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sábado, 17 de julho de 2010

Clinton off to Afghanistan as war fears rise


WASHINGTON — As concerns grow about the war in Afghanistan, Secretary of State Hillary Rodham Clinton headed to South Asia Saturday on a mission aimed at refining the goals of the nearly 9-year-old conflict.

Clinton will attend an international conference in Kabul on Tuesday where the Afghan government is expected to outline plans to improve security, reintegrate militants into society and crack down on corruption. She also plans to stop in Pakistan to push greater cooperation between Islamabad and Kabul.

Clinton will meet up later in the week with Defense Secretary Robert Gates in South Korea, where tensions with the communist North have risen after the sinking of a South Korean warship that was blamed on the North.


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BP prolongs test on oil well in Mexico Gulf

The new containment capping stack on the blown-out oil well in the Gulf of Mexico is seen during the well integrity test in this video grab from the BP's live feed on July 17, 2010. The U.S. government and BP have agreed to allow the well integrity test to continue another 24 hours, according to a statement by National Incident Commander Admiral Thad Allen. (Xinhua/BP Live Feed)

BEIJING, July 18 (Xinhuanet) -- British energy giant BP Plc decided to extend for another day of an integrity test of its leaking Gulf of Mexico well which has been under control by a new containment cap, according to Reuters reports on Sunday.

BP cut off the oil spill on Thursday with a new, tight-fitting containment cap installed atop the well a mile under the ocean surface.

The massive oil spill, triggered by the April 20 offshore rig explosion that killed 11 workers, has caused an economic and environmental disaster along the U.S. Gulf Coast.

"As we continue to see success in the temporary halt of oil from the leak, the U.S. government and BP have agreed to allow the well integrity test to continue another 24 hours," retired Coast Guard Admiral Thad Allen, the U.S. government's point man on the spill, said in a statement.

Kent Wells, BP senior vice president of exploration and production, added that "we're feeling more comfortable that we have integrity" in the well.

The ongoing test is intended to show whether the April explosion damaged the piping and cement inside the well, which could allow oil and gas to leak out the sides and seep up through the seabed.

It had lasted two days and end Saturday. Allen's statement indicates it will continue through Sunday afternoon.

President Barack Obama called on Saturday that the apparent success of BP's efforts to cap its ruptured Gulf of Mexico well good news, but underscored that the problem would not be resolved until relief wells had been completed.

(Agencies)



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MESMO COM LULA E ILEGALIDADES, PRIMEIRO “GRANDE COMÍCIO” DE DILMA É UM VEXAME: QUERIAM REUNIR 100 MIL; CANDIDATA DISCURSOU PARA…MIL!!!


As máquinas do governo do Rio e da prefeitura da Capital foram mobilizadas para o “grande comício de Dilma Rousseff”. Como vocês viram, uma Kombi “a serviço da Prefeitura” foi flagrada lotada de panfletos. Prefeitos de outras cidades puseram ônibus à disposição da população e pressionaram os servidores. A presença de Lula era alardeada: “Deus” apareceria pessoalmente no palanque para exaltar a sua Criatura Eleitoral. Os petistas falavam em reunir 100 mil pessoas. Era para ser aquele mar vermelho. No fim das contas, quase havia mais gente em cima do palanque do que na platéia. Dilma discursou para não mais do que mil gatos pingados e molhados. Um vexame!

A concentração estava marcada para a Candelária. Dali seguiu uma passeata — que se esperava gigantesca — até a Cinelândia, onde deveria acontecer, então, a apoteose. Que nada! Entre 6 mil e 15 mil pessoas (duas estimativas da PM) participaram dessa primeira parte do evento. Já era um fiasco! Aí veio a chuva, e o povo se pirulitou. Dilma, por enquanto, parece não valer uma chuva.

Mil pessoas, é? No lançamento de O País dos Petralhas, no Rio, consegui reunir 600. E olhem que eu não usava aquele paletó de moço alegre boliviano, que Lula deve ter ganhado de Evo Morales… Nem o governo nem a Prefeitura do Rio mobilizaram a máquina para levar meus leitores, hehe…

Brincadeira à parte, o fato é que o troço foi vexaminoso. E não por falta de empenho ou de ilegalidades. O governo Federal, o governo do Estado e a Prefeitura se encarregaram de garantir os dois. É que Dilma, por enquanto, não chega a incendiar as massas, né? Especialmente em dia chuvoso… Ela bem que se esforça, mas não sabe brincar. No palanque, num ambiente já bem desanimado, mandou ver:
“Aqui nesta praça, no dia 10 de abril de 1984, houve a grande manifestação das Diretas Já…”
Pois é… Não foi no dia 10, mas no dia 18; não foi na Cinelândia, onde ela discursava, mas na Candelária…

Lula também discursou:
“Há uma premeditação de me tirarem da campanha política para não permitir que eu ajude a companheira Dilma a ser a presidenta deste país. (…) Na verdade, o que eles querem é me inibir, para fingir que não conheço a Dilma. É como se eu pudesse passar perto dela, ter uma procuradora qualquer aí, e eu passar de costas viradas e fingir que não a conheço. Mas eu não sou homem de duas caras. Passo perto dela e digo para vocês: é a minha companheira Dilma, que foi chefe da Casa Civil, e está preparada para a Presidência da República deste país.”

É impressionante que a autoridade máxima da República se refira a uma outra autoridade, que só faz o seu trabalho, nesses termos. Abaixo, vocês verão que o presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa afirma que Lula, no fim das contas e sob muitos aspectos, não é muito diferente de Hugo Chávez. E ele tem razão.

Por Reinaldo Azevedo

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"Escola é irrelevante", diz coronel ao negar erro em tiroteio no Rio


Pior é não fazer operações, diz coronel sobre morte de menino
17 de julho de 2010 22h21 atualizado às 22h31


Wesley Andrade morreu atingido por uma bala perdida na zona norte  do Rio Foto: Severino Silva/O Dia

Wesley Andrade morreu atingido por uma bala perdida na zona norte do Rio
Foto: Severino Silva/O Dia


Responsável pela operação nas favelas da Quitanda e Pedreira, na capital fluminense, onde o menino Wesley Guilber de Andrade, 11 anos, morreu atingido por tiro dentro da sala de aula de uma escola na manhã de sexta-feira, o coronel Fernando Príncipe lamenta a morte, mas defende a manutenção das ações policiais. "O Ciep Rubens Gomes - onde aconteceu o fato - é irrelevante. Se não houver Ciep, haverá uma casa, uma fábrica. Mas o pior é não realizar operações", disse.

Afastado do comando do 9º BPM, o coronel abre fogo contra o comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte. "Com a minha exoneração, o comandante-geral diz para os outros comandantes que eles devem privilegiar a omissão e a covardia, devem privilegiar o não fazer". Príncipe diz que não errou e que a perda de vidas inocentes, "eventualmente, vai acontecer".

Para o coronel, a operação no local era necessária. Ele afirma que empresários da Fazenda Botafogo já haviam o procurado para reclamar da situação no local. "A ação começou às 8h20, havia 100 homens comandados por um major. Tínhamos como alvos a comunidade de Final Feliz e os morros da Pedreira, Lagartixa e Quitanda. O bandido é inconsequente, faz disparos em qualquer direção. Tivemos que trocar tiros. Não há outro jeito de se fazer operação. Ou é assim ou, então, não faz. A inteligência diz que o bandido ele está lá dentro (da favela). Temos que ir lá. O que a polícia deve fazer? Não fazer nada é prevaricação", afirma.

Sobre a morte do menino, o comandante exonerado diz lamentar, porém se isenta da culpa. "Eu lamento muito, claro. Mas não fui responsável por ela, meus policiais também não. Com a minha exoneração, o comando mostra que não assume a responsabilidade de seus comandados. Não foi a primeira vez que um estudante foi atingido naquele Ciep, e o poder público nunca providenciou a blindagem do prédio. Abomino a morte de inocentes, mas isso, eventualmente, vai acontecer."

Enterro
Wesley foi enterrado na manhã de sábado, no cemitério de Irajá. No sepultamento, acompanhado por 70 pessoas, amigos da vítima e professores lembraram a tragédia. A professora do menino, Mariza Helena, foi a primeira a prestar socorro. "Quando ouvimos os primeiros tiros, saímos da sala e nos posicionamos no corredor. Ali era um lugar que considerávamos mais seguro. Mas o tiroteio parou e voltamos para a sala de aula. De repente, ouvimos novos disparos. As crianças começaram a correr para fora, mas uma bala entrou na sala".

Mariza contou que, depois de ser atingido, Wesley ainda correu até o corredor. "Ele caiu no chão do corredor e começou a sangrar. Os coleguinhas gritavam pedindo que não deixasse ele morrer. Tenho 40 anos de magistério, 17 só nesta escola. Mas, depois disso, não sei se conseguirei voltar para a sala de aula", disse.

Diretora da unidade, Rejane Faria passou mal no velório. "Tudo foi embora, todo o nosso trabalho. Me perdoa pai, me perdoa mãe", afirmou. Na segunda-feira, as aulas no Ciep Rubens Gomes estão suspensas. Psicólogos e assistentes sociais da Secretaria Municipal de Educação se reunirão com professores e alunos, que vão vestidos de branco em pedido por paz.

Pai de Wesley, o comerciante Ricardo Freire cobrou a presença de autoridades do Estado na despedida do filho. "Eles não se preocuparam porque os filhos deles andam de carros blindados e passam longe das áreas de risco", disse. O governo estadual arcou com o custo do enterro. "O tudo deles não é nada pra gente."

O Dia


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26/10/2008 free counters

#CASOBRUNO : Cartão de débito prova que Bruno e amante ajudaram no sequestro

Eduardo Kattah, Eliane Souza - O Estado de S.Paulo

Os delegados que apuram o desaparecimento de Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, confirmaram ontem que no dia 6 de junho o atleta se hospedou em um motel de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, acompanhado da amante Fernanda Gomes de Castro, do amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; do primo J; além de Eliza e do filho.

Apesar das várias versões sobre o assassinato de Eliza, a polícia acredita que já tem elementos para fechar o inquérito e promover indiciamentos. Segundo a delegada Alessandra Wilke, da Delegacia de Homicídios de Contagem, Eliza teria sido sequestrada por Macarrão e pelo primo de Bruno na noite do dia 4 de junho em um hotel do Rio, onde ela e o filho estavam hospedados. Antes de seguir para Minas na Range Rover do goleiro, dirigida por Macarrão e tendo também como ocupante o adolescente, Eliza ficou durante um dia e meio na casa de Bruno no Recreio dos Bandeirantes. O grupo viajou após um jogo entre Flamengo e Goiás, na noite do dia 5. O ex-goleiro do Flamengo e Fernanda viajaram em uma BMW X5 cor preta.

Quando chegaram em Contagem, por volta de 5h40 do dia 6, o grupo parou estrategicamente, segundo o delegado Edson Moreira, no motel em Contagem, onde ficaram cerca de quatro horas. "Conseguimos comprovar a estada por meio de depoimentos e do cartão de débito bancário onde o Bruno pagou as duas suítes. Após a saída, foi identificada a fralda da criança", conclui a delegada. Os delegados informaram ainda que por volta de 11h do dia 6 o grupo seguiu para o sítio, onde Eliza foi mantida em cárcere privado até o dia 9, data em que provavelmente foi assassinada.

Apartamento. No último depoimento prestado à polícia, Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, contou que Fernanda foi para Minas com o goleiro do Flamengo na BMW X5 e cumprimentou Eliza no sítio, "parecendo até que se conheciam".

Segundo Sérgio, na noite do dia 7, a caminho de um bar em Ribeirão das Neves, Fernanda perguntou ao goleiro o que faria com a "menina". "Eu vou dar um apartamento para ela aqui em Minas, em Belo Horizonte de preferência", Bruno teria respondido. Anteontem, Sérgio recuou e negou que o goleiro tenha presenciado ou estivesse com o grupo que supostamente participou da execução de Eliza.

Mas afirmou que todos os suspeitos, à exceção de Dayanne - que passou mal e não falou nada em depoimento ontem -, poderiam ter evitado "que o pior ocorresse". Ele afirmou que chegou a ser ameaçado de morte em duas oportunidades por Macarrão, caso "abrisse o bico". "Eles me deixaram na mão sem advogado. Agora vem querer me oferecer advogado. Não adianta mais não, já abri o bico." / COLABOROU GABRIELA MOREIRA



Obsessão escrita com sangue e intrigas

Suspeito da morte de Eliza, Macarrão afastou Bruno de amigos, empresário e até da esposa oficial

Rio - Tatuada na pele, a obsessão de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, pelo ex-capitão do Flamengo Bruno Souza se explica pela ambição de administrar a carreira do goleiro no exterior. Amigos desde a infância humilde no bairro da Liberdade, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Macarrão literalmente tomava conta da vida de Bruno. Os dois se chamam de irmãos e, desde o bloqueio da conta bancária do jogador por ordem judicial, em março, os rendimentos obtidos pelo atleta eram transferidos para a conta de Macarrão, na mesma agência, em Ipanema. Com cartão e senha, ele tinha livre acesso a todo dinheiro de Bruno e costumava comentar entre os amigos: “Tudo agora é comigo. A decisão do Bruno é a minha decisão”.



Ninguém mais se aproximava de Bruno sem passar por Macarrão. Um a um, ele afastou quem rodeava o goleiro: tinha ciúmes dos amigos; brigou com a mulher do jogador, Dayanne Souza, que o proibiu de entrar na casa dela; fez intrigas com o segurança Marcelo Soares Silva; acusou Sérgio Rosa Sales de desviar dinheiro do primo famoso; quis separá-lo da nova noiva, Ingrid Oliveira; e influenciou no rompimento com Eduardo Uram, empresário que administrava a carreira do jogador desde os 14 anos.

Macarrão, estava sempre ao lado de Bruno e gostava de vestir o uniforme dele no Fla. A veneração pelo goleiro rendeu até uma tatuagem nas costas, onde declarou seu amor pelo atleta | Foto: Reproduções da Internet

“Bruno se cercava de pessoas que só diziam ‘sim’ para ele. É uma pessoa de coração bom, mas se perdia por ser bom demais para todo mundo. O sucesso mexeu muito com ele”, lamenta o empresário Uram. Para ele, Bruno ainda não estava preparado para jogar na Europa.


Outro motivo para o rompimento da dupla foi o processo da fornecedora de luvas do goleiro. “Questionei algumas condutas. Bruno ignorou a notificação e ofendeu uma advogada. Tentei colocar limite, mas ele queria a turma do oba-oba”, enfatiza Uram.

Conferente na Ceasa até dois anos atrás, Macarrão emprestava dinheiro seu para o goleiro ir aos treinos nas categorias de base. Já famoso, Bruno chamou o amigo para cuidar do sítio em Esmeraldas. Certa vez, Macarrão vendeu o carro velho, batido, para ajudar nas despesas do sítio do jogador, que estava com salário atrasado no Flamengo. “Ele fazia questão de agradar o Bruno e precisava dele solteiro na noite. Quem era Macarrão sem a fama e o dinheiro do Bruno? Ele queria ser o Bruno”, afirma Ingrid, que acha Macarrão ‘insuportável’.

'Macarrão queria tirar todo mundo da jogada'

A ideia de Macarrão de gerir a vida de Bruno e uma possível carreira internacional ganhou reforço numa concessionária de veículos na Barra, onde Bruno pegou emprestado a BMW X5 que usou para ir a Minas. Filho do dono, Victor Fernando Vidal, o Vitinho, frequentava festas na casa do atleta e começou a atuar como agente, quando o goleiro se afastou de Eduardo Uram. Foi ele quem contatou o advogado Diogo Souza para tratar da suspensão do contrato com o Fla.


Um outro amigo do grupo, que também foi vendedor de veículos, tinha contatos no circuito do futebol. O homem identificado como Serginho foi assessor do agente Carlos Leite, que cuida dos interesses de jogadores do Vasco. Bruno, então, contratou novo advogado, a quem passou procuração: José Maria Campêlo também era cliente da concessionária. “Os primeiros contatos foram com Macarrão, que era o imediato do Bruno”, conta Campêlo.

Macarrão é acusado de ter sequestrado Eliza na saída de hotel na Barra | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

“Macarrão era ganancioso e queria tirar todo mundo da jogada. Ele queria estar por trás de tudo”, lembra uma pessoa próxima. Acostumado a administrar carreiras, Uram passou a gerenciar crises sucessivas com o goleiro. “Tem que ser um relacionamento de cima para baixo, para poder dizer não. Tinha que ter planejamento e isso eu não conseguia fazer. Ele tinha capacidade para conseguir mais”, completa Uram, que negou assinatura de pré-contrato com o Milan, como Bruno comentou com policiais. “Foi para valorizar o Bruno e lucrar”, conta um amigo do goleiro.

No dia do sequestro, 73 ligações

Segundo a polícia, Macarrão articulou todas as etapas do crime macabro. No dia em que sequestrou Eliza Samudio, ele falou com ela 73 vezes pelo celular. A última ligação foi às 21h11 de 4 de junho, quando chegou na porta do Hotel Transamérica. De acordo com as investigações, foi Macarrão quem ligou para Dayanne, mandando que ela tirasse o bebê Bruninho do sítio. Segundo a polícia, ele deu chutes em Eliza, depois que ela foi estrangulada. Ano passado, Macarrão também participou das ameaças para que Eliza fizesse aborto.

Foto: Reprodução da Internet
Fernanda terá de explicar à polícia se esteve com Eliza Samudio | Foto: Reprodução da Internet

Goleiro frustrado, Macarrão chegou a ser treinado por Bruno em 2007, mas acabou virando apenas ‘presidente’ do time 100% Futebol Clube, de Ribeirão das Neves. Há um mês, ele procurou tatuador amigo da amante loura de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, e fez homenagem ao goleiro, que havia presenteado com espessos cordões de ouro três amigos que ‘fechavam’ com ele. No último Natal, Macarrão ganhou um New Beetle, que tinha sido comprado para Dayanne.

“Bruno gostava de chamar os amigos em casa, para beber cerveja. Macarrão ficava com ciúmes, numa de proteção”, conta Fábio Lima, outro amigo do goleiro. Apenas Fernanda se deu bem com Macarrão, porque lhe apresentou a uma amiga de nome Luana. A noiva atual, Ingrid, dava conselhos sobre as amizades. “Eu falava com ele: ‘Acorda, olha as pessoas que estão a sua volta’. Era nítido que os amigos se aproveitavam da fama e do dinheiro dele. Macarrão não gastou R$ 1 do bolso dele. Só usava o dinheiro do Bruno”, contou ela.

Amante loura deve depor esta semana

Apontada como a mulher que cuidou do bebê de Eliza nos 3 primeiros dias do sequestro, Fernanda Gomes Castro, 32, desembarcou ontem no Aeroporto de Contagem (MG). Ela deve prestar depoimento nos próximos dias, atendendo à intimação enviada à Polícia Civil do Rio, quinta-feira, quando a jovem passou mal e foi a hospital. O delegado Edson Moreira afirmou que vai ouvi-la esta semana, quando todos os laudos periciais devem ser entregues à polícia.

Em novo depoimento à polícia, Sérgio Rosa Sales, primo do atleta, voltou atrás e disse que Bruno não estava na casa em que Eliza foi executada, mas com ele no sítio. Ele alega que se confundiu quando depôs pela primeira vez e disse que o goleiro esteve lá.

O DIA noticia o caso com exclusividade

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

Investigações indicam que Bruno esteve no Motel Palace, dia 6, onde pagou aluguel de duas suítes | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. No dia seguinte, O DIA noticiou, com exclusividade, o caso. Com equipes de reportagem no local, O DIA ONLINE acompanhou a investigação da história, minuto a minuto, a partir do dia 26 de junho.

A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. O goleiro e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.

Na quarta-feira 7 de julho, a Justiça decretou prisão preventiva do goleiro Bruno, o amigo Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos - conhecido como "Neném", "Bola" ou "Paulista", sua mulher Dayanne e mais quatro envolvidos no crime. A polícia apreendeu ainda um menor, de 17 anos, primo de Bruno, que teria participado da trama. No dia seguinte, 8 de julho, a mãe de Eliza Samudio ganhou a guarda provisório do bebê, agora com 5 meses. No dia seguinte, Bruno, Macarrão e Neném foram convocados a prestar depoimento mas se negaram. Segundo seus advogados, os acusados só falarão em juízo.



Reportagem: Diogo Dantas e Paula Sarapu




Prisões deixam time bancado por Bruno à beira da falência

Formado em Ribeirão das Neves, 100% FC tenta sobreviver graças à ‘vaquinha’ de jogadores

POR VANIA CUNHA

Ribeirão das Neves (Minas Gerais) - Enquanto a suspeita de participação no sumiço de Eliza Samudio fez o goleiro Bruno ficar sem R$ 250 mil mensais (média que incluía salários, prêmios e patrocínios) como atleta do Flamengo, a acusação também trouxe prejuízos financeiros para um grupo de jogadores sem qualquer renome: os integrantes do 100% FC, time de Ribeirão das Neves que era bancado pelo ex-capitão rubro-negro.


Sem a ajuda de custo de Bruno, e com a diretoria atrás das grades — Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Wemerson Souza, o Coxinha, são, respectivamente, o presidente e o vice do clube —, os jogadores se viram como podem e até fazem ‘vaquinha’ para não permitir que o time acabe.

O motoboy Tom, da comissão técnica do 100%, ganhou chuteira do Ronaldinho e jogou com Vagner Love: ele quase perdeu emprego ao ser confundido com um dos acusados | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia

“Está todo mundo para baixo, triste mesmo com tudo isso. Sempre fomos amigos, todo mundo sempre teve uma vida simples, nada disso que estão pintando por aí. Nosso time tem tradição. Vamos conseguir voltar, tenho certeza”, afirmou, esperançoso, o motoboy Walington Dias da Silva, o Tom, integrante da comissão técnica. Os atletas só pensam na disputa da segunda divisão do Campeonato Mineiro, a partir de agosto.

Coxinha fez blusa para homenagear Bruno e Macarrão | Foto: Felipe O'Neill / Agência O Dia


O 100% nasceu há 17 anos, em peladas disputadas por fanáticos por futebol nas ruas ainda sem calçamento e no campo de terra batida do bairro da Liberdade. Reuniram-se, batizaram o time e começaram a participar — e vencer — disputas pelos bairros vizinhos. Mas foi com a eleição do presidente Macarrão que os peladeiros realizaram o sonho de se profissionalizar: o time ganhou registro e um padrinho famoso.

Sempre que estava pela região, Bruno aparecia para bater uma bolinha e prestigiar os companheiros de profissão. Além de fazer uma participação especial nos jogos, o astro do Flamengo presenteava o time com bolas oficiais do Campeonato Brasileiro e chuteiras de primeira linha, cedidas pelos amigos craques. “Nossa, quase morri do coração quando soube que ganhei a chuteira usada pelo Ronaldinho, sô! Já pensou se pego o talento dele?”, lembra Tom, que se orgulha de ter contado com Vagner Love em um jogo.

Foto: André Mourão / Agência O Dia
Bruno, de uniforme da penitenciária de Minas. Ele se negou a fazer exame de DNA | Foto: André Mourão / Agência O Dia

Muitos churrascos de comemoração das vitórias eram bancados por Bruno, que também se encarregava de providenciar as passagens para os atletas jogarem nas cidades vizinhas. Também já levou o time inteiro para um fim de semana na Angra dos Reis. “Muitos nunca tinham visto o mar. Nunca imaginei ver coisa tão bonita. Muita comida, bebida, festa regada!”, vibrou um dos jogadores do 100%.

Sem uniformes, chuteiras e treinos

Com as prisões de Bruno, Macarrão e Coxinha, os jogadores ficaram sem rumo. Os treinos foram suspensos e o time discute a possível escolha de um presidente interino. Além disso, uniformes e chuteiras ficaram no sítio de Bruno. “Vamos ter que juntar dinheiro do nosso bolso para pagar os R$ 1 mil das roupas e as passagens de todos. Mas não perco a fé que vamos nos reerguer. A família 100% sempre estará reunida”, garante Tom.


A paixão pelo futebol e pelo 100% uniu ainda mais Bruno e Macarrão, que atuava como goleiro em peladas. Ano passado, Coxinha mandou estampar a amizade dos dois em 22 camisas distribuídas ao time. Na frente, a foto dos amigos dentro do símbolo do clube, com a frase ‘amizade verdadeira, família 100%’. Nas costas, letra de um pagode. Mas o sumiço de Eliza não trouxe só problemas financeiros. Uma TV identificou Tom como se ele fosse Coxinha e o motoboy perdeu o emprego.

O DIA noticia o caso com exclusividade

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

Foto: Reprodução da Internet
Goleiro bancou viagem para um grupo grande de pessoas à Angra dos Reis, com direito a lancha e uísque | Foto: Reprodução da Internet

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. No dia seguinte, O DIA noticiou, com exclusividade, o caso. Com equipes de reportagem no local, O DIA ONLINE acompanhou a investigação da história, minuto a minuto, a partir do dia 26 de junho.

A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. O goleiro e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.

Na quarta-feira 7 de julho, a Justiça decretou prisão preventiva do goleiro Bruno, o amigo Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos - conhecido como "Neném", "Bola" ou "Paulista", sua mulher Dayanne e mais quatro envolvidos no crime. A polícia apreendeu ainda um menor, de 17 anos, primo de Bruno, que teria participado da trama. No dia seguinte, 8 de julho, a mãe de Eliza Samudio ganhou a guarda provisório do bebê, agora com 5 meses. No dia seguinte, Bruno, Macarrão e Neném foram convocados a prestar depoimento mas se negaram. Segundo seus advogados, os acusados só falarão em juízo.



Na Justiça, advogado de Bola pede que cliente não faça reconstituição

Ex-policial está preso por suspeita de envolvimento no sumiço de Eliza.
Defesa diz que cliente vai ficar calado até polícia concluir inquérito.

Flávia Cristini Da Globominas.com


Marcos Aparecido dos Santos, com o uniforme da penitenciária  mineira Marcos Aparecido dos Santos, com o uniforme da
penitenciária mineira (Foto: Reprodução/TV Globo)

O advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defende Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, impetrou um mandado de segurança, nesta sexta-feira (16), contra Edson Moreira, delegado-chefe do Departamento de Homicídios de Belo Horizonte. No documento, o defensor quer garantias legais para seu cliente não prestar depoimento e não participar de reconstituição no caso do desaparecimento de Eliza Samudio.

O mandado de segurança, com pedido de concessão de liminar, ainda não foi julgado, de acordo com o site do Tribunal de Justiça (TJ) de Minas Gerais. De acordo com Júnior, Bola só vai falar após a conclusão do inquérito, assim que a defesa tiver acesso formal às acusações da polícia.

O mandado, segundo o advogado, pede também que Bola não participe de nenhuma diligência ou acareação. O documento pede ainda que Bola não forneça material genético para perícia, com base no direito constitucional de não fornecer provas contra si.

A defesa do ex-policial afirma que a polícia tem agido, durante a investigação, "como se o preso estive sob a custódia da polícia e não da Justiça", o que causa constrangimentos e poderia ser considerado abuso. "Meu cliente está exausto, abalado psicologicamente. Se Edson Moreira insistir nisso, pode responder por abuso de autoridade", disse. De acordo com o delegado Edson Moreira, ele ainda não foi comunicado sobre o mandado de segurança.

A liberdade de Bola, que está preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG), ainda não foi pedida por motivo de conveniência, segundo o advogado. "A intenção era pedir uma extensão de concessão de habeas corpus assim que o desembargador Doorgal Andrada analisasse o pedido dos outros presos. Diante da negativa, acredito que ele vai ser coerente e negar", disse Zanone. Ainda segundo ele, se houvesse o precedente, seria mais fácil conseguir.

Nesta quinta-feira (15), o TJ negou, liminarmente, o pedido de liberdade para o goleiro Bruno, suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio. Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, outros seis suspeitos presos são citados no pedido de habeas corpus e também tiveram a liberdade negada. São eles: a ex-mulher de Bruno, Dayanne de Souza; o amigo do casal, Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão; Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques, Elenilson Vitor da Silva e o primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales.

Perfil indisciplinado

Marcos Aparecido dos Santos também é conhecido como Bola, Neném ou Paulista e entrou na Polícia Civil em março de 1991, sendo exonerado em 22 de julho de 1999, após ser enquadrado pela Lei Orgânica da Polícia Civil, de número 5406, artigo 99, alíneas A e D. Ainda segundo a corregedoria, as alíneas correspondem a falta de idoneidade moral e falta de disciplina, respectivamente.

O suspeito já respondeu a processos por furto, formação de quadrilha e porte ilegal de arma. Em todos os casos ele foi absolvido. Marcos Aparecido respondeu a processo por furto em 1992, ano em que foi exonerado. Entre 1994 e 1996, foi acusado de furto, extorsão e formação de quadrilha. Em novembro de 2004, o ex-policial foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.

Bola é apontado pela polícia como executor de Eliza. Orientada por um adolescente suspeito de envolvimento no caso, a Polícia Civil fez buscas na casa em que o ex-policial morava, em Vespasiano (MG), e em um sítio alugado por ele, em Esmeraldas (MG).






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26/10/2008 free counters

Morre Luiz Roberto Barradas Barata, secretário de Saúde de São Paulo


estadão.com.br
SÃO PAULO - O secretário de Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, morreu na noite deste sábado em decorrência de um câncer.


Morre Luiz Roberto Barradas Barata, secretário de Saúde de SP

Barradas, de 57 anos, morreu de infarto do miocárdio, informou assessoria.
Secretário assumiu o cargo em 2003.

Do G1, em São Paulo


O secretário de Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas  Barata.O secretário de Saúde de SP, Luiz Roberto
Barradas Barata.
(Foto: Portal do governo do estado de SP)

O secretário de Saúde de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, morreu na noite deste sábado (17), às 20h50, vítima de um infarto do miocárdio, informou a assessoria de imprensa da pasta.

O velório, de acordo com a assessoria, terá início na manhã - ainda sem horário definido - deste domingo (18) no salão nobre da Provedoria da Santa Casa de São Paulo.

Médico sanitarista e um dos fundadores do Sistema Único de Saúde (SUS), Barradas, de 57 anos, passou mal em casa e foi internado com parada cardíaca por volta de 19h deste sábado no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, na Zona Sul de São Paulo.

De acordo com nota da secretaria da Saúde, a equipe médica que atendeu Barradas realizou manobras de ressuscitação cardiopulmonar e um procedimento de cinecoronariografia (cateterismo de urgência), quando foi constatada obstrução completa do tronco coronário principal. O secretário não respondeu aos procedimentos.

Barradas é médico formado pela Santa Casa de São Paulo em 1976. Em 1978 especializou-se em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Possui especialização em Administração de Serviços de Saúde e Administração Hospitalar pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O secretário assessorou os ex-ministros da Saúde, Adib Jatene e José Serra, foi chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo na gestão do ex-prefeito Mário Covas e secretário-adjunto de Saúde nos governos Covas e Geraldo Alckmin.

Barradas assumiu a secretaria estadual de Saúde em janeiro de 2003, durante gestão do governador Geraldo Alckmin.

Segundo nota de sua assessoria, sob seu comando, a secretaria estadual da Saúde entregou 31 novos hospitais, criou o programa Dose Certa para distribuição de medicamentos básicos à população, construiu o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, entregou duas novas fábricas de remédios, construiu uma fábrica de vacinas, idealizou e entregou os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), e idealizou a lei antifumo.



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26/10/2008 free counters

Ruas fechadas, caos no trânsito e militantes pagos


Autor(es): Agencia o Globo/ Fabio Brisolla
O Globo - 17/07/2010

Chuva ajudou a agravar o congestionamento em ruas do Centro do Rio


Aliada à chuva, a mobilização em torno do comício da chapa da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, provocou transtornos ontem no fim de tarde, no Centro do Rio. Cabos eleitorais dos partidos da coligação que apoia a reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB) começaram a ocupar a Candelária no início da tarde. Às 16h30m, a Guarda Municipal fechou a Avenida Rio Branco, impedindo a passagem de carros. A partir daí, centenas de pessoas com bandeiras e cartazes seguiram para lá. E o trânsito em volta virou um caos.



Claque de Picciani recebe R$300 por semana



Entre os cabos eleitorais destacou-se o grupo de apoio ao candidato Jorge Picciani (PMDB), que reuniu o maior número de pessoas. Apenas do bairro de Anchieta, na Zona Norte, partiram dois ônibus com aproximadamente 100 pessoas.



- Sempre fiz campanhas para Picciani. Deixo de lado o trabalho para ficar só por conta da eleição - disse o técnico de som Valter Brum, de 29 anos, que informou receber R$150 por semana para acompanhar a agenda do candidato do PMDB.



O mesmo valor recebe a estudante de direito Ana Cláudia Cavalcanti, de 25 anos, moradora da Vila da Penha.

- Essa é a terceira campanha de que participo. Já trabalhei para o Rubem Medina (PFL) e depois para o Brizola Neto (PDT). Com o Picciani é a primeira vez - contou.



Moradora de Itaboraí, a professora Carla de Castro, de 27 anos, disse que recebe R$1.200 por mês para acompanhar a agenda da coligação do governador em sua região.

- Costumo acompanhar os candidatos do partido. Mas, quando há algum evento importante com a presença do governador, todo mundo vem - explicou a professora, que integra uma equipe com aproximadamente cem pessoas, todas pagas, segundo o grupo.



Já o estudante Tiago Fernandes, de 27 anos, saiu do município de Queimados acompanhado por 15 amigos da ala Juventude do PMDB. Ao responder se ganhava algo para estar ali, Tiago recebeu um cutucão de um colega e acrescentou:

- A gente está aqui por amor ao PMDB.



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26/10/2008 free counters

Laço Brasil-Irã recebe críticas em ato antiterror


Autor(es): Ariel Palacios
O Estado de S. Paulo - 17/07/2010

Em aniversário de ataque contra a Amia, líder de associação de parentes das vítimas diz na Argentina que Teerã se arma com a anuência de Brasília

A cerimônia de homenagem aos 85 mortos no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) transformou-se ontem em uma tribuna de críticas ao Irã. Segundo a Justiça argentina, iranianos teriam sido os mentores do ataque terrorista que em 18 de julho 1994 arrasou a entidade beneficente judaica no centro de Buenos Aires. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi criticado por sua política de aproximação com o Irã.

"O Irã está atrás da morte de meu irmão, de seu amigo, de seu vizinho. O Irã nega este atentado e também nega o Holocausto, e até mesmo arma-se nuclearmente com o consentimento do Brasil, um país irmão que está cada vez mais longe", declarou Mariana Degtiar, membro da associação de Parentes de Vítimas da Amia. O irmão de Mariana, Cristian, era um estudante de direito que morreu aos 21 anos na explosão que arrasou o edifício.

Guillermo Borger, presidente da Amia, acusou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de "ridicularizar a Justiça internacional". Borger ressaltou que Teerã "ainda por cima, designou para o Ministério da Defesa do Irã (Ahmad Vahidi), um dos envolvidos no atentado".

Borger criticou governos que possuem laços comerciais com o Irã. "Há países que relacionam-se com Teerã, cujo governo nega a Shoa (Holocausto)." O embaixador de Israel em Buenos Aires, Daniel Gazit, também protestou contra a aproximação do Brasil e da Venezuela com o Irã: "Chávez e Lula não chamam a atenção de Ahmadinejad e deixam passar suas declarações nas quais convoca a destruição de Israel."



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26/10/2008 free counters

Tie Brazil-Iran receives criticism in anti-terror act

Author (s): Ariel Palacios
O Estado de S. Paulo - 17/07/2010




On anniversary of attack on the Amia, a leading association of relatives of the victims said in Argentina that Tehran arms itself with the consent of Brasilia



The ceremony honoring the 85 killed in attack on the Asociación Mutual Israelita Argentina (AMIA) yesterday became a platform for criticism in Iran According to the Argentine courts, Iranians have been the masterminds of terrorist attack in July 18, 1994 razed the charity in the Jewish center in Buenos Aires. The government of President Luiz Inacio Lula da Silva was also criticized for his policy of rapprochement with Iran



"Iran is behind the death of my brother, your friend, your neighbor. Iran denies this attack and also denies the Holocaust, and even if nuclear-weapon-with the consent of Brazil, a brother country which is increasingly further, "said Mariana Degtiar, a member of the Association of Relatives of Victims of Amia. Mariana's brother, Cristian, was a law student who died at 21 years in the blast that leveled the building.



Guillermo Borger, president of AMIA, accused the president of Iran, Mahmoud Ahmadinejad, "ridiculing the international justice." Borger said that Iran "still on top, appointed to the Defense Ministry of Iran (Ahmad Vahidi), one involved in the attack."



Borger criticized governments that have commercial ties with Iran "There are countries that relate to Iran, whose government denies the Shoah (Holocaust)." The Israeli ambassador in Buenos Aires, Daniel Gazit, also protested against closer ties between Brazil and Venezuela with Iran, "Chavez and Lula do not call attention to Ahmadinejad and his statements leave pass in which calls for Israel's destruction."

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26/10/2008 free counters

Odebrecht and Camargo Corrêa now want to build plant of Belo Monte


Author (s): Agencia Globo / Monica Tavares
O Globo - 17/07/2010




Companies participating in the auction gave up before the registration deadline


After leaving the auction of the plant of Belo Monte, Rio Xingu, Pará, just days before the deadline for registration of competitors, contractors Odebrecht and Camargo Correa are now competing to build the dam. Also in dispute is the construction company Andrade Gutierrez, defeated in the April 20 auction. In all, four groups are listed to attend the second largest engineering project in the country. The list is completed by the group Queiroz Galvão and OAS; Mendes Júnior; Serveng-Civilsan and Contern. The latter part of the consortium that North Energy won the bid for the project.

- The analysis is the very low price and good quality guarantee to build the project - said yesterday the consortium's president, José Ailton Lima.

The consortium North Energy can anticipate the completion of the plant of Belo Monte, no Pará, scheduled for October 2015. The decision, however, only be taken one or two years after the start of construction, scheduled for April 2011, after the rainy season in the region. The schedule of civil works was handed over to the National Agency of Electrical Energy (Aneel). Lee said he kept the schedule provided in the announcement, but did not rule out anticipation:

- The intention of the investors is always anticipating the work, in anticipation of revenue. But we will only discuss the possibility with one or two years of work. There is one thing that is bothering us.

The government has rushed to finish the paperwork of Belo Monte. Just yesterday, Aneel empowered the Special Purpose Company (SPC) which will build the project. A list of 18 members of the company among state, construction of energy self-producers and pension funds and investments, was presented Wednesday at the agency. The next step - whose term ends on August 2 - your deposit will guarantee the faithful performance, whose value represents 5.5% of the development or R $ 1.045 billion.

In late August, the consortium believes will get the License Installation construction site. From September this year to April 2011, will be the mobilization and construction of housing. By the end of November, should be granted the license to install the work by IBAMA. Negotiations have already begun.

The consortium is also negotiating with groups to provide turbines. Among them is the so-called European group, formed by Alston, Andritz and Voith-Siemens. Another is an Argentine company Impsa. There are also talks with two groups, one Japanese and one Russian.



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Belo Monte: sad story


* Cash and devastation
* Blackmail
* Arguments poor


News - April 18, 2010

Greenpeace

Designed in the military regime, revived during the blackout of government toucan and carried forward in PT, the plant has everything to leave the country a legacy of bitter

zoom

Area of the Xingu River in Para, which will be flooded by the construction of the plant of Belo Monte. © Greenpeace / Marizilda Cruppe

Belo Monte, in the Xingu River where the Lula government intends to plant the third largest hydroelectric dam in the world, has a recent history too ugly. It began in 1979, when federal inspectors finished completing studies on the feasibility of building of five dams on the Xingu river and a Iriri. The social and environmental disaster caused by the construction of Itaipu on the Parana River, which displaced thousands of people drowned and one of our most important national parks, the Seven Falls, together with the financial crisis in which Brazil went then, let's plans Belo Monte forgotten in the closet.

The government of José Sarney desengavetá rehearsed them, but before the impact that the original plan would result in the environment and doubts about the cost of the work that they preferred to continue locked. Weighed heavily on the Sarney's decision to consolidate the resistance of the indigenous peoples of the Xingu to work. They have always been opposed to the plant. But in 1989, they met at the 1st Meeting of Indigenous Peoples of the Xingu and achieved international repercussions of their fight, making the government back for a review of the plans. The door to the dam was opened again during the blackout in the Fernando Henrique.

The original project scope was reduced. The original proposal of five dams, it was with one. And for the plant, instead of conventional, decided to use bulb turbines, which operate on end and require less water area of flooding. This has decreased but has not made the impact of the work more acceptable. She will cause a clearing of nearly 12 000 hectares. Its effects on wildlife, biodiversity and on indigenous peoples who depend for their survival Xingu, according technicians from IBAMA, are still far from having been adequately evaluated.

From the standpoint of economic and financial uncertainties are smaller. The government began by saying that Belo Monte would cost 7 billion dollars. Lately, he walked reviewing this amount to 16 billion. Companies that have applied to the auction of the concession, scheduled to take place tomorrow, Tuesday, April 20, at the headquarters of the National Agency of Electrical Energy (Aneel) in Brasilia, spoke on 30 billion.
Money and devastation

Regarding the energy that Belo Monte will generate, there seems no doubt much more. She will be unable to produce 11 000 megawatts of power that the government promises. Because of that business involved calls 'concessions' to the environment - in fact insufficient to remove the damage it will cause - is forecast to be around his generation of 4000 megawatts per year. Although many questions, coming from all sides, Lula said last month it would Belo Monte in 'law or by force. " So he walked out in the press lately, the president chose the second option.

Forced entry of firms and pension funds at auction and, to appease their ill-will against the business, got no pity in his pocket of the taxpayer. According to the Saturday edition of the Folha de S. Paul (for subscribers only), she will receive financial support, the interest buddies, of course, the good old BNDES. The reporter Janaina Lage reveals that the bank has committed to lend money for up to 80% of the work with a term of 30 years to pay. In fall, is leveraging cash from entrepreneurs with a safe state of energy.

The reporter Gerusa Marques, in O Estado de S. Paul, reports that for one of the consortia, North Energy, the government arrived muscles Chesf. For another, the Belo Monte Energy, pushed Furnas and Eletrosul. In the financial backing, placed on standby funds of employees of state and Eletronorte, which may take up to 35% stake in the venture who is the winner. Also walk waving tax incentives. The same diligence with which responds to the calls of business questions in price and profit, the government has shown with the environmental and social issues. Not to reduce impacts, but to ensure that they will not be stumbling block to the auction.

Miriam Leitao said in his blog at The Globe that the pressure of the Civil House of IBAMA to give the license to install and is critical to allow the auction, it was gross. Officials of the court made clear that the narrow time and lack of information from the Ministry of Mines and Energy prevented the completion to the satisfaction of the assessment of entrepreneurship. His bosses at the time, the Minister of Environment, Carlos Minc, and the president of IBAMA, Roberto Messias, did deaf ears. Everything indicates that even decreased, the Belo Monte project has everything to become an environmental disaster in a region considered of high biodiversity.
Blackmail

The work requires the digging of canals, 30 miles long. The volume of excavation will be about 230 million m3 of earth, bigger than the Panama Canal. It will also require the opening of 260 km of roads to various parts of the plot. Completed, Belo Monte will displace 20 000 people to places no one clearly says they are. This is just the direct social impact. Nobody knows, certainly not in government, where the magnitude of the effects of work on people who live farther from the plant and future depend on a flow whose Xingu, this is already known, will be severely affected.

Why the government decided to move a project so controversial, and rightfully so slept for so long in bins official Brasilia just now, six months of a presidential election? It is not known. Lula has defended his work with old-fashioned nationalist arguments, saying that "they have already destroyed their forests," and insisting it will do it no matter the opposition. Mauricio Tolmasquim, president of the Energy Research Company, a subsidiary of the Ministry of Mines and Energy, prefers to defend the work of making threats.

Speech in blackout, no chance this time and the energy of Belo Monte will ensure the comfort of the population in South and Southeast, which is a falsehood. Transmit the energy generated in the North to the other country is not only inefficient, as would require investments in transmission lines that do not currently be made. The bulk of that Belo Monte will generate electro-intensive food industries such as mining and steel companies that produce raw materials for export. In fact, we will be paying for the benefit of employers and others who need our ore and steel to sustain its growth, like China.

"Belo Monte represents Brazil late, clinging to old energy models, which benefit few but have an enormous capacity for social and environmental destruction," says Beatriz Carvalho, assistant director of campaigns at Greenpeace. "At the core of the discussion about Belo Monte is the fundamental question: what model of development we want to ensure that Brazil, today and in coming decades. Defender Belo Monte mean look the country's development in the rearview mirror. "
Poor arguments

Tolmasquim and Roussef, presidential candidate for the PT, insist that the alternative type hydroelectric Belo Monte in Brazil would be the investment in thermal oil or coal, which is at least a myopic view of the problem. They insist that sources of wind and solar generation, of great potential in Brazil, do not lend themselves to large-scale generation. Europeans and Americans disagree. "Germany in late 2009 had 25,800 MW of wind power, Spain, 19 150 MW. Across the European Union, 75 000 MW. In Denmark, representing 20% of energy and in Portugal 15%. The United States has 35 000 MW, "Miriam Leitao wrote in his blog.

"Today, wind and biomass already represent viable options for Brazil and its costs are significantly lower than the generation of nuclear power plants or fuel oil. The cost of wind power is $ 150/MWh and biomass cogeneration plants £ 160/MWh, "says Ricardo Baitelo, Energy Campaign at Greenpeace. "The pricing difference for the $ 83/MWh plant of Belo Monte obviously not worth the serious social and environmental impacts caused by new development. Nuclear and thermal fuel oil cost, on the other extreme, R $ 240/MWh and $ 550/MWh, respectively.



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26/10/2008 free counters

Odebrecht e Camargo Corrêa agora querem construir usina de Belo Monte


Autor(es): Agencia o Globo/Mônica Tavares
O Globo - 17/07/2010

Empresas desistiram de participar do leilão antes do prazo final de cadastro


Depois de abandonarem o leilão da usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, poucos dias antes do prazo final de cadastro dos concorrentes, as empreiteiras Camargo Corrêa e Odebrecht estão agora concorrendo para construir a hidrelétrica. Também está na disputa a construtora Andrade Gutierrez, derrotada no leilão de 20 de abril. Ao todo, quatro grupos estão cotados para participar da segunda maior obra de engenharia do país. A lista se completa com os grupos Queiroz Galvão e OAS; Mendes Júnior; Serveng-Civilsan e Contern. Estes últimos participam do consórcio Norte Energia que venceu a disputa pelo projeto.

- A análise passa pelo preço baixo, qualidade boa e garantia para construir a obra - afirmou ontem o presidente do consórcio, José Ailton Lima.

O consórcio Norte Energia poderá antecipar a conclusão da usina de Belo Monte, no Pará, previsto para outubro de 2015. A decisão, porém, só será tomada um ou dois anos depois do início das obras, marcado para abril de 2011, após o período chuvoso na região. O cronograma das obras civis foi entregue ontem à Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Lima disse que manteve o cronograma previsto no edital, mas não descartou a antecipação:

- A intenção dos investidores é sempre antecipar a obra, para antecipar a receita. Mas a gente só vai discutir a possibilidade com um ou dois anos de obra. Não é uma coisa que está nos angustiando.

O governo tem pressa para encerrar os trâmites burocráticos de Belo Monte. Ontem mesmo, a Aneel habilitou a Sociedade de Propósito Específico (SPE), que vai construir a obra. A relação dos 18 sócios da empresa, entre estatais, construtoras, autoprodutores de energia e fundos de pensão e de investimentos, foi apresentada na quarta-feira à agência. O próximo passo - cujo prazo se encerra em 2 de agosto - será o depósito da garantia de fiel cumprimento, cujo valor representa 5,5% do empreendimento ou R$1,045 bilhão.

No fim de agosto, o consórcio acredita que vai obter a Licença de Instalação do canteiro de obras. No período de setembro deste ano a abril de 2011, será feita a mobilização e a construção de alojamentos. Já no final de novembro, deverá ser concedida a licença de instalação da obra pelo Ibama. As negociações já começaram.

O consórcio também está negociando com grupos o fornecimento de turbinas. Entre eles está o chamado grupo europeu, formado pela Alston, Voith-Siemens e Andritz. Outra empresa é a argentina Impsa. Também há conversas com dois grupos, um japonês e outro russo.


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Belo Monte: triste história


* Dinheiro e devastação
* Chantagem
* Argumentos pobres

Notícia - 18 abr 2010
Pensada no regime militar, ressuscitada durante o apagão do governo tucano e levada adiante no petista, a usina tem tudo para deixar para o país uma herança de amargar

zoom

Área do Rio Xingu, no Pará, que será alagada pela construção da usina de Belo Monte. © Greenpeace/Marizilda Cruppe

Belo Monte, no rio Xingu onde o governo Lula pretende plantar a terceira maior usina hidrelétrica do mundo, tem uma história recente muito feia. Ela começou em 1979, quando técnicos do governo federal terminaram estudos concluindo sobre a viabilidade da construção de cinco barragens no Xingu e uma no rio Iriri. O desastre social e ambiental provocado pela construção de Itaipu, no rio Paraná, que deslocou milhares de pessoas e afogou um de nossos mais relevantes Parques Nacionais, o de Sete Quedas, aliado à crise financeira pela qual o Brasil então passava, deixou os planos de Belo Monte esquecidos no armário.

O governo de José Sarney ensaiou desengavetá-los, mas diante dos impactos que o plano original provocaria no meio ambiente e das dúvidas sobre o custo da obra preferiu que eles continuassem trancados. Pesou muito na decisão de Sarney a consolidação da resistência dos povos indígenas do Xingu à obra. Eles sempre foram contrários à usina. Mas em 1989, eles se reuniram no 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu e conseguiram repercussão internacional de sua luta, fazendo o governo recuar para uma revisão dos planos. A porta para a hidrelétrica abriu-se novamente durante o apagão no governo Fernando Henrique.

A envergadura original do projeto foi reduzida. Da proposta inicial de cinco barragens, ficou-se com uma. E para usina, ao invés das convencionais, decidiu-se usar turbinas bulbo, que operam a fio d’água e exigem menor área de alagamento. Isso diminuiu, mas não tornou o impacto da obra mais aceitável. Ela vai causar um desmatamento de quase 12 mil hectares. Seus efeitos sobre a fauna, a biodiversidade e sobre os indígenas que dependem do Xingu para sua sobrevivência , segundo técnicos do Ibama, ainda estão longe de terem sido adequadamente avaliados.

Do ponto de vista econômico e financeiro, as incertezas não são menores. O governo começou dizendo que Belo Monte custaria 7 bilhões de reais. Ultimamente, andou revendo esse montante para 16 bilhões. As empresas que se candidataram ao leilão da concessão, marcado para acontecer amanhã, terça-feira, dia 20 de abril, na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em Brasília, falam em 30 bilhões.
Dinheiro e devastação

Em relação à energia que Belo Monte vai gerar, parece não haver muito mais dúvida. Ela será incapaz de produzir os 11 mil megawatts de energia que o governo promete. Por conta do que o empresariado envolvido chama de ‘concessões’ ao meio ambiente – aliás insuficientes para dirimir os danos que ela vai causar – a previsão é que sua geração fique em torno dos 4 mil megawatts/ ano. Apesar de tantos questionamentos, vindos de tudo quanto é lado, Lula disse dias atrás que faria Belo Monte na ‘lei ou na marra”. Pelo que andou saindo na imprensa ultimamente, o presidente optou pela segunda opção.

Forçou a entrada de empresas e fundos de pensão no leilão e, para aplacar sua má-vontade em relação ao negócio, meteu sem nenhum dó a mão no bolso do contribuinte. Segundo a edição do último sábado da Folha de S. Paulo (só para assinantes), ela receberá o aporte financeiro, a juros camaradas, é óbvio, do bom e velho BNDES. A repórter Janaína Lage revela que o banco se comprometeu a emprestar o dinheiro para até 80% da obra com prazo de 30 anos para pagar. De quebra, está alavancando o caixa dos empresários privados com o cofre das estatais de energia.

A repórter Gerusa Marques, em O Estado de S. Paulo, informa que para um dos consórcios, o Norte Energia, o governo aportou os músculos da Chesf. Para o outro, o Belo Monte Energia, empurrou Furnas e Eletrosul. Na retaguarda financeira, colocou de prontidão os fundos dos empregados de estatais e a Eletronorte, que poderá assumir até 35% de participação no empreendimento de quem for vencedor. Também anda acenando com incentivos fiscais. A mesma diligência com que responde aos apelos do empresariado nos quesitos preço e lucro, o governo demonstrou com as questões ambiental e social. Não para reduzir os impactos, mas para garantir que elas não serão empecilho ao leilão.

Miriam Leitão contou no seu blog em O Globo que a pressão da Casa Civil sobre o Ibama para que desse a licença de instalação, fundamental para permitir o leilão, foi bruta. Os funcionários do órgão deixaram claro que o tempo exíguo e a falta de informações do Ministério de Minas e Energia impedia a conclusão a contento da avaliação sobre o empreendimento. Seus chefes à época, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o presidente do Ibama, Roberto Messias, fizeram ouvidos moucos. Tudo indica que mesmo diminuído, o projeto de Belo Monte tem tudo para se transformar num desastre ambiental numa região considerada de alta biodiversidade.
Chantagem

A obra exige a escavação de canais de 30 quilômetros de extensão. O volume da escavação será de cerca de 230 milhões de m3 de terra, maior do que o Canal do Panamá. Ela também exigirá a abertura de 260 quilômetros de estradas para vários pontos do canteiro. Concluída, Belo Monte vai deslocar 20 mil pessoas para lugares que ninguém claramente diz quais são. Esse é apenas o impacto social direto. Ninguém sabe, certamente não no governo, qual a envergadura dos efeitos da obra em populações que vivem mais distantes da futura usina e que dependem de um Xingu cuja vazão, isso já se sabe, será severamente afetada.

Por que o governo decidiu mexer num projeto tão polêmico, e que justamente por isso dormiu por tanto tempo nos escaninhos oficiais de Brasília justamente agora, a seis meses de uma eleição presidencial? Não se sabe. Lula vem defendendo a obra com argumentação nacionalista antiquada, dizendo que “eles já destruíram a floresta deles”, e insistindo que vai fazê-la não importa a oposição. Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, subsidiária do Ministério de Minas e Energia, prefere defender a obra fazendo ameaças.

Fala em apagão, possibilidade inexistente neste momento, e que a energia de Belo Monte vai garantir o conforto da população no Sul e Sudeste do país, o que é uma falsidade. Transmitir a energia gerada na região Norte para outras do país não só é ineficiente, como exigiria investimentos em linhas de transmissão que nesse momento não serão feitos. O grosso do que Belo Monte gerar vai alimentar indústrias eletro intensivas como mineradoras e siderúrgicas, que produzem matéria-prima para exportação. Na verdade, estaremos pagando para o benefício de empresários e outros países que precisam de nossos minérios e aço para sustentar seu crescimento, como a China.

“Belo Monte representa o Brasil atrasado, apegado a velhos modelos energéticos, que beneficiam poucos, mas possuem uma enorme capacidade de destruição socioambiental”, diz Beatriz Carvalho, diretora-adjunta de Campanhas do Greenpeace. “No cerne da discussão sobre Belo Monte está a questão fundamental: qual modelo de desenvolvimento queremos assegurar ao Brasil, hoje e nas próximas décadas. Defender Belo Monte significa olhar o desenvolvimento do país pelo espelho retrovisor”.
Argumentos pobres

Tolmasquim e Dilma Roussef, candidata à presidência pelo PT, insistem que a alternativa a hidrelétricas tipo Belo Monte no Brasil seria o investimento em térmicas a óleo ou carvão, o que é no mínimo uma visão míope do problema. Eles insistem que fontes de geração eólica e solar, de grande potencial no Brasil, não se prestam à geração em larga escala. Europeus e americanos discordariam. “A Alemanha no final de 2009 tinha 25.800 MW de energia eólica; a Espanha, 19.150 MW. Em toda União Europeia, 75 mil MW. Na Dinamarca, representa 20% da energia; em Portugal, 15%. Os Estados Unidos têm 35 mil MW”, escreveu Miriam Leitão em seu blog.

“Hoje, as energias eólica e de biomassa já representam opções economicamente viáveis para o Brasil e seus custos são significativamente inferiores aos da geração nuclear ou por termelétricas a óleo combustível. O custo de geração eólica é de R$150/MWh e de usinas de cogeração a biomassa R$160/MWh”, diz Ricardo Baitelo, da Campanha de Energia do Greenpeace. “A diferença tarifária para os R$83/MWh da usina de Belo Monte obviamente não compensa os graves impactos sociais e ambientais causados pelo empreendimento. Usinas nucleares e térmicas a óleo combustível custam, em outro extremo, R$240/MWh e R$550/MWh, respectivamente”.


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26/10/2008 free counters