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terça-feira, 27 de julho de 2010

#news : Justiça adia julgamento da morte de Celso Daniel; promotor será o mesmo do caso Isabella Nardoni


Especial para o UOL Notícias
Em São Paulo

Acolhendo pedido do Ministério Público de São Paulo, o juiz da 1ª Vara de Itapecerica da Serra, Antonio Augusto Galvão Hristov, determinou o adiamento do júri de Marcos Roberto Bispo dos Santos, um dos acusados da morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André. O júri, que estava marcado para 3 de outubro, deve ser realizado em 18 de novembro, logo após o segundo turno das eleições.

O julgamento dos outros seis acusados ainda não tem data prevista. Cinco deles ingressaram com recurso contra a sentença que os leva a júri. A Justiça entende que pesa contra eles indícios suficientes de autoria para que sejam submetidos ao conselho de sentença.

O MP paulista publicou designação para que o promotor de justiça Francisco Cembranelli, que atua no 2º Tribunal do Júri da Capital, atue no julgamento de todos os réus no caso. Cembranelli se notabilizou depois da condenação do casal Nardoni pela morte da menina Isabella.

A Procuradoria-Geral de Justiça trata o julgamento do caso Celso Daniel como um dos mais importantes na esfera criminal. Por causa disso indicou uma “tropa de choque” que, além de Cembranelli, terá na tribuna de acusação outros promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do ABC paulista. A tese a ser sustentada é a de que o crime nada tem a ver com latrocínio (roubo seguido de morte) ou extorsão, mas que foi planejado e executado por motivação política.

Entenda o julgamento
O MP denunciou oito pessoas por envolvimento no crime –mas apenas sete vão a júri. Para a promotoria, o assassinato do prefeito foi encomendado por motivo torpe (por promessa de recompensa) e o juiz reconheceu que houve essa motivação.

Estarão no banco dos réus Ivan Rodrigues da Silva, José Edson da Silva, Itamar Messias dos Silva Santos, Marcos Roberto Bispo dos Santos, Rodolfo Rodrigues dos Santos Oliveira e Elcyd Oliveira Brito.

O júri será comandado pelo juiz Antonio da França. Os acusados serão julgados pelo crime de extorsão seguido de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e sem chance de defesa da vítima). A pena máxima é de 30 anos.

No entanto, o principal suspeito apontado pelo Ministério Público como mandante do crime, Sérgio Gomes da Silva, não irá a julgamento. O processo contra ele foi desmembrado e o andamento da acusação depende da entrega de provas solicitadas pela defesa. Sérgio Gomes nega participação no crime.

O caso
O ex-prefeito foi entrado morto em 2002, numa estrada de terra de Juquitiba (SP), com marcas de tortura e alvejado por oito tiros. Ele estava sequestrado havia dois dias. Celso Daniel e Sérgio Gomes da Silva haviam jantado em um restaurante em São Paulo e voltavam para Santo André em uma Pajero blindada.

No caminho, o carro foi interceptado e o prefeito foi levado por sete homens armados. Para o Ministério Público, o sequestro foi simulado pelo empresário, que encomendou a morte do amigo. Gomes da Silva, que responde em liberdade, nega com veemência a acusação e afirma também ter sido vítima no caso.

Celso Daniel

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Celso Augusto Daniel (Santo André, 16 de abril de 1951Juquitiba, 18 de janeiro de 2002) foi um político brasileiro. Prefeito da cidade paulista de Santo André pelo Partido dos Trabalhadores, foi assassinado em 2002. Entre os suspeitos encontram-se criminosos comuns e políticos. Após o início das investigações, sete testemunhas morreram, todas em circunstâncias misteriosas. A Faculdade de Engenharia do Centro Universitário Fundação Santo André leva seu nome.

Índice

[esconder]

[editar] Assassinato

Celso Daniel, aos cinqüenta anos de idade, quando ocupava o cargo de prefeito de Santo André pela terceira vez, foi seqüestrado na noite de 18 de janeiro de 2002, quando saía de uma churrascaria localizada na região dos Jardins, em São Paulo.

Segundo as informações divulgadas pela imprensa, o prefeito estava dentro de um carro Mitsubishi Pajero blindado, na companhia do empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido também como o "Sombra". O carro teria sido perseguido por outros três veículos: um Santana, um Tempra e uma Blazer.

Na Rua Antônio Bezerra, perto do número 393, no bairro do Sacomã, Zona Sul da Capital, os criminosos fecharam o carro do prefeito. Tiros foram disparados contra os pneus e vidros traseiro e dianteiro de seu carro. Gomes da Silva, que era o motorista, disse que na hora a trava e o câmbio da Pajero não funcionaram. Os bandidos armados então abriram a porta do carro, arrancaram o prefeito de lá e o levaram embora. Sérgio Gomes da Silva ficou no local e nada aconteceu com ele.

Na manhã do dia 20 de janeiro de 2002, domingo, o corpo do prefeito Celso Daniel, com onze tiros, foi encontrado na Estrada das Cachoeiras, no Bairro do Carmo, na altura do quilômetro 328 da rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em Juquitiba.

[editar] Inquérito policial

A polícia de São Paulo concluiu o inquérito sobre a morte de Celso Daniel no dia 1 de abril de 2002. Segundo o relatório final da polícia, apresentado pelo delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), seis pessoas de uma quadrilha da favela Pantanal, da Zona Sul de São Paulo, cometeram o crime. Entre elas estava um menor de idade, que confessou ter sido o autor dos disparos que atingiram o prefeito. O inquérito policial concluiu que os criminosos seqüestraram Celso Daniel por engano, e que confundiram-no com uma outra pessoa, um comerciante cuja identidade não foi revelada, e que seria o verdadeiro alvo do seqüestro.

Os integrantes da quadrilha seriam: Rodolfo Rodrigo de Souza Oliveira (“Bozinho”), José Édson da Silva (“Édson”), Itamar Messias Silva dos Santos (“Itamar”), Marcos Roberto Bispo dos Santos (“Marquinhos”), e Elcyd Oliveira Brito (“John”). O líder da quadrilha seria Ivan Rodrigues da Silva, também conhecido como “Monstro”. O local do cativeiro foi escolhido por Édson, que alugou um sítio em Juquitiba para essa finalidade. Dois carros foram roubados para a realização do seqüestro: uma Chevrolet Blazer e um Volkswagen Santana. A quadrilha se reuniu no dia 17 de janeiro de 2002 e ficou definido que o seqüestro ocorreria no dia seguinte.

No dia 18 de Janeiro, à tarde, teve início a operação. Monstro e Marquinhos saíram no Santana e os outros criminosos foram na Blazer. Através de um telefone celular o Monstro coordenava toda a ação. Os meliantes na Blazer começaram a perseguir o comerciante que pretendiam deter, contudo perderam-no de vista. O líder do bando, Monstro, ordenou então que o grupo abortasse a ação e que atacasse o passageiro do primeiro carro importado que fosse encontrado no caminho. Os bandidos começaram a trafegar pelas ruas da região e Monstro escolheu como novo alvo a Pajero onde viajava o prefeito Celso Daniel e o empresário Sérgio Gomes. O bando começou a perseguir a Pajero do prefeito, e a Blazer a bater nele. Itamar e Bonzinho saíram da Blazer, atiraram na direção da Pajero e tiraram o prefeito Celso Daniel do carro, rendido à força. Ele foi levado até a favela Pantanal, na região de divisa entre Diadema e São Paulo. Na favela, os bandidos retiraram Celso Daniel da Blazer, colocaram-no no Santana e levaram-no até o cativeiro em Juquitiba.

No dia 19 de Janeiro, os criminosos souberam pelos jornais que tinham seqüestrado o prefeito de Santo André. Eles ficaram com medo e resolveram desistir. Monstro, ordenou a Edson que a vítima fosse “dispensada”. Segundo os outros integrantes da quadrilha, Monstro quis dizer com isso que Celso Daniel deveria ser libertado. Contudo, Edson entendeu que deveria matar o prefeito. Edson contratou um menor conhecido como "Lalo" para matar a vítima. Edson, Lalo e Celso Daniel foram até a estrada da Cachoeira, em Juquitiba e Edson deu a ordem para Lalo matar o prefeito. Dois dias depois, o corpo de Celso Daniel foi encontrado, com oito perfurações a bala. [1]

A família de Celso Daniel não ficou satisfeita com o resultado do primeiro inquérito policial que disse que o prefeito foi vítima de crime comum, assassinado por engano por uma quadrilha de seqüestradores. Para a família do prefeito o crime teve motivação política.

O empresário Sérgio Gomes da Silva, que era o motorista da Pajero onde viajava o prefeito Celso Daniel, disse que na hora quando foi fechado pelos bandidos, a trava e o câmbio do veículo não funcionaram, o que impossibilitou a fuga e permitiu aos bandidos abrirem a porta do carro e levarem o prefeito. Uma análise pericial foi feita na Pajero e a conclusão dos peritos é que o carro não tinha nenhum defeito elétrico ou mecânico que justificasse uma falha. Segundo os peritos, se houve falha na hora, ela foi humana.

Após a morte de Celso Daniel foram ainda assassinadas sete outras pessoas, todas em situações misteriosas:

  • Dionísio Aquino Severo - Seqüestrador de Celso Daniel e uma das principais testemunhas no caso. Uma facção rival à dele o matou três meses após o crime.
  • Sergio ‘Orelha’ - Escondeu Dionísio em casa após o seqüestro. Fuzilado em novembro de 2002.
  • Otávio Mercier - Investigador da Polícia Civil. Telefonou para Dionisio na véspera da morte de Daniel. Morto a tiros em sua casa.
  • Antonio Palácio de Oliveira - O garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime pouco antes do seqüestro. Em fevereiro de 2003.
  • Paulo Henrique Brito - Testemunhou a morte do garçom. Levou um tiro, 20 dias depois.
  • Iran Moraes Redua - O agente funerário que reconheceu o corpo do prefeito jogado na estrada e que chamou a polícia em Juquitiba, morreu com 2 tiros em novembro de 2004.
  • Carlos Delmonte Printes - Legista que atestou marcas de tortura no cadáver de Celso Daniel, foi encontrado morto em seu escritório em São Paulo, em 12 de outubro de 2005.

Um dos promotores do caso mostrou ao menor que alegou ter atirado no prefeito, uma foto de Celso Daniel. Este não conseguiu reconhecer a pessoa na foto, sendo posta em dúvida a hipótese de ele ter sido o autor dos disparos que vitimaram Celso Daniel.

A família pressionou as autoridades para que o caso da morte do prefeito fosse reaberto. Em 5 de Agosto de 2002 o Ministério Público de São Paulo solicitou a reabertura das investigações sobre o sequestro e assassinato do prefeito.

[editar] Hipótese de crime político

João Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel, em depoimento na CPI dos Bingos

Muitos integrantes da família do prefeito morto acreditam na hipótese de crime político. Segundo o irmão de Celso Daniel, o oftalmologista João Francisco Daniel, a, o prefeito morreu porque detinha um dossiê sobre corrupção na prefeitura de Santo André. Tal hipótese é questionada por muitos, uma vez que João Francisco, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), fazia oposição a seu irmão, com quem era rompido pessoal e politicamente.

João alega que seu irmão Celso Daniel, quando era prefeito de Santo André, sabia e era conivente de um esquema de corrupção na prefeitura, que servia para desviar dinheiro para o Partido dos Trabalhadores (PT). O suposto esquema de corrupção envolvia integrantes do governo municipal e empresários do setor de transportes e contava ainda com a participação de José Dirceu. Empresários de ônibus da região do ABC Paulista, como a família Gabrilli, controladora da Viação São José/Expresso Guarará, confirmou que Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, coletava mensalmente uma propina das empresas, com valores que variavam entre R$ 40 mil a R$ 120 mil. Ainda de acordo com estas denúncias, as empresas que participavam do suposto esquema seriam beneficiadas em Santo André. Para se ter uma idéia das denúncias, a filha do dono da Viação São José/Expresso Guarará, Ângela Gabrilli, contou em depoimento ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de Santo André, e à CPI da Câmara Municipal de Santo André, realizada logo após a morte de Celso Daniel, que a Viação Padroeira, que supostamente participava do apontado esquema, ganhou a concessão de uma linha, a B 47 R (Jardim Santo André/Terminal Santo André Oeste), prejudicando a Viação São José que mantinha uma linha com itinerário semelhante. A linha da Viação Padroeira acabou fazendo com que a São José extinguisse a linha mais antiga, a T 45 (Vila Suíça/Estação de Santo André) e entrasse em prejuízo. Até então, a Viação São José não participava do suposto esquema.

Os acusados negam as denúncias e vêm se defendendo nos fóruns apropriados.

Ainda segundo depoimento do irmão de Celso, João Francisco Daniel, algumas pessoas começaram a desviar para suas contas pessoais o dinheiro, que por sua vez já era desviado ilegalmente para o PT. Celso Daniel descobriu isso e preparou um dossiê, que teria desaparecido após seu assassinato.

O presidiário José Felício, conhecido como "Geleião", disse à polícia ter ouvido falar sobre o suposto dossiê de Celso Daniel e de uma suposta ameaça de morte. O empresário Sérgio Gomes da Silva (o "Sombra"), que dirigia o carro em que viajava o prefeito na noite do seqüestro, foi indiciado pelo Ministério Público de São Paulo, acusado de ser o mandante do assassinato do prefeito. De acordo com o Ministério Público foi Sombra quem ordenou a morte do prefeito para que um suposto esquema de corrupção na prefeitura de Santo André não fosse descoberto. Sombra está preso e nega qualquer participação na morte do prefeito.

Os promotores Roberto Wider Filho e Amaro José Tomé, do Gaeco do Ministério Público de Santo André, pediram em 2005, a reabertura das investigações policiais. Por ordem do Secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, o caso foi encaminhado para a delegada Elisabete Sato, então titular do Distrito Policial de número 78, nos Jardins. Os promotores pediram que o caso não fosse encaminhado novamente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil paulista, que já havia concluído pela tese de crime comum. Mesmo após a reabertura das investigações, o delegado-geral da época, Marco Antônio Desgualdo, declarou acreditar na tese de crime comum, o que é negado veementemente pelos promotores e pelos familiares de Celso Daniel.

Um segundo inquérito, conduzido novamente por Elizabete Sato, indicada pelo então secretário Saulo de Abreu, aberto no segundo semestre de 2005, novamente levou à tese de crime comum. O inquérito, com data de 26 de Setembro de 2006, é anterior ao primeiro turno das eleições presidenciais. Sua repercussão na mídia só se deu no final de novembro de 2006.

Em 2006, familiares de Celso Daniel saíram do Brasil e buscaram asilo na França, alegando que vinham sendo vítimas de ameaças de morte por insistirem na resolução do crime.

Sete anos depois, a Justiça ainda não havia concluído as oitivas de testemunhas de defesa dos oito denunciados pelo homicídio. Quando essa fase for concluída, se a Justiça reconhecer que há indícios suficientes de serem os réus os autores, irá submeter o processo ao julgamento final no tribunal do júri. Caso contrário, o Poder Judiciário poderá arquivar o processo. [2]


Médico legista do Caso Celso Daniel é encontrado morto em São Paulo

Origem: Wikinotícias, a fonte de notícias livre.

Na Wikipédia há um artigo sobre Celso Daniel.

13 de outubro de 2005

Brasil — A Polícia Civil de São Paulo encontrou por volta das 14 horas de quarta-feira (12) o corpo de Carlos Delmonte Printes, 55 anos, médico-legista que examinou o corpo do prefeito de Santo André, Celso Daniel (Partido dos Trabalhadores- São Paulo) assassinado em 2002.

Delmonte dizia que o prefeito foi brutalmente torturado antes de ter sido executado. O médico também dizia que a hipótese de a morte de Celso Daniel ter tido origem num crime comum não era plausível.

Durante uma entrevista para o Programa do Jô, em setembro, Delmonte disse que recebeu pressão de políticos, entre os quais o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (Partido dos Trabalhadores- São Paulo), para que concordasse com a hipótese de crime comum. Na ocasião, Delmonte disse: "Eu fui proibido de falar pelo diretor do Instituto Médico Legal. Bem mais tarde, depois que eu comuniquei o fato ao Ministério Público, eles alegaram que era para a minha proteção e em seguida foi decretado segredo de Justiça".

Com a morte do doutor Carlos Delmonte, agora são sete o número de pessoas que morreram e que tinham alguma relação com o caso do assassinato do prefeito de Santo André.

As principais testemunhas que morreram até agora foram:

  1. Dionísio Aquino Severo: morto dentro prisão, em 2002. Para os promotores, ele teria informações sobre o suposto autor intelectual do crime.
  2. Sérgio “Orelha”: forneceu abrigo para Dionísio Aquino Severo. Foi morto a tiros em 2002.
  3. Otávio Mercier: investigador da Polícia Civil. Morreu depois que sua casa foi invadida.
  4. Antonio Palácio de Oliveira: garçom que serviu o prefeito na noite do crime. Ao fugir de uma perseguição sua motocicleta bateu num poste e ele morreu.
  5. Paulo Henrique Brito: a única testemunha da morte do garçom. Foi assassinado 20 dias depois.
  6. Iran Moraes Redua: agente funerário que reconheceu o corpo do prefeito no local do crime. Assassinado com dois tiros.
  7. Carlos Delmonte Printes: médico-legista que examinou Celso Daniel, encontrado morto na sua casa, na Vila Clementino, zona sul, em 11 de outubro de 2005.

Ver também

Fontes




02/11/2009

às 9:59 \ O País quer Saber

O caso insepulto assombra o PT

Se fosse só prefeito, Celso Daniel já teria brilho suficiente para figurar na constelação das estrelas nacionais do PT. Uma das maiores cidades do país, Santo André é a primeira letra do ABC, berço político de Lula e do partido. Mas em janeiro de 2002 ele já cruzara as fronteiras da administração municipal para coordenar a montagem do programa de governo do candidato à Presidência. Ocupava o mesmo cargo que transformaria Antônio Palocci em ministro da Fazenda quando foi seqüestrado numa esquina de São Paulo, torturado e assassinado a tiros.

Foi um crime político, berraram em coro os Altos Companheiro já no momento em que o corpo foi encontrado numa estrada de terra perto da capital. A comissão de frente escalada pelo PT para o cortejo fúnebre, liderada por José Dirceu, Aloízio Mercadante e Luiz Eduardo Greenhalgh, caprichou no visual. O olhar colérico, os trajes de quem não tivera tempo nem cabeça para combinar o paletó com a gravata, o choro dos inconsoláveis, os cabelos cuidadosamente desalinhados -- todos os detalhes da paisagem endossavam a discurseira.

Até ali, sabia-se apenas o que tinha contado o empresário Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, ex-assessor de Celso Daniel. Segundo o relato, os dois voltavam do jantar no restaurante em São Paulo quando o carro (blindado) foi interceptado numa esquina por bandidos que, por motivos misteriosos, levaram só o prefeito e permitiram que a testemunha sobrevivesse. O depoimento de Sombra, que merecia ficar sob suspeição só pelo apelido, pareceu tão verossímil quando uma nevasca no Nordeste. Mas a comissão de frente não estava interessada em enxergar contradições no samba-enredo. Queria entrar logo na avenida e levantar a arquibancada no gogó.

A letra decorada pelo PT garantia que Celso Daniel fora assassinado por motivos políticos. Dirceu e Mercadante lembraram que panfletos atribuídos a uma misteriosa organização ultradireitista haviam prometido a execução de dirigentes petistas. Greenhalgh informou que o presidente Fernando Henrique Cardoso não tomara as devidas providências. Animados com a indiferença do governo, como recitou o trio, os carrascos resolveram agir. Celso Daniel foi o primeiro.

Em pouco tempo, a polícia paulista prendeu alguns prontuários ambulantes, que assumiram a autoria do assassinato. O governo tucano de Geraldo Alckmin deu o caso por encerrado. Estranhamente, o PT gostou do desfecho e passou a endossar a tese do crime comum. A família de Celso Daniel não concordou. O Ministério Público achou a conclusão apressada e seguiu investigando o caso. Logo emergiram evidências de que o crime tivera motivações políticas, sim. Só que os bandidos eram ligados ao próprio PT.

Empresários da área de transportes e pelo menos um secretário municipal haviam forjado o embrião do que o Brasil contemplaria, em escala extraordinariamente ampliada, com as investigações em torno do mensalão. Praticando extorsões ou desviando dinheiro público, a quadrilha infiltrada na administração de Santo André supria campanhas do PT. Precisamente por isso, a turma que trocou preces por imprecações improcedentes no dia do enterro do prefeito tratou de impedir que as investigações avançassem.

Acusado de mandante do crime, Sombra ficou preso entre dezembro de 2003 e junho de 2004. Em nenhum momento os chefes do PT se interessaram por apurar seu envolvimento no episódio. Ao contrário: todos trabalharam para enterrar a história o quanto antes, como comprovam conversas telefônicas entre figurões do partido e amigos arrolados no grupo de suspeitos.

Numa das gravações, Gilberto Carvalho, que pouco antes do crime fora escalado pelo PT para instalar-se na prefeitura de Santo André como uma espécie de interventor, conversa com Sombra. Já promovido a número 1 na relação dos possíveis mandantes, Sombra andava inquieto. Carvalho, hoje secretário do presidente da República, procura tranqüilizá-lo.

“Marcamos às três horas na casa do José Dirceu”, informa. “Vamos conversar um pouco sobre nossa tática da semana, né? Porque nós temos que ir para a contra-ofensiva”. A voz de Sombra avisa que o suspeito gostou de saber da movimentação fraternal. “Vou falar com meus advogados amanhã”, diz. “Nossa idéia é colocar essa investigação sob suspeição”. Carvalho concorda com a manobra: “Acho que é um bom caminho”.

Em outra conversa, a inquietação de Sombra foi berrada ao parceiro Klinger Oliveira Souza, secretário de Assuntos Municipais de Santo André. “Fala com o Gilberto aí, tem que armar alguma coisa!”, exalta-se. “Calma, calma”, recomenda Klinger. “Estou indo praí pra gente conversar”. Sombra continua irritado: “Eu tô calmo! Eu tô calmo! Só quero que as coisas sejam resolvidas”!

Além do nervosismo de Sombra, causava preocupação à equipe de resgate o comportamento do médico João Francisco Daniel, irmão do assassinado. Ele estava convencido de que Celso se condenara à morte ao resolver desmontar a máquina de fazer dinheiro instalada nos porões da prefeitura. Extorquidas de empresas concessionárias de serviços públicos ou subtraídas de contratos superfaturados, as boladas financiavam campanhas eleitorais do PT paulista (e, como descobriria Celso, também a boa vida dos monitores do esquema corrupto).

É provável que Celso tenha aprovado a institucionalização da gatunagem. Ao notar que fora longe demais, decidiu encerrar as patifarias, documentadas no dossiê que pretendia entregar a dirigentes do PT. Ele contara a história toda ao irmão. E João Francisco se transformou em testemunha de alto risco para os padrinhos de Sombra. Como neutralizar o homem-bomba?

A interrogação anima a conversa entre Gilberto Carvalho e Greenhalgh. “Está chegando a hora de o João Francisco ir depor”, adverte o advogado do PT. “Antes do depoimento preciso falar com você para ele não destilar ressentimentos lá”. Gilberto se alarma com o perigo iminente. “Pelo amor de Deus, isso vai ser fundamental. Tem que preparar bem isso aí, cara, porque esse cara vai… Tudo bem”.

Passados sete anos, Sombra continua por aí, os Altos Companheiros continuam bem de vida. Bruno José Daniel Filho, um dos irmãos de Celso Daniel, e sua mulher, Marilena Nakano, sobrevivem no exílio como refugiados políticos reconhecidos pelo governo francês, como mostra a reportagem publicada no dia 17 de outubro no jornal Zero Hora. Resolveram fugir depois da morte de oito testemunhas, todas em circunstâncias suspeitas.

Uma das vítimas foi o legista que comprovou a inexistência de crime comum apoiado nas torturas evidentes sofridas pelo prefeito. “Lidamos com duas mortes. Uma foi a do Celso. A outra foi a morte simbólica de companheiros do PT”, disse Marilena ao repórter Gabriel Brust. Os familiares de Celso Daniel “foram usados em depoimentos na CPI dos Bingos”, escreve Luiz Eduardo Greenhalgh no segundo parágrafo da carta enviada à coluna como resposta ao texto “O primeiro andor da Interminável procissão de escândalos”. Submetido a mortes sucessivas por declarações desse gênero, Celso Daniel foi enterrado pelo PT há quase oito anos.

O caso segue insepulto.



Enviado por Ricardo Noblat -
17.4.2010
|
7h38m

Carta-aberta sobre a morte de Celso Daniel

Se vivo fosse, o ex-prefeito Celso Daniel (PT), de Sandré, assassinado em 2002, teria completado, ontem, 59 anos de idade.

Bruno Daniel, irmão dele, e sua mulher, Marilena Nakano, refugiados na França, escreveram a carta-aberta abaixo.

Depois de denunciar que ele e sua família eram seguidos e ameaçados, Bruno, a mulher e os três filhos saíram do Brasil para a França em 2006.

No final de março deste ano, o governo francês concedeu oficialmente a condição de asilados políticos a todos eles.

Bruno e Marilena publicaram no Diário de São Paulo a carta-aberta que segue aqui:

"Neste dia em que Celso Daniel completaria 59 anos, nossa maneira de homenageá-lo é seguir no nosso combate na busca da elucidação de seu assassinato e punição de culpados, porque mesmo que novos acontecimentos nos animem, sabemos que eles ainda não são suficientes e que há um longo caminho a percorrer.

O desvendamento das razões do assassinato de Celso poderá nos levar ao questionamento dos fundamentos a partir dos quais é feita a política em nosso país. E quem sabe poderemos caminhar para um outro jeito de fazê-la pautada pela utopia de uma sociedade mais justa e solidária, cujo alicerce é o respeito aos direitos humanos, dentre eles o direito à vida, coisa que Celso não teve.

Neste momento podemos dizer que vemos uma luz no fim do túnel. No dia 25 de março o juiz de Itapecerica da Serra mandou a júri popular 6 dos acusados do assassinato de Celso. Essa decisão reforça a nossa crença nas possibilidades de avanços de nossas instituições.

Há no entanto que manter a vigilância e continuar a agir, e é a isto que conclamamos a todos os que consideram que na base de sua morte encontram-se elementos emblemáticos de um jeito de fazer política que achamos que pode e deve ser mudado para que episódios como esse não se repitam mais.

Entre esses elementos estão a independência entre os poderes e sua eficácia, os mecanismos de financiamento de campanhas eleitorais, a manutenção das atuais prerrogativas do Ministério Publico (MP), a redução das desigualdades, a independência dos meios de comunicação de massa etc.

1. Por que tanta demora no caso de Celso?

Ora, como aceitar que inúmeros outros assassinatos já tenham ido a júri popular e resultado em condenações, enquanto que o de Celso tenha ocorrido em janeiro de 2002 e até hoje não está solucionado? O que explica essa lentidão? Como ela favorece a impunidade de sequestradores, executores de assassinatos e mandantes?

O processo de Sérgio Gomes da Silva foi separado daquele dos demais indiciados, hoje caminha de forma ainda mais lenta e ainda não há decisão se vai a júri popular. Por que há uma lentidão ainda maior para julgar este que é considerado mandante do assassinato de Celso?

2. Qual é o papel do Supremo Tribunal Federal (STF) em crimes como o de Celso?

O STF concedeu habeas corpus a três dos acusados de assassinato de Celso Daniel, réus confessos, quando o encaminhamento deles a júri popular inviabilizaria sua soltura. É bom lembrar que os três já tentaram fuga de sua reclusão.

Se é injusto ficar detido sem julgamento, a argumentação do STF está longe da unanimidade: como discute o Ministério Público (MP), a partir de Lei de 2007, réus confessos desse tipo de crime só poderiam sair do regime fechado de reclusão se não houvesse julgamento, após cumprimento de 3/5 da pena, isto é, 18 anos! Mas por que o STF tomou essa decisão a apenas uma semana antes da data que o Juiz de Itapecerica comunicou sua decisão de encaminhá-los a júri popular?

Dos três réus confessos que receberam habeas corpus do STF, um está solto, enquanto os outros dois continuam presos por responderem a outros processos. Sobre este que foi solto, a vigilância se refere a adotar todos os meios para preservar sua vida até que ocorra o júri popular, marcado para 3 de agosto deste ano e para que ele esteja lá presente.

Esperamos que assim seu julgamento ocorra e se reavivem, junto à sociedade, as circunstâncias e as causas mais remotas e mais imediatas do assassinato de Celso, de tal modo que mudanças essenciais de nossas instituições sejam de fato colocadas na agenda nacional, sem o que tememos que nossa frágil democracia pouco avance. Teria o STF levado isso em conta?

Outro elemento que requer ação e vigilância refere-se ao questionamento do Dr. Podval, advogado de Sérgio Gomes da Silva, da inconstitucionalidade das atuais prerrogativas do MP. Se o mesmo STF aceitar tal questionamento, todas as provas por ele colhidas (materiais, testemunhais etc) e que provam que o crime foi planejado, que Celso foi torturado antes de ser assassinado e que há mandantes, serão consideradas ilegais e não poderão ser utilizadas no julgamento dos indiciados.

Reafirmamos o teor de nossa Carta, que foi enviada em 2007 ao STF por Hélio Bicudo, lutador incansável pelos Direitos Humanos : não é apenas a punição dos culpados da morte de Celso que estará em jogo. Se tais prerrogativas forem reduzidas, haverá enorme retrocesso institucional, uma vez que o mesmo ocorrerá com todas as provas de inúmeros outros indiciamentos e no futuro haverá menos independência para se realizarem investigações, principalmente daqueles que detêm poder político e/ou econômico.

O STF já se posicionou , por unanimidade, sobre habeas corpus impetrado por policial condenado por crime de tortura, que pediu a anulação do processo desde seu início sob a alegação de que ele foi baseado exclusivamente em investigação criminal do MP, reconhecendo, no dia 20 de outubro de 2009, o poder de investigação do MP nesse caso.

Quando o STF decidirá sobre o questionamento do Dr. Podval em nome de Sergio Gomes da Silva? Às vésperas do pronunciamento de sentença do juiz se vai encaminhar ou não este acusado a juri popular, como o fez ao conceder habeas corpus a 3 dos acusados de assassinato?

Que razões movem o STF para a tomada de suas decisões no caso do assassinato de Celso? Que forças atuam sobre ele? Haveria alguma relação com certos políticos e empresários que defendem a tese de que Celso foi vitima de crime comum? Como esperar que com essas decisões e essa lentidão da Justiça se reduza o sentimento de impunidade que impera no Brasil?

3. Qual é o papel da Polícia no caso da investigação do assassinato de Celso?

Conforme denunciamos já em 2002, a investigação realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteçao à Pessoa (DHPP), que afirma que Celso foi vítima de crime comum, estava repleta de lacunas, contradições e falta de documentos, o que conduziu o MP a pedir a reabertura das investigações.

Que relação há entre tal tipo prática e o interesse de certos grupos do crime organizado que têm estreita relação com certos políticos e empresários, chegando inclusive a se instalar no aparelho do estado? Ou ainda, que relação tudo isso tem com os financiamentos irregulares de campanhas eleitorais, que ao fugirem da legalidade proporcionam a alguns enriquecimento ilícito?

4. Qual o papel da imprensa e do executivo com relaçao ao assassinato do Celso?

Está longe de haver um posicionamento único sobre o caso de Celso da parte da imprensa. Isso faz parte do jogo democrático.

No entanto, em livro lançado em 2008 no Brasil por Larry Rohter, do jornal New York Times, o jornalista escreve que viveu tentativa tumultuada de expulsão do nosso país, acionada pelo governo federal em 2004, em função de investigações que fazia sobre o assassinato de Celso e artigo publicado em seu jornal sobre tal fato. Em sendo isso verdade, pode-se perguntar: o executivo federal exerce alguma pressão sobre o trabalho de cobertura da imprensa quanto ao assassinato do Celso?

5. Qual o papel do legislativo no caso de Celso?

Também temos que ficar vigilantes com relação à Câmara Federal e ao Senado. Está em curso no Senado, já aprovada pelos deputados, uma lei que vem sendo chamada de « lei da mordaça » pela imprensa, para criar empecilhos à manifestaçao de promotores e juízes. No caso do Ministério Publico, reconhecido como « advogado do povo », não seria o mesmo que impedir que nós brasileiros pudéssemos nos manifestar.

Por que e em nome de quem agem os legisladores favoráveis à « lei da mordaça »?

Diante de tantas questões a enfrentar e ações a serem reforçadas e/ou desencadeadas, nos resta a luta para vermos esclarecidas as razões do assassinato do Celso e quem sabe com isso trabalhar para enriquecer a agenda Política brasileira de forma a contribuir para que assassinatos desta natureza não ocorram mais em nosso país."





















































































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26/10/2008 free counters

Stocks close lower in Mexico, Argentina, higher in Brazil

MEXICO CITY, July 27 (Xinhua) -- Latin America's three major stock markets closed mixed on Tuesday.

Mexico City's IPC stock index closed at 32,695.31 points, down 0.80 percent. A total of 312 million shares were traded with a volume of 732 million U.S. dollars.

At Buenos Aires stock market, the Merval index ended at 2,387.33 points, down 0.04 percent, with a volume of 9.920 million dollars.

In Sao Paulo, where Latin America's biggest bourse is located, the leading Bovespa index finished at 66,674 points, up 0.35 percent. The trade volume reached 2.861 billion dollars.


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26/10/2008 free counters

Israel destroys 'illegal' Beduin Negev village

JERUSALEM, July 27 (Xinhua) -- Israel Land Administration (ILA) officials said on Tuesday that a thousand police razed what they said an illegally-constructed village in the Negev Desert, near the officially recognized Beduin town of Rahat.

Unnamed officials told reporters the demolition of some 45 structures in al-Arakib, which were built without permits, came after its 300 residents were given evacuation notices in June to leave the structures.

"Today we got a close glimpse at the government's true face. We were stunned to witness the violent force being used," local resident and spokesman Awad Abu-Farikh said.

Residents and about 150 supporters scuffled with law- enforcement officials carrying out the operation, according to pro- Beduin activists, but there were no reports of injuries.

"We are implementing a verdict for the evacuation of the area," the officials said, adding "today we shall evacuate them and should they return we'll do it again," the official said.

"We shall return to our villages, build our homes and not leave this place," Abu-Farikh said.

The issue of who owns the land is under discussion in the Beer Sheva District Court.

Residents say their presence in the area predates that of Israel's, established in 1948, and the government evicted them from the area in 1951.

There are some 150,000 Beduins in Israel, the majority of whom live in the Negev area. Many are traditionally nomadic, and move throughout the region, although more and more are setting down



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Russia, Georgia end talks without concrete agreement on security issues

GENEVA, July 27 (Xinhua) -- Russia and Georgia concluded here on Tuesday their 12th round of internationally-mediated talks, failing to reach any concrete agreement on resolving major security and humanitarian issues left over by their brief war in 2008.

EU Special Representative Pierre Morel, one of the co-chairs of the talks, said the parties met in a "constructive atmosphere" and "there was an availability and a readiness by all to move forward in order to improve the work that had been done until now."

He added, however, that the participants of the talks "were also aware of the current difficulties and of the impossibility to solve them all at once."

The major difficulty concerns the signing of a non-use of force agreement.

Morel said there was a strong demand from Russia for a specific agreement on the non-use of force, which the Russian representative said should be signed between Georgia and the two breakaway regions -- South Ossetia and Abkhazia.

Georgia, who continues to claim South Ossetia and Abkhazia as its territory despite Russia's recognition of their independence, argued that Russia had military forces in the two regions so " parallel measures" should be taken in this regard.


The Geneva talks were initiated in October 2008, following a five-day war between Georgia and Russia over South Ossetia in August that year.

Participants include Russia, Georgia, South Ossetia, Abkhazia, the United States as well as the three mediators -- the EU, the United Nations and the Organization for Security and Cooperation in Europe.

The next round of talks were scheduled for Oct. 14, Morel said.



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26/10/2008 free counters

Turkey, Britain say bilateral ties at "golden age"

ANKARA, July 27 (Xinhua) -- Turkish and British prime ministers said Turkish-British ties were at "a golden age", highlighting the two countries' cooperation in economy, the Middle East issues and Turkey's European Union (EU) bid.

The two countries witness great opportunities of economic cooperation, and they can work together in many other issues like the Iranian nuclear issue and the Middle East peace process, visiting British Prime Minister David Cameron said at a press conference also attended by his Turkish counterpart Recep Tayyip Erdogan.

Cameron said "there's a shared vision between us, both believers in free enterprise, both believers in NATO and defense, both strongly wanting Turkey to become a full member of the European Union, both believing it's unfair that Turkey should be asked to guard the camp but not sit in the tent."

When addressing the Union of Chambers and Commodity Exchanges of Turkey (TOBB) in Ankara earlier on Tuesday, Cameron said he will fight "passionately" for Turkey's EU membership.

A predominantly Muslim country, Turkey launched accession talks with the EU in October 2005, but progress was slow in the face of opposition from France and Germany and the Cyprus issue.

Erdogan expressed appreciation for Cameron's support for Turkey 's EU membership, saying there are intense political, economic, commercial and cultural talks between the two countries.

"This is the golden age of Turkey-UK relations," he said.

Trade volume between Turkey and Britain reached 13.5 billion U. S. dollars in 2008 but dropped to 9.5 billion U.S. dollars in 2009 because of the global financial crisis, Erdogan told reporters.

Speaking of Iran's nuclear issue, Cameron noted both Britain and Turkey do not want Iran to get nuclear weapons, saying Turkey plays a crucial diplomatic role in achieving that purpose.

Erdogan stressed Turkey's stance against nuclear weapons in the region and its support for a diplomatic solution to the Iran nuclear issue.

He criticized Israel implicitly, saying that some countries are saying "we have nuclear weapons, but you can't have nuclear weapons."

Cameron said he wanted Turkey and Israel to continue to be friends, while urging Israel to lift the blockade of the Gaza Strip and direct talks to be held between Israel and the Palestinians.

Cameron, accompanied by Foreign Secretary William Hague, arrived in Turkey on Monday for a two-day formal visit.



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Air France posts 736 mln euros profit in Q1

PARIS, July 27 (Xinhua) -- Paris-based Europe's leading airline Air France-KLM announced Tuesday a net profit of 736 million euros (956 million U.S. dollars) in the first quarter of 2010-11 financial year (April-June), versus a drop of 426 million euros registered in the same period a year before.

"Activity in the First Quarter saw a strong recovery in both passenger and cargo, in spite of the five day closure of European air space following the Icelandic volcano eruption," the Franco- Dutch joint venture said in a statement.

The ash cloud from the Iceland volcano Eyjafjoll had forced the European authorities to close their airspace for five days, causing disruption of air traffic in Europe, as well as general loss to the airlines.

The Tuesday result, covering operation from April to June, is " positive" after taking into account the Madrid-based Amadeus operation, benefiting from a gain of 1.03 billion euros, said the Air France-KLM.

The Spanish travel booking agency Amadeus, which the Air France- KLM founded with other airlines, has started trading in stock market since late April and has boosted income for its shareholder the Air France-KLM, which suffered a loss of 252 million euros without it.

From April to June, Air France-KLM posted a turnover of 5.72 billion euros, representing a growth of 10.7 percent against 5.17 billion euros in 2009-10 financial year.

The operating result improved significantly from a loss of 496 million euros to a loss of 132 million euros, according to the company's figures.

Air France-KLM suffered a net loss of 1.56 billion euros during the year 2009-10, jumping from a decline of 811 million euros in 2008-09, due to the global financial crisis and the crash of an Airbus A330 running by Air France with 228 people on board killed on June 1, 2009.

In this year's first quarter result, the total turnover of the Franco-Dutch airline is down by 15 percent to 20.99 billion euros, compared to 24.69 billion euros in financial year of 2008-09. (1 U. S. dollars = 0.7698 euros)



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Brazil approves "Law of Fan"

BRASILIA, July 27 (Xinhua) -- Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva on Tuesday approved the "Law of Fan", which establishes rules for fans, officials and referees at sport events, including soccer and aiming at ensuring security in stadiums.

With the approval of the law, results manipulated by referees and the purchase of results by leaders become a crime punishable by imprisonment of two to six years, as well as violence promoted by the organized fan groups will be considered felony.

The regulation also prohibits requesting or accepting benefit, advantage, or promise to alter the outcome of a sport event or contributing by any means to fraud the result of the competition.

People who resell tickets for matches will be subject to imprisonment for two years and payment of fine. Inciting mobs to violence in the stadiums will result in two years in jail plus fine and conviction.

According to the text approved last year by the Congress, all members of organized fan groups must be registered, and these groups may respond civilly for damage caused by any of their members in a distance of up to five kilometers from the stadiums.

Stadia, in their turn, must maintain a technical information center and all sport events should have sufficient facilities to allow image monitoring of the audience and of access doors.

Security at sport events is a priority for Brazilian government, since the country will host 2014 World Cup and 2016 Rio de Janeiro Olympic Games.


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26/10/2008 free counters

Ansel Adams' Grandson: 'Lost' Negatives Aren't Real

Mara Gay

Mara Gay Contributor

(July 27) -- A California man who bought a collection of glass negatives at a garage sale says they have been authenticated as lost works of Ansel Adams, but the famed photographer's grandson isn't so sure.

"I think it's irresponsible to claim that they're Ansel's," Matthew Adams told AOL News. "We think it's a very significant claim and we think it's not accurate."

After six months of study, experts concluded the 65 negatives were early works by Ansel Adams -- and worth at least $200 million, according to an attorney for Rick Norsigian, a Fresno man who bought them at a garage sale for $45.

The black-and-white images of Yosemite National Park's dramatic landscape recall some of Ansel Adams' most famous works. But Matthew Adams says they were probably not made by his grandfather, who died in 1984.
Photographs displayed during a news conference, made from glass plate negatives shot by Ansel Adams are seen in Beverly Hills, on Tuesday July 27
Nick Ut, AP
Ansel Adams's grandson, Matthew Adams, disputes a claim that photographs, shown here at a news conference on Tuesday, made from glass plate negatives are the work of his grandfather.

He said he has seen the handwriting on the negatives -- which were a key factor in authenticating the work -- and is sure that the writing is not that of Virginia Adams, the wife of the famed artist.

"The handwriting that they are claiming is Virginia's, to me, is not," the younger Adams said.

Matthew Adams, president of the Ansel Adams Gallery in Yosemite, says the writing on the negatives is filled with misspellings of famous sites in the national park that his grandmother, who grew up in Yosemite, would have known how to spell.

On one of the negatives, for example, "Bridalveil Fall," a well-known waterfall in the park, is spelled "Bridalvail Fall." Adams says it's a mistake his grandmother never would have made.

"There's no way that an intelligent, articulate woman of 33 years old who had lived there her whole life would misspell that," he said.

Adams finds it unlikely that his grandfather, who was meticulous about his work, would have lost track of the negatives. And he said the series isn't labeled using the negative-numbering system his grandfather devised to catalog his work.

But others disagree.

"It truly is a missing link of Ansel Adams and history and his career," art dealer David W. Streets told CNN. Streets is featuring the prints in his Beverly Hills gallery.
Rick Norsigian holds up a photograph made from a glass negative shot by Ansel Adams during a news conference in Beverly Hills, Calif., on Tuesday.
Nick Ut, AP
Here, Rick Norsigian, who bought the glass negatives at a garage sale for $45, holds up one of the photographs, which have a $200 million price tag.

Norsigian, the painter who bought the negatives at a garage sale in 2000, has spent years trying to prove that they are the work of Ansel Adams. Norsigian could not be reached for comment today, but his lawyer, Arnold Peter, said they were confident the negatives are authentic.

"Our position is really based on scientific evidence," Peter told AOL News today. He said Matthew Adams' claim that it's not his grandmother's writing is wrong.

"We have two board-qualified experts who state unequivocally that this is Virginia's handwriting," Peter said.

One of those experts, Michael Nattenberg of Fresno, who has been authenticating handwriting for more than 20 years, said he was sure the handwriting was Virginia Adams'.

"My determination was that the writing was the handwriting of Mrs. Adams," Nattenberg told AOL News today.

Nattenberg, who was hired by Norsigian to authenticate the writing, said the younger Adams may be interpreting the negatives as he'd like to see them. "My experience has been that denial is not a river in Egypt," he said.

But the photographer's grandson is unconvinced. He called the $200 million price tag that has been attached to the images "ludicrous."

"How they arrive at $200 million for ... negatives that might have been made by Ansel Adams is beyond me," he said in a statement.


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26/10/2008 free counters

GM Prices the Chevy Volt at $41,000. Will Buyers Plug In?

General Motors finally has the answer for how much the Chevy Volt will cost: $41,000. That's been the big -- and lingering -- question consumers have had about GM's first plug-in hybrid electric car.

At the same time GM announced the suggested retail price today, it started taking orders online for the Volt, which can go 40 miles on a single charge of its lithium-ion battery before the gasoline engine kicks in. GM plans to start delivering the Volt in selected regions of the U.S. by year-end.

GM executives are touting the Volt with no small measure of swagger. "This is the car of tomorrow. This is the future of the cars. General Motors is leading the charge," says Joel Ewanick, GM's vice president of marketing for North America.

Time to Go Electric?

Other carmakers and historians might disagree. GM isn't the first carmaker to launch a mass-produced plug-in hybrid -- that distinction goes to BYD Auto, which introduced one in its home market of China in December 2008. Tesla Motors (TSLA), which recently became a public company, started rolling out all-electric cars in 2008, and major carmakers, such as Nissan (NSANY) with its LEAF, are launching their own all-electric models soon.

It's no coincidence that major automakers and upstarts such as Coda Automotive are launching some types of electric cars in the U.S. around the same time. Rising oil prices a few years ago and the growing concerns for climate change highlighted a need for more fuel-efficient, less-polluting cars. The federal government has spent billions of dollars to promote electric-car research and manufacturing. It's also offering a tax credit of up to $7,500 for owners of those cleaner-burning vehicles.

GM executives know they face a daunting challenge in marketing the Volt. The vast majority of consumers have no experience driving even a regular hybrid electric car such as Toyota's (TM) Prius, which has a small battery and still relies mostly on a gasoline engine.

Unlike a Prius, Volt will be able to get miles out of its battery alone, which will need to be recharged by plugging a cord into a regular, 120-volt socket or into a 240-volt charging device designed for speedier charging.

Some Key Numbers

Consumers in general have expressed two major concerns about owning a car that's partly or entirely powered by an electric motor: How far can it go without recharging, and will enough public charging stations be available to refill the battery whenever they need (particularly useful for apartment dwellers or when you're on the road with your electric car).

Here are some numbers consumers can expect to hear from GM and its dealers. The battery could last 40 miles, while a full tank of gasoline could propel the Volt for another 300 miles. Driving a Volt would save its owner 550 gallons of gasoline over 15,000 miles, Ewanick says. And it will have a top speed of 100 miles per hour.

A federally funded program is underway to create 15,000 residential and public charging stations in six states and the District of Columbia. The program is meant to support the launch of the Volt and Nissan's LEAF.

The Volt will first show up in Austin, New York City, Washington, D.C. and California in 2010's fourth quarter. Roll-outs in the rest of New York, New Jersey, Connecticut and Michigan will take place in the first quarter of 2011, says Tony DiSalle, Volt's marketing director.

The EPA Is Grappling With the Volt's MPG Rating

Although GM is quick to note the Volt's range, it can't yet talk about the car's fuel rating, which is an important marketing tool for any carmaker. Last year, GM said that the Volt could get 230 miles per gallon in city driving. The carmaker came up with that number based on a proposed testing method by the Environmental Protection Agency, but the EPA has since changed its mind.

Because nothing like the Volt has shown up in the market before, the EPA is grappling with ways to come up with ratings that would provide consumers with meaningful comparisons between the Volt and other vehicles.

GM officials decline to say when they expect to make a profit from the Volt, which is more expensive than some of the popular sedans. Nissan has priced its LEAF at $32,780 (before the federal tax credit) and last 100 miles per charge. In comparison, the Prius starts at $22,800, and the hybrid Civic at $23,800.

GM will be spending more money on customer service -- from taking orders to answering questions about how to drive and charge the Volt -- than it otherwise would for a launch of a conventional gasoline-powered car, DiSalle says. Consumers can place orders online, prompting calls from Chevy representatives to confirm the order and the production schedule. GM says customers will be able to track their order status online as well.

GM doesn't expect to sell a lot of Volts in its initial years. The plan is to produce 10,000 units through 2011 and 30,000 in 2012. More information about warranties, upgrades and financing options can be found at getmyvolt.com.





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26/10/2008 free counters

Mercadante sugere PAC paulista

ADRIANA CARRANCA - Agência Estado

Depois do Minha Casa Minha Vida, o candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, sugere um Programa de Aceleração do Crescimento para o Estado, o PAC Paulista. Mercadante falou, hoje, a representantes da indústria da construção civil e do mercado imobiliário, em encontro no Instituto de Engenharia, na zona sul da capital.

De olho no poder de influência do setor, um dos mais pujantes da economia na capital e interior, Mercadante tentou convencê-los de que, em uma eventual vitória de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, São Paulo se beneficiaria mais dos programas federais, como o PAC e o Minha Casa Minha Vida, se tiver um governador do mesmo partido.

Com grande fatia dos investimentos alocados para a urbanização de favelas, o PAC - assim como o Minha Casa Minha Vida, que tem foco na oferta de habitação para a baixa renda - destinam milhões dos cofres públicos em financiamento para as mãos da iniciativa privada. "Nós mostramos que sabemos fazer em nível federal e toda a experiência que a gente adquiriu a gente quer trazer para São Paulo", disse o candidato, em discurso. "Acho que precisamos mesmo em São Paulo é de um PAC Paulista".

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26/10/2008 free counters

Fidel Castro afirma que EE.UU. no puede controlar sus ocupaciones militares en el mundo


TeleSUR _
El líder cubano, Fidel Castro consideró este lunes que la ocupación militar que lleva a cabo Estados Unidos en la región latinoamericana y otras partes del mundo, con la excusa de combatir el narcotráfico, demuestra el nivel de irresponsabilidad de ese país al no poder controlar sus intenciones de dominio.

''Está demostrando todas esas cosas el nivel de irresponsabilidad del imperio. No controlan, no pueden controlar sus actos (...) pertenecen a la prehistoria, todo eso esta inspirado en un propósito muy noble combatir las drogas'', expresó el líder cubano durante el encuentro con los intelectuales del país durante el memorial que se le ofrecía al escritor José Martí en La Habana.

Indicó que Estados Unidos construyen desde hace años armas para luchar contra el flagelo de la droga, cuando son ellos son los creadores del mercado y los promotores del consumo de estupefacientes, razón por la cual se ubican en países como Colombia y Afganistán los mayores productores de cocaína y heroína respectivamente.

''Construir armas y más armas (...) para luchar contra el narcotráfico cuando son los que han creado el mercado, ellos lo que han promovido el uso, están en los lugares claves que son los más grandes productores, Colombia es el productor más grande de cocaína y Afganistán es el más grande productor de heroína'', dijo.

En cuanto a la situación de Irán y Corea del Norte, el líder cubano indicó que toda la situación demuestra que un ataque armado estadounidense es "ineludible''.

Fidel Castro sostuvo el encuentro con pintores, músicos, miembros del colectivo del espacio televisivo Mesa Redonda, diseñadores, trabajadores gráficos, integrantes de la Caravana estadounidense Pastores por la Paz, reconocidos líderes religiosos cubanos que son diputados a la Asamblea Nacional y otros invitados.

La conversación se llevó a cabo en medio de las conmemoraciones por el Día de la Rebeldía Nacional, realizadas cada 26 de julio, fecha en la que se produjo el asalto al Cuartel Moncada que inició el proceso a una revolución en esa nación.

Obama ordenó la perforación a BP antes de ocurrir derrame

El líder cubano dijo que antes del derrame petrolero que afecta al Golfo de México, el presidente Barack Obama autorizó a la empresa británica, British Petroleum a perforar a más de ocho mil metros de profundidad, a sabiendas que ese sector es ''el punto mas peligroso'' del mundo.

Dijo que por su ambición por encontrar más crudo, hizo que la plataforma Deepwater Horizon estallará el pasado mes de abril y produjera el mayor derrame de la historia en los Estados Unidos.

Libro sobre derrota de Batista

El líder cubano anunció el próximo lanzamiento de un libro en el que narra la victoria frente la ofensiva de la tiranía de Fulgencio Batista contra el Ejército Rebelde en la Sierra Maestra en 1958.

En ese suceso 300 hombres fueron capaces de derrotar a 10 mil soldados bien armados apoyados por la aviación y la marina de Estados Unidos.



telesSUR /jl-PR

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26/10/2008 free counters

Arranca la Campus Party : Juegos, descargas, talleres... paella y dinosaurios


Un ordenador, 'tuneado' imitando una televisión antigua. | Foto: S.R.

Un ordenador, 'tuneado' imitando una televisión antigua. | Foto: S.R.

  • Una exposición de dinosaurios y una paella da la bienvenida a los campuseros
  • Aunque los 'campuseros' llegaron antes, no faltó el 'encendido' a medianoche
  • El martes se espera al confundador de Apple Steve Wozniak

Como bien han comprobado los 'campuseros' que este año se han acercado a la multitudinaria Campus Party, lo primero, en Valencia, es la paella. La organización les ha recibido con una gigante poco antes del tradicional 'encendido' de ordenadores que han devorado a la orilla de la piscina que rodea la Ciudad de las Artes y las Ciencias de la capital del Turia.

Y aunque este año son menos, ya que el recinto se ha visto reducido, los alrededor de 1.500 campuseros fijos y los que estarán en el evento de forma itinerante -hasta completar los 3.400 que se esperan- se hacen notar: ordenadores de todas las formas y colores imaginables, pantallas gigantes, bolsas de la compra y muy buen ambiente.

Precisamente ha sido el arranque de la fiesta, a cargo del cofundador de Apple Steve Wozniak, el que ha dejado patente que la Campus goza de muy buena salud y que quienes en ella participan repiten porque pasar una semana en Valencia frente a una pantalla es para ellos sinónimo de felicidad. Todos han apagado puntuales sus pantallas instantes antes de las 00.00 de la noche y han asistido, sonrientes, a la cuenta atrás de Wozniak, quien en un bien ensayado español ha contado desde 10 hasta 0 después de gritar uno de los gritos de guerra del evento: "Yo soy 'campusero'".

Paella para recibir a los 'campuseros'. | S. R.

Paella para recibir a los 'campuseros'. | S. R.

De modo que, como es habitual, y pese a algún anciano despistado -o no- que se ha asomado a las paelleras y a las familias que se acercan al recinto a ver a los dinosaurios de la exposición vecina, lo que predomina en la Ciudad de las Artes y las Ciencias son los juegos de ordenador -Guitar Hero, PES, FIFA, WoW...-, las descargas a velocidad de la luz y las diferentes zonas creativas que cada año salpican esta fiesta de los ordenadores con tipo de eventos.

Entre tallers de robótica, ciencia, creatividad u ocio, el cofundador de Apple Steve Wozniak ofrecerá el martes su ingenio a los 'campuseros' en una conferencia inaugural que promete ser todo un lujo para los asistentes. Le seguirá, el miércoles, el experto en robótica Bob Allen y el jueves el polémico fotógrafo Oliviero Toscani.

Un año más, una fiesta informática que ya extiende sus tentáculos por Brasil, Colombia y México -además de sendas ediciones iberoamericana, en El Salvador, y europea, en Madrid- hace su tradicional parada en Valencia, donde, desde el año 2.000 -y antes en Málaga- reúne a miles de personas y voluntarios que hacen de este evento uno de los mejores de su clase.



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