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sábado, 31 de maio de 2008

Autor da Record critica "Duas Caras" e propõe final alternativo

Tiago Santiago, autor das novelas "Caminhos do Coração" e "Os Mutantes", em grupo de discussão sobre o último capítulo de "Duas Caras", criticou o final da novela, e propôs um desfecho alternativo para os personagens Ferraço e Renato. Em seu final, Ferraço morreria em uma rebelião na prisão, e, por isso, Renato cresceria drogado e revoltado contra sua mãe Maria Paula.

(MUUUUUITO " EDIFICANTE " ESSE COMENTÁRIO , LEMBRANDO QUE ELE TRABALHA NUMA EMISSORA QUE PERTENCE A MEMBROS RELIGIOSOS QUE SOBREVIVEU MUITO TEMPO, SE É QUE AINDA NÃO SOBREVIVE , DE DIZIMOS DE FIÉIS)

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26/10/2008 free counters

Advogado Marco Polo Levorin considerou 'grave' PM ser suspeito de pedofilia.
Tenente foi quem comandou varredura no prédio de onde Isabella caiu.
Do G1, em São Paulo

O advogado Marco Pólo Levorin, um dos três que defendem o casal Nardoni, considerou
“muito grave” a notícia de que o tenente da PM Fernando Neves, que coordenou a varredura no prédio de onde Isabella foi jogada, tinha ligações com uma rede de pedofilia, segundo a polícia. Em entrevista ao G1 neste sábado (31), ele pediu uma investigação mais profunda do caso. “Qual é a credibilidade das declarações desse policial face a essas circunstâncias?”, afirmou.


Na ocasião, o tenente afirmou que havia feito uma varredura “minuciosa” no Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, onde o pai de Isabella morava. No dia 29 de março, ela foi jogada do sexto andar após ter sido agredida. O casal está preso desde o dia 7 de maio, acusado do crime. Desde o início, os réus dizem que uma terceira pessoa entrou no apartamento e cometeu o crime.

Veja cobertura completa do caso

“Esse fato veio a confirmar nossas afirmações de que a investigação tem de ser ampliada. Todas as pessoas que estiveram ali (no prédio) precisam ser muito investigadas”, defendeu Levorin. De acordo com o advogado, as cerca de 600 pessoas que fariam parte da rede de pedófilos, na qual estaria incluída o tenente Neves, devem ser ouvidas pela polícia “para ver se existe relação com os fatos (a morte de Isabella)”.

Na segunda-feira (2), a defesa do casal deve apresentar à Justiça a lista com as testemunhas de defesa chamadas para o processo. Rogério Neres, que também defende os réus, não quis apontar o número de pessoas requisitadas, mas disse que o número passa de dez.


“Vamos definir (a lista) no início da manhã, já que o funcionamento do fórum vai até as 19h”. Segundo ele, a defesa estuda chamar para depor os peritos George Sanguinetti e Delma Gama, contratados para analisar os laudos oficiais da perícia sobre a morte da menina.

Suspeita de pedofilia

A polícia investiga 600 pessoas por suspeita de envolvimento com uma rede de pedofilia. Entre os acusados, estava um tenente da PM.

Seiscentas pessoas estão sendo investigadas em São Paulo por suspeita de envolvimento com uma rede de pedofilia. Entre os acusados, estava um tenente da PM que atendeu a ocorrência do caso Isabella. O oficial se matou quando policiais cumpriam um mandado de busca e apreensão no apartamento dele.

Apenas alguns parentes acompanharam o enterro do tenente da Policia Militar Fernando Neves em Penápolis, interior de São Paulo. O pai dele passou mal e precisou ser socorrido.

O oficial da PM se matou dentro de casa quando policiais chegaram para procurar provas do envolvimento dele com pedofilia.

Ele foi um dos policiais militares que atenderam à ocorrência do crime da menina Isabella. Apesar da acusação de pedofilia, os dados do processo do caso Isabella mostram que o tenente não está envolvido na autoria do crime.

“Em hipótese nenhuma. Ele estava de serviço. Qualquer tipo de abandono de posto é fácil de ser retratado e denunciado”, disse Marcelino Fernandes da Silva, capitão corregedor da PM.

Computadores usados pelo policial também foram apreendidos na casa do pai e do sogro, no interior do Estado.

Os CDs e os computadores vão para a perícia na segunda-feira. A polícia espera que a análise das informações aponte quais pessoas estão envolvidas na rede de pedofilia. O computador que estava no quartel onde o tenente trabalhava também foi apreendido.

A rede de pedofilia começou a ser investigada no mês passado. O operador de telemarketing, Marcio Aurélio Toledo, apontado pela policia como intermediário entre adultos e crianças, está preso. No computador dele foi encontrada uma relação de 600 pessoas, todas serão investigadas.

“As ligações indicam que ele falava que tinha crianças, da preferência da pessoa”, falou o delegado André Pimentel.

Os representantes da CPI da Pedofilia e do Ministério Público esperam fechar um acordo, na próxima semana, com diretores de grandes sites na internet. Esses provedores deverão desenvolver ferramentas que retirem do ar, automaticamente, páginas com conteúdo ligado à pedofilia.

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26/10/2008 free counters

Com suicídio de PM, defesa do casal Nardoni critica investigação

da Folha Online

O advogado Marco Polo Levorin, defensor de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, casal acusado de assassinar a menina Isabella, disse que espera uma investigação mais aprofundada sobre as pessoas que estavam no edifício London na noite do crime, ocorrido no último dia 29 de março.

No local estava o tenente da Polícia Militar Fernando Neves Braz, que cometeu suicídio na manhã de ontem após ser acusado de integrar uma rede de pedofilia em São Paulo, fato que deixou a defesa do casal Nardoni "perplexa". "O fato reforça o nosso argumento de ampliação das investigações", disse Levorin. "Todas as pessoas presentes no local do crime deveriam ter sido investigadas", completou.

O tenente Braz comandou a equipe de 30 policiais que fez uma varredura no edifício London, na Vila Isolina Mazzei (zona norte), logo após a menina Isabella Nardoni, 5, ter sido jogada pela janela do sexto andar. Os policiais procuravam um suposto ladrão. Para o advogado dos Nardoni, é importante esclarecer se o suposto envolvimento do tenente com pedofilia interferiu de alguma forma no caso Isabella. "A acusação é muito forte e perplexa. A gente espera que haja uma investigação profunda sobre isso", afirmou Levorin.

Defesa

Na próxima semana, a defesa do casal Nardoni vai estar focada no arrolamento das testemunhas de defesa do caso, o que deve ser feito na segunda-feira (2). Os advogados também esperam que o TJ (Tribunal de Justiça) julgue o pedido de habeas corpus a favor do casal na mesma semana.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou na última terça-feira (27) o pedido de habeas corpus feito pela defesa do casal. A decisão da Quinta Turma da corte foi unânime. Os cinco ministros entenderam que o STJ não poderia julgar o mérito do habeas corpus por força da súmula 691 do STF (Supremo Tribunal Federal), que veta a concessão de pedido liminar quando a instância anterior não apreciou o mérito da questão.

A defesa busca obter a liberdade do casal argumentando não haver justa causa para a prisão preventiva por não terem sido observados os requisitos previstos em lei que possibilitam a prisão de suspeitos.

Alexandre, pai de Isabella, está preso na penitenciária 2 de Tremembé (138 km de São Paulo), para onde foi transferido do Centro de Detenção Provisória 2, em Guarulhos (Grande SP). Anna Carolina está presa na Penitenciária Feminina também de Tremembé.



Defesa do caso Isabella estuda desqualificar buscas


Plínio Delphino, Diário de S. Paulo

Tenente conversa com Alexandre Nardoni no dia da morte de Isabella. Foto: Reprodução TV Globo

SÃO PAULO - O advogado Marco Polo Levorin, que coordena a equipe de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, diz ter ficado impressionado com o envolvimento do tenente Fernando Neves Braz em pedofilia. O oficial foi um dos primeiros policiais a chegar ao edifício London, na zona norte da capital, no dia 29 de março, quando a menina Isabella Nardoni foi agredida e jogada do sexto andar. O casal é acusado pelo crime, mas nega qualquer participação. Em depoimento à Justiça, os dois afirmam que uma terceira pessoa estava no apartamento da família e agrediu Isabella. Eles ainda dizem que foram intimidados por policiais. O tenente Braz comandou as buscas a um suposto ladrão no prédio e garantiu que não havia nenhum estranho no local.

- Essa questão é muito complexa e terá implicações sérias no caso. Estamos analisando até que ponto as informações prestadas por ele podem ter validade - disse o advogado.

A corregedoria da Polícia Militar, no entanto, descartou a participação do oficial no crime. O tenente se matou nesta sexta-feira, depois de ser acusado de envolvimento em uma rede de pedofilia.

- Há necessidade de se investigar bem as circunstâncias da morte de Isabella antes de tirar conclusões. Veja o exemplo do caso desse tenente. As informações dele foram recebidas com força e, só agora, descobriu-se que estava envolvido em pedofilia - afirmou Levorin.

" A questão é muito complexa e terá implicações sérias no caso. Estamos analisando até que ponto as informações prestadas por ele podem ter validade, diz advogado. "

Segundo Levorin, o parecer do legista alagoano George Sanguinetti sobre a causa da morte de Isabella será anexado ao processo juntamente com o da perita baiana Delma Gama e de outros três técnicos que também estão auxiliando na análise dos laudos dos Institutos de Criminalística e Médico Legal de São Paulo.

Rede de pedofilia

O corpo do tenente foi enterrado na manhã de sábado, em Penápolis, a 491 quilômetros da capital. Fernando Neves Braz, de 34 anos, suicidou-se na manhã de sexta-feira, com tiro na cabeça no apartamento onde morava, na Avenida Nova Cantareira, zona norte de São Paulo. Ele estava acompanhado de policiais militares da região e da corregedoria, além de policiais civis da 5ª Seccional que investigavam a participação dele em uma rede de pedofilia. O esquema foi descoberto graças à denúncia de uma testemunha.

Conversas telefônicas de Braz foram interceptadas com autorização judicial e mostraram que o oficial mantinha um relacionamento homossexual com o operador de telemarketing Márcio Aurélio Toledo, de 36 anos. Segundo a polícia, Toledo - preso em 23 de maio -, ofereceu ao PM a chance de manter relações com uma menina de 9 anos em um dos telefonemas.

Os dois marcaram encontro na porta da casa do operador de telemarketing, na Rua Márcio Martins Ferreira, em Cidade Ademar, zona sul, na quinta-feira retrasada. Segundo policiais que fizeram campana no local, o oficial chegou às 13h e esperou até 19h. Márcio faltou ao compromisso porque havia ido à um evento pré-Parada Gay, no centro da capital.

Braz telefonava de vários orelhões para o celular de Márcio, sem sucesso. Braz, que carregava um saco de mercado com uma filmadora dentro, foi embora em seu próprio carro, que estava estacionado a três quarteirões da casa de Márcio.

Nesta sexta-feira, em busca feita no quartel onde o tenente trabalhava, foram encontrados vários CDs. Depois, Braz acompanhou os policiais da investigação até sua casa. Braz, que havia sido desarmado, pegou uma pistola calibre 40 da cômoda do quarto e apontou na direção dos dois policiais, que o seguiam. Depois, entrou no banheiro e se matou com tiro na cabeça. Na residência, a polícia apreendeu um computador e um notebook.

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26/10/2008 free counters

Lillian Witte Fibe estréia no "Roda Viva" no dia 9

da Folha Online

A TV Cultura marcou a data da estréia de Lillian Witte Fibe como apresentadora do "Roda Viva", exibido às segundas-feiras. Será no próximo dia 9 de junho.

30.jun.05/Marlene Bergamo/Folha Imagem
Jornalista Lillian Witte Fibe irá comandar o programa de debates "Roda Viva", da Cultura
Jornalista Lillian Witte Fibe irá comandar o programa de debates "Roda Viva", da Cultura

Antes da estréia, a mediação ainda será feita por Heródoto Barbeiro. Nesta segunda-feira (2), o entrevistado é o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira. Ele falará ao vivo.

O "Roda Viva" começa às 22h40. Entre outros assuntos, Meira abordará o conflito na reserva indígena em Roraima e a agressão de índios contra um engenheiro da Eletrobrás.

A bancada de entrevistadores será formada por Demétrio Weber, repórter do jornal "O Globo", Washington Novaes, jornalista e supervisor do quadro biodiversidade do programa "Repórter Eco", da TV Cultura, Carlos Marchi, repórter e analista de política do jornal "O Estado de S. Paulo", Claudio Angelo, editor de ciência da Folha, e Ricardo Noblat, jornalista, Blog do Nobla

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26/10/2008 free counters

Passagens aéreas poderão ter desconto de até 80% a partir deste domingo

da Folha Online

A partir de deste domingo (1º), as empresas aéreas poderão conceder descontos de até 80% sobre os preços das passagens para vôos com destino a qualquer país da América do Sul. Pela nova resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o limite de descontos aumentará de forma gradual, até a adoção de um regime de liberdade tarifária total, em 1º de setembro, quando as companhias poderão cobrar qualquer preço pela passagem.

Anunciada em fevereiro pela Anac, a medida faz parte da liberação gradual das tarifas dos vôos que saem do Brasil com destino a 11 países da América do Sul --Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname-- e Guiana Francesa.

As tarifas de vôos para a América do Sul tinham descontos limitados a um máximo de 30% do valor de referência da Iata (associação internacional de transporte aéreo), patamar que em março passou a 50% e, agora, poderá ser de até 80%.

A medida vale para todos os vôos que partem do Brasil, tanto de companhias nacionais quanto de internacionais, entre elas TAM, Gol, Varig, Aerolineas Argentinas, Lan, Pluna, American Airlines, British Airways, Lufthansa, Taca-Peru, Avianca e Lloyd Aéreo Boliviano. As tarifas dos vôos domésticos já estão totalmente liberadas desde 2005.

Segundo a Anac, o objetivo da decisão é 'corrigir uma distorção que existe atualmente entre os valores das passagens cobradas no Brasil e nos demais países sul-americanos que já têm as tarifas liberadas, como Argentina, Chile e Peru'.

A agência cita como exemplo uma passagem Buenos Aires-São Paulo na classe econômica, que pode custar apenas US$ 205 se comprada na Argentina e US$ 405 no Brasil, uma diferença de 97%.

A Anac ressalta que os descontos não são obrigatórios e afirma que o maior beneficiado será o consumidor.

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26/10/2008 free counters

CHARGE (VIÑETA)


Peridis

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26/10/2008 free counters

Niemeyer o el espíritu emprendedor a los 100 años

La edad no cuenta para Oscar Niemeyer, conocido mundialmente como el arquitecto que diseñó Brasilia. A los 100 años recién cumplidos, lanzó esta semana una revista de arquitectura titulada Nosso Caminho, en colaboración con su joven esposa, Vera Lúcia. La revista es la reencarnación, en nuevo formato, de Módulo, que creó en 1955 y fue clausurada en la dictadura militar. "La revista busca crear curiosidad entre los jóvenes", dijo Niemeyer al diario O Globo.


En el primer número, Nosso Caminho presenta el trabajo de los arquitectos João Niemeyer, Jair Varela y João Filgueiras Lima, junto con los tres proyectos diseñados por él mismo después de cumplir los 100 años, todos ellos en Brasilia: el Sambódromo, donde se unirán samba y forró, las dos grandes músicas brasileñas; la Plaza del Pueblo, para actos culturales, con cabida para 40.000 personas, y la Torre TV Digital. "La arquitectura tiene que sorprender siempre como una obra de arte", ha dicho Niemeyer.

El arquitecto centenario siempre entendió su trabajo como una rama del saber que no se puede aislar. Por eso, todos los martes celebra, desde hace años, una discusión en su estudio de Copacabana, en Río de Janeiro. Una especie de seminario sobre los temas más diversos de la vida y de la política, de la filosofía y de la ciencia.

"Queremos estar al día de todo. Estamos preocupados con la vida. No es posible volver atrás. Lo que nos interesa es el futuro", ha afirmado Niemeyer, que está creando en Niteroi una escuela para arquitectos, y no de arquitectos. O, como él la llama, una "escuela de vida".

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26/10/2008 free counters

Agonía a 8.091 metros


Iñaki Ochoa murió en el Annapurna, pese a una compleja operación de rescate. El rumano Horia Colibasanu y el suizo Ueli Steck, que acompañaron en su agonía al alpinista español, reconstruyen la trágica aventura

Un himalayista asume que la autonomía en altura es su único nexo de unión con la vida. Ser autónomo para tomar decisiones, para superar los retos técnicos, para acertar con la estrategia, para retirarse por sus propios medios sin comprometer a nadie. Si todo va bien, uno sufrirá escalando una montaña de 8.000 metros; después peleará para bajar y contarlo. Pero si algo altera el guión, si algún factor inesperado convierte al escalador autosuficiente en sujeto dependiente, su vida valdrá bien poco. O lo que otros estén dispuestos a arriesgar para socorrerle. En la frontera de los 8.000, donde los helicópteros no vuelan y el hecho de pensar con serenidad es un triunfo, ninguna vida vale más que la propia. No existe el derecho legítimo de pedir ayuda. Es un pacto no escrito: primero, mi vida; después, ya se verá.


Luego están los hombres y las circunstancias.

Catorce alpinistas de diferentes culturas, nacionalidades y posibilidades se unieron en el Annapurna (cima de 8.091 metros en el Himalaya) entre el lunes 19 y el domingo 23 de mayo para realizar el rescate imposible de Iñaki Ochoa de Olza. Para hacerlo, todos prescindieron al unísono de cualquier análisis frío y pragmático, de su experiencia, de su saber, de la razón. Todos tiraron de corazón. Un alpinista no tiene por qué ser una persona valiente. La valentía no se mide en términos relativos. No tiene más arrestos el que se lanza montaña arriba que el que conduce a sus hijos, trajeado, a la escuela. Pero, aun sabiendo todo esto, lo que sucedió esos días en el Annapurna, la mezcla de voluntades desprendidas de todo ego, prudencia o egoísmo, merece un calificativo... difícil de cazar. Jorge Nagore, uno de los íntimos de Iñaki, dijo a este diario que lo vivido se correspondía con "la grandeza absoluta". ¿Existe otra forma de expresarlo?

"Camino de la cima nos encontramos con un paso técnico. Era corto, pero no teníamos cuerda fija. Empecé a buscar una alternativa mientras Iñaki y Bolotov buscaban la manera de pasar. Pero enseguida, Iñaki me dijo que tenía mucho frío y que prefería darse la vuelta. Me fui con él. No hacía tanto frío: sus guantes eran más gruesos que los míos y yo no sentía frío, así que imaginé que Iñaki estaba pagando el esfuerzo. Decidimos montar la tienda en la arista, y después de hablar por teléfono empezó a decir incoherencias", recuerda Horia Colibasanu, de 31 años, dentista de Timisoara (Rumania). Su voz, al otro lado del teléfono, suena infinitamente cansada, como la un niño que ha pasado por un enorme trance.

Los íntimos de Iñaki que organizaron su rescate desde Pamplona también emplearon el corazón y todos los medios a su alcance. Su maniobra habría sido impensable hace apenas una década, cuando no existían los teléfonos móviles vía satélite y uno viajaba al Himalaya como si de un desplazamiento a la Luna se tratase. Sin esta tecnología, Iñaki habría fallecido bien pronto. Sin la presencia del rumano Horia Colibasanu no habría superado la primera noche.

"Lo más terrible, lo más difícil de asumir fue ver cómo Iñaki, en cuestión de segundos, se desplomaba en el interior de la tienda, incapaz de hablarme, inconsciente. Fue en ese momento, y no después, cuando sentí el tremendo dolor de lo que ocurriría tarde o temprano", recuerda Horia Colibasanu. Iñaki y Horia se conocieron en las faldas del K-2 (8.611 metros) en 2004, unidos por la casualidad: compartían gastos junto a otros escaladores. Escalaron juntos el impresionante K-2 y repitieron viajes, unidos por una amistad espontánea. "Decido esperar a mi nuevo amigo rumano, Horia Colibasanu, que se ha convertido por azar en mi compañero de escalada. Es un chico sensible y muy inteligente, y se convierte en el primero de su país en pisar la cumbre. Se le ha caído su piolet durante la noche, y al final sube con uno prestado. Cuando llega arriba parece despistado por un momento, no tiene experiencia en montañas de 8.000 metros, pero está de verdad feliz y exultante", escribiría Iñaki días después.

Horia busca estos días la manera de volar desde Katmandú, capital de Nepal, hasta Pamplona. Se lo ha pedido la madre de Iñaki, que desea abrazarle. El hombre camina a duras penas desde su hotel hasta la agencia de viajes, consumido hasta los huesos, dejando atrás las secuelas de un edema pulmonar. "Creo que de no ser por Ueli Steck, yo también habría muerto", asegura Horia.

El suizo Steck es la segunda gran pieza del puzzle ensamblado para rescatar a Iñaki. Dos años antes de conocerse en el campo base del Annapurna, Iñaki ya conocía a Steck, uno de los alpinistas más brillantes del momento, un tipo capaz de escalar los 1.800 metros de la cara norte del Eiger en solitario y en un tiempo de 2 horas y 47 minutos, cuando lo habitual es invertir dos días en la empresa. Iñaki pasó una temporada de su vida residiendo en Suiza, entrenándose en el mismo rocódromo que frecuenta Ueli Steck, pero nunca se atrevió a presentarse. Le admiraba demasiado. Por eso, cuando el jueves 22 de mayo Ueli Steck irrumpió en su tienda, a 7.400 metros, sonrió, reconociéndole de inmediato. Saludaba a uno de sus héroes. La última persona que vería. Iñaki nunca llegaría a encontrarse con la tercera pieza clave del rescate, el kazajo Dennis Urubko. En la historia del himalayismo están, en un nivel superior, los escaladores de la extinta Unión Soviética. Iñaki los idolatraba: "Comen mejor durante las expediciones que en su casa y llevan un material que no usaríamos ni en el Pirineo", ilustraba el navarro. En 2003, Urubko e Iñaki se conocieron en el Nanga Parbat (8.125 metros). El kazajo cumplió con varios días de aproximación a la montaña vistiendo unas zapatillas deportivas dos números pequeñas. Se marcharía con ellas puestas y con la cumbre, como Iñaki. Urubko, de la sección deportiva del ejército de su país, cobra 50 dólares mensuales. El proceso de selección para integrar dicho equipo es una salvajada. Sueltan a los candidatos a los pies de una montaña del Pamir, de 7.000 metros, y los primeros en llegar pasan el corte. Después les ponen a pedalear en cámaras hipobáricas simulando alturas vecinas a los 9.000 metros..., hasta que se desmayan del esfuerzo. Decir que son tipos duros es decir bien poco.

Urubko es el heredero del estilo de Anatoli Boukreev, el alpinista que más admiraba Iñaki Ochoa, una fuerza de la naturaleza que pereció en la misma vertiente sur del Annapurna, víctima de un alud, en 1997. Había escalado 21 ochomiles en apenas ocho años. Pocos días antes de atacar la cima del Annapurna, Iñaki lloró emocionado frente a la placa que recuerda a Boukreev bien cerca del campo base, un pequeño memorial budista con una inscripción: "Las montañas no son estadios donde satisfacer nuestra ambición deportiva, sino catedrales donde practicar nuestra religión". Irónicamente, una placa, colocada junto a la de Anatoli, honrará también la memoria de Iñaki.

Sin duda, no podría haberse imaginado mejor rescate, ayuda más cualificada. Un sencillo mensaje en el teléfono vía satélite de Steck, describiendo la situación, le bastó a éste para salir montaña arriba..., al anochecer, junto a Simon Anthamatten.

"Fueron horas complicadas", retoma Horia Colibasanu: "A través de la radio tuve que guiar a Ueli y Simon para que encontrasen el complicado camino en el glaciar, al principio de la vía. Era de noche: imagina lo que tuvieron que arriesgar para no caer en alguna grieta", enfatiza el rumano. "La verdad", reconoce Ueli Steck, "es que sólo había una cosa que pensar, así que no nos costó decidirnos". Para ganar tiempo, Ueli y Simon cargaron con el mínimo peso posible, lanzándose en una ruta que no conocían y en la que Iñaki y sus compañeros habían invertido semanas de trabajo.

El calvario de Horia duró cuatro días. Con toda la información en su poder, debería haber renunciado a todo lo que no fuese salvar su vida. Pese a ello, se quedó junto a Iñaki, uniéndose a su destino, incapaz de desprenderse de la persona que amenazaba su vida. Si no cedió fue sencillamente porque, para una persona de sus principios, quedarse era más sencillo que huir. De haberse retirado, ni el convencimiento racional de que Iñaki era un muerto en vida le habría servido de consuelo. La culpa le hubiera corroído injustamente durante años, y eso es algo a lo que no quiso enfrentarse. "Durante esos cuatro días apenas dormí, obsesionado con hidratar a Iñaki. Tenía cartuchos de gas de sobra para fundir nieve y preparar sopa e infusiones, pero la comida se acabó enseguida. Los dos últimos días no comí absolutamente nada. Cada vez que despertaba, después de cinco minutos, una o dos horas de sueño, era como regresar a una pesadilla donde recordaba nuestra penosa situación. Mi obsesión era que bebiese, aguantar. No podía dejarle allí", explica Horia.

Durante las interminables horas que Horia permaneció al lado de Iñaki, el primer día, el lunes, resultó el más doloroso. Pura impotencia, desesperación. Al comprobar la gravedad de la lesión cerebral de Iñaki, el rumano llamó a España y a su país buscando consejo médico, implorando ayuda, agotando las baterías de ambos teléfonos en el intento. Después se limitó a esperar concentrándose en una misma rutina: sacar el brazo fuera de la tienda, recoger nieve en una bolsa de plástico, colocarla sobre una cazuela de aluminio, encender el infiernillo y esperar a que se convirtiese en agua. Con la bebida preparada, esperaba a que Iñaki saliese de su estado de inconsciencia y le suplicaba que bebiese. "Era lo único que podía hacer", se desespera Horia. También respondía a las preguntas de Iñaki en inglés: ¿cuándo vienen mis amigos?, ¿dónde están?, ¿el helicóptero? "Yo siempre le respondía más o menos lo mismo: le decía la verdad, que muy pronto llegarían alpinistas, pero que el helicóptero no nos sacaría de allí. Entonces volvía a dormirse".

La obsesión de Steck era suministrar la medicación a Iñaki. A esta idea se aferró el suizo para someterse a un castigo físico inimaginable. Cuando alcanzó, el miércoles, el campo 3 (6.900 metros), lo hizo a costa de reventar a su amigo Simon Anthamatten y de esquivar notables riesgos de aludes. En mal estado, Anthamatten decidió cubrir las espaldas de Ueli desde el campo 3. En su camino hacia la tienda de Iñaki, Ueli se encontró con una figura tambaleante, estática. Era Horia. "Le pedí que no bajase, pero no quiso", dice. "Cuando supe que Ueli se acercaba a nuestra tienda, salí para abrirle la huella. Había nevado recientemente y le facilitaría mucho el acceso si abría yo mismo un camino en la nieve fresca. Además, ya no tenía otra opción que descender: Ueli no tenía medicinas más que para una persona, y las necesitábamos los dos en abundancia. Yo necesitaba la dexametasona, pero Iñaki la precisaba aún más. Ueli me pidió que no bajase al verme tan débil, pero me dio una chocolatina y un poco de dexametasona, y me recuperé lo suficiente como para atraverme con el descenso. Le dije que guardase el resto de medicinas para Iñaki. De hecho, Ueli me salvó probablemente la vida, porque estaba al límite, con principio de edema pulmonar y habiendo comido poquísimo los últimos cinco días", enfatiza Horia. "Sí, creo que Horia habría muerto de haber pasado más tiempo allá arriba", concede Ueli, quien reconoce no tener "ni idea" de cómo hubieran podido descender a Iñaki en su estado. Resulta loable que sólo se lo plantease a posteriori.

A la mañana siguiente, viernes 23 de mayo, la respiración de Iñaki era un siseo, propio de un edema pulmonar. Ueli comunicó el desenlace fatal por radio; Dennis Urubko, a escasas horas del campo 4, se sentó sobre la nieve, asqueado. "Lo siento, llegamos tarde. Hice todo lo posible. ¿Cómo está la familia? Yo estoy absolutamente destrozado, física y anímicamente. No sé decir más...", se atasca Urubko, todavía en Katmandú.

En Pamplona, Pablo, uno de los tres hermanos de Iñaki, fue el primero en conocer la noticia. Estaba en el Diario de Navarra, centro de coordinación del rescate. Sin soltar el teléfono garabateó en una hoja las siglas RCP (reanimación cardiopulmonar) y, al poco, dibujó una cruz. Todos entendieron que el rescate soñado de Iñaki había chocado, definitivamente, con la realidad. La esperanza, tan irracional como bella, fue la única luz en el camino de Iñaki a ninguna parte.

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Teclado sob medida para quem usa muito o messenger

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Imagine um teclado compacto, com apenas 40 teclas, criado pensando em quem utiliza muito o messenger. O projeto de uma peça assim foi apresentado pela Pega Design durante o Salone Internationale del Mobile di Milano. Batizado Look@me, reune um conjunto de teclas que sao basicamente elementos graficos que formam emoticons (dois pontos, barra em pé, parentesis, ponto e virgula etc) e algumas letras do alfabeto. É, por enquanto, apenas um projeto. Dica do Designboom

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A desproteção às testemunhas

O drama de um homem que denunciou o crime organizado revela as falhas no programa que deveria proteger quem arrisca a vida para ajudar a Justiça
Flavio Machado
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Época de 02/junho/2008.

Assinantes têm acesso à íntegra no leia mais no final da página.

Felipe Varanda
MALA PRONTA
Francisco e a família num quarto de hotel onde ficaram um mês. Eles nem chegaram a desfazer as malas

Sentado numa cadeira de plástico, Francisco (nome fictício) já está acordado quando o sol aparece na janela do quarto do hotel. O apartamento onde ele passou o mês de fevereiro com a família lembra um alojamento de operários, com beliches e camas de solteiro que, juntas, improvisam uma cama de casal. Um armário, em que três das quatro portas não fecham, serve de aparador para as malas ainda não desfeitas. A limpeza do cômodo quem faz é a mulher, Ângela, que lava as roupas da família na pia do banheiro. Um pequeno frigobar faz as vezes da geladeira e um velho aparelho de TV 14 polegadas é a única fonte de lazer. Desde que resolveu denunciar os crimes de seus antigos patrões, além da casa Francisco perdeu a identidade. O homem por trás do nome falso é uma das 631 pessoas protegidas pelo Programa Nacional de Proteção a Testemunhas Ameaçadas no Brasil.

O forte aperto de mão de Francisco contrasta com seu físico franzino. Nascido no campo, aprendeu cedo os segredos para se dar bem no agronegócio. Aos 20 anos, Francisco já era homem de confiança de fazendeiros poderosos. Nas duas décadas seguintes, trabalhou em alguns dos maiores latifúndios do Centro-Oeste. No ano passado, por algum motivo que insiste em não revelar, resolveu contar à Justiça tudo o que sabia sobre as práticas ilícitas dos empresários que conhecia – do envolvimento de políticos com grilagem de terras a contrabando de agrotóxicos proibidos, vindos da China. Sua vida passou a ter preço: R$ 50 mil. Desde então, deixou para trás casa, móveis, fotografias e mais de 40 anos de vida.

Francisco vive uma vida anônima com a família num modesto apartamento pago pelo programa. Sob tutela do Estado, diz que já passou fome para dar de comer aos dois filhos: “Fiquei sem comer para comprar pão para meus filhos. Eu posso perder qualquer coisa, menos minha dignidade. E estão tirando isso de mim”, afirma

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26/10/2008 free counters

Paulo Coelho e Nelson Rodrigues: fato ou ficção?


No livro O Mago, biografia do escritor Paulo Coelho feita pelo jornalista Fernando Morais, há uma série de revelações feitas a partir de 250 horas de entrevistas com o próprio biografado, com afetos e desafetos, além de pesquisas no baú que o autor guardou lacrado desde 1995. Os baús trazem fitas e cadernos com os diários de Paulo Coelho entre 1959 e 1995. Dos 12 aos 48 anos, ele jogou todos o seu dia-a-dia ali. Um dos episódios mais interessante é o que se refere à vida sexual agitada do futuro escritor. Nos anos 60, entre muitas estripulias, fez sexo com uma aspirante a atriz na casa da tia-avó dela. O ingrediente perverso é que o casal fez sexo na frente da senhora. Esse episódio remete ao capítulo 14 do romance O Casamento, de Nelson Rodrigues, lançado em 1966, no auge das aventuras amorosas do jovem Paulo Coelho, então envolvido com o meio teatral. Ou foi coincidência ou Paulo Coelho se inspirou em Nelson Rodrigues para a cena amorosa descrita no livro de Fernando Morais.

Compare os dois trechos. O que você acha?


Trecho de O Mago, de Fernando Morais

“Assim, quando surgia uma conquista inesperada, ele resolvia o problema como dava. Certa feita passou horas em preliminares amorosas com uma jovem candidata a atriz em pedalinho na lagoa Rodrigo de Freitas. Depois de uma via-sacra por inferninhos e já embalados - por álccol, pois nenhum dos dois consumia qualquer tipo de droga -, Paulo e a garota terminaram a noite fazendo sexo na casa onde ela morava com uma tia-avó. Como era um apartamento de uma única peça, divertiram-se transando diante dos olhos estatelados da anciã, surda-muda e senil - experiência, aliás, que se repetiria algumas vezes. “


Trecho de O Casamento, de Nelson Rodrigues
“E, súbito, o Zé Honório aperta o comutador. Uma luz forte, cruel, enche o quarto. E, com a luz até os cheiros da agonia e da morte tornaram-se mais nítidos e obsessivos. Antônio Carlos, Glorinha e Maria Inês se juntam num canto. Zé Honório, magro e de sunga, faz, lentamente, a volta da cama (a agonia tem cheiro de excremento.).
O velho fecha os olhos. Tem cílios de piaçava como os defuntos.
O filho põe as duas mãos na beira da cama.
Diz, com a voz estrangulada:
- Abre os olhos, homem.
Nada. Glorinha pensa no pai que ela nunca vira de pijama, nem sem meias. Não conhecia os pés do pai. Sabino dormia de meias, como se achasse indignos os próprios pés. O velho continua de olhos fechados.
Aquilo exaspera o filho:
- Velho, você não está dormindo. Não está dormindo, nem morreu. Eu sei que tu vê e ouve. Então, escuta. Escuta o que eu vou te dizer. Esperei quinze anos por esse momento. Está ouvindo, velho?

Deita-se na cama, ao lado do doente. Fala ao seu ouvido:
- Aqui atem duas meninas. Eu nunca, nunca, quis ser homem. Durante toda a minha vida, eu quis xoxota como as meninas, como todas as meninas. Escuta o resto.
Pausa e continua ofegando:
- Agora, eu vou fazer, na tua frente. Vou fazer na tua frente com um chofer de ônibus, o que eu fiz com aquele menino. Vou fazer aqui dentro. Tu vendo, vendo e ouvindo.
O moribundo tem o perfil gelado dos mortos. Antônio Carlos aproxima-se da cama:
- Não está morto?
O filho pula:
- Não, não! Que morto!
E fala para o pai:
- Velho, a mim você não engana. Eu te conheço. Anda, abre os olhos, abre. Não abre?Vira-se para Antônio Carlos e as meninas:
- Querem ver, como ele abre?
Fala de novo, ao ouvido do pai:
- Ou tu abre os olhos ou te queimo as pestanas com esse isqueiro!
Glorinha, crispada até o ânus, viu abrir-se aquele olho de espanto. O olho começou em Zé Honório, passou para Antônio Carlos, depois para Maria Inês e, agora, estava fixo em Glorinha.
Zé Honório está desatinado:
- Não olha para os outros. Oha pra mim. Cadê teu positivismo? Adiantou teu positivismo? Olha pra mim, vai olhar pra mim.
Antônio Carlos masca o chicletes imaginário. Acaba falando:
- Como é, Zé? Olha a hora, rapaz!
Maria Inês sente as pernas bambas:
- Isso está me dando dor de barriga.
O Zé corre e abre a porta. Grita para baixo:
- Romário, Romário! Pode vir! Vem!
Então, Glorinha aproxima-se, lentamente, da cama. Maria Inês ainda pede:
- Volta, volta!
Glorinha inclina-se para o moribundo. Por um momento, olha aquela cara de agonia. Os beiços orxos, com o bigode por cima, branco de estopa suja. E, súbito, ela recua. Atraca-se a Antônio carlos, aos soluços:
- Está chorando! Está chorando!
O rapaz a segura pelos dois pulsos:
- Está maluca? Quietinha!
Maria Inês vai espiar também as lágrimas caindo.
Glorinha esperneia:
- Não deixa, Antônio Carlos! Não deixa! Se você é homem, quebra a cara desse cretino!
- Para com esse histerismo!
Disse:
- Se não quebrar a cara, é porque você é igual a ele, puto como ele! Seu puto!
Zé Honório volta com Romário. É um mulato forte, lustroso, de ventas obscenas. Entra de boca aberta, olho incandescente. Tem a coxa plástica elástica, vital, como a anca de um cavalo.
Zé Honório diz, maravilhado:
- Está chorando! Chorando!
Antônio Carlos solta Glorinha. Rápida, a menina o esbofeteia. Quer fugir, mas ele a subjuga. Ela trinca as palavras:
- Você é pior do que ele! Seu nojento!
Novamente, ele a solta e novamente ela o esbofeteia. Ela apanha de braços arriados. E, então, enlouquecida, a garota une o seu corpo ao dele, beija-o na boca:
- Eu não quero ver! Me leva contigo! Eu não quero ver!
Maria Inês balbucia:
- Olha, Glorinha, olha, meu Deus!”

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26/10/2008 free counters

Farc tentaram estreitar relações com governo Lula

O líder da guerrilha enviou três cartas ao presidente brasileiro com o intuito de estabelecer “relações político-diplomáticas” e tratar de "temas de benefício recíproco"
Rodrigo Rangel

O ex-líder das Farc Raúl Reyes, morto em março durante um ataque das forças oficiais colombianas ao acampamento que mantinha no norte do Equador, tentou, oficialmente, estabelecer laços entre a guerrilha colombiana e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ÉPOCA teve acesso, com exclusividade, a três cartas que Reyes enviou para Lula em 2003, primeiro ano de governo do petista. As correspondências foram levadas ao gabinete presidencial, no Planalto, por um parlamentar do PT. Num dos textos, Reyes manifesta expressamente o desejo das Farc de estabelecer “relações político-diplomáticas” com o próprio Lula e com seu governo. O chefe guerrilheiro também pede uma conversa, “pessoalmente”, com o presidente brasileiro para tratar de “temas de benefício recíproco” (confira trechos abaixo).

Em outra carta, Reyes aproveita a chegada de Lula ao poder para tratar da presença da guerrilha na zona de fronteira entre Colômbia e Brasil. “Queremos aproveitar para ratificar, junto ao senhor, oficialmente, a política de fronteiras das FARC-EP: nossa organização tem profundo respeito pelos povos e governos vizinhos da Colômbia. Por essas razões, nossas unidades não intervêm em assuntos internos de seus países, nem estão autorizadas para executar operações militares fora das fronteiras da Colômbia”, escreveu Reyes, em correspondência datada de 20 de março de 2003. A afirmação sobre o que o ex-chefe guerrilheiro chama de política fronteiriça das Farc precede um pedido tácito a Lula para que a fronteira do Brasil com a Colômbia pudesse ser uma zona livre para a guerrilha: “Em troca, trabalhamos entusiasmados para fazer das fronteiras verdadeiros remansos de irmandade, concórdia e paz com nossos vizinhos, no marco de boas relações políticas de benefício recíproco”. As Farc atuam livremente na linha de fronteira colombo-brasileira, como mostrou reportagem recente de ÉPOCA (leia aqui).

Nas correspondências, escritas em espanhol, Raúl Reyes tratou, também, de fazer campanha contra o governo do presidente Álvaro Uribe e sua aliança com os Estados Unidos. Ele tenta obter o apoio de Lula para frente à política de Uribe. “Consideramos oportuno informar-lhe que o governo paramilitar, ilegítimo de Álvaro Uribe Vélez, cumpre sem reparos todas as exigências do Governo de [George W.] Bush sem que ninguém o pressione, e o faz por convicção e porque está plenamente identificado com as políticas do império estado-unidense”, escreveu. Ele relaciona a aliança do governo colombiano com a Casa Branca a uma suposta “geoestratégia norte-americana em nossa extensa e rica região amazônica”.


Se a Anistia Internacional estivesse preocupada com os direitos humanos, e não em tomar posições ideológicas, não passaria (vergonhosamente) a mão na cabeça das Farc – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, guerrilha que utiliza os métodos humanitários por todos conhecidos.

Outro que, meio dissimuladamente, mima as Farc é Luiz Inácio Lula da Silva. Agora com a revelação das cartas do líder Raúl Reyes ao presidente brasileiro, em reportagem de “Época”, espera-se que ele venha a público dizer, afinal, de quem é amigo.

As cartas não têm um tom qualquer. O tom é de companheirismo, quase de bajulação, denotando uma relação de alta cumplicidade. De 2003 (data das cartas) até hoje, não se ouviu uma só palavra de reprovação de Lula às Farc. Se não quisesse essa cumplicidade, o presidente brasileiro deveria ter rechaçado publicamente o flerte político.

Jamais o fez. Está sempre escondido nesse discurso de suposta neutralidade, álibi evidente para se furtar a condenar o terror dos guerrilheiros colombianos, enquanto nos bastidores o assessor top (top top) Marco Aurélio Garcia faz tricô com os seqüestradores.

Ou Lula esclarece agora, de uma vez por todas, qual sua relação com as Farc, ou o Procurador Geral da República precisa abrir imediatamente um inquérito sobre as relações do Estado brasileiro com essa organização clandestina.

Guilherme Fiuza
Jornalista, é autor de Meu nome não é Johnny, que deu origem ao filme. Escreveu também o livro 3.000 Dias no Bunker, reportagem sobre a equipe que combateu a inflação no Brasil. Em política, foi editor de O Globo e assinou em NoMínimo um dos dez blogs mais lidos nessa área. Este espaço é uma janela para os grandes temas da atualidade, com alguma informação e muita opinião.

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26/10/2008 free counters

Lojas de alto luxo de novo shopping não exibem preços nas vitrines

Marcas dizem que opção de não mostrar preço é estratégia em todo o mundo.( O QUE NÃO DEIXA DE SER ERRADO E FERE A LEI)
O Shopping Cidade Jardim será inaugurado neste sábado.
Luísa Brito Do G1, em São
Foto: Luísa Brito/G1
Vitrine com vestidos suspensos por cabos fixados no teto da loja. Na manhã da sexta-feira (30), o local ainda estava sendo finalizado para poder começar a atender o público (Foto: Luísa Brito/G1)

Voltadas para o público de alto poder aquisitivo, a maioria das lojas de luxo do novo Shopping Cidade Jardim, que será inaugurado às 10h deste sábado (31) na Zona Oeste de São Paulo, não exibem os preços das mercadorias nas vitrines. Na manhã da sexta-feira (30), quando o empreendimento foi apresentado à imprensa, apenas uma loja do piso térreo possuía etiquetas com preços dos produtos expostos na vitrine.


O shopping contará com 180 lojas – várias de serviços como spa e academia. Entre as lojas estão a única da Rolex na América do Sul e outras 42 marcas inéditas em um shopping center, entre elas a francesa Hermés, de acessórios e calçados. Das 180 lojas, 120 estarão prontas nesta primeira fase do projeto que é inaugurada neste sábado. As outras vão abrir ao longo do ano.

Foto: Luísa Brito/G1
Luísa Brito/G1
Vitrine de loja de bolsas Louis Vuitton não tem preço nos produtos (Foto: Luísa Brito/G1)

A Rolex é uma das lojas que não exibem preços na vitrine. Segundo a assessoria de imprensa do local, trata-se de estratégia da marca, que também não divulga quanto foi investido no empreendimento em São Paulo, nem quantas peças estão à venda.


Outra que justificou a falta de preços na vitrine como padrão internacional da marca foi a francesa Longchamp, que vende bolsas e acessórios. De acordo com a assessoria de imprensa, quem quiser saber o preço de um produto pode entrar na loja e localizar a etiqueta com o valor dentro da mercadoria. Para instalar sua primeira loja no Brasil, a Longchamp investiu US$ 1 milhão.

Estrutura

O shopping foi inspirado no Bal Harbour, de Miami, e possui um jardim a céu aberto no meio do corredor onde ficam as lojas. O empreendimento vai contar ainda com sete salas da Cinemark, que só serão inauguradas no dia 6 de junho porque ainda não estão prontas. Quem quiser comprar livros, também terá que esperar um pouco mais, pois a única livraria do local – a Livraria da Vila – só será inaugurada no dia 21 de junho.

O Cidade Jardim também não terá praça de alimentação. Em vez disso, em um terraço com vista para o Rio Pinheiros ficarão instalados cafés, sorveterias e restaurantes sofisticados como o Nonno Ruggero, do Grupo Fasano.

Foto: Luísa Brito/G1
Luísa Brito/G1
Lojas ficam de frente para um corredor com um jardim a céu aberto (Foto: Luísa Brito/G1)

De acordo com a diretora do shopping, Sharon Beting, a opção por não ter praça de alimentação foi feita para não destoar do projeto do empreendimento. "O shopping é um corredor único com as lojas em volta, achamos que uma praça de alimentação ficaria um lugar muito tumultuado e barulhento", afirmou.


Para evitar que os clientes se cansem demais no percurso entre uma loja e outra, uma equipe de concierges oferecerá serviço de chapelaria para guardar sacolas, casacos, guarda-chuvas, além da opção de ter as compras levadas até o carro para evitar o “inconveniente” de o cliente ter de carregar pacotes durante o passeio.

A incorporadora espera que 30 mil pessoas visitem o local por dia. O empreendimento gerou 1.600 empregos diretos, segundo a assessoria de imprensa do empreendimento.


Investimento de R$ 1,5 bilhão

O shopping faz parte de um projeto ainda mais grandiosos e orçado em R$ 1,5 bilhão. Em uma área de 72 mil m², além do shopping, o Parque Cidade Jardim abrigará 12 torres, sendo nove delas residenciais. Nestas últimas, a área dos apartamentos vai variar de 236 m² a 1.700 m². Acompanhando os espaços, os preços estão avaliados entre R$ 1,8 milhão e R$ 10 milhões.

O ambiente luxuoso entre os prédios será realçado por 150 palmeiras imperiais de 10 metros de altura, além de mais de 300 árvores de diferentes espécies. Tudo inspirado no Central Park, de Nova York.

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26/10/2008 free counters

Patrimônio de Lins: em 5 anos, R$ 1,5 milhão em apartamentos

O Globo Online

Álvaro Lins - Foto - O Globo (arquivo)

RIO - As investigações que resultaram na Operação Segurança Pública S/A revelaram que, em cinco anos, entre 2001 e 2006, o deputado estadual Álvaro Lins (PMDB), ex-chefe de Polícia Civil, solto nesta sexta-feira após ter a prisão revogada pelo plenário da Alerj , gastou pouco mais de R$ 1,5 milhão para comprar quatro apartamentos - três em Copacabana e um no Grajaú - e dois carros blindados. O patrimônio, incompatível com os rendimentos do parlamentar, de acordo com a Polícia Federal, foi colocado em nome de "laranjas". Todos os imóveis foram pagos à vista.

A conclusão da PF é um dos mais importantes trechos da denúncia oferecida à Justiça pelo Minstério Público Federal contra Lins e outros 15 acusados. Para comprovar a evolução patrimonial do deputado, os policiais utilizaram documentos dos cartórios do Rio, além de relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do Ministério da Fazenda sobre o parlamentar e sua família. Foi comprovado, segundo a PF, que os "laranjas" não tinham rendimento suficiente para adquirir os imóveis.

Um dos casos que, de acordo com a PF, comprova a prática de Lins de ocultar bens usando "laranjas", é a compra do apartamento em que o ex-chefe de Polícia foi preso na quarta-feira. Em 18 de janeiro de 2005, ele teria desembolsado R$ 590 mil pelo imóvel, que foi colocado no nome de Maria Canali Bullos, avó de sua atual esposa, Sissy Bullos. A PF ainda ressalta que o apartamento valia, na verdade, R$ 950 mil. Relatório do Coaf mostra que, na mesma data da aquisição do móvel, Sissy recebeu em sua conta um depósito de R$ 590 mil em dinheiro.

Maria Bullos não tem rendimentos desde 1998. Ela aparece como isenta no Imposto de Renda entre os anos de 1998 e 2002, passando a figurar como dependente de seu filho, Francis Bullos, a partir de 2002. Maria Bullos, para os procuradores da República, emprestou seu nome conscientemente.

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O populismo que veio de Campos para o Palácio Guanabara

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26/10/2008 free counters

Os patrocinadores do Mercado Ético

Os patrocinadores do Mercado Ético, que foram aceitos por sua filosofia e práticas sustentáveis, disponibilizam em suas salas iniciativas e experiências que vê realizando nessa direção, bem como novos conteúdos gerados pelo Mercado Ético .

Negócios sustentáveis
Cuidando da educação
Ambiente de trabalho

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26/10/2008 free counters

Governo vai emprestar 1 bilhão para quem desmatou ilegalmente na Amazônia

Governo vai emprestar 1 bilhão para quem desmatou ilegalmente na Amazônia

Anúncio foi feito pelo ministro Carlos Minc em Belém. Presidente Lula admitiu discutir embargo a financiamentos com os governadores da região.

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26/10/2008 free counters

A Favorita, novela das oito que estréia dia 2, apresentará dois pontos de vista sobre um crime



Fotos: DIVULGAÇÃO
As rivais Flora (Patrícia Pillar) e Donatella (Cláudia Raia) em cena




Com A Favorita, João Emanuel Carneiro passa a integrar oficialmente o seleto time de autores globais das novelas das oito. Ele conseguiu a proeza com apenas dois folhetins no currículo. O fato evidencia o talento do novelista que assinou Da Cor do Pecado e Cobras & Lagartos, sucessos na faixa das 19 horas. Em seu debute no horário nobre, o autor conta com estrelas como Patrícia Pillar, Cláudia Raia, Mariana Ximenes, Deborah Secco, Taís Araújo e Juliana Paes.

Carneiro define A Favorita como um drama psicológico que parte de uma premissa policial. Parte da história acontecerá em uma cidade fictícia nos arredores de São Paulo. A trama tem como ponto de partida duas mulheres, Flora (Patrícia Pillar) e Donatella (Cláudia Raia). Elas cresceram juntas, eram parceiras em uma dupla sertaneja, mas tornaram- se rivais após um crime. Flora foi condenada a 18 anos de prisão pelo assassinato do marido de Donatella. Ao sair da cadeia, ela enfrentará dois desafios: provar sua inocência, acusando Donatella como responsável pelo crime; e reconquistar Lara (Mariana Ximenes), sua filha com o marido morto de Donatella.

Quem está dizendo a verdade, Flora ou Donatella? “São dois pontos de vista de uma mesma história. Uma das duas está sendo sincera. Vou decidir quem é a vilã e quem é a mocinha baseado em diversos fatores, como a química da novela no ar com o público”, explica Carneiro. O diretor Ricardo Waddington diz que o interessante é exatamente não ter uma heroína ou uma vilã pré-estabelecida.

Quem é quem em A Favorita

DONATELLA (CLÁUDIA RAIA) – Era pobre e foi criada pela família de Flora. Ambiciosa, casou-se com um rico herdeiro, com quem teve um filho que foi seqüestrado e nunca mais apareceu. Depois do assassinato do marido, casa-se com Dodi.

LARA (MARIANA XIMENES) – Foi criada por Donatella, mas é filha biológica de Flora e do marido assassinado de Donatella. Rebelde, é neta e única herdeira do milionário Gonçalo (Mauro Mendonça) e namora Cassiano (Thiago Rodrigues), operário da fábrica do avô.


FLORA (PATRÍCIA PILLAR) – Foi casada com Dodi, atual marido de Donatella. Após passar 18 anos presa pelo assassinato do primeiro marido de Donatella, sai disposta a provar sua inocência e reconquistar o que foi seu.

ALICIA (TAÍS ARAÚJO) – Nunca está feliz em seus relacionamentos e desfaz dos homens que seduz. Chama o pai, o político Romildo (Milton Gonçalves), de corrupto, mas aceita o dinheiro que ele lhe dá.

DODI (MURILO BENÍCIO) – Novo-rico autoritário que desperta a fúria de Lara, e dos funcionários da empresa. Ex-marido de Flora, casou-se com Donatella. É visto como um homem reservado e misterioso.

ZÉ BOB (CARMO DALLA VECCHIA) – O grande mulherengo da história é um jornalista que pretende denunciar as falcatruas de Romildo. Vai se envolver com Donatella, Flora, Alicia e Rita (Christine Fernandes).

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26/10/2008 free counters

Rodrigo Faro socorre participante do 'Ídolos'

O apresentador e ator Rodrigo Faro ajudou a socorrer um participante do Ídolos com ataque epilético, ontem, no ginásio Ibirapuera, em São Paulo, informa a coluna Zapping do jornal Agora.


Ele pulou a grade de proteção, carregou o rapaz até a maca e o levou para os bombeiros.

Além de apresentador da atração da Record, Faro comanda também O Melhor do Brasil, no lugar de Márcio Garcia.

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26/10/2008 free counters

SP: carro dos bombeiros capota a caminho de resgate

Um carro do Corpo de Bombeiros sofreu um acidente e capotou na madrugada deste sábado, na avenida Robert Kennedy, em São Paulo, quando se dirigia para atender as vítimas de uma colisão, na avenida João Dias.


De acordo com os bombeiros, um dos ocupantes da viatura sofreu luxação no ombro, os outros dois passageiros não se feriram.

Já a colisão da avenida João Dias envolveu quatro veículos e deixou quatro feridos, nenhum em estado grave.

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26/10/2008 free counters

Colin Farrell choca ao emagrecer 19kg para filme

RIO - O ator Colin Farrell emagreceu 19kg para atuar em seu novo filme, "Triage", e está com uma magreza chocante. Ele foi fotografado saindo de um restaurante em Alicante, na Espanha, há alguns dias.

Usando calça xadrez bem larga, paletó e chapéu, Farrell não conseguiu disfarçar a aparência muito magra. Ele jantou ao lado da atriz Paz Vega, com quem atua no filme.

Esta não é a primeira vez que o ator emagrece consideravelmente para fazer um filme. Em 2006 ele perdeu 11kg para filmar Pergunte ao Pó.

Triage, de Danis Tanovic, é baseado em roteiro do repórter norte-americano Scott Anderson e conta a história de um fotojornalista traumatizado com a morte de seu colega de trabalho e que precisa cumprir uma missão na guerra.

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26/10/2008 free counters

Decreto contra fumo em área fechada entra em vigor hoje

Lei de César Maia prevê multa de R$ 2 mil para quem descumpri-la

Janaína Linhares

Atenção fumantes, a partir de hoje quem estiver fumando em local coletivo fechado poderá ser advertido e até mesmo multado em R$ 2 mil por descumprir decreto do prefeito Cesar Maia. Por isso, atenção redobrada na hora de acender um cigarro. Os estabelecimentos que forem flagrados com fumantes em áreas proibidas também poderão ser multados.

Na véspera do primeiro dia do decreto ainda era possível ver lugares, como a Câmara Municipal do Rio, com cinzeiros espalhados por seus corredores e saguão. Inconformada com o fato, a vereadora do DEM, Sílvia Pontes, enviou ao presidente da Casa, Aloísio Freitas (DEM), um ofício solicitando a retirada de todos os cinzeiros, além da afixação de cartazes informando da proibição de fumar em qualquer ambiente da Câmara.

– Somos uma casa de lei e precisamos dar o exemplo – avisou a vereadora. – Os parlamentares têm que ser os primeiros a se adaptarem à norma, uma vez que o cigarro se tornou um problema de saúde pública.

Justiça calada

O Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (SindRio) desde a semana passada entrou com uma liminar a favor da eliminação da medida, mas até agora não obteve resposta. Segundo o sindicato, a medida prejudica o turismo, o comércio e o cidadão carioca. Apesar da consciência de que o decreto poderá prejudicar os negócios, proprietários de bares e restaurantes garantem que a lei será cumprida.

– Sei que alguns clientes ficarão frustrados, mas acho que temos que aceitar o decreto a favor da saúde – declarou a proprietária do restaurante Joaquina, no Humaitá, Nilma Gelio. – Apesar da resistência dos clientes, pretendo cumprir piamente a lei.

De acordo com o decreto, assinado pelo prefeito no dia 12 de maio, entende-se por recinto coletivo fechado todos os locais destinados à utilização simultânea de várias pessoas totalmente delimitados, excluem-se da proibição os ambientes ao ar livre como varandas, terraços e similares.

Para o primeiro fim de semana com a proibição vigorando, a vigilância sanitária do município preparou um esquema de fiscalização com uma equipe de plantão. Dois fiscais trabalharão de dia e outros dois à noite. Durante a semana irão para rua realizar a fiscalização 150 equipes. A fiscalização realizada pela vigilância sanitária será feita diretamente nos estabelecimentos e através de denúncias. Quem quiser denunciar o descumprimento da lei pode entrar em contato com o telefone 2503-2280.

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26/10/2008 free counters

PT barrou as Farc em foro da esquerda em São Paulo

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foram impedidas de participar da reunião do Foro de São Paulo realizada no Memorial da América Latina, na capital paulista, em julho de 2005, informa Cláudio Dantas Sequeira na edição de hoje da Folha. A reportagem completa está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.

O encontro marcava o aniversário de 15 anos do grupo, que reúne os partidos de esquerda latino-americanos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da reunião.

A tentativa frustrada está registrada em e-mail atribuído a Raúl Reyes, obtido pela Folha, e foi confirmada pelo advogado colombiano Pietro Lora Alarcón. Professor da PUC-SP, Lora disse que foi procurado pelo padre Olivério Medina, então embaixador das Farc no Brasil. Porém, o pedido de Medina foi rejeitado pela secretaria executiva do Foro, que era dominado pelo PT.

Não teria sido a primeira vez que isso ocorria. As Farc também foram barradas num seminário ocorrido na Nicarágua, em 2004.

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26/10/2008 free counters

Assaltante entala em churrasqueira de Porto Alegre


Assaltante entala em churrasqueira de Porto Alegre (RS) após invadir uma casa na zona sul da capital gaúcha. O criminoso foi preso em flagrante por tentativa de furtoSandro Coelho/Agência RBS

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26/10/2008 free counters

Com avanço do mar, Caraguá será ilha em 2100, diz estudo

MARIANA BARROS
da Folha de S.Paulo

O município de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, pode se resumir a uma ilha em 2100. O prognóstico foi apresentado durante o Viva a Mata, evento da ONG SOS Mata Atlântica que começou ontem e vai até domingo, no parque Ibirapuera (zona sul).

Pesquisadores simularam em mapas possíveis elevações do nível dos oceanos nos próximos séculos, provocadas por mudanças climáticas como o aquecimento global.

"Previsões mais conservadoras indicam uma elevação do nível do oceano de 66 cm em 2100; outras, mais apocalípticas, prevêem um aumento de até seis metros", afirma Eduardo Reis Rosa, da empresa de geoprocessamento ArcPlan, um dos autores do estudo.

Se a simulação de seis metros parece alarmista demais, é preciso considerar que a de 66 cm é a mínima elevação prevista.

Planícies

A simulação foi feita nos municípios de Caraguatatuba, em São Paulo, e Niterói, no Rio de Janeiro, por serem áreas de planície litorânea. Também está em andamento um estudo semelhante sobre Iguape.

Em Caraguatatuba, cerca de 60% da área de praia ficará submersa se o oceano subir apenas 66 cm. Caso a elevação chegue a seis metros, mais de 16 quilômetros quadrados de área urbana e 0,2 quilômetros quadrados de mata atlântica serão inundados --apenas a parte central da cidade ficará acima do nível da água. O estudo abrange 320 km2 dos 484 quilômetros quadrados do município.

Já Niterói ganhará cara de Veneza se o mar avançar por ruas e avenidas; 0,6 km2 de vias será engolido pela água se o mar subir seis metros, assim como 0,04 quilômetros quadrados de árvores da mata atlântica. Com um avanço de 66 cm, 0,05 km2 de praia ficará debaixo d'água. A área de abrangência do estudo é de 13,6 quilômetros quadrados dos 129 quilômetros quadrados do município.

Segundo os pesquisadores, que usaram imagens feitas a partir de 1973 para compreender a dinâmica dessas cidades, é preciso considerar esses cenários nas ações de planejamento municipal e zoneamento ambiental dessas regiões.

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26/10/2008 free counters

Biografia mostra obsessão de Paulo Coelho pela fama

EDUARDO SIMÕES
da Folha de S.Paulo

Paulo Coelho nasceu morto. Com a sentença, na página 62 da biografia "O Mago", que chega hoje às livrarias, o jornalista Fernando Morais começa a dar contornos à história de obstinação de seu biografado: ao nascer, Coelho saiu vivo de uma asfixia com líquido amniótico, no ventre da mãe. Adolescente, foi hostilizado pelo pai, que o internou três vezes num hospício. Adulto, sobreviveu ao satanismo, às drogas e à crítica. E realizou o sonho que desde os dez anos alimentara como uma obsessão: ser um escritor lido e reconhecido em todo o mundo.

31.jan.2007/Efrem Lukatsky/AP
Diário de Coelho fala em "arranjar pistolões" para publicar livros
Diário de Coelho fala em "arranjar pistolões" para publicar livros

Morais começou a escrever a biografia em 2006, após seguir Coelho por dois meses, em viagens ao Oriente Médio e à Europa, e conviver por mais de um mês com o escritor, em sua casa na cidade de Saint Martin, na França. O que Morais viu nas viagens está registrado nos primeiros capítulos, uma amostragem do sucesso daquele que o biógrafo chama de "um brasileiro cujo trânsito internacional só se compara a Pelé".

Terminadas as viagens, no entanto, o livro tomou outros rumos. Morais leu um testamento em que o escritor havia determinado que um baú, guardado em sua casa no Rio, deveria ser incinerado com todo seu conteúdo logo após a sua morte. Morais insistiu para vê-lo.

"Pensei que era uma caixinha de sapato, um bauzinho de madeira. Mas era uma arca daquelas que as famílias usavam para viajar de navio", conta Morais.

"Lá estavam 40 anos de diários, em 170 cadernos grossos e mais uma centena de fitas cassetes. Quando acabei de ler tudo, descobri que tinha de jogar fora as cem páginas que já havia escrito porque o livro era outro. Eu tinha imaginado um personagem mais água de flor de laranjeira, mais light. Mas a história dele possuía uma dramaticidade que não tinha vindo à tona integralmente nos depoimentos dele e das outras pessoas."

Os tais diários de Paulo Coelho, diz Morais, deram a verdadeira dimensão do que o biógrafo chama de sua "busca incessante e neurótica da lenda pessoal", ou seja, a realização do sonho de ser escritor.
"Não é mero jogo de palavras. Tendo em vista a quantidade de adversidades que a vida pôs diante dele, não sei como não se suicidou, coisa que chegou a tentar", diz o biógrafo.

"O livro iria se chamar "O Sobrevivente". A primeira coisa que me chamou a atenção foi o fato de ele ter sobrevivido a tudo. Às drogas, ao hospício, aos pais hostis, ao satanismo e à crítica, depois que se tornou uma estrela."

Estresse

Morais conta que se "estressou" escrevendo "O Mago". Após abrir o baú, o biógrafo começou a lidar com uma "tentação forte" de se autocensurar, pois descobriu coisas da vida de Coelho que, se fosse sua própria biografia, não gostaria que se tornassem públicas.

"Comecei a me questionar se não estaria sendo desleal com ele, que abriu as vísceras para mim. Mas aí pensei o seguinte: recorrer a ele seria quebrar o pacto que eu havia proposto. E me expor à possibilidade de ele dizer não, e eu ter de aceitar."

A autocensura se referia, em parte, a passagens um tanto "picantes" da vida de Paulo Coelho, como as experiências homossexuais ou a relação sexual que ele teve com uma namorada em frente à tia muda e paralítica da moça. Para Morais, tais passagens são anedóticas e dão certo sabor ao livro. A sexualidade do mago, porém, tem grande peso na biografia.

"Há uma sucessão de acontecimentos que levam ele a ter essa sexualidade tortuosa. Ele cresce um menino feio, frágil e asmático. Depois vêm os surtos de terror que ele tinha com o inferno que os jesuítas descreviam para quem cometesse o pecado da masturbação. Aí a mãe leva ele para tomar remédio para crescer e surgem tetas nele. Então isso já vai criando certa confusão", conta Morais.

Até mesmo o laudo médico do manicômio, onde Coelho foi internado três vezes, entre os 15 e 17 anos, referia-se a sua sexualidade. "Ali está escrito que ele tinha dificuldades com sua sexualidade porque havia se recusado a operar de fimose. Pô, isso é interpretação pré-colombiana. Nove entre dez adolescentes preferem não fazer, e a mãe dele entendeu como sendo sinal de que era homossexual."

Morais diz que Coelho se aproximou de homossexuais no teatro e se confrontou com a dúvida: "Quem garante que a minha vida sexual é mais saborosa do que a daquele cara que é gay?".

"A única maneira de descobrir era tendo experiências. Da primeira vez, ele vai num mafuá de Copacabana e não consegue. Na segunda, sente-se desconfortável, nu, com outro homem na cama, e não consegue consumar a relação. Mas continua com medo e busca um parceiro no teatro. Depois de muita dificuldade, consuma o ato. Mas chega à conclusão de que não lhe dá prazer.

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26/10/2008 free counters

Espetáculo gratuito inspirado nas obras de Kandinsky está no CCSP

da Folha Online

Até o domingo, dia 22 de junho, o Centro Cultural São Paulo oferece gratuitamente na sala Jardel Filho o espetáculo infanto-juvenil "Lúdico", inspirado nas obras do pintor russo Wassily Kandinsky.

Divulgação
"Lúdico" oferece para as crianças um passeio pelo universo da criação de uma obra de arte
"Lúdico" oferece para as crianças um passeio pelo universo da criação de uma obra de arte

Com concepção e coreografia de Miriam Druwe, que assina a direção ao lado de Cristiane Paoli Quito, a encenação propõe um passeio pelo criação de uma obra de arte, em que cores e formas se agitam em busca de um espaço.

A reta, a curva, a tela, o ponto e os círculos são alguns dos personagens dessa história. A curva estilosa lembra a serpente, o ponto é o início de tudo e por ser o princípio, a tela branca foge dele, a reta é mandona, o círculo preto é sisudo e o vermelho, apaixonado.

O criador ao se deparar com todos estes elementos é engolido pela obra.

No palco, estão os bailarinos Adriana Guidotte, Tatiana Guimarães, Luciana de Carvalho, Sérgio Luiz, Bruno Rudolf e a própria Miriam Druwe.

As apresentações ocorrem aos sábados e domingos às 16h. A distribuição de ingressos é feita às 15h.

Confira mais informações sobre o evento

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26/10/2008 free counters

Sanguinetti: Repetirei à Justiça que laudo é inservível

Agencia Estado
O médico alagoano George Sanguinetti, contratado para analisar os laudos periciais do caso Isabella, disse hoje que manterá sua versão sobre o crime, mesmo se chamado a uma interpelação judicial. "Repetirei à Justiça que o laudo é inservível", afirmou em entrevista à Agência Estado. Segundo os laudos da polícia científica de São Paulo, Isabella de Oliveira Nardoni foi esganada e jogada da janela do 6º andar em 29 de março. O pai e a madrasta da menina, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, estão presos, acusados pelo assassinato, mas afirmam inocência. Na opinião de Sanguinetti, contratado pela família de Alexandre, a menina não foi esganada.

A Associação dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (Apcesp) prometeu entrar na segunda-feira com uma ação para pedir esclarecimentos ao médico. Em entrevista coletiva na última segunda-feira, Sanguinetti classificou o laudo oficial como "medíocre, falho e sem valor probatório". Os quatro peritos do Instituto de Criminalística que assinaram o laudo pretendem, ainda, processar o médico por danos morais. Não decidiram ainda, no entanto, quando protocolarão a ação. "Se for necessário, peço desculpas a eles em público, pois minha intenção foi criticá-los apenas profissionalmente", disse Sanguinetti.
( JÁ PEDIU DESCULPAS, SEI LÁ QUANTAS VEZES, DESNECESSARIAMENTE , QUERO SABER QUANDO OS LEGISTAS DE SÃO PAULO PEDIRÃO DESCULPAS AO CASAL ACUSADO E A POPULAÇÃO EM VEZ DE FICAR SE EXPONDO EM PROGRAMAS DE TV DE MANEIRA INFANTIL)
( O LAUDO FOI FEITO DE FORMA ERRADA, VÁ LÁ E CONCERTE DE MANEIRA ADULTA E PROFISSIONAL, SEM BLA BLA BLA, BRIGUINHAS RIDICULAS ARMADA POR PROGRAMA DE TV , NÃO ENTENDO PQ E COMO PROFISSIONAIS SE DEIXAM MANIPULAR DESSA FORMA AO VIVO !!! VAI ABAIXO A CREDIBILIDADE NA SERIEDADE DOS MESMOS, NÃO SE EXPONHAM AO RIDICULO, QUE VERGONHA! O CASO POR SI SÓ JÁ É HORROROSO AINDA TEMOS QUE VER ESSE TIPO DE COMPORTAMENTO E EU NÃO ESTOU ME REFERINDO AO DR.
George Sanguinetti, QUE TEM RESPONDIDO DE MANEIRA CLARA E SÉRIA ! )

Para a presidente da Apcesp, Maria do Rosário Serafim, a retratação não evitaria a ação judicial. "Ele só faltou acusar os profissionais de falsa perícia", disse. "O mínimo a fazer seria pedir desculpas com o mesmo estardalhaço com que os ofendeu." Maria do Rosário diz que os peritos juntarão à queixa-crime um vídeo da coletiva de Sanguinetti e a transcrição dela, com os trechos considerados ofensivos destacados. O médico reclamou da reação dos peritos paulistas: "Como não podem me rebater tecnicamente, eles me atacam no pessoal. Mas ninguém vai me calar."

Sanguinetti rebateu ainda informações da Associação Brasileira de Medicina Legal (ABML), de que não seria legista e nunca teria realizado qualquer exame necroscópico. "Sou formado em psiquiatria, mas habilitado em medicina legal por ação do tempo", afirmou. "De qualquer forma, meu mérito está em ter verificado erros no trabalho da perícia paulista." Questionado se já havia feito exames cadavéricos, Sanguinetti respondeu que atuou como perito oficial em "vários casos" e dirigiu o Instituto Médico Legal (IML) de Maceió. Diante da insistência na pergunta, respondeu seco: "Sim."

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26/10/2008 free counters

Mianmar despeja vítimas dos abrigos

Funcionário da ONU diz que elas são abandonadas sem suprimentos

AFP E AP

A junta militar de Mianmar começou ontem a expulsar as vítimas do ciclone Nargis dos acampamentos e abrigos criados pelo governo, aparentemente para evitar que eles se tornem permanentes, segundo denúncia das Nações Unidas.

De acordo com Teh Tai Ring, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), oito acampamentos instalados no povoado de Bogalay, no delta do Rio Irrawaddy, foram “totalmente esvaziados”. “O governo está desalojando as pessoas sem avisá-las”, disse Ring. “Eles estão abandonando essa gente em zonas afastadas das aldeias praticamente sem nada.”

Mais tarde, a Unicef emitiu um comunicado fazendo a ressalva de que as declarações foram feitas com base em relatos não confirmados. Em Rangun, mais de 400 pessoas, habitantes da aldeia de Laguna, foram expulsas de uma igreja que lhes servia de refúgio, de acordo com um religioso que não quis se identificar. “Essas pessoas perderam suas cassa, famílias e toda a aldeia foi arrasada”, disse. “Eles não têm para onde ir.”

Com exceção de mulheres grávidas, crianças e doentes graves, os desabrigados foram transportados em 11 caminhões. Segundo as autoridades, eles serão levados para outro acampamento em Myaung Mya, vilarejo pouco afetado pelo ciclone. O governo disse que as pessoas estavam sendo transferidas porque já deu por finalizada a fase de “assistência” às vítimas do desastre e pretende iniciar a etapa de “reconstrução”.

O ciclone Nargis atingiu Mianmar no início do mês, matando 77 mil birmaneses, segundo o governo - 130 mil, de acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A ONU divulgou que entre 1,5 milhão e 2,5 milhões de birmaneses ficaram sem alimentos e água. Mas a junta militar que governa o país só aceitou alguma ajuda humanitária estrangeira após muita pressão internacional.

Ontem, a junta birmanesa incitou a população afetada pelo Nargis a “comer rãs” em vez de aceitar os “tabletes de chocolate” enviados pela comunidade internacional. A sugestão foi feita num artigo publicado no diário oficial, Nova Luz da Birmânia, em que se critica o fato da comunidade internacional ter colocado como condição para o envio de mais recursos o acesso de organizações humanitárias estrangeiras ao delta de Irrawaddy.

“A população é capaz de se recuperar do ciclone, mesmo sem a ajuda internacional”, diz o Nova Luz da Birmânia. “(Os habitantes das zonas costeiras) podem conseguir peixes e há grandes rãs comestíveis em abundância.”

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