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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Deficientes usam academias improvisadas


Colaboração para a Folha de S.Paulo

Deficientes físicos não precisam de locais especializados para praticar esportes, mas nem todas as academias da cidade de São Paulo estão preparadas para recebê-los, segundo levantamento feito pela Folha.

Todos os estabelecimentos de uso coletivo são obrigados a instalar rampas, reservar vagas de estacionamento e adaptar banheiros, entre outras medidas determinadas por lei federal. O cumprimento da norma, no entanto, não é unânime entre as principais academias.

Focada no público feminino, a Curves diz que seu roteiro de exercícios não é adaptado a pessoas com dificuldades de mobilidade. Já a Runner afirma, por meio de sua assessoria, que está reformando suas unidades para torná-las acessíveis.

Outras redes são freqüentadas por deficientes, mas não estão totalmente adaptadas. As três unidades da Competition em São Paulo têm alunos nessa condição, mas apenas a da Paulista possui acesso livre de degraus. Na Oscar Freire, uma nadadora cadeirante precisa do auxílio de funcionários para subir as escadas até a entrada.

Mesmo sem oferecer programas específicos, algumas academias de São Paulo já se dizem aptas a receber qualquer freqüentador. A unidade Jardins da Fórmula, no shopping Eldorado, atende a 38 pessoas com deficiência, muitas em convênio com as ONGs Projeto Próximo Passo e Bombelêla.

Quem não é encaminhado por nenhuma associação não paga mais caro em nenhuma das academias consultadas. Na Fórmula, inclusive, os deficientes têm cerca de 35% de desconto no valor do plano anual.

Além de instalações adequadas, falta preparo dos profissionais para receber deficientes na maioria das academias, na avaliação da diretora-fundadora da ADD (Associação Desportiva para Deficientes), Eliane Miada. "Os professores passam um treino mais leve quando poderiam passar um mais intensivo", exemplifica.

Pelas diretrizes do Ministério da Educação, cursos de educação física devem abordar as necessidades dos deficientes, mas a existência de disciplinas exclusivas para tratar do assunto não é obrigatória.

Professor responsável por educação física adaptada na USP, onde a matéria é obrigatória, Luzimar Raimundo Teixeira afirma que, mais que quebrar barreiras arquitetônicas, as academias precisam quebrar "barreiras de atitude".

Aluno-surpresa

Das dez unidades da Bio Ritmo, a do shopping Pátio Higienópolis é a única com restrições de acesso, mas é lá que o psicólogo Rafael de França, 25, treina musculação, boxe e ioga --entrando pela porta de serviço para evitar a escada.

França nasceu com mielomeningocele, patologia que faz com que não sinta as pernas dos joelhos para baixo. Seu início nos esportes foi aos 13 anos, sempre em academias voltadas para o público geral.

"Quando eu percebi que a fisioterapia não ia me colocar de pé, eu saí para a vida", afirma.

Seu professor, Marcelo Ubirajara, diz que a disciplina de ginástica adaptada que cursou na graduação em educação física na Unisa (Universidade de Santo Amaro) e a especialização em fisiologia lhe dão segurança para adaptar as aulas quando é surpreendido por um aluno com restrições --segundo a prefeitura, 10,32% da população de São Paulo tem deficiência, mas não há dados sobre quantos praticam esportes.

A vereadora Mara Gabrilli --tetraplégica após um acidente de carro e primeira titular da Secretaria Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, criada em 2005-- malha diariamente: faz alongamento, pedala numa bicicleta que exercita os braços e até caminha com ajuda dos choques da eletroestimulação.

Para ela, a atividade física ajuda os deficientes a combater o sedentarismo e ganhar auto-estima. O aluno da Bio Ritmo Rafael de França, no entanto, faz um alerta: "A sociedade enxerga o deficiente ou como o coitadinho, que precisa de tudo, ou como o super-herói que transpõe barreiras. Essa cobrança por superação inibe alguns cadeirantes".

GISELE LOBATO, MATHEUS MAGENTA e RENATA DO AMARAL


Arte
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26/10/2008 free counters

Malabie


por Marcela Besson e Cauê Ferraz

Dificuldade

Dificuldade baixa

Porções

10 a 12 porções

Tempo

30 minutos

Na pequena cozinha do restaurante Tenda do Nilo, aprendemos a receita do malabie, delicado manjar branco feito com água-de-rosas e coberto com geléia de damasco. Confira.

Ingredientes

Manjar

1 litro de leite

1½ copo de açúcar

½ copo de farinha de arroz

1 colher (café) de miski

1 colher (sobremesa) de água-de-rosas

Geléia

1 kg de damasco azedo

1 kg de açúcar

Sobre o Tenda do Nilo

As irmãs Xmune (a cozinheira) e Olinda Isper (a hostess) vivem em sintonia no comando do pequeno restaurante de especialidade libanesa, localizado no Paraíso. Como se estivessem em casa, com a família, recebem e conversam com o público, dão sugestões e conferem de perto a reação de cada cliente ao experimentar os deliciosos pratos salgados e doces que saem da diminuta cozinha. Dica: visite o restaurante durante a semana, quando o movimento é menor. Se preferir o sábado, prepare-se para enfrentar a fila.

>>bastidores da gravação: leia em paulistânia

Restaurantes árabes

Abu-zuz

Al H2 Arab

Almanara

Arábia

Attallah

Baalbek

Brasserrie Victória

Casa Líbano

Espaço Árabe

Farabbud

Folha de Uva

Halim

Kibe Kibe

Miski

Monte Líbano

Nur

Pimenta Síria

Modo de preparo

Manjar

Dissolva a farinha no leite. Coloque a mistura em uma panela e cozinhe em fogo baixo até engrossar. O segredo é nunca parar de mexer.

Quando estiver no ponto, acrescente o açúcar e derreta-o bem. Junte o miski e a água-de-rosas e desligue o fogo para que não fique amargo. Coloque em taças individuais, deixe esfriar um pouco e leve à geladeira.

Geléia

Deve ser feita com um dia de antecedência. Disponha os damascos em uma tigela e cubra-os com água. No dia seguinte, escorra a água, coloque os damascos em uma panela com o açúcar e leve ao fogo médio até ferver.

Desligue o fogo, espere esfriar um pouco e bata tudo no liqüidificador. Leve à geladeira.

Finalização

Cubra as taças de manjar branco com uma porção generosa de geléia e finalize com um fio de água-de-rosas. Importante: a geléia só deve ser colocada em cima do manjar no momento de servir. Se preferir, você pode também usar a geléia pronta ou ainda cobrir o manjar com os damascos inteiros, em calda.

Onde comprar

Empório Akkar

Há mais de 30 anos se destaca pelos temperos que perfumam a casa. O pacote de miski (5g) custa 6 reais. A garrafa de água de flores sai por 8,50 (260ml).

Rua Comendador Kherlakian, 165, centro, 3228-7188

Empório São Jorge

Oferece produtos típicos e comidas prontas no balcão. No empório, o envelope de miski sai por 6 reais.

Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 322, Paraíso, 3889-8449

Miniglossário da cozinha árabe

Babaganuche: pasta de berinjela

Baklava: doce de massa folhada crocante recheada de nozes ou pistache

Chacrie: cozido que leva pedaços de carne, coalhada fresca e vários temperos

Chanclich: queijo originário do norte do Líbano, feito a partir de leite de vaca. Costuma ser vendido coberto com zátar, tomilho e pimenta

Faláfel: bolinho frito de grão-de-bico e fava

Halawi: doce similar à paçoca feito com gergelim

Herice: sopa feita com trigo inteiro cozido e peito de frango

Homus: pasta de grão-de-bico

Malabie: manjar branco aromatizado por almíscar. Em geral, é servido com calda de frutas como damasco e ameixa

Michui: espeto de carne de cordeiro intercalado por legumes

Miski: resina vegetal muito usada nos doces árabes

Muhamara: pasta de pimentão vermelho e nozes

Ouzee: massa folhada recheada de arroz, carneiro desfiado, uva-passa e nozes

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26/10/2008 free counters

"Quem está gritando é o presidente da República, que é um fanfarrão"


Reinaldo Azevedo

Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas – Tradução de Mário Faustino)

Qinta-feira, Outubro 23, 2008

"Quem está gritando é o presidente da República, que é um fanfarrão"
Na Folha Online:
A oposição reagiu nesta quinta-feira à ironia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que disse não se afetar com os "gritos" de seus adversários em decorrência das medidas anunciadas pelo governo para tentar conter os avanços da crise econômica internacional. O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), ameaçou endurecer nas votações das MPs (medidas provisórias), se Lula mantiver as críticas.
"Vamos partir para a obstrução total, se eles [os governistas] nos atribuírem o pensamento do "quanto pior, melhor'. Isso não vamos aceitar", afirmou o tucano, sem esconder a indignação. "Quem está gritando é o presidente da República, que é um fanfarrão."
Nesta quinta-feira, Lula disse que editará quantas medidas provisórias julgar necessário no esforço de conter os efeitos da crise econômica. E ressaltou que não será afetado pelos "gritos da oposição".
"Serão feitas tantas medidas [quantas] forem necessárias", afirmou o presidente, após almoço no Itamaraty com o rei Abudllah 2º e a rainha Rania, da Jordânia. "Não posso é ficar preocupado com os gritos da oposição porque tudo que oposição deseja é que o Brasil entre em uma crise profunda para eles [os oposicionistas] terem razão no discurso deles."
Em nota conjunta divulgada hoje, o PSDB e o PPS repudiaram o comentário do presidente. "Trata-se de uma declaração que não se coaduna com a responsabilidade de um presidente da República. Nunca torcemos por crises, muito menos crises profundas", diz a nota.
"Desejamos que o presidente e seu governo trabalhem sério e condenamos, sim, abordagens equivocadas sobre a extensão da crise", afirma o documento.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), também condenou as palavras de Lula. "Não sei de onde o presidente tirou essa idéia. De qualquer maneira, o que a oposição está mostrando é justamente o contrário do que ele disse. Estamos empenhados em ajudar", disse ele. "O presidente demonstra destempero e desespero do alto da popularidade que ainda desfruta."
No Congresso, o governo enfrenta o desafio de aprovar duas medidas provisórias que tratam de instituições financeiras. Por enquanto não há acordo para votação das propostas.


LULA: A bobagem do dia
Com a delicadeza habitual, Apedeutakoba declarou nesta quinta: “Serão feitas tantas medidas [quantas] forem necessárias. Não posso é ficar preocupado com os gritos da oposição porque tudo que oposição deseja é que o Brasil entre em uma crise profunda para eles [os oposicionistas] terem razão no discurso deles." A afirmação foi feita depois do almoço no Itamaraty com o rei Abudllah 2º e a rainha Rania, da Jordânia. O PSDB e o PPS reagiram à bobagem numa nota conjunta, conforme segue:

NOTA À IMPRENSA

O PSDB e o PPS repudiam a declaração do presidente Lula em relação à responsabilidade da oposição diante da crise.

Trata-se de uma declaração que não se coaduna com a responsabilidade de um presidente da República. Nunca torcemos por crises, muito menos crises profundas.

No passado, quando eram oposição, o presidente Lula e seu partido apostaram várias vezes no quanto pior melhor. Não é o nosso caso.

Desejamos que o presidente e seu governo trabalhem sério e condenamos, sim, abordagens equivocadas sobre a extensão da crise, assim como afirmações demagógicas sobre problemas graves e complexos.

Medidas estruturantes serão apoiadas sempre que fizerem sentido para o interesse nacional.

O presidente deve parar de escamotear suas responsabilidades e tratar com seriedade os problemas que se apresentam, uma vez que a crise internacional ainda pode trazer sérias conseqüências para a economia brasileira, já no presente e para os próximos anos.

Deputado Roberto Freire
Presidente nacional do PPS

Senador Sérgio Guerra
Presidente nacional do PSDB

Brasília, 23 outubro 2008


Saída de investidores do mercado brasileiro soma US$ 5 bi
Por Fabio Graner e Fernando Nakagawa, no Estadão Online:
Em meio ao agravamento da crise financeira mundial, os investimentos estrangeiros no mercado financeira brasileiro já registram saldo negativo de mais de US$ 5 bilhões em outubro, segundo dados preliminares divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira, 23. Os investimentos em ações têm saída de US$ 4,398 bilhões até esta quinta, 23. Já os investimentos estrangeiros em renda fixa de papéis negociados no Brasil, em outubro, acumulam saída de US$ 842 milhões, ante saldo positivo de US$ 632 milhões registrado em setembro.
Em setembro, a saída de investimentos ficou em US$ 1,877 bilhão em setembro, ante resultado positivo de US$ 691 milhões em setembro do ano passado. Desse total, US$ 1,863 bilhão refere-se a ações negociadas no país e US$ 14 milhões a ações negociadas no exterior (ADRs).
Desde o início do ano, as empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo já perderam mais de metade de eu valor de mercado em dólares. Sem contar a desvalorização da quarta-feira, o valor bursátil das 396 companhias com papéis negociados no mercado acionário brasileira era de US$ 656,2 bilhões, o que representa uma queda acumulada de 53% em 2008.
A desvalorização sobe para 58,5% quando a comparação é feita em relação ao final de maio, quando os preços das ações estavam perto das máximas históricas. Considerado apenas o Ibovespa, índice com as 66 ações mais negociadas do mercado doméstico, a desvalorização em dólares foi de 50,7% em 2008, mas sobe para 60% em relação ao final de maio.
De janeiro a setembro de 2008, porém, o saldo do mercado acionário ainda é positivo, em US$ 1,168 bilhão. O resultado, porém, é muito inferior aos US$ 14,727 bilhões verificados em igual período do ano passado.

Conta corrente
A conta corrente do balanço de pagamentos, que apresenta o saldo de todas as transações do País com o exterior, registrou em setembro déficit de US$ 2,769 bilhões, valor acima das previsões apuradas pela Agência Estado, que eram de resultado negativo entre US$ 2 bilhões a US$ 1,19 bilhão.
O resultado do mês passado foi determinado pelo déficit de US$ 5,846 bilhões da conta de serviços e rendas, que não foi coberto integralmente pelo superávit de US$ 2,754 bilhões da balança comercial e pelo resultado positivo das transferências unilaterais correntes de US$ 323 milhões.
No acumulado do ano, a conta corrente tem saldo negativo de US$ 23,264 bilhões (1,95% do PIB). Nesse período, a balança comercial contribuiu com um superávit de US$ 19,638 bilhões, a conta de serviços com déficit de US$ 45,742 bilhões e transferências unilaterais com superávit de US$ 2,840 bilhões.
No acumulado em 12 meses, o saldo em conta corrente é negativo em US$ 25,168 bilhões, o equivalente a 1,64% do PIB. Até agosto, o saldo em 12 meses era negativo em US$ 21,828 bilhões, o equivalente a 1,45% do PIB



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26/10/2008 free counters

Trechos do depoimento de Nayara Rodrigues à polícia

SEQÜESTRO EM SANTO ANDRÉ











Tragédia em Santo André

Exclusivo: trechos do depoimento de Nayara Rodrigues à polícia

23 de outubro de 2008

VEJA teve acesso ao depoimento de Nayara Rodrigues prestado à polícia de São Paulo na tarde de quarta-feira. A estudante sobreviveu à tragédia de Santo André, na sexta passada, e contou detalhes do drama que enfrentou ao lado de sua melhor amiga, Eloá Pimentel. Leia a íntegra do depoimento e os principais trechos do relato da adolescente.


Nayara é chamada para negociar
"Que, melhor esclarecendo, a declarante foi acordada por sua avó, uma vez que ali já se encontravam policiais militares, para que a declarante fosse transportada ao palco do evento, qual seja o Posto de Comando instalado na escola pública próxima ao bloco 24 do CDHU, Jardim Santo André, onde sua amiga Eloá se mantinha submetida por Lindemberg; que o tenente Policial Militar Vander teria explicado sobre a necessidade do retorno da declarante ao Posto de Comando para negociações quando a avó contatou a genitora da declarante que para lá se deslocou, que com a chegada da genitora da declarante estas foram levadas ao Posto de Comando da Crise; que segundo a declarante não houve pedido formal ou autorização da genitora da declarante para que esta retornasse ao palco do evento; Que assim a declarante e sua genitora foram embarcadas em uma viatura de cores não convencionais que rumou para o posto de comando. Que a declarante chegou ao posto de comando policial militar entra as 08h45 a 9h00 horas daquela manhã de quinta-feira, 16 de outubro, sendo que a declarante foi diretamente encaminhada à presença do Capitão Adriano Giovaninni, o principal negociador da operação, que aquela altura estava conversando com Lindemberg, que a genitora da declarante permaneceu do lado de fora do posto de comando"

Nayara volta a ser refém
"Que, segundo orientações dos Policiais Militares, Douglas deveria alcançar a escada do bloco até atingir o primeiro piso, onde deveria permanecer; Que a declarante deveria acompanhar Douglas e mais, atingir o corredor do segundo piso que era o andar do apartamento cativeiro; Que a declarante não deveria se aproximar muito da porta do apartamento onde se encontravam Lindemberg e Eloá; Que, segundo a vontade de Lindemberg, aceita pelo negociador, a declarante deveria subir ao local designado com um aparelho celular em linha direta com Lindemberg; Que este aparelho a declarante recebeu das mãos de um policial militar; Que assim, a declarante e Douglas começaram a subir os lances de escada, sendo que Douglas parou no primeiro piso, enquanto a declarante prosseguia o percurso até o segundo piso, alcançando o corredor, ao passo que falava com Lindemberg; Que a declarante parou no final do corredor junto à escada que dá acesso ao apartamento, quando Lindemberg disse que não estava vendo a declarante; Que a declarante subiu então um degrau, passando a acenar na direção da porta do apartamento que se mantinha fechada; Que a porta possuía olho mágico, sendo que Lindemberg deveria estar olhando a declarante através de tal dispositivo; Que Lindemberg pediu para a declarante se aproximar e esticar um de seus braços, quanto, então, Eloá daria as mãos para a declarante; Que o andar de baixo e o apartamento de número 23 geminado ao cativeiro estavam cobertos por policiais militares; Que a declarante viu os policiais militares em tal posto, inclusive os que se encontravam no apartamento 23, sendo que estes abriram “uma frestinha” da porta; Que a declarante observou que Lindemberg já não cumpria o que fora acordado inicialmente com os negociadores, posto que Lindemberg é quem deveria dar as mãos para a declarante e deixar o cativeiro; Que, contudo, a declarante, a pedido de Lindemberg, foi se aproximando cada vez mais da porta, chegando praticamente a tocar a porta do apartamento 24 com sua mão direita, eis que seu braço estava esticado. Que neste exato instante a porta daquele cativeiro se abriu, podendo a declarante vislumbrar Lindemberg em frente à porta, sendo este ladeado por Eloá; Que Lindemberg apontava sua arma para Eloá, que Lindemberg então determinou que a declarante segurasse as mãos de Eloá, falando para que esta adentrasse no apartamento cativeiro, quando então Lindemberg depositaria sua arma em um dos quartos do apartamento e todos sairiam daquele local, que a declarante adentrou naquelas instalações na conformidade do determinado por Lindemberg, que assim a declarante entrou no imóvel a porta foi trancada"


"Me mate, me mate", diz Eloá
"Que, anoiteceu e todos foram para a sala com o televisor ligado, que Eloá ocupava o sofá da sala, a declarante um colchão de solteiro, no chão e Lindemberg de pé do lado direito da declarante. Que sem qualquer motivo aparente, Eloá surtou, passando a gritar: "Não agüento mais, me mate, me mate, não agüento mais ficar aqui". Que Lindemberg perdeu o controle da situação, não sabendo o que fazer. Que Eloá levantou-se e começou a quebrar objetos que guarneciam aquela residência e que estavam na estante da sala. Que Lindemberg e a declarante tentaram conter Eloá para que esta se acalmasse. Que a declarante temeu pelo pior, inclusive chegando a pensar que os policiais invadiriam o cativeiro. Que Lindemberg então agarrou o pescoço da declarante em forma de gravata apontando-lhe a arma na direção de sua cabeça, passando a perguntar a Eloá se esta queria ver a "Barbie" morta, referindo-se à declarante que ostenta tal epíteto".

Nayara e Lindemberg acalmam Eloá
"Que Lindemberg então disse que havia prometido não mais bater em Eloá, mas que nada havia prometido em relação à pessoa da declarante, com respeito à integridade física desta. Que Eloá não se acalmava continuando a gritar, fazendo com que Lindemberg desferisse dois leves tapas no rotos da declarante com o objetivo de assustar Eloá e não de ferir a declarante. Que a partir de então Eloá, de forma lenta, porém gradativa, começou a se acalmar, tendo sido colocada no colchão da sala intermeada pela declarante e por Lindemberg. Que ambos passaram a afazer carinhos em Eloá que os rejeitava dizendo que não queria carinho de ninguém".

Lindemberg se volta contra Nayara
"Lindemberg exclamava ser a declarante responsável pelo namoro do casal, chegando a referendar que a declarante seria conselheira sentimental de Eloá e que a declarante parecia ou era uma boneca, não fala, não tem vida, não tem sentimento e que por tal motivo Lindemberg mataria a declarante; Que Eloá disse que a declarante nada tinha com o desfazimento do namoro do casal, sendo que esta conversa perdurou por algum tempo até que todos se levantaram e saíram daquele quarto para a primeira refeição do dia".


Um disparo no meio da tarde da sexta-feira
"Que Lindemberg passou então a dizer à declarante e Eloá que a crise estava se acabando e que se resolveria naquela sexta-feira; Que as negociações prosseguiam e a crise se mantinha estável até a chegada da tarde; Que Lindemberg estava sentado no colchão da sala quando imotivadamente apontou a arma para o alto e em diagonal, efetuando um disparo que atingiu a parede que divisa o apartamento 23, projeto que ricocheteou muito provavelmente na porta do apartamento, Que sem nada dizer, Lindemberg levantou-se e foi para o banheiro; Que a declarante olhou para Eloá para que aquela nada dissesse e ficasse calma; Que a declarante deixou passar um tempo indo procurar por Lindemberg e perguntando o que havia acontecido, quando aquele respondeu que havia se recordado de um momento com Eloá, o que causou uma irritação e fez com que Lindemberg atirasse com sua arma; que nenhum negociador (LIGOU) após o disparo para perguntar o que tinha acontecido, fato que causou estranheza à declarante; Que a declarante pode dizer que o disparo mencionado ocorreu por volta das 15h00 ou 16h00 daquela sexta-feira".

Os minutos finais da tragédia
"Eloá e a declarante sentaram-se no sofá do lado do televisor, a declarante à direita, enquanto Lindemberg ocupava um outro sofá encostado na parede divisória com o apartamento 23 e perto da porta do quarto do casal; que Lindemberg insistia em saber quem teria sido o responsável pelo rompimento do namoro; que Eloá disse a Lindemberg que o responsável pelo rompimento do namoro era o ciúme, o gênio e algumas atitudes de Lindemberg; Que alguém ligou para Lindemberg, quando então houve uma longa conversa; Que a declarante acredita ter sido o Capitão Adriano o interlocutor de tal conversa; Que Lindemberg dizia que estava desenrolando algumas coisas com as meninas e que logo todos desceriam; Que a longa conversa não foi muito observada pela declarante; Que ao término desta ligação a declarante deitou-se; Eloá continuou sentada no sofá, enquanto Lindemberg arrastava uma mesa de jantar até a porta do apartamento , no sentido de encostar a mesa na porta; Que Lindemberg nada disse à declarante e a Eloá com relação àquela atitude; Que Eloá deitou-se lateralmente à direita naquele sofá, enquanto a declarante deitava-se lateralmente à esquerda, ambas com visão para o televisor, enquanto Lindemberg ficava de pé à direita da declarante, e a direita da porta de entrada do apartamento; Que imediatamente após o descrito nesta cena, a declarante ouviu um barulho que não parecia uma explosão,mas se assemelhava um chute na porta; que até então Lindemberg não havia efetuado qualquer disparo com as armas de fogo em seu poder; que, então a porta começou a ser arrombada e empurrada para a sua abertura, que, Eloá deu um grito quando a declarante pegou o edredom cobriu o seu rosto; que a declarante nada mais viu se recordando de ter ouvido dois estampidos e sentido um impacto em seu rosto; que a declarante cobriu seu rosto instintivamente e imediatamente após a tentativa de invasão do imóvel, não observando a ação desenvolvida por Lindemberg e pelos Policiais Militares; que as últimas palavras ouvidas pela declarante davam conta das determinações dos policiais para a rendição de Lindemberg; que neste momento a declarante saiu rapidamente sendo acolhida por um Policial Militar; que a última coisa que a declarante viu antes de sair daquele apartamento foi as escadas, entrando em desespero, achando que iria morrer; que enquanto descia as escadas a declarante chegou a ver Lindemberg se debatendo com os Policiais; Que o policial que acompanhava a declarante procurava acalmá-las; Que a declarante após vencer a escadaria do bloco foi colocada em uma maca e transportada para a Unidade de resgate que lhe socorreu até este nosocômio (HOSPITAL) onde a declarante permanece até a presente data. Que a declarante tem conhecimento do desfecho final e dos ferimentos de Eloá que foram a causa eficiente de sua morte; Que por fim a declarante tem a firme convicção da autoria delitiva atribuída a Lindemberg".

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26/10/2008 free counters

The New York Times anuncia apoio a Barack Obama


Nas primárias democratas, jornal anunciou seu respaldo à senadora por Nova York Hillary Clinton

Efe

WASHINGTON - O jornal The New York Times anunciou nesta quinta-feira, 24, seu apoio à candidatura presidencial do democrata Barack Obama, em artigo publicado em sua versão digital.

Durante a disputa das primárias democratas, o diário tinha anunciado seu respaldo à senadora por Nova York Hillary Clinton, que foi rival de Obama na luta pela candidatura do partido para as eleições de 4 de novembro.

"(Obama) atraiu legiões de novos eleitores com poderosas mensagens de esperança, e também com pedidos de sacrifício partilhado e de responsabilidade social", assinalou.

O New York Times acrescentou que o candidato democrata mostrou durante a campanha ter uma mente fria e um julgamento sensato.

"Acreditamos que ele tem a vontade e a capacidade de forjar um amplo consenso político que é essencial para encontrar soluções para os problemas deste país", acrescentou.

Nas eleições de 2000 e 2004, o New York Times apoiou as candidaturas democratas de Al Gore e John Kerry.

Outros jornais importantes dos Estados Unidos anunciaram seu respaldo a Obama, como o Los Angeles Times, o Chicago Tribune e o Washington Post.

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26/10/2008 free counters

Quarteto é detido após arrastão em restaurante em SP


Entre os presos há uma adolescente de 16 anos; um relógio, 14 celulares e os 856 reais foram recuperados

Ricardo Valota, do estadão.com.br


SÃO PAULO - Quatro assaltantes, entre eles uma adolescente de 16 anos, foram detidos, no final da noite de quinta-feira, 23, após realizarem um arrastão no restaurante Kinday Sushi & Pasta, na rua Inácio Pereira da Rocha, Vila Madalena, região centro-oeste da capital paulista.

Armados com uma pistola modelo antigo, Fernando Almeida de Sousa Abi Rachid, 23 anos, Fernando de Paiva Lima, 24, Flora Silva Braga, 19, e a adolescente entraram no estabelecimento e foram direto ao caixa, onde anunciaram o assalto. Dezesseis clientes também foram rendidos e assaltados pelo grupo.

Eram quase 22 horas quando os criminosos deixavam o restaurante, levando relógios, celulares e carteiras ds vítimas, além de 856 reais do caixa e dos clientes. Uma testemunha, ao ver o grupo deixando o local, ligou para o serviço 190, que acionou PMs das Rondas Ostensivas com Auxílio de Motocicleta (Rocam).

O quarteto havia entrado em um ônibus que seguia para o Jardim Colombo, região de Vila Sônia, zona sul, mas acabou detido pelos policiais. O coletivo foi parado na Avenida Eusébio Matoso, em frente ao Shopping Eldorado. Os assaltantes, que estavam nos últimos bancos, acabaram se entregando.

Com eles, os policiais recuperaram um relógio, 14 celulares e os 856 reais. Quinze vítimas e um representante do restaurante compareceram ao 14º Distrito Policial, de Pinheiros, para prestar queixa e retirar seus pertences. Os bandidos foram indiciados por roubo, formação de quadrilha e corrupção de menores.

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26/10/2008 free counters