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sábado, 16 de outubro de 2010
#Dilma pede que YouTube retire do ar vídeos contra o PT
A coligação "Para o Brasil seguir mudando" e a candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), ajuizaram uma representação contra o diretório nacional do PSDB, a coligação "O Brasil pode mais", o candidato a presidente José Serra e a empresa Google Brasil Internet. Na ação, a coligação e a candidata alegam que foram veiculados na internet vídeos de teor ofensivo ao PT. São seis comerciais veiculados na página do YouTube, entre eles um em que filiados do PT são comparados a cães ferozes da raça rottweiler.
Na representação, a coligação sustenta que a publicidade tem alto custo financeiro e não se trata de vídeo caseiro, como a grande maioria postada no YouTube. Ela ainda que os vídeos exibem tarja lateral com o nome da coligação representada e os partidos que a integram. E acrescenta que a coligação confessa a produção dos comerciais em defesa apresentada na Representação (RP) 307240.
Segundo a coligação e a candidata, "as inserções produzidas pelo PSDB com teor altamente ofensivo, degradante, injuriante, infamante e repleto de informações sabidamente inverídicas foram postadas no sítio (do YouTube), cuja mídia também expõe a forma baixa e grosseira da publicidade". Segundo a representação, a publicidade veiculada afronta termos da Resolução 23.191, que trata da propaganda eleitoral, inclusive na internet. Sustenta ainda a ocorrência de crime eleitoral previsto no Código Eleitoral e a violação da Lei 9.504/97 (Lei das Eleições).
Assim, as representantes pedem a concessão de liminar para cessar a veiculação dos vídeos no YouTube e em todos os outros sítios da internet que venham a reproduzi-los; determinar ao Google a imediata desativação de todos os vídeos postados com a propaganda considerada ofensiva; impedir que a coligação e o candidato exibam, no todo ou em parte, durante a propaganda eleitoral, cenas contidas nos vídeos; e determinar que o PSDB apresente o contrato com a empresa de publicidade, o documento fiscal e o comprovante de pagamento dos materiais publicitários questionados.
No mérito, Dilma pede a confirmação da liminar e a condenação do PSDB, da coligação e de José Serra ao apagamento de multa equivalente ao custo da publicidade injuriosa e degradante ou, caso assim não entenda, que seja imposta multa não inferior a 100 mil Unidades Fiscais de Referência (Ufirs) ou a R$ 106.410, maior valor previsto em lei. A candidatura pede também a condenação do Google ao pagamento de multa no valor mínimo de 20 mil Ufirs.
(com Agência Estado)
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#dilma #lula : Fundador do PT e ex-vice de Marta, Hélio Bicudo declara voto em Serra no 2º turno
Em São Paulo
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"Eu voto Serra no segundo turno porque não há escolha", diz Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT
Um dos fundadores do PT e vice de Marta Suplicy (PT) na prefeitura de São Paulo (2001-2004), o jurista Hélio Bicudo declarou voto no tucano José Serra no segundo turno das disputa à Presidência da República. Na primeira rodada de votação, Bicudo havia apoiado Marina Silva, do PV, em detrimento da presidenciável petista Dilma Rousseff.
"Eu voto Serra no segundo turno porque não há escolha. O Serra é um homem competente, é um homem sério, eu nunca soube absolutamente nada contra o passado do Serra", afirma o jurista, em um vídeo que começou a circular na internet neste sábado (16).
Tido como um militante histórico pelos direitos humanos no país, o jurista justificou seu voto alegando que o "continuísmo" do PT no poder "não é democrático". "A alternância de poder é uma característica da democracia", disse.
"Se nós deixarmos que a candidata Dilma vença, essas eleições, nós vamos ter aqui no Brasil um sistema mexicano", disse, em referência ao PRI (Partido Revolucionário Institucional), que ficou no poder no México por 70 anos, até ser derrotado nas eleições de 2000.
Em setembro deste ano, Bicudo e outros juristas lançaram o "Manifesto em Defesa da Democracia", durante um ato na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, na capital paulista. "É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita", afirma o documento, crítico à administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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#dilma : Revista liga homem de confiança de Dilma a fraude no Rio Grande do Sul
DE SÃO PAULO
O banco KfW, controlado pelo governo alemão, entrou com ação contra a CGTEE (companhia de geração térmica de energia do governo federal) na qual afirma que o diretor da Eletrobras Valter Cardeal teria conhecimento de uma fraude milionária envolvendo a construção de usinas de biomassa no Sul.
As informações foram divulgadas pela revista "Época" deste final de semana.
A CGTEE é uma subsidiária da Eletrobras, estatal na qual Cardeal é diretor de Engenharia e foi presidente.
Segundo a revista, na ação judicial, o banco diz que "até mesmo alguns políticos conheciam os fatos, como a então ministra, Dilma Rousseff".
A fraude na CGTEE foi revelada pela Operação Curto-Circuito da Polícia Federal em 2007. A PF constatou que parte do dinheiro desapareceu.
Conforme a investigação, o grupo que comandava a estatal forjou um aval em nome da CGTEE para ajudar uma empresa privada --a Winimport-- a obter empréstimo de 157 milhões de euros para erguer sete usinas de biomassa. Das sete, cinco não saíram do papel.
Ou seja, a CGTEE foi usada como fiadora do negócio. Empresas públicas são proibidas de dar garantias internacionais a empresas privadas.
Segundo a revista, executivos da empresa alemã teriam afirmado em depoimentos à Justiça Federal gaúcha que Cardeal visitou a sede da empresa em 2005 e "estava ciente das garantias".
A Justiça Federal gaúcha abriu processo por acusação de formação de quadrilha, estelionato, corrupção passiva e ativa. Cardeal não foi incluído no processo e nega envolvimento no esquema.
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#dilma : Teto inicial de gastos era de R$ 157 milhões. Partido estima agora o máximo de gastos em R$ 191 milhões
Dilma amplia previsão de gastos com campanha em 21%
Teto inicial de gastos era de R$ 157 milhões. Partido estima agora o máximo de gastos em R$ 191 milhões
Severino Motta, iG Brasília | 15/10/2010 15:47
A coligação encabeçada pela candidata Dilma Rousseff (PT) fez um pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ampliar o teto de gastos com a campanha ruma ao Palácio do Planalto em 21%. O valor apresentado inicialmente era de R$ 157 milhões, a aliança petista estima agora o máximo de gastos em R$ 191 milhões.
De acordo com o documento apresentado ao TSE o PT prevê gastos máximos de R$ 176 milhões e o PMDB, principal parceiro na coligação, R$ 15 milhões. A ampliação dos gastos depende de autorização do plenário da Corte.
De acordo com o advogado Márcio Silva, que representa a coligação, há dificuldade de se precisar o montante de doações e gastos relativos aos bens “estimáveis em dinheiro”, como o empréstimo de carros, imóveis e outras doações em produtos ou serviços feitas por empresários ou pessoas físicas.
“O pedido se deve aos gastos complementares com a organização e divulgação de sua campanha eleitoral, bem como a dificuldade fática de se prever com precisão o montante de doações na modalidade estimável em dinheiro”, diz o documento.
Na última prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral, em três de setembro, Dilma informou ter recebido R$ 39,5 milhões e gastos de R$ 38,9 milhões. Serra, que fixou como limite de gastos R$ 180 milhões, informou receitas de R$ 26 milhões e gastos de R$ 25,2 milhões.
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#lula #dilma : 'I was extorted by the Civil House',
says MP
In a report this week from SEE, U.S. Congressman Robert Richards reveals that aide Rousseff demanded 100,000 bribe to expedite the actual process that depended on approval of President Lula
Extortion in the Civil
Vladimir Muskatirovic, Vlad, the Civil House, adjacent to the former minister Erenice War. In outline, Roberto Rocha
In 2007, Rep. Roberto Rocha, of the PSDB Maranhão, obtained an audience at the Civil House to address a problem that has stretched for years. As shown in the magazine Veja this week, however, Richardson has not found a solution to your problem in a visit to the Plateau. He found, instead, another example of how a business desk operated by the Civil Dilma Rousseff Erenice War and company.
Partner at City TV, Record of the relay in Maranhao, Rock since 2003 awaiting a permit to change the ownership structure of the company. As the television stations are government concessions, such businesses require the backing of the government. This bureaucratic procedure should be fast (to the extent that bureaucracies are fast, of course) but he is prolonging unreasonably for political reasons. Rocha is the enemy of Sarney in Maranhao. Owner of TV in the state, and influential in the Lula government, the family did everything possible to obstruct his business. As in Maranhão support or opposition to Sarney is a watershed, Rocha said even with the help of PT, as Mr Dominic Dutra, to reach the Civil House.
There, he met with the central character of the story: the lawyer Vladimir Muskatirovic, the "Vlad", which currently holds the office of chief of staff. Subordinated Erenice War from the time she headed the legal counsel of the Ministry of Mines and Energy, Vlad was born by the head for the presidency - just as was charged by Erenice Rousseff, who was his right arm.
Dilma became a candidate for the presidency by PT. Civil Erenice took office, but was driven from office by a central command of influence peddling that benefited, among others, his son Israel. Vlad, however, remains firmly in government. As shown SEE - which also heard from sources of the Civil and the PT - to receive Mr Richardson asked him 100,000 actual bribes to resolve their pending.
"I have been extorted by the Civil House," Richardson says the SEE. The magazine also tells how a second meeting at the restaurant of the House of Representatives was scheduled to hit the services. The first payment - the only accomplished - was 20,000 dollars.
Wanted by Veja, Vlad denied in the written note, have sought or received bribes.
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#dilma #lula : 'Fui extorquido na Casa Civil', conta deputado
Em reportagem de VEJA desta semana, o parlamentar Roberto Rocha revela que assessor de Dilma Rousseff exigiu 100 000 reais de propina para agilizar processo que dependia de autorização do presidente Lula
Vladimir Muskatirovic, o Vlad, da Casa Civil, ao lado da ex-ministra Erenice Guerra. No destaque, Roberto Rocha
Em 2007, o deputado Roberto Rocha, do PSDB maranhense, obteve uma audiência na Casa Civil para tratar de um problema que já se estendia por anos. Como mostra a revista VEJA desta semana, contudo, Rocha não encontrou uma solução para seu problema na visita ao Planalto. Encontrou, isso sim, um outro exemplo de como um balcão de negócios operava na Casa Civil de Dilma Rousseff, Erenice Guerra e companhia.
Sócio da TV Cidade, retransmissora da Record no Maranhão, Rocha aguardava desde 2003 uma autorização para alterar a composição societária da empresa. Como as emissoras de televisão são concessões públicas, negócios desse tipo requerem a chancela do governo. Esse procedimento burocrático deveria ser rápido (na medida em que as burocracias são rápidas, é claro), mas acabou se alongando despropositadamente por razões políticas. Rocha é adversário dos Sarney no Maranhão. Dona de TV no estado, e influente no governo Lula, a família fez de tudo para atravancar o seu negócio. Como no Maranhão o apoio ou a oposição aos Sarney é um divisor de águas, Rocha contou até mesmo com a ajuda de petistas, como o deputado Domingos Dutra, para chegar à Casa Civil.
Lá, encontrou-se com o personagem central da reportagem: o advogado Vladimir Muskatirovic, o "Vlad", que atualmente ocupa a chefia de gabinete da Casa Civil. Subordinado de Erenice Guerra desde a época em que ela comandava a assessoria jurídica do Ministério de Minas e Energia, Vlad foi carregado pela chefe para a Presidência - da mesma forma como Erenice foi carregada por Dilma Rousseff, de quem era braço direito.
Dilma tornou-se candidata à Presidência da República pelo PT. Erenice assumiu a Casa Civil, mas foi derrubada do cargo por comandar uma central de tráfico de influência que beneficiava, entre outros, seu filho Israel. Vlad, no entanto, continua firme no governo. Como mostra VEJA - que ouviu também fontes da Casa Civil e do próprio PT -, ao receber o deputado Rocha ele pediu 100 000 reais de propina para resolver a sua pendência.
"Fui extorquido pela Casa Civil", diz Rocha a VEJA. A revista também narra como uma segunda reunião, no restaurante da Câmara dos Deputados, foi agendada para acertar as prestações. O primeiro pagamento - o único consumado - foi de 20 000 reais.
Procurado por VEJA, Vlad negou, em nota escrita, ter pedido ou recebido propina.
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#lula #dilma Se pesquisa fosse voto, era bem mais simples e barato escolher o governante.
A TORTO & A DIREITO No 114
Ainda o voto aberto e justificado para Presidente - II Parte
Na coluna de hoje, estamos dando por encerrada nossa enquete sobre as preferências de nossos leitores para a presidência da República. Pelo menos para o 1º turno, ficou claro o favoritismo do candidato José Serra, seguido, com ligeiro equilíbrio, pela candidata Marina Silva. Poucos votos para Dilma Rousseff.
Como bem dissemos, nosso objetivo nunca foi contar votos. Isso é tarefa para a Justiça Eleitoral.
Aqui, o que visamos é o confronto das idéias. E, para isso, vamos prosseguir hoje, com mais uma rodada de opiniões, para ajudar na definição da preferência dos indecisos e solidificar a convicção daqueles que já escolheram seu candidato.
No final, a minha opinião. Não sob a forma de resposta direta, nos moldes da enquete.
Mas como signatário do Manifesto em Defesa da Democracia, baseado em que esperamos que todos os brasileiros com dignidade façam sua escolha na urna.
Voto
José Serra
Opinião
“Amigo Mastroianni: pegando carona na frase do amigo querido e colega Sebastião Nery, voto ´na minha índia, Marina`. Porque não votar no Serra ? Por causa do seu repugnante partido, me desculpem a má palavra: PSDB.
E porque não no Plínio ? Sou vivido e experiente o suficiente para saber que o PSol não tem ainda a menor chance de chegar sequer ao segundo turno.
E na Dilma ? Quem ? Dilma, aquela da Casa Civil e amiga da Erenice Guerra ? Por favor, me respeitem !
Não me obriguem a esta resposta, pois sou um homem sério, de uma forte convicção política e social, um cultivador dos bons costumes éticos e morais.
Lugar de ladra prepotente é na cadeia e não na Presidência da República, como vem acontecendo agora e antes.
Voto na Marina, porque apesar de toda aquela sua frágil aparência, ela me transmite além da sua ternura, uma força interior inegável, um desejo enorme de mudar a consciência do inconsciente e da irresponsabilidade política do povo brasileiro.
Voto na Marina pelo seu passado de garra, vencendo a doença e a dor, o analfabetismo e a falta de cultura, saindo da grande floresta virgem amazônica e vencendo o asfalto, sem se deixar contaminar e sem perder a coragem, a dignidade, a pureza e principalmente a honestidade.
Eleitor
Ayrton Rocha – jornalista, cantor e compositor, residente em Fortaleza/Ce.
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Voto
Marina Silva
Opinião
"Giacomo, pretendo votar em Marina, pela causa ecológica. Agora, em seu filho, Thiago Mastroianni, como ´Melhor Narrador Esportivo da Bahia` e “Apresentador de Programa Esportivo da Bahia (Globo Esporte) já votei, com prazer!
Pelo Ibope que vi, ele vai ganhar, de lavada, no primeiro turno. Meu filho e meu marido tambem já ´Thiagaram`.
Repassei o e-mail para meus contatos.
Fraternabraço, Valéria.”
Eleitor
Valéria Barbalho, médica pediatra, residente no Recife. Filha do historiador caruaruense Nelson Barbalho, autor de dezenas de livros de histórias e “causos” sobre a Capital do Agreste.
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Voto
Marina Silva
Opinião
“Mastroianni, meu voto será para a Marina Silva, menos por ideologia partidária e mais por reconhecimento pelo seu histórico de ética e incrível força desta mulher.”
Eleitor
Carlos Brandi, economista e escritor, especialista em negócios financeiros, atualmente no ramo imobiliário, residente em Salvador/Ba.
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Voto
José Serra
Opinião
"Mastroianni, meu voto é do Serra, porque ele é digno e competente. Mas não quero influenciar ninguém. Respeito outras preferências.
Os que quiserem, votem na Dilma pra dar continuidade. Em vez de mensalão, será quinzenalhão, em vez de meia será no soutien, em vez de cueca será na calcinha, pois bolsa já tem demais.”
Eleitor
Mário Garcia, publicitário, diretor de arte, residente em Arembepe, na Bahia.
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Voto
Plínio de Arruda Sampaio
Opinião
Giacomo, voto em Plínio, Soraya, Marilene, Roseno e João Alfredo, todos do PSol, por acreditar no episódio bíblico de David contra o Golias.
Eleitor
Gervásio de Paula, jornalista e escritor, residente em Fortaleza/Ce.
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Voto
Democracia
Opinião
Manifesto em Defesa da Democracia
"Numa democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.
Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.
É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.
É inaceitável que militantes partidários tenham convertido órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.
É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.
É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais em valorizar a honestidade.
É constrangedor que o Presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado.
É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura.
Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras, mas um inimigo que tem de ser eliminado.
É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.
É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.
É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado.
É deplorável que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.
Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para ignorar a Constituição e as leis.
Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las.
É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.
Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.
Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos."
Eleitores
Mais de 74 mil brasileiros assinam esta opinião, incluindo o colunista de A TORTO & A DIREITO e personalidades da nossa vida pública como Hélio Bicudo , Dom Paulo Evaristo Arns, Carlos Velloso, René Ariel Dotti, Therezinha de Jesus Zerbini, Celso Lafer, Paulo Brossard, Adilson Dallari, Miguel Reali Jr., Ricardo Dalla, José Carlos Dias, Maílson da Nóbrega, Ferreira Gullar, Carlos Vereza, Zelito Viana ,Everardo Maciel, Marco Antonio Villa, Haroldo Costa, Terezinha Sodré,Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Marta Grostein, Marcelo Cerqueira, Boris Fausto, José Álvaro Moisés, Leôncio Martins Rodrigues, José A. Gianotti , Lurdes Solla, Gilda Portugal Gouvea, Regina Meyer, Jorge Hilário Gouvea Vieira , Omar Carneiro da Cunha, Rodrigo Paulo de Pádua Lopes, Leonel Kaz, Jacob Kligerman, Ana Maria Tornaghi, Alice Tamborindeguy, Tereza Mascarenhas, Carlos Leal, Maristela Kubitschek, Verônica Nieckele e Cláudio Botelho.
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Subscreva você também. E mais que isso: vote de acordo com esse posicionamento. Faça o LINK
http://www.defesadademocracia.com.br/manifesto-em-defesa-da-democracia/
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Última hora (2o. Cliché)
Pela extrema oportunidade, transcrevemos o artigo abaixo, escrito pela jornalista Mírian Leitão. Mesmo que seja dispensável, não dá mais tempo para suspender a eleição. Então, só nos resta contabilizar a empáfia do PT.Ou não. Só depende de você.
Festa na Véspera
Míriam Leitão
"Então é isso? Uma eleição cuja campanha começou antes da hora acabou antes que os votos sejam depositados na urna? A vencedora de véspera já estendeu a mão, magnânima, à oposição; seus dois maiores caciques começaram uma briga intestina; cargos são distribuídos entre os partidos da base e os assessores já preparam os planos e projetos. Fala-se do futuro como inexorável.
O quadro está amplamente favorável a Dilma Rousseff, mas é preciso ter respeito pelo processo eleitoral. Se pesquisa fosse voto, era bem mais simples e barato escolher o governante.
Imagina o tempo e o dinheiro poupado se pesquisas, 30 dias antes do pleito, fossem suficientes para o processo de escolha?
A estrutura da Justiça Eleitoral, as urnas distribuídas num país continental, mesários trabalhando o dia inteiro, computadores contando votos; nada disso seria necessário. Mas como eleição é a democracia num momento supremo, respeitá-la é essencial.
Os que estão em vantagem, e os que estão em desvantagem, não podem considerar o processo terminado porque isso amputa a melhor parte da democracia, encerra prematuramente o precioso tempo do debate e das escolhas.
Dilma já sabe até o que fará depois de ser eleita, como disse na sexta-feira:
´A gente desarma o palanque e estende a mão para quem for pessoa de boa vontade e quiser partilhar desse processo de transformação do Brasil.` Os jornalistas insistiram, ela ficou no mesmo tom: ´Estendo a mão para quem quiser partilhar. Eu não sei se ele (Serra) quer.
Você pergunta para ele, se ele quiser, perfeitamente.` Avisou que se alguém recusasse, não haveria problema: ´Pode ficar sem estender a mão, como oposição numa boa que vai ter dinheiro.` Já está até distribuindo o dinheiro público.
Feio, muito feio. Por mais animador que seja para Dilma os resultados da pesquisa - e deve ser difícil segurar a ansiedade - ela deveria pensar em algumas coisas antes. Primeiro, que falta o principal para ela ganhar: o voto na urna.
Segundo, que o eleitor muda de ideia na hora que quer, porque para isso é livre. Terceiro, que, novata em eleição, deve seu sucesso a fatores externos a ela: o presidente Lula, o momento econômico e a eficiência dos seus marqueteiros.
Aliás, o marketing de Dilma tem sido tão eficiente em aparar todas as arestas de sua personalidade que criou uma pessoa que nem ela deve conhecer. O salto alto não é só dela, a bem da verdade.
A síndrome das favas contadas se espalha por todo o seu entorno, cada vez mais desenvolto.
Por isso já começaram a brigar os generais de cada uma das bandas: Antonio Palocci e José Dirceu.
Da última vez que brigaram, os dois caíram. A disputa dos partidos da base de apoio pelos cargos públicos, como se fossem os despojos da guerra já vencida, é um espetáculo que informa muito sobre valores, critérios e métodos do grupo.
A desenvoltura do já ganhou é tanta que até o presidente Lula, dono da escolha autocrática de Dilma, parece meio enciumado e reclamou que já falam dele no passado.
E avisou: "Ainda tenho caneta para fazer muita miséria." A declaração inteira é reveladora: ´Tem gente que fica falando aqui como se eu já tivesse ido embora, mas ainda tenho quatro meses e alguns dias de governo.
Alguns falam como se eu já tivesse ido. Tem gente que se mata para ser presidente por um dia e ainda tenho quatro meses e alguns dias. Ainda tenho a caneta para fazer muita miséria nesse país.`
O sentimento é um perigo. O presidente Lula já está fazendo miséria.
Atropelou o calendário eleitoral, zombou das multas na Justiça, pôs o governo que dirige para trabalhar pela sua candidata como se a máquina pública fosse um partido político.
Isto nos leva a vangloriar a sabedoria dos mais velhos quando diziam: ´É bom não contar com o ovo no dito cujo da galinha`. Não se brinca com o sentimento de um povo amado por Deus, pois não dizemos que Ele é brasileiro?
A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las.”
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#dilma #lula "Cordel da Dilma", de autoria do poeta popular Miguezim de Princesa,
A TORTO & A DIREITO No 115
Da política, o melhor que fica
Destacar-se em meio à massa amorfa de pretendentes, é sempre um desafio para os pequenos candidatos, sem verba de propaganda, sem muito tempo para falar.
Sacar um slogan espirituoso é, pois, uma tentação a que eles não resistem.
Assim, vamos abrir a coluna de hoje conhecendo essa contribuição que nos manda o amigo jornalista Gervásio de Paula, de Fortaleza.
Nas fotos ilustrativas, entremeando as frases, vão outras aberrações que circularam por aí, Brasil afora, nesta e em outras campanhas anteriores.
Aguente, se puder:
Os 10 Melhores Slogans de Campanha Eleitoral
10º lugar - Edeilza, que tem o apelido de Dê, candidata em Miguel Calmon, na Bahia, lançou-se com o slogan: “Em 2009, Dê na câmara.”
9º lugar - Guilherme Bouças, de origem desconhecida, adotou o slogan: “Chega de malas, vote em Bouças.”
8º lugar - Grito de guerra do candidato Lingüiça, lá de Cotia , São Paulo: “Lingüiça Neles!”.
7º lugar - Em Descalvado, Alagoas, havia uma candidata chamada Dinha. Nada mais sugestivo que adotar o slogan “Tudo pela Dinha!”.Ôba...
6º lugar - Em Carmo do Rio Claro, tem um candidato chamado Gê. Pensou, pensou e largou: “Não vote em A, nem em B, nem em C; na hora H, vote em Gê.”
5º lugar - Em Hidrolândia, Goiás, tem um candidato chamado Pé. Elaborou, então, esta sacada de marketing : “Não vote sentado, vote em Pé.”
4º lugar - E em Piraí do Sul tem um gay chamado Lady Zu. Seu mote: “Aquele que dá o que promete.” Deve ter dado. Não sabemos é se ganhou a eleição com isso.
3º lugar - A cearense Debora Soft, stripper e estrela de show de sexo explícito, lançou-se aqui mesmo em Fortaleza com o slogan: “Vote com prazer!”
2º lugar - Em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, tem um candidato chamado Defunto: aí o cara saiu-se com “Vote em Defunto, porque político bom é político morto!”. Nesse ponto, ele tem toda razão.
1º lugar - Luiz Sobral, candidato a prefeito de Irecê, no sertão da Bahia, detonou: “Com a minha fé e as fezes de vocês, vou ganhar a eleição.” Aí, fedeu.
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Vamos dividir irmamente:
um pra lá, dois pra cá
Tenho um filho, hoje homem feito, pai de família, com 42 anos, que já foi muito egoísta, na infância. Pecado perdoável em crianças donas de personalidade forte. Então, ele brincava com a irmã mais nova e, ao dividir balas e biscoitos, dizia alto e bom som, para quem quisesse ouvir:
- “Bina, vamos dividir irmamente. Dois para mim e um para você!
É o que vou botar em prática na divisão do espaço desta coluna de hoje, em relação ao posicionamento político de artigos que julgamos importante transcrever.
Vamos divulgar um cordel para a Dilma, recebido da colaboradora Tereza Halliday, do Recife, e dois textos que considero importantíssimos para fundamentar o voto dos nossos leitores quanto ao 2º turno.
Primeiro: não resta a menor dúvida que a mais importante manifestação política desses últimos dias partiu do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Manietado por uma estratégia considerada errada mais adiante, boca fechada e sem qualquer menção ou defesa de seus mandatos, no primeiro turno, FHC teve esta semana o sinal verde para se manifestar.
E o fez muito bem, em nossa opinião, através de artigo assinado na Folha de São Paulo.
Vamos ler, na íntegra, seu quase desabafo, dirigido ao presidente Lula:
Sem medo do passado
Fernando Henrique Cardoso
O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.
Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?
A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo?
Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.
Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal.
Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.
Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.
Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.
Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010.
“Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”. (José Eduardo Dutra)
O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.
Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.
É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).
Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.
Fernando Henrique Cardoso
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Musa inspiradora
E, agora, o prometido "Cordel da Dilma", de autoria do poeta popular Miguezim de Princesa, paraibano radicado em Brasília. Lendo essa rima rica do teu verso, Migué, lembrei a letra maravilhosa do sambista Ataulfo Alves, quando agradece ao criador, no caso aqui o Lula, que te "fez um sonhador, pra melhor te exaltar":
Cordel da Dilma
Miguezim de Princesa
Quando vi Dilma Roussef
Sair na televisão
Com o rosto renovado
Após uma operação,
Senti que o poder transforma:
Avestruz vira pavão.
De repente ela virou
Namorada do Brasil:
Os políticos, quando a vêem,
Começam a soltar psiu,
Pensando em 2010
E nos bilhões que ela pariu.
A mulher, que era emburrada,
Anda agora sorridente,
Acenando para o povo,
Alegre, mostrando o dente,
E os baba-ovos gritando:
É Dilma pra presidente!
Mas eu sei que o olho grande
É na montanha de bilhões
Que Lula botou no PAC
Pensando nas eleições
E mandou Dilma gastar,
Sobretudo nos grotões.
Senadores garanhões,
Sedutores de donzela,
E deputados gulosos,
Caçadores de gazelas,
Enjoaram das modelos,
Só querem casar com ela.
Eu também quero uma lasquinha
Uma filepa de poder
Quero olhar nos olhos dela
E, ternamente, dizer
Que mais bonita que ela
Mulher nenhuma há de ser.
Eu já vi um deputado
Dizendo no Cariri
Que Dilma é linda e charmosa,
Igual não existe aqui,
E é capaz de ser mais bela
Que Angelina Jolie.
Dilma pisa devagar
Com seu jeito angelical,
Nunca deu grito em ninguém
Nem fez assédio moral
Ou correu atrás de gente
Com um pedaço de pau.
Dilma superpoderosa:
8 bilhões pra gastar
Do jeito que ela quiser,
Da forma que ela mandar,
Sem contar com o milhão
Do cofre do Adhemar
Estou com ela e não abro:
Viro abridor de cancela,
Topo matar jararaca,
Apagar fogo na goela,
Para no ano vindouro
Fazer um PAC com ela.
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Vamos encerrar com um artigo "na ferradura" que nos manda, com exclusividade para a coluna, o médico escritor cearense José do Vale Pinheiro Feitosa, morador do Leblon, Rio de Janeiro, bem distante do Cariri e do seu último pau-dearara. Com certeza, voto certo da Dilma Rousseff, coerente com toda sua trajetória político-ideológica, de ex-lider estudantil de esquerda, no Ceará. - "Vamos lá, Zé do Vale. Valeu!", diz a torcida.
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As escolhas políticas da campanha de Serra
José do Vale Pinheiro Feitosa
A democracia é como o sol a pino: clareia os espaços ensombrados da sociedade. Assim como o sistema de saúde descobre os casos de catapora uma vez que os doentes o procuram.
Vejamos algumas referências que a campanha a Presidente de José Serra está trazendo à luz: aborto, homossexualismo, religiosidade (ou não), preconceito partidário, aversão à políticas de transferência de renda, venda das estatais, dureza contra certos governos sul-americanos e estado mínimo.
As quatro últimas referências são estruturais na aliança política de Serra e nos anos noventa tiveram imenso vigor ideológico através do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Naqueles anos noventa era uma ideologia mundial, com grandes efeitos na América Latina e pergunte-se a qualquer cidadão médio norte-americano com seu domicílio a perigo o que acha desta fase neoliberal.
O preconceito partidário contra o PT na campanha de Serra poderia bem ser atribuído ao embate normal na política. O PT, o PDT, o PSB, por exemplo, não deixariam de criticar a prática do PSDB e do DEM e menos ainda de generalizar a crítica.
Mas o que a campanha do Serra está fazendo é um movimento reacionário, fundamentalista, de perseguição ao PT e sua candidata, incluindo os demais partidos da frente, usando-se como correia de transmissão da mídia principal, de setores golpistas de certas igrejas e grupos radicais de extrema direita.
Sobre o aborto o que fazem é uma aberração política. O aborto existe em larga escala, clandestino, com o concurso de médicos formados e registrados nos conselhos de classe, com enfermeiros, pessoas práticas e até mesmo com a própria mulher se pondo em risco.
É natural que toda a sociedade democrática entenda o seguinte: uma vez iluminado este vão obscuro, pretendemos criar regras gerais de proteção das mulheres. E isso em sociedades democráticas se chama lei e as leis são para serem cumpridas.
Portanto o aborto deve ser um assunto democrático, não pode cair neste fundamentalismo oportunista que surgiu na campanha de Serra, buscando uma farsa com religiosos que só pensam no chicote sobre o lombo dos outros.
Alguém aí tem dúvida sobre o papel da pílula anticoncepcional, sobre os métodos anticonceptivos, mas, no entanto, o Papa atual prefere negar a reconhecer a sua ampla realidade.
É esta negação antidemocrática que permeia a campanha oposicionista. E poderia ser diferente e mais esclarecedora, mas optou pela farsa. Não cumprirá nada que promete aos grupos fundamentalistas ou então vai governar como um Aiatolá do Irã.
Ontem e hoje, foi a vez de Índio da Costa, o candidato a vice-presidente, na chapa do Serra, condenar uma lei contra a discriminação ao homossexualismo e diz que se o Serra for eleito irá vetá-la.
Novamente um vão esclarecido, não tem nenhuma razão biológica, psicológica ou ética que justifique como aberração ou desvio as preferências homossexuais de alguém.
Portanto não se podem perseguir homossexuais e perseguir é demonstrar aversão a eles ou a seu comportamento. É isso que o Projeto de Lei 122 que Serra vetará regula no comportamento social.
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Os que contribuíram com a coluna de hoje estão citados no texto.
O artigo de FHC na Folha de São Paulo recebemos das mais diversas fontes,
destacando José Torres, Rodrigo de Sá Menezes e Giuseppe Mastroianni
que são nossos atentos olhos de Big Brother na imprensa internacional.
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