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terça-feira, 24 de junho de 2008

A baiana Ana Virgínia Moraes Sardinha já retornou ao Brasil


A baiana Ana Virgínia Moraes Sardinha já retornou ao Brasil depois de ter sido condenada pela morte do filho e ter sua pena suspensa pela Justiça portuguesa.

O julgamento de Ana Virgínia terminou na sexta-feira passada, com a decisão e o anúncio da sentença sobre o caso. Ela foi condenada pela morte do filho, Leonardo Brittes Sardinha, de 6 anos, mas teve a pena suspensa e transformada em obrigatoriedade de seguir um tratamento psicológico e psiquiátrico, que pode ser feito no Brasil desde que sejam apresentados relatórios anuais ao tribunal português.

Após anunciar em tribunal que já tinha comprado a passagem para o Brasil, ela seguiu no sábado de volta para a Bahia, segundo informações de pessoas ligadas à família.

Namoro De acordo com o relato de Ana Virgínia no tribunal, a história começou em 30 de junho de 2005, quando conheceu pela internet o português Nuno Guilherme Sampaio, ex-jogador de futebol. Os dois começaram a namorar por computador e, dois anos depois, ela decidiu ir morar com ele na região de Alenquer, a 50 km de Lisboa. Sampaio havia comprado e mobiliado um apartamento para os dois. Duas semanas depois da chegada da brasileira, a relação não estava dando certo e Nuno terminou a relação e pediu que Ana Virgínia voltasse ao Brasil - segundo relatos de blogs na Internet de apoio a Ana Virgínia, um dos motivos seria o fato de o filho não se dar bem com o namorado. No tribunal, Ana Virgínia declarou que pretendia fazer a mala para regressar ao Brasil, mas o filho não queria ir embora, por já ter feito amigos em Portugal, e estaria tenso no dia da viagem. Ela admitiu ter dado o medicamento de epilepsia que o filho tomava porque queria que Leonardo sentisse sono e adormecesse para a viagem de retorno. No entanto, a brasileira manteve a versão de que não tinha intenção de matar o filho e também negou que tivesse dado três frascos de remédio ao filho, como afirmou a acusação.

Processo No processo, a promotoria tentou provar que a brasileira queria matar o filho e depois cometer suicídio. Como parte das provas, os advogados de acusação apresentaram mensagens de celular enviadas do seu telefone para o ex-namorado dizendo que estava dando o remédio ao filho e que depois ia se suicidar. A defesa sustentou ao longo do julgamento que Ana Virgínia de fato deu remédio ao filho, mas que apenas tentou suicídio depois de ter percebido que o medicamento não tinha tido o efeito desejado e que a criança tinha morrido. Ela teria ingerido o dobro da dose dada ao filho e depois tomado vinho.

Na decisão final, o tribunal que julgou Ana Virgínia acatou apenas parte da acusação e aceitou uma série de atenuantes para flexibilizar a aplicação de sua pena. Segundo a sentença, em 5 de julho de 2007 Ana Virgínia deu ao filho uma dose de medicamento para epilepsia 18 vezes superior à recomendada e depois teria tentado suicídio.

Mas o tribunal não aceitou a acusação de homicídio qualificado, que prevê pena de oito a 16 anos de prisão. A pena de cinco anos foi suspensa com base em atenuantes, como o fato de ela sofrer de depressão grave, estar sob alto nível de estresse, sentir-se abandonada e viver em ansiedade extrema.

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26/10/2008 free counters

Ex-primeira-dama Ruth Cardoso morre em São Paulo


Publicada em 24/06/2008 às 23h04m

Gerson Camarotti e Flávio Freire - O Globo; O Globo Online

Dona Ruth Cardoso, ex-primeira dama, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

BRASÍLIA - Aos 77 anos, a ex-primeira dama Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, morreu na noite desta terça-feira em sua casa, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Dona Ruth sofreu um infarto fulminante decorrente de uma arritmia, às 20h40, quando conversava com o filho Paulo Henrique Cardoso na sala de seu apartamento. Ela desmaiou e caiu na sala, morrendo na hora. Na véspera, dona Ruth havia sido submetida a um cateterismo. (Saiba mais no Blog do Noblat)

A família ainda não decidiu onde será o velório ou o enterro. Pode ser que o enterro não aconteça nesta quarta-feira porque uma das filhas de dona Ruth está na Espanha e talvez ela não consiga chegar a tempo. Um dos locais prováveis do velório será o Centro Acadêmico Maria Antonia, da USP, no centro de São Paulo. ( Veja fotogaleria da ex-primeira dama )

Dona Ruth deixou três filhos (Luciana, Paulo Henrique e Beatriz) e seis netos. A antropóloga estava casada há 56 anos com o ex-presidente Fernando Henrique. ( Confira a trajetória política de dona Ruth )

O governador de São Paulo, José Serra, declarou luto oficial de três dias no estado. Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter recebido com surpresa e pesar a morte da ex-primeira-dama. O presidente lembrou de dona Ruth à frente do Comunidade Solidária, presidido por ela durante o governo tucano, e pediu que Deus conforte o ex-presidente Fernando Henrique, a quem Lula chamou de amigo. ( Veja outros depoimentos de políticos e amigos )

Ruth Cardoso recebeu alta na tarde de segunda-feira do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internada desde a última quinta-feira, com crise de angina - dor ou desconforto no peito quando os músculos cardíacos não recebem sangue suficiente. ( Veja imagens da saída do hospital em vídeo da GloboNews )

No mesmo dia, ela foi submetida no Hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a um cateterismo - método diagnóstico pelo qual é possível avaliar a presença ou não de entupimentos nas artérias e ou veias coronárias. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, os médicos descartaram a necessidade de intervenção cirúrgica.

Dona Ruth já carregava no peito há algum tempo dois stents - próteses metálicas posicionadas no interior de artérias coronarianas obstruídas por placas de gordura para tentar normalizar o fluxo sanguíneo.

Um dos primeiros a confirmar a morte foi o senador Sergio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB. Guerra relatou conversa com o governador José Serra, segundo o qual os médicos tinham dito a dona Ruth que ela deveria manter a partir de agora uma vida com "maiores restrições". ( Ouça as declarações de Sergio Guerra )

- Mas jamais se falou em risco de morte - afirmou o senador.

Em função da morte, o PSDB cancelou os eventos marcados para esta quarta-feira em comemoração aos 20 anos de fundação do partido.

- Dona Ruth era um consenso entre nós. Muita respeitada não só no PSDB, mas também pelos outros partidos. Sobretudo pela forma honrada como foi primeira dama e como desempenhava seu papel junto à sociedade. Tinha ampla autoridade no partido e vai nos fazer muita falta - afirmou Guerra.

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26/10/2008 free counters

Ex-primeira-dama Ruth Cardoso morre em São Paulo


Antropóloga sofreu infarto no apartamento onde morava, em SP.
Mulher do ex-presidente FHC, ela tinha sido internada duas vezes.

Do G1, em São Paulo e Brasília


A ex-primeira-dama Ruth Cardoso, 77 anos, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, morreu na noite desta terça (24), vítima de infarto, no apartamento onde morava, no bairro Higienópolis, em São Paulo.

Nota assinada pelos médicos Arthur Ribeiro, Walter Lima e Edson Stefanini, divulgada às 22h50 pela assessoria do Instituto Fernando Henrique Cardoso, informou que a ex-primeira-dama "faleceu subitamente hoje [terça] às 20h40 em sua residência".

De acordo com a nota, dona Ruth foi submetida na segunda (23) a um cateterismo cardíaco que "revelou doença coronariana de extensão similar à doença já revelada em dois cateterismos anteriores, feitos em 2004 e 2006".

Na nota, os médicos atribuíram a morte a uma "arritmia grave decorrente da doença coronariana".

O professor Leôncio Martins Rodrigues, amigo da família, disse que Ruth Cardoso morreu na companhia de um dos filhos. Segundo ele, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não estava em casa no momento em que a mulher sofreu o infarto. Rodrigues foi ao apartamento da família na noite desta terça e desceu para dar as informações aos jornalistas que se encontravam na portaria.

Além de Rodrigues, chegaram ao apartamento da família na noite desta terça a primeira-dama de São Paulo, Mônica Serra, e o coordenador das subprefeituras da Prefeitura de São Paulo, Andrea Matarazzo (PSDB).

Ruth Cardoso na posse do marido, Fernando Henrique, em 1995, ao lado do ex-presidente Itamar Franco e de Marco Maciel (Foto: Dida Sampaio/Agência Estado)

Em entrevista à Globo News, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, afirmou que as comemorações dos 20 anos de aniversário do partido serão canceladas por conta da morte da ex-primeira-dama.

Os governadores tucanos de São Paulo, José Serra, e da Paraíba, Cássio Cunha Lima, decretaram luto oficial de três dias nos estados, segundo informaram as assessorias dos dois governos.

“Nós estamos muito atingidos por isso. Dona Ruth é uma espécie de consenso entre nós pela forma honrada como foi primeira-dama e da forma competente como exerceu funções públicas”, afirmou o senador Sérgio Guerra.

Guerra classificou dona Ruth como uma “pessoa admirável”. “Ela era uma pessoa que tinha muito prestígio no partido, muito respeito de todos. Uma pessoa honrada, discreta, uma dessas pessoas que marcam a vida de qualquer país”, disse.

De acordo com a blogueira do G1 Cristiana Lôbo, Ruth Cardoso exerceu forte influência sobre o governo do marido. Ela atuava nos bastidores e raramente se pronunciava em público sobre questões de governo (leia mais).

Internações

Dona Ruth realizou exames médicos no Hospital Sírio Libanês na semana passada, onde ficou internada até a manhã desta segunda-feira (23).

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da ex-primeira-dama nesta segunda, os exames tiveram início na semana passada a pedido do médico cardiologista que a atende.

Ainda segundo a assessoria, Ruth Cardoso havia feito também um cateterismo no Hospital do Rim e Hipertensão da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que descartou a necessidade de intervenção cirúrgica.


Por orientação da família, não havia sido divulgado nenhum dado sobre os motivos da internação ou o quadro clínico da mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Para acompanhar o tratamento da mulher, o ex-presidente não compareceu no domingo (22) à convenção do PSDB em que o partido definiu apoio à candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin nas eleições municipais desse ano para a Prefeitura de São Paulo.

A ex-primeira-dama Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em foto de setembro de 2002 (Foto: Gustavo Miranda/Agência O Globo )

Intelectual

A ex-primeira-dama Ruth Cardoso nasceu em Araraquara (SP) em 19 de setembro de 1930.

Antropóloga de formação, foi professora da Universidade de São Paulo (USP). Como professora, lecionou na Universidade do Chile, Berkeley e Columbia, ambas nos Estados Unidos.

Ela estava casada havia 55 anos com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem teve três filhos. Ruth Cardoso publicou vários livros. Em 1995, durante o mandato do ex-presidente, fundou o programa Comunidade Solidária, de combate à pobreza e à exclusão social.

Leia mais notícias de Política

  • Paschoal Moraes|24/06/200822h51

    Meus sentimentos a familia FHC, Que Deus o abençoe d e muito conforto.

  • Júlio César Vasconcelos|24/06/200822h50

    Não perdemos apenas uma ex-primeira dama, e sim uma grande brasileira, mulher e mãe de todos nós, que abrilhantou a nação brasileira com sua honestidade e seriedade.

  • Tatiana Aguiar|24/06/200822h50

    De luto estamos, mais pobres ficamos num pais onde riqueza nao rima com franqueza, e onde a pobreza impera na educacao de uma nacao. O que eh bom dura pouco! Dna Ruth va em paz e quem sabe de la de cima, nao consiga nos ajudar a continuar a nos dar esperanca e valor!

» leia todos os comentários (179)

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26/10/2008 free counters

Morre a ex-primeira-dama Ruth Cardoso




Morre a ex-primeira-dama Ruth Cardoso

Mulher do ex-presidente FHC esteve internada no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, de onde teve alta na última segunda-feira (23)

Da Redação com agências - 24/06/2008, 21:51 (atualizado em 24/06/2008 22:40)
Ricardo Stuckert
Ex-primeira-dama Ruth Cardoso
Ex-primeira-dama Ruth Cardoso

A ex-primeira-dama Ruth Cardoso, 77 anos, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, morreu em sua casa, no bairro do Higienópolis, na noite desta terça-feira (24). Segundo informações da Agência Brasil, a causa da morte foram problemas cardíacos.

Dona Ruth esteve internada desde a quinta-feira no Hospital Sírio Libanês e na manhã de segunda-feira foi para o hospital da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) onde passou por um cateterismo e teve alta à noite. Ela sofria de angina e vinha sentindo dores no peito; os médicos haviam descartado a necessidade de uma intervenção cirúrgica. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso cancelou compromissos para cuidar da esposa.

Segundo declarou à TV Globonews o presidente do PSDB, senador tucano Sérgio Guerra, a ex-primeira-dama deixou o hospital sabendo que teria uma vida com mais restrições, "mas não estava em perigo de vida". O senador falou sobre Ruth Cardoso como uma "pessoa honrada e discreta" e classificou a perda como "irreparável".

Luto

O PSDB cancelou as comemorações de 20 anos do partido que aconteceriam nesta quarta (25) em sessão solene no plenário do Senado. FHC é um dos fundadores do grupo político.

O governador de São Paulo, José Serra, lamentou a morte de Ruth Cardoso e decretou luto oficial de três dias no Estado. “A Ruth era uma pessoa muito especial, para sua família, para seus amigos, para nosso país. Um exemplo de dignidade, delicadeza, inteligência e carinho pelas pessoas. É uma dor imensa a que sinto nesse momento", disse em nota.

O presidente Lula expressou "surpresa e pesar a notícia do falecimento de dona Ruth Cardoso". Leia a íntegra da nota do presidente.

Quem foi Ruth Cardoso

Ruth Cardoso nasceu em 1930 na cidade de Araraquara, interior de São Paulo. Era doutora em antropologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), atuou no corpo docente da Universidade de São Paulo (USP) e colaborou para importantes Universidades da Inglaterra e Estados Unidos.

Durante os oito anos em que seu marido ocupou a presidência do país, Ruth Cardoso conquistou o respeito de políticos do PSDB e dos demais partidos. Estava casada com Fernando Henrique há 56 anos. O casal, que se conheceu ainda nos tempos de universidade e chegou a viver juntos em exílio no Chile, teve três filhos. Ruth Cardoso fundou e presidiu o projeto Comunidade Solidária.


Saiba mais sobre a ex-primeira-dama Ruth Cardoso

Nascida em 19 de setembro de 1930 na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, Ruth Correa Leite Cardoso foi professora de Antropologia e Ciência Política na USP (Universidade de São Paulo) e pesquisadora do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) em São Paulo.

Sergio Lima /Folha Imagem
A ex-primeira-dama Ruth Cardoso durante entrevista para a Folha em 1999
A ex-primeira-dama Ruth Cardoso durante entrevista para a Folha em 1999

Casou-se com o então sociólogo Fernando Henrique Cardoso em 1953, com quem teve três filhos. Em 1972, recebeu o título de doutora em Antropologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Anos depois, concluiu pós-doutorado na Universidade de Columbia em Nova York e também foi professora em universidades americanas e inglesas.

Durante o mandato de FHC (1995-2002), dona Ruth fundou o projeto Comunidade Solidária em 1995, uma ação de combate a pobreza e a exclusão social. Atualmente, fazia parte do conselho diretor da Oscip (organização da sociedade civil de interesse público) Comunitas, criada para para dar continuidade aos projetos do Comunidade Solidária.

Entre seus cargos de destaque, presidiu o conselho assessor do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre Mulher e Desenvolvimento, foi membro da junta diretiva da UN Foundation e da Comissão da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre as Dimensões Sociais da Globalização e da Comissão sobre a Globalização.

Tornou-se uma das das principais referências sobre antropologia no país, tendo escrito diversos livros sobre temas relacionados, como juventude, violência e cidadania.



Longe de escândalos e marcada pela sua seriedade e sobriedade no período em que foi primeira-dama, Ruth Cardoso viu seu nome voltar à mídia recentemente pela divulgação de um dossiê com gastos do governo durante a gestão FHC (1994-2002).

A lista, supostamente montada a mando da Casa Civil para constranger integrantes do governo anterior, continha detalhes, fora da ordem cronológica, de diversos gastos, com ênfase nos feitos pela ex-primeira-dama e naqueles que envolvem bebidas e itens como lixas de unha.

17.out.2007 Bruno Miranda/Folha Imagem
A ex-primeira-dama Ruth Cardoso durante entrevista à Folha, em São Paulo
A ex-primeira-dama Ruth Cardoso durante entrevista à Folha, em São Paulo

A montagem do dossiê chegou a ser alvo de investigação de uma CPI no Congresso que investigou denúncias de gastos irregulares com cartões corporativos do governo.

Veja a seguir alguns fatos que marcaram o período de Ruth Cardoso como primeira-dama do Brasil:

Novembro de 1998

Durante visita à UniRio (Universidade do Rio de Janeiro), estudantes jogaram notas e moedas de real em sua direção protestando quanto a situação do ensino no país.

D. Ruth minimizou o protesto, afirmando que os manifestantes não tinham "representatividade do meio estudantil".

Setembro de 1998

Foi notícia na época a internação de D. Ruth no Hospital das Forças Armadas depois de uma crise de arritmia cardíaca no Palácio da Alvorada.

Na época com 68 anos, os médicos diagnosticaram na ex-primeira-dama um quadro de arritmia cardíaca, sem comprometimento das funções cardíacas.

Novembro de 1997

A então primeira-dama lançou em Brasília o projeto Voluntários, do programa Comunidade Solidária, para cadastrar pessoas interessadas em prestar serviços não remunerados em entidades sem fins lucrativos.

A iniciativa contou com um investimento de R$ 3 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para a implantação dos centros de voluntariado.

Outubro de 1997

Em 1997, foi alvo de protestos de religiosos e órgãos ligados à igreja ao defender, às vésperas de uma visita do papa João Paulo 2º ao Brasil, a aprovação pelo Congresso Nacional da lei que regulamenta a realização de abortos legais em hospitais públicos.

Na ocasião, bispos da Igreja Católica acusaram D. Ruth de demagogia e agressão ao papa.

Setembro de 1997

Em visita à Inglaterra, a ex-primeira-dama e o então presidente FHC jantaram com a rainha Elizabeth 2ª.

D. Ruth foi presenteada pela rainha da Inglaterra com um serviço de chá de porcelana, enquanto FHC ganhou duas imagens antigas de Londres, um livro de imagens do Reino Unido e dois retratos da rainha com o príncipe Philip com moldura prateada.

Fevereiro de 2000

O carro da ex-primeira-dama foi furtado no Rio de Janeiro no bairro de Laranjeiras (zona sul do Rio). O furto ocorreu quando o motorista da primeira-dama, Gilberto de Souza Passos, jantava na casa de amigos.

O veículo foi achado pelo polícia por acaso menos de 72 horas depois. Ele estava estacionado sem sinais de arrombamento próximo a uma praça no Jardim Botânico (zona sul do Rio).

Dezembro de 2002

Com o mandato de FHC chegando ao fim, Ruth Cardoso anuncia que vai continuar atuando na área social ao ir trabalhar na Comunitas.

Na organização, a ex-primeira-dama assumiu o cargo de presidente de honra e deu seqüência ao trabalho que desenvolvia no comando dos projetos do Comunidade Solidária.



Morre em São Paulo a ex-primeira dama Ruth Cardoso

Mulher do ex-presidente FHC, ela havia sido internada no último fim de semana, mas teve alta ontem




Ex-primeira dama Ruth Cardoso

Janete Longo/AE - 10/11/07

Ex-primeira dama Ruth Cardoso

SÃO PAULO - Morreu às 20h40 desta terça-feira, 24, aos 77 anos a ex-primeira-dama e antropóloga Ruth Cardoso, segundo informou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra. Ruth morreu de infarto fulminante, conforme informação do seu médico cardiologista Arthur Beltrame. Mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ela havia sido internada no último fim de semana no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, mas recebeu alta na segunda-feira, 23.

Veja também:

Serra e Alckmin lamentam morte de Ruth Cardoso

Galeria de fotos da trajetória de Ruth Cardoso

Após receber alta do Sírio Libanês, Ruth foi internada no Hospital do Rim e Hipertensão (ligado à Unifesp), em São Paulo, para passar por um cateterismo. No mesmo dia, foi liberada. Segundo o cardiologista Beltrame, o procedimento foi considerado "bem sucedido." "Ela tinha problemas coronarianos havia mais de seis anos e hoje teve uma morte súbita", afirmou. "O cateterismo foi normal. Os médicos estavam contentes com o resultado, mas a Medicina não é onipotente." Ruth sofria de angina e vinha sentindo dores no peito.

Segundo colaboradores próximos, Ruth Cardoso voltou do hospital em ótimo estado. Estava bem disposta e alegre. "Estávamos combinando mandar um as flores de boas-vindas para ela amanhã (quarta)", disse uma amiga. Os colaboradores da ex-primeira-dama ficaram perplexos.

Por causa da internação de Ruth, FHC não compareceu no último domingo à Convenção Municipal do PSDB em que o partido definiu apoio à candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin a prefeito da capital paulista, contra a adesão ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato a permanecer no cargo.

O PSDB informa, em nota, que as comemorações dos 20 anos de criação do partido, que aconteceriam amanhã, no Senado, foram canceladas em sinal de luto.

Ruth Cardoso

Ruth Corrêa Leite Cardoso nasceu em Araraquara em 19 de setembro de 1930 era antropóloga e foi professora da Universidade de São Paulo (USP), assim como FHC. Deu aulas também em universidades no exterior como a Maison des Sciences de L'Homme (Paris), Universidade de Berkeley (Califórnia) e Universidade de Columbia (Nova York). Foi pesquisadora e conheceu o marido na USP, com quem era casada desde 1953. Teve três filhos.

Era membro da equipe de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap - São Paulo). Publicou vários livros e trabalhos sobre imigração , movimentos sociais, juventude, meios de comunicação de massa, violência, cidadania e trabalho. Durante o mandato de FHC, fundou e presidiu o Comunidade Solidária. Também atuou em ONGs, como a Alfabetização Solidária (AlfaSol).

Ruth Cardoso marcou sua passagem como uma primeira-dama com agenda própria. Com o programa Comunidade Solidária, implementou redes sociais de longo alcance no País, aplicando o conceito de desenvolvimento local sustentável.

A estratégia dos programas de Ruth Cardoso se baseia na identificação das vocações naturais e potencialidades nas comunidades carentes. Com isso, as próprias comunidades são estimuladas a criar e manter programas de geração de riqueza e renda.

O programa original, Comunidade Solidária, foi transformado numa rede de organizações não governamentais voltadas para a criação de oportunidades para populações carentes. Sob o guarda-chuva da ONG Comunitas, as ações são executadas pelo Alfabetização Solidária e Universidade Solidária.

Texto ampliado às 22h33

SÃO PAULO - Morreu na noite desta terça-feira, aos 77 anos, a ex-primeira-dama Ruth Cardoso, segundo informou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

Alisson Louback

Ruth Cardoso

A íntegra da nota oficial diz o seguinte: "Aos 77 anos, faleceu subitamente a professora Ruth Cardoso de cateterismo cardíaco. Um dia antes, ela havia sido submetida a um exame que detectou uma doença coronariana de restrição semelhante a que foi detectada em dois exames anteriores, em 2004 e 2006. A causa da morte foi uma arritmia grave em decorrência da doença coronariana." O laudo é assinado pelos médicos Arthur Ribeiro, Valter Lima e Edson Stefanini, do Hospital do Rim e do Hospital Sírio-Libanês.

Mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que governou o País entre 1995 e 2002, ela havia sido internada no último fim de semana no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mas recebeu alta na segunda-feira após ter sido submetida a um cateterismo.

Segundo Leôncio Martins Rodrigues, professor aposentado de ciência política da USP e da Unicamp e amigo da família, Ruth Cardoso estava junto com o filho no quarto, por volta das 20h. Fernando Henrique participava de uma conferência. "Foi totalmente inesperado. Ontem, conversei com ela, estava bem, fez até piada. Foi uma grande professora, sua morte é uma grande perda", diz Leôncio.

Até o momento, não foram divulgados nem os locais do velório nem do enterro.

Ruth Cardoso já teve problemas cardíacos antes e estava internada para realização de vários exames, a pedido de seu cardiologista. A assessoria da ex-primeira-dama chegou a informar que os resultados do cateterismo mostraram que não haveria necessidade de uma intervenção cirúrgica.

Por causa da internação de Ruth, FHC não compareceu no domingo à Convenção Municipal do PSDB em que o partido definiu apoio à candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin a prefeito da capital paulista, contra a adesão ao prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidato à reeleição.

O PSDB cancelou as comemorações pelos 20 anos do partido, que ocorreriam nesta quarta-feira.

Perfil

Ruth Vilaça Correia Leite Cardoso nasceu em Araraquara, no dia 19 de setembro de 1930. Era doutora em Antropologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).

-Como docente e pesquisadora atuou na USP, Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso/Unesco), Universidade do Chile (Santiago do Chile), Maison des Sciences de L'Homme (Paris), Universidade de Berkeley (Califórnia) e Universidade de Columbia (Nova Iorque).

Era membro associado do Centro para Estudos Latino-Americanos da Universidade de Cambridge (Inglaterra) e membro da equipe de pesquisadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap - São Paulo).

Publicou vários livros e trabalhos sobre imigração, movimentos sociais, juventude, meios de comunicação de massa, violência, cidadania e trabalho.

Durante o mandato do marido, fundou e presidiu o Comunidade Solidária, atual Comunitas, organização responsável por programas sociais e de voluntariado.

(Com informações da Agência Estado e do repórter Plinio Fabio Teodoro, do Último Segundo)


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O lado sombrio da internet

Diogo Mainardi

"O anti-semitismo tem um novo meio de
se difundir: a internet. Depois de Auschwitz,
comentários como os recebidos por Caio Blinder
tinham de restringir-se aos círculos clandestinos.
Agora o anti-semitismo perdeu o pudor"

Caio Blinder recebe um monte de comentários anti-semitas por seus artigos na internet. Em vez de eliminá-los, ele os publica. Além disso, seleciona os mais selvagens e remete-os para mim:

Caio Blinder é um jornalista e apresentador de TV brasileiro de origem judaica (texto retirado da Wikipédia). Só podia, rssss, mais um judeu FDP que teve a sorte de nascer depois do Holocausto, kkkkkkk.

A mensagem é assinada por TimGP. A caricatura nazista do Der Stürmer, do judeu peludo, de orelhas grandes e nariz adunco, agora se transformou num "kkkkkkk". TimGP lamenta que Caio Blinder tenha escapado do Holocausto. Outro leitor, Antonio Aparecido, nega o próprio Holocausto:

Mais de 1 milhão de judeus mortos??... Contem outra estorinha, ou melhor, outra historinha. Não à manipulação da mídia. Sim à história verdadeira, sim aos historiadores antropologistas.

A quem ele se refere? Himmler? Ahmadinejad? Le Pen? Alguns dos maiores historiadores judeus, como Bernard Lewis, argumentam que, nas últimas décadas, surgiu uma nova forma de anti-semitismo. Se os comentários sobre os artigos de Caio Blinder podem ser tomados como amostra, eu diria que o anti-semitismo continua igualzinho ao de 100 anos atrás, usando inclusive as mesmas fraudes dos tempos dos "pogroms":

O que estão fazendo na Palestina é o verdadeiro Holocausto. Quem não conhece que leia a verdadeira história dos sábios do Sião, que foi retirada por divulgar as reais estratégias dos judeus desde 1900 e de como dominariam o mundo.

Apesar de o anti-semitismo continuar igual, ele tem um novo meio de se difundir: a internet. Depois de Ausch-witz, comentários como os recebidos por Caio Blinder tinham de restringir-se aos círculos clandestinos. Agora o anti-semitismo perdeu o pudor. A internet é uma espécie de Cazaquistão de Borat. Qualquer um pode pegar um porrete e malhar o judeu. De vez em quando, até a apresentadora de TV gói, por engano, é mandada para o gueto:

Está na história do povo judeu usar os meios de comunicação em massa para se passar por vítimas e conseguir o que desejam. Vejam o senhor Abravanel e a Xuxa.

No Brasil, o anti-semitismo de esquerda, que se confunde com o anti-sionismo, é muito mais forte do que o de direita. Quando Caio Blinder festejou os sessenta anos de Israel, ao mesmo tempo em que defendeu a idéia de um estado palestino nos Territórios Ocupados, seus comentaristas mandaram-lhe mensagens furiosas, legitimando os atentados terroristas da Al Qaeda e do Hezbollah. O tom foi de "fascista e covarde" até "blitz em você, semita de boca fedida".

A internet tem esse lado sombrio: ela permite que idéias criminosas sejam propagadas abertamente. Anti-semitas e negadores do Holocausto foram condenados em tribunais dos Estados Unidos e da Europa. Se o Ministério Público brasileiro perseguisse judicialmente um ou dois comentaristas dos artigos de Caio Blinder, a internet só teria a ganhar. Cada um tem de ser responsabilizado pelo que diz e faz. Sem isso, o totalitarismo sempre vence, e podemos acabar num gueto com Silvio Santos e Xuxa.

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Liberdade de imprensa

Diogo Mainardi

Franklin Martins? Tem dois minutos, Franklin Martins? Está de bobeira aí no ministério? Já leu a sentença do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro? Viu o que decidiu o desembargador Paulo Mauricio Pereira naquele seu processo contra mim? Pegou muito mal, né? Sobretudo o trecho sobre a liberdade de imprensa. Sorte sua que uma parte da imprensa calcule a própria liberdade na ponta do lápis. Nessas horas, é sempre bom poder controlar a verba de propaganda do maior anunciante do país. Aparentemente, porém, ninguém se interessa em saber se o dinheiro da publicidade estatal é usado para financiar os cupinchas infiltrados na imprensa em detrimento daqueles que fazem somente - como dizer? - jornalismo.

A promiscuidade com o poder público é o maior perigo enfrentado pela imprensa. Eu sei que você discorda, Franklin Martins. Eu sei que você não vê nenhuma estranheza nisso. Mas o desembargador Paulo Mauricio Pereira viu. E os outros dois desembargadores concordaram com ele. Ouça só os termos da sentença que me inocentou:

"Os fatos afirmados pelo primeiro réu em sua coluna [o primeiro réu sou eu] devem ser tidos como verdadeiros, principalmente porque não negados pelo autor [Franklin Martins], além de públicos e notórios. Efetivamente, parentes seus (um irmão, uma irmã e a esposa), exercem ou exerceram funções públicas de confiança no governo, não por força exclusiva de concurso, mas também por livre nomeação dos dirigentes do país.

Induvidoso, também, que o autor veio a ser nomeado pelo Presidente da República para o cargo de Secretário de Comunicações Sociais, com status de Ministro, passando a integrar a cúpula do governo, daí que não se vislumbra qualquer ofensa na conclusão a que chegou o primeiro réu e que deve ser a mesma a que chegaram várias outras pessoas que se interessam pela política, no sentido de que o autor teria proximidade com o poder público e que, por isso, não exerceria sua função de jornalista com a necessária isenção que exige a profissão.

As matérias em foco, rotuladas de ofensivas à honra e à imagem do autor, não contém o ânimo de ofender, injuriar ou difamar, mas apenas de informar uma situação realmente estranha, acrescida da opinião do articulista.

(...)

No caso dos autos a situação ainda é até inusitada, pois temos a ação de um jornalista, defensor da liberdade de imprensa, contra outro jornalista, que usou de tal liberdade de imprensa.

Diante de todo o exposto, dá-se provimento ao primeiro recurso, dos réus, para julgar improcedente o pedido inicial, (...) com inversão dos ônus sucumbenciais, fixada a verba honorária em 20% sobre o valor da causa".

Isso mesmo, Franklin Martins. Cabe recurso. Mas os juízes decidiram - e decidiram unanimemente - que, por dizer a verdade, eu não o ofendi. Eles decidiram também que meus advogados ficam por sua conta. O governo Lula é uma ameaça constante à liberdade de imprensa. Seu azar é que, do outro lado, está a Justiça.

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Diogo Mainardi

Lulo-sarneysismo

Olhe só que farra:

- Uma afilhada de José Sarney está para ser indicada por Lula à Anatel.

- A Anatel está mudando a lei para beneficiar a Oi, que comprou a empresa do filho de Lula.

- Um dos donos da Oi, Carlos Jereissati, é sócio no shopping-center Praia de Belas, em Porto Alegre, de Jorge Murad, o genro de José Sarney.

Se tudo der certo, a árvore genealógica do lulo-sarneyzismo vai ficar assim: Lula nomeia a afilhada de José Sarney, ela muda a lei para favorecer o sócio do marido da filha de José Sarney, cuja empresa bancou o filho de Lula, que assina a lei.

Eu disse certa vez que o desejo de Lula era se transformar num José Sarney. Na verdade, ele foi muito mais longe do que isso: transformou-se num parente. Um parente político e empresarial. Os herdeiros das antigas dinastias européias se uniam em casamento. Os herdeiros das atuais dinastias políticas brasileiras se unem em empresas cotadas na bolsa de Nova York. De um lado, o rei de Garanhuns. Do outro, o rei do Amapá. No meio dos dois, o ducado tucano do Ceará.

De uns tempos para cá, sempre que eu denuncio alguma estranheza, os leitores reagem repetindo o mesmo mantra:

- Isso não vai dar em nada.

A estranheza denunciada neste podcast se refere à parceria entre o dono da Oi e os familiares de José Sarney, que cria mais um conflito de interesse na Anatel, como se não bastasse a empresa do filho de Lula. Qual será o resultado prático dessa denúncia? Nenhum. A afilhada de José Sarney será aprovada pelo Senado. A Anatel mudará a lei para permitir a venda da Brasil Telecom à Oi. O BNDES financiará o negócio. Carlos Jereissati controlará a companhia tendo menos de 3% de seu capital. Daniel Dantas aumentará seu rebanho de gado no Pará.

Mas é assim que funciona a imprensa. Quem tem o papel de julgar os políticos é a magistratura. Quem tem o papel de mudá-los é o eleitor. A imprensa pode somente noticiar e comentar os fatos. É pouco? Claro que é pouco. É melhor gastar seu tempo comigo ou com Tolstói? Claro que é melhor gastá-lo com Tolstói. A escolha para o jornalista diante de uma notícia é muito simples: consiste em publicá-la ou sonegá-la. Publicá-la nunca dá em nada. Sonegá-la sempre dá em algo ainda pio

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