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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Justiça condena plano a pagar R$ 19 mil por negar material a paciente

Cliente já estava na mesa de cirurgia.
Com recusa, marido teve que passar três cheques pré-datados.

A Justiça do Rio condenou a Bradesco Saúde a pagar uma indenização de R$ 7 mil por dano moral a uma paciente que teve o material de sua cirurgia recusado no momento em que já estava na mesa de operação. A empresa terá que ressarci-la ainda em R$ 12 mil, valor pago por seu marido com três cheques pré-datados para que ela pudesse ser operada.

A decisão foi do desembargador Horácio dos Santos Ribeiro Neto, da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que confirmou a sentença. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, a empresa pode recorrer da decisão.

‘Quem contrata plano de saúde quer tranquilidade’, diz decisão

Segundo o tribunal, a cliente tinha o plano desde 1998 e, em setembro de 2008, teve que ser submetida a uma angioplastia com o uso de um stent, estrutura metálica colocada na artéria coronária para mantê-la aberta após a cirurgia.

“A cláusula que exclui o fornecimento do material a ser utilizado em cirurgia inegavelmente restringe direitos inerentes à natureza do contrato, ameaçando seu objeto. Se a apelante se obrigou a custear a cirurgia da apelada, não pode pretender ter-se obrigado parcialmente, excluindo-se os materiais utilizados no ato cirúrgico”, afirmou o desembargador na decisão, ressaltando não ter dúvida de que a paciente sofreu danos morais.

“Quem contrata plano de saúde quer tranquilidade, segurança. Não quer, quando precisar, ter que recorrer ao Judiciário para ver seu direito assegurado”.

Procurada pelo G1, a Bradesco Saúde informou que foi intimada no último dia 27 de março e "está analisando os termos da decisão.”

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26/10/2008 free counters

Berlusconi decreta estado de emergência e o desbloqueio de 30 milhões de euros


Primeiro-ministro visitou região afetada de helicóptero.
Mais de 150 pessoas morreram com terremoto.

Do G1, com agências


O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi decretou estado de emergência na região afetada pelo terremoto, nesta segunda-feira (6).

O premiê cancelou a agenda (iria viajar para Moscou) e visitou de helicóptero a região atingida. O número de mortos atinge 150. Ficaram feridas 1.500 pessoas, e pelo menos 70 mil estão desabrigadas, segundo as autoridades. Os desabrigados passariam a noite em tendas improvisadas e hotéis, segundo o governo. L'Aquila, pequena cidade medieval de 60 mil habitantes que foi a mais atingida pelo tremor, vive uma noite de "cidade fantasma".


Foto: Livio Anticoli/Reuters

Silvio Berlusconi sobrevoa região afetada por terremoto, em L´Aquila (Foto: Livio Anticoli/Reuters)

Berlusconi fez uma reunião extraordinária com o conselho de ministros e anunciou o desbloqueio de 30 milhões de euros do fundo de emergência.

“É uma tragédia sem precedentes nos anos recentes”, disse o primeiro-ministro.

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira que doará US$ 50 mil em ajuda de emergência para os desabrigados pelo terremoto

O Papa Bento XVI rezou pelas vítimas, em particular pelas crianças, informou o escritório de imprensa do Vaticano. "O Papa expressa sua dor à população afetada e oferece orações pela vítimas, em particular pelas crianças", diz a nota.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma nota de condolência ao seu colega italiano, Giorgio Napolitano, por conta da tragédia.

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26/10/2008 free counters

No picadeiro do G-20


Sex, 03/04/09

Lula será bonzinho com o FMI, Barack é irreverente, Michelle tem lindos braços. Essa soma dá 1 trilhão de dólares e leva euforia às bolsas. Acredita nisso quem quiser.

Quem não quiser, verifica que no dia seguinte à salvação do mundo as bolsas recuam, “por causa do desemprego nos EUA”. Segunda-feira o mercado vai subir (ou cair), por causa de alguma outra coisa que ele vai escolher na hora.

Se a situação voltar a piorar, Michelle vai ter que malhar um pouco mais. Talvez Barack tenha que assistir a um jogo do Corinthians com Lula. Aí as bolsas se acalmam.

Esse cotidiano da crise deveria passar a ser ditado por Gilberto Braga e Benedito Ruy Barbosa. Chega de intermediários.

O G-20 vai combater a escassez de crédito com um cerco aos paraísos fiscais? Só rindo. O G-20 vai dar a receita de bolo para os bancos do mundo inteiro operarem com segurança? Ok, conta agora a do papagaio (com duplo sentido).

A circulação do dinheiro estava livre demais, com alavancas arriscadas demais. Irresponsabilidade e ganância, certamente. Mas ousadia também. Circulação de dinheiro gera riqueza, mesmo que parte dos ativos seja artificial – tão artificial quanto uma reunião do G-20.

Agora Paul Krugman e os bem pensantes gritam que a salvação do mundo está na intervenção estatal, esse neo-keynesianismo de padaria. De repente, essas máquinas burocráticas caindo de podre são o bálsamo da modernidade. Hugo Chávez para presidente do G-20!

Governos e bancos vão aumentar um pouco a regulação para limpar a barra dos rombos. E esse trilhão (seja lá o que ele for) sairá da poupança gerada pela bonança dos últimos dez anos. O preço da farra será pago pela farra.

Enquanto cospe no prato que comeu, o mundo civilizado se distrai falando mal dos bancos e bem dos braços de Michelle. Risco zero.

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26/10/2008 free counters

Saudades da crise


Seg, 06/04/09


Falando baixo para não chatear Paul Krugman e outros luminares que compararam a crise atual com a Grande Depressão dos anos 30… E a China, hein?

Enquanto o sistema financeiro ocidental é tratado como a besta do apocalipse, a Coréia do Norte põe no mercado ações da sua hecatombe nuclear. E a China, darling dos moderninhos ocidentais, desponta como principal acionista do delírio atômico norte-coreano.

Os bin ladens de olhos puxados estão testando seu brinquedo capaz de explodir o Alasca. E o que faz a ONU? Para variar, nada.

A ONU não fazer nada é normal, mas nesse caso o mundo não vai punir os malucos coreanos porque a China não quer. No tal conselho de segurança (sic) que o Brasil implora para entrar, os chineses avisaram que a ditadura vizinha pode continuar com sua chantagem atômica.

Eis a escolha brasileira: implicar com os brancos de olhos azuis e puxar o saco dos amarelos de olhos puxados – esses que brincam de explodir o mundo.

Recentemente, a tara brasileira do bloco terceiromundista com as ditaduras orientais propôs o abandono do dólar nas trocas comerciais. Abaixo o colonialismo yankee! Que tal adotar o plutônio como a nova moeda?

Enquanto os paleontólogos da crise de 29 disputam quem faz o poema mais sujo sobre Alan Greenspan, os comunistas de mercado preparam em paz sua guerra.

Eles ainda vão deixar o mundo com saudades da crise de 2009.

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26/10/2008 free counters

Duda decide se vingar de Opash em 'Caminho das Índias'


06 de abril de 2009 • 15h33 • atualizado às 15h33

Duda contrata as hijdras para se vingar de Opash
Duda contrata as hijdras para se vingar de Opash
06 de abril de 2009
TV Globo/Reprodução


Duda (Tânia Khalil) decide se vingar do ex-sogro, Opash (Tony Ramos), depois que ele a humilhou. A moça decide procurar as hijdras, que são contratadas na Índia quando alguém quer cobrar uma dívida. "Dizem que elas fazem escândalos inesquecíveis (...). Vamos ver se Oprash resiste", diz Duda a amiga Chiara (Vera Fischer).

No dia seguinte, as hijdras aparecem na Ananda Tecidos, loja de Opash. Elas falam alto, chamam a atenção de todos e dizem que querem falar com o dono da loja. Depois de tentar se esconder Opash resolve atendê-las e diz que não deve nada.

Mas elas dizem que ele tem uma dívida no exterior, citam o nome do hotel onde Duda está hospedada e acrescentam: "Se Oprash precisar, nós vamos lembrar qual é a dívida."

O pai de Raj (Rodrigo Lombardi) pede que não revelem nada e diz que vai para o hotel se encontrar com Duda. "E nós vamos seguindo o carro. Não tente fugir, nós estamos com alto falante", disseram as hijdras.

Essas cenas estão previstas para ir ao ar a partir desta terça-feira.

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26/10/2008 free counters

CutMovie.co.uk - Brought to you by Women's Aid HD version

CutMovie.co.uk - Brought to you by Women's Aid HD version


Keira Knightley stars in this shocking new short film, directed by Joe Wright and brought to you by Women's Aid - the UK's domestic abuse charity. http://www.cutmovie.co.uk

0808 2000 247 Free phone 24 hr National Domestic Violence Helpline

Atriz Keira Knightley apanha do 'marido' em comercial

Estrela de 'Piratas do Caribe' atua em anúncio contra violência doméstica.
Campanha começa a ser veiculada nesta quinta (2) na Inglaterra

A atriz inglesa Keira Knightley é a protagonista de uma campanha publicitária lançada nesta quinta-feira (2) no Reino Unido para alertar sobre a violência contra as mulheres. No comercial, a estrela de "Piratas do Caribe" aparece apanhando brutalmente do marido.

Com dois minutos de duração, o vídeo mostra Keira voltando para casa após uma filmagem. Quando chega ao apartamento, ela é agredida por um ator que faz papel de seu marido.

O anúncio, dirigido pelo cineasta britânico Joe Wright (que trabalhou com a atriz em "Desejo e reparação" e "Orgulho e preconceito"), termina perguntando ao espectador se já não é hora de alguém gritar "corta!".

Knightley afirma que quis participar da campanha porque "apesar de raramente se ouvir falar disso, a violência doméstica acontece em todas as camadas da sociedade".

A iniciativa parte da ONG "Women's Aid", segundo a qual a cada semana duas mulheres morrem em consequência da violência de maridos e namorados.

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26/10/2008 free counters

Chefs comandam aulas de cozinha brasileira na Barra


Foto Divulgação Uma ótima (e grátis) dica para quem gosta de cozinhar e quer aperfeiçoar seus conhecimentos. té o dia 9 de abril Chefs do curso de gastronomia da Universidade Estácio de Sá comandam aulas de cozinha brasileira no shopping Rio Design Barra.

Na última sexta, as professoras Cristina Lontro, Renata Machado e Sonia Fiametti, ensinaram a receita de moqueca capixaba (foto ao lado) para mais de 40 pessoas, com direito à degustação. As aulas acontecem de segunda a sexta às 20h e aos domingos às 17h.

No próximo dia 9/4 (quinta-feira) a aula ensinará como fazer um fricassé de siri. Recomendo! Mas há muito mais (confira a programação aqui).

Ainda há vagas para as próximas aulas. Os interessados devem se inscrever pelo site do shopping (www.riodesign.com.br).

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26/10/2008 free counters

Pfizer negocia con Nigeria un acuerdo extrajudicial por la muerte de 11 niños en ensayos clínicos


La justicia de EE UU se declara competente para juzgar el caso

ELPAÍS.com - Madrid - 06/04/2009

La mayor farmacéutica del mundo, Pfizer, negocia con el Gobierno de Nigeria un acuerdo extrajudicial para evitar un juicio por la muerte de 11 niños en el país africano en el ensayo clínico de un medicamento llamado Trovan. En un comunicado, la compañía señala que "estamos dialogando y hemos hecho progresos, aunque aún hay importantes cuestiones que deben ser resueltas antes de alcanzar un acuerdo final". El diario británico The Independent informa hoy de que el gigante farmacéutico pagará 55 millones de euros en concepto de indemnización a las familias afectadas.


En 1996, Nigeria sufrió una epidemia de meningitis que terminó con la vida de al menos 11.000 personas. En medio de la crisis humanitaria, Pfizer, famosa por haber inventado la Viagra, envió a un grupo de médicos que colocó su centro de operaciones al lado de un centro médico gestionado por Médicos sin Fronteras, que intentaba detener la tragedia gracias a medicinas cuya fiabilidad estaba demostrada. Los facultativos enviados por la farmacéutica captaron a 200 niños y prometieron a sus familias que los curarían. Once de aquellos niños murieron y muchos más sufrieron efectos secundarios graves, incluidos daños cerebrales. Pese a que la alerta sanitaria persistía, el fracaso de la terapia experimental de Pfizer llevó a la empresa a desmantelar su dispositivo apenas dos semanas después de llegar a la zona sin ofrecer información sobre los experimentos.

La historia es una de tantas que ocurren en África y que en numerosas ocasiones han sido carne de novela o de película. No en vano, John Le Carré escribió El jardinero fiel, cuya adaptación a la gran pantalla consiguió cuatro Oscar, a partir de los hechos ocurridos aquel 1996 en Nigeria, según alegan los demandantes.

En lugar de acabar lo ocurrido en el baúl de los recuerdos, la conciencia de uno de los investigadores que participó en la misión de Pfizer le llevó a denunciar los hechos en su propia empresa mediante una carta dirigida al máximo directivo de la compañía, William Steere. En ella, el médico advertía de lo sucedido y aseguraba que las pruebas realizadas por Pfizer habían "violado normas éticas". Un día después de enviar la carta, el empleado fue despedido, aunque la farmacéutica alegó que la medida no tenía relación con la misiva.

Pfizer siempre ha mantenido que contaba con el permiso de las autoridades sanitarias del país para probar el nuevo medicamento y que recabó el permiso de los padres, algo que ellos niegan. Además, la farmacéutica afirma que sólo seis de los niños murieron tras administrárseles Trovan y que los otros cinco fallecieron tras recibir dosis de Rocephin, un producto certificado.

Nueve años después, la batalla legal iniciada por un grupo de familiares de los niños afectados y conducida por un abogado nigeriano y otro estadounidense podría dar sus frutos. El que pueda llegarse a un acuerdo extrajudicial no evitaría que el caso pueda seguir vivo en Estados Unidos, donde un tribunal de apelación del Estado de Nueva York ha dado vía libre para que el caso pueda ser admitido a trámite en el país donde radica la compañía.

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26/10/2008 free counters

Clinton urge a la ONU a condenar la escalada nuclear de Corea del Norte


La secretaria de Estado de EE UU tilda de "provocación" el lanzamiento del misil

REUTERS - Washington - 06/04/2009


La secretaria de Estado estadounidense, Hillary Clinton, ha urgido este lunes a Naciones Unidas a que adopte una posición de firmeza frente a la escalada nuclear de Corea del Norte, cuyas autoridades han desafiado a la comunidad internacional con el lanzamiento, el pasado fin de semana, de un cohete de comunicaciones que Washington y sus aliados regionales (Japón y Corea del Sur) sospechan que se trata de un misil balístico de largo alcance.


Corea del Norte desafía la presión internacional con el lanzamiento de un misil que sobrevuela Japón

VIDEO - AGENCIA ATLAS - 05-04-2009

Obama ha calificado de "provocación" el lanzamiento - AGENCIA ATLAS


Las declaraciones de Clinton se producen un día después de que el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas no llegara a un acuerdo sobre la imposición de sanciones al régimen de Pyongyang por la negativa de Pekín y Moscú, con derecho a veto, a aplicar un castigo. No obstante, sus miembros

continuarán las conversaciones para determinar qué respuesta debe llevarse a cabo, teniendo en cuenta la "seriedad de la situación".

Clinton ha calificado el lanzamiento del misil de "acto provocativo" con graves implicaciones. "Corea del Norte tiene que saber que todos los esfuerzos para obtener los objetivos que expresó como deseo en las conversaciones a seis partes -China, Rusia, EE UU, Japón y las dos Coreas- están en riesgo".

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26/10/2008 free counters

FOTOS: Imágenes de la tragedia que ha sacudido el centro de Italia

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26/10/2008 free counters

100.000 italianos al raso

Miles de personas esperan en estadios al aire libre

Imágenes aéreas de Los Abruzos. | Corriere.tv

Un grupo de mujeres aguardan en la calle en Ona. | Efe

Un grupo de mujeres aguardan en la calle en Ona. | Efe

  • 70.000 personas se han quedado sin hogar y 10.000 casas se han derrumbado
  • Según los medios italianos, más de 100.000 personas han sido evacuadas
  • Miles de vecinos pasan la noche al aire libre por temor a nuevos seísmos
  • Las fuertes lluvias de la tarde complican la situación de los afectados

Paganica es un pueblo fantasma. Esta pequeña localidad de Los Abruzos, a unos ocho kilómetros de L'Aquila, es el epicentro del terremoto que anoche sacudió la región. El seísmo ha acabado con el 80% de las casas de su centro histórico. Las que no se han derrumbado, están a punto de hacerlo. Al igual que sucede en el resto de la región, miles de personas han sido evacuadas y pasan la noche en coches, tiendas de campaña o en las calles, bajo una intensa lluvia.

"Esperamos que nos den una tienda o algo bajo lo que dormir esta noche", decía esta tarde Isenia Santilli, de 70 años, mientras se acomodaba en un estadio al aire libre, a las afueras de L'Aquila, la capital de la región. Hay escasez de camas y se ha dado prioridad de alojamiento a niños y ancianos.

"Nadie será abandonado", dijo el primer ministro italiano, Silvio Berlusconi, desplazado a la zona del desastre. Il Cavaliere, dijo a los periodistas desde esta ciudad medieval —la más afectada de la región— que se dispondrían tiendas de campaña para alojar a entre 16.000 a 20.000 personas, mientras que se pediría a los hoteles de la costa del Adriático que alojen a miles de personas sin hogar.

"Hay disponibles 5.000 habitaciones y por tanto, entre 15 y 20.000 camas", explicó el primer ministro en su comparecencia televisiva. "Hemos aconsejado a la gente que se traslade a casa de amigos y familiares" en caso de que sus domicilios hayan resultado dañados, añadió.

Unas 100.000 personas han sido evacuadas. Aguardan en coches, estadios, cuarteles y gimnasios que han sido acondicionados como centros de acogida o, incluso, bajo la intensa lluvia, en calles y jardines. No podrán volver a recoger lo que queda de sus pertenencias al menos en 48 horas.

Las tiendas de campaña habilitadas se quedan cortas y la Cruz Roja italiana asegura además que empiezan a escasear bienes de primera necesidad (agua, bocadillos o leche, entre otros) para suministrar a los supervivientes de L'Aquila.

4.000 vecinos en un estadio

Afectadas ante la iglesia de Paganica. AFP

Afectadas ante la iglesia de Paganica. AFP

Antonio, un vecino de Paganica, es uno de los escasos afortunados cuya casa sigue en pie. La mayoría de los 4.400 vecinos de Paganica se han quedado sin hogar y aguardan en un estadio al aire libre.

Durante la mañana se han seguido produciendo temblores de tierra que les obligan a permanecer a cielo abierto, ante el peligro de nuevos derrumbamientos. Al igual que sucede en el resto de localidades afectadas, la emergencia ahora es qué hacer con las 4.000 personas que no sabían dónde pasar la noche porque no tienen casa.

El centro histórico de esta pequeña localidad ha sido cerrado. Ni siquiera los escasos afortunados cuya casa sigue en pie podrán pasar allí la noche. Los bomberos continuaban esta tarde las labores de rescate. Creen que ya no queda nadie atrapado bajo los escombros, pero seguían buscando por si pudiera haber alguna víctima más, posiblemente algún inmigrante llegado a esta zona agrícola y ganadera sin familiares que hayan denunciado su desaparición.

En esta pequeña localidad han fallecido cuatro personas (entre ellas, la abadesa de un convento de clausura) y una decena ha resultado heridas, un balance 'afortunado' para un seísmo que ha dejado más de 150 muertos y 1.500 heridos. La tragedia no fue mayor porque los vecinos llevaban meses sintiendo temblores y salieron todos a la calle cuando la pasada madrugada notaron los primeros signos del seísmo.

Espera al aire libre

Según protección civil, en toda la región de Los Abruzos más de 70.000 personas se han quedado sin hogar y unas 10.000 casas y edificios se han derrumbado. Los medios de comunicación locales hablan de que, en total, más de 100.000 personas han sido evacuadas de sus casas.

En las últimas horas ha comenzado a llover con fuerza en la región, lo que agrava la situación de las miles de personas sin hogar, además de dificultar las labores de rescate. Los trabajadores de los servicios de rescate han apurado las últimas horas de luz para buscar supervivientes y montar tiendas para las personas que se han quedado sin hogar.

Los vecinos de L'Aquila —50.000 habitantes— también esperan en aparcamientos, jardines y campos deportivos a que cesen los temblores que se registran desde la madrugada.

Dos campos deportivos, uno antes de la entrada al centro histórico y otro en las afueras, han sido habilitados para que los supervivientes pasen allí las próximas horas a la espera de que la situación se estabilice.

Al igual que en Paganica, su centro histórico parece una ciudad fantasma: "Una parte de los habitantes se ha marchado por su voluntad y los demás han sido 'acompañados' por las autoridades. Se puede decir que la mayoría del centro histórico está vacío", ha explicado un responsable de seguridad.

Mucha gente aguarda allí, pero también puede verse a gran número de vecinos en los aparcamientos públicos, sentados sobre los capós de sus coches y con las puertas abiertas, a la espera de que llegue la noche, pues algunos se plantean dormir en ellos. Las tiendas de campaña suministradas por las autoridades no alcanzan para todos los afectados.

En L'Aquila se puede ver ahora también a gente esperando en los jardines de sus casas a que se normalice la situación en una ciudad en la que no sólo han sido dañados los edificios más antiguos, sino también los más recientemente construidos.

Durante el día, a las autoridades locales les preocupó están preocupadas también por el elevado número de ancianos de L'Aquila, pues las temperaturas que se registran en la ciudad, en torno a los 20 grados centígrados, podían provocar golpes de calor.

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26/10/2008 free counters

Paysage


01/04/2009 às 16:00

imagem: "Paysage de Printemps à Giverny", Claude Monet

imagem: "Paysage de Printemps à Giverny", Claude Monet

Francisco Braga

John Neschling regente
Osesp
Gravada em abril de 2008 na Sala São Paulo

Autor do Hino à Bandeira, o carioca Francisco Braga foi um menino pobre, que venceu na vida graças à música. Ficou órfão de pai aos oito anos, entrando para o Asilo de Meninos Desvalidos, onde recebeu instrução musical. Uma bolsa de estudos o levou à Europa; estudou no Conservatório de Paris (na classe de composição de Jules Massenet, o autor de Manon), ouviu óperas de Wagner na Alemanha, teve suas obras tocadas por boas orquestras européias. Na volta ao Brasil, aplicou por aqui o saber adquirido lá fora, como professor do Instituto Nacional de Música, no Rio de Janeiro. Relativamente esquecida após seu falecimento, sua obra vem sendo resgatada pela Osesp, que já lançou, no mercado internacional, um CD com a ópera Jupyra e o poema sinfônico Cauchemar.

Leia mais…

Podcast [10:57m]: Esconder player Download

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26/10/2008 free counters

Terremoto mata 150 e deixa 100 mil desabrigados na Itália


Do UOL Notícias*
Em São Paulo
Atualizado às 16h14


Ao menos 150 pessoas morreram em decorrência do terremoto de 6,3 graus na escala Richter que atingiu a região de Abruzzo, no centro da Itália, segundo informaram fontes médicas citadas pela agência Ansa. Outras 1.500 pessoas teriam ficado feridas, informou o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. Segundo Massimo Cialente, prefeito de L'Aquila, cerca de 100 mil pessoas estão desabrigadas.

O epicentro do tremor, que ocorreu às 3h32 desta segunda (horário local), 22h32 de domingo (horário de Brasília), foi localizado a 10 quilômetro de L'Aquila, 68 quilômetros a oeste da cidade de Pescara e 95 km ao nordeste de Roma. O Instituto de Geofísica dos EUA afirma que a magnitude do tremor foi de 6,3 graus, no entanto, o Instituto Nacional de Geofísica da Itália diz que foi de 5,8 graus.

  • Arte UOL

    Epicentro do terremoto que matou dezenas na Itália

Segundo o Consulado do Brasil em Roma, ainda não há informações sobre brasileiros feridos. Nenhum brasileiro entrou em contato com o serviço consular para alegar problemas causado pelo terremoto. O Consulado não soube precisar o número de brasileiros que vive na região de Abruzzo.

Alguns moradores da cidade de L'Aquila, a leste de Roma, na região montanhosa de Abruzzo, fugiram para as ruas na hora do tremor. A região foi a mais atingida pelo terremoto. De acordo com a imprensa local, diversos edifícios do centro histórico foram danificados e algumas residências desmoronaram, deixando dezenas de feridos e milhares de desabrigados.

"A situação é muito grave, porque o abalo afetou edifícios", disse Luca Spoletini, porta-voz do Departamento de Proteção Civil Nacional. Imagens de televisão mostraram as equipes de resgate socorrendo vítimas entre os escombros, muitas delas sangrando, que aguardavam para serem transferidas para os pronto-socorros da região. Parte do principal hospital da cidade teve que ser interditada porque havia risco de desmoronamento. Segundo a agência de notícias Ansa, entre as vítimas na cidade de L'Aquila, estariam quatro crianças. A cúpula de uma igreja na cidade desmoronou, além de sérios danos na catedral.



Moradores de diversas regiões da Itália, incluindo a capital Roma, que raramente é atingida por terremotos, sentiram o tremor.

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, cancelou viagem que faria a Moscou por causa do terremoto em L'Aquila para ir até a região atingida. Berlusconi decretou estado de emergência, para liberar recursos para reconstrução da região.

Berlusconi anunciou que o governo irá instalar cerca de duas mil tendas de campanha para alojar entre 8 a 10 pessoas por barraca.

"Parecia uma bomba"

"Eu acordei ao ouvir um barulho que parecia uma bomba", disse Angela Palumbo, 87, quando caminhava em uma rua de L'Aquila. "Nós conseguimos escapar enquanto as coisas caiam em torno da gente. Não me lembro nunca de ter visto nada assim na minha vida", disse.

Escombros espalhados por toda a cidade e nos municípios vizinhos, bloqueam estradas e impedindo equipes de salvamento. Muitos moradores tentam levantar escombros com suas próprias mãos, em uma busca por sobreviventes.

Mapa de risco sísmico

  • Divulgação

De acordo com a BBC Brasil, um especialista em física que mora em l´Áquila, na Itália, revelou hoje que havia alertado as autoridades locais, há algumas semanas, sobre a possibilidade de um terremoto "desastroso" na região. "Há três dias estávamos vendo sinais fortes de terremoto", disse a jornais italianos Giampaolo Giuliani, técnico do Laboratório Nacional de Física e Astrofísica Gran Sasso. Segundo ele, o Instituto Italiano de Geofísica registrou cerca de 200 abalos sísmicos em L'Aquila nos últimos dois meses. No final de março, Giuliani disse às autoridades que a série de tremores registrados poderia ser o anúncio de um evento mais forte. Mas o técnico conta que foi acusado de "brincar com assuntos sérios" e que foi denunciado à polícia pela Prefeitura de Áquila por alarmar a população.

L'Aquila é uma cidade medieval, situada num vale rodeado pelos montes Apeninos, e tem cerca de 70.000 habitantes. O último grande terremoto que atingiu a região central da Itália foi um de 5,4 graus, que atingiu a região de Molise em outubro de 2002, matando 28 pessoas, sendo 27 crianças que estavam em uma escola que desabou.

"Meu pai certamente está morto"

"Quando ocorreu o terremoto, corri para a casa do meu pai, abri a porta principal e tudo tinha desabado. Meu pai certamente está morto. Eu gritei por socorro, mas não havia ninguém em volta", afirmou Camillo Berardi, em L'Aquila.

Mais relatos de quem viveu o terremoto

Escombros estavam espalhados pela cidade e municípios próximos, bloqueando estradas e atrapalhando o resgate de vítimas. Anciãs choravam e moradores sem nada ajudavam bombeiros e equipes de resgate a retirarem o entulho.

"Milhares de edifícios desabaram ou foram danificados", afirmou Agostino Miozzo, uma autoridade da Defesa Civil.

Uma moradora de L'Aquila, observando um conjunto de apartamentos que foi reduzido à altura de uma pessoa adulta, afirmou: "O prédio tinha quatro andares". Alguns carros ficaram sob os escombros.

Em outra região da cidade, moradores tentaram calar os gritos das pessoas para identificar de onde vinha o choro de uma criança.

Houve inúmeros relatos de desabamentos de igrejas do estilo renascentista. Uma parte de uma residência universitária e de um hotel desabaram em L'Aquila, deixando dezenas de feridos e soterrados.

O terremoto levou ao chão a torre do sino de uma igreja no centro de L'Aquila. Pontes e rodovias na área montanhosa foram fechadas por precaução.

*Com informações das agências Reuters, AFP, AP, EFE e ANSA

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26/10/2008 free counters

Ligação de chefs com utensílios domésticos é tema de exposição em SP



RAFA SANTOS
Colaboração para a Folha Online

Alexandre Almeida/Divulgação
Chef Fabiana Caffaro escolheu no tostex que pertencia a sua mãe para a exposição
Chef Fabiana Caffaro escolheu o tostex que pertencia à sua mãe para a exposição

Explorar a relação de chefs de cozinha com utensílios domésticos. Essa é a proposta de uma exposição que fica em cartaz até o fim de abril no Café Journal --misto de bar, restaurante e tabacaria na região sul da capital paulista.

Denis Rezende, 33, sócio-proprietário da casa, afirma que a ideia surgiu de modo despretensioso em uma reunião de amigos. "Mantemos contato com chefs de outra casa sempre para trocar ideias e falar sobre mercado, em uma dessas reuniões decidimos montar a exposição", explica.

A proposta, aparentemente simples, reúne oito chefs de cozinha que vêm despontando no cenário gastronômico paulista. Nomes como Andrea Kauffman, Benny Novak, Daniela França Pinto, Fabiana Caffaro, Leonardo Botto, Mariana Valentini, Rodrigo Oliveira e o chef do Café Journal, Ivan Achcar.

Alexandre Almeida/Divulgação
Chef Ivan Achcar posa ao lado do rolo de macarrão que pertenceu a sua bisavô
Chef Ivan Achcar posa ao lado do rolo de macarrão que pertenceu a sua bisavô

Entre os objetos que compõem a exposição estão itens que remetem a história pessoal de cada um dos chefs. O rolo de macarrão de sua bisavó foi escolhido por Achcar, 33. "Meu bisavó mandou fazer um rolo de macarrão para minha bisavó e como ninguém da minha família, além de mim, tem o costume de fazer massa caseira, acabei herdando a peça", explica.

Entre os itens expostos estão a grelha de ferro de Andrea Kauffman, o moedor de carne de Benny Novak (que pertenceu à bisavó da Polônia); o maçarico de Daniela França Pinto e o pilão de madeira de Rodrigo Oliveira.

Todavia, nem todos os utensílios podem ser usados em uma cozinha profissional. A chef Fabiana Caffaro, 30, por exemplo, escolheu um tostex que pertenceu à sua mãe. "Não é uma coisa que eu uso no restaurante, mas faço sanduíches na minha casa todos os dias com esse tostex", conta.

Além das peças, também estão expostas fotografias de cada chef e receitas que podem ser preparadas com cada um dos utensílios.

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26/10/2008 free counters

TecnoLáctea & Sorvetes 2009 apresenta novidade saudáveis



da Folha Online

SXC
TecnoLáctea & Sorvetes 2009 apresenta novidade saudáveis em maio em São Paulo

A TecnoLáctea & Sorvetes 2009 --que acontece de 5 a 7 de maio, no Expo Center Norte, na capital paulista-- apresenta novidades funcionais no mercado de leite e sorvetes.

Entre as novidades que serão expostas no evento estão queijos com adição de fibras, que auxiliam no bom funcionamento do aparelho digestivo, e leite e requeijão enriquecidos com cálcio.

Produtos light também terão espaço privilegiado, como a linha de cobertura de sorvetes de baixa caloria --que pode ter até 50% menos calorias do que a convencional e pode vir em sabores como amarena e de limão siciliano.

A edição deste ano do evento espera gerar R$ 150 milhões em negócios do setor e receber mais de 16 mil visitantes.

Uma das atrações é a miniusina de leite --com capacidade para processar 500 litros de leite por dia--, um projeto desenvolvido pela Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais).

Para facilitar a visualização das etapas de produção, o estande da miniusina será todo de vidro e vai mostrar o processo de fabricação de queijo frescal, mussarela, iogurte e bebida láctea.

Mais informações podem ser obtidas por meio do site: www.tecnolactea.com.br

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26/10/2008 free counters

Chef Sérgio Arno explica como fazer pastéis sequinhos e crocantes; veja receita



da Folha Online

Veja como fazer pastéis sequinhos e crocantes. A receita é do chef Sergio Arno e está no livro "Segredos de Chefs". A publicação traz recomendações de mais de 80 renomados mestres da gastronomia mundial explicadas passo a passo. Veja também outras receitas. Leia mais sobre o livro aqui.

Divulgação
Receita do livro "Segredos de Chefs"
Livro traz dicas e preciosas técnicas para quem quer cozinhar

*

Como obter pastéis sequinhos e crocantes

O segredo para conseguir pastéis sequinhos e crocantes está na massa, ou melhor num ingrediente bem brasileiro: a cachaça. Na minha família, esse truque tem sido passado de geração para geração, e realmente funciona. Veja a seguir como fazer uma massa de pastel especial:

1º Passo: Separe os ingredientes. Para fazer cerca de 20 pastéis pequenos, você vai precisar de 150 ml de água gelada, 1/4 de xícara (chá) de óleo de milho, 1 ovo, 3 colheres (sopa) de cachaça e 1/2 kg de farinha.

2º Passo: Numa tigela, coloque a água gelada, o óleo, o ovo levemente batido e a cachaça. Despeje tudo sobre a farinha e amasse até obter uma massa lisa e homogênea.

3º Passo: Passe a massa pelo cilindro da máquina de macarrão. Em seguida, faça tiras retangulares de massa; separe-as com filme de PVC, leve à geladeira e deixe até o dia seguinte.

4º Passo: No dia seguinte, retire a massa da geladeira e descarte os pedaços de filme. A massa está pronta para ser usada. Se precisar, congele-a por, no máximo, 30 dias.

Perfil do chef - Sergio Arno nasceu no Brasil em 1960, mas se formou em colégios franco-suiços e alemães. Começou a cozinhar aos 7 anos, ajudando a mãe, e, aos 12, já preparava seus próprios pratos. Aos 27 anos, depois de uma temporada na Itália, Arno voltou ao Brasil e inaugurou La Vecchia Cucina, que obteve sucesso e reconhecimento imediatos e, em 2006, foi eleito melhor restaurante de alta gastronomia de São Paulo pela revista Gula.

Considerado um dos cinco melhores chefs da culinária italiana fora da Itália, Arno ainda é proprietário dos restaurantes Alimentari, La Pasta Gialla - que ganhou diversos prêmios, inclusive melhor cantina italiana em 2003 e 2004, tornando-se uma rede de franquias-, Universidade da Cachaça (melhor carat de cachaças pela Veja SP, em 2006), General Prime Bruger (melhor hot dog e melhor milkshake, pela Veja, em 2006) e Duet.

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26/10/2008 free counters

Olha a lua


07/02/2008 às 16:00

John Neschling

John Neschling regente
Osesp
Gravado ao vivo em agosto de 2002 na Sala São Paulo
Comentário do diretor artístico e regente titular John Neschling

olha_a_lua.jpgA valsa Olha a Lua é apresentada por seu compositor durante ensaio aberto para a Turnê Estados Unidos 2002. Com parceria de Geraldo Carneiro, foi escrita em 1979 para o musical Lola Moreno. Na peça encenada no Rio de Janeiro, estrelavam Lucélia Santos, Ney Latorraca, Grande Otelo e outros atores que despontavam no teatro brasileiro, como Cláudia Gimenez e Diogo Vilela.

Posteriormente, Olha a Lua foi gravada em concerto com participação de Luciana Souza e da Banda Mantiqueira, lançado em CD pelo selo Biscoito Fino.

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26/10/2008 free counters

Sobre a demissão de John Neschling (


26/1/2009)
Por Nelson Rubens Kunze

É uma ironia do destino. No momento em que a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo alcança a maior repercussão da história sinfônica nacional em todos os tempos, a Fundação Osesp decide demitir o maestro John Neschling, principal responsável pelas conquistas da orquestra.

Não custa repetir. No que diz respeito à nossa atividade clássica, a Osesp é um marco histórico. Um projeto visionário e um investimento público inédito viabilizaram uma realidade cultural que alçou a vida musical paulista a patamares internacionais. Não é brincadeira. São poucas as cidades no mundo que possuem uma orquestra que oferece um repertório equiparável ao da Osesp. Uma orquestra dinâmica, participativa, que impulsiona a vida e a cultura, com um repertório erudito, vivo, instigante e provocador. E isso se deve à liderança e ao brilhantismo de um grande homem, que é o maestro John Neschling.

Qual é a força, senão a de interesses estranhos aos da promoção cultural, que faria cristalizar a decisão de demitir um maestro que realiza um trabalho paradigmático reconhecido cada vez mais no mundo inteiro? Qual é a motivação capaz de afastar da direção desse projeto o seu mentor e diretor?

Todos sabemos que o maestro John Neschling é um homem de personalidade forte, que sabe o que quer e que não mede esforços para alcançar suas metas. Mas todos sabemos, também, que a Fundação Osesp, o maestro e a orquestra vinham sofrendo pressões. Por que razão? Por que não havia mais "condições políticas" de sustentar o maestro? Por que tornou-se imperativo demitir o maestro que tem provado, dia após dia, que realiza um trabalho exemplar com repercussão mundial? E onde fica o tal do interesse público - concertos sinfônicos, programas educacionais, formação de público, edição de partituras, encomenda de obras, projeto academia, transmissões radiofônicas, etc. -, que nessa área nunca fora tão bem atendido?

O sucesso da orquestra é real e reconhecido no mundo inteiro. A mais recente prova disso foi a transmissão de Ano-Novo, ao vivo pela TV franco-alemã Arte, para diversos países da Europa. Naquele momento, a Osesp divulgou uma imagem do Brasil que renderá mais do que anos de trabalho do Itamaraty.

Será que a famosa entrevista do maestro John Neschling, sozinha, justifica a demissão? Ela foi um desabafo, que tornou público os bastidores do poder e, conforme a carta da Fundação Osesp, tornou a demissão inevitável. Não havia mais meios de manter o vínculo com o maestro, que demonstrara uma "conduta indesejável e inconciliável com o desempenho das atribuições contratuais".

Acredito que para a Fundação Osesp, até um determinado momento, as críticas do maestro Neschling eram legítimas, pois defendiam a autonomia de seu trabalho diante de uma interferência (explícita ou não) da Secretaria da Cultura e do governo do Estado. Até ali, as posições do maestro reforçavam o trabalho da orquestra e o arcabouço institucional da organização social (OS) Fundação Osesp. Em meados do ano passado, o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", a autonomia da OS em relação ao governo. Contudo, no momento em que o maestro John Neschling rompeu com o Conselho de Administração da Fundação Osesp, ele avançou em terreno arriscado, difícil de ser defendido. Deu no que deu.

Pois é, a vida é assim: uns ganham, outros perdem. Se perdemos o maestro John Neschling, lutemos agora para garantir a continuidade de seu projeto, que passa, necessariamente, pelo fortalecimento de uma Fundação Osesp autônoma.

A carta de demissão evidencia a percepção da Fundação Osesp para com a imensa responsabilidade que a decisão acarreta. E as primeiras medidas para a busca de um novo diretor artístico, bem como as conversas com um maestro da qualidade do francês Yan Pascal Tortelier - cogitado para concluir o contrato de Neschling -, são demonstração da seriedade e compromisso com os quais a Fundação Osesp está tratando a questão.

Não será necessário zelar pela divulgação e memória do trabalho extraordinário que o maestro John Neschling realizou - tenho certeza de que ele se inscreverá sozinho na história de nosso país (mesmo que a contragosto de alguns...). Ainda assim, espero que algum dia tenhamos autoridades que, além de articulados governantes entendidos dos mecanismos da política e do poder, tenham a sensibilidade e a grandeza humana de retribuir ao maestro John Neschling pelo trabalho que realizou em prol da cultura e do desenvolvimento de nosso país.


Nelson Rubens Kunze - é diretor-editor da Revista CONCERTO


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26/10/2008 free counters

O trabalho de John Neschling e o sucesso da Osesp


(25/1/2009)
Por Alain Lompech


Tomei conhecimento da notícia da demissão de John Neschling da Osesp. A única coisa que posso dizer, como crítico musical e observador de vida musical internacional há 30 anos, é que se trata de uma perda incomensurável para a cultura brasileira e para o conhecimento que outros países poderiam ter da riqueza musical do Brasil.

O trabalho de John Neschling frente à Osesp, como regente mas também como diretor artístico, deu início à recuperação de um acervo da música brasileira de valor inestimável, que havia sido deixado no esquecimento.

Primeiro, ele criou uma orquestra cuja qualidade é reconhecida internacionalmente. Quando a Osesp, no ano passado, fez uma turnê pela Europa, ela conquistou triunfos amplamente merecidos, com músicos tocando com um nível técnico e musical de primeiro grandeza: nenhuma orquestra brasileira alcançou esta qualidade no passado.

O que tem sido admirado fora do Brasil, é como Neschling renunciou à sua carreira internacional para construir a orquestra, para ser um verdadeiro diretor artístico à moda antiga, se ocupando de tudo, como um George Szell ou mais recentemente um Simon Rattle. O britânico Rattle permaneceu na pequena cidade de Birmingham para trabalhar com sua orquestra, recusando convites do exterior, para executar um trabalho de profundidade com sua orquestra. Agora, o mundo musical passou a olhar para São Paulo, para a Osesp e Neschling, que encarnaram esta grande tradição.

O resultado? O canal cultural franco-alemão Arte transmitiu o concerto de Ano Novo da Osesp e o da Filarmônica de Viena! Será que no Brasil se dão conta do que isso significa? Eu não tenho certeza.

Dirigindo Camargo Guarneri, Francisco Mignone, naturalmente Heitor Villa-Lobos, mas também Aberto Nepomuceno, Luciano Gallet, Henrique Oswald, Cláudio Santoro e muitos outros, publicando suas partituras, criando uma biblioteca, gravando discos distribuídos internacionalmente e que ganharam críticas e sucesso inesperado, John Neschling acompanhou o grande renascimento político, econômico e cultural do Brasil, que finalmente encontrou um lugar merecido no concerto das nações. Ele abriu a orquestra para regentes e solistas de grande categoria de todos os países.

Não há atualmente no Brasil maestro que desenvolva um projeto artístico dessa envergadura, praticamente único na qualidade de sua programação no mundo de hoje. Aliás, também não há muitos deles fora do Brasil... E isso que eu digo é muito fácil de comprovar. A internet permite o acesso à programação de todas as grandes orquestras. A de São Paulo é admirada em todo o mundo. Não há orquestra inglesa, francesa ou alemã, por exemplo, cuja programação é tão inventiva e, ao mesmo tempo, tão respeitosa quanto ao patrimônio musical nacional, do que a da Osesp.

Claro, eu não conheço as razões pelas quais Neschling foi demitido. Eu sou francês. Mas conheço a inconsequência dos funcionários eleitos e dos políticos quando da tomada de decisões no domínio da cultura. Eles raramente compreendem as implicações culturais. Com uma assinatura, podem destruir anos de trabalho, assim como podem criar condições para que esse trabalho comece e se desenvolva. Dessa vez, eles o destruíram.

Em vinte anos, em cinqüenta anos, o nome de John Neschling será reconhecido como o de um músico que fez um trabalho excepcional no Brasil, o mais notável desde Villa-Lobos. E há noventa chances em cem de que o nome da pessoa que o demitiu seja esquecido.

P.S. O anúncio de Yan-Pascal Tortelier como regente interino é uma coisa boa. Ironicamente, ele também nunca foi reconhecido em seu país. Esse excelente músico regeu muito pouco na França, e aqui também nunca teve uma posição de regente. A maior parte de sua carreira ele fez na Grã-Bretanha, mais visionária do que a política cultural francesa. É um excelente regente, de talento inegável. Mas a Osesp deveria seguir com o trabalho feito com seu acervo nacional no qual se engajou o maestro John Neschling: é uma necessidade histórica. E isto exige um conhecimento profundo da história musical do Brasil e do trabalho de compositores desse país desde o século XIX. É fundamental que seja constituída uma comissão científica para dar continuidade a esse trabalho. Outra ironia do destino: Yan-Pascal Tortelier foi o spalla da Orquestra Nacional do Capitole de Toulouse, regida por Michel Plasson, que, em Toulouse, fez o mesmo tipo de trabalho que Neschling realizou em São Paulo: fazer renascer as obras esquecidas do passado.


Alain Lompech - é francês, cronista e editor do jornal “Le Monde”, produtor da France Musique e crítico musical da revista “Diapason”.


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26/10/2008 free counters

Maestro John Neschling

LEIA COMENTARIOS :







é demitido da OSESP


Enviado por Ricardo Prado -
22/1/2009 2:02


Foram 12 anos de gestão, trabalho duro e muita briga. Mas hoje a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo tem uma sede magnífica, um bom elenco, várias turnês internacionais bem sucedidas, uma coleção de prêmios onde brilham 5 Diapason D'Or e um Grammy, concertos semanais lotados e 12 mil assinantes. A lista de conquistas inclui um desfile de solistas e regentes dos melhores do mundo, dezenas de primeiras audições e encomendas a autores brasileiros. Não havia nada disso antes de John Neschling chegar e a orquestra era um amontoado melancólico e decadente. O que há por fazer não apenas é muito, mas o melhor. Encontrar uma sonoridade própria e equilibrada, aprofundar a internacionalidade da orquestra, o que vem sendo feito com muita competência.

As acusações feitas ao maestro são inconsistentes e provincianas. A primeira é que ele ganha muito, algo em torno de 100 mil reais mensais; as autoridades deveriam ter sido avisadas que não encontrarão ninguém com os mesmos padrões de competência e dedicação de Neschling por menos do que isso. Além disso reclamam que ele só viaja em primeira classe, enquanto a orquestra voa de econômica. Esse é um padrão internacional, estabelecido pelas exigências de trabalho dos regentes, jornadas exaustivas de ensaios e concertos, reuniões técnicas, mas também de atendimento a compromissos com a imprensa, empresários, patrocinadores.

Neschling tem razão sobre a falta de conhecimento técnico das autoridades do governo de SP na questão - não faz o menor sentido convidar "consultores estrangeiros" para a condução do processo de sucessão do maestro. Como é amadora a proposta de escolher o novo regente de uma orquestra como a Osesp por concurso público. A sugestão de um membro do Conselho de que os executivos do seu banco se aposentam aos 60 anos é patética - maestros atingem a maturidade de sua técnica, a consistência de seu repertório depois dessa idade.

A demissão foi feita por carta assinada pelo presidente do Conselho de Administração da Fundação Osesp, Fernando Henrique Cardoso.

Na despedida, a segunda parte do Choro N. 10, "Rasga Coração", de Heitor Villa-Lobos, carioca como John Neschling.


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26/10/2008 free counters

John Neschling diz que sua demissão da Osesp foi política


16/02/2009
Fonte: BandNews FM


John Neschling diz que sua demissão da Osesp foi política

Maestro afirma não se arrepender das críticas que fez ao governador José Serra


São Paulo, 16 de fevereiro de 2009 – O maestro John Neschling disse que a demissão dele da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) foi política e que não se arrepende das críticas que fez ao governador José Serra. Em entrevista à Rádio BandNews FM, ele disse que foi "violentamente arrancado do seu posto de trabalho".

O regente também destacou que ainda não recebeu o dinheiro da quebra do contrato. Neschling afirmou que, após sua demissão, músicos importantes foram mandados embora, o que pode fazer com que qualidade musical da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo piore.

Segundo o maestro, a programação para este ano já foi 60% modificada em relação ao projeto original feito por ele. Neschling disse que já recebeu alguns convites de trabalho, mas ainda nada foi fechado. O regente saiu do comando da Osesp em janeiro, depois de intensa pressão do governador, que queria tirá-lo do cargo. O regente chegou a chamar José Serra de "menino mimado" e "autoritário" logo no começo do governo.

Ouça um trecho da entrevista no site da BandNews FM: http://www.bandnewsfm.com.br/audio/OSESP_1602.mp3

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26/10/2008 free counters