e disse ter ficado impressionada ao passar pelo setor de emergência.
"Achei um exagero de gente, uns tossindo sem máscara, outros sem tossir de máscara. Acho que o povo está mal informado, mas porque quer, porque tem informação para todo lado. Não tem tosse e não tem febre, se vai para o PS é pedir para ficar doente."
Especialistas
David Uip recomenda que as pessoas que suspeitam que estão doentes procurem os postos de saúde ou um médico pessoal.
"É fundamental descentralizar o atendimento no momento. No hospital de referência, só devem estar pessoas encaminhadas por outros médicos", explica.
Além de atrapalhar o atendimento, a ida desnecessária ao hospital também é um risco para o paciente, segundo o professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Paulo Olzon.
Pessoas sem o vírus podem ser contaminadas e pessoas já infectadas podem agravar seu caso. "É arriscado ir primeiro para o hospital porque a pessoa pode não estar com o vírus e daí ser contaminada ali, onde há muitos doentes", afirma Olzon.
O infectologista Marcos Boulos, do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirma que não há “nenhum motivo para pânico na população".
"Os casos de morte são excepcionais. O número é muito, muito pequeno. A enorme maioria dos pacientes se recupera e passa bem", afirma.
( ontem estive no HC em São Paulo, para uma consulta com um especialista que
não tem nada a ver com GRIPE,OTORRINO, PENEUMO. , ENFIM OUTRO
ASSUNTO , estou com uma tosse a muito , fiu a um clinico geral tambem ela me
encaminhou para a triagem da gripe suina, isso por volta de 08:00 hs tinha umas
6 pessoas, sai de lá as 16;00 hs , estava no hospital desde as 06:30, fiu atendida na
outra especialidade rapidamente, a sala lotou varias vezes vi pelo menos mais de
10 pessoas encaminhadas ,como gripe A, para internação, nas primeiras 2 horas
havia uma medica pra atender e internar , depois chegou outra , apos de muita
reclamação, havia crianças, gestantes, idosos, jovens, adultos e a classe social
tambem variada pois o HC atende convenio particular, enfim eu que já estava em
PANICO , agora estou em ESTADO DE CHOQUE, a enfermagem, o pessoal da
limpeza, enfim todos os funcionarios estavam visivelmente morrendo de medo,
FALTA MATERIAL, COMO GAZE , ALGODÃO ...
essas mascaras não nos impedem contra o virus, a maluca aqui, chegou a colocar
duas ( uma por cima da outra), uma dessas comuns e já sai de casa com uma
dessas profissionis para quem vai pintar um carro, ou dedetizar uma casa, ela só
impedem contra as goticulas dos outros , mas não contra o virus se ele estiver no
ambiente. NUNCA vi tanta gente tossindo horrivelmente, com febre, passando mal
de gripe, gente com falta de ar que nem conseguia ficar em pé. FOI LONGO E
HORRIVEL. EU FUI MUITO BEM ATENDIDA, NÃO TENHO A GRIPE, NEM A
COMUM E SIM UM PROCESSO ALERGICO ,FUI
MEDICADA , TIREI RADIOGRAFIAS., mas não exite leito para internação o
numero de pessoas infectadas é muito maior do que a imprensa tem acesso e
realmente as pessoas são colocadas juntas , quem não tem a girpe A com quem
tem ! MAS CREDITO QUE O HOSPITAL NADA PODE FAZER, OU NEM SABE COMO
PROCEDER !)
O BRASIL ESTA À DERIVA
CADE O LULA PAC DA SILVA ?????????
OS MEDICOS E ENFERMEIRAS USAM ESSA MASCARA QUE NÃO É POROSA :
Descrição de gripe suina H1N1: Qual a diferença entre respiradores e máscaras cirúrgicas?
Respiradores (EPI):
O respirador é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) que cobre a boca e o nariz. Proporciona uma vedação adequada sobre a face do usuário e possui filtro eficiente para retenção dos contaminantes presentes no ambiente de trabalho na forma de aerossóis.
O respirador, além de ter capacidade de reter gotículas, apresenta proteção contra aerossóis contendo agentes biológicos desde que apresentem aprovação mínima como PFF2. Alguns modelos possuem ainda características adicionais de máscaras cirúrgicas, pois são resistentes à projeção de fluidos corpóreos.
Máscaras Cirúrgicas:
A máscara cirúrgica é uma barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca. é indicada para proteger o trabalhador de saúde de patologias de transmissão respiratória por gotículas a curta distância e pela projeção de sangue ou outros fluidos corpóreos que possam atingir suas vias respiratórias. Servem também para minimizar a contaminação do ambiente com secreções respiratórias geradas pelo próprio trabalhador de saúde ou pelo paciente em condição de transporte.
É importante destacar que a máscara cirúrgica:
• Não protege adequadamente o usuário em relação à patologias transmitidas por aerossóis, pois, independentemente de sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara;
• Não protege adequadamente o usuário em relação à patologias transmitidas por aerossóis, pois, independentemente de sua capacidade de filtração, a vedação no rosto é precária neste tipo de máscara;
• Não é considerado um Equipamento de Proteção Respiratória ou Equipamento de Proteção Individual e, portanto, não está sujeita a Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho (NR-6).
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