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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

'Stern' e 'Die Zeit' publicam revista quinzenal para cegos


Nova revista terá uma tiragem de 500 exemplares e será distribuída em dois formatos: papel e digital

Efe


BERLIM - Os semanários alemães Stern e Die Zeit estréiam na quarta-feira, 15, uma publicação conjunta para cegos, escrita em braille e com uma periodicidade quinzenal.

A nova revista, com uma tiragem de 500 exemplares, incluirá uma seleção de artigos das últimas edições das duas publicações, que estão entre as mais importantes da Alemanha, e serão selecionados pela editora de Hamburgo Gruner Jahr, informaram fontes da Biblioteca Central para Cegos Alemã (DZB, em alemão).

Além disso, a revista Stern/Zeit será editada em dois formatos: em papel - de 52 páginas - e em versão digital, que será distribuída por e-mail.

A impressão ficará a cargo da imprensa em braille da DZB, com sede em Leipzig, e que atualmente produz outras 18 revistas para cegos.

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26/10/2008 free counters

Donos de pit bull que matou criança são condenados à prisão

terça-feira, 14 de outubro de 2008, 19:59 | Online



Essa é a primeira condenação sob a nova lei do Texas que responsabiliza por danos causados por seus cães


GRAHAM, EUA - Um casal cujo pit bull atacou e matou seu vizinho de sete anos de idade foi sentenciado a sete anos de prisão, a primeira condenação sob a nova lei do Texas que responsabiliza os donos caso seus cachorros machuquem ou matem alguém.

Crystal Michelle Watson, de 28 anos, e Jack Wayne Smith, de 45 anos, foram condenados nesta terça-feira, 14, pelo ataque que resultou em morte. A lei diz que os donos são culpados se seus cachorros sem segurança machucarem ou matarem alguém fora de sua propriedade; a condenação pode chegar a 20 anos de prisão.

"Eu comparei o ocorrido com alguém deixando uma arma na frente de crianças", disse o advogado Stephen Bristow, lembrando o que disse ao júri durante o julgamento na semana passada.

Depois de terem sido sentenciados na sexta-feira, 10, o juiz Stephen Crawford disse que os dois poderiam sair mediante o pagamento de fiança de US$ 150 mil. O casal não tinha a quantia e permaneceu sob custódia até segunda-feira, 13.

Testemunhas disseram que no dia 18 de maio Tanner Joshua Monk caminhou em direção à casa de Smith e Watson para brincar com algumas crianças. Naquela tarde, seu corpo foi encontrado cercado por quatro pit bulls, disseram as autoridades.

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26/10/2008 free counters

Suplicy defende Marta no Senado contra acusações tucanas



BRASÍLIA - Único senador do PT a defender a candidata petista Marta Suplicy ( QUE VEM EVITANDO OS MODELITOS VERMELHOS NA TV) no plenário, o senador Eduardo Suplicy, seu ex-marido, ocupou a tribuna duas vezes para rebater as críticas que ela recebeu de senadores do PSDB. O líder tucano, Arthur Virgílio (AM), disse "deplorar" a atitude dos marqueteiros de Marta Suplicy pela exibição no programa de propaganda gratuita na TV de indagações sobre o estado civil do prefeito Gilberto Kassab.

"O que ela quis dizer com isso?", perguntou Virgílio ao ex-marido da candidata que ficou sem palavras. Ao afirmar que o segundo turno em São Paulo chegara a este nível, de perguntar se Kassab é casado e tem filhos, Virgílio afirmou: "O que me interessa é o comportamento público e não o estado civil das pessoas". Na sua avaliação, a petista, por essa situação, vai perder votos no eleitorado gay. "Basta pesquisar na Internet para saber se Kassab é casado ou não", disse o tucano que classificou o debate de "acanhado", por envolver a vida particular do prefeito. "Uma pessoa que não é casada nem tem filhos pode ter um procedimento profissional de enorme relevância", concordou Suplicy.



Antes do debate com Virgílio, porém, Suplicy já havia defendido Marta e afirmado sua convicção de que ela será eleita para mostrar suas condições de comandar a prefeitura. Ele explicou aos senadores que o programa com referências a Kassab já não está mais no ar. Suplicy esclareceu que o texto só foi repetido ontem por que não houve tempo suficiente para fazer a mudança do programa.


( TENHO PENA DO SENADOR SUPLICY, NÃO MAIS RESPEITO E ADIMIRAÇÃO E SIM PENA!)
( KASSAB , PODE DANÇAR CANCAN DE CINTA LIGA E SAPATOS SALTO , QUE NÃO É ISSO QUE ME IMPORTA, O QUE ME INTERESSA NÃO É ESSE ASUNTO, BOM, TAMBÉM NÃO SOU SEXOLOGA... REALMENTE ESSA NÃO É A PRAIA DOS ELEITORES )

Líder tucano disse 'deplorar' a atitude dos marqueteiros da petista pela exibição de programa contra Kassab

Cida Fontes - de O Estado de S.Paulo



Folheto da campanha ataca candidato do DEM dizendo que ele quer derrubar o presidente da República

Carolina Ruhman, da Agência Estado



SÃO PAULO - A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, afirmou nesta terça-feira, 14, que não sabia da existência de um panfleto que ataca seu adversário do DEM, Gilberto Kassab. O documento afirma que o prefeito quer "derrubar o presidente da República". "Deus me livre! Eu não sabia disso, não", exclamou, antes de se encontrar com o bispo d. Pedro Luiz Stringhini. "Como é que você pode acompanhar milhares de panfletos que são feitos pela campanha?", questionou a petista.

Não foi a primeira vez que Marta disse não ter conhecimento sobre peças de sua campanha. Há poucos dias, a candidata disse desconhecer a inserção na TV que questionava se Kassab é casado ou tem filhos.

Procurando se eximir da responsabilidade sobre o folheto, Marta fez questão de ressaltar: "Eu acompanho a elaboração de propostas para a cidade. Esse é meu comprometimento". E aconselhou os jornalistas a falarem com seu coordenador de campanha, o deputado federal Carlos Zarattini (PT), para discutir o conteúdo do folheto. "Tem que ir ao Carlos Zarattini, não sei por que vocês estão perguntando para mim", tergiversou. Ela atribuiu ao "dinamismo" o fato de não conseguir acompanhar a elaboração das peças publicitárias.

Marta sustentou a acusação contida no mesmo panfleto de que Kassab teria reduzido exames pré-natal para gestantes negras em 22 das 31 subprefeituras. Kassab já afirmou que vai processar criminalmente Marta por conta do conteúdo do folheto. "Esses são índices", defendeu-se a petista, e emendou: "Não vejo por que você vai processar criminalmente alguém por ter dito índices que estão publicados". De acordo com a assessoria da candidata, o dado citado no folheto foi retirado do site do Movimento Nossa São Paulo, ONG independente. Para Marta, o ataque contido no impresso "não é uma acusação leviana de jeito nenhum".

Alckmin

Marta minimizou a notícia de que Geraldo Alckmin (PSDB), terceiro colocado na disputa municipal, participou nesta terça de ato de campanha de Kassab e demonstrou seu apoio ao prefeito. Segundo ela, Alckmin é um homem "partidário". "Se tem uma pessoa que tem uma coerência partidária, eu conheço, é o Alckmin. Nunca esperei que ele se portasse de forma diferente", disse, aproveitando para tecer um elogio ao tucano.

Marta retomou o discurso de que "o importante no segundo turno são os eleitores dos candidatos". E aproveitou para destacar o apoio recebido por ela de três sindicatos ligados à Força Sindical que votaram no primeiro turno em Alckmin. "Fiquei muito satisfeita", referindo-se ao apoio recebido pela categoria dos frentistas, do comércio e dos alimentos.

Ela aproveitou para fazer uma avaliação da situação de Alckmin nesse segundo turno e solidarizou-se com ele: "Acho que ele teve que ficar uns dias para elaborar o que aconteceu, porque foi muito duro".

Hetero

Marta não quis comentar a reação de Kassab à propaganda da petista que questionava sobre a vida pessoal do prefeito. Hoje, durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo, Kassab negou que seja homossexual. "Eu não tenho nenhum comentário a fazer e acredito que se ele quis se manifestar, ele sentiu essa necessidade e se manifestou", afirmou Marta, que acrescentou: "Não tenho nenhum comentário a fazer, nem contra, nem a favor".

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26/10/2008 free counters

Leia na íntegra a entrevista de Pedro Cardoso sobre manifesto contra pornografia na TV


Publicada em 15/10/2008 às 00h07m

Rodrigo Fonseca

O ator Pedro Cardoso - Foto Leonardo Aversa

RIO - Autor do manifesto contra a pornografia na TV e no cinema que tem excitado a classe artística, o ator Pedro Cardoso evita erguer a bandeira da censura. Mas, no dia 8, quando seu texto foi lido no cine Odeon, antes da sessão do filme "Todo mundo tem problemas sexuais", de Domingos Oliveira (do qual é astro e produtor), no Festival do Rio, a platéia pensou o contrário. Reproduzido e comentado no blog http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/ , o discurso de Cardoso ainda foi entendido como referência ao filme "Feliz Natal", de Selton Mello, no qual a atriz Graziella Moretto (apontada como namorada do ator) tem uma cena de nudez. Nesta entrevista, em que cita todo o tempo o texto do Odeon, Cardoso defende sua crítica ao "simulacro de arte" que se esconde sob a nudez gratuita nas telas.

Há lugar para o nu na arte autoral? Seu discurso na última quarta-feira fez essa resposta parecer urgente. No palco, você falou do ponto de vista profissional - de ator - sobre o assombro que é ser alijado de um papel por se negar a compactuar com a pornografia. Mas eu queria entender a sua opinião como espectador, uma vez que, no blog de "Todo mundo tem problemas..." você diz: "Será difícil encontrar uma atriz (ou espectadora) que não tenha passado ao menos por uma situação onde não tenha se sentido constrangida". De que maneira a pornografia se manifesta na arte audiovisual hoje? De que maneira essa manifestação te incomoda?

PEDRO CARDOSO: Desculpe, mas eu não compreendi bem a pergunta. Você embaralhou as minhas idéias, tornando confuso o que eu disse. Eu acredito ter sido muito claro no texto do Odeon. Reproduzo: "A meu ver, as empresas que exploram a comunicação em massa (e as que dela fazem uso para divulgar seus produtos) apossaram-se de uma certa liberdade de costumes, obtida por parte da população nos anos 60 e 70, e fazem hoje um uso pervertido dessa liberdade."

"Uma maior naturalidade quanto a nudez, que àquela época, fora uma conquista contra os excessos da repressão a vida sexual de então, tornou-se agora, na mão dessas empresas, apenas um modo de atrair público. Com a conivência de escritores e diretores (alguns deles, em algum momento, verdadeiros artistas; outros, nunca!) temos visto cenas de nudez, ou semi- nudez, ou roupas sensuais, ou diálogos maliciosos, ou beijos intermináveis, em quase todos os minutos da programaçãos das televisões e nos filmes para cinema, sem falar na publicidade. A constância com que essas cenas aparecem tem colocado em permanente exposição a nudez dos atores, especialmente das mulheres; é sobre as atrizes que a opressão da pornografia é exercida com maior violência, uma vez que ela atende, na imensa maioria das vezes, a um anseio sexual do homem. É raro o convite de trabalho, seja filme ou novela ou programa de humor, que não inclua cenas desse tipo para o elenco feminino."

Reproduzo agora o trecho que contém a frase que você cita: "Entre a pornografia e a arte há muitas nuances, mas elas não são a questão aqui. O que eu digo é que há pornografia na imensa maioria da produção audiovisual para atender a ambição de ganho financeiro, e que isto está tornando a vida dos atores um tormento. Quase não há ofertas de trabalho onde a pornografia não se insinue. As exceções existem, mas não cabe a mim discutir quais elas seriam, mesmo porque não tenho o monopólio de uma verdade, que é, por sua própria natureza, bastante afetada pela subjetividade de cada um. Agora, a invasão da pornografia é um fato bastante objetivo e facilmente comprovável. Sua presença é tão evidente, e o desconforto que causa já me foi tantas vezes relatado por colegas, que eu me sinto confiante para apontá-la. Será difícil encontrar uma atriz (ou espectadora) que não tenha passado ao menos por uma situação onde não tenha se sentido constrangida."

Acredito que eu tenha sido bastante claro.

" Sou contra a censura externa, mas a favor do super-ego. Quando ele falha, o estado fica tentado a agir. E o estado é sempre o intrumento da facção política que está no poder. É muito perigoso ceder ao estado a censura que deve caber a nós mesmos "

No discurso do Odeon você diz: "A minha tese é de que a nudez impede a comédia, e mesmo o próprio ato de representar. Quando estou nu sou sempre eu a estar nu, e nunca o personagem". Qual é a limitação prática, no plano estético, que a nudez pode trazer à arte de representar? Filmes como "O homem do pau-brasil, de Joaquim Pedro de Andrade, por exemplo, apostam no nu sem que isso tire as filigranas estéticas da atuação de Itala Nândi. Você citou dois filmes de Truffaut estrelados por Gérard Depardieu, um ator que já participou de cenas de nudez inclusive em comédias, como "Os corações loucos", de Bertrand Blier. Daí vem a questão: como o nu pode travar uma atuação?

CARDOSO: Mas uma vez a sua pergunta me confunde um pouco. Reproduzo o trecho que você cita: " Eu ambiciono o dia em que os atores e as atrizes saibam que podem e devem dizer 'não' a cenas onde não se sintam confortáveis. O dia em que saibamos que não temos obrigação de tirar a roupa, que esta não é uma exigência do ofício de ator e sim da indústria pornográfica. O dia em que não nos deixaremos convencer por patéticos argumentos do tipo: 'é fundamental para a história', 'a luz vai ser linda', 'você vai estar protegida', 'é só de lado', 'a gente vai negociar tudo', 'se você não gostar, depois eu tiro na edição', e o pior argumento de todos, 'vai ser de bom gosto'. E a conclusão de sempre 'confie em mim'. E há também um argumento criminoso: 'O programa é popular. Tem que ter calcinha e sutiã'. como se a gente brasileira fosse assim medíocre."

"Claro que somos imperfeitos, pornografia talvez sempre haverá. Mas que ela não seja dominante e absoluta. E, principalmente, que ela não seja irreconhecível, disfarçada de obra dramatúrgica, de entretenimento inocente. Isto é uma perversão de consequências trágicas porque rouba à arte o seu lugar. E a arte, mesmo quando seja entretenimento inocente, é fundamental para a nossa saúde coletiva. E se a pornografia também o for, que ela o seja, mas como pornografia, e não querendo se passar pela nossa vida de todo dia, no ar na novela das sete, ou mesmo das seis, como se aquelas situações fossem a coisa mais normal do mundo. Criam-se cenas de estupro, de banho, de exibicionismo, de adultério, ambientadas em boates, prostíbulos, etc, tudo apenas para proporcionar cenas de nudez."

"A quem diga que a nudez destas cenas é fundamental para a história, eu sugiro que assista a pelo menos 2 filmes de François Truffaut, 'Le dernier métro' e 'La femme d'à côté' e aprendam alguma coisa sobre a narrativa da intimidade de personagens sem haver exposição da intimidade dos atores."

Quanto a Gérard Depardieu, eu não vi o filme que você citou, mas acho que ele nunca foi visto fazendo graça pelado protegido apenas por uma cerca, nem consumando aflito um ato sexual com uma mutante antes que outro mutante entre pela janela e acabe com tudo, nem desfilando de lingerie enquanto a apresentadora do programa entrevista casualmente a estilista, nem em maliciosos e mal escritos diálogos de novela onde é permanentemente feita a sugestão de que algo muito excitante está na eminência de acontecer. Defender a pornografia citando obras de arte é induzir a um enorme equívoco.

No Odeon você leu: "A quem se afobe em me acusar de exagerado, eu só peço que assista aos filmes recentes e a televisão. Está tudo lá. É só ter liberdade para ver". De que maneira o seu discurso defende a liberdade?

CARDOSO: Sou contra a censura externa, mas a favor do super-ego. Quando ele falha, o estado fica tentado a agir. E o estado é sempre o intrumento da facção política que está no poder. É muito perigoso ceder ao estado a censura que deve caber a nós mesmos. O empresário que investe em comunicação em massa deve zelar ele mesmo pela adequação do que vende ao público que almeja. E os artistas também! Mas a confusão em que estamos é tanta que a mesma empresa que publica uma revista onde denuncia freqüentemente casos de corrupção clamando pela moralidade na política, também publica uma revista de nudez feminina; ou a mesma empresa que produz uma novela para horário vespertino visando alcançar toda família, vende num site seu fotos das atrizes da mesma novela semi-nuas.

E quanto à liberdade, reproduzo um trecho do texto do Odeon: " Onde há pornografia, não há liberdade. Há alguém ganhando dinheiro e alguém sofrendo para produzir o dinheiro que este outro está ganhando. Quem se vê submetido a cena pornográfica, sempre sofre, mesmo apesar de seus possíveis comprometimentos subjetivos a tal submissão. O comprometimento eventual de alguns de nós, não legitima o ato agressivo de quem propõe a pornografia."

Essa discussão sobre a exploração da pornografia aconteceu no exato momento em que um professor de literatura foi afastado da Escola Parque por ser autor de poesia erótica. Comenta-se que você estava entre os pais que reagiram a isso. Qual a sua posição em relação a esse episódio?

CARDOSO: Não sei em quê este assunto tem a ver com o meu. A intenção da sua pergunta me parece ser a de sugerir ao leitor que eu sou um moralista puritano que poderia mesmo ter perseguido esse professor. Boa tentativa, mas a acusação é improcedente. Reproduzo mais um trecho do texto do Odeon: "A quem se afobe em me acusar de moralista, peço antes que procure conhecer o meu trabalho em teatro e que assista ao filme desta noite. Nele, assim como algumas vezes no teatro, tratei, junto com meus colegas, de assuntos bem distantes de uma moralidade puritana. Quem for me acusar, tente primeiro perceber a diferença entre a liberdade para tratar de qualquer assunto e a intenção de usar qualquer assunto para difundir pornografia usando a liberdade de costumes para disfarçá-la de obra dramatúrgica". Eu não conheço a obra poética do professor, a decisão de demiti-lo foi da escola, e ela não quer se pronunciar. Eu não vou tecer comentários baseados em suposições ("comenta-se") vagas que você está fazendo. As razões para a demissão dele, assim como para sua contratação, devem ser perguntadas à escola. Agora, acredite, é minha obrigação de pai saber quem diz o que para minha filha dentro da sala de aula e saber que livros escolhe para que ela leia. Caso este assunto verdadeiramente te interesse, informe-se melhor. E acredite (não sei se você tem filhos, mas se tiver vai me entender muito bem): num mundo confuso como este nosso, estamos bem sozinhos para olhar por eles.

A tua experiência no filme "Os bons tempos voltaram... vamos gozar outra vez" pesou no seu discurso? Houve exploração de nudez nesse projeto?

CARDOSO: Reproduzo um trecho que faz parte do texto do Odeon, que eu não disse naquela noite porque ficaria muito longo, mas publiquei no dia seguinte no blog. "Quando eu tinha uns 20 anos, aceitei o convite de Ivan Cardoso para atuar num filme cuja história girava em torno da descoberta do sexo por jovens. Aceitei por ingenuidade. Um dia, fui ao set e encontrei a filmagem de cenas de sexo onde só o que não havia era ereção e penetração. No mais, tudo era igual a um filme pornográfico profissional. Eu disse a ele que não faria cenas daquela natureza, e de fato não fiz, apesar dos protestos do produtor, um tal de Anibal Massaini. Parece que ele agora também é cineasta. Esse produtor colocou um dublê no meu lugar e rodou a continuação da cena de ato sexual que eu havia interrompido no primeiro beijo, ainda totalmente vestido. Diga-se, apenas por amor à verdade, que ele o fez sem o consentimento do próprio diretor". Desde que sofri essa afronta, ainda tão jovem, a questão da pornografia tem me agredido e interessado.

" É prioritário para mim contextualizar o filme. Não quero vendê-lo como comédia erótica, que ele não é, e muito menos pornografia. O filme é uma comédia séria sobre dramas que acontecem na vizinhança da vida sexual dos personagens. "

Você citou "A mulher do lado" e "O último metrô", de Truffaut, como exemplos de um cinema que aborda o desejo sem apelar para a pornografia. Mas onde entram filmes como "Saló", de Pasolini, ou "A comilança", de Marco Ferreri, nessa discussão?

CARDOSO: Reproduzo mais um trecho do Odeon. "Para que não digam que eu sou contra a nudez em si, dedico este texto à atriz Clarisse Niskier, que faz de sua nudez em 'A alma imoral' um excelente instrumento para a narrativa do seu espetáculo e não um ato pornográfico. Na televisão não há cena de nudez que eu me lembre de ter considerado justificada, mas no cinema há pelo menos uma: Leila Diniz vestindo a nudez de sua personagem no filme 'Todas as mulheres do mundo', enquanto o personagem de Paulo José diz um belíssimo poema de Domingos Oliveira". Há muitos outros exemplos que podem ser dados. Estes, que você citou, são alguns. Repito: minha questão não é a arte, mas a pornografia disfarçada de arte ou entretenimento. Este simulacro de obra de arte é dominante no cenário audiovisual.

Como produtor, você acredita que, de alguma maneira, o seu discurso possa ter ofuscado o filme?

CARDOSO: É prioritário para mim contextualizar o filme. Não quero vendê-lo como comédia erótica, que ele não é, e muito menos pornografia. O filme é uma comédia séria sobre dramas que acontecem na vizinhança da vida sexual dos personagens. Reproduzo mais uma vez o texto do Odeon: "Neste filme de hoje a vida íntima dos personagem é o ambiente onde seus dramas acontecem, apenas isso. Não há intenção de provocar excitação sexual, como há na pornografia. Acredito que a dramaturgia, que é arte de contar histórias, busca oferecer ao público um pensamento, e não uma sensação. Esta pertence a vida. É na vida que sentimos frio e fome; na arte, falamos do frio e da fome, se possível com alguma inspiração. A apresentação da nudez, busca produzir uma sensação erótica e não sugerir um pensamento sobre o erotismo. Neste filme os atores estão vestidos para que os personagens possam estar desnudos. O estímulo ao anseio sexual está esquecido para que o pensamento possa ser provocado."

De que maneira você vê o discurso do Odeon como uma declaração de amor?

CARDOSO: O limite do que digo sobre a minha vida pessoal já está colocado. Se fiz referência ao fato de estar namorando uma atriz foi apenas por honestidade intelectual, uma vez que percebi minhas preocupações afetadas por ele. Nada mais direi sobre a minha vida particular.

No blog, você diz: "A advertência que faço é a todos (a mim mesmo, inclusive), e não a ninguém em particular. E as acusações de abuso de poder e deslealdade por parte de diretores e escritores, são dirigidas a quem as merece. Eles sabem quem são. Eu não preciso dizer". No entanto, criou-se uma alusão clara, mesmo que seu discurso não citasse nomes, ao filme "Feliz Natal", de Selton Mello. Essa alusão tem sido muito explorada pela mídia. Ela procede de alguma maneira? Independentemente de proceder ou não, ela pode criar ruídos de sentido e apontar o filme de Mello como alvo do seu texto. Como você encara essa possibilidade?

CARDOSO: O que eu tinha para dizer sobre esse assunto já foi dito.

Ao fim do seu texto você fala em amestradores de ator. De que maneira esse cinema de preparadores de elenco soa como uma afronta à arte de atuar? Em recente workshop no Brasil, Robert Castle, que foi preparador de atores como Sean Penn e Jane Fonda em produções hollywoodianas, lembrou o episódio do astro de "Ladrões de bicicleta" (Lamberto Maggiorani) que, sem conseguir trabalhos de qualidade após o filme de De Sica, por não ser um ator profissional, acabou entrando em profunda depressão. São epidósios como esse que levam a classe a uma grita contra o "amestramento"?

CARDOSO: Eu não conheço Robert Castle, mas não acredito que Sean Pen precise dele para ser o ator que é, e a filha de Henry Fonda já deve trazer no gene o seu talento. Não conheço nenhum ator que precise de treinador. Reproduzo o texto do Odeon, onde acredito ter sido bem claro sobre esse assunto: "Aqui nesse filme também não houve amestradores de ator. Esse assunto parece nada ter a ver com a pornografia, mas tem sim. O haver agora no mercado esses amestradores de atores faz parte da desautorização do ator como autor do seu próprio trabalho. Quer dizer que nem o seu próprio trabalho é o ator que faz?! Há alguém que o faz fazer como deve ser feito. Isso acontece, na minha opinião, porque os cineastas confundem sua própria perplexidade diante da dramaturgia (que, por vezes, eles desconhecem) com uma suposta incompetência do ator, e resolvem o problema chamando um amestrador de ator. (Melhor fariam se estudassem teatro.) É nocivo para nós. Um ator desautorizado na autoria de seu próprio trabalho irá aceitar, com muito mais subserviência, a pornografia que lhe será exigida logo mais a frente. O que está escondido sob esta prática é a desautorização do ator como líder da arte de representar e senhor do seu ofício. Lembremos-nos de que só há realidade fílmica ou televisiva, e certamente teatral, se um ator a faz existir! Sem o ator não há nada. Este é um poder que podem nos impedir de exercer, mas não nos podem tirar."

Você disse no Odeon, "As acusações virão certamente daqueles que sempre permanecem vestidos nos estúdios de televisão e nos sets de filmagem ou nem saem das salas de reuniões". Não sei se você conhece o filme "Senhora Henderson apresenta" ("Mrs. Henderson presents"), de Stephen Frears, que aborda o cotidiano de uma trupe teatral cujas peças se baseiam na nudez. Numa cena, a mecenas do teatro (Judi Dench) exige que o produtor e diretor (Bob Hoskins) tire suas roupas para emprestar veracidade à direção e falar com seu elenco sem véus. Conto esse episódio para perguntar: como você avalia as reações dos cineastas ao teu discurso? Essas reações te surpreenderam?

CARDOSO: Eu não entendi a sua pergunta.

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26/10/2008 free counters

Senado aprova preço diferenciado para compras com cartão de crédito; especialista em direito do consumidor critica projeto


Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília
O Senado aprovou nesta terça-feira dois projetos de lei relacionados a um meio cada vez mais comum de pagamento usado pelo consumidor: o cartão de crédito. Um deles determina que o comerciante pode cobrar valores diferentes para compras pagas à vista ou com cartão e o outro proíbe o envio a clientes de cartão de crédito não solicitado.

Os dois projetos alteram o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (lei 8.078, de 1990) e foram aprovados pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado (CMA). As matérias agora serão encaminhadas à Câmara dos Deputados.

"Mudança é prejudicial ao consumidor", diz Pro Teste

O projeto 213/2007, de autoria do senador Adelmir Santana (DEM-DF) estabelece como "não abusiva" a fixação de preço diferenciado na venda de bens ou na prestação de serviços pagos com cartão de crédito em relação ao preço à vista. O fornecedor deve informar de forma "inequívoca e ostensiva" quando ocorrer a cobrança de preço maior por conta do pagamento com cartão.

"O custo da venda com cartão de crédito é repassado ao consumidor. Hoje, os consumidores que pagam à vista subsidiam os pagamentos com cartão de crédito. Este projeto permite - mas não obriga - a diferenciação de preço", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES), relator do projeto na comissão, ao defender sua aprovação.

O autor do projeto argumentou que atualmente, os descontos para pagamento à vista, quando concedidos, "são menores que os custos embutidos". Adelmir Santana citou o custo que o comerciante tem, por exemplo, com o aluguel das máquinas para pagamento com cartão de crédito. "Vai de R$ 65 a R$ 215, no caso daqueles equipamentos sem fio", citou.



Questionado sobre a possibilidade de aumento dos valores cobrados para pagamento com cartão, o senador descartou esta hipótese. "Hoje as empresas estão querendo fidelizar o cliente e reduzir custos para oferecer seu produto com um preço mais barato", defendeu.

"O que nós queremos é atender e beneficiar o consumidor. Agora, o preço à vista poderá ser informado ao consumidor e ele vai poder escolher sua forma de pagamento", destacou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) ao votar a favor do projeto

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), criticou a aprovação do projeto. "Este projeto é prejudicial para o consumidor. A diferença cobrada do consumidor, para nós, é considerada abusiva e irregular. O que se pretende com este projeto é embutir ou minimizar o custo para o comerciante", afirmou.

Cartão não-solicitado
Outro projeto aprovado pela CMA, o 338/2005, de autoria do senador Pedro Simon, proíbe o envio ou entrega de qualquer produto, serviço ou disponibilidade de crédito ao consumidor, sem que tenha ocorrido solicitação prévia. As empresas que descumprirem a determinação estariam sujeitas às sanções previstas no Códido de Defesa do Consumidor.

Na apresentação da matéria, o autor afirma que muitas vezes, o consumidor não está apto, preparado ou orientado em recusar tal oferta "daí sua inépcia em buscar seus direitos". "Isso gera relações de consumo não desejadas (...) tal oferta de crédito é uma relação de consumo imposta, draconiana e ilegal", diz a justificação da proposta.

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26/10/2008 free counters

Recessão chega aos EUA

NOVA YORK, 14 Out 2008 (AFP) - Os Estados Unidos entraram em recessão, afirmou nesta terça-feira a presidente do Federal Reserve de San Francisco, Janet Yellen, anunciando "nenhum crescimento" no terceiro trimestre e uma contração no quarto trimestre de 2008.

"Os dados econômicos recentes sugerem que a economia está mais fraca que o previsto para o terceiro trimestre, sinal provável de que essencialmente não houve crescimento algum", disse Janet Yellen, presidente do Fed de San Francisco, Califórnia. "O crescimento para o quarto trimestre será ainda mais fraco, muito provavelmente com contração.

"Definitivamente, a economia dos Estados Unidos parece estar em recessão".

Segundo Janet Yellen, que não se pronunciou sobre a duração deste período de recessão, a queda do valor das matérias-primas vai estabilizar os preços, com possibilidade de deflação.

"Os preços das matérias-primas, inclusive os do petróleo, vão cair. Penso que esta evolução, combinada ao enfraquecimento do mercado de trabalho e do consumo, colocará a inflação em uma taxa adequada à estabilidade de preços...".

Janet Yellen assinalou que a situação está longe de ter a mesma gravidade da Grande Depressão dos anos 30, devido tanto à maior capacidade de resistência da economia quanto às lições aprendidas.

"Agora sabemos a importância de se agir rapidamente diante de uma crise financeira", destacou Yellen.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional previu uma contração da atividade nos três últimos meses de 2008 e no primeiro trimestre do ano seguinte, com o retorno à normalidade apenas em 2010.

O Wall Street Journal entrevistou 52 economistas que estimam que a economia americana já entrou em recessão, no terceiro trimestre, o que deve permanecer no quarto trimestre de 2008 e nos primeiros três meses de 2009.

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26/10/2008 free counters

Seqüestrador libera uma das duas reféns em Santo André (SP)

O ajudante de produção Lindemberg Fernandes Alves, 22, liberou uma das duas adolescentes que mantinha refém desde a tarde de segunda-feira (13), no Jardim Santo André, em Santo André (Grande São Paulo). Uma das reféns é ex-namorada do suspeito e a outra, uma amiga dela. Segundo a PM, a adolescente liberada foi a amiga da jovem.

Policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que participam das negociações, afirmaram que restabeleceram às 22h o fornecimento da energia elétrica ao apartamento invadido pelo suspeito. Alves afirmou que só voltaria a negociar se a eletricidade voltasse --a energia foi cortada às 16h.

Durante a noite, os policiais estavam com dificuldade em se comunicar com o rapaz. Alves chegou a dizer que voltaria a se comunicar somente na quarta-feira (15). Durante horas ele não atendeu aos telefonemas feito pelo Gate, o que causou apreensão.

Segundo o comandante do batalhão do Gate, tenente-coronel Flávio Jari Depieri, o rapaz demonstrou "picos de agressividade" durante as negociações. "Em um momento ele anuncia que vai entregar as garotas. No momento seguinte ele diz que só se entregaria morto", afirmou Depieri.

Segundo o comandante, Alves diz que está armado com um revólver calibre 38 e que possui bastante munição. O rapaz já fez ao menos quatro disparos --dois na segunda-feira, contra policiais, e dois nesta terça-feira.

Durante todo o tempo em que está na casa Alves não fez nenhuma exigência, segundo o comandante. Depieri disse não acreditar que as meninas estejam amarradas. A hipótese de invasão do apartamento foi descartada pela PM. Cerca de 60 homens do Gate e da PM estão na área onde fica o apartamento, no Jardim Santo André. "A postura da PM é resolver de forma pacífica", disse Depieri.

Fim de namoro

Inconformado com o fim do relacionamento, Alves rendeu a garota, uma amiga dela e outros dois rapazes que estudavam no apartamento, por volta das 13h30 de segunda.

Rivaldo Gomes/Folha Imagem
Jovem armado mantém ex-namorada e amiga dela reféns em apartamento em Santo André (Grande SP); Gate negocia libertação
Jovem armado mantém ex-namorada e amiga dela reféns em apartamento em Santo André (Grande SP); Gate negocia libertação

Na noite daquele dia, os dois garotos que estavam no apartamento foram libertados. A garota também poderia ter deixado o apartamento, mas se recusou a deixar a amiga sozinha com o ex-namorado, segundo o pai.

Ciúme

Colegas de escola das duas garotas mantidas reféns afirmam que Alves é ciumento e agressivo.

As duas meninas são amigas desde o ensino fundamental. A mãe e o padrasto da garota que se negou a deixar a adolescente sozinha com o ex-namorado disseram que ela é decidida, madura e carinhosa com os amigos.

Depressão

Por volta das 10h desta terça, Alves ligou para o celular do pai da amiga da ex-namorada e prometeu que iria liberar a garota em breve. Um pouco antes, ele havia conversado por telefone com a mãe da menina e disse que as duas estavam bem.

Segundo informações de familiares, Alves e a adolescente namoraram por três anos e estão separados há um mês.

Duas irmãs do rapaz estão no local. As cozinheiras Francimar, 35, e Lindomar, 38, dizem que Alves era muito amoroso com a adolescente e sempre se mostrou tranqüilo.

Entretanto, ele entrou em depressão após o rompimento com a garota e passou a ameaçá-la de morte caso ela não reatasse o relacionamento. As duas chegaram ao local na madrugada de terça na companhia de um advogado.


Homem liberta uma das adolescentes mantidas reféns em Santo André

Eletricidade, que tinha sido cortada às 16h, foi ligada às 22h10.
Ex-namorada do seqüestrador continuava presa em apartamento.

Do G1, em São Paulo, com informações da TV Globo


O rapaz de 22 anos que mantinha duas adolescentes reféns em Santo André, no ABC, desde o começo da tarde de segunda-feira (13) libertou uma das garotas pouco antes das 23h desta terça-feira (14). A ex-namorada do rapaz permanece no local. Outros dois garotos que também chegaram a ser mantidos reféns foram liberados ainda na noite de segunda.

Pouco antes da libertação da amiga da ex-namorada do rapaz, a Polícia Millitar (PM) tinha informado que restabeleceu a energia elétrica no apartamento. O fornecimento, que tinha sido cortado por volta das 16h, foi normalizado às 22h10.

De acordo com o relato de parentes e da polícia, o rapaz invadiu o apartamento no Jardim Santo André motivado por ciúmes. Um adolescente de 15 anos que também foi feito refém disse na tarde desta terça que o homem chegou nervoso ao local. “Ele disse que ela (ex-namorada) ferrou com a vida dele, porque ele terminou, mas ela não quis voltar. Disse que ficou um mês atrás dela e que se não ficasse com ele, não iria ficar com mais ninguém”, contou o jovem, que foi liberado ainda na noite de segunda.

Negociações

No começo da noite, o capitão Adriano Giovaninni, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar (PM), afirmou que descartava a invasão do local "apesar de ele (o seqüestrador) estar sendo muito agressivo". Ele admitiu que pode alterar a estratégia de evitar a invasão se houver indícios de que as adolescentes corram risco. "A postura é resolver de forma pacífica. A negociação é o primeiro ponto", disse Giovaninni. O capitão afirmou que toda os contatos estão sendo feitos por telefone.


Cronologia

13h30 de segunda (13) Rapaz invade apartamento e faz quatro reféns
20h Um dos jovens é libertado
21h Outro adolescente é liberado
7h de terça (14) Jovem aparece na janela com uma das adolescentes
9h30 Disparo de tiro feito de dentro do apartamento é ouvido
10h30 Avó de uma das meninas conversa pelo celular com refém
13h30 Avó de uma das meninas conversa pelo celular com refém
15h30 Novo disparo é ouvido
16h Energia elétrica é cortada
19h Gate descarta invadir apartamento
22h10 Energia é religada no local
22h50 Garota é libertada

Giovaninni disse que o rapaz chegou a cogitar liberar as duas reféns em algumas oportunidades e que, em outras, disse que não entregaria ninguém nesta terça. Além disso, ele confirmou que o rapaz agrediu a ex-namorada.

Giovaninni disse que o rapaz estaria armado com um revólver calibre 38. "Não dá para saber se é uma arma legal ou ilegal. Mas, ele disse que está com um saco de munição", disse. Segundo Giovaninni, desde o início do seqüestro, o rapaz já efetuou quatro tiros. Dois foram disparados na segunda-feira, um deles em direção a policiais militares. Nesta terça, ele atirou outras duas vezes, possivelmente em direção aos jornalistas. "Mas não dá para saber realmente se ele atirou no chão ou pra algum outro lugar", ressaltou Giovaninni.

Comida

A polícia montou uma base para coordenar a operação em uma escola pública ao lado do prédio e as aulas foram suspensas. Segundo a polícia, apenas os moradores de um apartamento no mesmo andar foi esvaziado. De acordo com reportagem do SPTV, no início da tarde a polícia mandou comida para as reféns e o seqüestrador. Os pais das duas jovens e os adolescentes que chegaram a ser mantidos reféns foram ouvidos ao longo do dia em uma delegacia de Santo André.



Ciúmes

A promotora de eventos Suellen Dafne Padiar, de 18 anos, amiga das vítimas que acompanha de perto o drama das meninas em frente ao prédio, descreveu o jovem como uma pessoa “possessiva e ciumenta”. Segundo ela, o motivo da briga, ocorrida há um mês e meio, foi ciúmes.

“Ela [a refém] adicionou um amigo da escola no Orkut e ele ficou com ciúmes”, contou. Suellen afirmou que o jovem quis terminar o relacionamento, como sempre fazia depois das discussões. “Ele sempre terminava, brigava por nada”, disse.

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Pane faz avião voltar a Cumbica (Guarulhos) logo após a decolagem

Uma pane obrigou um avião Boeing 767 da United Airlines retornar ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), logo após decolar na noite desta terça-feira (14). Ao menos 157 pessoas estavam a bordo.

Segundo informações da Infraero (estatal que administra os aeroportos brasileiros), uma pane hidráulica causou o retorno. A estatal informou que esse tipo de problema pode prejudicar toda a aeronave e comprometer o vôo.

O vôo 842 partiu do aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, às 22h50, e teve o vôo cancelado logo após as 23h, quando foi detectado o problema. O avião seguia para Chicago (Estados Unidos).

A Infraero declarou que os passageiros foram encaminhados para outro vôo que deve partir ainda hoje para os EUA.

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