Plantão | Publicada em 09/04/2007 às 18h50m
Jailton de Carvalho - O GloboBRASÍLIA - O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta segunda-feira que não vê com simpatia a idéia do governador do Rio, Sérgio Cabral, de usar as Forças Armadas no combate à criminalidade no estado. Segundo o ministro, os militares não têm treinamento específico para atuar na estrutura de segurança pública.
- As Forças Armadas são treinadas para outro tipo de ação. São homens que fazem intervenção numa situação de guerra. Não há adequação em seu treinamento para funções de policiamento - disse Tarso após comandar a solenidade de posse dos novos secretários do ministério, entre eles o novo secretário nacional de justiça, o ex-deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).
Tarso disse também que o governo federal não recebeu pedido específico sobre o envio de tropas miliares para o Rio, mas admitiu que, se a solicitação for feita, será devidamente analisada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Biscaia disse que o uso das Forças Armadas não poria fim à violência no Rio. O novo secretário afirmou que os militares já foram utilizados em outros momentos e que a medida só produziu efeito enquanto as tropas estavas nas ruas.
- A segurança pública no Rio é gravíssima e não se resolve com iniciativas isoladas como essa. Depois que os militares retornam aos quartéis, os índices de criminalidade voltam a aumentar - disse.
Durante a solenidade de posse, Tarso defendeu também que o governo articule ações de caráter repressivo ao lado de programas sociais. O ministro disse que um grupo de trabalho formado por Biscaia e pelo secretário nacional de segurança pública, Luiz Fernando Corrêa, vão preparar um plano que tenha como eixo a aproximação entre as áreas repressiva e social.
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