[Valid Atom 1.0]

domingo, 9 de novembro de 2008

Prestes a fazer 100 anos, Manoel de Oliveira teme falta de dinheiro para filmar

Manoel de Oliveira, cineasta português

©2008 Google - Map data ©2008 Tele Atlas - Terms of Use


PORTO, Portugal (AFP) — O quase centenário cineasta português Manoel de Oliveira, ganhador da Palma de Ouro honorário no último festival de Cannes, receia a falta de dinheiro para fazer seus filmes, mas afirma que está disposto a voltar a filmar nas mesmas condições espartanas de sua juventude desde que possa dirigir.

"O financiamento de meu próximo filme está garantido, mas o projeto que pretendo fazer depois, ainda não sei. Receio que vou ter problemas de financiamento", declarou o diretor em entrevista à AFP no Porto, cidade onde nasceu em 12 de dezembro de 1908.

"Apesar de ter dificuldades para obter dinheiro para meu próximo filme, não quero deixar de filmar", afirma o cineasta, que já trabalhou com nomes consagrados como Marcelo Mastroianni, Catherine Deneuve e John Malkovich.

No próximo dia 23 ele começa a rodar seu novo filme, "Singularidades de uma rapariga loira", adaptação de um conto do romancista português Eça de Queiroz, que Oliveira espera poder apresentar no Festival de Belim em fevereiro próximo.

Já o filme seguinte, "O estranho caso de Angélica", ele gostaria de ter pronto para apresentar em maio, no Festival de Cannes. "Não acho que terei tempo pra fazer outro para o Festival de Veneza (em setembro", diz o enérgico diretor com um largo sorriso.

A respeito de tanta energia, que parece aumentar com o avançar da idade, Manoel de Oliveira responde: "Não tenho nenhum segredo. É um capricho da natureza, que decide e rege tudo isso. Devemos respeitá-la".

Nos últimos 20 anos, o cineasta português dirigiu uma média de um filme por ano. A parte mais importante de sua obra foi feita depois de completar 60 anos, depois da revolução de 25 de abril de 1974, que acabou com a ditadura salazarista.

Ele estreou na época do cinema mudo, em 1931, com um documentário sobre sua cidade ntal intitulado "Douro, faina fluvial". Quando veio o som no cinema, ele lembra que foi contra.

"Eu não era o único", defende-se agora. "Muita gente boa também se opunha. O cinema mudo era um modo de expressão que se bastava por si só. Deixava de lado o aspecto literário e teatral para ressaltar o aspecto fotográfico. Quando o cinema ganhou som, deixou de ter esse aspecto utópico, esta dimensão de sonho - porque o sonho não tem som oou palavras - e se tornou muito mais realista".

Indagado sobre as homenagens que deve receber pelos seus cem anos de vida, Manoel de Oliveira, classificado às vezes de "cineasta de cinéfilos", responde rindo: "Certamente as pessoas conhecem mais minha idade do que meus filmes. Mas me sinto feliz quando alguém vê meu filme e entende o que eu quis dizer. Nada é mais gratificante".




Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Protógenes citou presidente, diz araponga





Agente da Abin diz que delegado o convenceu a atuar no caso alegando preocupação de Lula

Fausto Macedo - O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO - Páginas do inquérito 24447/08 contam segredos da controversa aliança dos arapongas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal na Operação Satiagraha. Um dessas confidências cita suposto interesse do presidente Lula nas investigações que apontam para o banqueiro Daniel Dantas em esquema de lavagem de capitais, evasão de divisas e fraudes financeiras. Em depoimento à PF, Lúcio Fábio Godoy de Sá, oficial da Abin, afirmou que o delegado Protógenes Queiroz, mentor da Satiagraha, contou-lhe que o presidente "cobrava o andamento desta investigação".

"Queiroz chamou o depoente (Lúcio Sá)e lhe explicou que tratava-se de investigação que envolvia espionagem internacional e que era a razão da Abin estar participando", registra o inquérito da PF que investiga vazamento da Satiagraha. "Que a ação abrangia a empresa Kroll e a investigação era de interesse do presidente da República que cobrava o andamento desta investigação porque o próprio filho do presidente teria sido cooptado por essa organização criminosa que também havia se infiltrado nos altos escalões da administração pública."

Os relatos colhidos pelo inquérito 24447/08 esmiúçam o dia-a-dia dos oficiais da Abin, revelam detalhes do poder e autonomia que eles desfrutavam em repartições da PF e expõem as tarefas que executavam - ao abrigo e sob ordens do delegado Protógenes, que está na mira da própria PF.

É ele o principal alvo do inquérito. Na última quarta-feira, a PF vasculhou 5 endereços de Protógenes: dois imóveis no Rio - Jardim Botânico e Meyer - um na Praia das Astúrias, Guarujá (SP), um apartamento em Brasília, e o apartamento 2508 do Shelton Hotel, no centro de São Paulo, onde foram recolhidos 7 celulares do delegado.

A investigação mostra, na avaliação da PF, situações muito graves porque traz à tona a ação clandestina do efetivo da Abin - os agentes tiveram acesso a dados confidenciais, inclusive conteúdos de grampos, e teriam violado até o Sistema Guardião, a máquina de interceptações dos federais.

Vinte e oito depoimentos escancaram os bastidores da polêmica missão federal e reforçam suspeitas sobre a parceria - 16 agentes e oficiais da Abin deram sua versão e eles todos atribuem a Protógenes o comando dos trabalhos.

Certa de que agentes da Abin praticaram crimes, desde realização de grampos até filmagens clandestinas, a PF pediu autorização para as buscas. O procurador da República Roberto Diana repudiou o pedido, mas o juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal, autorizou a varredura para apreensão de objetos e para evitar o sumiço de vestígios.

Antes de dar seu consentimento, Mazloum cercou-se de cuidados. Ele convocou o delegado Amaro Vieira Ferreira, da Corregedoria-Geral da PF e responsável pela investigação. O magistrado ficou impressionado com o conteúdo do inquérito, para ele resultado de intensa investigação. Ao dar seu aval para a blitz nos endereços dos investigados, Mazloum alertou a PF que o objetivo da medida é o de colher dados necessários à prova das infrações ou à defesa dos investigados. Para ele, interessa à Justiça criminal apenas a verdade real.

Advertência

O inquérito mostra que a invasão da Abin foi reprimida pelo diretor de Inteligência Policial da PF, Daniel Lorenz de Azevedo, veterano delegado com especialização em combate ao terrorismo.

No início de março, época em que a equipe de Protógenes estava instalada na sede da PF em Brasília, Lorenz encontrou um analista da Abin, Márcio Seltz, em uma sala de reuniões.

O delegado já conhecia Seltz de encontros em fóruns internacionais sobre terrorismo. Ele perguntou ao analista o que estava fazendo ali. "Estou auxiliando, a pedido do dr. Queiroz, no processo de análise de dados e informações da Satiagraha", respondeu o homem da Abin.

Lorenz chamou Protógenes em seu gabinete e o advertiu, desautorizando a participação do analista na operação. Ele ordenou ao chefe da Satiagraha que não permitisse o acesso de Seltz, ou qualquer pessoa da Abin, na investigação. Agora já se sabe que 72 agentes da Inteligência participaram diretamente da Satiagraha.

Seltz declarou que Protógenes, inicialmente, "lhe passou alguma coisa antiga, um material de fontes abertas, que dizia respeito à Telecom Itália, fundos de pensão, dizendo para tomar conhecimento daquilo". Ele contou que seus colegas, "Lúcio, Nagib Batista e Luiz, todos da área operacional, praticamente faziam o mesmo serviço, uma triagem de e-mails".

E-mails

Luiz Eduardo Melo, também oficial de Inteligência, confirmou sua participação e de outros da Abin na operação e o conhecimento em detalhes de dados sigilosos. "Eu já tinha conhecimento de quais seriam os assuntos importantes, operações de ordem financeira, e-mails em inglês envolvendo o Banco Opportunity e pessoas envolvidas, Dório Ferman, Verônica Dantas..."

Karina Murakami Souza, delegada federal que atuou na equipe de Protógenes, indicou a clandestinidade da atuação de servidores da Abin. Segundo ela, no escritório da Satiagraha em São Paulo "comparecia um pessoal estranho, que não era da PF, e eles se reportavam ao dr. Queiroz".

Ela disse que uma parte do levantamento de campo foi feita pelo pessoal da Abin. Na ausência de Protógenes, eles se reportavam a Walter Guerra, escrivão da PF. A delegada contou que, em Brasília, "participava dos trabalhos, na análise de HD, o agente Ambrósio, que seria aposentado da Abin".




Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Educação: Manifestação histórica reúne mais de cem mil em Lisboa



Milhares de professores vão ‘à guerra’

Mais de cem mil professores de todo o País manifestaram-se ontem nas ruas de Lisboa e aprovaram uma greve para 19 de Janeiro e o endurecimento das formas de luta contra o modelo de avaliação de desempenho.



A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, reagiu ainda a manif não acabara, garantindo não aceitar a suspensão da avaliação, o que suscitou uma reacção dura dos sindicatos, que prometem 'guerra' e admitem antecipar a greve para este ano ainda.

'Ou o Ministério da Educação suspende a avaliação de desempenho, avançamos para a negociação e o ano lectivo decorre normalmente, ou o ME vai ter luta o ano todo. Se querem guerra vão ter', proclamou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical, em cima do palco montado no Marquês de Pombal, ponto final de uma manifestação que durou mais de quatro horas.

A plataforma estima 120 mil docentes no protesto, número superior aos 100 mil da manifestação de Março. A polícia não indicou quaisquer números, 'dada a dimensão do protesto'.

MárioNogueira apelou aos professores para combaterem a avaliação nas escolas. 'Sejam corajosos. Se o ME não suspende a avaliação, suspendemos nós. Desta vez não há entendimento possível', disse, exortando os docentes a aprovar a suspensão nas escolas. O dirigente acusou a ministra de 'analfabetismo político' por não 'saber ler o significado de uma manifestação de 85 por cento dos professores do País'. Quanto à possibilidade de os docentes não progredirem na carreira se não forem avaliados, como já ameaçou a ministra, Nogueira disse: 'Vamos ver se impede a progressão dos professores a três meses das eleições.'

Os professores decidiram abandonar a comissão paritária de acompanhamento do processo de avaliação e agendaram mais protestos para este mês: dia 25 no Norte, 26 no Centro, 27 na Região de Lisboa e 28 no Sul. Os sindicatos querem ainda uma Marcha Nacional, com pais, alunos e pessoal não-docente.

MINISTRA ASSEGURA QUE AVALIAÇÃO É PARA CUMPRIR

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, assegurou que o processo de avaliação de professores é para continuar e que nem a dimensão da manifestação a vai fazer voltar atrás, uma vez que 'são os sindicatos que não estão a cumprir o memorando de entendimento que assinaram com o Governo'. 'Este processo é o resultado de uma negociação. O modelo de avaliação que existia nivelava os professores por baixo e este assegura que os melhores são distinguidos', afirmou a ministra em declarações na Direcção Regional de Educação do Norte, no Porto, à mesma hora em que os professores desfilavam em Lisboa.

À noite, os três canais de TV apresentaram entrevistas com a governante. Na RTP, a ministra garantiu estar sempre 'disponível para discutir o modelo de educação', mas que está consciente de que 'em ano de eleições estão a fazer das escolas campo de batalha da política eleitoral'. Na SIC, sustentou que há sobrecarga de trabalho dos professores, pois 'há excesso de reuniões, o que tem de acabar'.

AGRADADOS COM MUDANÇA DE FERREIRA LEITE

A mudança de atitude de Manuela Ferreira Leite, em relação às políticas educativas do Governo, agradou aos professores que ontem protestaram em Lisboa. 'Na altura não deveria saber o que estava em causa. Desde então, informou-se melhor e mudou de opinião', disse Ana Rocha, professora de Biologia. Nas vésperas da manifestação realizada em Março, Manuela Ferreira Leite manifestava, na Rádio Renascença, o seu apoio a José Sócrates, dizendo mesmo que lhe retirava o voto caso o primeiro-ministro cedesse às pressões dos sindicatos. 'Se ele dissesse que os professores estão cheios de razão, que vamos cruzar os braços e continuar tudo na mesma, eu não votaria nunca no engenheiro José Sócrates, mas se por qualquer motivo fosse eleitora dele dava-lhe um voto contra', afirmou Manuela Ferreira Leite, que, na altura, ainda não era líder do PSD.

T-SHIRTS, AUTOCOLANTES E BANDEIRAS

Ainda não eram 9 horas e já o autocarro número 21 estava repleto de professores desejosos por sair de Coimbra rumo a Lisboa para dizerem 'umas verdades à senhora ministra'. 'Vamos à luta. Estamos inundados de burocracia. A minha prioridade tem de ser os meus alunos', dizia Cristina Costa, 47 anos, professora de inglês na escola Ferrer Correia, de Miranda do Corvo, enquanto subia as escadas do autocarro.

Os 55 professores foram ocupando os seus lugares e o autocarro saiu da Praça da República pouco depois das 9 horas. 'Vou tomar um comprimido para o enjoo. E já tenho outro para a volta, para o caso de ver a ministra', dizia uma professora acabada de se sentar. 'Porta-te bem, vem aí o teu avaliador', brincava uma docente com uma colega inquieta.

Ao microfone, Luís Lobo, do Sindicado dos Professores da Região Centro, informava que ia começar a distribuição de t-shirts. Seguiram-se os autocolantes e logo a seguir alguns abaixo-assinados. 'Vamos ter mais gente do que na marcha da indignação de 8 de Março. É uma resposta espectacular da parte dos professores. Outras virão a seguir', incentivava o sindicalista, apoiado por uma salva de palmas.

As três horas de viagem foram aproveitadas para a troca de impressões sobre o estado da educação e houve ainda tempo para escrever e dedicar uma canção a Maria de Lurdes Rodrigues: 'A gente vai a Lisboa/ Grande manifestação/ A escola não anda boa/ e nós estamos com a razão. Ó Milú olha bem para nós/Pára lá um bocadinho e ouve a nossa voz'.

'Eu quero ser avaliada, mas não desta forma. É só papéis e sinto que não estou a dar bem as aulas porque estou feita uma burocrata', garantia Susana Mesquita, professora há 33 anos, a leccionar na Escola D. Inês de Castro. Mais contestatária, a professora Teresa, da escola D. Dinis, enumerava três mensagens a transmitir à ministra: 'Um: a desunião dos professores não foi conseguida. Dois: os professores não têm medo. Três: os professores têm consciência de que são os agentes sociais mais importantes do País'. Foi de imediato apoiada por todo o autocarro entretanto sarapintado de bandeiras coloridas e com palavras de ordem.

Com o Tejo à vista, os professores prepararam-se para a manifestação. A luta continuou nas ruas de Lisboa e garantem, vai continuar nas escolas.

UNS A PEDALAR, OUTROS DE COMBOIO, TODOS EM ACORDO

De Trás-os-Montes ao Algarve, do Minho ao Alentejo, as ruas da Baixa lisboeta conheceram ontem um movimento e um colorido pouco habituais aos sábados, com professores de todo o País. Alguns trocaram os autocarros pelo comboio, como foi o caso de um grupo de professores de Matosinhos. De Barcelinhos (Barcelos) viajou Apresentação Queirós, que chegou a Lisboa na sexta-feira. 'As pessoas têm de perceber que quando uma classe inteira sai para a rua não é para defender privilégios mas os alunos', afirmou. A docente deu o exemplo: 'Tive seis reuniões esta semana, algumas de três horas.' Quem também chegou a tempo do protesto foram os professores que adoptaram a bicicleta para ligar Serpa à capital.

EM PROTESTO

'SOMOS DOIS TERÇOS DOS FUNCIONÁRIOS' (Manuel Cabral, Lousã)

'Somos dois terços dos funcionários do Ministério. Fazemos a diferença, transmitindo aos jovens os ensinamentos que o País necessita para dar saltos qualitativos no futuro.'

'ESTOU ARREPENDIDA DE TER VOTADO SÓCRATES' (Ana Rocha, Vila Real)

'Votei em Sócrates e estou muito arrependida. Queremos ensinar e estar disponíveis para os alunos e não cheios de burocracia. Vim lutar por melhores condições de trabalho.'

'ESTAMOS ENJAULADOS NO SISTEMA DE AVALIAÇÃO' (Manuel Trovisco, Bragança)

'As grelhas significam que cada professor está enjaulado no sistema de avaliação. Nós queremos ter tempo para cumprir a nossa função de ensinar os alunos.'

'A PRÓPRIA MINISTRA NÃO DEVE SABER O QUE FAZ' (Ana Isabel Cruz, Ílhavo)

'É a primeira manifestação em que participo. Protesto, acima de tudo, contra este modelo de avaliação. Acho que a própria ministra da Educação não deve saber o que faz.'

'CONTRA UM SISTEMA DE AVALIAÇÃO SELVAGEM' (Fernando Varão, Lisboa)

'Perdi a conta aos anos que fui professor. Estou solidário com colegas na luta contra um sistema de avaliação selvagem que vai transformar a escola em algo desprovido de valores.'

'QUERO SER AVALIADA, MAS COM HONESTIDADE' (Maria P. Barbedo, Esgueira, Aveiro)

'Queremos uma avaliação com rigor de forma a termos uma educação com rigor. Não sou contra a avaliação, mas sim contra este modelo. Quero ser avaliada, mas com honestidade.'

'MINISTRA TEM DE ACABAR COM BUROCRACIA' (Ana Mafalda, Ílhavo)

'Sou professora há quatro anos e é a primeira vez que participo num protesto. Sou a favor da avaliação, mas todo este processo está errado. A ministra tem de acabar com a burocracia.'

'A AVALIAÇÃO DEVE SER EXTERNA À ESCOLA' (Margarida Carvalho, Aveiro)

'Este modelo de avaliação não está correcto. A avaliação deve ser feita por alguém exterior à escola, devido aos ‘amiguismos’, com critérios claros e concretos.'

'NÃO AO FACILITISMO COM QUE SE PASSA ALUNOS' (Pedro Gonçalves, Alcácer do Sal)

'Não compactuamos com políticas que visam o facilitismo para passar os alunos de ano. Sou professor de educação física e é ridículo ser avaliado por uma professora de têxteis.'

'PERDEMOS TEMPO EM REUNIÕES ABSURDAS' (Jorge Marques, Cacém, Sintra)

'Perdemos tempo em reuniões absurdas para determinar a percentagem de sucesso dos alunos. O estatuto do aluno e o estatuto da carreira de docente são uma vergonha.'

'COLOCAM EM CAUSA O FUTURO DOS MEUS FILHOS' (Maria Paula Montez, Lisboa)

'Sou mãe e faço parte da Comissão de Defesa da Escola Pública. Estas medidas colocam em causa o futuro dos meus filhos. Querem acabar com a qualidade no Ensino Público.'

'OS PROFESSORES DEVEM SER AVALIADOS' (Manuel Martins, Almada)

'Sou casado com uma professora contratada e acho que devem ser avaliados com regras. Ela ensina História e não pode ser avaliada por alguém que não perceba da disciplina.'

REACÇÕES POLÍTICAS

'POLÍTICA É PARA CONTINUAR' (Vitalino Canas, Porta-voz do PS)

'A política é para continuar. Ouvimos o que os professores transmitem, mas temos uma linha de actuação'.

'NÃO PODE FICAR TUDO NA MESMA' (Pedro Duarte, Deputado do PSD)

'A manifestação é a prova evidente de que não pode ficar tudo na mesma. Governo não pode ser autista e indiferente'.

'NÃO MUDAR É ATACAR A ESCOLA' (Bernardino Soares, Deputado do PCP)

'Mudar o ministro e não mudar a política, como aconteceu na Saúde, é continuar a atacar a escola pública'.

'PROFESSORES FARTOS E CANSADOS' (José Paulo Carvalho, Deputado do CDS-PP)

'Pode haver algum clima de descontrolo nas escolas porque os professores estão fartos e cansados de ser maltratados'.

'A MINISTRA ESTÁ AFLITA' (Francisco Louçã, Líder do Bloca de Esquerda)

'A ministra está aflita e o Governo está aflito. Pensam que de uma forma ditatorial e prepotente conseguem impor regras'.

APONTAMENTOS

GREVE NO PARLAMENTO

Paulo Portas, presidente do CDS-PP, disse que o partido vai pedir uma sessão especial no Parlamento para ajudar os professores.

TRÂNSITO REGULAR

As saídas de Lisboa registavam ontem após as 19h00 a circulação de automóveis com fluidez.

CARTAZES IMAGINATIVOS

A imaginação não faltou aos professores na elaboração dos cartazes: 'Sr. primeiro-ministro não sofra mais, imite o filósofo que lhe deu o nome, que nós oferecemos-lhe a cicuta.'

NEGÓCIO NAS CASTANHAS

Vendedores de castanhas e cerveja admitiram dia de negócio.

NOTAS

BANDEIRAS: 300 MIL EUROS

A Plataforma Sindical estima em mais de 300 mil euros o custo da manifestação. Repartido por aluguer de autocarros, bandeiras, autocolantes, faixas e coletes.

ALVERCA: ACIDENTE ATRASOU

Dezenas de autocarros de professores que tomaram a A1 para chegar a Lisboa depararam-se com um engarrafamento monumental antes das portagens de Alverca devido a um despiste.

INGLESA: UNIÃO IMPRESSIONA

Hannah Madden, natural de Liverpool, assistiu à manifestação dos professores sentada numa esplanada. 'Estou impressionada com a união e com a quantidades de pessoas', disse ao CM.




Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Actores lusos indignados com notícias das audiências



Pedro Catarino Ricardo Pereira é um dos protagonistas da novela de Miguel Falabella
Ricardo Pereira é um dos protagonistas da novela de Miguel Falabella
08 Novembro 2008 - 00h00

Zapping: 'Negócio da China'


Os intervenientes da novela ‘Negócio da China’, entre os quais o quarteto de actores portugueses Ricardo Pereira (um dos protagonistas), Joaquim Monchique, Carla Andrino e Maria Vieira, mostram-se perplexos com algumas notícias na imprensa brasileira que veiculam o fracasso da novela em termos de audiências e o mal-estar entre o autor, Miguel Falabella, e alguns actores.

"Essas críticas não correspondem minimamente à verdade. A novela estreou há cerca de um mês, com excelentes audiências, e apenas um sequestro de duas raparigas, que mereceu transmissões em directo dos canais concorrentes à Globo e que parou o Brasil, fez cair ligeiramente as audiências. Neste momento, os valores estão normalizados, isto tendo em conta o horário da transmissão", conta um elemento da produção, que nega ainda haver qualquer desentendimento entre Miguel Falabella e alguns dos actores. "Ninguém se sente afectado, muito menos o grupo de portugueses. Eles foram recebidos de uma forma fantástica e, sempre que pode, o próprio Miguel Falabella vai até ao local das filmagens dar os parabéns aos actores. Não há ninguém insatisfeito", conta a mesma fonte.

Segundo o mesmo elemento da produção, o núcleo de portugueses sente-se perfeitamente integrado, havendo uma excelente interacção com o restante elenco, do qual fazem parte os protagonistas Grazi Massafera e Fábio Assunção. "O grupo trabalha como um só, com bastante profissionalismo, grava cerca de 30 cenas por dia e não sente a influência do que é dito na imprensa, que muitas vezes nem corresponde à realidade."

João Tavares






Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

'Entre lençóis': Gianecchini faz striptease. Paola idem

Paola Oliveira, a Paula do filme "Entre lençóis", fazendo striptease para o personagem de Reynaldo Gianecchini, Roberto. Essas fotos vocês nunca viram. O longa-metragem que vai ter pré-estréia no Claro Cine, dia 26 no Jockey tem direção de Gustavo Nieto Roa Roberto.

O filme conta a história de um homem que acaba de sair de uma relação fracassada e de uma moça que está prestes a se casar e quer aproveitar os últimos momentos de solteira com outro. A única locação foi o Motel Vip' s, no Rio.


Patrícia Kogut


Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

CAUÃ REYMOND







Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

'A favorita': Irene e Gonçalo descobrirão intriga de Flora


Depois que Irene (Glória Menezes) e Copola (Tarcísio Meira) tiverem voltado de Paraty e ela se reconciliar com Gonçalo (Mauro Mendonça), uma dúvida ficará no ar: quem terá revelado a Iolanda (Susana Faini) que os dois estiveram em Paraty na mesma época e se encontraram lá?

Para descobrir o que houve, Gonçalo irá até a casa de Iolanda e perguntará quem contou a ela sobre a viagem de Copola e Irene. Ao descobrir a verdade, ele dirrá a Irene que foi Flora quem fez a intriga. Flora, encurralada pelos dois, pedirá desculpas tanto a Gonçalo quanto a Irene. Dirá que "não foi por mal". Eles perdoarão.

Mas, mais tarde, Irene deixará escapar essa história para Lara (Mariana Ximenes). Lara perguntará a Flora por que ela deu origem à confusão entre seus avós. Flora se desculpará, mas Lara ficará com o pé atrás em relação a ela.




Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Música boa e de graça no domingo






Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Feira do Livro de Curitiba é cancelada


Já estava se tornando tradicional. Pelo quinto ano consecutivo, a Praça Osório de Curitiba receberia, a partir da semana que vem, entre 10 e 20 de novembro, a Feira do Livro de Curitiba. Receberia, porque as cerca de 60 editoras e livrarias que estavam confirmadas para o evento, foram informadas nesta sexta-feira, a três dias do início, que a Feira está cancelada.

A coordenadora do encontro literário, Sueli Brandão, do Instituto de Educação e do Livro, estava desolada com a notícia, mas ainda se mostrava esperançosa com a realização da feira neste ano, mas em outra data e em outro local de Curitiba.

“Eu tinha um pré-acerto, mas nesta sexta-feira a prefeitura me informou que a Praça Osório não poderia ser liberada, por problemas técnicos”, disse Sueli. “Mas nos foi colocada a possibilidade de outros espaços receberem a Feira e estamos estudando qual a melhor alternativa”, explica ela.

O Instituto de Educação e do Livro, com sede em Joinville, é responsável por dez feiras literárias no Brasil. Todas de menor porte e badalação, com um formato mais popular. Em Agosto, realizou a Feira Internacional do Livro, em Foz do Iguaçu. O objetivo de todas elas é popularizar a leitura, por isso a opção por locais públicos, de passagem de pessoas. “Queremos atrair o público que nem sempre compra livro, por isso optamos por este formato”, diz ela.

Alguns autores já haviam confirmado presença em Curitiba, como o romancista e dramaturgo Alcione Araújo e o jornalista Domingos Meirelles. O homenageado seria o romancista mais premiado do ano, Cristovão Tezza. Agora, as agendas terão de ser mudadas.

O estranho de tudo isso, é que o órgão da prefeitura que negociou a permanência da Feira do Livro em Curitiba foi a Secretaria do Meio Ambiente. O que significa que a única aproximação do governo municipal com esta iniciativa cultural é puramente administrativa, de liberação de um local público. Felizmente, pessoas ligadas ao gabinete do prefeito Beto Richa tentam mediar o impasse e procuram alternativas.

A Fundação Cultural de Curitiba está completamente alheia a esta discussão pois não apóia a iniciativa que é totalmente privada. Existe um outro projeto de Literatura na FCC, no qual o espelho é o formato “Flip” (Festa Literária de Parati). Por enquanto, ainda não há indicações de que um projeto como este sairá do papel.

Para ouvir o outro lado, tentei falar com alguém da Secretaria do Meio Ambiente, do Gabinete do prefeito e da Fundação Cultural, mas já eram 18h40 desta sexta-feira e o horário de expediente da prefeitura vai até às 18h. Semana que vem tento novo contato para ver se haverá ou não Feira Literária em Curitiba neste ano.

Curitiba merece uma feira literária? Feiras literárias servem para alguma coisa? Fiquem à vontade para comentar.



Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Ex-presidiário é procurado por assassinato de Rachel Genofre

Divulgação/Sesp / Jorge Luiz Pedroso Cunha, 52 anos, é o principal suspeito da morte de Rachel. Você viu este homem? Jorge Luiz Pedroso Cunha, 52 anos, é o principal suspeito da morte de Rachel. Você viu este homem? Crime em Curitiba


O suspeito, segundo a polícia, é Jorge Luiz Pedroso Cunha, tem 52 anos, e já cumpriu pena por homicídio e estupro

08/11/2008 | 11:05 | Gazeta do Povo Online atualizado em 08/11/2008 às 12:54

A Delegacia de Homicídios divulgou neste sábado (8) o nome do homem que teria violentado e assassinado a menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, 9 anos. O principal suspeito é o ex-presidiário Jorge Luiz Pedroso Cunha, 52 anos, que já cumpriu pena por homicídio e estupro. O acusado já teria cometido outros crimes contra crianças. A Secretaria da Segurança Pública divulgou também a fotografia do acusado. O paradeiro dele ainda é desconhecido.

Desenhista, Jorge Cunha passou 18 anos atrás das grades, depois de ter sido condenado. Em 2005, o Conselho Penitenciário do Paraná aprovou, por unanimidade, um pedido de comutação de pena e ele saiu da prisão no ano seguinte.

Divulgação/Sesp

Divulgação/Sesp / Jorge Cunha com cabelos e bigodes em cores naturais Ampliar imagem

Jorge Cunha com cabelos e bigodes em cores naturais

De acordo com a Delegacia de Homicídios, o nome do suspeito surgiu na investigação depois que um comerciante o identificou em um álbum de fotos da polícia. O atendente disse ter vendido para Cunha uma mala igual àquela em que o corpo de Rachel foi encontrado.

A polícia afirma ter outros indícios da autoria do acusado. O ex-presidiário teria se aproximado da menina depois do fim das aulas no Instituto de Educação do Paraná Erasmo Pilotto, onde ela estudava.

Em entrevista coletiva, o delegado Jaime Luz, chefe da Delegacia de Homicídios, disse que as investigações apontam que a abordagem não ocorreu pela internet, mas por locais que a menina freqüentava. A primeira aproximação, ainda de acordo com o delegado, teria ocorrido cerca de uma semana antes do crime.

“Ele teve toda a paciência, a cautela pra se aproximar dessa criança. Se aproximou sem levantar qualquer suspeita”, disse. O delegado disse ainda que não há ainda a confirmação de que o assassino tenha levado a menina a um hotel.

“Ele usufruiu da experiência dele em outros casos, se utilizando desses artifícios, a calma, aparência, a boa conversa, para se aproximar da criança”, afirmou.

Ficha criminal

Jorge Cunha tem uma ficha criminal extensa. Além da condenação por homicídio e estupro, ele é acusado de falsidade ideológica, atentado violento ao pudor e falsificação de documentos. Em 2006, Jorge Cunha foi libertado e voltou a ser acusado de um crime no ano passado. A Justiça emitiu um mandado de prisão contra ele por causa de crime de atentado violento ao pudor cometido no Litoral do Paraná. A vítima teria sido um menino, que sobreviveu.

A polícia acredita que o acusado tenha deixado a mala com o corpo de Rachel na Rodoferroviária justamente porque já se preparava para pegar um ônibus e deixar a cidade.

Outro suspeito liberado

Na sexta-feira (7), outro suspeito foi interrogado. A polícia teria, inclusive, recolhido material para exame de DNA, para comparação com o material achado junto com o corpo da menina. No entanto, a possibilidade de que o homem interrogado seja o criminoso está praticamente descartada, segundo os próprios policiais.

Crime

Rachel estava desaparecida desde as 17h30 de segunda-feira (3), quando saiu do Instituto de Educação, onde estudava. A menina era filha de uma professora e ia e voltava todos os dias sozinha da Vila Guaíra, onde morava, até a escola, de ônibus. O desaparecimento já estava sendo investigado desde a segunda-feira (3) pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).

A mala foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual, por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. O corpo estava inteiro, ainda com o uniforme do colégio e apresentava sinais de estrangulamento. Os médicos do IML confirmaram que a menina sofreu violência sexual.

O crime chocou família, amigos, e pais colegas da menina. Rachel cursava a 4ª série no e em outubro de 2007, quando estava na 3.ª série, ela ganhou o terceiro lugar no 13.º Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná. Este ano recebeu o primeiro prêmio no mesmo concurso.

O corpo de Rachel foi enterrado por volta das 10h30 desta quinta-feira(6) no Cemitério do Santa Cândida. O sepultamento aconteceu debaixo de muita chuva, acompanhado por mais de 100 pessoas, entre amigos, colegas de escola e familiares. Crianças carregavam faixas em homenagem à menina.

Investigação

Segundo o telejornal Paraná TV, a polícia visitou hotéis em busca de lençóis parecidos com o que foi encontrado dentro da mala com o corpo da menina. Também já foram analisadas cerca de 120 horas de imagens gravadas pelas câmeras externas da rodoviária e da área central, próxima ao colégio onde Rachel estudava. O trabalho, porém, não trouxe nenhuma pista para o caso.O computador que a menina usava para acessar a internet foi periciado, mas os policiais também não teriam encontrado nenhuma informação que ajudasse na investigação.

Na sexta-feira (7), uma mulher procurou a delegacia de homicídios para dizer que fez imagens com um celular dentro da rodoviária na madrugada que o corpo da menina foi encontrado, informou o telejornal. Na quinta-feira (6), policiais civis disseram à reportagem do telejornal que havia dois suspeitos do assassinato, que seriam pessoas que conheciam o trajeto feito pela menina.

Serviço

Para agilizar as buscas ao ex-presidiário, a polícia paranaense mobilizou, além de policiais da Região Metropolitana de Curitiba, policiais de outros estados, como Santa Catarina e São Paulo.

Quem souber do paradeiro de Jorge Luiz Pedroso Cunha ou tiver informações que possam ajudar nas investigações sobre o assassinato de Rachel pode entrar em contato com a Delegacia de Homicídios pelos telefones 3363-0121 e 3363-1518. A identidade do informante será mantida em sigilo.



Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Antonio Banderas cotado para viver Salvador Dalí no cinema

Antonio Banderas - Foto: ©AFP/Arquivo/Luis Acosta - 0

Foto: ©AFP/Arquivo/Luis Acosta

O ator espanhol Antonio Banderas (foto) está em negociações finais para interpretar o pintor Salvador Dalí em um filme biográfico independente preparado pelo diretor britânico Simon West.



LOS ANGELES (AFP) - O ator espanhol Antonio Banderas está em negociações finais para interpretar o pintor Salvador Dalí em um filme biográfico independente preparado pelo diretor britânico Simon West.

Banderas, de 48 anos, está quase confirmado nesta história que, segundo a revista Variety, mistura atores reais com seqüências de animação e efeito digital para narrar o surrealismo do pintor espanhol.

Segundo a mesma fonte, atualmente outros dois filmes biográficos sobre Salvador Dalí (1904-1989) estão em preparação.

Um deles teria Al Pacino protagonizando sob o título "Dali and I: The Surreal Story".

O outro, "Little Ashes", seria protagonizado por Robert Pattinson, um jovem astro de Hollywood, que daria vida aos anos de juventude do artista.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

A gasolina Senna vem aí


Edu Garcia/AE
Nome de gasolina
Senna: uma marca poderosa catorze anos depois de sua morte


Em sigilo, a Petrobras negocia com a família de Ayrton Senna os direitos para lançar uma gasolina especial. Vai se chamar Senna. A idéia é que o novo produto substitua a Supra, hoje posicionada entre a gasolina comum e a Podium, a mais cara da família de combustíveis da estatal. Num movimento paralelo, Bruno Senna, sobrinho de Ayrton, fará um teste no dia 17 para ser o piloto da Honda, que em 2009 passará a ser patrocinada justamente pela Petrobras.


RADAR ON-LINE

Com Paulo Celso Pereira

Lauro Jardim



Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters