Essa gente branca de olhos azuis que está levando o mundo à falência será socorrida por essa gente árabe de barba longa que veio salvar a humanidade do capitalismo.
Lula é bacana porque é paraíba, Obama é legal porque é preto, árabes são bons porque não são israelenses. O problema é que Bush saiu de cena, e o papel do vilão planetário está fazendo falta. Bonzinhos profissionais como Paul Krugman já não sabem a quem dirigir seus ataques de pelanca.
Obama, o santo milagreiro, já está arriscando seu pescoço ao dialogar com o mercado financeiro. Os bonzinhos, como Krugman, querem que essa gente branca de olhos azuis seja jogada na masmorra.
Daqui a pouco Michael Moore reaparece chamando Obama de branco azedo.
A esquerda também ficou zangada com Lula quando ele assumiu a presidência e não empastelou o Banco Central. Os mitos do pobre is beautiful têm que parar com a mania de lidar com a realidade, essa entidade neoliberal.
Mas eis que a fantasia vem de novo trazer a redenção. Obama espremeu a CIA e arranjou uma ameaça de ataque da al-Qaeda. Alívio geral. Nada como uma guerrinha no Afeganistão para amainar a saia justa da crise.
É bonito ver o mito de Osama socorrendo o mito de Obama.
Se possível, que mandem só soldados brancos de olhos azuis para morrer nas cavernas do Oriente Médio. Aí não tem problema.
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- A mulher como pretexto
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- Violência do bem
















































Jornalista, é autor de Meu nome não é Johnny, que deu origem ao filme. Escreveu também os livros 3.000 Dias no Bunker, reportagem sobre a equipe que combateu a inflação no Brasil, e Amazônia, 20º Andar, a aventura real de uma mulher urbana na floresta tropical. Em política, foi editor de O Globo e assinou em NoMínimo um dos dez blogs mais lidos nessa área. Este espaço é uma janela para os grandes temas da atualidade, com alguma informação e muita opinião. 
É Diretor da Sucursal de Brasília da revista ÉPOCA. Jornalista desde os 17 anos, foi correspondente em Paris e em Washington, diretor de redação da ÉPOCA, redator-chefe da Veja e diretor de redação do Diário de São Paulo. Entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008, foi vice-presidente da Imprensa Oficial do Estado de S. Paulo. Iniciou a carreira no Jornal da Tarde e foi repórter especial do Estado de S. Paulo. No início de 2008, cobriu o início das primárias americanas como enviado especial do IG aos Estados Unidos. 
