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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"Seja macho e fique", diz Uribe para Chávez em bate-boca no México



Em cúpula, Uribe diz para Chávez: "seja macho e fique"
22 de fevereiro de 2010 23h32 atualizado às 23h48


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chega ao encontro, em  Cancún Foto: AP

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chega ao encontro, em Cancún
Foto: AP


Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Colômbia, Álvaro Uribe, tiveram uma forte discussão no encontro da cúpula do Grupo do Rio que acontece no México, nesta segunda e na terça-feira. Durante a discussão, Chávez ameaçou retirar-se do encontro, ao que Uribe respondeu "seja macho e fique".

Segundo a Rádio Caracol, a discussão começou quando o presidente colombiano exigiu desculpas ao chefe de Estado venezuelano sobre os "insultos" e "grosserias" que foram dedicadas a Uribe em ocasiões anteriores.

Chávez respondeu e ameaçou retirar-se do local. Uribe respondeu com palavras duras, dizendo entre outras coisas, "seja macho e fique". Segundo fontes extra-oficiais que estão na cúpula, o presidente Raúl Castro foi quem apaziguou os ânimos dos líderes.

Esse novo enfrentamento se soma ao histórico de diferenças políticas entre os dois presidentes, que chegou a culminar em uma mobilização de tropas na fronteira entre Colômbia e Venezuela






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26/10/2008 free counters

Hillary Clinton apresenta condolências ao Governo português


A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, telefonou hoje ao seu homólogo português, Luís Amado, para lhe apresentar condolências pela tragédia na Madeira, disse à agência Lusa a porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Paula Mascarenhas adiantou que, na conversa telefónica entre Clinton e Amado, a chefe da diplomacia dos EUA se disponibilizou para oferecer todo o apoio que for considerado necessário.
Segundo o último balanço do Governo Regional da Madeira, o temporal que no sábado passado atingiu a região causou 42 mortos.
A forte chuva registada, desde o início da madrugada de sábado, provocou deslizamentos de terras e inundações e deixou um rasto de destruição em alguns concelhos, sendo considerado o pior temporal na Madeira desde 1993.

JORNAL DA MADEIRA/LUSA







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26/10/2008 free counters

«Nunca vi nada semelhante»





O Regimento de Guarnição Número 3 (RG3) e a Casa São João de Deus são os dois locais que estão a receber as pessoas que ficaram desalojadas pelo mau tempo de sábado. Durante todo o dia de ontem continuavam a chegar famílias a precisar de ajuda. Outras, porém, regressavam a casa ou à casa de amigos e familiares depois de terem sido acolhidas no dia anterior nas instalações do RG3, onde tomaram um banho, receberam uma refeição e bens de primeira necessidade e dormiram, na medida do possível nas camaratas do quartel.
Ao todo, segundo informação do Exército, já passaram pelo RG3 entre 160 a 180 pessoas, entre as quais 40 crianças, a mais nova apenas com quinze dias de vida. Ainda que o frequente entra e sai dificulte apurar o número exacto, o Exército avançava, ontem á tarde, que estariam a ser apoiadas naquele momento cerca de 80 pessoas, o que deverá ter sido reforçado ao princípio da noite com a entrada dos 70 desalojados das zonas altas do Funchal, que até ao momento se encontravam abrigadas na Casa de Saúde de São João de Deus.
Todas as pessoas que estão a receber este apoio coordenado pela Segurança Social mas coadjudado pelas voluntárias das Guias de Portugal (sete), no âmbito de uma concertação com a Cáritas Diocesana do Funchal e pela própria Cáritas. A Segurança Social tem quatro equipas técnicas de Emergência Social, compostas por assistentes sociais e psicólogas.
De facto, cada uma destas pessoas traz um enorme drama consigo.
É o caso de “Maria” (nome fictício), uma mulher de 32 anos. Maria mora no sítio do Trapiche de Cima, atrás da Casa de Saúde de São João de Deus. Na sua casa vivem cinco pessoas. Os seus pais e as duas filhas. A mulher não se apercebeu do perigo que estava a correr até ouvir o enorme estrondo do desmoronamento da casa da vizinha. Nesse momento preparava o pequeno-almoço para as filhas. «Estava tudo calmo», disse. «Apenas a chuva era intensa», recorda-se.
Subitamente, «ouvi aquela derrocada», disse, referindo-se à desmoronamento da casa da vizinha. A vizinha e o filho ficaram «presos» na casa mas com a ajuda dos vizinhos conseguiram «sair ilesos».
Porém, essa destruição atingiu parcialmente a casa da nossa interlocutora. «As águas e terras que estavam lá atrás vieram contra a nossa casa, alagando-a e destruindo o muro de protecção para a estrada e pondo em risco de ruir duas divisões da casa, a cozinha e o quarto da minha mãe», relatou.
No meio da aflição, esta mulher levou as duas filhas «em pânico», de nove e dez anos, para a casa de uma outra vizinha, onde o temporal não tinha feito qualquer estrago.
Nessa hora, a mãe de Maria já trabalhava no Hospital João de Almada. A filha avisou-a do que se estava a passar mas esta mulher não conseguiu regressar a casa, dada a quantidade de estradas encerradas. Teve de ficar no Hospital João de Almada, onde até acabou por pernoitar.
O pai de Maria estava em casa no momento do desmoronamento e ainda continua lá, uma vez que recusou ir para o RG3, onde agora está Maria e as duas filhas.
A mulher comove-se ao recordar os instantes mais difíceis. «Durante o dia não chegou ajuda nenhuma. Esteve cada um por si. O ribeiro parecia o fim do mundo. O posto de luz estava virado. Era um pânico. Era a minha vizinha a gritar. E não chegou ajuda nenhuma. Nós viemos para aqui às 22h00 mas porque os bombeiros foram buscar a nossa vizinha e viram-nos lá na sala, sem condições», conta a mulher, que nessa noite achava que ia ter de dormir dentro do carro.
Agora que se encontra salva num lugar seguro, Maria pensa no que tem pela frente. «A casa não está apropriada para as minhas filhas, porque não nos podemos banhar, não podemos comer, não podemos nada», disse, e a família não tem dinheiro para recuperar a habitação. Uma técnica da Segurança Social apontava as informações que Maria nos dava na entrevista. E no final fez um pequeno questionário. Na cara de Maria nascia a esperança.
Pelo contrário, a expressão de Policarpo Capelo ao entrar ontem à tarde no RG3. Este funcionário da Câmara Municipal do Funchal trazia a filha aos braços, uma menina que aparentava ter dois ou três anos. No seu rosto ainda vinham as marcas das lágrimas, no olhar uma expressão de tristeza e cansado.
O pai segurava-a com firmeza e força. O olhar, porém, era vago e de desolação.
«Foi uma tragédia. Era rocha em cima da casa. Os quartos, as mobilias, os guarda-fatos, a máquina de lavar, tudo estragado», descreveu este homem de 30 anos, residente da Vereda da Cova, em São Roque.
Policarpo Capelo mora numa casa com outras quatro pessoas. Policarpo só se salvou, porque instantes antes foi avisado pela esposa que a ribeira tinha galgado as margens. «Vem a ribeira, vem a ribeira», gritou a mulher para Policarpo. O marido só teve tempo de fechar a porta do quarto e fugir, saltando para a casa da vizinha. «Senão ia ficar lá também», garante. «Vi pedras e passarem por cima, vieram postos, fios, rebentou tudo. Nunca vi nada semelhante», refere, dizendo que o entulho rapidamente soterrou a casa de dois pisos. A mulher também quase via a morte. Foi salva porque um vizinho desviou um cabo de electricidade que ia em sua direcção.
Policarpo e a família passaram a noite na casa de amigos mas este funcionário da Câmara Municipal não conseguiu dormir.
Ontem chegou ao quartel da Nazaré com a filha numa mão e dois sacos de roupa na outra. A família ia à frente com outros sacos. Foi o que sobrou de uma vida de trabalho.
«Ficámos praticamente sem nada», disse, emocionado.
À espera desta família e de todos os desalojados está uma equipa multidisciplinar, constituída por militares, assistentes sociais, uma psicóloga e voluntárias da Guias de Portugal, uma associação de ideal escutista.
«Viemos aqui disponibilizar-nos para o que fosse necessário», disse uma das guias, Vera Ornelas, que se encontrava na sala do RG3 para onde está a ser encaminhada toda a ajuda que os cidadãos, de expontânea e voluntária, têm oferecido às vítimas da tragédia. Só ontem cerca de duas dezenas de pessoas foram lá entregar bens, sobretudo roupas.
«Estamos a fazer uma separação», disse Vera Ornelas, explicando o que as cinco guias destacadas naquele quartel estavam a fazer naquele momento.
Vera Ornelas disse uma das ajudas que as pessoas poderiam dar a estes desalojados seria na entrega de alimentos.
O Exército tem sido uma das peças fundamentais no trabalho de apoio às pessoas e bens. A ajuda não só tem sido importante na intervenção nas ruas como também no acolhimento das vítimas no Regimento.

Devido ao apoio que está a ser dado
«Quartel está totalmente hipotecado»

O coronel Batalha da Silva, comandante do Regimento de Guarnição Número 3 (RG3), fez ontem um balanço das operações que o Exército tem desencadeado no âmbito da remoção de escombros, do transporte de desalojados e do fornecimento de água.
Batalha da Silva fez ontem a primeira comunicação aos jornalistas sobre o ocorrido, depois de ter feito um “briefing” com o segundo comandante, até agora o militar com o controlo das operações. É que o temporal coincidiu com o período de férias do coronel. O comandante do RG3 estava em Lisboa e só deveria regressar à Madeira hoje. Porém, os acontecimentos precipitaram a sua vinda. Veio no C-130 que trouxe as equipas de ajuda do continente.
Batalha da Silva disse que estão agora 55 militares no terreno, sendo as localidades mais preocupantes o Funchal, a Ribeira Brava e Curral das Freiras.
O RG3 tem sido a casa temporária para as vítimas do mau tempo e, para tal, precisou «adequar as instalações às necessidades».
«Compreendo que não temos as melhores condições, mas neste momento as pessoas precisam essencialmente de um tecto, de um colchão, de um cobertor, de uma refeição e de apoio psicológico», disse, explicando que é isso que está a ser feito.
O coronel referiu que para responder às solicitações foi necessário ajustar as instalações à nova realidade. «Neste momento, o quartel e o pessoal estão totalmente hipotecados», confessou, adiantando que o apoio permanecerá «até os meios permitirem».
O canalização de meios para responder à tragédia obrigou, por exemplo, ao Exército a suspender os planos de formação que tinha em andamento.
«Vamos parar a nossa actividade até a situação estar regularizada. Até podermos recolher as equipas que estão no terreno, porque são estes os homens que dão instrução», explicou.
A instabilidade das condições climatéricas impede que haja uma previsão para o fim das operações.





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26/10/2008 free counters

Câmara do Funchal encontrou mais seis mortos, há 32 pessoas desaparecidas

Diário de Notícias


O balanço mais recente do Governo regional da Madeira dá conta de 42 vítimas mortais do temporal encontradas nas últimas 24 horas, mas a Câmara Municipal do Funchal recolheu mais seis corpos hoje, um dos quais foi visto pela repórter do DN.

Num balanço feito hoje ao final da manhã, a secretária Regional do Turismo da Madeira, Conceição Estudante, anunciou que o Governo regional mantém o balanço de 42 vítimas mortais na sequência do forte temporal que assolou a ilha no sábado.

Entretanto, o presidente da Câmara Municipal do Funchal anunciou que durante o dia de hoje foram descobertos mais seis corpos no concelho - sobe, assim, de 23 para 29, o número de vítimas mortais no Funchal.

Um dos corpos foi encontrado na Rua Luso-Brasileira; trata-se de homem que, na altura do temporal, seguia de carro com o sogro, cujo cadáver já tinha sido encontrado. Com a força das águas, o carro voou para cima de uma casa onde já estavam 2 carros. O homem tinha 43 anos, era casado e tinha dois filhos gémeos de 6 anos.

Aumenta assim para 48 o número de vítimas mortais do temporal que se abateu sobre a Madeira. Até ao momento, terão sido realizadas autópsias aos 42 cadáveres já presentes no balanço do Governo regional, 29 dos quais foram identificados.

Entre os mortos encontra-se uma turista britânica mas as autoridades não têm registo de mais nenhum turista estrangeiro entre os desaparecidos, que são todos casos dos concelhos do Funchal e da Ribeira Brava, por indicação das respectivas famílias.

O vice-presidente do Governo Regional da Madeira, Cunha e Silva, anunciou hoje que permanecem 32 pessoas desaparecidas.

Autoridades temem existência de 17 vítimas mortais em centro comercial

As equipas que estão a trabalhar no parque do centro comercial Anadia, com dois pisos completamente inundados e um já limpo, continuam a tentar retirar com bombas a água que impede o acesso ao interior.

As autoridades suspeitam de que estejam retidos 17 corpos no interior do parque de estacionamento subterrâneo do centro comercial Anadia, disse à agência Lusa fonte policial, salientando que no Shopping Dolce Vita não foram encontradas vítimas. No piso -1 do centro comercial Anadia também não foram encontrados cadáveres.

De acordo com a PSP, no local, já estiveram equipas cinotécnicas e um bote do um bote do Sanas (Socorro a Náufragos), mas não existem condições para fazer buscas mais rigorosas.

Ao local chegaram as equipas de mergulhadores e barcos pneumáticos que deverão começar a operar dentro de momentos.

Ao contrário deste estacionamento subterrâneo, no centro comercial Dolce Vita, no extremo oposto da cidade, o plano de emergência foi eficaz na saída de todas as pessoas e viaturas.

Trabalhos "a um ritmo verdadeiramente alucinante" para "repor a normalidade"

O presidente da Câmara do Funchal adiantou que existem 30 famílias desalojadas, encontrando-se 254 pessoas ainda no Regimento de Guarnição do Exército, e acrescentou que "a energia foi restabelecida em toda a cidade", mas admitiu "algumas excepções", como "prédios de habitação colectiva no centro da cidade".

O responsável esclareceu que foi ainda restabelecido o abastecimento domiciliário de água à freguesia do Monte, o mesmo deverá acontecer na terça feira em Santo António.

"Enquanto os trabalhos estão a decorrer estamos a fazer a distribuição de água através de camiões cisterna em locais devidamente pré-estabelecidos", explicou.

Este trabalho está a ser feito em dez locais e ao mesmo tempo a instituições como o Hospital dos Marmeleiros, a PSP, Madeira Shopping e Clínica do Bom Jesus.

O presidente da capital madeirense explicou que quanto às frentes de obras, neste momento o trabalho está a ser feito "em grande força nas três foz das ribeiras", envolvendo mais de um milhar de homens.

"Os trabalhos estão a um ritmo verdadeiramente alucinante", anotou, assegurando que é isso que a autarquia pretende: "Temos de repor a normalidade na cidade o mais rapidamente possível".






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26/10/2008 free counters

'Virei o bonzinho', diz líder do Coldplay


Entrevista: Chris Martin


20 de fevereiro de 2010

Por Sérgio Martins


Martin: 'Nos sentimos tão afortunados que temos vontade de ajudar outras pessoas' (Foto: Divulgação)

No ranking dos melhores grupos de rock do mundo, o Coldplay certamente ocupa uma posição de destaque. O grupo inglês de rock, que desembarca nesta semana no Brasil para shows no Rio e em São Paulo, vendeu 40 milhões de cópias de seus quatro discos (só no Brasil foram vendidas 550.000). Boa parte desse sucesso se deve ao talento e carisma do vocalista e líder do grupo, Chris Martin. Em entrevista à VEJA, Martin fala da fama de bom moço e antecipa a sonoridade do quinto disco do grupo.

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O senhor é o anti-rockstar? Não se mete em confusões, faz caridade, é um pai exemplar...
Não se pode generalizar, muito menos rotular um artista. O que acontece é que, quando você se torna famoso, as pessoas se acostumam a te associar com apenas uma característica da sua personalidade. Eu, por exemplo, virei o bonzinho. Mas ninguém é totalmente bom ou ruim, já fiz coisas das quais eu me arrependo.

O cantor Eddie Vedder, do Pearl Jam, já declarou ser “muito difícil” ser Eddie Vedder. É complicado ser Chris Martin?
Eddie Vedder tem toda essa fama de ser boa gente. E, sim, ele é boa gente. Mas acredito que até ele deve gostar de pornografia de vez em quando. Aliás, todo mundo vê pornografia. Até eu.

No final do ano passado, o Coldplay colocou vários artigos – álbuns e fotografias, instrumentos – a leilão. Por quê?
Desde que a banda surgiu, dez anos atrás, que tínhamos a proposta de ajudar os mais necessitados. Pouco antes do Natal do ano passado, juntamos nossos instrumentos e artefatos utilizados em turnês anteriores para ajudar uma entidade chamada Kids Company. Ela está baseada em Londres e ajuda crianças e adolescentes órfãos ou que não conseguem bancar seus estudos. A gente fez o leilão e conseguiu levantar uma boa quantia – não me lembro da quantia exata – para ajudar essas pessoas. Foi enriquecedor.

O senhor se sente na obrigação de ajudar as pessoas?
Não se trata de obrigação. É que nos sentimos tão afortunados, a vida sorriu tanto para nós, que temos vontade de ajudar outras pessoas. O que custa vender uma guitarra antiga para ajudar alguém ou algo em que você acredita?

O senhor também cedeu para leilão uma de suas jaquetas utilizadas na turnê de Viva la Vida. O dinheiro irá para as vítimas do terremoto do Haiti?
Sim, também ajudamos o Haiti. Nós a notícia quando estava no estúdio, gravando nosso novo disco. Foi um choque porque eu tinha esperanças de que seria uma década melhor para o mundo. Mas é bonito ver o resto do mundo se unir para ajudar as pessoas no Haiti. Estive no país em 2002 e fiquei aterrorizado com a pobreza da região.

O Coldplay enfrentou acusações de plágio em Viva la Vida. As mais conhecidas foram as do guitarrista Joe Satriani e do cantor Cat Stevens. Como a banda reagiu a isso?
Foram cinco acusações ao todo. Mas não roubamos a música de ninguém. Na verdade, até estava se tornando uma coisa engraçada. Eu acordava de manhã e recebia um telefonema dos meus advogados, dizendo que tínhamos sido acusados de plágio e se por acaso eu tinha roubado a música de não. “Claro que não”, foram as minhas respostas. Os processos, de certo modo, foram uma benção. Significaram que estávamos fazendo sucesso. Por outro lado, é uma chatice ter de enfrentar essas situações e lidar com advogados.

Uma boa opção é colocar um anúncio no novo single da banda. “Se você achar que essa música é igual a uma composição sua, mande-nos um e-mail”!
Você acredita que pensamos nisso? Ontem, na hora do almoço, ficamos discutindo sobre a possibilidade de sofrermos novas acusações de plágio. Mas decidimos melhorar como compositores. Só assim poderemos escapar desse tipo de acusação.

O Coldplay irá lançar um novo disco este ano?
Estamos trabalhando em um novo álbum. A pré-produção começou há seis meses e estamos há um mês e meio no estúdio. A produção será novamente de Brian Eno e estamos comprometidos a fazer algo grandioso. Mas posso adiantar que ele será mais intimista que Viva la Vida. Nos últimos tempos, tenho escutado muito Chopin, um grupo vocal chamado Golden Gate Singers e os primeiros discos de Bruce Springsteen. Bruce, aliás, foi uma descoberta recente, comecei a comprar os CDs dele há dois anos. Virei fã de Born to Run e Nebraska.

Brian Eno deu uma entrevista ao jornal inglês The Guardian na qual disse que a era do disco está no fim. O senhor concorda com isso?
Ouvi falar dessa entrevista, mas ainda não tive tempo de lê-la. Mas tendo a concordar com Eno. O mercado de discos passa por mudanças e a tendência é que o CD venha a desaparecer. Com você, deve estar acontecendo a mesma coisa, a internet tem tomado o espaço dos jornais e revistas. Mas isso não significa a morte da música, muito menos do jornalismo. Não dá para controlar o futuro, tudo o que posso fazer é me esforçar para compor mais e melhores canções.

Como foi participar do seriado Os Simpsons?
Foi fantástico, sempre fui fã da série. E toda vez que assistia aos Simpsons na televisão, pensava: “Adoraria participar um episódio do programa.” Adorei ficar trancado no estúdio com os atores que interpretam os personagens e vê-los improvisar. Espero que a minha atuação tenha sido à altura deles. Eu adoro comédias e programas humorísticos, mas sou um comediante medíocre. Sei compor músicas, no entanto sou incapaz de contar uma piada engraçada. Para mim, não existe nada mais frustrante do que estar numa festa, numa mesa cheia de amigos e chegar a minha hora de contar uma piada. Nesses momentos, eu finjo que estou passando mal e vou desmaiar – e fujo.

Na última vez que o senhor nos deu uma entrevista, o Coldplay tinha iniciado a turnê de Viva La Vida. Que mudanças ocorreram no show?
Sempre mudamos de um show para outro. No caso de Viva la Vida, que conta com mais de 170 apresentações, não teria como ser diferente – alteramos algumas canções do repertório, a ordem delas... Mas fizemos isso de uma maneira tão lenta e cuidadosa que as pessoas mal irão notar essas mudanças.

No Brasil, vocês deverão tocar para um público estimado em 60.000 pessoas. Haverá alguma mudança na estrutura do cenário, por exemplo?
60.000 pessoas? Sério? Será o maior público do Coldplay do Brasil. Espero que as pessoas apareçam e nos prestigiem.

O senhor declarou que o Coldplay era a maior banda da atualidade porque U2 e Green Day não tinham lançado seus novos discos. Essas duas bandas estão com disco novo e nenhum deles superou Viva la Vida. Quer reformular sua resposta?
Não, você vai me causar problemas. Gosto das bandas e gosto dos fãs dessas bandas. Eu diria que o Coldplay hoje ocupa um honesto terceiro lugar.






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26/10/2008 free counters

UM COMENTÁRIO DE ALEXANDRE SCHWARTSMAN, ECONOMISTA-CHEFE DO SANTANDER



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 | 16:11

Recebo um comentário de Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central (gestão Lula) e economista-chefe do Santander, a propósito das contas de São Paulo. Antes que publique aqui o seu texto e uma observação minha, uma breve memória do caso:

Schwartsman assina um trabalho em que sustenta que os gastos correntes de São Paulo, que englobam salários e aposentadorias dos servidores e custeio da máquina, cresceram de 7,8% do PIB paulista em 2006 para 9,1%, um salto de 1,3 ponto porcentual. Já os investimentos teriam subido de 0,9% para 1,7% do PIB estadual. No governo federal, os gastos correntes teriam aumentado de 16,2% do PIB nacional para 17,1%, avanço de 0,9 ponto porcentual, o que é maior do que a ampliação dos investimentos em 0,4 ponto porcentual do PIB, de 0,7% para 1,1%.

A Secretaria da Fazendo afirmou que a conta está errada. Segundo o governo, o estudo acabou fazendo uma dupla contagem de despesas referentes à previdência paulista. Feita a correção, o aumento das despesas correntes, segundo a secretaria, seria insignificante: de 6,57% do PIB em 2006 para 6,61% em 2009.

O que escrevi desde o começo neste blog, sem a intenção de satanizar ninguém? Que as duas contas não podem estar certas. Ou é Schwartsman quem tem razão, ou é a Secretaria da Fazenda. Essas coisas não comportam diferenças de pontos de vista. E, no meu post a respeito, afirmei que o economista deveria dar uma resposta também pública, a exemplo de seu estudo.

Gentilmente, Schwartsman manda um comentário ao blog, o que me parece um sinal muito positivo. Ele afirma que vai refazer as contas. Se estiver errado, diz, vai se corrigir. Segue seu comentário:

Caro Reinaldo,
Eu pretendo examinar os argumentos da SEFAZ [Secretaria da Fazenda] contra os dados publicados pela própria secretaria. Não se trata, porém, de tarefa trivial. Os dados são mesmo confusos, e há uma mudança contábil a partir de 2006. No meu estudo. eu noto esta mudança e acredito ter ajustado os números de forma correta para refletir o ocorrido.
Pretendo voltar aos demonstrativos e ver se a explicação da SEFAZ de fato desmente minhas conclusões. Só não é algo que possa fazer assim de bate-pronto.
Caso eu esteja errado, vou reconhecer e divulgar da mesma forma que divulguei o estudo original.
Um abraço do admirador
Alex

Comento
Ótimo! Se Schwartsman estiver mesmo certo, é a secretaria que terá de dizer onde errou. Se ele estiver errado, certamente fará a correção. E, nesse caso, vamos ficar atentos para ver como a imprensa cuidará do caso, especialmente aquele setor que decidiu dar aos números uma inflexão claramente político-eleitoral. Em suma, cumpre indagar: o jornal Valor Econômico daria à correção o mesmo destaque? Vocês sabem como andam certos setores do jornalismo, né? Costumam ser absolutamente isentos entre o Petismo e o Petismo do B…







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26/10/2008 free counters

CASSAÇÕES INCLUIRÃO PETISTAS. E DAÍ? NÃO MUDA O ARBÍTRIO



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 | 14:45

O Diário Oficial da Justiça traz amanhã a lista de vereadores “cassados” pelo juiz Aloísio Sérgio Resende Silveira. Prevalecesse a sua decisão, vamos ver, boa parte da Câmara seria ceifada. Para fazer justiça? Não! Para atender a critérios assumidamente “subjetivos”, que não encontram respaldo no TSE.

Vereadores do PT certamente estarão na lista, o que levará alguns tontos a proclamar: “Está vendo como há justiça?” Uma ova!!! Não é a presença ou não de petistas entre os cassados que muda a jurisprudência do TSE. Eu jamais me comovo quando o vício presta tributo à virtude. Se os critérios que vão “cassar” os vereadores forem os mesmos que cassaram Kassab, continua tudo errado, tudo fora do lugar.







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AS DISTORÇÕES, AGORA EM REPORTAGEM DO ESTADÃO




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 | 13:32

A distorção sobre a cassação que não há do prefeito Gilberto Kassab atinge o estado de arte no Estadão, em reportagem do Jornal da Tarde reproduzida no caderno “Metrópole”. Tem-se ali um verdadeiro show de desinformação. Parece — não arbitro sobre intenções — redigida para deixar o leitor indignado e condenar o prefeito. CONTRA, REITERO, A JURISPRUDÊNCIA FIRMADA NO TSE.

A coisa já começa no título: “Cinco empresas doaram R$ 6,8 milhões e já receberam R$ 243 milhões da Prefeitura”. E daí? Por que isso é notícia? Para começo de conversa, nessa conta de R$ 6,8 milhões estão doações feitas a políticos de outros partidos - PT INCLUSIVE -, não apenas ao DEM.

1 - Questão de lógica e de jornalismo - Estamos diante de uma questão que é de lógica e de jornalismo. Se a intenção é sugerir que as empresas estão recebendo a paga pelas doações feitas, há que se supor que estão sendo “ressarcidas” também por aquilo que doaram aos partidos que se opõem ao prefeito, não?

2 - Dados públicos - Os dados referentes a doações estão á disposição da Justiça Eleitoral, conforme quer a lei, e os dados sobre quanto cada empresa recebeu em razão de contratos estão no site “De Olho nas Contas”. Um site criador pela Prefeitura!!! Entenderam? O que surge como coisa escandalosa, com duas linhas de manchete de página, são dados à disposição de todos. Vai ver Kassab queria esconder irregularidades exibindo-as…

3 - Contra o TSE - Em nenhum momento o Estadão informa que, segundo o próprio promotor eleitoral da capital Maurício Antonio Lopes, as empresas que fizeram as doações (atenção, reproduzo aspas!!! ) “não são diretamente concessionárias de serviços públicos, mas apenas integrantes, acionistas, investidoras, associadas em consórcio ou sob a forma de holding ou conglomerado econômico que, em derradeira análise, seriam os concessionários diretos”.

EXPLICANDO - O TSE já decidiu que, quando não se trata de concessionária direta, a doação pode ser feita, é LEGAL!!! Ocorre que o promotor e o juiz não se conformam com isso; não se conformam com a jurisprudência, entenderam? A reportagem não informa que, aplicado no Brasil inteiro o que estes senhores aplicam no caso de Kassab, não sobra um político com mandato. Será preciso mandar “fechar a democracia”. No Brasil, hoje, cada vez mais os grandes grupos investem nos setores os mais variados. Querem um excercício prático? Vamos lá.

Segundo a lei INVENTADA pelos valentes, o Shopping Iguatemi não poderia fazer uma doação porque pertence ao grupo La Fonte. Mas qual seria o problema do Grupo La Fonte? Seu principal acionista é Carlos Jereissati, que também é acionista da Oi, que também não poderia doar. Mas qual o problema da Oi? Um dos donos é Sérgio Andrade, principal acionista da empreiteira Andrade Gutierrez, que toca obras do governo federal, do governo estadual e, creio, também na cidade de São Paulo. Só para registro: Andrade é o maior financiador individual das campanhas do PT — sergundo a lei; não estou sugerindo nada de irregular nesse caso.

Cadê o jornalismo?
Cadê o jornalismo para explicar isso? Não há! Não existe! Está ocupado em “indignar” a opinião pública, tarefa sempre facilitada quando se trata de um político do DEM, partido que foi assassinado por Elio Gaspari no domingo e morto de novo, hoje, por aquela coluna da Folha.

O estado de arte da manipulação e da desinformação está neste trecho da reportagem do Estadão/Jornal da Tarde:

Foi por atingir mais de 20% do total recebido na eleição de doações supostamente ilegais que Kassab e Alda foram cassados pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silvera. Para o magistrado, a arrecadação irregular acima desse limite configura “abuso de poder econômico” na eleição de 2008, que “altera a vontade do eleitor”. A sentença deve ser publicada amanhã, no Diário Oficial de Justiça.
Pelo mesmo motivo, Silveira já cassou 16 vereadores no fim do ano passado e outros estão na mira da Justiça (leia ao lado). Como o recurso tem efeito suspensivo imediato da decisão, os cassados recorreram no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e puderam permanecer no cargo. O mesmo deve ocorrer com Kassab e Alda, até 72 horas a partir da publicação.

O que não está explicado ali?
Não está explicado no trecho acima que o limite de 20% foi CONFESSADAMENTE ESTABELECIDO PELO JUIZ, DE MODO ARBITRÁRIO. Por que ele decidiu que 20% caracterizam abuso e 19% não? Ora, porque ele quis. Poderia ter sido 5%, certo?

Mas isso nem é o mais grave: para fazer com que as doações a Kassab ultrapassassem os já arbitrários 20%, ele meteu na conta doações que o Tribunal Superior Eleitoral considera legais. Afinal, segundo o próprio Ministério Público Eleitoral, as doações que estão sendo consideradas ilegais não vêm “diretamente [de] concessionárias de serviços públicos, mas apenas [de] integrantes, acionistas, investidoras, associadas em consórcio ou sob a forma de holding ou conglomerado econômico”.

Se “não vêm”, as doações são LEGAIS — ATÉ QUE NÃO SE MUDE A LEI AO MENOS —, e a decisão de cassar o mandato é uma ARBITRARIEDADE, ora endossada, com carnaval e ignorância, pela imprensa.






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26/10/2008 free counters

SURGE UMA NOVA CATEGORIA: A “CASSAÇÃO TEMPORÁRIA”. ISSO FAZ SUPOR QUE EXISTA A “DESCASSAÇÃO”




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 | 12:35

A Justiça no estágio em que está — e é preciso ler o post em que explico por que a decisão do juiz que quer cassar o mandato de Kassb contraria jurisprudência do TSE — encontra-se com uma imprensa também no… estágio em que está. A vítima, num sentido mais restrito, é o leitor; num mais geral, a verdade.

Numa coluna na Folha, Valdo Cruz antevê a morte do DEM em texto intitulado “Missa de Sétimo Dia”. Quantas vezes já vimos a imprensa matar políticos e partidos de véspera? Diz que a decisão da Justiça Eleitoral é uma revés para… Serra, claro. Acharam a sua tese tão boa que um trecho do artigo foi parar na primeira página. Pena terem escolhido a passagem menos notável. O melhor está na criação de uma categoria eleitoral e jurídica nova. Leiam:
“Muito provavelmente, Kassab terá melhor sorte do que Arruda. Mas a cassação temporária de seu mandato é mais um revés para um partido que corre o sério risco de definhar eleitoralmente”.

A nova categoria aí é a chamada “cassação temporária”; trata-se do político “cassado por enquanto”. A construção estrambótica se faz necessária pela simples e óbvia razão de que uma “cassação” de primeira instância cassação não é.

Na Folha, como em todos os jornais, até que um assassino não seja condenado em última instância, ele não é chamado de “assassino”. Nunca! Os manuais de redação o proíbem. Ele é, no máximo, um “acusado de”. Os assassinos gozam de cuidados no jornalismo que não se dispensam aos políticos, especialmente àqueles que não são da turma.

A “cassação temporária” pede também uma adequação da língua à realidade: além do verbo “cassar”, será preciso conjugar o verbo “descassar”, com a criação do adjetivo e do substantivo correspondentes. Hoje, os jornais mandam brasa: “Gilberto Kassab, cassado…” Se a decisão for revista, será fatal encontrar um novo caminho na linguagem: “Gilberto Kassab, prefeito descassado de São Paulo…”

Por que o absurdo se revela na linguagem? Porque estamos diante de um absurdo de fato. O juiz de primeira instância decidiu cassar Kassab, mas cassado ele não está. Não segundo a lei. Por enquanto, cassaram-no apenas o juiz Silveira e parte da imprensa — aquela parte que, aliás, nunca se conformou com a sua eleição.

Ah, sim: quanto ao prejuízo causado a José Serra, dizer o quê? Antes que se tenha uma pesquisa para prová-lo, tudo não passa de especulação ou expressão de uma vontade. Nunca ninguém especulou sobre eventuais prejuízos que o apoio de Lula a Sarney poderia trazer. Esse é o tipo de dúvida que só pode ser levantada com os adversários do PT.

Terão tempo os jornais de descobrir que existem também os leitores não-petistas? Não sei. Torço por isso, mas sou pessimista quanto a este particular.




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26/10/2008 free counters

COMO DESMORALIZAR A JUSTIÇA E ENGANAR TROUXAS




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 | 11:46

Alguns inocentes úteis — e inúteis — vêm com a cascata de que o juiz Aloisio Sérgio Resende Silveira só está sendo rigoroso na sua decisão de cassar o mandato do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). É mesmo?

Rigoroso contra a jurisprudência do TSE? Rigoroso quando os motivos alegados para a ainda INEXISTENTE cassação do prefeito cassariam o mandato de quase todos os políticos eleitos no Brasil, a começar do presidente da República? Isso não é rigor!

Quem, em primeira instância, decide TENDO A CERTEZA ABSOLUTA de que sua decisão será revista numa instância superior porque a sentença fere a ordem jurídica NÃO ESTÁ SENDO RIGOROSO, MAS CONTRIBUINDO PARA DESMORALIZAR A JUSTIÇA. Já vimos isso acontecer em outras áreas da Justiça.

Estamos, então, falando de juízes que não se conformam com a ordem jurídica brasileira e decidem fazer a sua própria “reforma do Judiciário”. Parece — e falo em tese, não do juiz Silveira necessariamente — que os vejo na mesa de bar a bater no peito: “Eu estou fazendo a minha parte; se o sistema vai mudar a decisão, não é culpa minha”.

E um juiz só faz a sua parte quando e se cumpre a lei. Ele não existe para corrigir o que acha errado no ordenamento jurídico. Fosse assim, não teríamos juízes, mas autocratas de toga. E os setores energúmenos da imprensa que urram de felicidade e vertem sua baba energúmena de satisfação estão botando, para varias, a própria cabeça na guilhotina.




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26/10/2008 free counters

NOS BONS TEMPOS? NÃO! NOS TEMPOS DA BOA TÉCNICA



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 | 14:15

Não vou eu aqui dar uma de saudosista sobre “os bons tempos do jornalismo”… Esse negócio de “bons tempos” quase sempre é fantasia da memória. Tendemos a eliminar lembranças ruins e a idealizar o passado. No fim das contas, é só uma operação de humana precariedade. Quase sempre, temos é saudade de quando éramos mias jovens, não dos fatos que acompanhavam aquela juventude. Assim, não sou saudosista, nostálgico ou coisa parecida.

Mas é fato que já há houve, na média, mais rigor técnico no jornalismo. A primeira tarefa indeclinável dos chefes de reportagem desde que o tal juiz decidiu cassar “Kassab” era conclamar a reportagem a exibir os fundamentos técnicos que embasaram a decisão. Mas não bastava expô-los: teria sido preciso, em seguida, confrontá-los com o que dizem a lei e a jurisprudência. Em vez disso, o que tivemos foi a exibição burra e desinformada da “numerália” que, supostamente, daria sustentação à decisão do juiz.

A outra tarefa indeclinável era — e é — verificar quantos dos medalhões da política, a começar do nº 1, poderiam ser cassados segundo esse mesmo critério. Se forem consideradas ilegais as doações feitas a Lula também das empresas que “não são diretamente concessionárias de serviços públicos, mas apenas integrantes, acionistas, investidoras, associadas em consórcio ou sob a forma de holding ou conglomerado econômico que, em derradeira análise, seriam os concessionários diretos”, CERTAMENTE SERÁ PRECISO CASSAR O MANDATO DO PRESIDENTE. Quem se habilita?

Aliás, meus caros, saibam que a jurisprudência firmada no TSE se deu justamente no julgamento de um caso envolvendo as contas de… LULA!!!

Mas vocês sabem: O QUE VALE PARA LULA NÃO VALE PARA KASSAB!







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26/10/2008 free counters

NÃO SOU ISENTO E DIGO POR QUÊ. OU: BLOG SEM LEITOR É COMO PIU-PIU SEM FRAJOLA




segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 | 17:17

Essa história sobre a cassação (QUE NÃO HOUVE) de Gilberto Kassab mexe com várias áreas da experiência democrática: Justiça, imprensa, leitores… Recebo manifestações de todo tipo.

A “canalha”, vocês imaginam o que diz, não? Vem lá do subjornalismo de aluguel com aquele cacarejar muito característico. Ignoro. Há os que se preocupam comigo: “Pô, Reinaldo, não vale a pena defender Kassab…” Com os diabos!!! Defender Kassab???

- ESTOU DEFENDENDO O ESTADO DE DIREITO!
- ESTOU DEFENDENDO A SEGURANÇA JURÍDICA!
- ESTOU DEFENDENDO A JURISPRUDÊNCIA DO TSE!

Se isso, no caso, quer dizer a defesa de Kassab, paciência!!! Se quisesse dizer a defesa do capeta, paciência! Já defendi até José Dirceu, ora essa!!!

Não me lembro direito do caso e não vou procurar agora, mas está na rede. Certa feita, ainda no Primeira Leitura (acho), considerei que o petista havia sido vítima de uma arbitrariedade qualquer. E escrevi que era arbitrariedade. Em seu blog (aquele em outro formato, não este de agora — não sei se ainda está em arquivo), Dirceu me usou para se defender: “Até o colunista de direita (!!!) Reinaldo Azevedo disse que…”

EU ESTOU POUCO ME IMPORTANDO, MESMO!!!, PARA O QUE POSSAM DIZER DAQUILO QUE DIGO, ENTENDERAM? No dia em que eu estiver preocupado em não escrever isto ou aquilo com receio da reação alheia, então é melhor parar e optar por fazer assessoria de imprensa. É uma profissão respeitável como qualquer outra, deixo claro. Mas não é esta.

Conto o caso de Dirceu porque não deixará de ser a muitos surpreendente. Mas deixo bem claro que não estou buscando, com isso, demonstrar a minha “isenção” no caso Kassab. Eu só reconheço autoridade a dois “juizes” da minha isenção:

1 - um é a VEJA: mesmo a revista tendo, em muitos casos, pontos de vista distintos dos meus, mantém a parceria porque considera aceitável o que aqui se faz; se um dia deixar de considerar, saberá dizê-lo;
2 - o outro é o leitor: um blog sem leitores é como aquela música de Claudinho e Buchecha:
“Avião sem asa; futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola”

Não fico batendo no peito para me dizer isento. Acho isso uma chatice. Escrevo o que acho que devo, exponho-me a críticas e critico o que os outros escrevem quando acho que é o caso. Sou isento? Sei lá o que querem dizer com isso. Se significar não ser beneficiário nem da cassação nem da “descassação”, então sou. Se significar ser indiferente ao cumprimento ou não da jurisprudência do TSE, então eu não sou.

O “outro lado” do que diz respeito à lei não é um ponto de vista válido como qualquer outro; o “outro lado” do que diz respeito à lei é a ilegalidade. E, nesse caso, DEFINITIVAMENTE, NÃO SOU ISENTO.






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26/10/2008 free counters

OS IDIOTAS, O HOSPÍCIO E A JUSTIÇA



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010 |

Petralha vagabundo não sabe ler. No post abaixo, escrevi:
“Sim, Aloísio Sérgio Resende Silveira, o mesmo juiz que “cassou” o mandato de Gilberto Kassab e de oito vereadores, concedeu efeito suspensivo da sentença até que a questão seja julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Também isso era parte do show.”

Onde está escrito aí que o efeito suspensivo não era regra do jogo e , pois, “parte do show”, como escrevi? Vão comer “verde”, como recomendou Dilma na TV! Não apontei “contradição” nenhuma, idiotas! TODAS AS REPORTAGENS A RESPEITO DO CASO FALAVAM DISSO. EU MESMO ESTAVA MARTELANDO QUE ERA UM ERRO ESCREVER QUE KASSAB HAVIA SIDO CASSADO.

O que interessa discutir, os animais ignoram. E o que interessa discutir? O juiz que cassou e suspendeu considera que qualquer vínculo, indireto que seja, com uma concessionária de serviço público já impede pessoa ou empresa de fazer doação. O entendimento é dele. O TSE entende outra coisa, quase contrária.

Pois bem: ilegal é ilegal, certo? Mas quando, na cabeça do juiz, o ilegal resulta em cassação? Ora, quando o valor total ultrapassa 20%. Por que 20%? Ah, porque ele quer. Assim, conclui-se que, para ele, a bandalheira tem uma teto de tolerância: 20%. Acima disso, ele já acha que está caracterizado um abuso.

Entenderam a lógica? Assim, houvesse doação REALMENTE ILEGAL, DE CONCESSIONÁRIA MESMO, DO TIPO PROIBIDO POR LEI, O JUIZ DIRIA “TUDO BEM” — mas só até 20%, hein!!!

Vênia máxima, isso parece mais hospício do que Justiça.







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26/10/2008 free counters

Após dois meses, jovem agredido com taco em livraria de SP continua em UTI


da Folha Online

Dois meses após ter sido agredido com um taco de beisebol dentro de uma livraria em São Paulo, o estudante e designer Henrique Carvalho Pereira, 21, permanece internado em estado gravíssimo na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas. Pereira foi atacado com golpes de taco na cabeça no dia 21 de dezembro do ano passado, quando folheava um livro.


Nesta segunda-feira, a assessoria do HC informou que ele ainda respira com a ajuda de aparelhos e não há uma previsão para que deixa o hospital.

Divulgação
Vaca criada pelo designer Henrique Carvalho Pereira; jovem  permanece internado em UTI
Vaca criada pelo designer Henrique Carvalho Pereira; jovem permanece internado em UTI

A instituição não informou por quantas cirurgias o rapaz passou, porém, até final do ano passado, ele já havia sido submetido a duas cirurgias neurológicas.

Pereira foi atacado por um homem de 38 anos, identificado como Alexandre Fernando Aleixo, quando folheava um livro na livraria Cultura, no Conjunto Nacional, localizado na avenida Paulista (região central).

Segundo a Polícia Civil, aparentemente, eles não se conheciam e Aleixo já havia quebrado uma vitrine no mesmo setor de artes da livraria no ano passado. O circuito interno de segurança da loja registrou a ação e Aleixo foi preso.

Na ocasião da agressão, a mãe de Aleixo afirmou à Folha, muito emocionada, que o filho tem histórico de problemas psiquiátricos e internações.

Cow Parade

Desde o mês passado, uma vaca criada pelo designer agredido está exposta na região central da cidade, como parte da exposição Cow Parade.

Intitulada "Vaca de Sampa", a obra de Rique --como o estudante é conhecido-- é uma das cerca de 90 vacas selecionadas para decorar a cidade. A obra pode ser vista na avenida Brigadeiro Luís Antônio, no número 957.

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26/10/2008 free counters

Desaparecidos após inundações na Ilha da Madeira chegam a 32



MIGUEL PEREIRA
da Reuters, em Funchal

Chegou hoje a 32 o total de pessoas desaparecidas após as inundações na Ilha da Madeira, segundo autoridades. O número é superior à estimativa anterior, que era de quatro, e pode indicar que os mortos, atualmente em 42, também irão aumentar. Trata-se do pior desastre natural sofrido por Portugal em décadas.

Armando Franca/AP
Policial observa carro coberto por pedras após inundações em  Funchal, Ilha da Madeira
Policial observa carro coberto por pedras após inundações em Funchal, Ilha da Madeira

"O número de desaparecidos cresceu porque, com o restabelecimento das comunicações, as pessoas começaram a dar informações sobre parentes desaparecidos", explicou a jornalistas o vice-presidente do governo semiautônomo de Madeira, João Cunha e Silva.

Ele também confirmou a morte de 42 pessoas e disse que 370 ficaram desabrigadas na ilha, que recebe milhares de turistas por ano.

Os funcionários dos serviços de resgate retiravam os escombros para encontrar sobreviventes e limpar a área depois das chuvas torrenciais que no sábado transformaram córregos em rios, que varreram a capital da ilha, virando carros, destruindo casas e bloqueando estradas.

Os esforços se concentraram, em princípio, na capital Funchal, mas conforme as estradas foram sendo reabertas, ficou evidente que as inundações também afetaram os povoados do interior da ilha montanhosa. O governo de Portugal prometeu enviar rapidamente ajuda econômica a Madeira.

"Em nível nacional e em nível da União Europeia [UE] colocaremos em prática toda a ajuda necessária", afirmou a jornalistas o ministro do Interior, Rui Pereira, depois de uma reunião especial do gabinete que declarou três dias de luto.

Um britânico morreu no desastre, que registrou a pior perda de vidas no país desde que uma ponte caiu sobre o Rio Douro e deixou 59 mortos, em 2001.

O jogador de futebol do Real Madrid Cristiano Ronaldo, o filho mais famoso da ilha, disse que jogará uma partida beneficente para Madeira organizada pelo campeão português, o Porto.






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26/10/2008 free counters

Transmitirán telenovelas por iPod y celular


Univision Communications Inc. anunció que por primera vez comenzará a transmitir telenovelas completas a través de iPods y ciertos teléfonos celulares en Estados Unidos, a la vez que creará en su portal un canal exclusivo para webnovelas y telenovelas.

El nuevo canal tiene previsto su lanzamiento en primavera y también incluirá foros, noticias, chismes, grabaciones detrás de las cámaras, directorio de personajes y ficha general de novelas, agregó en un comunicado Univision Interactive Media, Inc., división digital del conglomerado de medios con sede en Nueva York.

La mayor parte del contenido de ``Novelas y series'' sería producido por terceros como Azteca América, cadena en Estados Unidos del Grupo Salinas de México, RCN Televisión S.A., de Colombia; y Dori Media Group Ltd., con sede en Israel. Por su parte, Univision ya está en el proceso de pre-producción de dos webnovelas, o telenovelas para internet, propias.

Las exitosas telenovelas de Grupo Televisa SA, socio de Univision, no serán incluidas en el nuevo canal debido a un fallo judicial que impide que el contenido de la empresa mexicana se lleve a Internet en Estados Unidos. Actualmente, sólo una novela de Univision puede ser vista en iPods y celulares: ``Mujeres asesinas 2''.

Los antecedentes a esta iniciativa son prometedores, la webnovela ``Vidas Cruzadas'' generó más de 2,5 millones de reproducciones en aparatos de los usuarios en Estados Unidos convirtiéndose en uno de los dos contenidos más vistos en la historia de la cadena y sólo fue vista en internet.

En enero, Univision.com recibió 279.000 visitantes que vieron poco más de ocho millones de videos transmitidos pos su servidor, según Nielsen Co.

``Hemos aumentado significativamente nuestro enfoque en la importancia del video y estamos entusiasmados con la oportunidad de ofrecer novelas de alta calidad a nuestro público en línea y móvil'', dijo en un comunicado Kevin Conroy, presidente de Univision Interactive Media.

Con casi ocho millones reproducciones, o streams, en Estados Unidos, ``Nuestra belleza latina'', del año pasado, es el contenido más visto en el sitio de univisión, mientras que el ``Concierto Paz sin Fronteras'', realizado en Cuba el 2009 por iniciativa del rockero Juanes, es el evento en vivi transmitido por internet más visto en la historia de la cadena, tras haber sido reproducido en 140.000 aparatos en Estados Unidos, de acuerdo con Univision.

El anuncio ocurre días después de que la Oficina del Censo indicó que el número de hogares latinos conectados a la internet en Estados Unidos aumentó 10%, de 5,9 a 7,3 millones, en los últimos dos años, mientras que el total de familias hispanas con servicio de banda ancha subió en 13%, de 4,8 a 6,6 millones.







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26/10/2008 free counters

ABC'S "LOST" SEASON 6 OPENER DELIVERS BIG INCREASES IN DVR PLAYBACK




Released by ABC
[NOTE: The following article is a press release issued by the aforementioned network and/or company. Any errors, typos, etc. are attributed to the original author. The release is reproduced solely for the dissemination of the enclosed information.]

Primetime Ratings Report For the week of February 2, 2010 (Live + 7 Day Program Ratings)

ABC's "Lost" Season 6 Opener Delivers Big Increases in DVR Playback, the Series' Biggest-Ever Premiere Jump of 2.2 Million Viewers and 1.1 Rating Point

ABC's "Grey's Anatomy" is Once Again TV' Biggest Gainer in the DVR Numbers, while ABC's "Modern Family" is the Top Freshman Gainer

"Grey's," "Lost" and "Modern Family" Each Surge by Over 2 Million Viewers

Week No. 20: Live + 7 Day Ratings:

Based on Nielsen's Live + 7 Day information for the week of February 1, 2010, which included the first round of data for the Season 6 of "Lost," the 6th-year ABC drama premiere picked up an additional 2.2 million viewers (12.1 million to 14.3 million) and 1.1 Adult 18-49 rating points (5.6 rating to 6.7 rating) through DVR playback from its first-reported overnight numbers. In fact in terms of actual gains and percentage gains, it was the biggest-ever increase for a "Lost" season opener through DVR playback. In the finalized numbers, "Lost" stood as the week's No. 1 scripted TV show with Adults 18-49.

During the week, ABC's "Grey's Anatomy" was once again TV's most-played-back show, while "Lost," "Modern Family" and "Private Practice" all saw substantial gains in the finalized DVR playback averages.

ABC claimed 3 of TV's Top 8 biggest overall gainers, with each show jumping by more than 2 million viewers: "Grey's Anatomy" No. 1 (+2.758 million), "Lost" No. 5 (+2.207 million) and "Modern Family" No. 8 (+2.164 million biggest freshman gainer).

Among Adults 18-49, ABC aired 4 of the Top 10 TV series with the biggest rating increases: "Grey's Anatomy" No. 1 (+1.4 rating points/+31%), "Lost" No. 4 (+1.1 rating/+20%), "Modern Family" No. 4 (+1.1 rating/+28% - biggest freshman gainer) and "Private Practice" No. 10 (+0.8 rating/+24%).

A note about increasing DVR penetration and year-to-year rating comparisons: Year-to-year rating comparisons based on the Live + Same Day data stream are distorted by the level of DVR penetration in the Nielsen sample, which has jumped up to 36% currently, from 30% at the same point in 2009. More viewers are watching shows on their own timetables, which may not be reflected in the overnight next day numbers. The only truly valid year-to-year comparison would be one based on the Live + 7 Day metric, once those stats are released by Nielsen.

Source: The Nielsen Company (National Live+7 Day Program Ratings vs. Live + Same Day Program Ratings), week of 2/2/10








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26/10/2008 free counters

Lost's Greatest Character Arcs That Went Nowhere



Just as Lost's Island ping-pongs through spacetime, its characters have undergone wheeling personality shifts. Unfortunately, some of these character developments became eclipsed by the show's sprawling tapestry of weirdness. Here are 7 character plots the Smoke Monster apparently ate.

7.) Charlie The Creeper

After Charlie's noble sacrifice at the end of Season 3, most references to him have been nothing but hagiographical - Desmond named his son after the former Drive Shaft bassist, for Pete's sake - but remember in Season 2 when the jocular junkie was up to the somewhat unforgivable shit? Kidnapping and baptizing Aaron in the middle of the night? Pretending to kidnap Sun to make Locke look incompetent? Sure, the guy was recovering smack addict, but for while there it looked as if the Survivors would have a deranged wild card among their ranks. That would've made for great TV.

6.) Malibu Sayid

Sayid Jarrah's big shtick Season 1 was that he was a member of the Iraqi Republican Guard (remember, this was 2004, it was topical). Given the fact that Sayid was a Saddam-administration hard-ass, it was pretty hilarious to see him shack up with all-American ice queen Shannon. Even when Ana-Lucia shot her, he still remained an interesting character, as he was chock full of righteous rage. Since then, Sayid hasn't whispered a peep about Shannon. It's wild. He never mentions this earth-shattering moment in his life again. Then again, when you're on the Island, an earth-shattering moment happens every 10 minutes.



5.) Miles' Daddy Issues

I like Miles Straume. He's got the acerbicness of early Sawyer and we both had the same awful haircut when we were teenagers. In Season 5, he finally got to know his dad, Dharma grump Pierre Chang, whose death/continuation of his own timeline without his son/whatever the heck his fate was when Jughead went off was the real heartbreaker of last year's finale. Sure we'll miss Juliet, but her death seemed a smidge shoehorned in to give the Jack-Sawyer-Kate-Juliet love trapezoid more poignancy. Miles' loss was like some horrible version of the Back to The Future in which Marty watches the Hill Valley High School prom burn down with everyone inside. I hope Season 6 will address his grief, particularly since Pierre Chang was secretly [SPOILERS] Master Shredder.



4.) The Crabby Jin

When Jin and Sun crashed on the Island, their marriage was in shambles, what with Jin being Mr. Paik's legbreaker and all. These were Jin's salad days as a fun character. He'd frown for entire episodes, only stopping intermittently to throw a right hook. Fortunately for the Kwons, 100 days marooned on a spooky island was more effective than years of marital counseling. Jin's volte-face from his mob persona was less enjoyable for audiences, as it effectively relegated Jin to sidekick status.

3.) The Vengeful Sun

Remember when Sun hostilely took over her father's company and devoted 3 years and her newfound millions to killing Ben Linus? Remember how her years of presumably meticulous planning culminated with her pulling a gun on him in a parking lot? Remember how long it took for Ben to talk her out of her vendetta? Goddammit, Sun - you had the potential to be such a player, but now you're just hanging around with Lapidus with your go-to look of befuddlement on your face.



2.) The Monster Eats The Pilot

We now know the Smoke Monster has a method to its madness and won't attack for the hell of it - the "security system" would rather steal an identity (i.e., Eko's brother, Rosseau's shipmates) or judge someone for his or her "sins" (Eko). Its only truly inexplicable victim was the pilot, Seth Norris, from the very first episode. Given that Smokey brutally killed the pilot in a manner akin to Eko, we can only assume that Seth harbored the darkest of all the Survivors' dark secrets and was thus judged and killed tout de suite. R.I.P. Seth Norris - your unknown transgressions were too horrible for network television.



1.) Jack's "Locke Problem"

At the end of Season 1, Jack foreshadowed that John Locke would be the Big Bad for the next season. Remember this quote from the last episode of Season 1?

"Everybody wants me to be a leader until I make a decision that they don't like. You want to keep second guessing me, Kate? That's your call. There's something that you need to know. If we survive this, if we survive tonight we're going to have a Locke problem and I have to know that you've got my back."

Did Jack have a Locke problem? Well, sort of. Locke's always been a minor pain in the ass, prattling on about what he can and cannot do and throwing knives at people's torsos. But was he ever the season-wide threat that Jack intimated he'd be? No, during Season 2, Ben assumed that role. In sum, viewers waited an entire season for a Locke problem that never materialized. Suffice to say, there was a Locke problem, but it was as relevant as how the Survivors kept all their hairdos so coiffed and lustrous.







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