AE - Agencia Estado
Sinal da vitalidade do teatro brasileiro, chama atenção na programação montagens de longa e reconhecida trajetória que já circularam pelo País como Por Elise, do grupo mineiro Espanca, e Dinossauros, do grupo Cena, de Brasília. "É uma espécie de dever de casa. Companhias e espetáculos nacionais já vistos em várias cidades do País nunca vieram a Salvador", diz Nehle Franke, coordenadora e curadora do festival em parceria com Ricardo Libório e Felipe de Assis.
Há ainda espetáculos da Argentina, Noruega, Portugal e África. Entre os destaques internacionais estão Sizwe Banzi, cujo texto nasceu num gueto da África do Sul, foi dirigido por Peter Brook com atores africanos e já passou por São Paulo, e O Grande Criador, do grupo português Chapitô.
Nehle Franke enfatiza que além de provocar a atividade teatral da cidade o festival pode contribuir para a formação de público, apurando o olhar do espectador. Ela chama atenção ainda para a importância da cena baiana na mostra - oito espetáculos selecionados por uma comissão, entre eles Sonho de Uma Noite de Verão, do Bando de Teatro Olodum. "O Fiac BA quer ser também uma vitrine para a produção baiana. Diretores do Núcleo de Festivais (que reúne os festivais internacionais das cidade de Londrina, Rio, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre) estarão aqui, entre outros curadores, e naturalmente a atenção deles estará direcionada para a produção baiana, e nordestina, que ainda não circulou. O festival é para a cidade."
O espectador pode conferir a programação completa que vai tomar palcos e ruas de Salvador e arredores, ler informações sobre os grupos e ver imagens dos espetáculos, inscrever-se para oficinas, palestras, encontros e outras atividades no site www.fiacbahia.com.br. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.