Tzipi Livni pode ganhar, mas não levar

O sistema eleitoral de Israel está provocando uma situação curiosa: tanto Tzipi Livni (atual ministra das Relações Exteriores e candidata do centrista Kadima) como Binyamin Netanyahu (ex-primeiro ministro e candidato do direitista Likud) declararam vitória após as eleições do novo premiê, realizadas ontem. E cada um tem um bom motivo, conta o Jerusalem Post: com quase 100% das urnas, o Kadima de Tzipi tem a maior número de cadeiras no Knesset (parlamento israelense): 28, com o Likud de Netanyahu vindo logo atrás, com 27. Em tese, Tzipi é a eleita. O problema é que o bloco da direita, que inclui partidos conservadores e religiosos mais alinhados ao Likud, obteve maioria parlamentar. Caberá agora ao presidente israelense, Shimon Peres, cujo cargo é apenas de chefe de Estado, decidir qual dos dois será o responsável por formar a coalizão e governar o país. Até hoje, vale dizer, nunca na história israelense o partido com maior número de cadeiras deixou de liderar o governo.

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