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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Não sei de qual novela é essa foto do Fábio:

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26/10/2008 free counters

"O Primo Basílio"

(Nota velha)





Trailer do filme



Daniel Filho começa a filmar adaptação de "O Primo Basílio" em outubro

26 de agosto de 2006

O romance "O Primo Basílio", que o escritor português Eça de Queiroz escreveu em 1878, inspira Daniel Filho a gritar "ação!" em mais um set de filmagem. A partir de outubro, o diretor roda uma adaptação dessa clássica trama de adultério, transferindo o cenário de Lisboa para São Paulo, no ano de 1958. Com roteiro de Euclydes Marinho, trata-se da história de Luísa (Deborah Falabella), uma jovem romântica casada com Jorge (Reynaldo Gianechini), um engenheiro envolvido na construção da nova capital federal, Brasília. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela reencontra o primo Basílio (Fabio Assunção), sua antiga paixão, que volta ao Brasil após anos estudando no exterior. Mais nomes de peso completam o elenco, como Glória Pires, no papel da empregada Juliana, Simone Spoladore, como a desquitada Leopoldina, e Zezeh Barbosa, como a empregada Joana. Quem assina o projeto é a Lereby Produções, em co-produção com Globo Filmes, Miravista e Total Entertainment. O longa chegará às telas em 2007 , com distribuição da Buena Vista.

(Não assisti)





SITE DO FILME

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26/10/2008 free counters

VÍDEO: Morrem atores Rubens de Falco e Oswaldo Louzada

da Folha Online

Nesta sexta-feira as artes dramáticas sofreram uma dupla perda, com as mortes de Rubens de Falco e de Oswaldo Louzada.

Falco morreu aos 76 anos nesta manhã, ao sofrer uma parada cardíaca, no Centro Integrado de Assistência ao Idoso. Há dois anos ele estava internado na instituição para se recuperar de uma AVC (Acidente Vascular Cerebral, termo técnico para designar um derrame). A repórter da Ilustrada Dayanne Mikevis traz as informações.










O ator foi consagrado pelo papel de Leôncio na primeira versão da novela "Escrava Isaura", produzida pela TV Globo na década de 70. Em 2005, ele voltou à novela para o papel de comendador Almeida na versão produzida pela Record.

A emissora da Barra Funda divulgou uma nota de pesar pela morte de Falco.

Além de "Escrava Isaura", Falco participou das novelas "Sinha Moça", "Bambolê", "Brida", "Drácula", "Pacto de Sangue", entre diversas outras produções em emissoras como Globo, Record, SBT, Bandeirantes e TV Tupi.

A outra grande perda foi o ator Oswaldo Louzada, que morreu aos 95 anos no Rio de Janeiro devido a falência múltipla dos órgãos. Louzada interpretou um idoso que enfrentava os maus tratos da neta na novela "Mulheres Apaixonadas" em 2003. Seu último trabalho foi "Sob Nova Direção", da Globo.

O videocast é mais um produto gratuito que a Folha Online oferece para seus leitores. O programa é apresentado por Vivian Retz.

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26/10/2008 free counters

EÇA DE QUEIRÓS E ACRÍTICA AO COMPORTAMENTO DA MULHER NA SOCIEDADE PORTUGUESA

EÇA DE QUEIRÓS E ACRÍTICA AO COMPORTAMENTO DA MULHER NA SOCIEDADE PORTUGUESA

“Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, ai entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto”. (Machado de Assis)


RESUMO: Eça de Queirós revela em suas obras uma crítica ferrenha ao tradicionalismo da sociedade burguesa e ao conservadorismo da igreja especificamente na segunda fase, composta pelos romances que formam a trilogia conhecida como Cenas da Vida Portuguesa mais o romance A Relíquia. Neles, o autor expõem as mulheres, na maioria das vezes, como adúlteras ou beatas. Esse papel desempenhado pela figura feminina procura desvelar toda a hipocrisia e moral decadente do século XIX por meio de uma análise psicológica que visa criticar para corrigir a sociedade da época

PALAVRAS-CHAVES: adúltera, beata, burguesa, lisboeta.

Eça de Queirós, o precursor do Realismo em Portugal, revelou em suas obras uma crítica mordaz ao tradicionalismo da burguesia e ao conservadorismo da igreja que impedia o desenvolvimento natural da sociedade.O romancista ao falar da classe social vigente revela a hipocrisia e a moral decadente do século XIX por meio de uma análise psicológica na qual a figura feminina sempre tinha um papel determinante em todas as suas obras.

Ao falar da sociedade burguesa o autor demonstra uma grande preocupação com a “deficiente” educação das mulheres da burguesia lisboeta, apenas preparada para o casamento rico, a ociosidade doméstica (suprida por criadas ou amas), a beatice, as fantasias sentimentais ”.

Essas preocupações do autor estão presentes principalmente nos romances da sua segunda fase que se inicia com O crime do padre Amaro, nele as figuras femininas principais a Sra. Joaneira e a filha Amélia são beatas convictas, no entanto mesmo conhecendo todos os dogmas da igreja elas infringem-nos ao manterem casos amorosos com o clero. Enquanto a Amélia mantém um romance com o pároco Amaro, a mãe vivia a muitos anos um caso amoroso com o cônego Dias: “ ...Que gente era aquela, a S. Joaneiro e a filha, que viviam assim sustentadas pela lubricidade tardia de um velho cônego? As duas mulherinhas que diabos, não eram honestas! ”.
A obra seguinte O primo Basílio, a crítica volta-se para a mulher da burguesia lisboeta. Neste romance a protagonista Luísa é apresentada como uma burguesa de Lisboa casada, sentimentalista, mal-educada e sem valores morais que se casa “no ar” com Jorge um engenheiro de minas. Essa personagem representa as mulheres burguesas da época incapazes de ações e de reflexões.Viviam ociosamente sobre o temperamento romântico, alimentado por leituras de Walter Scott e de outros livros “açucarados”, que propiciasse “devaneios” como A Dama das Camélias,de Alexandre Dumas
O romance Os Maias analisa a mulher da alta sociedade aqui representada pelas adúlteras Maria Monfort e a condessa de Gouvarinho, ambas tem uma vida fútil, regadas a festas noturnas, passeios e jogos.
Maria Monfort e uma das personagens principais, e a partir dela que transcorrerá toda a trama. E apresentada como uma moça mimada que costuma ter tudo o que deseja. Era filha única de um rico comerciante, no entanto apesar de toda a fortuna Maria não era aceita nos lugares em que as famílias lisboetas conservadoras costumavam freqüenta. Essa rejeição, por parte da burguesia portuguesa, dava-se por causa da origem da riqueza de seu pai que era proveniente do tráfico negreiro. A bela rapariga só poderia ir a tais lugares se tivesse um sobrenome de prestígio, por isso casa-se com Pedro da Maia, mas em seguida apaixona-se por um príncipe e foge abandonando o marido juntamente com um filho.
A condessa de Gouvarinho mantém um caso com Carlos Eduardo da Maia e faz de tudo para destruir seu romance com Maria Eduarda. Essa personagem apresenta características semelhantes as das outras adúlteras de Eça de Queirós, no entanto ao contrário de Luísa e Maria Morfort que morria de medo que os seus maridos, ou a sociedade descobrissem as suas traições a condessa Gouvarinho não se preocupando com os padrões impostos pela sociedade.
As beatas também são representadas nesse romance através das figuras da mulher de Afonso da Maia que segundo ele é a grande responsável pela tragédia que sucedera ao filho, pois o criara sobre uma educação precedida pela igreja.
As outras beatas são Terezinha e sua mãe esta vê pecado em tudo e até proíbe a filha ainda criança de brincar com Carlos da Maia por ele ser homem, aquela como boa católica atende a mãe, mas torna-se uma pessoa triste é frustrada.
Em toda a obra notamos uma critica a religião. Para Afonso da Maia o fanatismo religioso empobreceu seu país, levou sua esposa e filho a morte. Já Carlos Eduardo acha que ela tornou as mulheres feias por não se arrumarem para não despertarem pecados e tristes por só viverem sofrendo e se penitenciando por causa do pecado que elas vêem em tudo.
Em A Relíquia o fanatismo religioso chega ao auge com Dona Maria do Patrocínio, a Titi, uma beata que vê pecado até na natureza, achava-a obscena por ter criado dois sexos. Vivia só na companhia de duas criadas, obrigatoriamente castas como ela. As únicas figuras masculinas freqüentadoras da casa eram os padres e o tabelião Justino. Apesar de temente a Deus as ações de Tia Patrocínio deturpam-na, visto que são sempre marcadas pela fúria, falta de piedade e rancor proveniente de um ódio em relação ao pecado.
Eça de Queirós queria montar com esses romances um painel crítico da sociedade portuguesa, na qual concedera à educação e ao comportamento feminino uma grande importância. As mulheres dessa época tinham uma educação que visava apenas prepara-las para um casamento rico, e uma vida de beatice e futilidade sentimental as quais o autor apresentava em muitas de suas obras fazendo com que seus personagens irreverentes, atormentados, cheios de pesadelos pudessem nos mostrar a outra face do mundo, a que nunca vemos ou nunca queremos ver.

REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS

MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. 25 Ed.: São Paulo: Cultrix, 1990.
MOISES, Massaud. A Literatura Portuguesa em Perspectiva. São Paulo: Atlas, 1994.
QUEIRÓS, Eça de. A Relíquia. Santiago: [s/ed.], 1997.
QUEIRÓS, Eça de, O Crime do Padre Amaro. São Paulo: Ática, 2000.
QUEIRÓS, Eça de. O Maias. Belo Horizonte: Editora Itatiaia Limitada, 1980.
QUEIRÓS, Eça de. O Primo Basílio. Rio de Janeiro: Ediouro, [s/d].
SARAIVA, José Antônio.História da Literatura Portuguesa. 16 Ed: Porto Editora LDA, [s/d].


janayres
Publicado no Recanto das Letras em 13/03/2006
Código do texto: T122422

FONTE: Recanto das Letras

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