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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

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26/10/2008 free counters

Oliveira leva ‘Loira’ a Berlim

Cinema: Realizador português muito aplaudido


É um Manoel de Oliveira genuíno aquele que ontem recebeu aplausos no final dos 64 minutos de ‘Singularidades de uma Rapariga Loira’, adaptação de um conto de Eça de Queiroz. No filme do seu centenário que levou ao Festival de Berlim nota-se o regresso de actores familiares, o tema do domínio feminino, a composição perfeita dos planos e a exemplar direcção de actores.

Durante uma viagem de comboio para o Algarve, o contabilista Macário (Ricardo Trêpa) comenta a uma passageira (Leonor Silveira) a paixão pela menina Luísa (Catarina Wallenstein) e as tais singularidades do título. "Não toquei no diálogo do Eça; está como ele o escreveu", disse, em conferência de imprensa, quem hoje será homenageado pela organização.

Ao CM, confirmou que quer levar a Cannes o próximo filme, ‘O Estranho Caso de Angélica’. "Vamos lá ver, se tenho tempo", adiantou. "E se estou vivo! Fazer um filme demora muito tempo e é necessário muito dinheiro. Mas, se puder, levo um a Cannes, outro a Berlim e outro a Veneza...", gracejou.

ANJOS NEGROS DO IRAQUE

Apresentado ontem em competição, ‘The Messenger’ é o último filme sobre a guerra no Iraque. A obra de Oren Moverman (argumentista de ‘Não Estou Aqui’) tem Ben Foster (melhor interpretação masculina) e Woody Harrelson como os anjos negros que comunicam às famílias mortes de soldados.

Foster é dominador na segurança como dá a notícia e na fragilidade ao apaixonar-se pela viúva de um soldado (Samantha Morton).

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26/10/2008 free counters

Morreu segunda vítima de doença das “vacas loucas” em Portugal

12.02.2009 - 19h48 Romana Borja-Santos
Uma rapariga com 16 anos infectada com Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE) morreu hoje em Portugal, informou a Direcção-Geral da Saúde, em comunicado. Esta é a segunda vítima no país da “doença das vacas loucas” mas, segundo a DGS, não há registo de mais infectados.

A vítima tinha 14 anos quando lhe foi diagnosticada, em Fevereiro de 2007, uma possível variante de Creutzfeldt-Jakob. Durante estes dois anos a rapariga foi acompanhada por médicos e enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde e por técnicos da Segurança Social. A primeira vítima foi um adolescente do sexo masculino. O rapaz de 14 anos morreu em Julho de 2007 em Famalicão e a doença foi confirmada na autópsia.

No comunicado, assinado pelo director-geral Francisco George, a DGS diz também que “relativamente a este caso estão a ser observadas todas as normas nacionais e europeias previstas para estas situações” mas a identidade da vítima não será revelada nem serão dados mais pormenores “de forma a proteger a família enlutada”.

A variante clássica da doença de Creutzfeldt-Jakob - não relacionada com a BSE e com o consumo de carne bovina - afecta, em média, 10 a 15 portugueses por ano, mas o primeiro caso de contágio da variante mais agressiva da doença foi registado há cerca de quatro anos. Segundo dados da Direcção-Geral de Saúde, entre 2000 e 2006 foram notificados cerca de 50 casos da variante clássica da doença de Creutzfeldt-Jakob em Portugal, entre os 14 e os 75 anos. Contudo, a DGS está preocupada porque o número de notificações tem decrescido - o que não significa que não haja infectados. Em 2008 foram apenas identificados quatro casos.

A BSE é uma doença neurodegenerativa que afecta o gado. Descoberta nos anos 80, pensa-se que tem como agente patogénico uma proteína especial, chamada prião, e que é transmissível ao homem, contagiando-o com uma doença semelhante, uma variante da doença de Creutzfeldt-Jakob. Este tipo de encefalopatia espongiforme caracteriza-se pela degeneração esponjosa do cérebro. O diagnóstico só pode ser confirmado cientificamente após a morte do paciente, com recurso a uma autópsia e a exames ao tecido cerebral.

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26/10/2008 free counters

O realizador apresentou "Singularidades de Uma Rapariga Loura"


O realizador apresentou "Singularidades de Uma Rapariga Loura" fora de concurso em Berlim
Manoel de Oliveira: "Não tenho mérito nenhum nos meus cem anos"
10.02.2009 - 09h46 Jorge Mourinha, em Berlim
Manoel de Oliveira é hoje homenageado pela organização do Festival de Berlim, que lhe atribuiu o prémio especial Berlinale Kamera pelo conjunto da sua carreira, entregue na estreia mundial, fora de competição, do seu novo filme, "Singularidades de Uma Rapariga Loura", que decorre esta noite na capital alemã.

Mas a adaptação de Eça de Queiroz pelo mestre centenário foi mostrada em antecipação à imprensa ao fim da tarde de ontem. Os 250 jornalistas que enchiam a sala receberam o filme (que dura apenas 64 minutos) com risos de reconhecimento, aplausos entusiastas e alguma perplexidade, consoante conhecessem a obra do cineasta ou a descobrissem pela primeira vez, e quase não houve abandonos.

Após a sessão, Manoel de Oliveira respondeu durante cerca de uma hora a perguntas entusiastas de jornalistas maioritariamente europeus, numa conferência de imprensa pouco concorrida devido ao horário tardio, sobreposto ao início das projecções da noite.

O cineasta, que admitiu "não ter mérito nenhum nos meus cem anos - é um capricho da natureza", explicou que a sua decisão de filmar Eça de Queiroz "já tardava".

Oliveira não tocou no diálogo original, que manteve intacto, mas actualizou a acção para os nossos dias. "A Lisboa do século XIX era completamente diferente e tornava-se caro e difícil reconstituí-la."

Admitindo que se trata de um filme sobre "valores essenciais que na modernidade se perderam", o cineasta apontou a actualidade da história - "a situação do Macário", o herói nominal da história, guarda-livros que ganha e perde uma fortuna, "é semelhante à situação dramática [que se vive hoje em dia]".

Também presentes na conferência de imprensa, os actores Catarina Wallenstein, Ricardo Trêpa (neto do realizador) e Filipe Vargas e os produtores François d'Artemare e Luis Miñarro elogiaram a visão de Oliveira.

François d'Artemare, que trabalha aqui pela segunda vez com o realizador após Cristóvão Colombo - O Enigma, realçou: "O filme já está montado na cabeça do Manoel. Ele tem uma capacidade de concentração e de trabalho únicas, fixa no início da rodagem uma linha e segue-a até ao fim. Já traz o trabalho de casa feito, e isso permite-lhe fazer dois, três, quatro filmes por ano."

Três filmes por ano
"Oxalá possa eu fazer até três filmes por ano como sugeriu o François," disse mais tarde Manoel de Oliveira, que confessou esperar ter o seu próximo filme pronto para Cannes, embora não tenha ainda certezas se isso será possível.

Ao longo da conferência de imprensa, o realizador citou cineastas com quem sente afinidades, como Luis Buñuel, Robert Bresson, "os mestres alemães como Fritz Lang, Murnau ou Lubitsch", ou Orson Welles, mas confessa não acompanhar o que se faz hoje em dia.

"Em casa tenho imensa falta de espaço e na vida tenho imenso falta de tempo, e não dou solução nem a um nem a outro. Mas há um realizador português de que gosto muito, o Pedro Costa, que tem um modo de filmar muito correcto. Uma vez, ele disse-me que eu filmava os ricos, ele filmava os pobres. Respondi-lhe que eu filmo as almas - e as almas tanto há nos ricos como nos pobres", afirmou o cineasta Manoel de Oliveira.

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26/10/2008 free counters

Singularidades de um diretor centenário: Manoel de Oliveira em Berlim



Cineasta português é homenageado na capital alemã pelo conjunto de sua obra. Após exibição de seu último filme, o diretor de 100 anos de idade falou com o público e se mostrou altamente lúcido e bem-humorado.

Na platéia do Cinema Paris na noite da última terça-feira (10/02), espectadores desavisados teriam sem problemas acreditado que o cineasta ali presente teria "em torno de 70 anos". Manoel de Oliveira, lenda viva do cinema português, não só permanece inacreditavelmente ágil depois de ter completado 100 anos em dezembro último, como não perde a perspicácia e o bom humor.

Com a "Berlinale Kamera" nas mãos, o diretor agradeceu a organização do festival pela homenagem, falou da contribuição do cinema alemão para a cinematografia mundial e lembrou a compra de sua primeira Arriflex em Munique, nos anos 1950. "Com ela fiz meu primeiro filme em cores", afirmou o diretor, dizendo-se "particularmente sensibilizado" pelas homenagens recebidas em Berlim.

"Tocar nos personagens de Eça de Queiroz seria um crime"

Ao lado do neto Ricardo Trêpa, protagonista de seu último filme exibido no festival – Singularidades de uma rapariga loura – e de outros membros do elenco, Manoel de Oliveira explicou por que a opção pelo comportamento contemporâneo dos personagens, num filme situado no século 19: "Tocar nos personagens de Eça de Queiroz seria sobretudo um crime. As histórias se repetem, mas na verdade não há nada de novo. É sempre a mesma coisa: as histórias de amor têm infidelidade, morte, ciúme, ódio, inveja. É sempre a mesma coisa", disse o diretor referindo-se ao conto do escritor português que deu origem ao filme.

Singularidades de uma rapariga loura mantém a parcimônia do conto original, que é "uma das melhores histórias de Eça, embora curta e pouco conhecida", segundo Manoel de Oliveira. Não há nem mesmo uma trilha sonora de fundo, exceto no momento em que uma das personagens toca uma peça de Claude Debussy na harpa. "Eça de Queiroz escreveu de modo extremamente simples. No conto, só há o essencial, o extremamente necessário para contar a história. Nem mais, nem menos. No filme é exatamente igual, não mudei nada", diz o diretor.

Cenário contemporâneo

Cena de 'Singularidades de uma rapariga loura'Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Cena de 'Singularidades de uma rapariga loura'A narrativa é situada no século 19, mas o cenário é a Lisboa contemporânea. "Para fazer esse filme como no século 19, eu teria que dispender muitos recursos, para, por exemplo, simular a Lisboa daquele tempo. Resolvi contar a história de outra forma, a caminho do Algarve". No interior de um trem, o protagonista do filme conta para uma mulher desconhecida, que está sentada a seu lado, as singularidades de uma certa "rapariga loura" que tanto o fizeram sofrer. O diálogo entre esses dois personagens conduz a narrativa.

A mulher que ouve, interpretada por parte da crítica até mesmo como uma cega, não olha para o interlocutor. "Não é obrigatório ficar olhando quando se fala com outra pessoa. Ela não olha talvez por um certo pudor, ela mantém uma certa distância. O que importa é que ele está ali mais a contar para ele próprio. E se ela está a ouvir, não precisa dos olhos, mas sim dos ouvidos", brincou o diretor.

Bom humor, diga-se de passagem, é o que não falta a Manoel de Oliveira. Ao lado da intérprete que traduzia as perguntas do público para o português e suas respostas para o inglês, ele terminou a noite, para o deleite da platéia, com a seguinte observação: "Minha dificuldade não é fazer filmes, mas falar inglês". (sv)

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26/10/2008 free counters

Rapariga de 16 anos morre vítima de Creutzfeldt-Jakob


Segundo óbito em Portugal causado por nova variante da doença que ataca pessoas jovens


PEDRO OLAVO SIMÕES E ALEXANDRA LOPES

Sara já não reconhecia ninguém. Em 2007, o diagnóstico roubou a esperança. Morreu ontem e é a segunda vítima, em Portugal, da variante da doença de Creutzfeldt-Jakob que o vulgo associa às vacas loucas. Tinha 16 anos.

Tecnicamente, a causa da morte é, apenas, uma forte probabilidade, pois esta doença incurável e fatal não pode ser diagnosticada com toda a certeza em vida (ver caixa). Mas isso seria um detalhe pouco importante para aquela família de Bairros, Vila Nova de Famalicão, que cedo entendeu que a "menina alegre e estudiosa, que gostava muito de música" - palavras do pai, David Pereira - caminhava para um fim precoce e cruel. O consumo de carne de vaca contaminada terá sido, tudo o indica, a causa da doença, o que se confirmará se esta for a nova variante que ataca pessoas jovens e que, há menos de dois anos, vitimou um rapaz das redondezas.

Em comunicado, o director-geral da Saúde, Francisco George, anunciou a morte da rapariga, que vinha sendo acompanhada desde há dois anos. Explicando que "estão a ser observadas todas as normas nacionais e europeias previstas para estas situações", esclarece ainda que "este é o segundo óbito registado em Portugal com diagnóstico de Creutzfeldt-Jakob, não havendo outros casos notificados até à presente data" (trata-se de uma doença de notificação obrigatória).

Na freguesia de Bairro, o drama nada teve a ver com estatísticas e, embora o desenlace fosse esperado, pôs em choque todos os que eram próximos de Sara Patrícia. Foi pela manhã, quando lhe davam banho, que as técnicas da Segurança Social que a acompanhavam notaram algo de anormal: a rapariga entrou em paragem cardio-respiratória e as tentativas de reanimação, feitas por bombeiros e pelo INEM, nada adiantaram.

No quarto onde permaneceu acamada e onde morreu, posters nas paredes lembram o gosto que Sara tinha pela música e pela vida. Aos 14 anos começou a sentir-se mal e a ter dificuldades de locomoção. Uma primeira consulta médica nada detectou, um primeiro internamento em Famalicão também não, e só no Hospital de S. Marcos (Braga), onde esteve "três ou quatro meses", se percebeu o que realmente estava a acontecer. Não voltou à escola em Riba de Ave, onde frequentava o 8.º ano, e só andou cerca de um mês pela casa em cadeira de rodas, ficando na cama desde então. Para lhe dar apoio em permanência, os pais tiveram de ficar de baixa, contando com apoios de particulares para superar as dificuldades acrescidas.

Esta nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob tem, como se disse, a particularidade de atacar pessoas mais jovens, em contraste com a variante tradicional da doença. Embora a doença permaneça pouco clara quanto à forma como é contraída (é certo, porém, que não se transmite de pessoa a pessoa), esta nova variante parece claramente associada ao consumo de carne de bovinos contaminados com BSE (encefalopatia espongiforme bovina), conhecida por "doença das vacas loucas". Perda da capacidade intelectual, cansaço ou espasmos musculares são alguns sinais desta doença que afecta o cérebro e que, à luz do conhecimento presente, é mortal e incurável.

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26/10/2008 free counters

"Tributos deixam-me comovido"


Manoel de Oliveira confessa-se profundamente sensibilizadocom a dimensão internacional das comemorações do seu centenário

2008-12-11

SÉRGIO ALMEIDA
foto Bruno Simões Castanheira/JN
"Tributos deixam-me comovido"
Falar com Manoel de Oliveira equivale a entrar num tempo que, sendo o nosso, é também imemorial

O discurso continua a fluir tão cativante como sempre e, não fossem os ligeiríssimos lapsos de memória ou a lendária tendência para a dispersão, dir-se-ia imune à passagem dos anos. Falar com Manoel de Oliveira equivale a entrar num tempo que, sendo o nosso, é também imemorial, por saber abarcar com propriedade a juventude e a experiência, sempre entralaçadas pela sabedoria.

Das inúmeras homenagens de que tem sido alvo ao Porto de hoje, passando pelas tendências do cinema, de tudo falou com desassombro o único realizador mundial em actividade cujo trabalho remonta ao cinema mudo. Só um tema parece perturbá-lo: o Oscar, a que diz não atribuir importância.

Recorda-se de há quanto tempo não tem um dia só para si?

Os meus dias são ocupados como os de toda a gente, presumo… Levanto-me da cama e faço o que é necessário. Tudo isso leva tempo e requer algum esforço. Mas disso se poderão queixar todos os seres vivos, até as aves que passam os dias nas árvores em busca de alimento.

Refiro-me a um dia em que não esteja a filmar. Já não concebe a sua vida sem essa agitação permanente?

É difícil. Ainda agora, na rodagem de "Singularidades duma rapariga loira", temos trabalhado todos os dias, até aos domingos. Durante a filmagem, não penso senão naquilo. Fora disso, tenho que pensar na minha vida particular, que é complexa, como a de toda a gente. Há faxes, emails, telefones a responder… Felizmente, não tenho telemóvel. Caso contrário, passaria a vida agarrado a ele, tal como fazem as restantes pessoas, que não se apercebem de que estão a falar sozinhas.

Há um ano, dizia que gostava de comemorar o 100º aniversário num ambiente recatado e próximo da família. No entanto, pela dimensão das comemorações, reconhece que não será fácil que isso venha a acontecer…

Não vai ser realmente possível, dada a proporção que a data acabou por tomar. Mas já festejei nos últimos dias o aniversário de casamento. O 68º, para ser mais exacto. Quanto aos meus 100 anos, vou celebrá-los ao lado da minha família cinematográfica, que também é importante. No dia 12, irei comemorar, no Porto, junto da minha verdadeira família.

Mas não se sente algo contrariado por ter perdido a dimensão intimista do seu aniversário?

Não se fazem 100 anos todos os dias… Constatar o interesse das pessoas acaba por ser muito estimulante. Não há indiferença, o que muito me agrada. Por isso, a satisfação é dupla: chegar a esta idade e verificar também que há muita gente com vontade de congratular-me. Esse clima de festa atenua todos os esforços que fiz ao longo dos anos.

Todas essas solicitações não retiram tempo precioso para filmar?

A produção preserva-me para que tenha o devido tempo livre. Quando filmo, só penso naquilo e não sou perturbado. É a minha necessidade privada e só isso me dá o devido descanso. O trabalho em equipa é fundamental. Faz-me lembrar a construção de uma catedral: por muito destaque que mereça o arquitecto, a verdade é que sem os pedreiros a obra não é levada a cabo…

Como tem visto todos estes tributos de que é alvo?

Tudo isto me comove, como não poderia deixar de ser. Sou uma pessoa sensível. Ainda há meses, Serralves organizou uma mostra extraordinária sobre a minha obra. Não posso dizer que haja fadiga ou cansaço. Tudo isto me dá forças, anima-me.

As manifestações de apreço que deve receber na rua também não o deixam indiferente.

Sim, claro. É frequente isso acontecer, seja em Lisboa, no Porto ou em qualquer outro lugar. Os jornais, a rádio e a televisão são um elemento fundamental para o conhecimento de uma obra. Sem eles, as pessoas não sabem sequer da existência de um filme. Esta fama que me vem aureolando não nasce por acaso: vem da minha presença no espaço público.

Tem noção de que muitas dessas manifestações de apreço vêm de pessoas que mal conhecem a sua obra?

... Ou não a conhecem de todo. Basta terem-me visto no jornal e querem que assine um autógrafo ali mesmo na rua. Essa perseguição é estimulante, ainda que me fatigue um pouco.

Por que motivo, apesar de ser uma figura estimada de muita gente, as pessoas vão tão pouco ao cinema ver os seus filmes?

São humanas, apenas isso. A Humanidade nidifica-se com qualquer gesto que sublime a sua própria humanidade. Por exemplo, não sei nada de ciência, mas admirei sempre o Einstein. Quanto mais não fosse, por achar que o universo é o corpo de Deus.

A Câmara do Porto anunciou que vai entregar-lhe as Chaves da Cidade. Há algum sentimento especial por ser a mais alta distinção da sua cidade?

Nada me foi perguntado e, nessas circunstâncias, não faz sentido receber o prémio. Os meus problemas com os Câmara do Porto remontam aos três presidentes mais recentes, mas o actual último tem sido o pior e agravou ainda mais a situação. A Câmara só existe enquanto representação dos cidadãos e o actual presidente não representa grande coisa.

Não vai aceitar, portanto.

Não vou receber coisa nenhuma porque, como disse, não fui consultado. Só tive conhecimento quando o assunto chegou aos jornais. Tenho recebido tantas provocações e ofensas que não faz sentido agora que a Câmara queira fazer um aproveitamento da ocasião para homenagear-me. Contradiz o comportamento dos representantes da autarquia para comigo ao longo dos anos. Tenho um grande amor à cidade e aos portuenses, pois trata-se da terra onde nasci, vivo e provavelmente irei morrer. Se fossem os portuenses a atribuir-me o galardão, seria diferente.

Está desiludido com o folhetim da Casa-Museu?

Estou, isso sim, cada vez mais desinteressado, porque não procuro benesses. Repito: só faria sentido se fosse espontâneo, o que não é o caso.

Olhando para o seu percurso, vemos que não é um nostálgico, mas, ao olhar para o estado do Porto, sente saudades dos outros tempos?

Assumo que sou muito nostálgico em relação ao Porto de antigamente. Sofro muito. A cidade tem vindo a perder cada vez mais as suas características. Até o Bolhão querem fazer desaparecer para lá criar um supermercado. É inconcebível. Tudo isto na ânsia de ganhar dinheiro. É pura gulodice. Sou do tempo dos pequenos comerciantes que se espalhavam pela cidade e as senhoras iam de loja em loja escolher tecidos. A Agustina dizia que essa proximidade substituia o psicólogo ou o padre, pois dava segurança psicológica. Agora, está tudo concentrado em grandes superfícies com ar viciado. Compras, cinema, refeições… tudo é feito lá. A vida decorre toda ali, tornando-se artificial. Com isto, a Baixa fica cada vez mais desertificada.

Pensa muito no passado?

A melancolia que por vezes me assalta faz-me pensar muito no passado. Recordo-me, por exemplo, da última reunião de família que fizemos. Só do lado do meu pai estavam 75 primos direitos! Pois bem: hoje, não tenho um amigo daquele tempo. Desapareceu tudo. Toda a gente se perde. Com a cidade também acontece isso. Para a gente nova, que nunca conheceu outro tempo, tudo isto é impensável. Lembro-me que a cidade festejava cada novo prédio que se fazia, tão raro era. Hoje, não há um cinema. Um só. Tudo isto acontece na terra que acolheu a primeira exibição cinematográfica em Portugal, um ano depois da invenção dos irmãos Lumière, com o filme sobre a saída do pessoal operário da Camisaria Confiança . Não há muitas coisas que saiba, mas há uma acerca da qual tenho a certeza: a juventude é o melhor período da nossa vida. É aí que as nossas convicções são mais fortes e estamos dispostos a defendê-las contra tudo e contra todos. As certezas de ontem transformaram-se nas dúvidas de hoje.

A perda dos que nos são próximos é mesmo o pior que a passagem dos anos traz?

Nós somos um bicho sentimental. Além de perdermos esses amigos, nós próprios perdemos a juventude, um momento único. Só nos apercebemos de quão felizes fomos quando esses momentos passam e a juventude também já pertence ao passado.

Afirmou que, hoje, as suas dúvidas são superiores às certezas. Não acha, no entanto, que a experiência nos torna mais confiantes e seguros?

A experiência que tenho é do tempo da experiência. Vejamos um exemplo: compramos um computador e, mal tivemos ainda tempo de trabalhar com ele, quando já um novo modelo entra no mercado. Para mim, esse problema nem se põe, porque não sei trabalhar com computadores, nem quero. A minha ambição é trabalhar da forma mais simples possível. O que me importa são as ideias e a sua transposição. Em suma, a sabedoria deriva da experiência e, como esta já não existe, não há sabedoria.

Ao fim de tantos anos e tantos filmes, a rodagem agora é quase mecânica ou o processo criativo é sempre árduo?

É a diferença entre o artesanato e a indústria. Esta cria um modelo e repete-o mil vezes. Já o artesanato nunca se repete. Mesmo quando é igual, há diferenças. É nesta categoria que vejo o cinema enquanto expressão artística.

Com as características actuais do mercado cinematográfico…

Não gosto da palavra "mercado".

Indústria cinematográfica.

Não há indústria cinematográfica. Essa é a da repetição, que faz as mesmas telenovelas vezes sem conta. Os filmes de arte não se repetem. Como disse: são uma característica do artesanato. Uma coisa é a expressão, que faz parte da arte, seja literatura, teatro, etc, outra é a indústria. Para mim, indústria é a dos laboratórios, das películas, dos vídeos. Isso é técnica, ciência; outra coisa bem distinta é a arte. No entanto, a técnica pode ajudar a arte. Para os pintores, a indústria faz as telas e as tintas, mas não pinta. O que pinta é a expressão e isso não é indústria, nem tem por fim ganhar dinheiro. Isso é deturpação.

Que nome dá, então, às grandes produções de Hollywood?

Acabam por ser indústria e por isso mesmo é que são maus. O próprio Francis Ford Coppola escreveu recentemente contra isso, opondo-se aos filmes que nem dão tempo para pensar.

Já conseguiu que o Ministério da Cultura prolongasse o apoio aos seus filmes para lá da data prevista, ou seja, os 100 anos?

Estou certo de que o ministério irá apoiar-me e aos demais. Mas fazer filmes para ganhar dinheiro é deturpar a arte. Explorar um actor ou uma vedeta até ao fim, como foi o caso da Marilyn Monroe, parece-me algo obsceno. Depois, há outro problema: essa indústria produz muito lixo e, com tanto lixo atómico, não sabe, depois, onde há-de colocá-lo.

Confirma que "O estranho caso de Angélica" vai ser o próximo filme?

Não vai ser, é. Não tenho é garantias de que vai ser concretizado. Aguardo pela ajuda do ministério, como tem acontecido. O apoio do Estado garante apenas metade da verba. A restante procuro angariá-la. Estou confiante. Quando se faz um filme, põe-se em movimento uma equipa completa, ou seja, dá-se trabalho a muita gente, além dos laboratórios. Ainda hoje se tiram cópias do "Douro, faina fluvial", feito em 1931! A verdade é que oEstado ganha dinheiro com os filmes que apoia, até pelos impostos que cobra. E ganha nomeada também: os filmes correm Mundo e dão nomeada ao país.

Custa-lhe muito esse trabalho burocrático?

Acho horrível! Se fosse milionário, fazia o que queria. Mas nunca fui rico. Mesmo quando fiz filmes sozinho, em cinco ocasiões, nunca perdi dinheiro. Pelo menos, cobria as despesas. Agora, com o actual sistema de distribuição, o controlo do filme foge às nossas mãos. Veja-se o que acontece com a poderosa Lusomundo…

Tem más relações com essa empresa?

Eu não! Eles é que têm más relações comigo. Muito más mesmo…

Com tantos prémios já recebidos, quase só lhe falta o Oscar de consagração.

Não fale nisso, porque é fatal. Hollywood premeia, em geral, filmes comerciais. Para mim, é muito mais importante ter recebido o Prémio Kurosawa, em São Francisco, por exemplo. Não percebo essa obsessão generalizada com o Oscar. Quando há a entrega desses prémios, todos os jornais do Mundo publicam o assunto na primeira página com destaque, mas se o prémio for italiano ou francês não merece mais do que umas linhas no interior do jornal. (exaltado) Por que é que os jornalistas enaltecem estupidamente um prémio e esquecem todos os outros?

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26/10/2008 free counters

Berlim distingue Manoel de Oliveira



Manoel de Oliveira recebeu, esta terça-feira, no Festival de Berlim, a Berlinale Kamera. O galardão, entregue antes da estreia de "Singularidades de uma rapariga loura", distingue personalidades com grande ligação ao certame.

No dia anterior, o cineasta homenageou o escritor Eça de Queiroz, após a apresentação à imprensa de "Singularidades de uma rapariga loura", adaptação de um conto do escritor do século XIX.

"Já tinha filmado obras de um autor romântico como Camilo Castelo Branco e agora foi a vez de filmar Eça de Queiroz, que trouxe para Portugal o realismo romanceado", afirmou o centenário realizador durante uma conferência de Imprensa de mais de uma hora na capital alemã.

Questionado sobre a sua idade, Oliveira fez questão de sublinhar que não tem mérito em ter completado 100 anos, o que considerou "um capricho da Natureza", pelo qual não se sente responsável. "Mas, quanto aos filmes, bons ou maus, sou responsável por eles", frisou.

Vários jornalistas quiseram também saber por quanto tempo é que o cineasta mais idoso do Mundo vai continuar a produzir filmes. "Gostaria de fazer três por ano, um para Berlim, outro para Cannes e outro para Veneza, que são os festivais mais fortes, sem desprimor para os outros", retorquiu Oliveira.

"A intenção é boa, mas quanto tempo é que ainda demoro por cá não depende de mim. A idade e a felicidade dependem de forças obscuras", precisou.

Sobre o filme que estreou mundialmente ontem, na secção Berlinale Special do Festival de Berlim, Manoel de Oliveira sublinhou que tem "algumas semelhanças com a realidade actual e com o que acontece com os bancos".

A situação de Macário, que se apaixona por Luísa, uma rapariga loura, e tenta fazer fortuna para casar com ela, mas é enganado por um amigo a quem serve de fiador, "centra-se numa só pessoa mas "tem uma certa equivalência com o que se passa hoje", sublinhou o realizador português.

Os jornalistas acolheram o fi-lme com tímidos aplausos.

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26/10/2008 free counters

Nokia e Facebook querem site de relacionamento para celulares

O site de relacionamentos Facebook está em conversações com a empresa de telefonia móvel finlandesa Nokia, uma das maiores do setor, para oferecer uma versão da rede que possa ser acessada de um celular, informou nesta quinta-feira (12) o Wall Street Journal.

Reprodução
Nokia e Facebook estariam em negociação para site de relacionamentos, afirma "WSJ"
Nokia e Facebook estariam em negociação para site de relacionamentos, afirma "WSJ"

Um dos pontos de discussão reside na informação à qual o Facebook poderá ter acesso, já que o grupo finlandês não deseja que se possa compilar dados referentes à navegação dos usuários em seus aparelhos.

O Facebook também realiza conversa similares com a Motorola, diz o jornal.

Há ainda a informação de que o concorrente MySpace já elaborou aplicativos específicos destinados aos aparelhos BlackBerry da RIM e iPhone da Apple.

Com 1,2 bilhão de visitas no total, o Facebook estava, no mês de janeiro, no primeiro lugar dos sites de relacionamento, à frente do MySpace.

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26/10/2008 free counters

Dilma, o ensaio


Sozinho na cobertura, Cristiano Romero destaca no "Valor" como Dilma Rousseff já "ensaia discurso de campanha". Não a forma, mas o conteúdo. Em entrevista, a presidenciável defendeu manter as alianças como fundamento para "a continuidade do projeto", agora partindo para "a reforma do Estado".

Evocou Getúlio Vargas e Leonel Brizola, ela que optou pelo trabalhismo de ambos, não de Lula, até 99. "O trabalhismo tinha sido o grande movimento de massas da resistência e da tentativa das reformas urbana, agrária etc. O golpe de 64 foi feito contra o trabalhismo."

Por outro lado, "diante do silêncio da Globo em relação à pesquisa Sensus", que indicou a viabilidade eleitoral de Dilma, Laurindo Leal Filho defende no site Carta Maior "começar já a analisar a cobertura das eleições de 2010 pelo 'Jornal Nacional'". Remete ao livro "Telejornalismo e Poder nas Eleições Presidenciais", lançado pela Summus, que começou cedo seu levantamento da última campanha e registrou como Geraldo Alckmin recebeu 68,6% de cobertura positiva do "JN" contra 16,4% para Lula.

Globo & São Paulo - Em resposta ao Radar On-line, que noticiou que a série "A Lei e o Crime" bateu a Globo no Rio por 24 a 16, o blog de Patrícia Kogut no Globo Online informa que "em São Paulo, na mesma faixa horária, a Globo deu 24 a 15".

Menor - O Radar On-line informa que "no último momento" o grupo RBS desistiu da Maior, empresa de mídia externa que seria criada em sociedade com o grupo ABC, de Nizan Guanaes e Armínio Fraga. A Maior vai sair "assim mesmo", para atuar no mercado paulista, sob direção de Paulo Zottolo, do Cansei.


Blog da coluna "Toda Mídia"

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26/10/2008 free counters

Hamas diz que cessar-fogo em Gaza deve ser anunciado em 3 dias


GAZA (Reuters) - Um acordo de cessar-fogo de longo prazo em Gaza, mediado pelo Egito, entre Israel e o Hamas deverá ser anunciado nos próximos três dias, de acordo com o grupo islâmico.

"A maioria dos obstáculos que nos impedia de chegar a um acordo foram resolvidos e um anúncio é esperado em três dias", disse à Reuters Taher al-Nono, membro da equipe de negociação do Hamas no Cairo.

Nono disse que um acordo asseguraria o fim da violência entre militantes palestinos na Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islâmico Hamas, e Israel e a abertura de todos os postos de fronteira do território.

Autoridades israelenses não comentaram as afirmações.

Um acordo de longo prazo substituiria um frágil cessar-fogo anunciado separadamente por Israel e Hamas, no dia 18 de janeiro, e que pôs fim à ofensiva militar israelense de 22 dias contra militantes do Hamas na Faixa de Gaza.

Cerca de 1.300 palestinos e catorze israelenses morreram na ofensiva, iniciada em 27 de dezembro de 2008.

O Egito propôs um processo em várias etapas que se iniciaria com a declaração de cessar-fogo, um acordo para a troca de prisioneiros, a reabertura dos postos de controle de Gaza com Israel e o Egito e conversas de reconciliação entre facções palestinas rivais.

O Hamas exige que Israel liberte 1.400 prisioneiros palestinos em troca do soldado israelense Gilad Shalit, capturado por militantes de Gaza em uma invasão da fronteira em 2006. Diplomatas disseram que Israel libertaria cerca de 1.000 detentos.

Nono disse após reunião com o chefe de inteligência egípcio Omar Suleiman que um "progresso significativo" havia sido feito nas questões centrais para se chegar a um acordo com Israel, a reconstrução de Gaza e a abertura dos postos de fronteira.

Israel aumentou o bloqueio imposto à Faixa de Gaza após militantes islâmicos do Hamas capturarem o território, em 2007, de forças leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina Mahmoud Abbas, apoiado por países ocidentais.

Nono acrescentou que o Egito convidou os líderes das facções palestinas a visitar o Cairo no dia 22 de fevereiro para conversas de reconciliação.

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26/10/2008 free counters

Trailer de "Operação Valquíria"





Divulgação | 12.02.2009

Filme de Bryan Singer cujo lançamento mundial trouxe Tom Cruise ao Rio, conta a história real de uma operação para matar Hitler

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26/10/2008 free counters

Spain officially in recession



Figures show that Spain is officially in recession
Figures show that Spain is officially in recession

Spain's National Statistics Institute has confirmed that the country was in a recession after the economy shrunk by 1% in the final quarter of 2008.

The fourth-quarter figure followed negative growth of 0.3 per cent in the third quarter. Two successive quarters of negative growth is one common definition of a recession.

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26/10/2008 free counters

Japan linked to £7.5bn trains deal



An artist's impression of a train which will be built under a new £7.5 billion contract
An artist's impression of a train which will be built under a new £7.5 billion contract

The Government is facing growing controversy after awarding a £7.5 billion contract to build new trains to a consortium including a Japanese company which will carry out some of the work in its own country.

Unions and Labour MPs questioned the announcement that 12,500 jobs will be created or safeguarded through the deal to build and maintain a fleet of new "super express" trains for the Great Western and East Coast main lines, replacing existing 20 to 30-year-old high speed trains.

Agility Trains - made up of Hitachi, John Laing and Barclays - said it had drawn up a shortlist of three sites in Sheffield, Ashby de la Zouch in Leicestershire and Gateshead for a new factory, which will eventually employ up to 500 workers.

The announcement was a blow to a rival consortium bidding for the contract, which included Bombardier, the only company making trains in the UK, with a factory in Derby, employing more than 2,000 workers.

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26/10/2008 free counters

Politician refused entry to UK



Dutch politician Geert Wilders has been refused entry after arriving at Heathrow Airport
Dutch politician Geert Wilders has been refused entry after arriving at Heathrow Airport

A right-wing Dutch politician banned from entering the UK over his anti-Islam views has been turned away after arriving at Heathrow Airport.

Geert Wilders was invited to Westminster by a member of the House of Lords to show his 17-minute film Fitna, which criticises the Koran as a "fascist book".

But on Tuesday he received a letter from the Home Office refusing him entry because his opinions "would threaten community security and therefore public security" in the UK.

Mr Wilders, a member of the Freedom Party in the Netherlands, condemned the British Government as "weak and cowardly" and vowed he would make the trip anyway.

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26/10/2008 free counters

Darwin, Pitt e Jolie


Qui, 12/02/09
por Denise Dalla Colletta |

Quer saber como você seria se fosse um homem primitivo? Agora isso é possível. A Universidade Aberta do Reino Unido criou um site em homenagem aos 200 anos de Charles Darwin e aos 150 anos de seu livro “A Origem das Espécies”. Você pode enviar uma foto, voltar milhares de anos no tempo e ver como você seria se ainda não tivesse evoluído.

É tudo uma grande brincadeira. Mas resolvemos testar com Brad Pitt e Angelina Jolie:

pitt.JPG

angelina.JPG

Gostou? Faça com sua foto também e envie para seus amigos. Aproveite, explore o site e conheça um pouco mais sobre Darwin e a teoria da Seleção Natural.


Juliana Tiraboschi
é repórter da Galileu desde 2004 e gosta de escrever sobre meio ambiente,

história, saúde e comportamento. Curte viajar, fotografia, cachorros, música e é viciada em doces


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26/10/2008 free counters

Saudade dos especuladores

As notícias sucessivas sobre demissões em massa nas grandes empresas (agora a GM com dez mil no olho da rua) estão parecendo aquela piada da queda do avião num cemitério português: a busca por corpos nunca mais que acaba.

Os empresários – também conhecidos como coitadinhos profissionais – enxergaram a oportunidade de ouro para exercer sua principal habilidade: tomar dinheiro dos governos. Está mais fácil do que nunca. E nem precisa das habituais manobras políticas debaixo dos panos. É a crise. Viva a crise.

Num surto patético de neo-keynesianismo – a onda estatal salvadora contra a ruína do neoliberalismo – os governos foram chamados pela opinião pública a gastar. Liberou geral. Você, empresário, não fique aí parado. Divulgue também uns números pré-falimentares para candidatar-se às boquinhas dos BNDES da vida.

O mundo ainda vai ter saudade dos especuladores, os tubarões da maldita “economia virtual”. Eles montaram suas pirâmides temerárias, suas bolhas de riqueza, mas ali pelo menos entrou quem quis.

Com essa mentira da nova Grande Depressão, o seu dinheiro vai enriquecer os tubarões bonzinhos da “economia real” – só que você não será consultado. E lá vai trilhão, com a bênção alarmista da era Obama.

Nessa política de babá de empresário, o Japão ficou quase 20 anos estagnado. Está na hora de aparecer alguém com coragem para gritar um “deixa quebrar!”. Aí saberemos o tamanho real da crise.


Guilherme Fiuza

Guilherme FiuzaJornalista, é autor de Meu nome não é Johnny, que deu origem ao filme. Escreveu também os livros 3.000 Dias no Bunker, reportagem sobre a equipe que combateu a inflação no Brasil, e Amazônia, 20º Andar, a aventura real de uma mulher urbana na floresta tropical. Em política, foi editor de O Globo e assinou em NoMínimo um dos dez blogs mais lidos nessa área. Este espaço é uma janela para os grandes temas da atualidade, com alguma informação e muita opinião

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26/10/2008 free counters

Príncipe faz curso sobre diversidade após ofender asiático


12-02-2009 16:04

Grã-bretanha


Londres - O príncipe Harry foi colocado num curso de igualdade e diversidade do Exército, depois de ser reprimido por ter chamado um colega asiático de "Paki" (apelido ofensivo dado a paquistaneses), informou hoje o jornal Daily Mirror.



O príncipe de 24 anos divulgou um pedido de desculpas depois de ter feito os comentários, registados em vídeo e publicados em 2006 no site de um jornal.




Ele disse que não teve malícia racista ao dizer aquilo.




O primeiro-ministro, Gordon Brown, está entre as pessoas que condenaram Harry, que é neto da rainha Elizabeth e terceiro na linha de sucessão ao trono.




Este será o segundo curso do tipo a que Harry se submete, mas, desta vez, as aulas serão mais intensivas, segundo o jornal.




O jornal acrescentou que o príncipe já recebeu reprimendas formais, e a ofensa agrava os seus registos militares.




Uma porta-voz da família real disse que a questão já está resolvida. "O príncipe Harry pediu desculpas pelos seus comentários", disse. "Ele sujeitou-se aos procedimentos disciplinares normais do Exército, como qualquer outro militar"

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26/10/2008 free counters

Tim Berners-Lee redesenha o site da rainha Elizabeth II





Tim Berners-Lee redesenha o site da rainha Elizabeth II

Publicada em 02/02/2009 às 11h55m

EFE

LONDRES - Disposta a não perder o trem das novas tecnologias, a rainha Elisabeth II acredita que chegou a hora de renovar sua página na internet. E para esta tarefa chamou ninguém menos que Sir Tim Berners-Lee, considerado o "pai" da World Wide Web. Aos 82 anos, Elisabeth II quer transformar seu portal, aberto há 12 anos, em uma ferramenta mais ágil e sintonizada com a sociedade moderna, informa o "The Sunday Telegraph".

A rainha, que ocasionalmente surpreende familiares e funcionários com perguntas sobre a grande rede, está entusiasmada com o novo design da página, assim como o seu marido, o duque de Edimburgo, de 87 anos.

Elisabeth II , que já está há mais de meio-século no trono, tem muito interesse nas novas tecnologias. Em outubro passado, sua majestade visitou a sede inglesa do Google , e assistiu a vídeos no canal da realeza no YouTube.

- A nova página vai ser muito diferente. Reconstruímos completamente o site para o século XXI - declarou ao jornal uma fonte próxima à realeza.

O novo portal deve ser apresentado por Sir Tim Berners-Lee no dia 12 de fevereiro. Ele já reuniu pelo menos duas vezes com a rainha, que o condecorou em 2004 como Cavaleiro da Ordem do Império Britânico.

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26/10/2008 free counters

Isabel II ( RAINHA ELIZABETH ) moderniza su web, pero no se atreve con un blog


La página de la monarca incluye documentos históricos, como un diario de la reina Victoria en el que cuenta la primera vez que habló por teléfono

EFE - Londres - 12/02/2009


La reina Isabel II presentó hoy una versión más moderna de su página web, lanzada por primera vez en 1997, pero, pese a los cambios estéticos y de contenido, aún no se atreve ni con un blog ni con el correo electrónico. La soberana presentó la nueva página en una recepción en el Palacio de Buckingham a la que asistió el científico británico Tim Berners-Lee, considerado el creador de la web (World Wide Web: Red Global Mundial).

Isabel ii Windsor

Isabel II. Reina de G. Bretaña e Irlanda del Norte

A FONDO

Nacimiento:
21-04-1926
Lugar:
(Londres)
Reino Unido

Reino Unido

A FONDO

Capital:
Londres.
Gobierno:
Monarquía Constitucional.
Población:
60.943.912 (est. 2008)

El nuevo portal de Isabel II, Royal.gov.uk, incluye ahora más vídeos y documentos históricos -como un diario de la reina Victoria en el que describe su experiencia al utilizar por primera vez el teléfono-, pero no ofrece la posibilidad de establecer contacto. Según los datos oficiales, unas 250.000 personas visitan cada semana el sitio real, después de tocar el pico de 35 millones de visitas tras la muerte de la princesa Diana en agosto de 1997.

Durante el acto en el palacio, Berners-Lee dijo que la página web real "celebra una parte muy importante de la tradición cultural británica, la monarquía" y es un gran recurso tanto para los británicos como para otros ciudadanos del mundo. Royal.gov.uk no es la única presencia de Isabel II en internet, ya que en el 2007 lanzó su propio canal en YouTube, en el que cuelga sus discursos navideños y vídeos históricos sobre ella u otros miembros de su familia.

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26/10/2008 free counters

Un grupo de investigadores secuencia el 60% del genoma del neandertal




  • Los investigadores han utilizado unos restos encontrados en Croacia.
  • Han logrado secuenciar más de 3 billones de bases de ADN.
  • Gracias a esta investigación se podrán identificar los cambios genéticos que hicieron posible que los humanos modernos salieran de África.

Un grupo de científicos internacionales, dirigido por Svante Pääbo y entre los que está el español Javier Fortea, presentó el primer borrador del genoma del neandertal, que recoge ya el 60% de los datos genéticos del pariente prehistórico más cercano a los humanos modernos.

El profesor Pääbo, paleogenético sueco y director del Instituto Max Planck de Antropología Evolutiva de Leipzig (Alemania), y sus colegas han logrado secuenciar más de 3 billones de bases de ADN del neandertal y generar con ellas el primer borrador de la secuencia de su genoma.

El pariente prehistórico más cercano a los humanos modernos

Los científicos esperan que la secuenciación del material genético ayude a clarificar las relaciones evolutivas entre el neandertal y el Homo sapiens, así como a identificar los cambios genéticos que hicieron posible que los humanos modernos salieran de África para distribuirse por todo el mundo hace cerca de 100.000 años.

"Estas secuencias de ADN pueden ser ahora comparadas con los genomas previamente descifrados del ser humano y del chimpancé para así tener una idea de cómo el genoma del extinto neandertal se diferencia del de los humanos modernos", dice en un comunicado el Instituto Max Planck.

La mayoría de las secuencias genéticas provienen de restos de hombres de neandertal encontrados en Croacia, en la cueva de Vindija.

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26/10/2008 free counters

Recompensas de EE.UU. y Bill Gates para eliminar el VIH



El gobierno de Estados Unidos y la más acaudalada organización benéfica están ofreciendo recompensas a una nueva ola de científicos para eliminar el VIH, el virus que causa el sida y que es uno de los males más mortíferos del mundo.

Frustrado por un fracaso tras otro, EE.UU. ha pedido a los científicos que diseñen un importante programa para encontrar una cura para el VIH, mientras que la Fundación Bill & Melinda Gates en Seattle ofrece subsidios de US$ 100.000 a los investigadores que buscan cómo eliminar definitivamente el virus del organismo de los pacientes. Los científicos responden con nuevos métodos para eliminar el VIH de las células y tejidos humanos donde rastros de él pueden esconderse por años.Vacunas experimentales y geles sexuales llamados microbicidas no han impedido la propagación de la enfermedad, que afecta a 2,7 millones de nuevos pacientes por año. El desafío resulta más urgente porque la vacuna Ad5 de Merck & Co., la forma de prevención más promisoria hasta el momento, fracasó en 2007.

"Si la vacuna hubiera funcionado, no creo que pasara nada de esto", dijo David Margolis, médico de la Universidad de Carolina del Norte en Chapel Hill, que lleva años tratando de curar el VIH. "Haber llegado tan cerca de una vacuna eficaz y luego tener que empezar de cero otra vez ha hecho que la gente retrocediera sabiamente y reevaluara todo el campo de juego de opciones".

Margolis, junto con investigadores de Merck & Co., Johnson & Johnson, Harvard, la Universidad Johns Hopkins y otras instituciones, propuso estudios con financiación gubernamental para descubrir cómo persiste el VIH en el cuerpo incluso después que fármacos poderosos llevan el virus por debajo de los niveles detectables por medios convencionales.

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26/10/2008 free counters

El alto precio de estar ilegalmente en EE UU


Robert Fortea, español de 32 años, ha pasado 54 días en una cárcel de Texas por no renovar su visado.-

El español Robert Fortea pasa 54 días en un centro de detención en El Paso (Estados Unidos) por un visado caducado

ANTÍA CASTEDO - Madrid - 11/02/2009


Robert Fortea, 32 años, nunca pensó que compartiría habitación con un guatemalteco con nueve agujeros de bala en el abdomen. Ni que el relato macabro de su vecino de litera le ayudaría a entretenerse en el Centro de Detención y Procesamiento de El Paso (Texas), donde le retuvieron durante 54 días y 55 noches a la espera de ser deportado. Durante casi tres años, este español trabajó en la Art Students League de Nueva York y también como técnico en un espectáculo de Broadway, aunque los últimos diez meses carecía de un visado en regla. "El que tenía caducó y no lo renové por motivos económicos, no podía volver a salir del país durante tres meses", explica en conversación telefónica desde la placidez recobrada de la montaña barcelonesa de Valldoreix.

Centro de Detención y Procesamiento de El Paso (Texas)
Ampliar

Centro de Detención y Procesamiento de El Paso (Texas) donde estuvo detenido Robert Fortea.-

    Estados Unidos

    Estados Unidos

    A FONDO

    Capital:
    Washington.
    Gobierno:
    República Federal.
    Población:
    303,824,640 (est. 2008)

"Pagué un alto precio por estar ilegal", reflexiona Robert. La policía le detuvo, junto a un amigo israelí que tampoco tenía visado, cuando viajaban en un autobús por Las Cruces (Nuevo México). Habían atravesado ya buena parte de Estados Unidos. Era el último viaje antes de la planeada vuelta a España. "Llegamos a las tres de la madrugada a la cárcel, nos dieron una ducha de agua fría y nos metieron a los dos en una celda provisional", cuenta Robert, que en ese momento pensó: "Esto va a ser un calvario".

Y lo fue, a juzgar por el relato del joven, aunque explica que los encargados de la seguridad del centro le trataron "con dureza, pero no con violencia": tres comidas -"repugnantes"- y una hora de luz al día, aunque no siempre, "dependía de si el oficial quería". Durante esos 60 minutos diarios en el patio, Robert comenzó a hacer pesas para pasar el rato, por primera vez en su vida.

La celda provisional de dos se convirtió a partir del segundo día en una "barraca" para decenas de presos. La estampa: retretes de metal a la vista de todos y literas para 65 detenidos de 35 nacionalidades, "la mayoría mexicanos de Ciudad Juárez o Tijuana" -dos ciudades fronterizas mexicanas-. El caso más espeluznante: un vecino de litera guatemalteco le enseñó un día nueve balazos que agujereaban su abdomen. "Y luego me contó que había matado a todos los responsables", recuerda Robert. Entonces le invadió la desesperación: "me estaban tratando igual que a criminales y delincuentes. Yo era consciente de que había quebrantado la ley, pero me parecía todo una pesadilla".

El negocio

Las autoridades informaron a Robert de que sería deportado en "unas dos o tres semanas". Cuando estaban a punto de cumplirse las tres semanas, el joven llamó al consulado español en Texas, donde le dijeron que su vuelo salía la semana siguiente. Pero no salió, porque el escolta del ICE (Immigration and Customs Enforcement- Servicio de Inmigración y Control de Aduanas) que le tenía que acompañar hasta Atlanta -donde iba a coger el avión a España- se había puesto enfermo, lo que significaba que el proceso comenzaba de nuevo. "Tuve una sensación horrible, sentí un sudor brutal que recorría toda mi espalda", rememora Robert. La segunda oportunidad también se frustró. Otra vez cancelaron el vuelo. "Pensé que me iba a quedar allí eternamente. Estaba claro que no tenían ninguna prisa en dejarnos ir".

Por experiencias similares a la de Robert pasan unas 500.000 personas al año en Estados Unidos. Según un artículo del diario The New York Times, el 47% de los centros de detención donde esperan a ser deportados los inmigrantes en situación irregular está en manos privadas. El Gobierno federal paga a la empresa responsable 101,76 dólares al día por detenido. El Congreso estadounidense ha doblado el gasto en los últimos cuatro años, hasta los 2.400 millones de dólares aprobados en octubre pasado, como parte de un paquete de 5.900 millones de dólares para aplicar las leyes de inmigración.

Una salchicha por Navidad

Robert pasó la Nochebuena y el Fin de Año detenido. El día de Navidad comió un pan de molde y una salchicha. No hubo celebración. En Fin de Año tampoco, se fue a dormir a las 11 de la noche. Su familia creía que Robert seguía en Nueva York. Sólo una amiga estaba al corriente de su situación. El estrés de la espera le hacía difícil conciliar el sueño. Hasta que, la tercera vez, llegó el día de salir de Texas. El escolta le recogió y le acompañó hasta Atlanta, donde esperaba el avión que le iba a deportar a España. "En algunos momentos parecía que estaba en El Proceso de Kafka, sin sentido de la realidad", reflexiona ahora, dos semanas después, desde su habitación en la montaña. No podrá volver a entrar en Estados Unidos hasta dentro de cinco años.

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26/10/2008 free counters

Espionaje político en la Comunidad de Madrid


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