[Valid Atom 1.0]

sábado, 29 de novembro de 2008

Pais são presos e indiciados por morte de bebê em SP


Hospital de Itu, no interior de São Paulo, denunciou pais à Polícia Civil.
Criança tinha marcas de violência sexual e mordidas, segundo médica.

Do G1, em São Paulo, com informações da TV Tem

Tamanho da letra

Os pais do bebê de cinco meses que deu entrada morto em um hospital em Itu, a 101 km de São Paulo, foram detidos pela polícia e indiciados por homicídio qualificado, segundo informou neste sábado (29) a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

Eles são suspeitos da morte da criança. O caso é investigado pela Polícia Civil de Itu.

A criança foi levada pelos pais, uma adolescente de 17 anos e um jovem de 24 anos, a um hospital da cidade na noite de sexta-feira (28). Ele foi preso em flagrante e a mulher, por ser menor de idade, apreendida.

De acordo com o boletim de ocorrência do caso, os pais apresentaram versões contraditórias. A mãe contou que a criança se machucou quando era levada ao colo. Ela disse ter desmaiado e caído junto com a criança, que chegou sem vida ao hospital.

Entretanto, os médicos desconfiaram de maus-tratos a partir da incompatibilidade entre a gravidade dos ferimentos e a versão apresentada pela adolescente. Os médicos contaram à polícia que a criança já havia morrido pelo menos quatro horas antes do atendimento. Ela teria ferimentos por todo o corpo, a maioria antigos. A mãe confirmou para a polícia que beliscava a criança para ela pegar no sono.

A médica que prestou o atendimento disse que havia marcas de violência sexual e mordidas por todo corpo da criança. A mãe disse que as mordidas não eram sinais de agressão e descartou abuso. "Eu mordi para tentar reanimar ela. Ninguém fez violência sexual com ela. O sangue deve ter saído porque eu fiz muita força na barriga dela para tentar fazer ela voltar a respirar", afirmou a mãe. A SSP não soube informar se um exame para averiguar suspeita de violência sexual foi realizado no corpo do bebê.

Ainda de acordo com a investigação, dois meses atrás o bebê já havia sofrido fratura no fêmur. Segundo a mãe, o acidente foi provocado por um descuido. "Eu deixei ela na beira da cama e fui fazer a mamadeira dela e ela caiu", disse.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Centro judaico Chabad Lubavitch pode desabar, diz jornal

colaboração para a Folha Online

Um dia depois das autoridades indianas explodirem a parede do centro judaico, Chabad Lubavitch, em Mumbai, na Índia --na tentativa de libertar os reféns dos atentados da última quarta-feira (26)-- o prédio corre o risco de desabar. A informação foi divulgada neste sábado pelo jornal local "Times of India".

"Os interiores dos cinco andares do prédio estão repletos de detritos, resto de explosivos e móveis quebrados. Apesar da polícia ter isolado a área na manhã deste sábado, o prédio corre o risco de desabar", informou o jornal que disse ainda que a polícia realizou uma análise detalhada no imóvel hoje.

Os ataques ocorridos na quarta-feira (26) mataram 195 pessoas e feriram cerca de 300. Foram atingidos pontos populares entre ocidentais, como os hotéis de luxo Taj Mahal Palace e Oberoi Trident, o centro judaico Chabad Lubavitch e o famoso Café Leopold, freqüentado por turistas e por profissionais de Bollywood, como é chamada a indústria cinematográfica indiana.

Nos hotéis e no centro judaico foram mantidos reféns. Os grupos foram libertados na sexta-feira (28). Os últimos terroristas, porém, --três que resistiam no hotel Taj-- foram mortos hoje.

Segundo a publicação, cerca de 12 pessoas moravam no prédio. Shagufta Sheikh, moradora do centro, soube dos atentados pela televisão. "Eu estava na casa dos meus pais quando o meu irmão mais novo me chamou para avisar que tinham atacado o centro", afirmou Sheikh ao jornal.

De acordo com um engenheiro, os explosivos usados pelas autoridades para libertar os reféns podem ter comprometido a estrutura do prédio. O centro judaico foi um dos locais mais dramáticos dos atentados ocorridos em Mumbai. No local, o rabino Gavriel Holtzberg, 29, e a mulher, Rivka, 28, pais de um bebê de dois meses, foram mantidos reféns e mortos pelos terroristas.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Interferência dos EUA contribui para terror na Índia; ouça diplomata

IAGO BOLÍVAR
colaboração para a Folha Online

A subida ao poder no Paquistão de Asif Ali Zardari, em setembro passado, e a ofensiva que se seguiu contra as áreas tribais em que se refugiam aliados do Taleban e da Al Qaeda criaram um ambiente de radicalização que pode ter contribuído para os ataques em Mumbai, na Índia, que mataram ao menos 148 pessoas.

É o que diz o diplomata Amaury Porto de Oliveira, coordenador para a Ásia do Grupo de Análise de Conjuntura Internacional (Gacint) do Instituto de Estudos Avançados da USP, ao analisar os fatores externos que influenciaram o terrorismo na Índia.

Arte/Folha Online
Mapa do Paquistão
Mapa do Paquistão

Para Oliveira, a ação militar e de inteligência dos EUA está na origem da desestabilização da área. Ele lembra que a eleição de Zardari, o viúvo da ex-premiê Benazir Bhutto, assassinada em 2007, aconteceu após a queda do ditador Pervez Musharraf --o mais recente de uma linhagem de aliados complicados dos EUA na região.


Nos anos 80, a CIA (agência de inteligência norte-americana) ajudou a insurgência islâmica que expulsou as tropas da União Soviética do território afegão. Apoiado pelos EUA na luta contra os soviéticos, Bin Laden acabou criando a Al Qaeda, enquanto o serviço secreto paquistanês ajudou a dar origem ao Taleban.

"Nunca mais os EUA conseguiram aplicar em relação àquela área uma política coerente, justa", avalia o embaixador.

O grupo de Bin Laden, protegido pelos talebans que dominaram o Afeganistão, lançou-se em uma série de ataques a alvos ocidentais até o auge da agressão, em 11 de setembro de 2001. A invasão do Afeganistão em 2001 ajudou a desestabilizar a região ao norte da Índia, criando as condições para o crescimento do extremismo islâmico.

Para o diplomata, a reação dos extremistas islâmicos do Paquistão está além da questão da Caxemira, área de disputa entre Índia e Paquistão desde 1947, e da disputa interna no país entre a maioria hindu e a minoria muçulmana.

"Não é mais aquela simples luta entre Índia e Paquistão em torno da questão da Caxemira', diz ele. 'Está certamente ligada a toda a questão do Afeganistão, à política do governo [do presidente americano George W.] Bush de, afinal, enfrentar a questão dos terroristas, dos talebans asilados naquelas zonas tribais no Paquistão."

"Eles passaram a atacar de dois meses para cá diretamente, a enviar helicópteros etc. Isso provocou uma resposta irada desses grupos", afirma Oliveira.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Quase 400 corpos são encontrados em mesquita na Nigéria

da France Press

Um onda de violência pós-eleitoral entre cristãos e muçulmanos provocou a morte de 381 pessoas em uma mesquita de Jos, cidade no centro da Nigéria, informou o correspondente da rádio local, RFI (Rádio França Internacional).

"Estava na mesquita central na tarde deste sábado, e contei 378 corpos. Porém, quando estava me preparando para ir embora, outros três corpos foram trazidos", disse o correspondente Aminu Manu.

A cidade de Jos foi palco nos dois últimos dias de confrontos sangrentos entre muçulmanos e cristãos, com ambos os lados reivindicando a vitória em uma eleição local realizada na quinta-feira. O governador do Estado, Jonah Jang, ordenou hoje um toque de recolher de 24 horas em quatro bairros de Jos.

"Centenas de pessoas foram mortas nos dois últimos dias. Há restos de corpos queimados em alguns bairros da cidade", disse Yakubu Pam, representante da Igreja cristã em Jos

A Cruz Vermelha nigeriana não podia fornecer de imediato um balanço dos mortos, mas segundo seu diretor em Jos, Dan Tom, "muitos corpos ainda não foram retirados das ruas". De acordo com Tim, mais de 10 mil pessoas tiveram que fugir de suas casas e estão refugiadas em igrejas, mesquitas e quartéis do Exército e da polícia.

O correspondente da RFI também disse ter visto uma centena de pessoas baleadas que afirmavam ter sido feridas por tiros disparados por policiais e soldados. De acordo com um porta-voz da polícia, os enfrentamentos começaram na sexta-feira depois da propagação de rumores segundo os quais o ANPP (Partido de Todos os Povos Nigerianos) foi derrotado nas urnas pelo PDP (Partido Democrático do Povo).

Mesquitas e igrejas foram invadidas durante os confrontos. O ANPP é tradicionalmente considerado como um movimento de maioria muçulmana, e o PDP como um partido de maioria cristã.

O presidente da Nigéria, Umaru Yar'Adua, ordenou na noite de sexta-feira ao Exército que faça o necessário para retomar o controle da situação em Jos. O acesso norte a Jos estava bloqueado neste sábado. Além disso, não era possível entrar na cidade por via aérea.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Tiros fecham shopping em Campo Grande por 20 minutos


Segundo a polícia, criminoso disparou contra vítima.
Homem foi atingido no ombro.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Tamanho da letra

Tiros disparados na Rua Viúva Dantas, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, feriu um homem e deixou um shopping da região fechado por 20 minutos na tarde deste sábado (29). Segundo policiais do Regimento de Polícia Montada do bairro, um homem se aproximou da vítima e disparou.


O homem, que foi encaminhado para o Hospital Rocha Faria, foi ferido com dois tiros no ombro. De acordo com informações do hospital, ele não está grave.


O Passeio Shopping já reabriu as portas. Segundo a assessoria do local, o comércio fechou por medida de segurança.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Pesquisadores da USP testam nova terapia contra o ronco


Patrícia Sá Rego - Extra

Dois pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo uma injeção contra o ronco. A substância é injetada no céu da boca - o palato mole, parte que vibra quando se está dormindo e causa o ronco em algumas pessoas - para enrijecer o local e diminuir o barulho.

Os médicos Michel Cahali e Fábio Lorenzetti testam dois produtos químicos (oleato de etanolamina e etanol) em 30 pacientes, no Hospital das Clínicas da USP, há dois anos. Outras 18 pessoas devem participar até o ano que vem, quando está prevista a conclusão do estudo. A injeção deve ser disponibilizada em dois anos.

- Estamos inovando ao usar produtos que eram utilizados em diferentes partes do corpo, com outras finalidades, como para esclerosar varizes - explica Cahali.

Preço como diferencial

Segundo o médico, o preço é a vantagem desse método:

- O kit para uma aplicação dessas custa R$ 25. A radiofreqüência (reação através do calor), um outro método utilizado contra o ronco, custa R$ 900 e faz a mesma coisa.

A aplicação da injeção é feita no consultório e o paciente vai para casa no mesmo dia. São necessárias cerca de duas sessões. Em cada uma delas, três pontos do palato são endurecidos.

- A picada dói como uma anestesia de dentista. É uma dor leve - explica o médico.

Os pesquisadores dizem que ainda não viram a região voltar a amolecer. No entanto, eles avaliam que é provável que sejam necessárias novas aplicações depois de alguns anos, pois o envelhecimento provoca alterações na garganta que levam à frouxidão.

Tratamento para alguns

Só uma pequena parcela da população está apta a fazer a terapia com as duas substâncias: de uma a duas pessoas num grupo de cada 25 pacientes que roncam de maneira incômoda. O tratamento não serve para quem tem apnéia, o grau mais grave do ronco.

- Podem fazer o tratamento pessoas que não têm apnéia, não são obesas, que não tenham o pescoço muito grosso e que tenham um formato de garganta específico, a ser avaliado pelo médico.

A injeção também não é indicada para os alérgicos às substâncias utilizadas na terapia e para aqueles que fizeram cirurgias de retirada de pedaços do céu da boca.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

José Alencar é internado em São Paulo com forte dor abdominal

da Folha Online

O vice-presidente José Alencar foi internado no hospital Sírio Libanês, na zona sul de São Paulo, na tarde deste sábado (29) com quadro de dor abdominal aguda. Após a realização de exames foi diagnosticada enterite --uma inflamação intestinal.

Alan Marques/Folha Imagem
O vice-presidente José Alencar foi internado sábado (29) no Hospital Sírio Libanês, em SP
O vice-presidente José Alencar foi internado sábado (29) no Hospital Sírio Libanês, em SP

A equipe que atende o vice-presidente é composta pelos doutores Paulo Hoff, Roberto Kalil Filho e Marcel Cerqueira César Machado. Não há previsão de alta.

Em setembro deste ano, Alencar foi submetido a uma cirurgia para tratar um tumor no abdome. O vice-presidente estava fazendo tratamento com quimioterapia para controlar o câncer, mas, como o tumor reapareceu, os médicos decidiram fazer a cirurgia --a quarta na mesma região.

Em julho, Alencar admitiu que o tumor no abdome havia voltado, mas que, apesar do diagnóstico, manteria normalmente suas atividades de trabalho.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters














Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Flora coloca drogas no carro de Halley


O Estado de S.Paulo


- Flora (Patrícia Pillar) vai armar uma cilada para Halley (Cauã Reymond). O rapaz está parado em um sinal de trânsito, quando se envolve em um acidente. Enquanto ele olha o estrago, o motorista de outro carro joga um saco de cocaína no banco traseiro do seu veículo. É aí que a polícia se aproxima e faz o flagrante.Flora (Patrícia Pillar) faz questão de contar o fato para Irene ( Glória Menezes) e Lara (Mariana Ximenez).

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

ONG que ajudou vítimas do furacão Katrina chega a SC

ALLAN SANTIN
colaboração para a Folha Online, em Santa Catarina

Os voluntários Peter Leach e Shawn Halbert, da ONG inglesa Shelter Box, chegaram neste sábado a Blumenau para oferecer auxílio às vítimas da enchente e série de deslizamentos que assolam a região desde o último domingo (23). A organização já atuou em mais de 60 países oferecendo abrigo para as vítimas de desastres como o tsunami que atingiu a Ásia, em 2004, e as vítimas do furacão Katrina nos Estados Unidos, em 2005.

As caixas-abrigo que levam o nome da organização são kits com barraca, cama, kit de primeiros socorros, equipamentos de cozinha e equipamento de purificação de água. A tenda à prova d'água do kit é capaz de abrigar até 10 pessoas e tem 16m2.

O grupo foi chamado pelo Rotary Club do Estado. A organização é um dos patrocinadores e parceiros do projeto, que existe desde 2000.

Segundo a ONG, mais de 600 mil caixas já foram utilizadas pela instituição que é reconhecida internacionalmente por seu trabalho

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Segurança do Rio planeja uso de ‘maconhômetro’


Aparelho, ainda em teste, detecta uso de drogas em apenas 90 segundos.
Segundo o fabricante, novidade só deve chegar ao mercado em 2010.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio


Bafômetro Medidor de drogas - maconhômetro (Foto: Divulgaçã / Philips)

O núcleo de novas tecnologias da Secretaria de Segurança do Rio estuda o uso de uma espécie de bafômetro para indicar o uso de drogas, que vem sendo chamado de “maconhômetro”. O aparelho indica graças a saliva e em apenas 90 segundos se a pessoa consumiu substâncias como maconha, cocaína, heroína e metanfetamina.

Mas, apesar dos planos, a novidade ainda vai demorar a chegar ao mercado e às patrulhas fluminenses. Ainda em fase de testes em vários países do mundo, o aparelho será comercializado para poucos clientes no segundo semestre de 2009, para aperfeiçoamento do produto, e só deve estar disponível para venda em larga escala em 2010.

Segundo a Secretaria, técnicos avaliam o uso futuro da ferramenta, mas ainda não há projeto sobre o assunto.

“A primeira colaboração é um meio de demonstrar a excelência e a eficiência da nova tecnologia, trabalhando de maneira muito próxima de departamentos governamentais e forças policiais. A Magnotech proporciona um resultado altamente preciso em menos de dois minutos com uma amostra de saliva”, explica Marcel van Kasteel, vice-presidente e CEO da Área de Imunoensaios Portáteis da Philips, que desenvolve os testes junto com uma empresa holandesa.



Países como Reino Unido, Austrália, Itália, Espanha, Alemanha e Estados Unidos já têm feito os testes e ainda não há previsão de fazê-los no Brasil.

Aparelho identifica enfarto

Chamado de Magnotech, ele usa nanopartículas para avaliar moléculas em concentrações muito reduzidas. Uma única gota de sangue ou saliva é suficiente.

Segundo o fabricante, a tecnologia deve servir ainda para agilizar atendimentos de paramédicos e emergências de hospitais, para realização de exames de sangue, com capacidade de identificar até a substância que indica se um paciente está sofrendo um enfarto.

“A Magnotech pode dar ao setor de diagnóstico in-vitro a opção de retirar alguns testes do laboratório”, explica o executivo.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Indian forces kill last gunmen in Mumbai


Indian soldier
An indian soldier prepares to move in on the smoking Taj Mahal Palace Hotel in the final stages of the seige

Officials say the death toll in the terrorist attacks on Mumbai has risen to 195 as more bodies have been discovered after commandos ended the siege on a luxury hotel.

Indian commandos killed the last remaining gunmen holed up at a luxury Mumbai hotel Saturday, ending a 60-hour rampage through India's financial capital.

Orange flames and black smoke engulfed the landmark 565-room Taj Mahal hotel after dawn Saturday as Indian forces ended the siege in a hail of gunfire, just hours after elite commandos stormed a Jewish center and found six hostages dead.

"There were three terrorists, we have killed them," said J.K. Dutt, director general of India's elite National Security Guard commando unit.

At least 16 foreigners and 20 soldiers and police were among the dead. Some 295 people were also wounded in the violence.

Explosions continued rock the hotel after the battle as soldiers blasted open doors and detonated explosives found on the gunmen as they swept the hotel once more looking for survivors and booby traps left by the militants.

Some hotel guests were still believed to be in their rooms. "They are still scared, so even when we request them to come out and identify ourselves, they are naturally afraid," said Dutt.

Outside, anxious relatives stood in groups hoping family members trapped inside would walk out. Many had been keeping a vigil since the attack began.

At first, waiter Joseph Joy Pulithara thought the blasts were rows of liquor bottles exploding for some reason behind the Mumbai hotel's sleek bar. Running to the scene, he found a woman screaming — and a young man spraying gunfire.

The gunman was a member of a team that was well-armed, well-prepared and had just begun a two-day siege that would shut down India's financial and entertainment capital, leave more than 150 people dead and 370 injured, and turn the city's ritzy seaside district into a scene of horror.

There was almost no time to escape. "Within two minutes, they were on us," Andreina Varagona of Nashville, Tenn., said from her hospital bed in the intensive care unit. Wounded in the right leg and right arm, her curly brown hair was still caked with a friend's blood two days later.

An Indian commando said the attackers were indiscriminate. "Whoever came in front of them, they fired."

Inside the Taj Mahal and the Oberoi hotels, with their hundreds of rooms, the gunmen often seemed to have the advantage.

"These people were very, very familiar with the hotel layouts and it appears they had carried out a survey before," said an unidentified member of India's Marine Commando unit, his face wrapped in a black mask.

The gunmen moved skillfully through corridors slick with blood, thwarting efforts to pin them down, and switched off lights and plunged the rooms into darkness to further confuse the commandos.

The militants were ready for a long siege. One backpack the commandos found had 400 rounds of ammunition inside. Some of the gunmen carried almonds. They also had dollars, rupees and credit cards from local and international banks.

The commandos were hampered, too, because they could not use overwhelming force for fear of hitting the hundreds of civilians who were caught in the hotels.

Many guests hid in their rooms until they were rescued. Others were not so lucky.

The gunmen "appeared to be a determined lot, wanting to create and spread terror," a commando said.

Pulithara found panicked diners and staff running through the hotel bar. In the chaos, it took him a moment to realize he had been shot.

"My friend said there was a hole in my pants, and I was bleeding," said Pulithara, 22, who was hit in the leg.

He saw another colleague shot in the head — "She died on the spot," he said — but he said he managed to pull a tourist to safety through a fire exit. Then he ran down a flight of stairs, and was free.

For hundreds of others inside the hotels, however, the ordeal was just beginning.

By Saturday morning the death toll was at 195, the deadliest attack in India since the 1993 serial bombings in Mumbai killed 257 people. But officials said the toll from the three days of carnage was likely to rise as more bodies were brought out of the hotels.

With the end of one of the most brazen terror attacks in India's history, attention turned from the military operation to questions of who was behind the attack and the heavy toll on human life.

Even as the battle ended, Indians began burying their dead, many of them security force members killed fighting the gunmen.

In the southern city of Bangalore, black-clad commandos formed an honor guard as the flag-draped coffin of Maj. Gen. Unnikrishnan, who was killed in the fighting at the Taj, passed by. "He gave up his own life to save the others," said Dutt.

Bhushan Gagrani, the Maharashtra state government spokesman, told The Associated Press at least 11 gunmen had been killed and one captured alive after the attack that shook the city and the country.

"There is a limit a city can take. This is a very, very different kind of fear. It will be sometime before things get back to normal," said Ayesha Dar, a 33-year-old homemaker.

Authorities scrambled to identify those responsible for the unprecedented attack, with Indian officials pointing across the border at rival Pakistan, and Pakistani leaders promising to cooperate in the investigation. A team of FBI agents was ordered to fly to India to help investigate.

The attack was claimed by a previously unknown group calling itself the Deccan Mujahideen, but Indian officials pointed the finger at neighboring Pakistan.

On Saturday the Indian navy said it was investigating whether a trawler found drifting off the coast of Mumbai, with a bound corpse on board, was used in the attack

Navy spokesman Capt. Manohar Nambiar said the trawler, called "Kuber," was found Thursday and brought to Mumbai. Television footage showed a bound body lying face down on the deck.

Media reports said the man was the boat's skipper and had been killed when the trawler was hijacked after it sailed from Karachi, Pakistan. That could not be immediately confirmed.

Indian security officers believe many of the gunmen may have reached the city from a boat using a black and yellow rubber dinghy found near the site of the attacks.

India's foreign minister said the blame appeared to point to Pakistan. "According to preliminary information, some elements in Pakistan are responsible for Mumbai terror attacks," Pranab Mukherjee told reporters.

Jaiprakash Jaiswal, India's home minister, said the captured gunmen had been identified as a Pakistani.

Pakistani Prime Minister Yousuf Raza Gilani insisted on Friday that his country was not involved. On Saturday Pakistan withdrew a pledge to send its spy chief to India to help probe the attacks.

Zahid Bashir, a spokesman for Gilani, told The Associated Press on Saturday a lower-ranking intelligence official would travel instead.

President-elect Barack Obama said he was closely monitoring the situation. "These terrorists who targeted innocent civilians will not defeat India's great democracy, nor shake the will of a global coalition to defeat them," he said in a statement.

The attackers were well-prepared, apparently scouting some targets ahead of time and carrying large bags of almonds to keep up their energy during a long siege. One backpack found contained 400 rounds of ammunition.

India has been shaken repeatedly by terror attacks blamed on Muslim militants in recent years, but this was more sophisticated — and more brazen.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Los números del VIH



Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Los apóstoles del diluvio y las inundaciones


RAMY WURGAFT desde Santa Catarina (Brasil)

28 de noviembre de 2008.- A bordo de la lancha vienen unas monjas y de pie en la proa, un individuo de cabello rubio vestido entero de negro. Cuando la embarcación ha sorteado los troncos que flotan deriva y el cadáver de una vaca que quedó atrapado entre las ramas, el pastor Wolfgang Schelling, da un salto y gana la orilla, donde se aglomeran los damnificados.

Las inundaciones de los últimos días cobraron la vida de cien personas y han dejado sin hogar a de más de 800 en el estado de Santa Catarina. Las autoridades afirman que esta ha sido la peor catástrofe natural de las últimas décadas y las lluvias, incesantes, no dan tregua a los equipos de rescate.

La Iglesia Luterana fletó un centenar de embarcaciones para repartir ayuda entre las víctimas y puso la flota bajo el mando de Schelling, un predicador que llegó a Brasil a los cinco años, procedente de Hamburgo. El religioso imparte órdenes como escopetazos a las monjas que descargan los víveres e improvisan un púlpito sin imágenes –como corresponde al credo luterano- bajo un toldo. Las mujeres y los niños serán los primeros en recibir lo suyo, indica el germano. "Luego los varones de bien y al final los pecadores. No hace falta señalar quienes son pues ellos mismos se reconocen como los reconoce Dios", dice la voz que retumba destemplada, igual que los truenos que sacuden las casas que han quedado sin techos y a los desarrapados que clavan la mirada en el lodo. Por cortesía o por el miedo que infunde ese rostro anguloso, parecido al de los monjes de las películas de Ingmar Bergman, la mayoría de los varones se ubican al final de la cola.

Una casa inundada en el valle del Itajaí. (Foto: EFE)

Una casa inundada en el valle del Itajaí. (Foto: EFE)

La Iglesia Luterana tiene su mayor enclave en Blumenau, una ciudad fundada en 1853 por emigrantes alemanes que aún conserva la huella teutónica en la fisonomía de sus habitantes y en la fachada de sus antiguas viviendas. La principal actividad económica es la industria textil y en los últimos años, la informática y la producción en serie de reinas belleza, auténticas valkirias de 1,80 metros de estatura como mínimo. Nada que ver con las exuberantes garotas de Río de Janeiro. Según Schelling , esos desfiles impúdicos en que las bisnietas de los piadosos colonizadores se exhiben con impudicia, son los causantes de que el río Itajaí-Acú se haya salido de su cauce, arrastrando lo que encuentra a su paso. Al alejarse la lancha, los damnificados, justos y pecadores, engullen sus raciones y suspiran con alivio.

Hasta Sao José, otra de las localidades afectadas por las inundaciones, llegó una delegación de la Iglesia Universal del Reino de Dios, encabezada por Edilson Salcedo, uno de los 'telepredicadores' más famosos de Sudamérica. Su programa 'Pare de Sufrir' llega a unos 200 millones de hogares, incluso en Portugal y se transmite con traducción simultánea al guaraní, al quechua y a otros idiomas vernáculos. Él si que sabe montar un espectáculo capaz de eclipsar a cualquier concurso de belleza. Sus acólitos levantaron en un promontorio a salvo de las aguas, una gran carpa blanca y colocaron en la entrada un letrero escrito con bombillas (alimentadas por un generador): 'El Arca de Noé'.

A diferencia del ascético Schelling, el evangélico sonríe, canta y baila sobre la tarima y dispone de ilimitados recursos para socorrer a la gente. Los evangelistas de Brasil son dueños de una cadena de supermercados, de medios de comunicación y tienen acciones en Petrobrás, la segunda mayor empresa petrolífera del mundo. La logística que montaron para hacer frente a la catástrofe es similar a la de la Defensa Civil, con la ventaja de que traen un mensaje de esperanza. "Porque Dios se apiadó de sus hijos y las aguas del diluvio retrocedieron", pregona mientras sus acólitos vestidos con impermeables fosforescentes reparten juguetes a los niños. No hace falta grandes sacrificios para ser salvado.

En su infinita misericordia, el Dios de Salcedo recomienda, no exige, que cuando vayan a la playa de Florianópolis, los varones se cubran con algo más que una zunga (traje de baño minúsculo) y las chicas no muestren los senos. "Es la moda, ya lo sabemos, pero no queda bien y trae malas consecuencias", dice, señalando hacia al cielo, encapotado de negros nubarrones.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

El 43% de los latinoamericanos residentes en España no utiliza nunca el condón

Los inmigrantes frente al sida



  • El 43% de los latinoamericanos que residen en España afirma no utilizar nunca el condón
  • El 80% de las nuevas infecciones se producen por sexo sin protección
Cartel de la campaña de Sanidad contra el sida.

Cartel de la campaña de Sanidad contra el sida.

Actualizado sábado 29/11/2008 00:39 (

ISABEL F. LANTIGUA

MADRID.- La confianza en la pareja es la razón más importante que argumentan las mujeres para prescindir del preservativo en sus relaciones sexuales. Para los hombres tiene más peso el hecho de que "el sexo sea más placentero" sin este método y el que "no siempre se tenga un condón a mano". Sea cual sea el motivo, un 43% de ciudadanos latinoamericanos que residen en España no utiliza nunca preservativo.

Los datos se obtienen de un estudio realizado a 406 personas procedentes de Ecuador (27,8%), Colombia (20%), Bolivia (17,7%), Perú (13,1%), República Dominicana (10,8%) y Venezuela (10,6%) para conocer la percepción del VIH entre este colectivo. "El uso del condón entre estos inmigrantes no es mucho menor que el de la población autóctona. En los dos casos llama la atención la poca utilización que se hace de él", afirma a elmundo.es el doctor Jose Antonio Pérez Molina, médico infectólogo en la Unidad de Medicina Tropical y Parasitología Clínica del servicio de enfermedades infecciosas del Hospital Ramón y Cajal.

Ante esta falta de precaución, el ministro de Sanidad, Bernat Soria, recuerda con motivo de la celebración del Día Mundial del Sida, el 1 de diciembre, que "en España la infección por VIH es hoy en día una infección de transmisión sexual. El 47,7% de los nuevos casos en 2007 se atribuyen a relaciones no protegidas (el 30% heterosexuales y el 17% homosexuales). Además, casi el 80% de las nuevas infecciones entre 2003 y 2007 fueron por sexo sin protección".

Las personas con edades entre los 33 y los 45 años son las que menos se ponen el profiláctico, según revelan los resultados de la encuesta. "Especialmente preocupante es el bajo uso del preservativo en las relaciones esporádicas", afirma Pérez Molina, que añade que "hay que seguir haciendo campañas de prevención e informando a la gente, para que sepan que el sida todavía está ahí".

Entre quienes sí utilizan condón, el 63% reconoce que lo hace sólo para prevenir embarazos, mientras que el 25% emplea este método pensando en la prevención de enfermedades de transmisión sexual. Pero tan sólo el 8% de los encuestados lo utiliza como forma de evitar el VIH.

Poca percepción del riesgo

"Aún sigue presente la idea de que el sida afecta sólo a determinados grupos de riesgo, a ciertos colectivos. Ahora la enfermedad es menos visible y el hecho de contar con buenos tratamientos ha hecho que los ciudadanos bajen la guardia", declara el especialista del Ramón y Cajal, que trata de explicar las razones por las cuales la percepción de riesgo es tan baja en la población, tanto inmigrante como nacional.

La idea de que se ha perdido el miedo a la enfermedad lo corroboran datos como el de que entre los latinoamericanos que no utilizan preservativo nunca, el 49% no se ha realizado la prueba del VIH y, de ellos, un 32% afirma que no tiene ninguna intención de hacérsela. El principal motivo para no hacerse la prueba es la percepción de no haber incurrido en prácticas de riesgo (44,6% de los encuestados) y no haber encontrado un momento apropiado (21,8%). Sin embargo, algunos reconocen que temen el resultado (10,4%), tienen la sensación de que puede ser demasiado tarde (7,9%) o les da vergüenza (6%).

Por sexos, los hombres se hacen la prueba menos que las mujeres, "porque ellas están mejor informadas y, además, el test del VIH es obligatorio en el embarazo", explica Molina. Y son los jóvenes entre 18 y 24 años los que tienen menos intención de hacerse la prueba. La ausencia de síntomas es el indicador principal en el que se basan para afirmar que no son portadores del virus.

En España se estima que unas 150.000 personas están infectadas por el VIH. Según los datos que maneja Sanidad, cada año se registran entre 2.500 y 3.500 nuevas infecciones y, de ellas, la tercera parte se da en el colectivo inmigrante. "La información sobre el VIH y sobre las vías de transmisión es uno de los pilares básicos de la prevención. Un diagnóstico precoz mejora el pronóstico y evita el contagio a otras personas, por eso es tan importante insistir en que se hagan las pruebas", concluye el infectólogo.

Bernat Soria, que afirma que "el sida continúa siendo una prioridad de salud pública", señala que "en la lucha contra el sida hay tres ámbitos de actuación en los que todos podemos hacer algo: el respeto a las personas con VIH, el uso del preservativo y la realización de la prueba".

La cuarta parte de las personas infectadas en España aún ignora que lo está. Algo de lo que son conscientes los inmigrantes, pues nueve de cada 10 individuos opina que el virus se encuentra infradiagnosticado y que hay muchas personas que son portadoras del virus sin saberlo. Pero a pesar de que son conscientes del peligro, siguen sin tomar ninguna medida de precaución.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Los manifestantes del aeropuerto internacional de Bangkok vencen a la Policía


  • Las fuerzas de seguridad tratan de estrechar el cerco a los movilizados
  • Tailandia atraviesa una profunda crisis política desde las elecciones del año pasado
El dirigente de la Alianza del Pueblo para la Democracia (PAD) se dirige a sus seguidores en el aeropuerto. (Foto: EFE)
Ampliar foto

El dirigente de la Alianza del Pueblo para la Democracia (PAD) se dirige a sus seguidores en el aeropuerto. (Foto: EFE)

Actualizado sábado 29/11/2008 10:06 (CET)

EFE

BANGKOK.- Unos 2.000 manifestantes han obligado a retroceder a unos 150 policías que montaban controles en el exterior del aeropuerto internacional de Suvarnabhumi, en Bangkok, el principal del país tomado por la Alianza del Pueblo para la Democracia, que exige la dimisión del Gobierno de Tailandia.

Los opositores iban armados con barras de hierro, palos de golf y madera y, según versiones de testigos, retuvieron a un policía y golpearon a otros en un control de seguridad.

Líderes de los manifestantes lograron, después de media hora de conversaciones con los agentes del orden en un ambiente tenso, que los cuerpos de seguridad retrocediesen. No obstante, la policía tailandesa está estrechando el cerco a los movilizados en el aeropuerto.

La Alianza comenzó el viernes a trasladar a Suvarnabhumi en autocares a cientos de simpatizantes de los miles que guardan la sede del Gobierno de Tailandia, que ocupó el 26 de agosto.

Los manifestantes también controlan desde el jueves el viejo aeropuerto de Don Muang, a unos 30 kilómetros al norte de Bangkok.

El primer ministro de Tailandia, Somchai Wongsawat, que ha movido temporalmente la sede gubernamental a Chiang Mai, a unos 600 kilómetros al norte de Bangkok y plaza fuerte de su Partido del Poder del Pueblo, declaró el el estado de excepción en Suvarnabhumi y Don Muang.

El gobernante ordenó a la Policía Metropolitana que recupere Don Muang; y a la Policía Provincia, Suvarnabhumi, por donde pasaban unos 150.000 pasajeros cada día antes de que cesase sus operaciones.

Las autoridades comenzaron el viernes a negociar con la Alianza una solución pacífica antes de recurrir a la fuerza, mientras que los líderes de la protestas han amenazado con una revuelta popular si los cuerpos de seguridad cargan.

Más de 100.000 pasajeros han perdido sus vuelos desde Bangkok a destinos internacionales y de Tailandia desde que cerraron los dos aeropuertos de Bangkok.

Según el ministro tailandés de Turismo, Weerasak Kowsurat, la cifra de pasajeros que habrá perdido sus vuelos se aproximará a 300.000 en las próximas 48 horas.

Tailandia atraviesa una profunda crisis política desde las elecciones del año pasado, que ganaron los mismos políticos que los militares expulsaron del poder por corruptos en una asonada en 2006.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Irán confirma la pena de muerte por lapidación dictada contra una mujer


Actualizado sábado 29/11/2008 11:23

AFP

TEHERÁN.- El Tribunal Supremo iraní confirmó la pena de muerte por lapidación impuesta a una mujer culpable de adulterio en Shiraz, en el sur de Irán.

Según el diario Etemad Melli, la condenada a tan horrible pena, identificada como Assaneh R, ha sido condenada además a una segunda pena de muerte por asesinato por ayudar a su amante, Reza, a matar a su propio marido.

Dicho amante fue condenado a 15 años de prisión por su participación en el asesinato y 100 latigazos por haber tenido una relación ilegítima.

El veredicto fue emitido en abril y el Tribunal Supremo confirmó la condena el 4 de agosto, según el diario.

La ley islámica vigente en Irán todavía recoge la pena de lapidación por adulterio. Un proyecto de ley, cuyos esbozos ya han sido aprobados por el Parlamento pero que aún no ha sido debatido, prevé su abolición.

El pasado mes de julio, una asociación iraní de Defensa de los Derechos Humanos aseguró que ocho mujeres y un hombre fueron condenado a muerte por lapidación en los últimos años, e instó a las autoridades a no aplicar las sentencias.

La Justicia iraní, por su parte, anunció que había conmutado las penas de muerte por lapidación a varios condenados, aunque no está claro que los nueve condenados se hayan visto afectados por esta medida.

En julio de 2007, Irán se ganó duras críticas de la comunidad internacional tras ser lapidado hasta la muerte un hombre culpable de adulterio en un pueblo al noroeste del país.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Los terroristas querían derribar los hoteles y perpetrar un 11-S indio

Los policías vigilan de cerca el hotel Taj Mahal (India), mientras los bomberos sofocan las llamas. (Foto: EFE)

Los policías vigilan de cerca el hotel Taj Mahal (India), mientras los bomberos sofocan las llamas. (Foto: EFE)


  • Uno de los capturados ha relatado los detalles del ataque, según una cadena india
  • Los islamistas conocían a la perfección el diseño de los hoteles Taj Mahal y Oberoi
  • La Policía ha logrado sofocar el ataque que ha costado la vida a 195 personas
  • Llevaban un mes en Bombay donde se habían hecho pasar por estudiantes

(Vídeo: ATLAS)

Actualizado sábado 29/11/2008 12:51 (

REUTERS | EFE

BOMBAY.- Los terroristas que atacaron Bombay y mataron a 195 personas querían pasar a la historia al perpetrar un nuevo 11 de Septiembre en La India. Los islamistas también se inspiraron en un atentado que tuvo lugar el pasado mes de septiembre en el hotel Marriott de Islamabad (Pakistán), que dejó al menos 52 muertos y más de 200 heridos, según informa la televisión india 'Times Now'.

Los terroristas tenían todo planeado con máximo detalle y conocían a la perfección el diseño de los hoteles Taj Mahal y Oberoi, según asegura la citada cadena india, que ha tenido acceso al testimonio de un oficial que estuvo presente durante el interrogatorio a uno de los islamistas detenidos llamado Azam Amir Kasav.

Los extremistas llevaban un mes sobre el terreno y habían alquilado una casa haciéndose pasar por estudiantes. Además, portaban aperitivos y frutos secos en sus mochilas en previsión de que el asalto que sembró el caos en Bombay se prolongase en el tiempo, como así sucedió, ya que duró tres días.

La Policía y el Ejército indios ya han dado por concluido el asalto tras tomar el hotel Taj Mahal, el último bastión de los terroristas. En la operación policial, tres asaltantes murieron, uno de los cuales fue visto cayendo desde el primer piso, y se encontraron varias granadas y explosivos, además de un fusil Kalashnikov.

La captura de Azam Amir Kasav, uno de los militantes del grupo, que llegó procedente de Pakistán y hablaba con fluidez el inglés, ha permitido descubrir los ambiciosos planes del grupo terrorista.

"La idea era replicar el JW Marriott en el Taj", asegura la cadena india 'Times Now', citando al interrogatorio del arrestado. Éste fue uno de los peores atentados de Pakistán cuando un camión cargado de explosivos destruyó todas las instalaciones hoteleras.

Hombres armados y bien entrenados

"Querían reducir los símbolos de la fuerza económica a escombros, el hotel Taj y Oberoi Trident, y que no pudieran ser reconstruidos", asegura la cadena india. "Hablaban de un 11-S con el fin derribar los edificios", prosigue 'Times Now'.

Los métodos utilizados por los terroristas han sido diferentes a los de los atentados de las Torres Gemelas, pero el impacto que buscaban ha sido enorme.

La vía marítima fue supuestamente la utilizada por el comando para iniciar sus ataques contra 10 puntos de la ciudad. Los atacantes arribaron a la costa en una barca neumática Gemini, según los investigadores, después de abandonar un navío pesquero que habían secuestrado previamente y matar a sus tripulantes.

Las autoridades indias han encontrado un navío abandonado a cinco millas náuticas de Bombay, que podría haber sido utilizado por los terroristas para lanzar su violento ataque.

El barco supuestamente usado -bautizado como "Kuber"- estaba ocupado únicamente por el cadáver de uno de los tripulantes, que apareció decapitado y con las manos atadas a la espalda.

De acuerdo con los investigadores, al menos ocho terroristas abandonaron ese barco -tras deshacerse de cuatro tripulantes- y llegaron a Bombay a bordo de una lancha motora Gemini, cuyo motor tenía borrado el número de serie.

Los extremistas arribaron a la costa en una barca neumática tras abandonar un navío pesquero que habían secuestrado y haber matado a sus tripulantes


Durante los primeros momentos de los atentados en Bombay, la Policía pareció sentirse impotente. Algunos funcionarios, además del jefe de la lucha antiterrorista, fueron abatidos a tiros.

La utilización de 10 hombres fuertemente armados y bien entrenados tenía las características de Pakistán basada en los grupos militantes, como Lashkar-e-Taiba. Kasav, el islamista capturado, confesó ser miembro de este grupo terrorista, pero éste ha negado cualquier papel en los atentados de Bombay.

Las mochilas de los integrantes del comando estaban llenas de municiones, balas y granadas y además portaban teléfonos por satélite y tarjetas de crédito.

"Estas personas estaban muy, muy familiarizadas con el diseño del hotel y parecía que habían llevado a cabo una encuesta antes", aseguró el jefe de la elite Unidad de Comando Naval. "Era un grupo muy determinado y despiadado", añadió.

El Gobierno indio ha acusado a Pakistán de estar detrás de los ataques que comenzaron el pasado miércoles. "Es evidente que los grupos que han llevado a cabo estos atentados tienen base fuera del suelo indio", manifestó con contundencia el primer ministro Manmohan Singh.

Finaliza así un asedio que ha durado 62 horas y del que sobrevivió la presidenta de la Comunidad de Madrid, Esperanza Aguirre, que fue sorprendida por las balas de los terroristas en el hotel Oberoi y logró salir ilesa.

Los dos empresarios españoles Alejandro de la Joya y Álvaro Rengifo, que se encontraban retenidos en el hotel Oberoi de Bombay, fueron liberados ayer, tras ser rescatados de su habitación por agentes de la Guardia Nacional de Seguridad de la India.

Los 56 españoles que fueron evacuados del país aterrizaron ayer en la base militar de Torrejón de Ardoz en un Airbus fletado por la Fuerza Aérea. Los otros 11 españoles arriban hoy a Torrejón tras haber llegado procedentes de París, en un avión fletado por la Presidencia francesa de la UE.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Papa envia mensagem a vítimas das chuvas em SC

O papa Bento 16 enviou mensagem de solidariedade às vítimas das chuvas em Santa Catarina, a pior tragédia climática do Estado. Ao menos 150 pessoas morreram em decorrências das enchentes e deslizamentos de terra em diversas cidades.

Leia cobertura completa sobre a chuva em Santa Catarina

A mensagem do papa foi enviada ao arcebispo de Florianópolis, dom Murilo Krieger, que agradeceu a "expressão de solidariedade" e estendeu a bênção da Santa Sé "ao povo catarinense e aos que se engajaram nas campanhas de solidariedade".

A nota, enviada pela Secretaria de Estado do Vaticano, diz que Bento 16 recebeu com "profundo pesar, das trágicas e lutuosas conseqüências das chuvas torrenciais destes últimos dias que atingiram o Estado de Santa Catarina". O papa ainda pede "a assistência e a consolação [espiritual] para todas" as vítimas.

(O PAPA DEVERIA MANDAR AJUDA FIANCEIRA, FAZER UMA DOAÇÃO, O VATICANO É RIQUISSIMO!)

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Bombeiros controlam incêndio em apartamento na zona oeste de SP

da Folha Online

Na noite desta sexta-feira (29), o Corpo de Bombeiros controlou um incêndio em apartamento localizado no quinto andar do número 731 da rua Harmonia, no bairro de Vila Madalena, localizado na zona oeste de SP.

Choque/Folha Imagem
Bombeiros controlam incêndio em prédio na Vila Madalena, zona oeste de SP
Bombeiros controlam incêndio em prédio na Vila Madalena, zona oeste de SP

O edifício atingido fica no quarteirão da rua Harmonia entre as ruas Rodésia e Purpurina.

O Corpo de Bombeiros ainda não tem informações sobre o que causou o incêndio.

De acordo com os bombeiros, o fogo começou por volta das 22h. Dezenas de curiosos observaram a ocorrência da calçada em frente ao prédio.

O incêndio foi extinto pouco depois da meia-noite deste sábado, sem deixar vítimas.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Novos deslizamentos em SC provocam retirada de moradores à força


Publicidade

da Folha Online

Hoje na Folha Os deslizamentos em Ilhota e Gaspar, as regiões mais atingidas pela chuva em Santa Catarina, se agravaram, provocando a morte de ao menos mais quatro pessoas e a retirada à força de moradores que se negavam a deixar o local, informa Alencar Izidoro em matéria publicada na Folha deste sábado (íntegra da reportagem disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Um novo deslizamento de terra nesta sexta-feira matou três adultos e uma criança que já tinham sido retirados do imóvel em que moravam em Arraial, na divisa entre Gaspar e Ilhota, mas decidiram voltar em busca de pertences.

O prefeito de Ilhota, Ademar Felisky, afirmou que não aceitará mais mortes e que a retirada dos moradores das áreas de risco deve ser feita, se necessário, à força.

Apesar das mortes causadas pelo novo deslizamento, moradores da área insistiam em permanecer em suas casas.

Até o início da noite desta sexta-feira, a estimativa era de que 150 pessoas resistiam a deixar as residências em Ilhota e Gaspar. De acordo com a Defesa Civil, o número de mortos em todo o Estado chega a 105.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Carro frigorífico usado pelo IML em SC gera especulação sobre mortes

ALLAN SANTIN
Colaboração para a Folha Online, em Santa Catarina

Nas rodas de conversas nas regiões atingidas pelos deslizamentos de terra, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, muitos afirmam que há mais mortos do que vem sendo divulgado pela mídia. De acordo com a Defesa Civil, 105 mortes foram confirmadas no Estado até a noite desta sexta-feira.

O principal motivo para a desconfiança da população é que há pelo menos um caminhão frigorífico sendo usado como geladeira pela base extraordinária do IML (Instituto Médico Legal), montada em uma capela mortuária na cidade de Gaspar, a 10 km de Blumenau.

Allan Santin/Folha Imagem
Caminhão frigorífico usado pelo IML em Gaspar (SC) causa comoção e especulação sobre número de mortes confirmadas
Caminhão frigorífico usado pelo IML em Gaspar (SC) causa comoção e especulação sobre número de mortes confirmadas

O caminhão está parado próximo a um agrupamento dos bombeiros, que neste final de semana deve continuar as buscas por desaparecidos nas regiões serranas do Estado. Os bombeiros afirmam acreditar que ainda há muitos corpos para serem resgatados.





Caminhões deste tipo são freqüentemente utilizados em grandes catástrofes, como a que ocorre em Santa Catarina. Um funcionário do IML teve de abrir abrir as portas do caminhão para que familiares de pessoas desaparecidas pudessem ver que os corpos dos seus parentes não estavam no local.

Na cidade, a população especula que em Blumenau --uma das mais prejudicadas pelas chuvas-- haja ao menos três caminhões como estes sendo usados. Porém, no IML do município, não há informações sobre o uso do veículo.

De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil às 23h20 desta sexta-feira, as cidades de Gaspar, Blumenau e Ilhota eram as que registravam o maior número de mortes provocadas pelas chuvas.

Em Gaspar, foram confirmadas 15 mortes, em Blumenau 24 e em Ilhota 33. Segundo a Defesa Civil, há 19 pessoas desaparecidas e 78 mil tiveram de deixar suas casas no Estado

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Avião cai e mata quatro pessoas em Anápolis (GO)

Um avião de pequeno porte caiu em Anápolis (GO) no início da noite desta sexta-feira e provocou a morte de quatro pessoas. Ao menos duas pessoas sobreviveram à queda e foram levadas ao hospital de Urgências de Anápolis.

Informações preliminares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros davam conta de que uma terceira pessoa teria sobrevivido, mas não houve confirmação.

De acordo com os bombeiros, o avião caiu dentro do aeroporto da cidade, por volta das 18h30 de hoje.

Segundo testemunhas relataram à PM, a aeronave começou a pegar fogo no ar e o piloto teria tentado pousar no local.

Ainda não há informações sobre as causas do acidente, o trajeto que a aeronave realizava ou dados sobre as vítimas.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

'Pobre não tem justiça', dizem condenados em Guarulhos


Renato Correia de Brito, Wagner Conceição da Silva e William César de Brito Silva falam com exclusividade

José Dacauaziliquá e Josmar Jozino, do Jornal da Tarde


SÃO PAULO - Condenados por 4 votos a três pela morte de Vanessa Freitas, 22 anos, violentada e assassinada em agosto de 2006, Renato Correia de Brito, 24 anos, Wagner Conceição da Silva, 25, e William César de Brito Silva, 28 anos, não acreditam mais na justiça. Em entrevista exclusiva concedida ontem ao JT, no Centro de Detenção Provisória 1 (CDP) de Guarulhos, os rapazes afirmaram que que se tivessem sobrenome importante e poder aquisitivo não estariam presos.


Eles citaram como exemplo o caso do promotor Thales Ferri Schoedl, absolvido por 23 votos a zero das acusações de homicídio e tentativa de homicídio. Apesar de ter recebido uma pena inferior em relação aos outros dois acusados, William, condenado a 9 anos e 4 meses, era o mais indignado e emocionado. Ele chorou muito. Renato, condenado a 24 anos e 4 meses, assim como Wagner, ficou a maior parte do tempo cabisbaixo e foi o que menos falou à reportagem.

Os três contaram sobre os planos que tinham feito com suas famílias, quando foram soltos em 3 de setembro, após dois anos e 15 dias de prisão, após Leandro Basílio Rodrigues, o chamado ‘Maníaco de Guarulhos’, ter confessado o crime – depois recuou. Eles reclamaram da mudança de promotor às vésperas do julgamento; falaram da decepção sofrida instantes após a leitura da sentença no Tribunal do Júri; da expectativa de receber, hoje, os familiares no primeiro dia de visita desde a condenação; da rotina na cadeia e da tristeza de passar o terceiro Natal consecutivo atrás das grades. Leia a entrevista:

Como vocês viram a decisão do Tribunal do Júri?

William: Para mim foi uma injustiça. Sempre fomos uma família humilde. Sempre trabalhamos e lutamos. Durante dois anos falamos a verdade. Enquanto isso, a gente vê tanta injustiça. Começando pelo promotor (Thales). Falou que deu 12 tiros em legítima defesa e foi absolvido. Numa audiência em que estava o Leandro Basílio, eu conversei com o juiz (Leandro Jorge Bittencourt Cano) e falei que não me sentia um cidadão, porque não tinha sido absolvido. Só vou ser cidadão a partir do momento que eu não tiver matrícula (número do preso).

O que vocês acharam da atitude do promotor Marcelo Oliveira, que denunciou os três, depois voltou atrás, mas desistiu do júri às vésperas do julgamento?

William: Foi um absurdo. Se ele falou sobre a absolvição foi porque ele tinha não só a convicção, mas a certeza do que tinha falado. Pra depois aparecer outro promotor? Se eu tivesse poder aquisitivo, se eu fosse alguém como uma autoridade, não estaria preso.

Wagner: Na verdade foi comprado. Para livrar a cara de muitos que estão por trás disso.

Quando vocês foram soltos fizeram planos para o futuro?

Wagner: Eu tentava reconstruir minha vida com meu pai e minha mulher do meu lado e cuidar da minha mãe. Só que depois de 26 dias, perdi meu pai. Com três dias, dei entrada do meu pai no hospital. Depois de 23 dias ele morreu. O médico falou que ele morreu de depressão. Tudo que aconteceu nesses dois anos. Ele sabia que o filho dele estava injustamente preso e não podia fazer nada. A justiça é cega para quem é pobre. Quem tem dinheiro compra tudo. Quem não tem, vai parar atrás das grades, mesmo sendo inocente. Essa é a verdadeira justiça do Brasil.

Renato: Eles já falaram tudo. Se a gente tivesse dinheiro, tivesse nome, um sobrenome, não estaria passando por isso. Foi erro do Estado. É mais fácil jogar a gente, que não é ninguém, atrás das grades.

Como foi o retorno de vocês à prisão?

Wagner: Aqui pelo menos eles (presos) acreditam na verdade. Eles acompanharam tudo pela televisão. Sabem que nós estamos falando a verdade. Se nós fôssemos culpados, não estaríamos aqui hoje falando com vocês. Nunca fomos ameaçados. Estamos no convívio normal.

William: Mas o que me deixa mais revoltado é estar aqui novamente. A gente sempre trabalhou na vida. Cada porta de ferro que eu passo aqui, para mim é uma humilhação.

Vocês acreditam que terão outro julgamento?

Wagner: Eu sinceramente não acredito na justiça. Até agora estou vendo injustiça. Eles não procuraram consertar o erro deles. Estão persistindo no erro por muito tempo, há dois anos. Mas tenho esperança num novo julgamento. O advogado está correndo atrás.

William: Foi um erro duplo da justiça. Eles não foram atrás para achar o verdadeiro culpado. E no julgamento teve testemunhas que caíram de pára-quedas. Deram falso testemunho. Será que essas pessoas têm filho, tem família?

Você, Renato, acompanhou as declarações dos pais da Vanessa após o julgamento? Eles disseram que foi feito justiça.

Não, não. Fui direto para a prisão. Eu acho que eles deveriam procurar saber mais. Quem fez (matou Vanessa) está na rua e quem não fez nada está preso.

Vocês foram torturados no dia da prisão? Dá para contar como isso ocorreu?

William: Eu me encontrava trabalhando, fazendo meu serviço, propaganda sonora. No dia 19 de agosto de 2006, por volta das 10h, me ligaram se passando por cliente, um tal de Ricardo. Disse que estava na Rua Cachoeira. De repente, um monte de viatura entra de frente no meu carro. Eram três policiais militares e um civil. Falaram que eu estava sendo preso. Era umas 10h15. Mas só cheguei à delegacia às 16h40, 16h45 mais ou menos. Eles me levaram para o Cabuçu. Me agrediram, me bateram. Pisaram na minha cabeça e esfregaram minha cara no chão de terra.

E na chegada à delegacia?

William: O delegado me colocou na sala dele, onde já estava o Renato. Perguntei por que estava sendo acusado. Ele disse que o Renato era o mandante e que eu era o autor do crime. Depois de poucas horas, o delegado falou para um policial "tira esse lixo daqui". O policial me deu tapa na cara. Fui colocado de joelho e apanhei mais. Na carceragem encontrei o Wagner.

Vocês acham que o Leandro Basílio Rodrigues (chamado pela polícia de Maníaco de Guarulhos), que confessou ter matado Vanessa e voltou atrás, é o autor do crime?

William: Quem tem que investigar são eles (policiais).

Wagner: Eles têm a obrigação de investigar e não ficar condenando pessoas inocentes.

O que aconteceu depois da leitura da sentença. Como os PMs que o levaram à delegacia reagiram?

Willian: Apareceu um oficial e chamou a gente. Mandou a gente subir. No trajeto para a delegacia, um sargento da PM ligou e falou "estou aqui olhando para os três sendo presos". Ele sorriu.

Vocês foram condenados por um crime hediondo, que a população carcerária não perdoa, principalmente o crime organizado, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Como é o dia-a-dia de vocês na cadeia?

Wagner: Fomos bem recebidos. Eles falaram "podem ficar sossegados que nós acreditamos na inocência de vocês, estamos vendo a injustiça que estão cometendo com vocês". Em nenhum momento teve represália.

William: Eu estou no raio 3, na mesma cela do Wagner. Cabem 12, mas tem 36.

Renato: Eu estou no mesmo raio deles. Mas em outra cela com 46 presos. A gente só vê céu e grade. A cela é aberta às 9h e fechada às 17h.

Wagner: É o dia inteiro sem fazer nada. E o mais triste é passar o terceiro Natal na cadeia, atrás das grades.

Vocês acreditam que a condenação dos três foi um dos maiores erros do Judiciário?

William: Com certeza, o maior erro do judiciário.

Cronologia do caso

19/8/2006: Renato Correia de Brito, Willian César de Brito Silva e Wagner Conceição da Silva são presos, acusados da morte de Vanessa Batista de Freitas, na noite anterior. Eles teriam confessado sob tortura

29/8/2008: Leandro Basílio Rodrigues, chamado pela polícia de Maníaco de Guarulhos, confessa o assassinato de Vanessa. Renato, Willian e Wagner são soltos cinco dias depois

18/9/2008: Rodrigues diz ao juiz Jayme Garcia dos Santos que confessou a morte de Vanessa sob tortura. Família da vítima crê que Renato, Willian e Wagner são culpados

Entenda os detalhes do caso

Ministério Público

O promotor Marcelo Alexandre de Oliveira fez a denúncia à Justiça e pediu a soltura dos acusados. Afastou-se do caso por acreditar na inocência dos réus

Polícia Civil de Guarulhos

- Delegado plantonista do 1.º DP, Paulo Roberto Poli Martins trabalhava no dia em que os três foram presos pela PM. Ele nega que os tenha torturado

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

A legislação sobre drogas



Reuters

O tratamento legal dispensado às drogas passou por diversas transformações em todo o mundo desde o surgimento das primeiras restrições ao seu consumo, fabricação e circulação. Atualmente, é consenso que tais substâncias causam dependência e podem ter efeito devastador sobre a saúde dos usuários. No entanto, ainda há muitas divergências sobre como abordar a questão, no Brasil e nas demais nações. Por aqui, está em vigor desde 2006 a terceira legislação sobre drogas: ela considera crimes tanto o consumo quanto a comercialização, embora em graus bem diferentes. Por isso, a punição ao usuário é mais branda do que à aplicada ao traficante. Entenda a evolução do assunto aos olhos da Justiça brasileira e mundial e conheça as práticas particulares de algumas nações.

1. Qual a diferença entre descriminalizar e despenalizar as drogas?
2. Quando as drogas passaram a ser consideradas prejudiciais à saúde?
3. Quando surgiram as leis para regular produção, comércio e uso de drogas?
4. Apesar das restrições médicas e legais, por que certos grupos defendem as drogas?
5. Os movimentos em prol da liberalização tiveram reflexo nas leis de algum país?
6. Quais nações abrandaram suas leis antidrogas?
7. Quais foram os resultados obtidos com a maior liberalidade?
8. O que diz a legislação brasileira sobre as drogas?
9. Quando a lei brasileira começou a ser aplicada?
10. Em que países o uso de drogas para fins terapêuticos é autorizado?
11. Por que alguns países querem endurecer novamente a legislação?
12. Como está a situação em outros países?

1. Qual a diferença entre descriminalizar e despenalizar as drogas?

Descriminalizar é fazer com que a produção, consumo e comércio de drogas deixem de ser crimes. Já o termo despenalizar tem sido usado no sentido de abrandar a punição que recai sobre quem pratica esses atos.

topo

2. Quando as drogas passaram a ser consideradas prejudiciais à saúde?

O consumo de drogas é muito antigo - há relatos do uso de álcool na Grécia antiga, por exemplo. Mas foi apenas no final do século XIX que algumas dessas substâncias receberam a denominação "droga" e passaram a ser consideradas prejudiciais ao usuário e um problema para as sociedades.

topo

3. Quando surgiram as leis para regular produção, comércio e uso de drogas?

Existem movimentos contra a produção, o comércio e o uso de substâncias psicoativas desde o século XIX - nos Estados Unidos, a causa levou até à formação de um partido político, o Prohibition Party, criado por volta de 1870. Mas foi apenas após o final da II Guerra Mundial que as opiniões se tornaram mais uniformes. Numa convenção ocorrida em 1961, chegou-se ao primeiro consenso internacional em relação às substâncias psicoativas. O encontro - que contou com a presença de representantes de 73 países, entre eles Brasil, Japão, EUA, Alemanha, França e Inglaterra - ratificou um tratado que vigora até hoje. A Convenção Internacional Única sobre Entorpecentes classificou uma série de substâncias em quatro graus de periculosidade. Todas teriam sua produção, venda e consumo controlados. A esse primeiro tratado, marco inicial do combate às drogas, seguiram-se outros acordos internacionais promovidos pela Organização das Nações Unidas. O Brasil é signatário de todos. Mais recentemente, em 1998, o país também passou a compartilhar das resoluções da ONU pela redução da demanda de drogas.

topo

4. Apesar das restrições médicas e legais, por que certos grupos defendem as drogas?

Tanto no Brasil quanto em outros países, a droga, especialmente a maconha, conquistou uma legião de usuários e defensores na década de 1960, como parte do movimento da chamada contracultura, que buscava contestar os principais fundamentos e costumes sociais. Entre os universitários e intelectuais de esquerda, por exemplo, consumir drogas tinha um significado difuso que poderia traduzir-se em uma oposição às práticas ou opiniões vigentes. Nos EUA, a oposição poderia ter como alvo a Guerra do Vietnã, por exemplo; no Brasil, a ditadura militar. Nos anos seguintes, ainda, alguns estudos passariam a defender o uso das substâncias psicoativas para uso terapêutico e o conseqüente abrandamento da legislação, mas essas pesquisas foram aos poucos cedendo espaço para outras, que reafirmaram a gravidade do uso das drogas.

topo

5. Os movimentos em prol da liberalização tiveram reflexo nas leis de algum país?

Na verdade, o principal motivo do crescimento dos movimentos pela liberalização do uso de drogas, a partir da década de 1970, foi a dificuldade em controlar o consumo. A Holanda foi o primeiro país a permitir o uso de uma delas, a maconha, em 1976: a autorização, porém, era restrita a alguns bares e a maiores de 18 anos. Pouco a pouco, outros países aderiram ao movimento, iniciando um processo de abrandamento de punições. Assim, nos primeiros anos do século XXI, vários países da Europa ocidental já tinham uma postura mais flexível em relação às drogas.

topo

6. Quais nações abrandaram suas leis antidrogas?

Alemanha, Espanha, Itália e Portugal, por exemplo. Eles passaram a enxergar cada vez mais o uso de drogas como um caso de saúde pública, e não de polícia. Atualmente, um cidadão italiano pode ter a prisão revogada caso aceite se submeter a um programa de recuperação controlado pelo Ministério da Saúde. Portugal foi ainda mais longe e, em julho de 2000, descriminalizou o uso de substâncias psicoativas. Quem é apanhado fumando um cigarro de maconha, por exemplo, é encaminhado para tratamento médico e pode, no máximo, ter de pagar uma multa. Um ano mais tarde, foi a vez da Grã-Bretanha e da Austrália entrarem no rol das nações dispostas a experimentar novas abordagens sobre o assunto. Os britânicos fizeram vários experimentos que culminaram numa lei sancionada em 2004. A droga foi, então, reclassificada pelos órgãos de saúde. Como conseqüência, a punição para usuários pegos em flagrante praticamente se extinguiu. Já o governo australiano autorizou a abertura de salas especiais para viciados em heroína, nas quais o usuário podia injetar a droga sob supervisão médica. Espanha e Alemanha desenvolveram programas semelhantes.

topo

7. Quais foram os resultados obtidos
com a maior liberalidade?

Na Holanda, a tolerância à maconha teve sucesso em tirar os consumidores da clandestinidade, mas não surtiu o mesmo efeito sobre o tráfico. Metade dos crimes cometidos no país está ligada aos entorpecentes, e o número de presos triplicou nos últimos dez anos. Por outro lado, a maior cidade holandesa Amsterdã contava com 10.000 viciados em heroína em 1980, número que caiu para a metade com a liberdade para consumir maconha. Com mais de 1.500 bares vendendo livremente a erva há 25 anos, a Holanda tem números surpreendentes: apenas 5% da população fuma maconha, contra 9% nos Estados Unidos, onde há leis mais rigorosas. O que se vê, portanto, é que a abordagem mais tolerante tirou do usuário o estigma de marginal e deu a ele mais chances de se recuperar do vício e do crime, mas não conseguiu se afirmar como uma alternativa de efeitos inteiramente seguros.

topo

8. O que diz a legislação brasileira
sobre as drogas?

Consumir ou comercializar drogas no Brasil é crime. Porém, a legislação atual prevê punições distintas a usuário e traficante. Ao primeiro, a lei imputa três tipos de pena: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade (de 5 a 10 meses) e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Já a quem produz ou comercializa drogas, a lei atribui pena de 5 a 15 anos de reclusão e pagamento de multa de 500 a 1.500 reais. Cabe ao juiz determinar a finalidade da droga apreendida - se para consumo pessoal ou comercialização -, o depende de inúmeros fatores, como a natureza e a quantidade da substância e os antecedentes do suposto criminoso.

topo

9. Quando a lei brasileira começou
a ser aplicada?

A Lei 11.343 está em vigor desde 23 de agosto de 2006. Antes dela, o Brasil teve outras duas legislações sobre drogas. A primeira, de 1976, precisou ser revista no início dos anos 2000 - já que estava em desacordo com as práticas e concepções do século XXI. Assim, em 2002, promulgou-se a lei 10.409, que, no entanto, teve os artigos que definiam o que seria considerado crime vetados, de modo que foi preciso elaborar a atual legislação.

topo

10. Em que países o uso de drogas para fins terapêuticos é autorizado?

A única droga cujo uso medicinal é permitido, em alguns países, é a maconha. Na Holanda, a prática é autorizada desde setembro de 2003, mas sob algumas condições. Segundo o Ministério da Saúde local, a maconha só deve ser prescrita, como última alternativa, para o tratamento de dores crônicas, náuseas, falta de apetite, rigidez muscular e espasmos que acometem pacientes de câncer, Aids, esclerose múltipla e síndrome de Tourette, doença caracterizada por movimentos involuntários do corpo. Mas no que diz respeito às drogas, a Holanda costuma ser a exceção e não a regra. O uso da maconha para tratamento médico está longe de ser um consenso em outros países. Nos EUA, o assunto já gerou muita discussão e decisões concorrentes entre o governo federal e os estaduais. A Suprema Corte do país definiu, em 2005, que o uso medicinal da erva é ilegal. O FDA, órgão do governo que controla alimentos e remédios, concordou. Ambas as instâncias, porém, contrariaram a legislação de oito estados - entre elas a da Califórnia, que data de 1996 -, nos quais não há penalidade para o cultivo e posse de maconha para uso medicinal. A lei brasileira não prevê o uso de drogas para fins terapêuticos.

topo

11. Por que alguns países querem endurecer novamente a legislação?

A tolerância em relação às drogas e ao crime organizado perdeu a aura de modernidade. Por exemplo, a Holanda, um dos países mais liberais da Europa, já foi mais aberta. Atualmente, os coffee shops locais não podem mais vender bebidas alcoólicas nem cogumelos alucinógenos, e uma lei que tramita no Parlamento pretende proibi-los de funcionar a menos de 200 metros das escolas. A tolerância em relação à maconha, iniciada nos anos 70, criou ao menos duas contradições. A primeira é que os bares podem vender até 5 gramas de maconha por consumidor, mas o plantio e a importação da droga continuam proibidos. Ou seja, houve um incentivo ao narcotráfico. A segunda é que, Amsterdã, com seus coffee shops, passou a atrair "turistas da droga" dispostos a consumir de tudo, não apenas maconha. Isso fez proliferar o comércio clandestino. A população começou, então, a rever suas idéias e a se mostrar cada vez mais descontente com o atual tratamento dispensado a usuários e traficantes.

topo

12. Como está a situação em outros países?

A Suíça também precisou dar marcha a ré na tolerância com as drogas. O bairro de Langstrasse, em Zurique, que havia se tornado, sob o aval do governo, território livre para o consumo de drogas, acabou sob o controle do crime organizado. Em 1992, a prefeitura coibiu o uso público de entorpecentes. A Dinamarca seguiu o exemplo. Em 2003, as autoridades fecharam o cerco ao Christiania, um bairro de Copenhague ocupado por uma comunidade alternativa desde 1971, onde a venda de maconha era feita em feiras ao ar livre. A Grã-Bretanha, depois de muito vai-e-vem, também decidiu voltar a apertar o cerco: no início de 2008, o governo deu início ao processo de endurecimento novamente, devido a um estudo do Advisory Council on the Misuse of Drugs que está prestes a demonstrar, por exemplo, que a maconha prejudica a saúde mental dos consumidores mais do que se imaginava. A droga, então, voltará a pertencer ao grupo dos entorpecentes sujeitos a repressão severa (neste caso, com multa e cinco anos de prisão para o usuário).

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters