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domingo, 14 de agosto de 2011

Marcos Paulo passa por dez horas de cirurgia

O diretor de 'Assalto ao Banco Central' está internado desde ontem no hospital São José, em São Paulo, e não tem previsão de alta

O ator Marcos Paulo está internado no hospital São José, em São Paulo

O ator Marcos Paulo está internado no hospital São José, em São Paulo (Blenda Gomes/TV Globo)

O ator e diretor Marcos Paulo fez uma cirurgia de dez horas para retirar um nódulo no esôfago neste domingo. Ele está internado desde sábado no hospital São José, em São Paulo, e está acompanhado da namorada Antonia Fontenelle. Ainda não há previsão de alta. De acordo com o boletim médico assinado por Fernando Maluf, Rubens Sallum e Alfredo Salim Helito, a cirurgia começou às 8 horas deste domingo e só terminou às 18h. Ele foi encaminhado para a unidade de tratamento intensivo. "A operação transcorreu sem intercorrências e o paciente será mantido na UTI como pré-planejado", informa o boletim.

Marcos Paulo, que recentemente dirigiu o filme Assalto ao Banco Central, seu primeiro trabalho como diretor de cinema, foi diagnosticado com câncer no esôfago em maio deste ano, quando deu início às sessões de quimioterapia. Na estreia do longa, em Paulínia no mês de junho, o diretor apresentava um aspecto abatido e onze quilos mais magro por causa do tratamento.







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26/10/2008 free counters

Show de Laura Pausini em SP custa até R$ 500



As informações estão atualizadas até a data acima. Sugerimos contatar o local para confirmar as informações

DE SÃO PAULO

Divulgação
Cantora Laura Pausini fará show em janeiro de 2012 no Credicard Hall, ingressos de camarote chegam a custar até R$ 500
Cantora Laura Pausini fará show em janeiro de 2012 no Credicard Hall (zona sul); ingressos de camarote chegam a custar até R$ 500

Laura Pausini fará show em 21 e 22 de janeiro de 2012 no Credicard Hall (zona sul de São Paulo). O preço dos ingressos acaba de ser divulgado e chega a custar R$ 500.

A cantora pop italiana ficou famosa nos anos 1990 com os hits "Strani Amori", "La Solitudine", "La Cose che Vivi" e "Ritorno da Te". Alguns desses foram regravados por Renato Russo.

No repertório, também haverá canções de seu mais recente disco, "Primavera in Anticipo", de 2008. Os ingressos estão à venda no site www.t4f.com.br.

Laura Pausini - Credicard Hall - av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro, zona sul, São Paulo, SP. Tel.: 0/xx/11/4003-6464. Sáb. 21/01/2012, 22h. 22/1/2012. 20h. Ingr.: R$ 70 a R$ 500. Vendas: www.t4f.com.br ou na bilheteria do







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26/10/2008 free counters

Quatro casais soropositivos aguardam nascimento de filhos saudáveis



Ambulatório de Reprodução Assistida atendeu 150 casais desde abril de 2010

14/08/2011 - 18:10


Quatro casais soropositivos esperam pelo nascimento de filhos saudáveis. As gestações estão sendo acompanhadas pelo Ambulatório de Reprodução Assistida do no Centro de Referência em DST/Aids, da capital paulista.

O ambulatório foi instalado em abril de 2010 pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e já atendeu 150 casais, dos quais 31 estão em fase de tentativa de gravidez.

O serviço, em parceria com o Centro de Reprodução Assistida (Crase) da Faculdade de Medicina do ABC, é destinado a casais soropositivos e sorodiscordantes (em que um dos parceiros, normalmente o homem, é soropositivo). Trata-se do primeiro do gênero com atendimento SUS (Sistema Único de Saúde) do Brasil.

O programa permite aos casais reduzirem ao máximo a chance de transmissão vertical ou mesmo de que ocorra infecção entre os parceiros. Na quase totalidade dos serviços de reprodução assistida no Brasil, o fato de ser portador de HIV é um critério de exclusão dos pacientes.

Nos casos de casais em que ambos são soropositivos, é programada inseminação artificial após a aplicação da técnica de lavagem de esperma. No caso em que o homem é soropositivo e a mulher, não, também é feita a inseminação artificial após a lavagem de esperma. Nos casais em que apenas a mulher é soropositiva é realizada a inseminação artificial.




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26/10/2008 free counters

Reynaldo Gianecchini: mãe visita ator no hospital


Dona Heloisa foi fotografada saindo do Sírio Libanês na tarde deste domingo (14), em São Paulo

Por Sonia Vieira; Fotos Sylvia Gosztonyi

Sylvia Gosztonyi
Dona Heloisa, mãe de Gianecchini, na saída do Hospital Sírio Libanês

Reynaldo Gianecchini recebeu na tarde deste domingo (14) a visita de sua mãe, dona Heloisa. O ator está internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para tratar de um linfoma.

A mãe do ator foi fotografada no momento em que saída do local. Por volta das 17 horas, Jose Possi Neto, famoso diretor teatral, foi quem buscou Heloisa. No sábado (13), Gianecchini recebeu a visita de sua ex-mulher, Marília Gabriela, que ficou cerca de 3 horas no hospital.

Por volta das 17:40 horas, Elias Gleizer chegou ao Sírio Libanês. Muito bem humorado, o ator brincou com os jornalistas e fotógrafos que perguntaram se ele estava indo visitar Gianecchini. "Eu vim passear só, parece que está tendo um pique-nique", disse. Uma funcionária do hospital que não quis ser identificada confirmou que Elias estava ali para ver o ator. Os dois trabalharam juntos na novela "Passione".

Silvia Gosztonyi
Elias Gleizer

Entenda melhor a doença de Gianecchini:




Mãe de Gianecchini deixa hospital onde o ator está internado
14 de agosto de 2011 17h46


Mãe de Reynaldo Gianecchini, Dona Heloísa, deixou o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde o ator está internado. Foto: Orlando Oliveira/AgNews

Mãe Reynaldo Gianecchini, Dona Heloísa, deixou o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde o ator está internado
Foto: Orlando Oliveira/AgNews


Dona Heloísa, mãe de Reynaldo Gianecchini, deixou o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde o ator está internado, no fim da tarde deste domingo (14).

» Entenda a doença de Reynaldo Gianecchini

Na última quarta-feira (10), Gianecchini foi diagnosticado com um linfoma Não-Hodgkin. No hospital, estão sendo realizados novos exames para a especificação adequada. "Estou pronto para a luta e conto com o carinho e o amor de todos vocês", afirmou Gianecchini, em nota enviada pela Rede Globo.

O ator, de 38 anos, passou por uma cirurgia de hérnia ingual há cerca de um mês e sofreu duas reações, uma infecciosa e uma alérgica. De acordo com a assessoria de imprensa do artista, ele deu entrada na unidade hospitalar no dia 1º de agosto devido a uma faringite crônica e foi tratado com antibióticos.






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26/10/2008 free counters

Sem fila para transplante de córneas



Autor(es): Marcus Vinicius Gomes
O Globo - 14/08/2011

Curitiba e São Paulo atingem meta

CURITIBA. Em meio à dificuldade para conseguir uma doação de córnea no país, uma boa notícia vem do Paraná e de São Paulo: os dois estados anunciam ter zerado a fila nas capitais e caminham para atingir a meta também no interior. No Rio, a espera por um doador chega até a dois anos e meio.

O Rio é o estado das regiões Sul e Sudeste com maior deficiência no atendimento aos pacientes que necessitam de transplante de córnea. Números do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), ligado ao Ministério da Saúde, mostram que, em São Paulo, foram realizados 9.900 transplantes em 2010 - 6.600 cirurgias de córneas -, enquanto no Rio houve 553 transplantes de órgãos.

Em Curitiba, a fila de espera por um transplante de córnea caiu de seis meses para sete dias. No início de agosto, a Central de Transplantes do Paraná - que faz o controle das listas de espera, contabilizava apenas dois pacientes na fila para oito córneas disponíveis.

De acordo com Arlene Bardoch, diretora da Central, só em junho deste ano foram feitas 140 cirurgias - um recorde para o órgão criado em 1995. Ela resume o resultado positivo em duas palavras:

- Conscientização e logística. Melhoramos muito o serviço de captação e distribuição de córneas.

Já em São Paulo, onde há dois anos o tempo de espera foi reduzido a duas semanas, as córneas já estariam sendo objeto de "exportação" para outros estados. Heder Murari Borba, coordenador do SNT, diz que o Ministério da Saúde pretende investir cerca de R$3,5 bilhões em transplantes em 2011. A verba representa 8% do orçamento da pasta.

Também está prevista uma campanha publicitária no segundo semestre deste ano para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos.

De acordo com o coordenador do SNT, o grande desafio do Ministério da Saúde nos próximos anos é evitar a migração de pacientes para as capitais onde a fila de transplantes está zerada.

- Nós não podemos permitir que São Paulo ou Curitiba sejam vítimas do sucesso de seus programas. Por isso trabalhamos para atender a demanda no próprio estado de origem do paciente e não complicar a vida do gestor de outras regiões.

O Rio de Janeiro não contava com um banco de olhos para a captação das córneas desde 2008, quando fechou as portas o último, instalado no Hospital Geral de Bonsucesso, depois que a Petrobras, sua única patrocinadora, suspendeu os repasses por causa de dívidas contraídas pela entidade com o INSS. Em maio do ano passado, a Prefeitura de Volta Redonda inaugurou um banco de olhos, cuja primeira captação só ocorreu três meses depois.

O coordenador do SNT sustenta que a fila dos transplantes de córneas no Rio tende a reduzir o tempo de cirurgia em seis meses e prevê que em um ano e meio não haverá mais espera no estado.







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26/10/2008 free counters

PF versus Eduardo Cardozo



Ação da Polícia Federal no Ministério do Turismo é encarada pelo Planalto como insubordinação e ataque ao ministro da Justiça

Lúcio Vaz

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EMBATE
Cardozo e a cúpula da PF bateram boca
publicamente por meio de ofícios e de notas à imprensa

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À primeira vista, a operação da Polícia Federal que, na terça-feira 9, colocou na cadeia parte da cúpula do Ministério do Turismo pareceu ao mundo político brasiliense um tiro contra o PMDB, partido responsável pela indicação do ministro Pedro Novais. Nos dias que se seguiram, porém, ficou claro para a base aliada que o canhonaço fora disparado em direção a outro Ministério: o da Justiça, que, ao menos no papel, comanda a Polícia Federal. Para piorar, ficou claro também para o Planalto que o disparo foi feito com o intuito de atingir o titular da pasta, o petista José Eduardo Cardozo, que nunca teve lá uma relação tranquila com a Polícia Federal. Ninguém esperava que cúpula da PF fosse capaz de investir com tanta audácia contra seu chefe-maior. O episódio ganhou contornos de enfrentamento em consequência dos supostos exageros ocorridos na Operação Voucher, nas prisões cinematográficas e no transporte dos suspeitos algemados para Macapá (AP). No fim da semana, com uma troca de notas públicas entre o gabinete do ministro e a PF, o clima azedou de vez. O Palácio do Planalto estudava, na quinta-feira, a possibilidade de demissões na cúpula da Polícia Federal. A ação policial foi interpretada pela presidente Dilma Rousseff como um ato de insubordinação ao titular da Justiça.

O uso de algemas e a exposição dos presos para fotografias com as mãos presas a um cinturão de couro provocou a reação da cúpula do PMDB na manhã da quarta-feira 10, um dia após a megaoperação que mobilizou 200 policiais federais e prendeu 38 pessoas ligadas ao Ministério do Turismo. O custo político foi debitado na conta de José Eduardo Cardozo. A foto que mais irritou os peemedebistas foi a do secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, o ex-deputado Colbert Martins. “É inadmissível, inaceitável. Ele não é ladrão, não é bandido. Não havia risco de sair correndo”, protestou o líder da bancada na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). As reclamações foram levadas à presidente Dilma Rousseff pelo vice-presidente da República e presidente licenciado do partido, Michel Temer. Por volta das 11h, a presidente telefonou para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e cobrou esclarecimentos. “O que está acontecendo? Isso não está correto!” A posição da presidente se baseava em outro fato. A Súmula 11 do Supremo Tribunal Federal (STF), aprovada em 2008, determinou que o uso de algemas “só é lícito em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia”.

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AFRONTA
Decisão da PF de algemar presos foi considerada insubordinação pelo Planalto

Exatamente às 14h53 daquele mesmo dia, chegou ao gabinete do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Coimbra, um ofício encaminhado por Cardozo. Ele determinou a prestação de informações, com urgência, sobre o uso de algemas na operação. Deixou claro que baixava a determinação considerando “o dever de respeito aos direitos individuais e aos princípios do Estado de Direito”. Exigiu ainda a abertura imediata dos procedimentos disciplinares, caso constatado qualquer abuso. A Polícia Federal respondeu divulgando nota oficial. Sustentou que o uso de algemas teria ocorrido com estrita observância da Súmula Vinculante 11, que, na sua avaliação, não proíbe “determinantemente” a sua prática. O enfrentamento estava oficialmente configurado, mas a movimentação da presidente e do ministro serviu, pelo menos, para acalmar o PMDB, que se sentiu prestigiado mais uma vez. O presidente nacional do partido, Valdir Raupp (RO), falava com cuidado, mas parecia aliviado na quarta-feira à noite: “O PMDB não é contra a apuração nem contra punições, mas houve realmente uma exposição das pessoas. A vida deles já está devastada. Não tem indenização que pague isso”.

O Tribunal de Contas da União (TCU) também entrou na polêmica e esquentou ainda mais o debate. A Polícia Federal havia informado que as investigações tinham sido abastecidas com informações preliminares levantadas pelo tribunal. O TCU, por sua vez, informou que os indícios de irregularidades estão sendo tratados em três processos e esclareceu que ainda não se manifestou conclusivamente sobre o caso por estar observando “os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa”. Aí foi a vez de a PF se defender novamente, ao tentar mostrar que sua ação fora, sim, consistente. O laudo pericial divulgado pela Polícia Federal apontou irregularidades, como incapacidade técnica do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), direcionamento nas contratações de empresas pelo instituto, falta de cotações prévias, irregularidades na comprovação de despesas e pagamento antecipado de serviços. A PF apurou que cerca de dois terços dos recursos do convênio foram desviados. Na casa do diretor-executivo do instituto, Luiz Gustavo Machado, foram encontrados R$ 610 mil em espécie.

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RUSGAS
Desde que Cardozo assumiu, a relação entre a PF e o Ministério da Justiça foi tensa

Ainda não está claro como o Planalto vai agir, principalmente pelo fato de todos os indícios apontarem para um esquema de fraudes no Turismo. Mas uma coisa é certa: na próxima semana o clima continuará tenso entre o Ministério da Justiça e a PF.

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Brasileiros procurados pela Interpol

Facilidade de fuga pelas fronteiras e aumento de pedidos de prisão internacional fazem dobrar o número de criminosos do País foragidos no exterior

Flávio Costa

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Uma rápida olhada identifica poucos rostos conhecidos. Mas na relação de brasileiros procurados pela Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol, todos são igualmente perigosos. E a lista pública de criminosos pátrios no site da instituição está em plena expansão. Nos últimos dois anos, o número de brasileiros procurados praticamente dobrou, chegando a 173. Entre os fatores que contribuem para essa situação está a vulnerabilidade nas fronteiras e nos aeroportos nacionais, revelada por ISTOÉ na sua edição de 25 de maio deste ano. A reportagem mostrou que a Polícia Federal declinou parte do controle de entrada e saída do País e a emissão de passaportes para despreparados funcionários de empresas terceirizadas – o que é um prato cheio para bandidos em fuga. Mas também há um lado positivo nesse aumento, que é o azeitamento das relações entre autoridades policiais e judiciárias, regulamentado desde o final de 2010 pelo Conselho Nacional de Justiça. O órgão de controle externo do Judiciário brasileiro publicou instrução normativa que definiu regras para a emissão de mandados de prisão internacionais, colaborando para o crescimento dos avisos de foragidos à Interpol, chamada de difusão vermelha.

Com isso, o número de prisões também aumentou. “Do início de 2010 para cá, conseguimos prender 39 foragidos da Justiça brasileira, sendo 24 brasileiros”, informa o coordenador da Interpol no Brasil, o delegado federal Luiz Eduardo Navajas. “É um índice de detenções acima da nossa média histórica.” No País, a Polícia Federal representa a entidade policial intergovernamental, com sede em Lyon (França) e presente em 188 países. A maioria das prisões de brasileiros acontece na Península Ibérica (Portugal e Espanha). São os locais mais procurados pelos criminosos devido à facilidade do idioma. Com base em indícios de que o réu saiu do país em que é acusado, o juiz emite uma ordem de prisão internacional e, nesse momento, escolhe se ele fará parte ou não da lista pública do site. Portanto, há brasileiros caçados sob sigilo pela Interpol, o que deve aumentar o número do total de procurados em cerca de 30%.

Dois casos de brasileiros chamam a atenção pela notoriedade. Há pelo menos sete meses, policiais buscam pistas do paradeiro do ex-médico Roger Abdelmassih, 67 anos, condenado em primeira instância a 278 anos de prisão pelo estupro de 37 mulheres, entre os anos de 1995 e 2008, em sua clínica de reprodução humana em São Paulo. Investigações apontam que ele teria obtido um passaporte falso no Uruguai e de lá fugido para o Líbano, segundo apuração da polícia paulista. Um ótimo destino para um foragido, já que a nação do Oriente Médio não possui tratado de extradição com o Brasil. “Caso ele seja preso nesse país, a extradição pode ser pedida, baseada no princípio do direito internacional da reciprocidade”, explica Navajas.

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Em situação curiosa está um habitué dos tribunais brasileiros na qualidade de réu em diversos processos por desvio de verba pública e enriquecimento ilícito. O ex-prefeito, ex-governador e atual deputado federal (PP-SP) Paulo Maluf está praticamente impedido de sair do País desde março do ano passado, quando a Justiça americana emitiu mandado de prisão contra ele e seu filho, Flávio Maluf, pelos crimes de conspiração, auxílio na remessa de dinheiro ilegal para Nova York e roubo de dinheiro público em São Paulo. “As acusações são falsas”, estrilou Maluf na época. Em tempo: o parlamentar não pode ser preso pela Interpol aqui porque a legislação não permite que um brasileiro seja extraditado do País.

A maioria dos brasileiros procurados é acusada de crime de tráfico de drogas. Mas, nos últimos anos, aumentou o número dos que praticam violência contra crianças, a exemplo de Maria Bernadete de Araújo, 44 anos, procurada pelo Judiciário do Amapá pelos crimes de pedofilia e tráfico de pessoas. Existem também os genocidas, a exemplo do tenente-coronel Antonio Arrechea Andrade, 81 anos, nascido no Paraná e naturalizado argentino e fugitivo há oito anos. Ele é procurado pela Justiça espanhola pela acusação de crimes contra a humanidade por ser membro da repressão da ditadura militar na Argentina (1976-1983).

As buscas por um bandido podem levar anos. Caçado há 12, Celso Schmitt, mais conhecido como Celso Gaúcho, tornou-se uma dor de cabeça para a polícia. Sua extensa ficha criminal inclui pedidos de prisão em oito Estados brasileiros. No final do ano passado, ele foi incluído como alvo da Interpol durante uma operação especial, que caçou 30 criminosos de alta periculosidade em todo o mundo. Mas Celso Gaúcho não foi encontrado, mais uma vez. Para quem tem contas a acertar com a Justiça, o mundo é um vasto esconderijo. 

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26/10/2008 free counters

Diretor e ator Marcos Paulo passa por cirurgia em São Paulo




Operação faz parte de tratamento contra tumor no esôfago.
Procedimento foi definido pela assessoria como 'importante'.

Do G1, em São Paulo



O ator e diretor Marcos Paulo (Foto: Blenda Gomes/TV Globo)O diretor e ator Marcos Paulo em imagem de 2010
(Foto: Blenda Gomes/TV Globo)

O diretor e ator Marcos Paulo, de 60 anos, passa por cirurgia no Hospital São José, em São Paulo, na tarde deste domingo (14). Segundo assessoria, o procedimento começou pela manhã, é "importante", e faz parte do tratamento contra um tumor no esôfago, diagnosticado em maio deste ano.

Segundo comunicado da Central Globo de Comunicação divulgado na época, o diretor havia descoberto o tumor precocemente em exames de rotina e tinha dado início ao tratamento em seguida.

“Tenho me cuidado muito e mantido meu ritmo normal de trabalho. Estou bastante animado com a estreia próxima do meu primeiro trabalho como diretor de cinema”, dizia Paulo no comunicado.

Ele é atualmente responsável pelo núcleo do humorístico “Os caras de pau”, além de trabalhar em novos projetos do canal. No cinema, filmou recentemente uma participação especial no filme “Faroeste caboclo” e lançou seu primeiro longa como diretor, “Assalto ao Banco Central”.






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26/10/2008 free counters

Quimioterapia de Reynaldo Gianecchini é adiada devido a uma infecção na garganta





Plantão | Publicada em 14/08/2011 às 19h14m

O Globo


Tratamento de Reynaldo Gianecchini é adiado / Fábio Guimarães

RIO - O início do tratamento de quimioterapia de Reynaldo Gianecchini, para combater um câncer linfático, foi postergado devido a uma infecção na garganta. Internado há uma semana no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o ator aguarda a completa recuperação para tratar o linfoma.

Conforme informou ao jornal Diário de São Paulo, o médico David Uip, responsável pelo tratamento de Gianecchini, a quimioterapia pode afetar demais partes saudáveis do corpo: "Por esta razão, qualquer situação infecciosa que houver deve ser tratada antes, pois existe a possibilidade de transformar uma laringite em uma doença sistêmica, ou seja, espalhada por todo o corpo. Depois que a infecção for vencida, começaremos a quimioterapia".




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26/10/2008 free counters

Kassab não manteve palavra, diz criador do dia do hétero em SP


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DE SÃO PAULO

O vereador paulistano Carlos Apolinário (DEM), autor do projeto de lei do Dia do Orgulho Heterossexual, divulgou nota oficial neste domingo lamentando o veto do prefeito Gilberto Kassab (PSD).



Em entrevista publicada hoje no jornal "Agora São Paulo", do Grupo Folha, o prefeito disse que a medida é "despropositada".

Segundo Apolinário, membro da igreja Assembleia de Deus, "o prefeito me havia dado a palavra de que não sancionaria nem vetaria o projeto, deixando para a Câmara promulgar".

Ele credita a decisão à "pressão dos gays" e afirma que vai continuar lutando "democraticamente, combatendo os excessos e privilégios dados aos gays".

Após a aprovação do projeto, o vereador teve seu site pessoal invadido por ativistas que deixaram críticas às suas posições.

De acordo com Apolinário, faz parte de seu trabalho alertar "a sociedade contra esta grande mentira, que vem sendo dita pelos gays e repetida pela mídia e por formadores de opinião, dizendo que os gays são discriminados e perseguidos, quando, na verdade, querem nos calar, implantando uma verdadeira ditadura gay, pois eles se consideram intocáveis".

POLÊMICA

Na primeira manifestação sobre o tema, dois dias após a aprovação do projeto, Kassab disse que o projeto não incentivaria a homofobia. "É um projeto como outro qualquer", afirmou o prefeito na ocasião. Em menos de dez dias, Kassab mudou de opinião.

"O heterossexual é maioria, não é vítima de violência, não sofre discriminação, preconceito, ameaças ou constrangimentos. Não precisa de dia para se afirmar", disse o prefeito na entrevista ao "Agora São Paulo".

O projeto foi aprovado
no início do mês em votação simbólica na Câmara. Dos 50 vereadores presentes, apenas 19 se manifestaram contra.

Com a repercussão do assunto, PT e PSDB iniciaram uma articulação para convencer Kassab (PSD) a vetar o projeto.








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26/10/2008 free counters

Globo coloca um minuto de pornô no meio do futebol, por engano





14/08/2011 - 12h01
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DE SÃO PAULO

Por um acidente técnico, um minuto de vídeo pornográfico foi exibido ontem na Globo.com, durante a transmissão de Botafogo x América-MG. Segundo comunicado da Globo, que se desculpou, somente assinantes do canal Sexy Hot teriam acesso às imagens.

Veja a íntegra do comunicado:

"Por um lamentável erro técnico, a imagem de um vídeo pornográfico foi exibida durante a transmissão em Tempo Real da partida entre Botafogo e América-MG de sábado, 13 de agosto. O vídeo, acessível apenas para assinantes do canal Sexy Hot, foi "chamado" equivocadamente e ficou no ar por aproximadamente um minuto durante o primeiro tempo da partida. Pedimos desculpas aos usuários pelo incidente." Assina a nota Globoesporte.com/Rio.

O Botafogo venceu por 4 a 2.


Reprodução
Um minuto de pornografia foi exibido ontem na Globo.com, durante transmissão de Botafogo x América-MG
Um minuto de pornografia foi exibido ontem na Globo.com, durante transmissão






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26/10/2008 free counters

Agricultura pagou R$ 6,5 mi a empresa em nome de laranjas


DE SÃO PAULO

Hoje na Folha O Ministério da Agricultura pagou R$ 6,5 milhões neste ano para uma empresa registrada em nome de laranjas e com sede de fachada, informa reportagem de Breno Costa, publicada na Folha deste domingo (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Com um ano e dois meses de atividade, a Commerce Comércio de Grãos Ltda. está entre as dez empresas que mais receberam dinheiro do ministério em 2011, ficando atrás apenas de gigantes do setor de alimentos como a Bunge, Cargill e Amaggi.


O responsável pela liberação do pagamento é o superintendente de Operações Comerciais da Conab, João Paulo de Moraes Filho, funcionário de carreira do órgão e içado ao posto quando o hoje ministro Wagner Rossi (PMDB) presidia a Conab.

OUTRO LADO

Um dos sócios da Commerce Comércio de Grãos, Ivanilson de Carvalho Rufino, disse que os R$ 6,5 milhões recebidos foram "um achado de Deus", obtidos pelos méritos da empresa, "com luta, com trabalho".

"Quem dera [ser laranja]. Eles são ricos, eu sou pobre." Rufino se recusou a dar detalhes sobre a Commerce.

Moraes Filho disse que a Commerce executou os serviços.


Editoria de Arte/Folhapress


10 de agosto de 2011 14h01 atualizado às 15h57



O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, falou sobre as denúncias de corrupção da pasta na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, falou sobre as denúncias de corrupção da pasta
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil


Laryssa Borges
Direto de Brasília

Blindado pela base governista no Congresso Nacional, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), voltou a negar nesta quarta-feira, pela segunda semana consecutiva, a existência de irregularidades na pasta e em autarquias subordinadas a ela, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em depoimento no Senado Federal, Rossi criticou o que classificou como "denuncismo" e anunciou que a autarquia passará por uma reestruturação.

Aos senadores, ele admitiu que a Conab atualmente enfrenta uma "lacuna jurídica", o que faz que a companhia não possa defender os interesses do governo de forma completa, e disse que irá alterar também os cargos de diretoria. No depoiamento, ele ainda saiu em defesa de seu ex-secretário-executivo, Milton Ortolan, que deixou o governo após denúncias de relacionamento com um lobista.

Entre as novas suspeitas contra o setor coordenado por Rossi está a cobrança judicial contra a Conab movida pela empresa Sociedade Produtora de Alimentos Manhuaçu (SPAM) em 2001. Em ação na Justiça, a empresa conseguiu o direito de receber a restituição de R$ 99 milhões referentes a um imposto na compra de leite em pó. Na versão do ministro, o procurador Raimundo Nonato de Oliveira Santos, que trabalhava na Procuradoria da Conab, teria atuado de maneira suspeita e emitido um parecer em prol da SPAM.

"O que acontece é que detectamos um ato imoral de um procurador que se conluiou com o advogado da parte contrária para darem um golpe (...) no erário. Evitamos que isso se completasse. Tomamos todas as medidas, inclusive uma coisa difícil, que é a anulação de uma sentença judicial. A SPAM, através de um conluio de um procurador da Conab com seus advogados, quis dar um golpe que nós evitamos", disse o ministro.

De acordo com Rossi, atualmente um dos fatores que dificulta a ação da Conab na defesa dos interesses da companhia na justiça é a falta de profissionais. "A Conab tem uma deficiência na área jurídica muito grave e já detectamos isso. Fizemos uma série de mudanças, mas ainda não são suficientes. Vamos fazer novas mudanças para aperfeiçoar. A Conab, infelizmente por deficiência no seu corpo de procuradores, que são poucos, contrata ainda mediante um equívoco do Estado brasileiro: escritórios terceirizados, que em média cobraram de R$ 50 a R$ 80 por ação. Evidente que esse contrato é inexequível. A Conab perdeu prazos em vários processos", comentou.

"Na medida em que começamos a aceitar que qualquer um denuncie sem qualquer prova, (seremos alvo de) pessoas ressentidas, magoadas, e que foram desatentidas ou, no caso da SPAM, para impedir que lesassem o patrimônio público", afirmou. "Estamos providenciando mudanças no controle da companhia para evitar esse tipo de procedimento. Havia uma certa lacuna na área jurídica."

Ao sair em defesa do ex-secretário-executivo do ministério, Wagner Rossi disse que seu "braço direito", Milton Ortolan, será inocentado das acusações. Ele é suspeito de ter exigido o pagamento de propina para a renovação do contrato do Ministério da Agricultura com uma Gráfica Brasil. A denúncia foi feita pelo lobista Júlio Fróes.

"Tenho certeza que será absolvido. (Ortolan) é de uma ingenuidade absoluta. É a simples constatação de um homem que tem uma vida pública longa, sem nenhuma condenação, sem rejeição de contas por tribunal", declarou.

"A pessoa que faz acusação é aquela que queria continuar com aquela gráfica, com preço alto e contra a determinação do ministro. (A Gráfica Brasil) É uma empresa que tinha problema, detectamos, paralisamos, trocamos através de concorrência e colocamos uma outra com 40% a menos. Certamente pessoas não ficaram contentes e uma dela é a autora dessas denúncias", disse o ministro.

"Todas as denúncias não tinham nenhuma base. É denuncismo. É preciso que não se inverta o ônus da prova. Não há nenhuma validade nas acusações feitas em nenhum dos casos", declarou Rossi. "A única coisa que tenho que apurar é que qualquer indício de ilícito encaminharemos aos órgãos externos que cuidam da repressão."


10/08/2011 13h55 - Atualizado em 10/08/2011 21h23

'Não dá para cuidar de tudo', diz Wagner Rossi sobre lobista

Ministério da Agricultura é alvo de denúncias de corrupção.
Ministro disse que ordenou modificar sistema de acesso ao ministério.

Sandro Lima Do G1, em Brasília

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou nesta quarta-feira (10), durante depoimento na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, que “não dá para cuidar de tudo” ao referir-se à suposta atuação do lobista Júlio Fróes dentro do ministério.

“Eu não posso controlar a entrada e saída do prédio do ministério. As fotos daquele senhor e que alegadamente é o lobista e foram tiradas em frente ao ministério me deram a oportunidade de verificar várias coisas que eu deveria ter feito melhor, por exemplo, um sistema adequado de triagem da entrada privativa”, disse Rossi.

Segundo reportagem da revista "Veja", o lobista Júlio Fróes utilizaria uma sala no ministério para defender interesses das empresas que tem como clientes. Rossi disse que houve um “descuido”, mas que não pode assumir a responsabilidade pela portaria. “Dei ordem para mudar isso”.

Questionado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), Rossi reafirmou à comissão desconhecer o lobista Júlio Fróes e afirmou que ele não tem sala exclusiva no ministério, conforme apontou reportagem da revista. “Posso garantir que nenhum lobista tinha sala privativa no ministério”, afirmou.

A reportagem motivou o pedido de demissão do secretário-executivo do ministério, Milton Ortolan, auxiliar direto de Rossi. De acordo com a publicação, Ortolan mantinha relações com Fróes, o que ele nega.

Rossi disse aos senadores que a presidente Dilma Rousseff determinou a ele que promovesse mudanças na Conab após a divulgação dos casos de corrupção no órgão.

"Ela [Dilma] me disse sim, em função do que eu tinha relatado, que ela queria que eu tomasse atitudes muito fortes, e que fossem feitas independentemente de qualquer tipo de limitação política", afirmou Rossi.

Ele disse ainda que "a presidente tem todo o interesse em que as incorreções que eventualmente ocorram sejam corrigidas".

O ministro também relatou problemas ocorridos com a contratação de escritórios terceirizados de advocacia e que em função disso fará uma reformulação na área jurídica do Ministério da Agricultura e da Conab. Ela afirmou que será realizado concurso público para a contratação de advogados e procuradores que substituirão os escritórios terceirizados.

Faxina
Durante a audiência, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) questionou Rossi sobre o termo “faxina” que teria sido utilizado pela presidente Dilma Rousseff para tratar das denúncias sobre corrupção no ministério. Rossi afirmou que Dilma não utilizou o termo “faxina”, mas determinou mudanças.

“A presidente Dilma tem todo o interesse em que as incorreções que eventualmente ocorram sejam corrigidas. Ela nos deu, sim, força total”, disse o ministro.

Demóstenes também questionou Rossi sobre o fato da filha do lobista Júlio Fróes trabalhar na ouvidoria do Ministério da Agricultura. “Realmente uma empresa terceirizada que trabalha para o ministério contratou essa moça. Eu não sabia, confesso”, disse. “Realmente houve esse caso e lamentei profundamente”, afirmou Rossi. Segundo ele, o fato demonstra “a proximidade desse senhor [Fróes] com algumas áreas lá [do ministério]”.

Outra denúncia
Na semana passada, Wagner Rossi prestou depoimento na Câmara e falou sobre outra denúncia, envolvendo o ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), exonerado por irregularidades no órgão.

“Ele (Oscar Juca Neto) tenta transformar um caso estritamente administrativo, em que ele foi pego em infração gravíssima, ele quis transformar em caso político. Agredindo a todos, seus colegas de trabalho na Conab e inclusive esse ministro que aqui está”, disse Rossi durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Jucazinho foi exonerado depois de autorizar – sem a permissão e com verba que não serviria para tal finalidade – um pagamento para uma suposta empresa de fachada. Alegando ter sido vítima de uma armação, Jucazinho disse à revista “Veja” que existiria um esquema de corrupção envolvendo o Ministério da Agricultura e o ministro Wagner Rossi. Segundo Jucazinho, o PMDB, partido do seu irmão e do ministro, teria transformado o ministério em uma “central de negócios”.



Aprovados convites para 3 ministros se explicarem na Câmara
10 de agosto de 2011 15h15


Laryssa Borges
Direto de Brasília

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira requerimentos de convite aos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, da Agricultura, Wagner Rossi, e do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. Os três não são obrigados a prestar esclarecimentos aos parlamentares, mas devem comparecer ao Congresso, sob orientação do Palácio do Planalto, para responder a acusações de irregularidades em suas pastas.

No início das denúncias, a base governista tentou blindar Lobão de explicar a denúncia de suposta propina na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Uma reportagem da revista Época mostra um vídeo em que dois funcionários da ANP cobrariam propina de R$ 40 mil para resolver pendências de empresas do ramo de combustíveis junto ao governo.

O ministro Wagner Rossi, em uma semana, já compareceu duas vezes ao Congresso para rebater denúncias de fraudes no Ministério da Agricultura e em autarquias como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entre as suspeitas estão a cobrança de propina para renovação de contratos, a fraude em pareceres jurídicos para o cancelamento de multas e a existência de um suposto esquema de corrupção.

No caso do Ministério do Desenvolvimento Agrário, coordenado por Afonso Florence, as denúncias tratam de negociatas com lotes para fins de reforma agrária envolvendo ocupantes de cargos de confiança do governo.


Advogados da Conab apoiaram pagamento ilegal

Documento obtido pelo site de VEJA desmente ministro e mostra que Oscar Jucá não agiu sozinho quando destinou 8 milhões de reais à Renascença

Gabriel Castro

Quando foi à Câmara dos Deputados, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse ter feito de tudo para impedir o pagamento ilegal de 8,2 milhões de reais à empresa Renascença, obra do ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E que a irregularidade foi resultado de uma atitude individual de Oscar Jucá Neto - o que acabou culminando na sua demissão. Mas não foi bem assim.

Nos autos do processo em que a empresa cobrava o pagamento da dívida, a companhia exibe o comprovante do depósito milionário e comunica à Justiça que o débito foi quitado. A ordem de pagamento aparece subscrita por quatro advogados da Conab. Larissa Machado Botelho, que integra a equipe, assinou o documento em 5 de julho, quatro dias depois que o irmão do senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, realizou o pagamento.

Clique aqui e veja o documento

Em tese, cada pagamento deveria passar também pelo procurador-geral da Conab. Isso derruba, portanto, a afirmação de que Jucá Neto era o único a saber da ilegalidade. A assessoria do ministro reafirma que, assim que ficou sabendo do pagamento, tentou reverter a decisão.

Oscar Jucá Neto foi demitido do cargo de diretor financeiro da Conab porque ordenou um pagamento ilegal à Renascença. O processo não havia nem mesmo sido julgado em última instância. Além disso, Jucá usou recursos de outra rubrica, destinado ao apoio a agricultores.

A Conab não apresentou recurso da decisão, o que é obrigatório para órgãos do poder público. Depois da demissão, Jucá Neto falou a VEJA e revelou a existência de outras ilegalidades dentro da pasta.

"Só tem bandido" - Jucazinho decidiu contar o que sabe porque atribuiu sua saída a uma armação de peemedebistas contra seu irmão - e também porque se sentiu humilhado com a exoneração. O caso azedou as relações entre o senador Jucá e o vice-presidente, Michel Temer, padrinho do ministro Wagner Rossi. Os dois trocaram ameaças e xingamentos por telefone.

Em entrevista a VEJA, Jucazinho contou que existe um consórcio entre o PMDB e o PTB para controlar a estrutura do Ministério da Agricultura com o objetivo de arrecadar dinheiro. Ele não poupa seus antigos companheiros de ministério. Diz que o ministro Wagner Rossi lhe ofereceu dinheiro quando sua situação ficou insustentável. “Era para eu ficar quieto”, afirma. “Ali só tem bandido.”


Quantos órgãos federais são também tão inúteis ao País como o Conab?

Por: Sérgio Pires


Deu na Veja. O senador rondoniense Valdir Raupp (foto), hoje presidente nacional do poderoso PMDB, disse que se a Conab fosse extinta, ninguém vai sentir falta. “Se extinguir a Conab, ninguém vai saber que existia”, disse Raupp sobre um dos órgãos federais onde se concentram – depois do Dnit – as mais graves denúncias de corrupção das últimas semanas. A presidente Dilma Rousseff disse confiar no ministro da Agricultura, Wagner Rossi, mas é óbvio que o Ministério que abriga a Conab vai ficar no olho do furacão durante longo tempo. Ainda mais porque é reduto de cargos de confiança de nomes do próprio PMDB. Há pouco, o estardalhaço atingiu o Dnit, do Ministério dos Transportes, que é reduto do PR. Enfim, o governo Dilma está pagando caro por ter feito acordos políticos com líderes e partidos, contumazes no avanço aos cofres públicos. Dilma queria ganhar a eleição e manter a governabilidade. Sabia com quem estava lidando e agora pode ficar refém dos corruptos, que já ameaçam abertamente mobilizar suas forças e seus votos para atrapalhar seu governo, caso a Presidente mantenha a decisão de limpar a sujeira no Brasil.

Igual à Conab, que se acabasse não faria falta nenhuma ao país, o governo teria que ter muita coragem para extinguir muitos outros iguais, que só servem como antros de rolos e abrigo para políticos e seus apaniguados. Na prática, pouco fazem pela pelo país. Mas, sabe-se qual a realidade: ao invés de acabar com tudo isso, pressionada e isolada – porque se depender da mobilização do povo ao seu lado, estará completamente perdida -Dilma Rousseff terá que se render à malandragem. Ou não vai governar. Sem que a população vá às ruas para exigir a moralização do país e o fim desses órgãos todos que só servem aos interesses da politicalha (que é o lado podre da política séria e necessária), não haverá escolha. Vamos continuar tendo que conviver com toda essa sujeira.

ENCHEU A BOLA

O governador Confúcio Moura encheu a bola do deputado Jean Oliveira (PSDB), em seu blog. Escreveu: “Deputado Estadual Jean de Oliveira. O mais jovem Deputado do Brasil. Só 22 anos. Isto tudo porque já foi vereador em Porto Velho. Jovem, equilibrado e maduro. A sua fala tem consistência e objetivos claros. É só continuar na lida. Porque ventos, clima, água estão a seu favor”.

OPÇÕES TUCANAS

Com esse elogio, Jean agora pode até bater à porta do Palácio Presidente Vargas para pedir apoio de Confúcio à uma eventual candidatura à Prefeitura de Porto Velho. Ele é um dos nomes que os tucanos estão preparando para 2012. Se Expedito Júnior não concorrer, o PSFB vai de Jean ou Mariana C arvalho.,

TEM QUE EXPLICAR

Nota do Sinduscon-RO, publicada na imprensa rondoniense neste final de semana, protesta contra exageros da fiscalização nas empresas que constroem o Estado, geram milhares de empregos e são importantes para o PIB rondoniense. O mesmo critério, segundo o Sinduscon, não é utilizado para obras particulares, com muitas irregularidades. Está na hora da Delegacia Regional do Trabalho vir a público e explicar essa coisa toda.

PESOS E MEDIDAS

Fortemente armados, principalmente traficantes que agem na região e no Estado, não temem trocar tiros com a polícia. Nessa semana, na apreensão de 25 quilos de cocaína com dois motoqueiros, a dupla mandou chumbo nos PMs que os perseguiam. Tivessem acertado os policiais, seriam presos mas protegidos pelos defensores dos direitos dos bandidos. Tivessem os criminosos sido mortos, os PMs responderiam a inquérito e uma série de normas internas. Esse é o Brasil.

NINGUÉM VAI PRESO?

A jogatina corre solta em Porto Velho. De vez em quando, a polícia fecha alguns cassinos clandestinos, que são, na verdade, uma extensão do crime organizado e de lavagem de dinheiro sujo. Frequentadores conhecidos são identificados pela polícia, mas nada acontece com eles. Está na hora de se saber quem são os que ajudam a movimentar essa máquina ilegal e milionária.

OFENSA PROPOSITAL

Roberto Jeferson, aquele mesmo do mensalão, volta às manchetes. Ainda presidente nacional do PTB, apesar de tudo o que o país inteiro sabe, Jeferson deu entrevista a uma revista de circulação nacional ofendendo o ministro Joaquim Barbosa, do Supremo. Disse que Barbosa, que é negro, só entrou no STF pela cota racial e não pelo saber jurídico. Ataque proposital: é Joaquim quem está prestes a condenar Jeferson pela participação no mensalão.

SEM REMÉDIO

Em nove anos, cresceram em mais de 140% o número de mortes no trânsito de Porto Velho. Já somos campeões nacionais, segundo estudos especializados. Nas ruas, embora a fiscalização tenha melhorado, o que se vê é motoqueiros fazendo loucuras, a maioria despreparada para enfrentar o trânsito e motoristas irresponsáveis, alguns exagerando na velocidade até à frente de escolas. Isso sem falar nos bêbados ao volante. Terrível!

PERGUNTINHA

Quando começarão as obras do novo Pronto Socorro Municipal, projetado numa parceria entre a Prefeitura de Porto Velho e o Governo do Estado?

AUTOR: SÉRGIO PIRES






Wagner Rossi diz que Veja é ‘assassina de reputações’

Revista chega às bancas com acusações e ministro contra-ataca

Da reportagem


Foto: F.L.Piton / A CidadeDescrito em reportagem nacional como "homem de histórias esquisitas", ministro Rossi responde

Em reportagem que chega neste domingo (14) às bancas em Ribeirão Preto, a revista "Veja", da Editora Abril, traz como reportagem de capa "A Praga da Corrupção". O protagonista é o ministro Wagner Rossi, da Agricultura (PMDB), que tem base política em Ribeirão.

A revista denuncia um suposto pedido de propina de R$ 2 milhões, numa licitação para prestação de serviços cujo valor total era inferior a R$ 3 mi. Em nota, Wagner Rossi responde que "a informação fere a lógica e o bom senso": "é lançada sem qualquer prova ou indício de materialidade. Nem o valor da licitação, que foi anulada por erro de quem estaria fazendo as denúncias agora é destacado pela revista", diz ele.

A reportagem estranha, também, a evolução patrimonial do ministro, que relata a revista, até entrar na vida pública, "levava vida modesta de professor universitário. Morava em uma casa de classe média em Ribeirão Preto, tinha uma Kombi, uma Belina e um Fusca Laranja, com o qual fez a campanha".

Santinhos

"Veja" vai além e entrevista o ex-prefeito de Ribeirão João Gilberto Sampaio, para atestar que Rossi "não tinha dinheiro nem para bancar os santinhos".

Ouvido neste sábado (13), em Ribeirão Preto, por A Cidade, o ex-prefeito João Gilberto disse que contou mesmo à "Veja" que financiou os santinhos da primeira campanha de Rossi. Mas se esquivou de qualquer acusação: "Não tenho nada contra ele e não temos mais convívio político. Hoje o que eu sei é que ele é bastante rico, e é só o que posso afirmar".

Wagner Rossi diz que a sua casa em Ribeirão, que a revista descreve como "espetacular, no alto de uma colina, cercada por bosque luxuriante, em área de 400 mil metros quadrados e avaliada em R$ 9 mi", é patrimônio de toda a família, adquirido com trabalho e que teve valorização desde a aquisição, em 1996.

"Pessoalmente, trabalhei durante os últimos 50 anos em diferentes empregos e empreendimentos. Além disso, todos os meus filhos e três de minhas noras são empresários e executivos de sucesso em diferentes áreas econômicas. Meu patrimônio pessoal é inferior a R$ 1 milhão. Eu e todos os meus filhos declaramos renda e patrimônio à Receita Federal, anualmente".

Outro lado

O Ministro Wagner Rossi enviou neste sábado à imprensa um longo texto respondendo questões levantadas pela revista Veja, em matéria de capa da edição deste domingo. Escreve o Ministro:

"Na quinta-feira e sexta-feira, repórteres da revista Veja encaminharam perguntas, cobrando explicações sobre meu patrimônio pessoal, listando supostas irregularidades em empresas estatais em que fui diretor, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Companhia Docas de São Paulo (Codesp), além questionar uma licitação no Ministério da Agricultura.

Encaminhei as respostas que estão transcritas abaixo. Todas as perguntas enviadas a mim na quinta-feira foram respondidas em menos de 24 horas. Nada, porém, foi aproveitado por repórteres e editores. Agora, pela terceira semana consecutiva, sou obrigado a me explicar.

A informação de que eu teria pedido "propina" de R$ 2 milhões numa licitação, cujo contrato para a prestação de serviços era de R$ 2,9 milhões, fere a lógica e o bom-senso. Pior. É lançada sem qualquer prova ou indício de materialidade.

Nem o valor da licitação, que foi anulada por erro de quem estaria fazendo as denúncias agora, é destacado pela revista. Os repórteres baseiam-se na declaração de um funcionário que perdeu a função pública por uma ilegalidade cometida e admitida por ele mesmo.

Mas a lógica não parece nortear os diretores de jornalismo da editora Abril.

Ouvir o outro lado, um princípio basilar do jornalismo, não existe para a revista Veja. Essa é mais uma campanha orquestrada com interesses políticos. Não querem apenas desconstruir minha credibilidade ou acabar com minha imagem, mas destruir a aliança política vitoriosa nas urnas em outubro do ano passado. As acusações são levianas.

Isso não é jornalismo. É assassinato de reputação.





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26/10/2008 free counters

FELIZ DIA DOS PAIS : As histórias por trás da fila do teste de DNA



Mulheres e seus filhos são maioria na sala de instituto que atende 70 famílias por dia

13 de agosto de 2011 | 23h 24

Paulo Sampaio - O Estado de S. Paulo

Exames de DNA para checar a paternidade de bebês exigem a presença na coleta de pelo menos duas pessoas - o pai e o filho. No Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc), que é referência no Brasil, eles chamam o duplo comparecimento de "du". Quando vão pai, mãe e filho, o nome é "trio". No caso do analista de suporte Flávio Alcântara, de 38 anos, em que só ele apareceu, a expressão ideal seria "nada feito".

FILIPE ARAUJO/AE
FILIPE ARAUJO/AE
Minoria. Flávio é um dos poucos homens a ir ao Imesc

Flávio é um caso pouco comum nas cadeiras de plástico rígido da sala de espera que acomoda cerca de 70 famílias por dia. Há visivelmente mais mulheres esperando pais que não aparecem do que o oposto. O não comparecimento de uma das partes, segundo dados do instituto, é de 30% a 40%.

Enquanto aguarda pacientemente as "outras partes", entre as 9h30 e o meio-dia de quarta-feira, Flávio conta que sempre se sentiu constrangido, mesmo em família, de dizer que achava que o filho não era dele; mas agora que a avó materna pediu a guarda do menino e, em seguida, pensão alimentícia, ele já se permite até usar a palavra "corno" - sabendo que vai ser publicada no jornal.

"Há mais de um ano pago R$ 2 mil de pensão (ou 30% de seu salário). Não gasto isso com cada um dos meus dois outros filhos (de 7 e 3 anos, que teve em um casamento posterior)", afirma o analista, que diz ter namorado a ausente durante seis anos, há cerca de 15. Conta que eles já estavam separados quando ela apareceu grávida mas, mesmo assim, assumiu o filho, registrou e ajudou a criar. Agora, "como o garoto se bandeou para o lado da avó, não faço questão de continuar fazendo o papel de pai".

Não existe uma lei que determine o número aceitável para ausências de requeridos no Imesc. Alguns juízes dão até dez oportunidades; outros, depois de três já supõem a paternidade - ou a não-paternidade, se é a mãe que não comparece.

12 pais. A advogada Juliana Lugani, que assessora a visita do Estado ao instituto, poderia escrever um livro sobre as histórias que presencia. Diz que já houve casos de crianças com 12 supostos pais. "Já vi mulher traída que engravidou de outro, e chamou o primeiro para fazer o teste, sabendo que não era o pai, só para expô-lo nos mutirões que a gente faz pelo interior", conta.

Quem mora no interior não precisa vir à capital. A descentralização do teste abrange 11 cidades, entre elas Ribeirão Preto e Sorocaba, além dos mutirões. Para requerer o teste de paternidade, o primeiro passo é entrar com um pedido na Defensoria Pública. Ali, o requerente precisa provar que não pode arcar com o procedimento. Uma vez iniciado o processo, é preciso alguma paciência.

"Entrei com o pedido na defensoria há quatro anos. Já tinha até me esquecido", diz a auditora de vendas Leni Alessandra da Silva, de 26 anos, com o filho Flávio, de 7. Ela namorou o pai do menino por dois anos. Ele não apareceu para fazer o teste. Idem o ex-namorado da operadora de telemarketing Camila Araújo, de 27; ela afirma que a filha Ana Caroline, de 2, "nasceu de seis meses".

Antes que alguém pense que a quarta-feira foi um fiasco em termos de comparecimentos no Imesc, um dos poucos pais que ofereceram resignadamente o dedo para a picadinha topou conversar - sem se identificar. Casado, de 47 anos, outros quatro filhos, ele não nega que o bebê pode ser dele - mas, longe da mãe, de 30 anos, afirma que ela tinha outro amante. Ela parece ressentida: "Fez a bobagem, assume. Você tem dúvida de que ele é o pai? Olha os cílios dela..", diz, levantando o rosto da menina.

Maria Luiza Salum, de 54 anos, há 8 responsável pelo núcleo de coleta e controle de qualidade, reponde também pela manutenção da civilidade no local. Se alguém começa, por exemplo, a dar socos na mesa, ou a gritar, ela pede ordem no recinto. "Tinha gente que achava que aqui era o programa do Ratinho." Para garantir o rigor no resultado, o instituto relata todo o processo na chamada cadeia de custódia - desde a chegada do "du" ou "trio", seu registro e mútuo reconhecimento, até a aferição.

De saída do Imesc, Flávio diz que agora depende do humor do juiz. É ele quem deve decidir se a mãe do garoto vai ter outra chance. "Se o juiz acordar virado no dia da decisão, ferrou."


21/10/2006 - 08h00m

FILHA DE PELÉ QUERIA VER O PAI NO HOSPITAL, DIZ MARIDO

Em entrevista ao G1, genro de Pelé afirmou que a esposa manifestou esse desejo durante internação na UTI



Ardilhes Moreira, do G1, em São Paulo


Foto: Divulgação
Sandra Arantes entrou na Justiça em 1991 para ser reconhecida filha do Rei

Dias antes de morrer de câncer de mama, a vereadora santista Sandra Arantes do Nascimento manifestou a intenção de ver o pai, Pelé. O pedido foi relatado ao G1 pelo viúvo de Sandra, o pastor evangélico Oséas Felinto. Pelé não visitou a filha de 42 anos no leito. Não participou do velório. Não foi ao enterro. Preferiu mandar uma coroa de flores, em nome das Empresas Pelé

Quando Sandra expressou o desejo de encontrar o pai com o qual tinha uma relação difícil, estava internada e consciente no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Beneficiência Portuguesa, em Santos, a 85 km de São Paulo.

"Neste momento, Dona Anizia (Machado, mãe de Sandra) tomou uma atitude que nunca tomou, nunca pediu nada. Falou com a Lúcia, irmã dele. A Lúcia disse que ia falar com ele", contou Óseas. O viúvo lembrou também que uma assessora de Sandra também ligou para Pelé.

"Eu gostaria tanto de saber o que ele pensa", disse o pastor, enquanto se preparava na sexta-feira (20) para viajar a Curitiba com os filhos. É na capital paranaense que a família vai tentar se recuperar.

Distância dolorosa
Uma batalha judicial que durou seis anos criou um abismo entre Pelé e Sandra. Em 1996, ela foi reconhecida como filha, na Justiça, mas a relação continuou distante. A irmã de Pelé, Maria Lúcia do Nascimento Magalhães, afirma que eles só se encontraram duas vezes depois do fim do processo. O marido de Sandra ofereceu outra versão: pai e filha só teriam se visto nos tribunais mesmo.

Na quarta-feira (18), durante o velório, a sobrinha do ex-jogador Daniele Nascimento disse que o tio ficou chateado com o fato de Sandra ter procurado a Justiça antes de ter se entendido com ele. Daniele relatou também que Pelé também teria se afastado por causa da repercussão que a imprensa deu ao caso na época.

Maria Lúcia, irmã de Pelé, disse que houve uma supervalorização da história e que há detalhes que passaram despercebidos. Ela chegou a dizer durante o velório que ele teria perdoado a filha pela forma como o processo foi conduzido e que uma aproximação entre os dois seria inevitável. De fato, nos últimos anos, houve uma aproximação entre Sandra e parte da família de Pelé. Sandra e o marido chegaram a participar de orações pela libertação do meio irmão Edson Cholbi dos Santos, o Edinho, preso por associação ao tráfico de drogas.

Motivos

Para psicólogos e especialistas em terapia familiar, a aproximação entre filhos e pais depende da forma como as pessoas envolvidas tratam o assunto desde a infância. A professora e psicóloga Magadalena Mercedes Ramos, coordenadora do Núcleo de Casal e Família da USP, diz que é comum filhos, principalmente adotivos, terem problemas ao saber a identidade dos pais biológicos. Segundo ela, a aceitação depende muito do desenvolvimento da criança e do que foi dito a respeito do pai.

O caso de Pelé e Sandra foi o inverso, pois o pai não se aproximou da filha. Segundo a psicóloga, os bastidores da história são fundamentais para saber os motivos do Rei do Futebol insistir em manter distância da filha mesmo após o exame de DNA. "Não sei o que pode ter acontecido para ele não assumir", diz Magdalena. "Acho que àquela altura, ele não mancharia sua imagem se assumisse a filha. Também não sei que meandros a história teve. Ele é um cara muito inteligente, alguma razão deve ter tido, não me parece um gesto tão leviano", afirma.

Para a psicóloga e especialista em terapia familiar, Ceneide Maria de Oliveira Cerveny, a luta pelo reconhecimento de paternidade foi a forma que Sandra encontrou para reconstruir sua identidade. "Quando um filho não conhece 50% de onde ele veio, é natural que viva em busca de suas raízes", disse Ceneide. "Na verdade, ela ganhou um pai na Justiça, mas não de fato", disse a psicóloga que escreveu um livro sobre problemas familiares, no qual o caso de Sandra é citado.

Procurado pelo G1, o ex-jogador não foi encontrado para falar sobre o assunto.





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Fidel Castro, seis años fuera del poder cubano



El 31 de julio del 2006, el mítico presidente de Cuba delegó el cargo a su hermano Raúl por una grave enfermedad

13-08-2011






EFE / LA HABANA El expresidente cubano Fidel Castro celebra este sábado su 85 cumpleaños, el sexto desde que delegó el poder el 31 de julio de 2006 por una grave enfermedad. Esta es una cronología de los principales acontecimientos relacionados con Fidel Castro desde que dejó la presidencia en 2006:

2006

31/7: La televisión cubana informa de que Fidel Castro se ha sometido a una complicada intervención y delega provisionalmente en su hermano Raúl. Su estado de salud se convierte en "secreto de Estado".

7/8: Más de tres millones de trabajadores cubanos participan en mítines de apoyo a Castro, al PCC y su Gobierno. Intelectuales de numerosos países suscriben un manifiesto en el que condenan la política de EEUU hacia Cuba y piden que se respete su soberanía.

13/8: Se publica en Cuba la primera foto de Fidel tras su operación.

14/8: Aparecen en "Granma" y la televisión imágenes de Fidel Castro convaleciente en una cama, tomadas durante una entrevista con Hugo Chávez.

31/8: Primer cambio de Gobierno de Raúl Castro con el nombramiento como ministro de Informática y Comunicaciones del histórico comandante Ramiro Valdés.

5/9: Fidel Castro dice que ha superado el momento más crítico y que ha perdido más de 18 kilos.

2/12: Raúl Castro preside el desfile militar que conmemora el 50 aniversario del desembarco del Granma y ofrece abrir una negociación con EEUU.

11/12: El Gobierno cubano aprueba su primera norma para combatir el absentismo laboral y aumentar la productividad.

20/12: Raúl Castro dice que el Partido Comunista es el único sustituto de Fidel.

30/12: Aparece en prensa un mensaje de Castro en el que afirma que su recuperación "está lejos de ser una batalla perdida".

2007

29/3: Fidel Castro rompe su silencio con el primero de sus artículos en "Gramna" ("Reflexiones") en el que critica la conversión de alimentos en combustibles alternativos y el cambio climático.

5/6: La televisión cubana emite la primera entrevista desde que cedió el poder y dice que su enfermedad ya no es secreto de Estado.

18/6: Reconoce que estuvo "entre la vida y la muerte".

17/12: Fidel Castro afirma que su deber no es "aferrarse a cargos" sino "aportar experiencias e ideas".


2008
20/01: Fidel es reelegido, con el 98,2% de los votos, diputado de la Asamblea Nacional del Poder Popular, por Santiago.

19/02: Anuncia que no aceptará ni aspirará a un nuevo mandato como presidente del Consejo de Estado y Comandante en Jefe.

24/02: El Parlamento elige a Raúl Castro como presidente de Cuba.

2009

02/03: Raúl Castro realiza una profunda remodelación de su Gobierno, del que salen el canciller Felipe Pérez Roque o Carlos Lage, secretario ejecutivo del Consejo de Ministros y vicepresidente del Consejo de Estado.

Al día siguiente, Fidel Castro niega que los cambios sean el reemplazo de "fidelistas" y los llama indignos.

24/08: La televisión estatal cubana muestra el primer vídeo del expresidente en 14 meses.

9/12: Fidel Castro critica que Barack Obama haya aceptado el Premio Nobel de la Paz.

2010

24/02: El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se reúne con Fidel Castro en un día crítico por la muerte en la isla del preso político Orlando Zapata que llevaba 85 días de huelga de hambre.

7/7: El Gobierno de Raúl Castro anuncia que liberará gradualmente a 52 presos políticos. Ese mismo día, Fidel Castro visita el Centro Nacional de Investigaciones Científicas (CNIC) en La Habana, en su primera aparición pública desde que enfermó en 2006. La noticia se conoce tres días después.

25/7: Castro vuelve a usar su camisa verde olivo en un acto de homenaje a combatientes del fallido asalto al cuartel de Moncada.

26/7: De nuevo vestido con camisa militar Castro rinde homenaje al héroe cubano José Martí y se reúne con artistas e intelectuales.

30/7: Afirma que se ha repuesto "totalmente" en un encuentro con jóvenes.

2011

22/03: Confirma que renunció al cargo de primer secretario del PCC en 2006, cuando enfermó y se apartó del poder.

19/04: Asiste al acto de clausura del VI Congreso del PCC junto a su hermano, el presidente Raúl Castro, que le releva como primer secretario de la organización.

17/06: Raúl y Fidel Castro visitan al gobernante venezolano Hugo Chávez, que se recupera en La Habana de una operación quirúrgica y con quien trataron cuestiones bilaterales e internacionales.

03/07: Fidel Castro considera que el presidente venezolano ha librado con resultados "impresionantes" una "batalla decisiva" contra el cáncer en un artículo titulado "Una declaración brillante y valiente".







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26/10/2008 free counters

Juíza Patrícia Acioli: ‘Não acredito que vou morrer por causa do meu trabalho’



Numa tarde em seu gabinete, há alguns dias, a juíza Patrícia Lourival Acioli, concedeu a O SÃO GONÇALO o que seria sua última entrevista, antes de ser assassinada. O texto já estava editado e para sua publicação faltava apenas uma sessão de fotos, que a juíza adiava dia após dia. “Vocês já têm fotos minhas no arquivo. Pode publicar com elas mesmos”, argumentava. É com essas fotos do nosso arquivo, que O SÃO GONÇALO leva aos leitores um relato inédito da atuação da magistrada, que estava 11 anos à frente do Tribunal do Júri de São Gonçalo, município com média histórica nos últimos 10 anos, de um homicídio por dia, conforme dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro. “Já tive notícias que queriam me matar. Medo de morrer todos nós temos, mas ter medo de morrer é uma coisa e deixar de fazer o meu trabalho por isso é totalmente diferente. Não acredito que vou morrer por causa do meu trabalho”, afirmou Patrícia Acioli. Infelizmente, para ela e para São Gonçalo, a juíza estava errada.

O SÃO GONÇALO -Nesses 11 anos à frente do Tribunal do Júri de São Gonçalo, a senhora já recebeu alguma ameaça? Já foi ameaçada de morte?

Juíza Patrícia Acioli -Eu já tive notícias que queriam me matar.

OSG - E a senhora tem medo de ser morta?

Patrícia Acioli - Medo de morrer todos nós temos. Mas, agora, ter medo de morrer é uma coisa e deixar de fazer o meu trabalho por isso é totalmente diferente. Eu não acredito que vou morrer por causa do meu trabalho. É uma questão filosófica que prefiro me abster, mas acho que quando a gente age buscando uma coisa efetivamente concreta, você tem uma proteção. Então, eu não acho que vou morrer em decorrência do meu trabalho.

OSG - Os policiais falam que está muito difícil trabalhar em São Gonçalo...

Patrícia Acioli
- Sabe por que está difícil trabalhar? Porque a gente vai verificar se o trabalho deles está sendo em legítima defesa ou não. Por exemplo, se você está agindo legitimamente, se você está num confronto e matou num confronto e você agiu com a força naquele confronto. O que eu constato é a inversão dos valores. O certo passa a ser errado e o errado passa a ser certo. Eles têm lá um esquema que um não pode delatar o outro. Se eu vejo um policial roubando, extorquindo do outro ali, eu não vou contar para o meu chefe? Ou não vou tomar medidas cabíveis porque ele é meu colega? Ele não é seu colega. Ele é ladrão, ele é bandido. Ele tem que ser preso por você. Você não é igual a ele. Mas no meio policial acaba havendo uma inversão de valores. Acaba que, quem delatou, o cara começa a ser execrado. Então você pergunta por que eles temem meu trabalho? Eles não temem o meu trabalho. Eles temem o trabalho de qualquer pessoa que vá fiscalizar o trabalho deles, qualquer pessoa que vá se contrapor ao trabalho deles ao verificar. A diferença minha para os meus outros colegas é que eu vou lá. O que me trazem escrito, eu vou ver mesmo se aquilo combina. Aliás, eu faço isso apenas naquelas situações em que eu tenho ação penal e geralmente é requerimento do Ministério Público, que quer um reconstituição, uma reconstrução dos fatos. Mas isso não tem que ser verificado por mim. Os delegados de polícia da cidade são os responsáveis por esse tipo de investigação.

OSG - A senhora disse que o local do crime precisa ser preservado, mas a foi sua a determinação de impedir o PM de socorrer?

Patrícia Acioli - Não, nada disso. Não poderia dar uma determinação dessas. Porque quem sabe como tem que agir é quem está lá. São reuniões realizadas entre o Ministério Público, a PM, delegados, peritos e o Corpo de Bombeiros para resolver essas questões referentes aos autos de resistência. Vocês estão vendo como é o mito? Os argumentos que os PMs usavam é que a perícia demorava 50 horas para chegar, que o bombeiro que eles acionavam nunca chega ao local para fazer o socorro adequado. Então, o que gente pede aos policiais é que eles ajam da mesma forma que agiriam dentro de qualquer outra situação de uma tentativa de homicídio. Quando eles chegam ao local para apurar uma tentativa de homicídio e constatam que a vítima já é cadáver, eles não preservam o local? Então, quando se tratar também de autos de resistência que eles façam a mesma coisa.

OSG - Ao longo desses 11 anos a senhora foi usou sempre muito rigor na punição a crimes cometidos por policiais, os chamados autos de resistência...

Patrícia Acioli
- Recentemente, o Ministério Público de São Gonçalo, que foi pioneiro nisso, resolveu fazer um pente fino. Em áreas de favelas, ou guetos, os policiais tinham um comportamento de “política de enfrentamento”. Então, o MP fez um estudo dessas ocorrências e constatou abusos e crimes cometidos por policiais. Na verdade, estes policiais cumprem determinações superiores. Mas se você conversar com eles, jamais vão dizer isso. E os superiores muito menos. Eles oficiosamente dão determinações que não constam em lugar nenhum por escrito. E, quando chamados às suas responsabilidades, eu digo os oficiais, os comandantes, dizem “não, eu nunca mandei fazer isso, só mando cumprir a lei e fazer estritamente o que a lei determina”.

OSG - O crime cometido por um policial é pior?

Patrícia Acioli - Para mim, crimes praticados pelos agentes públicos, são desvios de conduta. Porque a gente não pode imaginar que o poder público queira que alguém pratique crime. Como é policial, poderia ser um médico, um dentista, um advogado, engenheiro, juiz, jornalista. A profissão que o cara exerce é indiferente. Ele é criminoso, que por um acaso fez um concurso para a PM ou resolveu ser criminoso depois que entrou para a polícia. Isso aí seria o caso das milícias, o caso do tráfico, o caso dos grupos de extermínio. Eu estou me referindo a um outro tipo de situação que é muito mais grave. Porque o cara quando faz a opção de ser bandido, ele vai ser bandido dentro ou fora da polícia. Se ele não conseguir passar para a polícia, vai continuar sendo bandido e depois que ele passou no concurso ele ainda vai ser bandido. Aí a gente tem autoridade envolvida no crime? Não. A gente tem ser humano envolvido no crime.

OSG - E nos casos de autos de resistência?

Patrícia Acioli - É uma coisa muito diferente, porque não estamos falando de criminosos, mas sim de policiais que, em tese, estão cumprindo determinações passadas. Na realidade, só temos vítimas nessa situação. As vítimas de lá, que vão receber esse tipo de tratamento dos PMs, as vítimas policiais porque vão responder por tudo que fizerem. Você já viu algum coronel sentado no banco dos réus?

OSG - A senhora acha que as pessoas aceitam a violência e os excessos praticados contra criminosos?

Patrícia Acioli - Não importa se são traficantes, se é ladrão. Não está escrito no código penal: “pode matar traficante, matar ladrão”. Então, traficante, ladrão, quem é que seja, estão todos submetidos à mesma lei. Se estamos querendo prendê-los, estamos dizendo que estão descumprindo a lei, que é equivocada a forma dele agir, como é que vamos nos apresentar para prendê-lo já descumprindo a lei?

OSG - E os policiais têm noção disso?

Patrícia Acioli - O policial vai para uma comunidade dessa e é confrontado, afrontado de uma forma tal que, se ele não atirar, morre. Então ele já vai para lá com medo. Já se botou na posição de um policial, uma pessoa que é muito mal remunerada? Vamos falar do policial do bem, que têm muitos por aí. Um cara que não é ladrão, que não vive de falcatrua, um cara que cumpre sua determinação, que honra a farda que veste. Ele ganha mal, ele se expõe à beça, é profundamente cobrado, não tem nenhum tipo de apoio psicológico, de infra-estrutura assistencial. Ninguém quer saber se ele está com algum problema, se o filho dele está doente, se a mulher dele o chifrou, se ele está com algum problema de ordem econômica, ninguém quer saber. O cara ganha mal, é mal treinado, e lhe dão uma arma na mão. Muitas vezes ele não sabe nem o poder e o potencial de tiro que aquela arma tem, essa é a verdade. Tem um processo que eu observei, e não posso falar onde (risos), em que um policial pegou um fuzil para atirar e ele nem sabia que um fuzil tinha uma posição intermitente, posição rajada, não sabia mexer na arma que estava manuseando. Isso pode causar uma tragédia de grandes proporções. Então, na realidade, nós temos vítimas de todos os lados.

OSG - E isso tudo inspirou essa ação do Ministério Público?

Patrícia Acioli - Essas ações penais foram deflagradas e esse movimento começou aqui por São Gonçalo. Começou porque nós temos um promotor de Justiça que é super atuante, o Dr. Paulo Roberto, que é uma pessoa extremamente responsável. E nós tínhamos que tentar motivar o poder público, pelo menos local, o batalhão, os delegados de polícia, os peritos legistas, os médicos, para eles cumprirem a lei que é de 1940, que determina o que se chama de autos de resistência: que se tem que fazer a perícia do local, que não pode se desfazer o local do crime. Mesmo que o cara chegue no hospital com a cabeça de um lado e corpo de outro ele foi socorrido pelo policial. Mas independente dessa questão, existem outras questões que devem ser postas. Ainda que ele socorra a vítima, vamos imaginar que esteja viva, o local continua tendo que ser preservado. Ele não está alegando que foi recebido a tiros? Se não pegou no policial e não pegou na viatura, foi parar em outro lugar. Então o local tem que ser periciado, para que efetivamente essa dinâmica do que ele narra seja posta, depois que aquela perícia terminar vai se confrontar com o exame cadavérico, para se verificar se realmente é possível, pela narrativa que eles contam da história. É uma responsabilidade do policial militar, isso está lá no regulamento deles, preservar o local. E é dever da autoridade policial se dirigir ao local nos crimes onde há vestígios. Se ela não pode ir em pessoa, que mande um agente dela ir verificar aquilo. Se a lei fosse cumprida, essas situações dúbias iam se resolver de uma forma muito mais tranqüila. O policial vai ter mais segurança para exercer a atividade profissional dele e o cidadão vai ter mais segurança quanto ao exercício dessa atividade policial. Crimes praticados por agentes do Estado, para mim, são esses, onde o agente do Estado pratica o crime exercendo sua profissão. E digo que ele é mais vítima do que autor. Porque, infelizmente, covardemente, os que determinam eles cumprirem isso não assumem.

OSG - Mais os policiais que matam repetidamente?

Patrícia Acioli - Continua sendo vítima, pois quando ele retorna ao batalhão e fala que matou seis num confronto, ninguém vai verificar como ocorreram essas mortes. As pessoas não vão verificar o local, não vão investigar se aquilo aconteceu de verdade. Todo policial, em qualquer país civilizado, seria retirado das ruas. Se ele participou de um confronto que matou seis pessoas, ainda que legitimamente, você acha ele tem condições de entrar em outro confronto no dia seguinte? E o fator psicológico desse profissional? Em qualquer polícia, de qualquer lugar do mundo, esse policial não vai voltar à rua no dia seguinte como se nada estivesse acontecido. Vai se investigar, vai se apurar de verdade o que aconteceu sobre o confronto que ocorreu, ele vai ser afastado um pouco, vai receber atendimento. Porque uma pessoa de bem... você imagina matar seis pessoas em um dia no exercício de sua função? Isso não é possível. A gente aqui, quando condena pessoas, aquilo tudo passou por um processo, por uma ação penal. Graças a Deus nós não temos pena de morte, nem mesmo pena de prisão perpétua. Pelo contrário, aqui, no Brasil, um cara que é condenado há 30 anos, que é a pena máxima, se o crime for hediondo, ele fica apenas dois quintos da pena, e depois volta para o convívio social. A gente fica mal. Imagina você no exercício da sua função ter matado pessoas...

OSG - Apesar de a senhora achar que esses policiais são na maioria das vezes vítimas, por que eles temem tanto o seu trabalho?

Patrícia Acioli - Isso você tem que perguntar para eles. Eu não sei porque eles temem o meu trabalho. Acho que, na realidade, eu não vou concordar com você. Não acho que os policiais temem. Eu acho que vendem uma imagem do meu trabalho, que é muito conveniente.

OSG - Quem vende?

Patrícia Acioli - Aí eu não sei.

OSG - É a imprensa?

Patrícia Acioli - Não, de forma alguma. A imprensa noticia. Pelo menos nunca me vi nessa situação de ser endiabrada pela imprensa. Acho que vocês noticiam os fatos, pelo menos no que diz a minha pessoa.

OSG - Mas que eles temem o seu trabalho eles temem...

Patrícia Acioli - Isso é uma cultura, né? Isso é muito interessante, porque quando você teme alguém, você tem medo daquilo. Você não quer saber, você não conhece, você não se interessa. Mas ninguém diz, por exemplo, que eu acordo às seis hora da manhã, não só eu, mas eu e os promotores. Nós vamos lá para o batalhão dar palestra, para explicar como eles devem trabalhar, como devem fazer nessas situações.

OSG - Voltando aos autos de resistência. Esse pente fino que está acontecendo, desde essas reuniões, tem muito policiais respondendo desde 2001, 2002...é devido a esses inquéritos?

Patrícia Acioli - Esses inquéritos não estavam parados. Eles estavam em andamento. Agora, uma pessoa tem condição de resolver 7 mil inquéritos? Lendo um por um, examinando? Eu já falei para vocês, apenas 4% dos homicídios do Estado são apurados. Os outros 96% são inquéritos. Aí é um problema muito maior do que estamos aqui para resolver, então, o que aconteceu, é que o Ministério Público resolveu fazer realmente um pente fino, passar um pente fino nessas situações específicas de autos de resistência, e aí sim tomar providências.

OSG - Com relação à atuação de grupos de extermínio, de milícias, nesses 11 anos de trabalho aqui em São Gonçalo, o que está mais disseminado: os grupos de extermínios ou as milícias?

Patrícia Acioli - No início, eram os grupos de extermínio, mas eles são os embriões das milícias. Todo grupo de extermínio, a forma com que os grupos de extermínio foram organizados, acabaram sendo os embriões das milícias. Isso aí não é só aqui na nossa cidade, é em todo o Estado.

OSG - Se uma pessoa é testemunha de um crime, qual o conselho que a senhora daria para ela?

Patrícia Acioli - Procure a autoridade competente e relate. Se você tem medo de procurar a delegacia de polícia, procure o Ministério Público. Porque essa falsa idéia de que se ficarmos com boca fechada estaremos protegidos, isso é uma mentira. Porque na realidade, você vai sempre representar uma ameaça, então se você representa uma ameaça para outra pessoa ela pode te matar também. Então o conselho que eu dou é que procure uma autoridade competente e fale. Se tem medo da autoridade policial, procure o Ministério Público.

OSG - Pelos casos que a senhora conhece, de pessoas que procuraram a autoridade policial, o MP, a senhora acha que o Estado está preparado para dar proteção a essa testemunha?

Patrícia Acioli - Aqui temos 100% de eficiência em termos de resultados. O Estado não está preparado para dar proteção, não, mas mesmo sem a proteção do Estado ela vai estar mais protegida falando do que em silêncio. Porque quando você fica em silêncio é muito simples: só eu sei que você sabe. O “eu” é o assassino, então, se você morrer, a sua investigação, a sua morte, só vai ser mais uma.

OSG - É porque a gente tem visto casos de testemunhas que perderam a vida, pela falta de proteção do Estado...

Patrícia Acioli - Aqui em São Gonçalo nenhuma. A que perdeu a vida aqui largou o serviço de proteção por vontade própria. Ele foi para a área onde ele não podia ir pelas suas próprias pernas. Agora, nós não temos aqui na Vara nenhum caso de testemunha que tenha sido assassinada sob proteção ou mesmo sem proteção do Estado. Nós temos duas que foram assassinadas, as duas, com o da van são três... Então, as três que foram assassinadas, todas as três estavam em local que elas não poderiam estar.


Enviado por Ari Lopes, Gustavo Carvalho e Kiko Charret 12/8/2011 23:25:12




Disque-Denúncia no RJ já recebeu 53 informações sobre morte de juíza

Maioria das informações é sobre possíveis autores do crime, diz central.
Juíza Patrícia Acioli foi morta a tiros na porta de casa, em Niterói.

Do G1 RJ

O Disque-Denúncia já recebeu, até as 18h10 deste sábado (13), 53 informações sobre o assassinato da juíza Patricia Acioli, na madrugada de sexta-feira (12), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a central, a maioria das informações é sobre possíveis autores do crime.

O serviço funciona 24 horas por dia e o anonimato é garantido. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (21) 2253-1177.

A juíza Patricia Acioli foi assassinada na porta de casa, em Niterói, na Região Metropolitana. Segundo o delegado titular da Divisão de Homicidio, Felipe Ettore, ela foi atingida por 21 tiros: "A juíza sofreu uma emboscada, foi alvejada por 21 disparos e agora estamos investigando o autor e o mandante da execução", disse ele.

Pela manhã, a chefe de Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, esteve por cerca de três horas na Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, reunida com investigadores para acompanhar as novidades sobre o caso. No entanto, ao deixar a DH, a delegada afirmou que este é um momento de silêncio e objetividade nas investigações

"A nossa presença hoje foi para continuar conversando com o Dr. Felipe (Ettore), que investiga o caso, e só dizer que esse é o momento de trabalhar, de silêncio para analisar todas as informações e trata-las com coerência, com cuidado. Por isso o silêncio é importante", afirmou.

O delegado Felipe Ettore também preferiu não dar detalhes sobre a linha de investigação da polícia. O presidente da Associação de Magistrados do Brasil, desembargador Nelson Calandra, também esteve na DH. Em breves palavras, ele criticou o sistema penal brasileiro.

"A juíza Patrícia Acioli é uma vítima da covardia de organizações criminosas e de um sistema processual penal onde sua excelência é o réu e não o juiz, onde as pessoas cometem um crime de morte e saem pela porta da frente, junto com a família da vítima”, disse o desembargador.

E completou: "Não há um sistema de segurança para toda a magistratura brasileira que deve ser traçado pelo Ministério do Trabalho. O ministério tem obrigação de nos dar apoio logístico necessário. O que fazemos em tribunais de todo o Brasil é tirar o policial combatente na rua e colocar no nosso corpo de segurança. Uma coisa é combater a criminalidade na rua, outra coisa é garantir a segurança de juízes. A dor da associação é profunda, mas nossa indignação é maior. Vamos tomar providências seriíssimas", disse Calandra.

Pelo menos 18 pessoas já foram ouvidas sobre o crime. Entre as testemunhas, o namorado da juíza, o Policial Militar Marcelo Poubel, que falou durante mais de 6h na DH.

Enterro da juíza Patrícia Acioli (Foto: Wilton Júnior/Agência Estado)Enterro em Niterói reuniu centenas de pessoas
(Foto: Wilton Júnior/Agência Estado)

Morta com 21 tiros
Patricia assassinada na madrugada de sexta-feira (12), na porta de casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Ela foi atingida por 21 tiros, segundo o delegado titular da Divisão de Homicídio, Felipe Ettore.

"A juíza sofreu uma emboscada, foi alvejada por 21 disparos e agora estamos investigando o autor e o mandante da execução", disse. Segundo Ettore, 60% do efetivo da DH trabalha na investigação. Segundo investigadores, os dois calibres das armas usadas no crime (.40 e .45) são de uso restrito da polícia. O corpo de Patrícia foi enterrado na tarde de sexta-feira.

Marcada para morrer
O nome de Patrícia estava em uma lista de doze pessoas marcadas pra morrer, segundo investigadores. O documento foi encontrado com Wanderson da Silva Tavares, o Gordinho, acusado de ser chefe de uma milícia em São Gonçalo, preso em janeiro deste ano em Guarapari, no Espírito Santo.

De acordo com fontes da polícia, nos últimos dez anos a juíza foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio.

Em setembro do ano passado, seis suspeitos, ente eles quatro policiais militares, foram presos. Segundo as investigações, todos faziam parte de um grupo envolvido no assassinato de 11 pessoas em São Gonçalo. A juíza Patricia Acioli foi quem expediu os mandados de prisão.


Ela trabalhava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo e tem um histórico de condenações contra criminosos que atuam na cidade, como quadrilhas que agem na adulteração de combustíveis e no transporte alternativo, entre outros crimes.

Escolta
Segundo o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, Patrícia nunca pediu escolta, mas, por iniciativa do Tribunal, teve proteção intensa de 2002 a 2007, com três policiais fazendo a sua segurança 24 horas por dia.

Em 2007, o Departamento de Segurança Institucional do TJ avaliou o caso e verificou que não havia mais necessidade de segurança intensa. O TJ colocou, então, à disposição da juíza um policial para fazer sua segurança.

Mas, segundo ele, a juíza dispensou a proteção. O presidente disse ainda que é muito comum os juízes pediram para serem liberados da segurança porque ela interfere na liberdade dos magistrados.

O presidente disse ainda que, tão logo os assassinos sejam identificados, serão enviados para presídios federais fora do estado do Rio. Rebêlo informou também que está criando uma comissão de três juízes para assumir a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. O grupo dará andamento aos processos contra as milícias e máfias de transporte ilegal.

Mapa crime juíza Niterói (Foto: Arte/G1)

Rebêlo explicou que a iniciativa de reduzir ou retirar a escolta de um juiz "não é feita em cima da perna". Segundo ele, é resultado de um estudo minucioso, com base numa série de diligências e informações.

AMB e OAB
O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros falou sobre a escolta da juíza. "Esta juíza, ela foi ameçada, andou com escolta e depois que casou com um PM dispensou a escolta. Ela é mulher, tem 3 filhos, andar com agentes é uma situação que pode ter causado incômodo", explicou.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou que o crime "foi uma barbaridade contra um ser humano e, sobretudo, contra a Justiça brasileira e o Estado de Direito". Ele exigiu rigorosa apuração do crime e punição dos culpados.

'Crime encomendado', diz primo da vítima
Patrícia Acioli era considerada uma profissional 'linha dura'. Para o primo da vítima, Humberto Nascimento, não há dúvidas que se trata de uma execução.

"A Patrícia recebia ameaça. Há pelo menos 5 anos ela vinha sendo ameaçada. Ela era considerada uma juíza linha dura, martelo pesado que chama, com condenação sempre na pena máxima. Ela estava assim tão despreocupada que o carro dela não é blindado, (a casa) também não tem portão eletrônico, quer dizer ela iria sair do carro de qualquer maneira para abrir. Então já era uma coisa encomendada, foi coisa de profissional", disse o primo da vítima, Humberto Nascimento, à Globonews.




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