27/11/2010 01h41 - Atualizado em 27/11/2010 02h48
Flávio Caetano de Araújo deixou a prisão no início da madrugada.
Justiça concedeu alvará de soltura nesta sexta-feira.
Motorista do goleiro Bruno, Flávio Caetano de
Araújo, deixa a Penitenciária Nelson Hungria, na
companhia do advogado Antônio da Costa Rolim.
(Foto: Alex Araújo / G1) O motorista Flávio Caetano de Araújo, réu no processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio, foi solto no início da madrugada deste sábado (27). Ele deixou a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por volta de 1h25.
A Justiça concedeu alvará de soltura a Araújo nesta sexta-feira (26). Ele prestava serviços como motorista para o goleiro Bruno Fernandes.
"Dou graças a Deus, pois poderei ver meu filho e minha esposa", disse, ao deixar o complexo penitenciário, na companhia do advogado Antônio da Costa Rolim.
Araújo deixou a penitenciária no carro do seu advogado e foi para a casa da família, em Ribeirão das Neves, também na Grande BH. Emocionados ao vê-lo, os parentes levaram Araújo para dentro da residência. Uma mulher que não quis se identificar, disse ser a esposa dele e pediu o afastamento da imprensa. "A justiça está sendo feita", falou. Uma outra, de dentro da casa, gritou que Araújo não era assassino.
Ele é acusado de ter levado Wemerson Marques, o Coxinha; e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, para pegar o filho de Eliza Samudio, em uma rodovia. Ele também teria levado Dayanne à delegacia para depor. Araújo estava preso desde o dia 9 de julho.
Alegações finais
Terminou nesta sexta, o prazo para que o Ministério Público (MP) apresentasse as alegações finais sobre o processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio. A mesma pessoa ligada ao processo informou que a promotoria pediu que Araújo não seja pronunciado, isto é, que ele não vá a júri popular. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), o promotor de Justiça Gustavo Fantini e o assistente de acusação José Arteiro, que também é advogado da mãe de Eliza, Sônia de Fátima Moura, fizeram as alegações.
Flávio Caetano de Araújo disse que queria ver o filho e a mulher. (Foto: Alex Araújo / G1) O pai de Eliza Samudio, Luiz Carlos Samudio, não fez o procedimento no Fórum de Contagem, mas, segundo a assessoria, há a possibilidade de ele ter feito o procedimento em algum outro fórum.
Ainda segundo a assessoria, nesta segunda-feira (29), abre o prazo para que a defesa faça as alegações finais, que segue até sexta-feira (3).
Entenda o caso
O goleiro Bruno é réu no processo que investiga a morte de Eliza Samudio. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público contra Bruno e outros oito envolvidos no desaparecimento e morte de Eliza. Fernanda Gomes de Castro, namorada de Bruno, foi presa em Minas Gerais.
O goleiro; Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; Sérgio Rosa Sales; Dayanne Souza; Elenilson Vítor da Silva; Flávio Caetano; Wemerson Marques; e Fernanda Gomes de Castro respondem na Justiça por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é o único que responde por dois crimes. Bola foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Todos os acusados negam o crime.
A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a prisão preventiva de todos os acusados. Com essa medida, eles devem permanecer na cadeia até o fim do julgamento. Em 2009, Eliza teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
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