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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SURPRESA :Apuração indica vitória de Dutra na presidência do PT


Em eleições de cartas marcadas, José Eduardo Dutra será eleito o novo presidente nacional do PT

Claudio Dantas Sequeira

O PT deve encerrar de vez a tradição de ser um partido democrata, aberto ao diálogo das inúmeras tendências e grupos ideológicos que o compõem, no domingo 22, quando ocorrem as eleições internas da legenda. Ao contrário de anos anteriores, antes mesmo de os votos chegarem às urnas o resultado das eleições não é segredo para ninguém.

O ex-senador José Eduardo Dutra, da corrente "Construindo um Novo Brasil" (CNB), será o novo presidente do partido, de acordo com a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em Estados onde a aliança com o PMDB está mais ameaçada, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, Lula também indicará quem serão os presidentes regionais. O fim da democracia petista tem um só objetivo: azeitar a máquina partidária com vistas a fortalecer a estratégia de tornar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a sucessora de Lula.

"Uma vitória de candidatos que defendem a tese da aliança com o PMDB em vários Estados é uma sinalização fundamental para 2010", afirma o coordenador nacional das eleições da CNB, Francisco Rocha. Segundo ele, a conquista da maioria dos diretórios por parte da CNB daria ainda mais força para Lula moldar os palanques regionais. A tese foi repetida por Dutra durante a campanha. "A continuidade do nosso projeto político em 2010 dependerá da capacidade de agregar forças de centro, principalmente o PMDB", disse. No Rio de Janeiro, por exemplo, Lula apoia a chapa do deputado federal Luiz Sérgio, que é a favor da reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB), contra a candidatura do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT-RJ).

A estratégia de campanha dos adversários de Dutra é mostrar que uma vitória da CNB é um risco à imagem do partido, ao reabilitar antigos dirigentes que estiveram envolvidos direta ou indiretamente com o mensalão, como o ex-ministro José Dirceu, os deputados José Genoino, José Mentor e João Paulo Cunha. Caso Dutra obtenha 60% dos votos, terá o direito de indicar a mesma proporção de dirigentes nacionais. "O que está em jogo agora é o controle do partido nas eleições de 2010 e se o PT se inclinará a favor de uma aliança estratégica com o PMDB", alerta o secretário de relações internacionais, Valter Pomar, da corrente "Esquerda Socialista", cuja candidata é a deputada estadual Iriny Lopes (ES).

Foto: Anderson Schneider/ Istoé dinheiro


segunda-feira, 23 de novembro de 2009, 20:57 | Online


De acordo com resultados preliminares das eleições internas do partido, ex-senador será o sucessor de Berzoini

Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - O ex-senador José Eduardo Dutra é o novo presidente nacional do PT. Integrante da tendência Construindo um Novo Brasil, a mesma corrente do presidente Lula, Dutra foi eleito no primeiro turno, com voto dos filiados, na disputa interna que no domingo, 22, renovou a direção do PT, em todo País. O antigo Campo Majoritário, grupo que caiu em desgraça com a crise do mensalão, em 2005, saiu fortalecido do embate petista.

Em boletim divulgado às 18h41 desta segunda-feira, 23, com 40,95% dos votos apurados, Dutra já havia conquistado 54,7% das preferências. O porcentual correspondia a 110.358 votos. Embora a apuração ainda não tenha terminado, a vitória de Dutra - que já presidiu a Petrobrás e a BR Distribuidora - era dada como certa pela cúpula do PT. O deputado José Eduardo Martins Cardozo (SP), da chapa Mensagem ao Partido, ficou em segundo. Na noite desta segunda, o terceiro lugar ainda era disputado palmo a palmo entre os deputados Geraldo Magela e Iriny Lopes.

Apesar dos apelos de Lula por palanques unitários nos Estados, em defesa da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a disputa reforçou a tese da chapa própria em Minas e no Rio. "Não é o processo ideal, mas não haverá enquadramento", avisou Dutra, que só assumirá a candidatura em 10 de fevereiro, na festa de 30 anos do PT.

O ex-presidente da Petrobrás foi o escolhido pelos principais líderes petistas para liderar o partido ao longo do processo eleitoral de 2010. Lula declarou voto em Dutra, assim como o deputado cassado José Dirceu e a pré-candidata do partido à Presidência, Dilma Rousseff.

O PT votou para escolher um novo presidente nacional de olho nas eleições presidenciais do ano que vem. O eleito terá de unificar o partido em torno da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para a primeira eleição nacional da história da sigla sem o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas cédulas.

Os militantes também escolheram novos presidentes estaduais e municipais para a sigla. Os mandatos têm validade de dois anos.

O ex-senador terá a difícil tarefa de costurar a aliança entre o PT e o PMDB em níveis nacional e estadual. Isso porque, apesar da pré-aliança firmada entre dirigentes dos dois partidos em nível federal, PT e PMDB deverão lançar candidatura própria ou apoiar candidatos de oposição ao governo Lula no Acre, Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Em entrevista coletiva após votar, em Brasília, Lula não descartou dificuldades na formação dos palanques estaduais. Mas apresentou uma solução para quando houver divergências: "Não tenho mais ilusão quando se trata das disputas locais. Por mais que a gente oriente as pessoas que o que deve prevalecer é um projeto nacional, normalmente o que tem acontecido é que cada um olha para o seu umbigo e prevalecem as questões dos Estados", afirmou. "O que é importante é que, se houver divergência na base aliada nos Estados, isso não seja impeditivo para a ministra Dilma ter dois ou mais candidatos", completou Lula.

Dirceu

Assim como o favoritismo de Dutra, é dado como certo que o processo eleitoral do PT deverá dar novo fôlego para o grupo político próximo ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Membro da chapa de Dutra, ele já trabalha nos bastidores para viabilizar a candidatura de Dilma.

Dirceu foi denunciado pelo Ministério Público e responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação no esquema de compra de votos de parlamentares em troca de apoio ao governo, no chamado esquema do mensalão.

Após votar nas eleições do PT, a ministra defendeu o ministro. Para ela, nenhum dos acusados de participar do esquema foi julgado ou condenado em definitivo pelo STF, o que impede a formação de qualquer juízo de valor. "Ninguém pode ser cassado a priori. Eu acho que nós demos um passo grande no Brasil, quando se compara a outros países do mundo, e dizemos que somos uma das maiores democracias do mundo", afirmou Dilma.

A ministra destacou ainda que o PT procede de forma correta ao aceitar a participação de José Dirceu e de outros petistas acusados pelo Ministério Público nas chapas que disputam o comando do diretório nacional. Segundo ela, o partido deve adotar a prática da presunção da inocência.

Após votar, em São Paulo, Dirceu declarou que, apesar de seu nome estar na chapa, não está no diretório. "Se vou para o diretório ou não é para ser definido em fevereiro", explicou.

São Paulo

No Estado de São Paulo, filiados de mais de 500 municípios votarão para escolher novos dirigentes em todos os níveis. Os candidatos à presidência do Diretório Estadual do partido são o atual presidente Edinho Silva, que concorre à reeleição com os candidatos José Carlos Miranda, Renato Simões e Misa Boito.

Na Capital, os candidatos à presidência do PT são os petistas Jair Tatto, atual secretário de organização do PT-SP, Flávia Pereira, ex-vereadora pelo PT, o atual vereador Antônio Donato e o arquiteto e professor da USP Nabil Bonduki.

Com informações do estadao.com.br













Lula acumula: -Aposentadoria por invalidez,aposentadoria de Aposentadoria por invalidez, Pensão Vitalícia de "perseguido político" isenta de IR, salário de presidente de honra do PT, salário de Presidente da República. Você sabia???

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26/10/2008 free counters

Camarote de micareta cai e fere 60 em São José dos Campos


Estrutura desabou durante show do Chiclete com Banana; 2 vítimas foram levadas para SP

João Carlos de Faria e Valéria Rossi, de O Estado de S. Paulo


-

O desabamento de parte da estrutura de um camarote durante show da banda Chiclete com Banana, em São José dos Campos, deixou pelo menos 60 pessoas feridas, na madrugada de ontem. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 48 atendimentos foram realizados na rede pública. Duas das vítimas tiveram ferimentos graves - uma, fraturas expostas no fêmur, e outra, lesão na coluna.

A advogada Simone Laurino, de 33 anos, teve trauma na coluna e foi transferida para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo (leia ao lado). Outro ferido, um publicitário de 30 anos que preferiu não ter a identidade revelada, seguiu para o Hospital 9 de Julho, na capital. O fêmur direito sofreu três fraturas e, amanhã, ele deve passar por cirurgia para colocação de pinos.

Era por volta de 0h45 quando um dos quatro camarotes da micareta São José Folia, realizada na Universidade do Vale do Paraíba (Univap), ruiu. O show era acompanhado por 4 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. No local, havia duas ambulâncias. Os bombeiros foram acionado e encaminharam mais 12 viaturas. "A organização foi péssima, pois não previu um acidente desse em um show em que todo mundo pula", criticou a tenente do Corpo de Bombeiros Priscila Merize. Os feridos foram levados para o Hospital Clínica Sul e para o Pronto-Socorro da Vila Industrial.

Enquanto as vítimas eram atendidas, a banda retomou a apresentação em 30 minutos. Com várias escoriações, o engenheiro Ernani Freitas, de 32 anos, considerou um desrespeito a decisão da produção. "Foi uma cena de horror. Muita gente ficou machucada. Apesar do acidente, o show continuou."

Freitas acredita que o acidente ocorreu por causa do excesso de pessoas. "O show começou e, quando o Chiclete com Banana entrou, o trio elétrico deu uma volta e parou em frente ao camarote." A falta de controle na circulação do público teria provocado o acidente, na opinião do engenheiro. "Mais de 20 pessoas vieram para cima de nós. Começou a segunda música e tudo despencou." Ele estava com a mulher, Valéria, de 30 anos, que sofreu escoriações.

Das vítimas levadas aos hospitais municipais, cinco continuavam internadas ontem à noite. Dos 38 atendidos no pronto-socorro, dois foram transferidos para o Hospital Santos Dumont. Um deles também apresentava lesão na coluna. Gabriel Henrique Ferreira, de 23 anos, continuava internado.

VISTORIAS

O Corpo de Bombeiros realizou na manhã de ontem uma vistoria no local, para verificar equipamentos de segurança. A corporação não divulgou informação sobre a fiscalização. Uma empresa especializada realizou perícia técnica para verificar as condições do camarote.

Segundo a MKR Eventos, uma das organizadoras da micareta, todos os procedimentos para a realização do evento foram tomados e só depois de 15 dias será divulgado o resultado do laudo técnico. A prefeitura não se pronunciou sobre o acidente.

Segundo a Polícia Civil, 30 boletins de ocorrência foram registrados. Os shows programados para a noite de ontem das bandas Eva e Tomate foram cancelados pelos bombeiros e pela PM.














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26/10/2008 free counters

HIPOCRESIA : Lula e Ahmadinejad expressam repúdio a armas de destruição em massa





Da EFE



Brasília, 23 nov (EFE).- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, expressaram hoje seu "inabalável repúdio" às armas de destruição em massa, em especial às nucleares.


Em uma declaração conjunta emitida por ocasião da visita do presidente iraniano a Brasília, os dois governantes manifestam sua "seu inabalável repúdio às armas de destruição em massa, em particular às armas nucleares, cuja existência implica uma séria ameaça à paz e à segurança internacionais e à sobrevivência humana".


Segundo o documento de 17 pontos divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, Lula e Ahmadinejad reafirmaram "seu compromisso com o desarmamento e a não-proliferação nuclear e sublinharam a importância de que se tomem medidas práticas no campo do desarmamento".


Além disso, "os dois presidentes manifestaram seu apoio a uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio", ressalta o comunicado conjunto.


Depois de se reunir hoje com Ahmadinejad, Lula reconheceu o "direito" do Irã de desenvolver um programa nuclear "com fins pacíficos" e em conformidade com os "acordos internacionais".


"O que nós temos defendido há muito tempo é que o Irã possa produzir urânio para desenvolvimento de energia", disse Lula após a reunião que teve hoje com Ahmadinejad em Brasília.


Posteriormente, em entrevista coletiva concedida hoje à noite em Brasília, o presidente iraniano tentou moderar seu discurso quando perguntado sobre se achava que Estados Unidos ou Israel poderiam vir a atacar o Irã.


"Não teriam coragem para fazê-lo. Achamos que a era dos ataques militares chegou a seu fim", pois "as armas e as ameaças pertencem ao passado", afirmou Ahmadinejad.


Amanhã, o presidente do Irã segue para a Bolívia, a segunda etapa de sua viagem pela América do Sul, que terminará na Venezuela. EFE














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26/10/2008 free counters

Saudades de sua voz


A vida cotidiana de Odele e sua filha Flavia – em coma há quase 12 anos, desde que seu cabelo foi sugado pelo ralo de uma piscina
Eliane Brum (texto) e Marcelo Min (fotos)
Marcelo Min
DE AMOR E SILÊNCIOS
Odele não sabe se Flavia ouve suas palavras ou percebe seus carinhos. Para ela, cuidar é a melhor forma de amar

Quando Odele sonha com a filha, Flavia tem 10 anos. A menina de cabelos longos, encaracolados nas pontas, fala sem pausas. Gosta de partilhar seu dia, contar as aventuras na escola, tagarelar sobre o futuro precocemente dividido entre uma carreira de administradora e outra de modelo. Abraça e beija muito. Dança, canta e toca teclado. Sua voz povoa o sono da mãe. Quando Odele acorda, porém, o silêncio continua lá.

Deitada na cama do quarto ao lado, Flavia tem os olhos abertos. Não pode mais falar e, embora possa ver, Odele não sabe se vê. A menina calou-se aos 10 anos, quando seu cabelo foi sugado pelo ralo da piscina do edifício onde vivia, em São Paulo. Em dezembro, no mesmo dia do aniversário da mãe, fará 22. Há quase 12 anos, Odele só ouve a voz da filha em sonhos. Agora é a mãe que parece se afogar ao despertar submersa na ausência da filha. “Ela tinha voz de sino”, diz. É dessa voz de sino que Odele sente mais saudade.

Assim se inicia cada dia. E cada dia em que Flavia não acorda é uma perda para Odele. Quem vai imaginar que a voz da filha, que às vezes perturba com sua premência, será um dia a maior saudade da mãe? Que aquelas histórias de criança, contadas quando falta tempo à mãe, seriam pagas com metade de uma vida ou uma vida inteira, se a mãe soubesse que poderia perdê-las?

É uma existência de subtrações e de delicadezas, a dessas duas mulheres. Só faz sentido porque Odele conseguiu fazer da história de dor também uma narrativa de amor.

Flavia abre os olhos durante o dia e os fecha à noite. No coma vígil, os olhos são vigilantes apenas na aparência. Não há consciência da dor ou do prazer. Flavia não se move, mas se sobressalta com ruídos mínimos e esboça sinais de sofrimento. Para os médicos, são apenas reflexos involuntários. Mas como ter certeza sobre quanto ela percebe? Sentiria Flavia, de algum modo, a presença da mãe, o toque da mãe, o amor da mãe? São perguntas que Odele Souza se faz, aos 60 anos. E responde “sim” a todas elas. Como não?

Devastada pelo silêncio da filha, Odele criou uma voz para Flavia. Há três anos ela criou um blog chamado Flaviavivendoemcoma (flaviavivendoemcoma.blogspot.com). Não é um nome qualquer. Poderia ser Flaviaemcoma, mas Odele escolheu a palavra “vivendo” para colocar entre o nome da filha e o planeta inalcançável habitado por ela. Mesmo que não a alcance, para Odele sua filha vive. E, quando Flavia sorri, não é um reflexo involuntário.

Centenas de pessoas no Brasil, em Portugal, nos Estados Unidos, na Colômbia, em Moçambique e na Espanha testemunham a delicada tessitura dos dias de Flavia e de Odele pela internet. E preenchem com suas vozes virtuais as paredes reais da casa de silêncios onde vive a “princesa adormecida”. Pelo blog é construída a narrativa amorosa da perda cotidiana de uma mãe diante da ausência do corpo presente da filha. “Construí para minha filha uma vida de detalhes”, diz Odele.

Tempos antes de calar-se no fundo da piscina, de onde foi arrancada pelo irmão, quatro anos mais velho, Flavia soube que a mãe de uma amiga presenteou a filha que menstruava pela primeira vez com um buquê de rosas vermelhas. Pediu: “Mãe, você me dá flores quando eu ficar mocinha?”. Odele prometeu. Imóvel e silenciosa, Flavia virou mulher sobre a cama. Cresceu 12 centímetros. Menstruou em coma, aos 13 anos. A mãe colocou rosas vermelhas a sua cabeceira.

No Dia das Mães, é Odele quem escreve à filha. “Vejo você em sua cama hospitalar, mas não sei onde você está, por isso, como há um ano, estou te escrevendo uma carta neste Dia das Mães em que eu adoraria receber o teu abraço, o teu sorriso, o teu carinho, mas tenho de me contentar com tua presença imóvel e silenciosa. É como se você não estivesse aqui. E lamento muito, filha, por nestes anos todos não ter conseguido entender o mistério do estado de coma, lamento por não entender o que ocorreu em seu cérebro, para saber exatamente onde você se escondeu, um lugar aonde nunca consegui chegar para te falar e fazer entender que, esteja onde estiver, você não está só, e que estou sempre por perto a lhe proteger.”

Há quase 12 anos, por volta das 18h30 de 6 de janeiro de 1998, Odele escrevia no computador quando ouviu os gritos do filho mais velho. Pensou: “O Fernando vai incomodar os vizinhos”. Quando olhou pela janela do 8º andar, viu Flavia estendida no deque da piscina do condomínio. A filha tinha descido duas horas antes, de maiô preto, a toalha sobre um ombro, para brincar com o irmão e alguns amigos na piscina de 95 centímetros de profundidade. A menina tinha 1,50 metro. “Tchau, Mami, tô indo pra piscina”, disse. Foi sua última frase.

Odele desceu pelas escadas. Correndo. Quando alcançou Flavia, ela já não estava lá. Só abriria os olhos 16 dias depois. Nunca mais daria qualquer sinal de consciência.

Meses depois, Odele começou a buscar as causas no fundo da piscina. Dividia seu dia entre os cuidados com a filha no hospital e o posto de secretária executiva numa multinacional. Voltava para casa, vestia um maiô e mergulhava na piscina, em pleno inverno, com uma boneca de longos cabelos. Noite após noite, investigava o ralo. A perícia da Justiça deu razão à mãe: a bomba de sucção instalada pelo condomínio era potente demais para as dimensões da piscina. Odele levou o condomínio e a fabricante do equipamento ao banco dos réus.

Quando a filha completou oito meses de coma, Odele disse ao médico que a levaria para casa. Se Flavia pudesse sentir o cheiro da comida, ouvir a voz do irmão, o som dos chinelos da mãe no assoalho, quem sabe não acabaria por despertar? Nesse tempo, Odele sentia tanta dor que, palavras dela, se confundia com a dor. “Eu era uma dor ambulante”, diz. “Observava o ipê florindo-se de amarelo na janela e sentia raiva. Por que só minha filha não floresceria?”

Odele descobriu que o tempo da solidariedade passara. Não porque as pessoas se tornaram indiferentes, mas porque é difícil suportar uma dor que não acaba. “A dor da gente precisa deixar de ser ostensiva para que não nos tornemos insuportáveis para o outro”, diz. “Depois de dois anos, amigos passaram a atravessar a rua quando me viam. Não eram más pessoas, apenas não sabiam mais o que me dizer.”

Um ano depois do acidente, apareceram os primeiros laudos médicos. E a palavra que, ainda hoje, devasta Odele: irreversível. A mãe recusou-se a aceitar. Iniciou uma busca em que caiu em mãos de todo tipo. Escreveu a um lama do budismo tibetano. Peregrinou por igrejas de denominações variadas e centros espíritas. Passou por médiuns com apregoados poderes de cura e também por médicos que ofereciam tratamentos “revolucionários”. Todos lhe prometeram um milagre, no mesmo tom casual com que garantiriam o nascimento do sol no dia seguinte.

Ao levar a fotografia de Flavia a um médium que diz incorporar um famoso médico alemão, Odele ouviu: “Que menina bonita. Vamos tirá-la do coma”. Ela acreditou. Sempre acreditava. Passou seis meses atravessando a cidade para receber injeções espirituais na nuca. Da médica de uma universidade paulistana, ela escutou: “Em 15 sessões ela já vai dar sinais de retorno”. Não havia “talvez”, “quem sabe”. Só certeza.

A cada sessão, Flavia era espetada com cerca de 30 agulhas de acupuntura. A Odele, a médica pedia que fincasse uma agulha em cada dedo da mão e do pé de Flavia até que brotasse uma gota de sangue: “Energia negativa”. “Eu espetava chorando”, diz.

Quando as 15 sessões terminaram, a médica disse: “E se você parar agora e ela despertar na 18ª?”. Odele já tinha “e ses” demais em sua vida. “E se o prédio não tivesse piscina? E se eu tivesse ido com Flavia tomar sorvete naquela tarde? E se...?” Sem poder suportar mais um, ela seguiu com o tratamento. Um dia a médica provocou uma queimadura na pele de Flavia. Só quando queimou a menina pela segunda vez, Odele entendeu que era hora de parar. Havia sido a 54ª sessão.

Fotos: Álbum de família
TRAJETÓRIA INTERROMPIDA
Nas fotos acima, Flavia antes do acidente: com a mãe, no primeiro mês de vida; no colo do irmão, Fernando, com 1 ano e 8 meses; aos 9 anos. Na foto abaixo, no quarto de Flavia, Odele acompanha os comentários dos leitores no blog em que narra a história das duas: flaviavivendoemcoma.blogspot.com
Marcelo Min

Odele parou. “Percebi que não poderia levar minha esperança à insanidade”, diz. “Flavia estava ali, frágil e indefesa, exposta a minhas tentativas de mãe.”

Parar de tentar significava aceitar que a vida possível tinha agora paredes claustrofóbicas e um silêncio sem fim. “Essa dor é pior que a morte, porque é uma perda diária. Essa dor está no meu coração. Eu a sinto no meu caminhar, no fundo dos meus olhos, no meu rosto”, diz.

Odele começou a costurar uma existência em que a esperança resiste nos cantos. Quando Flavia é levada na cadeira de rodas para pegar sol, desce no elevador com a roupa combinando, brincos nas orelhas, presilhas coloridas nos cabelos sempre longos, porque era assim que ela gostava. Flavia pode ver, mas possivelmente nada enxergue. O que não a impede de usar óculos de aros cor-de-rosa quando está sentada. Para ela, a mãe ainda conta as histórias de fadas dos Irmãos Grimm. Mas também lançamentos como Leite derramado, de Chico Buarque, porque agora Flavia já é uma adulta. Cresceu na cama ouvindo Sandy e Júnior. E, agora, é para ela que Roberto Carlos canta suas mais derramadas canções de amor.

“Fá, nem sabe o que aconteceu”, diz Maria José Rodrigues, ou Masé, a técnica de enfermagem que chega. “Morreu o Ghost.” Masé refere-se à morte do astro do filme Ghost, Patrick Swayze, ocorrida em setembro. “Fá, chorei que nem uma besta nesse filme.” Aos 41 anos, Masé cuida de Flavia dia sim, dia não. Entra às 8 horas, depois de completar 12 horas de plantão na UTI de um hospital. Tem pela frente oito horas em que cuida de Flavia com tanto amor que seu próprio filho sente ciúmes. Da rua, ela traz um esmalte rosa-clarinho, transparente, de nome Paraíso, para pintar as unhas de sua “Fafá”. Junto vêm decalques de florzinhas para colar em cada unha esmaltada. Masé tem um lugar especial em uma vida condenada a ser tecida por outros. “Fá, será que um dia eu vou ouvir sua voz?”

Na metade da manhã chega uma das duas profissionais que se alternam de segunda-feira a sábado, em uma hora de fisioterapia. Flavia é colocada numa prancha para que seu corpo fique na vertical, fortalecendo a musculatura das pernas e melhorando o funcionamento dos sistemas digestivo e urinário. Seu corpo é massageado, e por suas mãos passam diferentes texturas para que ela sinta estímulos diversos. Órteses nas pernas e nos braços mantêm mãos e pés na posição correta, já que eles tendem a entortar pela imobilidade. Depois Flavia é acomodada na cadeira de rodas por três horas. Só à tarde volta para a cama, onde é virada a cada duas horas para não ter escaras. “Ela é incrivelmente bem cuidada”, diz a fisioterapeuta Andrea Lotufo. “Nunca vi uma ferida em seu corpo.” O pai da menina, separado de Odele desde a gravidez, sustenta boa parte da cara estrutura que mantém esses cuidados.

Em seu sono, Flavia tem pele de pêssego e cabelos brilhantes, cuidados pelo cabeleireiro Ary Soares, que trata deles desde antes de serem capturados pelo ralo. Não cobra nada. Ninguém toca em Flavia sem dar “oi”, “tchau” e pedir licença. Flavia não fala, mas os habitantes de seu mundo restrito falam com ela. E assim descobre que o esmalte da fisioterapeuta se chama Quinta Avenida.

Embaixo da cama de Flavia, Michele monta guarda. Ela é uma fêmea de poodle branca comprada na esperança de que os latidos despertassem Flavia. Provocam apenas sobressaltos. O nome foi tomado emprestado de uma amiga de Flavia, depois de Odele ter encontrado um bilhete na mochila escolar da filha: “Flavia, eu adoro você. Vou ser sua amiga para sempre. Michele”. Entre as coisas de Flavia, Odele também achou o telefone de uma agência de modelos.

Marcelo Min
CONTO SEM FADAS
No pátio do prédio, Odele lê para Flavia. Como acontece com a bela dormecida da história, o mundo muda ao redor de Flavia sem que ela perceba

Em sua trajetória, Odele conheceu o pior e o melhor do humano. A ela, nada foi poupado. Ao longo do processo jurídico, até mesmo a inteligência de Flavia foi posta em dúvida. Odele teve de provar que a média de Flavia na escola era 9,3, que aos 10 anos a filha falava inglês e espanhol, tocava teclado e sabia nadar muito bem. Vizinhos disseram que a menina costumava ser negligenciada, na tentativa de isentar o condomínio do pagamento de uma indenização. A fabricante do ralo alegou que a mãe fora “relapsa”. A Justiça de primeira e segunda instância sentenciou Odele como corresponsável pelo acidente, por não estar presente na piscina.

Só mais de uma década depois, em março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça rejeitou, por unanimidade, a responsabilidade de Odele. “Essa mãe foi muito injustiçada. Ela nunca poderia responder por deixar sua filha, que sabia nadar bem, como está provado, ir nadar em seu condomínio. Ora, quem de nós não deixa os filhos nadar sozinhos?”, disse o ministro João Otávio de Noronha. O condomínio foi condenado por instalar um ralo incompatível com as dimensões da piscina. A fabricante foi absolvida.

Nestes anos todos, Odele conta que tinha vontade de abrir a janela do apartamento e gritar: “O que eu faço com esta dor?”. “O blog é como uma janela que se abriu. E me arrancou da solidão. Escrever é uma forma de falar de amor e exorcizar a dor. A palavra tem esse poder”, diz Odele. Por essa janela, ela alerta para o perigo dos ralos das piscinas. “Me dizem que não muda nada, mas acredito em exercer a cidadania. Não quero provocar um sentimento de pena, não sou uma coitada. Escolhi lutar”, diz. “Se não tenho poder de mudar, tenho o poder de incomodar. O que aconteceu com Flavia não será esquecido.”

A cada dia Odele realiza a alquimia de transformar dor em indignação para manter-se em pé. “Não há laço mais forte que o existente entre mãe e filho. Por isso, eu achava que o amor de mãe tinha mais poder”, diz. “Não é uma culpa o que sinto, mas uma decepção. Esse amor tão grande não é tão poderoso como eu imaginava que fosse.”

Filha de uma sertaneja nordestina que migrou para São Paulo com os filhos depois de ser abandonada pelo marido, Odele é uma mulher que se fez forte pelo exemplo e pelas agruras. Agora, também pela tragédia. No dia em que Masé está, ela amarra os fios de uma individualidade escassa. Almoça com uma amiga, vai ao cinema, visita exposições, vai ao teatro. Lê muito. E escreve um livro sobre a história de Flavia. “A felicidade já não está a meu alcance, o contentamento sim. Sempre há um jeito de dar um sorriso. Mas, às vezes, o possível para nós é muito pouco”, diz Odele. “Flavia vive à margem da vida. E eu, à margem da liberdade.”

Nos dias em que Masé não está, Odele se dedica a treinar outra cuidadora. Não é fácil encontrar alguém que cuide bem de uma menina em coma. Nem sempre o sono de Flavia é plácido. Seu corpo produz secreções que precisam ser aspiradas uma dezena de vezes ao dia. Pela sonda gástrica, ela recebe as calorias exatas para manter a saúde do corpo sem ultrapassar os 52 quilos. A atenção é constante.

A narrativa fiel desse cotidiano no blog provoca reações extremadas. Desde que passou a habitar a internet, Odele conheceu em profundidade a alma humana. Ela costuma ser alvo de ataques disparados por dois movimentos supostamente antagônicos. Por um lado, defensores da eutanásia lhe dão conselhos. “Deixe de virar sua filha a cada duas horas e a natureza fará seu trabalho”, diz um. “Se você quiser, eu posso aplicar uma injeção”, oferece outro. No lado oposto, religiosos garantem milagres instantâneos se Odele levar Flavia a sua igreja. Basta um domingo, e Flavia sairá andando. Odele recusa ambas as ofertas com firmeza.

Nesse momento as duas pontas se tocam. Ao recusar a eutanásia e o milagre, os discursos se igualam na intolerância. Odele é chamada de “egoísta” e “prepotente”. Ambos os lados acusam-na de não amar “verdadeiramente” a filha. Por meio de e-mails agressivos, estranhos ousam conhecer tanto sua dor quanto seu amor – e sempre acreditam saber o que é melhor para as duas.

Odele está serena quando diz: “Não julgo os pais que optam pela eutanásia, nos países em que ela é permitida. Cada um sabe de sua dor e de suas circunstâncias. Nunca pedi para a minha filha partir. Ela está aqui e, a mim, cabe cuidar para que tenha a melhor vida possível, ainda que o possível seja pouco. Há muito já não acredito em milagres. No meu blog, não permito que falem nem de eutanásia nem de que sua cura depende de Deus. Nem sou santa nem Flavia é. Se eu tivesse permitido, já a teriam transformado numa santinha, e minha casa seria lugar de romaria. Só quero que respeitem meu modo de amar. Para mim, amar é cuidar da minha filha da melhor forma que posso”.

Se as sombras penetram pela janela aberta do blog, é também por ela que entram personagens luminosos de além-mar. Sem muitos amigos reais dispostos a partilhar a vida de uma mulher presa aos horários impostos pelas necessidades de uma filha em coma, Odele fez amizades profundas com gente que nunca tocou. Talvez no mundo fluido, impalpável da internet, seja mais possível alcançar a fragilidade da ausência encarnada de Flavia.

Em torno de Odele e de Flavia foi tecida uma rede que dá amparo e sentido à perda de cada dia. São, em grande parte, amigos de Portugal, que se identificaram com a narrativa de Odele no blog e hoje irrompem pela casa das mais variadas maneiras, espanando as sombras com “coisas ternurentas”. Desde que a medicina encontrou seus limites, é o afeto que salva Odele. Enquanto Flavia dorme em seu casulo, a sua cabeceira nasce uma borboleta pelas fotografias de Nuno Sousa. Outra artista portuguesa, Isabel Filipe, cria novos enredos para a vida de Flavia em fotografias. Mas é um português chamado António Peciscas que as alcança com uma singeleza de sentimentos capaz de redimir a brutalidade daquele sono sem despertar.

De sua casa, no Porto, esse professor sessentão, pai de um filho adulto, envia gravações para Flavia ouvir. Nelas, narra as delicadezas de um cotidiano povoado de banalidades extraordinárias. Pela sua voz, Flavia pode tocar o pelo de uma gata branca que por lá aparece não para comer, mas para receber afagos. “Olá, querida Flavia. Cá está o António uma vez mais...”, inicia ele, como um avô de sotaque português, a voz doce como um pastel de Santa Clara. Grava os sons que se ouvem em sua rua. O sino da igreja, o galo do vizinho e até seus passos apressados sobre as folhas do parque. Nos domingos solitários, a voz de António é a única a quebrar o silêncio da vigília de Odele.

À noite, quando a dor alcança escalas impossíveis, Odele vai para seu quarto e chora. Flavia dorme no quarto ao lado, as portas sempre abertas. “Foi muito pouco o que restou de individualidade para nós”, diz Odele. “Mantemos nossos quartos.”

Ao contrário de todas as mães do mundo, ela tem medo de morrer antes da filha. Odele sabe que ninguém, por melhor que sejam as intenções, será capaz dessa vida de esquecimentos. “A vida me deu muito pouco. Espero que me conceda pelo menos isso”, diz. “Posso morrer no dia seguinte.”

Quando Odele dorme, tem um sonho recorrente. Nele, Flavia dá a mão para a mãe. E elas voam.














Lula acumula: -Aposentadoria por invalidez,aposentadoria de Aposentadoria por invalidez, Pensão Vitalícia de "perseguido político" isenta de IR, salário de presidente de honra do PT, salário de Presidente da República. Você sabia???

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26/10/2008 free counters

Fábio Assunção prepara roteiro para cinema, diz jornal



FÁBIO ASSUNÇÃO, upload feito originalmente por OS MAIAS.

FÁBIO ASSUNÇÃO  11/2009

Tema escolhido pelo ator seria o uso de drogas

QUEM Online

 Divulgação / TV Globo

Fábio Assunção contou ao "Jornal do Brasil" desse domingo (22) que está escrevendo seu primeiro roteiro para cinema. O tema é o uso de drogas e o ator não pretende contar sua história, mas a de pessoas que viveram histórias semelhantes à sua.


“Eu não vou discutir o assunto. Vou mostrar personagens que estão envolvidos com dependência química. Não me interessa essa discussão, o porquê isso acontece, se é certo ou errado, não há julgamento em cima da doença. O quem me interessa é a vida dessas pessoas; como falta felicidade na vida delas, como elas vivem, como podem ser felizes. Falo sobre o ser humano e não sobre a doença”, disse ele à publicação.


Fábio deixou a novela “Negócio da China” em novembro de 2008 e internou-se em uma clínica no interior de São Paulo para se tratar de dependência química. Cinco meses depois, ele teve alta e acaba de gravar seu primeiro trabalho após o período em que esteve afastado: o músico Herivelto Martins, da minissérie “Dalva e Herivelto”, cuja estréia está prevista para janeiro, na TV Globo.
Antes disso, o ator pode ser visto no cinema, já que na sexta-feira (27) entra em cartaz “Do Começo Ao Fim”, de Aluizio Abranches. Esse é o nono longa de Fábio, que em fevereiro começa a filmar como um padre em “Amor Sujo”, de Paulo Caldas.














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26/10/2008 free counters

Colombia toma las primeras medidas militares ante tensión con Venezuela

*
*** Ecuador reactiva diplomacia civil y militar con Colombia y no acompaña a Chávez en su conflicto contra Uribe
*** Venezuela militarizó las relaciones fronterizas con Colombia
*** Fidel Castro mete leña en el fuego entre Caracas y Bogotá
*** Peligro de choque es real según Jane´s.

La tensión entre Venezuela y Colombia escaló esta semana para comenzar a tener visos de potencial conflicto bélico. Una sucesión de incidentes fronterizos han ido engrosando la lista de quejas bilaterales, sin que exista un mecanismo diplomático activo entre Caracas y Bogotá que permita canalizar los roces.

Diversos ofrecimientos de gobiernos regionales y europeos para servir de puentes entre Hugo Chávez y Álvaro Uribe, han sido descartados públicamente por el gobierno venezolano.

Los discursos de Chávez y de altos funcionarios de su gobierno presentan la tensión con Colombia como un asunto estratégico y no coyuntural. Chávez está circunscribiendo todas las relaciones de Venezuela y Colombia al tema del acuerdo militar firmado por Bogotá con Washington, con lo cual permanecen cerradas las opciones de acercamiento que pudieran valerse de prácticas diplomáticas.


El peligro de un choque armado entre Venezuela y Colombia a mediados del año 2010 es real, según “fuentes de inteligencia” en Bogotá citados por Jane´s, la publicación especializada en temas militares y de inteligencia.


Anteriores confrontaciones entre Hugo Chávez y los gobiernos de Colombia, tuvieron en Fidel Castro a un agente moderador. La impresión de analistas consultados es que, en esta ocasión, Castro está estimulando la pugnacidad, bajo el argumento de la presencia de EEUU en bases militares colombianas.


Luego de dos semanas del llamado de Hugo Chávez a prepararse para una guerra con Colombia y EEUU, Bogotá anunció medidas de tipo militar.

El viernes pasado, 20 de noviembre, tras un encuentro del ministro de Defensa colombiano, Gabriel Silva, con los jefes militares y policiales con jurisdicción en la frontera con Venezuela, fue anunciado el reposicionamiento de tropas para aproximarlas a la línea fronteriza. Silva había previamente declarado que las instrucciones dadas a las unidades militares asentadas sobre la frontera es de evitar eventuales “provocaciones” venezolanas.

Tras el encuentro de los militares colombianos, celebrado en la fronteriza ciudad de Arauca, Silva ofreció declaraciones que cambiaron el contexto en que se mueven las relaciones entre los dos países. Silva se refirió a que las fuerzas militares de su país están preparadas y en “máxima alerta” para “impedir cualquier tipo de agresión contra los colombianos o el territorio nacional”. Agregó que el “nivel de alistamiento y de preparación (es) muy alto, por encima del 90 por ciento en todas nuestras capacidades”.


Colombia dispuso el reposicionamiento de aproximadamente 2000 hombres de unidades del Ejército y la Armada. Infantes de Marina para actuar en la frontera de Apure-Arauca, y tropas del Ejército para la frontera Táchira-Norte de Santander. El despliegue incluiría una de las brigadas móviles del Ejército colombiano.


El cambio de actitud de Bogotá ante Caracas, al anunciar medida de corte militar, estuvo relacionado con las voladuras efectuadas por tropas venezolanas de dos pasarelas situadas sobre el limítrofe río Táchira. El hecho ha sido calificado por Colombia como “una agresión contra la población civil”.

El gobierno venezolano ha alegado que las pasarelas fueron construidas por el narcotráfico y su destrucción fue un acto soberano y rutinario. El impacto internacional de la noticia hizo que Chávez intentara reducirle gravedad al hecho, alegando que no eran el “puente de Brooklyn o el Golden Gate”.


Las pasarelas destruidas conectaban territorio del estado Táchira con el departamento Norte de Santander. Se trata de una zona rural, alejada del paso internacional de San Antonio del Táchira y Cúcuta, donde se produce un flujo permanente de población de uno a otro lado de forma cotidiana. Ragonvalia (Colombia) y Las Delicias (Venezuela) forman parte del rosario de poblaciones gemelas que existen en la línea fronteriza venezolano colombiana.

Incluso en los planes de integración física de la Comunidad Andina, cuando en los años noventa se evaluaban nuevas rutas, estaba incluido el proyecto de un puente binacional en esa zona. El llamado proyecto del puente El Tabor procuraba conectar las poblaciones de Ragonvalia y Herrán del lado colombiano con Las Delicias en Venezuela. El proyecto fue contemplado por los dos gobiernos e incluido en los planes de la Corporación Andina de Fomento (CAF).

En aquellos días el tema de la integración fronteriza estaba en pleno apogeo, con Caracas y Bogotá marcando pautas a nivel andino. Las realidades binacionales han cambiado y lo que en los años noventa era parte de un proyecto de integración fronteriza ahora es zona de tensión.


Los flujos cotidianos de población fronteriza son identificados por Caracas con hechos delincuenciales, desde el “contrabando de extracción” (delito tipificado por el gobierno Chávez) al paramilitarismo. En consecuencia, el manejo de las relaciones fronterizas ha sido militarizado por Venezuela.


Mientras se agudiza la situación con Venezuela, Colombia ha logrado, junto con Ecuador, canalizar la crítica situación que los enfrentaba y reactivar una agenda diplomática cooperativa.

El gobierno de Rafael Correa no ha acompañado a Chávez en su campaña internacional contra Colombia a propósito del acuerdo militar con EEUU. Por el contrario, Ecuador y Colombia optaron por reactivar todo un conjunto de mecanismos de diplomacia civil y militar para normalizar sus relaciones. Reapertura de embajadas, reactivación de la comisión de integración fronteriza (civil) y de la Combifron (militar), viaje del ministro de defensa ecuatoriano a Bogotá y anuncio de pronta designación de embajadores y agregados militares son hechos que se han producido en los últimos días.


Quienes siguieron el proceso de aproximación entre Colombia y Ecuador resaltan el papel de miembros de las sociedades civiles de ambos países, quienes hicieron valer sus intereses comunes.

El gobernador de Nariño, Antonio Navarro Wolf, con el pleno apoyo de Uribe, actuó como conector entre Quito y Bogotá para resolver una crisis que afectaba especialmente la actividad económica de su fronterizo departamento. El Centro Carter habría jugado un papel importante como facilitador de los encuentros binacionales. Tanto Quito como Bogotá bajaron el volumen a sus declaraciones y dejaron operar mecanismos diplomáticos formales e informales. Incluso Correa no compró el intento venezolano de perturbar los diálogos con Colombia, mediante un informe divulgado por Caracas sobre contraespionaje colombiano a Ecuador.

En contraste con la situación entre Ecuador y Colombia, en el caso venezolano se mantienen rotos antiguos fluidos canales diplomáticos oficiales con Bogotá. Además, el gobierno de Chávez no acepta la intermediación de otros agentes de la vida nacional e, incluso, está abiertamente enfrentado a los gobernadores de los estados fronterizos anulando cualquier iniciativa de diplomacia binacional fronteriza.














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26/10/2008 free counters

CQC Top Five (16/11/09) - Band














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26/10/2008 free counters

Ex-presidente da Petrobras espera ganhar eleições do PT em primeiro turno


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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

Apontado como favorito no PED (Processo de Eleição Direta) do PT, o ex-senador e ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra afirmou neste domingo à Folha Online que espera conquistar o comando do partido ainda em primeiro turno. Candidato da chapa "O Partido que Muda o Brasil", que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dutra disse que o processo interno fortalece o PT para a disputa eleitoral de 2010.

Dutra votou na manhã de hoje em Aracaju (SE). Para o petista, o partido tem provocado boas discussões para consolidar um projeto para ser apresentado nas eleições do ano que vem. "Eu estou confiante e acho possível sim vencer no primeiro turno. Eu fui a 24 Estados, participei de plenárias importantes e lotadas, buscando um debate participativo, esquentando a militância para o as eleições do ano que vem", disse.

Dutra disse que o apoio do presidente Lula é importante para sua vitória, mas afirmou que, para chegar à presidência, terá que contar com todos os votos possíveis. "A participação dele [presidente Lula] no processo mostra o compromisso com o partido, com o projeto que o PT tem para o país. Mas para vencer vou precisar do voto do mais humilde petista. Vou precisar de todos os votos possíveis na verdade", afirmou.

Questionado sobre o possível retorno de petistas que são réus do processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), o candidato disse que esse tema está finalizado "Essa questão [do mensalão] está superada. O que tem que ser apurado está sendo", disse.

Segundo reportagem da Folha publicada ontem Dutra, e seu principal adversário, José Eduardo Cardozo, afirmam que, se eleitos, não colocarão obstáculo à volta de petistas que são réus no mensalão, com o ex-ministro José Dirceu e os deputados federais José Genoino e João Paulo Cunha. Outros cinco petistas ligados ao escândalo estão na chapa composta pelo candidato do presidente Lula.

Dutra deixou a presidência da BR Distribuidora para disputar o comando nacional do PT. Tem o apoio dos principais líderes do partido e conseguiu unir três correntes do partido: Novos Rumos, PT de Lutas e Massas e Construindo um novo Brasil. Dutra defende a aliança do partido com o PMDB, mas não descarta antigos aliados, como o PC do B e o PSB.

José Eduardo Cardozo (Chapa Mensagem ao Partido), Iriny Lopes (Chapa Esquerda Socialista), Markus Sokol (Chapa Terra, Trabalho e Soberania), Geraldo Magela (Chapa Movimento: Partido para Todos) e Serge Goulart (Chapa Virar à Esquerda, Reatar com o Socialismo) também disputam a presidência do partido.




Em eleições de cartas marcadas, José Eduardo Dutra será eleito o novo presidente nacional do PT

Claudio Dantas Sequeira

O PT deve encerrar de vez a tradição de ser um partido democrata, aberto ao diálogo das inúmeras tendências e grupos ideológicos que o compõem, no domingo 22, quando ocorrem as eleições internas da legenda. Ao contrário de anos anteriores, antes mesmo de os votos chegarem às urnas o resultado das eleições não é segredo para ninguém.

O ex-senador José Eduardo Dutra, da corrente "Construindo um Novo Brasil" (CNB), será o novo presidente do partido, de acordo com a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em Estados onde a aliança com o PMDB está mais ameaçada, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, Lula também indicará quem serão os presidentes regionais. O fim da democracia petista tem um só objetivo: azeitar a máquina partidária com vistas a fortalecer a estratégia de tornar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a sucessora de Lula.

"Uma vitória de candidatos que defendem a tese da aliança com o PMDB em vários Estados é uma sinalização fundamental para 2010", afirma o coordenador nacional das eleições da CNB, Francisco Rocha. Segundo ele, a conquista da maioria dos diretórios por parte da CNB daria ainda mais força para Lula moldar os palanques regionais. A tese foi repetida por Dutra durante a campanha. "A continuidade do nosso projeto político em 2010 dependerá da capacidade de agregar forças de centro, principalmente o PMDB", disse. No Rio de Janeiro, por exemplo, Lula apoia a chapa do deputado federal Luiz Sérgio, que é a favor da reeleição do governador Sérgio Cabral (PMDB), contra a candidatura do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT-RJ).

A estratégia de campanha dos adversários de Dutra é mostrar que uma vitória da CNB é um risco à imagem do partido, ao reabilitar antigos dirigentes que estiveram envolvidos direta ou indiretamente com o mensalão, como o ex-ministro José Dirceu, os deputados José Genoino, José Mentor e João Paulo Cunha. Caso Dutra obtenha 60% dos votos, terá o direito de indicar a mesma proporção de dirigentes nacionais. "O que está em jogo agora é o controle do partido nas eleições de 2010 e se o PT se inclinará a favor de uma aliança estratégica com o PMDB", alerta o secretário de relações internacionais, Valter Pomar, da corrente "Esquerda Socialista", cuja candidata é a deputada estadual Iriny Lopes (ES).

Foto: Anderson Schneider/ Istoé dinheiro













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26/10/2008 free counters

Fábio Assunção prepara roteiro para cinema, diz jornal



FÁBIO ASSUNÇÃO, upload feito originalmente por OS MAIAS.

FÁBIO ASSUNÇÃO  11/2009

Tema escolhido pelo ator seria o uso de drogas

QUEM Online

 Divulgação / TV Globo

Fábio Assunção contou ao "Jornal do Brasil" desse domingo (22) que está escrevendo seu primeiro roteiro para cinema. O tema é o uso de drogas e o ator não pretende contar sua história, mas a de pessoas que viveram histórias semelhantes à sua.


“Eu não vou discutir o assunto. Vou mostrar personagens que estão envolvidos com dependência química. Não me interessa essa discussão, o porquê isso acontece, se é certo ou errado, não há julgamento em cima da doença. O quem me interessa é a vida dessas pessoas; como falta felicidade na vida delas, como elas vivem, como podem ser felizes. Falo sobre o ser humano e não sobre a doença”, disse ele à publicação.


Fábio deixou a novela “Negócio da China” em novembro de 2008 e internou-se em uma clínica no interior de São Paulo para se tratar de dependência química. Cinco meses depois, ele teve alta e acaba de gravar seu primeiro trabalho após o período em que esteve afastado: o músico Herivelto Martins, da minissérie “Dalva e Herivelto”, cuja estréia está prevista para janeiro, na TV Globo.
Antes disso, o ator pode ser visto no cinema, já que na sexta-feira (27) entra em cartaz “Do Começo Ao Fim”, de Aluizio Abranches. Esse é o nono longa de Fábio, que em fevereiro começa a filmar como um padre em “Amor Sujo”, de Paulo Caldas.

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26/10/2008 free counters

Suman 48 decesos 48 por influenza A en NL


De acuerdo al más reciente reporte de la Secretaría de Salud estatal, una mujer de 31 años murió en un hospital público


El Universal
Monterrey Domingo 22 de noviembre de 2009
12:04

Las muertes por influenza A(H1N1) en Nuevo León ascienden al día de hoy a 48, al confirmar la Secretaría de Salud estatal el deceso de una mujer de 31 años en un hospital público.

De acuerdo al más reciente reporte de la dependencia estatal, la víctima, con antecedentes de obesidad, inició con síntomas el 24 de agosto pasado.

Sin embargo, agregó, su internamiento en un hospital público fue hasta el 12 de septiembre siguiente, misma fecha en que falleció.

De esta forma, los casos acumulados por influenza humana en Nuevo León, a partir de abril pasado, suman tres mil 667, incluidos los 48 decesos, de los cuales sólo tres han sido menores de edad.

En tanto, los casos descartados son tres mil 515, precisó la Secretaría de Salud en la entidad.














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26/10/2008 free counters

Brasileños protestan contra visita de Ahmadineyad
















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26/10/2008 free counters

Por qué un disléxico no separa voz y ruido


  • Los niños con problemas de lectura no aprenden a distinguir información relevante
Actualizado jueves 12/11/2009 17:50

MARÍA SÁNCHEZ-MONGE

MADRID.- Es casi imposible que la voz del profesor llegue a los alumnos de forma nítida. Lo normal es que en el aula resuenen también los murmullos de los niños, el movimiento de las sillas, alguna que otra risa ahogada, estuches de lápices que se abren y se cierran... Sin embargo, ese ruido de fondo no impide que el mensaje del maestro llegue a sus destinatarios, ya que la mayoría de los escolares posee la capacidad de separar sus palabras del resto de los sonidos. Sin embargo, los disléxicos no realizan correctamente ese proceso de separar lo accesorio de lo esencial cuando reciben señales auditivas. Un estudio publicado en el último número de 'Neuron' muestra algunas de las claves de este déficit.

Los investigadores, de la Universidad Northwestern de Illinois (Estados Unidos), realizaron varias pruebas a un grupo de chavales con problemas de lectura (disléxicos) y a otro sin dificultades de aprendizaje. El cerebro de estos últimos se centraba de forma automática en la información auditiva relevante, predecible y repetitiva.

Esta conclusión se extrae de varios experimentos en los que se midió la respuesta auditiva de los niños a la repetición de la sílaba "da" mientras veían un vídeo. Para ello, se les colocaron unos electrodos en el cráneo. Aunque su atención estaba centrada en la película, su sistema auditivo 'sintonizaba' el sonido cada vez que éste llegaba a sus oídos e iban perfeccionando la forma de procesarlo. Por el contrario, los disléxicos no mostraron ninguna mejora con la reiteración de ese fragmento de voz.

"La habilidad para intensificar la representación de elementos repetitivos es crucial para la percepción del discurso en medio del ruido", explican los autores. Esta capacidad es la que permite "'etiquetar' el tono de voz, un importante punto de partida para separar los flujos de sonido del ruido de fondo", añaden.

Curiosamente, los críos disléxicos mostraban una mayor actividad cerebral en determinados contextos. Esto se debe a que, al contrario de lo que ocurre en quienes no presentan déficit de lectura, sus representaciones del sonido no dependen de su experiencia previa (y, por eso, no les sirven de aprendizaje). De ahí que sean capaces de procesar su entorno auditivo de una manera más amplia y creativa. No obstante, esta singularidad tiene su contrapartida negativa: les impide excluir los detalles irrelevantes (fundamentalmente, el ruido) de lo que perciben.

Desde un punto de vista práctico, los científicos creen que su estudio proporciona un indicador objetivo que puede resultar de gran ayuda para evaluar a los niños con problemas de aprendizaje.

Se calcula que la dislexia afecta a entre un 5% y un 10% de los chavales en edad escolar. Quienes la padecen suelen presentar un nivel de adquisición de la lectura inferior al que correspondería a su edad, a pesar de que su inteligencia es normal. Aunque el trastorno puede ser muy variable, generalmente también se detecta en la ortografía y el procesamiento fonológico. Varios estudios recientes han investigado su relación con la percepción auditiva. El trabajo que recoge 'Neuron' contribuirá a reforzar esta línea de trabajo.

Teniendo en cuenta sus resultados, los autores proponen la puesta en marcha de estrategias para combatir la dislexia que vayan más allá de las intervenciones para reforzar la lectura y la ortografía.

Por ejemplo, los colegios deberían estudiar la posibilidad de colocar a los niños con este problema lo más cerca posible del profesor, de forma que perciban su voz directamente. Por otro lado, la tecnología puede acudir al rescate: existen dispositivos de amplificación del tono de voz que pueden emplear estos alumnos.














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26/10/2008 free counters

Petrobras estudia retirarse de Irán


En vísperas de la llegada a Brasilia del presidente iraní, Mahmud Ahmadineyad, la petrolera brasileña Petrobras confirmó que pretende poner fin a sus actividades en Irán, donde actúa desde 2004 y opera dos pozos, confirmó el director del área internacional de la empresa, Jorge Zelada.

En declaraciones que publica el diario brasileño "O Estado de Sao Paulo", el ejecutivo informó que la empresa ya inició los trámites para cerrar su oficina en Irán y devolver las concesiones de explotación de petróleo que recibió del gobierno.

Zelada aseguró que la decisión de salir de Irán "es estrictamente técnica", y no se debió a las presiones que enfrenta la empresa para abandonar Irán, principalmente por parte de Estados Unidos.

Según "O Estado de Sao Paulo", en 2007 el gobernador del estado norteamericano de Florida, Charlie Crist, canceló una reunión que sostendría con dirigentes de la petrolera alegando que no haría negocios "con compañías que patrocinan el terror".

El dirigente de Petrobras, sin embargo, aseguró que la decisión de abandonar Irán se debió a que la producción de crudo lograda en los dos pozos operados por la empresa es insuficiente para compensar la inversión realizada.

"La decisión es estrictamente técnica. ¿Para qué nos quedaríamos allá si no hay producción que pague la inversión?", se preguntó el ejecutivo, quien informó que los pozos explotados por la empresa contienen reservas "subcomerciales", es decir, no tienen crudo suficiente para cubrir el costo de producción.














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26/10/2008 free counters

La policia busca a quien publicó una lista de los 300 cornudos del pueblo


[foto de la noticia]

La policía de Brasil está a la caza de una persona que cometió un curioso delito. Publicó en internet una lista con los nombres de unos 300 supuestos cornudos del pequeño pueblo de Lagoa da Prata, en el estado de Minas Gerais.

La lista surgió hace un mes en Orkut, una especie de Facebook que pertenece a Google y es muy popular en Brasil. Para no dejar lugar a dudas, el delincuente anónimo publicó los nombres completos de los hombres traicionados y alguna referencia personal inconfundible, como el apodo, el lugar de trabajo e incluso la marca del coche.

Lagoa da Prata tiene tan sólo 44.000 habitantes. En poquísimo tiempo el pueblo entero ya había visto la polémica lista. Y es difícil encontrar a un residente que no conozca a por lo menos uno de los cornudos denunciados. El pueblo se enfureció y el caso se ganó los noticiarios nacionales.

Los maridos y novios que encontraron sus nombres en la lista de pronto pidieron explicaciones a sus parejas. Hubo discusión y hasta violencia física. Los hombres que llevan la honra más en serio simplemente rompieron las relaciones.

“Desde el día en el que se hizo pública la lista esa, hemos peleado todo el tiempo. Nuestra relación está pendiendo de un hilo”, dijo una joven a las televisiones locales, sin dejarse mostrar el rostro. “Me estoy sintiendo sucia ante la sociedad”, lamentó una señora. Ambas han jurado inocencia.

Hubo, naturalmente, quienes no hicieron caso a la lista. “Mi mujer es muy católica, laboriosa y honrada. Jamás sería capaz de hacerme algo así. Confío en ella”, aseveró a la televisión un señor que, por razones obvias, tampoco se dejó identificar.

Algunos residentes de Lagoa da Prata consideraron el caso no una broma de mal gusto, sino un delito, y buscaron las autoridades.

Inmediatamente la Fiscalía se manifestó diciendo que Google tendría que retirar de Orkut la lista titulada 'Los más cornudos de Lagoa da Prata'. Los nombres, de hecho, pronto fueron borrados, pero ya era demasiado tarde. La lista había sido impresa y copiada. Siguió circulando por el pueblo.

La policía llegó a detener a un hombre que caminaba por la calle llevando unas copias debajo del brazo, pero luego lo liberó. La Comisaría de Delitos Virtuales de Belo Horizonte, la capital de Minas Gerais, ha sido llamada para auxiliar en las investigaciones.

Las acusaciones íntimas del internauta anónimo a lo mejor no son tan absurdas. Según una encuesta realizada el año pasado por el Ministerio de Sanidad de Brasil, un 11 por ciento de las mujeres brasileñas han traicionado a sus parejas. En el caso de los hombres, un 21 por ciento.

Cuando se le encuentre, el delator de cornudos de Lagoa da Prata será demandado por difamación.














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26/10/2008 free counters

Los Kirchner han sido acusados de recibir sobornos a cambio de favores


Eduardo Arnold a la izquierda de la imagen.|Efe

Eduardo Arnold a la izquierda de la imagen.|Efe

  • Sugiere que así multiplicaron seis veces su fortuna en el poder
  • Los Kirchner declararon al fisco ganancias siderales de 572%
  • La Justicia los investiga por enriquecimiento ilícito

Un ex 'número dos' de los Kirchner ha destapado lo que muchos argentinos sospechan que podría ser el truco del matrimonio peronista para multiplicar su patrimonio casi seis veces, es decir, un 572% desde que en 2003 ascendiera a la Presidencia de Argentina.

El también peronista Eduardo Arnold, quien en los años '80 y '90 acompañó como vicegobernador en dos mandatos al entonces gobernador de la provincia patagónica de Santa Cruz, Néstor Kirchner, ha revelado que en aquellas épocas su 'jefe' pedía coimas (sobornos) a cambio de favores desde la función pública.

De ejemplo puso el caso del empresario naval Juan Torresín que necesitaba un préstamo de tres millones de pesos para terminar la construcción de un dique seco. Según Arnold, el empresario fue a solicitar el crédito al banco oficial de Santa Cruz y le dijeron que no. Pero luego "una persona mandada por Kirchner al hotel le aseguró que podía conseguir el dinero a cambio del 20% 'adelantado'", o sea un soborno o comisión ilegal.

El ex vicegobernador de Kirchner está ahora enfrentado políticamente con el matrimonio presidencial. Por eso algunos argentinos desconfían de la denuncia de Arnold y se preguntan por qué se guardó durante diez años esta 'bomba' informativa y la ventila justo cuando el matrimonio presidencial cosecha el 70% de rechazo en las elecciones legislativas de junio pasado.

Sea como fuere, lo cierto es que los Kirchner son investigados en la Justicia por supuesto enriquecimiento ilícito. En concreto porque han declarado bajo juramento a la Oficina Anticorrupción que durante 2008 ampliaron su patrimonio un 158%, de 17.824.941 pesos (3,3 millones de euros) en 2007 hasta 46.036.711 de pesos (8,5 millones).

El 'pelotazo' en los seis años que llevan en la Casa Rosada asciende al 572%, ya que en 2003 declararon que tenían un patrimonio neto de 6.851.810 de pesos (1,2 millón de euros).

Al parecer la mayor rentabilidad proviene de la compra de suelo público a precio de ganga en la villa turística El Calafate, puerta de entrada al paradisíaco glaciar andino Perito Moreno y con un alcalde acólito kirchnerista, y su posterior venta. Ese 'pase de manos' les dejó una superganancia de 6.167.921 (1,15 millón de euros).

La hectárea y media vendida por Kirchner fue comprada supuestamente por el empresario chileno Horst Paulmann, que montaría allí el primer centro comercial de El Calafate, incluso con un hipermercado de la cadena Vea y cines.

Dueños de 180 hectáreas

Según el diario 'Crítica', el 18 de octubre de 2007, cuando Kirchner aún era presidente de la República, recibió en la Casa Rosada a Paulmann, titular de la sociedad Cencosud, y ambos hablaron del emprendimiento en la villa, que entre otros atractivos turísticos luce el sello de familia presidencial de Argentina.

En total, los Kirchner son dueños de al menos 180 hectáreas en El Calafate, todas pagadas a la comuna a un precio muy acomodado. Y no fueron los únicos de la familia que compraron suelo público a la alcaldía ya que Alicia Kirchner, hermana de Néstor y actual ministra de Desarrollo Social también realizó inversiones en el pueblo, entre otros miembros del clan.

Los Kirchner admitieron también que en 2008 ampliaron sus inversiones en el negocio de la hostelería en El Calafate y crearon una sociedad anónima. Al hotel Los Sauces que poseen junto a su mansión, ahora sumaron el hotel Alto Calafate, dos establecimientos cinco estrellas con precios fijados en euros para la exclusiva clientela de europeos y estadounidense.

Los datos de la riqueza del matrimonio presidencial se conocen a raíz de la divulgación de las declaraciones juradas de bienes que ambos hicieron a la Oficina Anticorrupción, un trámite al que están obligados los presidentes cuando ingresan a la función, durante su mandato y al marcharse.

Entre las riquezas que componen ese patrimonio, según han declarado, ahora figuran cuatro empresas, bienes inmuebles -12 pisos, seis casas, seis terrenos y cuatro locales-, un todoterreno 4x4 y depósitos bancarios.

Según la organización Transparencia Internacional, Argentina es el país más corrupto entre los del Cono Sur de América Latina, por detrás de sus vecinos Chile, Uruguay y Brasil. Está en el lugar 106 de 180 países, con un reprobado de apenas 2,9 puntos sobre un total de diez posibles.














Lula acumula: -Aposentadoria por invalidez,aposentadoria de Aposentadoria por invalidez, Pensão Vitalícia de "perseguido político" isenta de IR, salário de presidente de honra do PT, salário de Presidente da República. Você sabia???

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26/10/2008 free counters