Entrevistado do “Roda Viva”, da TV Cultura, o apresentador José Luiz
Datena deu um show na noite de segunda-feira. Foi a melhor audiência do
programa desde que, há cinco semanas, reformulado, voltou a exibir o
formato original e passou a ser apresentado pelo jornalista Mario Sergio
Conti.
A diversão teve início ainda nos bastidores, uma hora antes da
entrevista, quando Datena começou a falar e não parou mais. O
apresentador do “Brasil Urgente”, na Band, é um frasista sensacional,
ainda que, com freqüência, não responda diretamente às perguntas
formuladas.
Participei da bancada de entrevistadores ao lado de Alberto Dines,
Fernanda Mena, Esther Hamburger e Adriana Negreiros. Fui com a ideia de
resumir a participação de Datena em dez frases. Missão impossível.
Reunindo as pérolas que disse antes e durante o programa, acabei
selecionando mais de vinte. Veja:
“Tomo 18 remédios por dia. Depois os caras querem que eu seja normal”
“As matérias legais ninguém lembra. Só lembram das polêmicas. Hoje sou o Capitão Caverna”.
“Vou ter um piripaque no ar. Hoje passei mal durante o meu programa”.
“É o que eu falo. Às vezes, o ‘Jornal Nacional’ tem mais notícia policial que o meu jornal”.
“Não criei um tipo. Sou deste jeito 24 horas por dia”.
“Acho o meu programa horroroso”.
“É melhor elogiar o PM do que elogiar o mal. Pode ser que eu cometa algum exagero”.
“Posso te confessar por que repete muita matéria no programa? Porque às vezes não tem matéria para colocar no ar”.
“Tem alguma pergunta mais leve? Tô me sentindo num pelotão de fuzilamento”.
“Liga pro Johnny (
Saad, dono da Band) e manda ele me dar um programa legal. O Johnny me levou no médico. Como é que vou pisar na bola com ele outra vez?”
“A Band vai ser a melhor TV do mundo depois que eu morrer”
“O que a Band fez com o Rafinha Bastos? Uma sacanagem”
“Tem mais chinês andando de bicicleta do que papagaio na Amazônia”
“O (
Jorge) Kajuru é muito mais louco que eu no ar. Fora do ar, eu sou mais louco que o Kajuru”
“É verdade que
eu joguei uma geladeira num cara. Passou perto”.
“Quando eu era moleque, eu era bonitinho. Queria ser como Alain Delon”
“Eu acho a Dilma bonita, pô!!! Não tem gente que me acha bonito? Ela faz o meu tipo”
“Não sou um doce, mas sou um cara justo. Brigo com o porteiro, mas também com o dono da televisão”.
“Acho que o único lugar onde me sinto bem é no ar”
“O fato de eu tomar medicamento para disfunção erétil é porque não funciona mesmo”
“Daqui a pouco vou ter que tomar uma injeção de insulina no ar”
“Obrigado pela generosidade de todos vocês. Achei que ia ser decapitado aqui. Não fui”
Na foto, tirada com o celular, momentos antes de o programa
começar, Datena no centro do Roda Viva, Dines (a esq.) e Conti (dir.)