Apresentadora arriscou alguns passos ao som de 'You Know I'm No Good'
Foto: Divulgação
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Itamaraty 70 000 reais em uísque
O cerimonial do Itamaraty fez há duas semanas uma cotação de preços para possivelmente comprar 1 098 garrafas de uísque. De doze empresas que participaram do pregão eletrônico, uma de Anápolis, cidade do interior goiano, fez a menor oferta: 70 462,32 reais por 488 garrafas do uísque Famous Grouse oito anos (45,99 reais a unidade) e 610, do mesmo rótulo com doze anos em barril de carvalho (78,73 reais cada).
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Helicóptero tem problemas e pousa em terreno na Grande SP
DE SÃO PAULO
Um helicóptero com duas pessoas a bordo sofreu um acidente na tarde desta segunda-feira, na Grande São Paulo. Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), ninguém se feriu.
Helicóptero faz pouso de emergência em São Paulo
A aeronave, modelo Robinson 22, decolou do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, às 14h, para um voo de instrução. Estavam à bordo o instrutor, de 44 anos, e um aluno, de 29 anos.
Às 14h25, o helicóptero pousou em um terreno do Batalhão de Polícia do Exército em Osasco (Grande SP). A FAB não soube informar se a aeronave caiu ou fez um pouso forçado.
O helicóptero, de matrícula PT-HRL, pertence à empresa Master. Em nota, a empresa afirmou que as causas do acidente ainda são desconhecidas. Segundo a Master, instrutor e aluno foram encaminhados para exames preventivos em hospital da região e passam bem.
Uma equipe do Seripa 4 (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Aeronáutica, está investigando o caso.
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São Paulo poderia ser assim?
Não vai ser de uma hora pra outra, nem será a bicicleta a salvação para o trânsito paulistano. Mas os especialistas ouvidos pela Trip concordam: para uma metrópole como São Paulo se tornar viável é preciso muito mais foco nas pessoas, no verde, no transporte público, na qualidade de vida e, claro, nas bicicletas
Fujocka
Túnel de acesso À Av. Paulista l 11 de julho de 2015, 17:40
A cena era triste, mas os ciclistas presentes ao ato do dia 13 de junho na curva da avenida Sumaré, em São Paulo, onde poucas horas antes a vida do empresário Antônio Bertolucci fora levada pela roda de um ônibus, não derramavam uma lágrima. Era comecinho de noite e o pessoal acendia velas, escrevia mensagens no asfalto, conversava em voz baixa, dava entrevistas. Mas pareciam todos eles, da ativista Renata Falzoni ao bicicleteiro do bairro, duramente acostumados àquele tipo de tragédia. A morte do executivo da Lorenzetti, 68 anos, foi a que mais chamou a atenção. Mas no ano passado foram 49 os ciclistas mortos na capital paulista. E olha que esse número caiu. Em 2009 foram 61 vidas a menos – a título de comparação, em Copenhague foram apenas três vítimas fatais em 2010. As mortes são o lado mais trágico de um absoluto e inexplicável desprezo do poder público pela bicicleta como opção de transporte. E a bicicleta não é apenas um veículo, mas também uma bela forma de ter mais bem-estar e saúde, só para citar dois dos seus outros benefícios mais óbvios. "A bicicleta supre uma necessidade urbana, além de humanizar a cidade", afirma Ricardo Correa, urbanista, ciclista e sócio da TC Urbes, empresa especializada em mobilidade não motorizada.
Foi Correa que mostrou que é possível chegar pedalando da estação de trem Granja Julieta ao aeroporto de Congonhas – trajeto com cerca de 7 km – em 30 min. De carro, o tempo médio é praticamente o mesmo, 25 min, mas de ônibus se leva uma hora e 20 min, apenas 10 min a menos do que a pé. A despeito da histórica falta de apoio da prefeitura e do governo do Estado, o trânsito de São Paulo já recebe cerca de 156 mil trajetos de bicicleta por dia – segundo levantamento da TC Urbes. É nesse vácuo de atuação que a Trip foi ouvir ativistas e especialistas para pensar como poderia ser uma São Paulo melhor para os ciclistas. A partir dessas conversas, o photodesigner Fujocka interveio em três locais, digamos, pouco amigáveis para as duas rodas em São Paulo (túnel de acesso à avenida Paulista, avenida Santo Amaro e ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira). O resultado você vê nas ilustrações desta reportagem.
"Porte de arma": quando um carro a 50 km/h atropela um ciclista ou pedestre, a chance de a pessoa morrer é de 70%. A 70 km/h, sobe para 98%
"Muita gente pensa que não é possível ir de um ponto a outro de bicicleta porque nunca foi. É impressionante como percebemos que 16, 17 km é bem mais próximo do que imaginávamos", diz Arturo Alcorta, educador, ciclista e especialista em segurança no trânsito. Correa, que pedalou mais de 1.000 km em Porto Alegre para desenhar um sistema que integre a bicicleta na vida da cidade, concorda, mas pontua: "Não adianta termos a política pública sem uma infraestrutura de qualidade. Para ser realmente útil, as ciclovias precisam ser pensadas dentro das necessidades da população local". É por isso que a TC Urbes trabalha com projetos participativos, em que antes de decidir o melhor sistema para uma cidade ou um bairro, conversa com usuários – atuais e futuros – sobre suas necessidades. É assim que o grupo da TC Urbes tem feito em projetos como os de Salvador, Porto Alegre, Santo Amaro e Paranaguá, locais em que trabalha para prefeituras e empresas privadas interessadas em integrar a bicicleta no sistema viário.
Todos os entrevistados concordam que um pré-requisito para instalação de ciclovias e ciclofaixas é pensá-las totalmente conectadas ao transporte público. "O ideal é que as ciclovias estejam sempre na transversal de trens e metrôs, e que os caminhos levem às estações, onde deve haver bicicletários para guardar as bicicletas com segurança", afirma Alexandre Delijaicov, professor da Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo da USP e ciclista. E vai mais longe: "É preciso haver bicicletarias espalhadas pela cidade, e elas devem funcionar até o horário dos trens e metrôs”. Para Alexandre, assim como para outros especialistas, os ônibus deveriam ser reduzidos, dando lugar ao bonde – segundo ele, um transporte mais digno para o usuário e que ocupa menos espaço nas ruas, viabilizando faixas exclusivas para bicicletas.
Fujocka
Av. Santo Amaro l 5 de agosto de 2016, 16:15
Uma ponte = 950 km de ciclovias
Alexandre ainda é a favor de campanhas drásticas sobre o risco dos carros. "Quando um jovem tira sua carteira de motorista está recebendo um 'porte de armas'. Todo motorista é um potencial assassino", diz. A afirmação parece exagerada, mas, quando observamos os números, sua declaração se justifica. Quando um carro que transita a 30 km/h colide com um ciclista ou um pedestre, a chance de essa pessoa morrer é de 10%. Se essa velocidade for 50 km/h, a chance de morte já sobe para 70%. Se o carro estiver a mais de 70 km/h por hora, a chance de esse ciclista ou pedestre morrer é de incríveis 98%. "Em uma cidade que tem 7 milhões de automóveis, mas onde a maioria não tem carro, esse dado deve ser observado com muita cautela", alerta o professor da FAU.
Os especialistas concordam ainda que o mais correto não é falar em cidade ideal para ciclistas, mas sim em cidade ideal para seres humanos. "As cidades têm sido pensadas para os carros e isso é um erro. Um bom exemplo são as alças de acesso nas pontes dos rios Pinheiros e Tietê. Alças de acesso foram criadas para aumentar a velocidade dos carros em rodovias, nunca deveriam ser colocadas no meio da cidade, onde há pessoas transitando a pé e de bicicleta", diz André Takiya, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e ciclista. Para Ricardo Correa, é preciso lembrar que planejar a cidade tendo o carro como ponto de partida é absolutamente excludente. "Não podemos desenhar a cidade para quem tem dinheiro. A mobilidade urbana está ligada à mobilidade social", afirma.
Um bom exemplo dessa exclusão é a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira. A ponte não reserva espaço para pedestres e bicicletas e atende a 130 mil viagens por dia. Acontece que, com os mesmos R$ 184 milhões consumidos em sua construção, seria possível atingir muito mais gente. Ricardo, da FAU, faz a comparação: "Com esse valor poderíamos construir 950 km de ciclovias, o que beneficiaria diretamente 300 mil viagens de bike por dia". Para a repórter, ciclista e ativista Renata Falzoni, a ponte estaiada é um dos melhores exemplos de como o dinheiro público está sendo mal utilizado. "Por ser curva, a ponte custou muito caro, onde já se viu ponte estaiada curva?", questiona. "É um absurdo uma ponte atender a um plano estético e não ao bom uso do dinheiro público", diz Renata.
Ainda há pouco o que comemorar quando o assunto são quilômetros de ciclovias e segurança para ciclistas nas vias, mas não se pode negar que o processo de humanização das cidades brasileiras começou. Os trabalhos ultradetalhados da TC Urbes, por exemplo, já são um legado. "Talvez nós não vejamos mesmo tudo isso sair do papel, mas já está tudo feito, calculado e desenhado nos mínimos detalhes. E se for sendo realizado por partes, conforme seja possível, uma hora esse sistema se interligará e nossos filhos e netos terão uma cidade melhor", aposta Ricardo. O professor Alexandre concorda. "Esses meninos têm feito um trabalho exemplar e de uma seriedade impressionante."
Fujocka
Ponte Estaiada da Marginal Pinheiros l 22 de setembro de 2017, 8:45
"As cidades têm sido pensadas para os carros e isso é um erro", afirma André Takiya, professor da FAU-USP
A Companhia Estadual de Trafego (CET), muito criticada pela falta de atenção aos ciclistas, também vem acordando. Há alguns anos nem sequer havia um responsável pelo assunto no órgão, e agora há um departamento de ciclovias. Mas ainda não dá para soltar rojão. Para se ter uma ideia de como a coisa no poder público segue a toque de triciclo, foi a Secretaria dos Esportes que há alguns anos começou a planejar a ciclovia de lazer que funciona apenas aos domingos e feriados e em parte do dia. A CET e a Secretaria de Transportes só entraram depois, para viabilizar o projeto. Mesmo sendo de uso extremamente limitado, alguns especialistas conseguem ver essa ciclofaixa dominical como algo educativo, tanto para a população como para a CET – que pela primeira vez precisa lidar com a categoria dos ciclistas. Outra coisa boa que está em andamento há alguns anos é o plano diretor de Santo Amaro. Ele prevê que cada 200 vagas de estacionamento que um grande estabelecimento construir deve bancar 1 km de ciclovia – já desenhado.
A ideia é que no futuro esse 1 km se conecte com outro 1 km feito por outra empresa e assim por diante, até fechar a rede, aquela que vai levar você ao seu trabalho com o vento batendo no rosto, como acontece em Paris, Londres, Bogotá, Copenhague, Barcelona ou em qualquer outra cidade que já tenha percebido que a solução para uma metrópole viável, obrigatoriamente, passa também pelas duas rodas.
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Microsoft Forced to Apologise After An Inappropriate Amy Winehouse Tweet
By Zara Bokhari | July 25, 2011 3:06 PM GMT
Microsoft has apologised for a tweet sent from its Xbox 360 PR account encouraging grieving Amy Winehouse fans to remember the singer by buying her album, Back to Back, from Microsoft's Zune store.
Reuters
Amy Winehouse performs at the Brit Awards at the Earls Court Arena in London
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Microsoft UK PR tweetbox360: ''Remember Amy Winehouse by downloading the ground-breaking 'Back to Black' over at Zune: http://t.co/rWQb0CK?culture=en-gb''
Naturally this tweet was met with criticism from other Twitter users who called it "cynical" and in "appalling taste".
Consequently, the company apologised in a new tweet: "Apologies to everyone if our earlier Amy Winehouse 'download' tweet seemed purely commercially motivated. Far from the case, we assure you."
Though this insensitive mistake will not do anything to disrupt Microsoft UK PR's reputation, what is clear is that sensitivity is expected by the public in the tragic news of Amy's demise.
Sadly Microsoft isn't the only one who has been quick to capitalise on the singers death, as Amazon and iTunes followed in a similar fashion even sooner to the death. Just hours after the singer's death on Saturday (23 July) both sites posted a short obituary of the singer life then linked to lists of albums to buy.
A company move, also criticized by grieving members of the public, for its insensitivity in the proximity of the singer's death.
Amy Winehouse was found dead at her London flat on Saturday. Tributes have poured in from fans and celebrities.
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Amy Winehouse: Blake devastated
Amy Winehouse's Jailed Ex-Husband Inconsolable Over Her Death
Today 7:07 AM PDT by Marianne Garvey
Amy Winehouse and her jailed ex-husband, Blake Fielder-Civil, suffered a terrible, drug-fueled marriage.
But that doesn't mean the man Winehouse aptly called Blake Incarcerated isn't torn up over her death.
What did he have to say about her?
MORE: The original report on Amy's death
"I will never ever again feel the love I felt for her," he told his girlfriend Sarah Aspin, who was granted a special visit by prison officials in order to console him. "Everybody who knew me and knew Amy knew the depth of our love. I can't believe she's dead." Aspin related his comments to the U.K.'s Sun.
Fielder-Civil, who last month began serving a 32 month sentence for burglary and firearm possession at Leeds' Armley Jail, is now under close watch by guards because he is so upset and keeps sobbing uncontrollably.
Aspin had told the paper that her baby daddy called her on Saturday after he was informed about the "Rehab" singer's sudden death. She characterized him as "devastated and shattered."
"I just couldn't console him," she said. "He was in total shock. Blake is the father of our son. But I saw him and Amy together and I know they were really in love and they were soulmates. She always loved him and he always loved her, but it was just never going to work."
Aspin said that even though there was lingering love between Fielder-Civil and Winehouse, their relationship ultimately soured when Aspin became pregnant.
The "Back to Black" singer, who had recently made one last attempt at recovery, and Fielder-Civil hooked up in 2005 and were married in Miami two years later. They split in 2009.
Amy Winehouse inquest opened but no cause of death given
An inquest into Amy Winehouse's death was opened and adjourned this afternoon but no cause of death was given.
Sharon Duff, coroner's officer at St Pancras Coroner's Court, told the two-minute hearing: "I bring before you the death of Amy Jade Winehouse, aged 27, born on the 14 September 1983 in London.
"She was a divorced lady living at Camden Square, NW1.
"She was certified dead at her home by a paramedic and a doctor on July 23.
"She was a singer songwriter at the time of her death and was identified by her family here at St Pancras this morning.
"A section 20 post mortem has been carried out and histology and toxicology taken to determine the cause of death.
"The scene was investigated by police and determined non-suspicious."
Assistant Deputy Coroner Suzanne Greenaway said: "I'm formally opening this inquest. I'm issuing interim certificates to allow Miss Winehouse's family to make arrangements for the funeral."
The coroner adjourned the case for a hearing on October 26.
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GOSTO PELO RIDICULO :Em homenagem à Amy Winehouse, Ana Maria veste peruca e dança
25 de julho de 2011 • 09h36 • atualizado às 09h38
Nesta segunda-feira (25), durante o Mais Você, da Globo, a apresentadora Ana Maria Braga vestiu uma peruca com penteado igual ao da cantora e improvisou alguns passinhos de dança ao som de You Know I'm No Good.
A performance de Ana Maria foi feita logo depois que o repórter Marcos Losekann, diretamente de Londres, na Inglaterra, fez uma entrada ao vivo comentando as últimas notícias sobre a morte da cantora.
Amy Winehouse morreu no sábado (23), aos 27 anos, em sua casa, localizada em Camden Square, no norte da capital inglesa.
Em homenagem à Amy Winehouse, Ana Maria veste peruca e dança
Rio - Ana Maria Braga homenageou Amy Winehouse em seu programa nesta segunda-feira. A apresentadora vestiu uma peruca com penteado igual ao da cantora e improvisou alguns passinhos de dança ao som de You Know I'm No Good.
A performance de Ana Maria foi feita logo depois que o repórter Marcos Losekann, diretamente de Londres, na Inglaterra, fez uma entrada ao vivo comentando as últimas notícias sobre a morte da cantora.
O QUE A PESSOA FAZ PARA TER UM POUCO DE AUDIENCIA, TÁ CAIDA , NINGUEM ASSISTE, BOM EU NÃO VEJO NEM PAGANDO, SÓ FALATA MOSTRAR A PLASTICA QUE FEZ PRA VOLTAR A SER VIRGEM
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Quase 600 empresas estão impedidas de negociar com o governo
RIO - Entre 2009 e 2011, o número de empresas que estão impedidas de negociar com o governo aumentou 68%. Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, até a última quarta-feira, 590 companhias eram consideradas inidôneas contra 350, há dois anos. Tornar empresas inidôneas é procedimento comum para a administração pública e é uma forma de punir aquelas que descumpriram contratos firmados com órgãos públicos. Apesar do impedimento de negociar com companhias nestas condições, O GLOBO mostrou que um órgão vinculado ao Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit) promoveu oito aditivos em contratos com a Eram - Estaleiro do Rio Amazonas, uma empresa considerada inidônea.
Os contratos com a Eram somam mais de R$ 51 milhões. A empresa atua na implantação de terminais hidroviários em municípios do Amazonas, terra do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, que deixou a pasta em meio a denúncias de irregularidades.
O levantamento é feito por meio do Cadastro de Empresas Inidôneas ou Suspensas (Ceis), coordenado pela Controladoria-Geral da União (CGU), e acessível no Portal da Transparência. A declaração de inidoneidade vigora por um amplo prazo de validade ou até a solução da pendência. Ao todo, 120 empresas possuem sede em São Paulo, 114 na Bahia e 38 em Minas Gerais. Ou seja, os três estados concentram 46,2% das empresas inidôneas.
Muitas companhias que constam na lista ficaram famosas durante denúncias de corrupção na administração pública e no Congresso. Tornaram-se inidôneas duas empresas aéreas de transporte de cargas que foram investigadas no escândalo do mensalão: a Skymaster e a Beta. Ambas estão impedidas, desde janeiro, de prestar serviços a órgãos públicos pelo prazo de cinco anos.
Beneficiada em fraudes de licitações públicas, a Construtora Gautama, foi denunciada na Operação Navalha da Polícia Federal, em 2007, e é outro nome que figura na lista. A empreiteira estava ligada a contratos suspeitos em nove estados e no Distrito Federal.
Com o nome envolvido no episódio ficou conhecido como a "máfia dos sanguessugas" - esquema de desvio de recursos da saúde, por meio de emendas parlamentares ao orçamento - quatro empresas do Grupo Planam também foram declaradas inidôneas.
Somente no ano passado, 153 empresas se tornaram inidôneas
Até o início de julho deste ano, 67 empresas tinham sido incluídas na lista daquelas que estão impedidas de negociar com o governo. Em 2009, 102 tinham recebido a declaração de inidoneidade e, em 2010, foram 153.
De acordo com o levantamento feito pelo Contas Abertas, numa série histórica que leva em conta mais de 20 anos de sanções, apenas em 1993 não houve registro de que empresas tivessem recebido declaração de inidoneidade.
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‘Cordel encantado’: Açucena vai à guerra
O vestibular para virar a Maria Bonita de "Cordel encantado" inclui uma prova prática de luta no sertão. Doralice (Natália Dill) saiu na frente e se vestiu como o cangaceiro Fubá para mostrar sua devoção a Jesuíno (Cauã Reymond). No capítulo de hoje, será a vez de Açucena (Bianca Bin) se transformar no soldado Cocada para impressionar o amado, aspirante de Lampião.
— Açucena faz isso por Jesuíno e por ela. É a chance de ela provar para todo mundo que pode ser tão valente quanto a Dora. Ela queria mostrar para o Jesuíno que sabe lutar também. Mas isso é o que a Açucena acha, né?! Porque ela vai ficar bem atrapalhada — entrega Bianca Bin.
Vestida como Cocada, com a ajuda de Cícero (Miguel Rômulo), ela participa da invasão ao Palácio de Brogodó, mas acaba sendo facilmente rendida:
— Açucena vai presa e o pai a reconhece logo de cara, mesmo ela estando de bigode. É uma situação muito engraçada. Ela é realmente a flor do sertão, uma heroína romântica, tem toda essa força, mas não serve como cangaceira. Dora leva mais jeito para lutar com o bando.
Na troca entre o figurino de princesa e a fantasia de jagunço, Bianca leva horas para a caracterização.
— Estou adorando! Está sendo muito divertido! Dá trabalho na composição, mas o resultado é muito bom! — diz ela, que usa peruca, bigode, e uma tinta no corpo para esconder a sua brancura: — O que mais incomoda é a maquiagem porque minha pele é sensível. É um produto excelente, mas a pele fica muito tampada, e estranho um pouco.
Entretanto, a experiência tragicômica não deve se repertir. Com a ajuda de Dora, Felipe (Jayme Matarazzo) e Cícero, Açucena será resgatada. E, ao vê-la agradecendo sua libertação ao príncipe, Jesuíno morre de ciúmes.
— Açucena se sente muito bem junto da família de criação e de Jesuíno. Mas já aceita a ideia de ser da realeza. Teve aulas de etiqueta com a avó e se identificou, está no sangue também. Mas, de fato, ela só sente inteira junto do povo dela, da gente dela, como costuma dizer — define.
Capítulo 085 – Segunda-feira
Timóteo resolve se vingar de Carlota e envia a moça para uma prisão em sua fazenda. Dora fica radiante ao ouvir os elogios que Jesuíno lhe faz. Farid procura Penélope, mas Bel o expulsa do quarto da jornalista. Maria Cesária liberta Úrsula do castigo de Herculano. Todos no palácio imploram para que Timóteo perdoe Carlota. Filó estranha a amizade de Antônia e Batoré. Neusa se insinua para Quiquiqui. Jesuíno descobre que Timóteo foi envenenado e pensa em invadir o palácio. Úrsula diz que pode salvar Timóteo desde que ele liberte Carlota. Euzébio não aceita lutar ao lado dos cangaceiros para salvar Açucena e Virtuosa briga com ele. Bartira expulsa Farid de sua casa e Salim conforta seus irmãos. Rosa avisa a Zenóbio, Augusto, Felipe e Petrus sobre o plano de fuga de Jesuíno. Antônia aprende a escrever e decide não fugir com Cícero por consideração a Batoré. Batoré repreende o novo comportamento de Neusa. Cícero e Inácio sofrem ao verem o casamento de Antônia. Timóteo se recupera do envenenamento.
Capítulo 086 – Terça-feira
Timóteo obriga Açucena a acompanhá-lo ao casamento de Antônia. Inácio impede Cícero de atingir Timóteo. Jesuíno, Herculano, Dora, Quiquiqui e Setembrino cercam a delegacia para libertar os homens da corte. Dr. Sérgio entrega uma roupa de enfermeiro para Bel. Paçoca é rendido por Augusto, que foge da cela com seus companheiros. Antônia se casa com Batoré. Timóteo se enfurece ao saber da fuga dos prisioneiros da delegacia e decide punir Tibungo. Úrsula avisa que o coronel pode ficar cada vez mais perigoso devido aos efeitos do antídoto ao veneno. Herculano se preocupa com o sumiço de Cícero. Úrsula faz Timóteo acreditar que ele pode ser o rei de Seráfia. Benvinda se preocupa com a empolgação de Jesuíno ao falar de Dora. Batoré ajuda Antônia a ler um livro. Timóteo anuncia ao povo de Brogodó que será coroado o novo rei de Seráfia e se casará com Açucena.
Capítulo 087 – Quarta-feira
Padre Joaquim tenta falar com Timóteo e acaba destituído da igreja por ele. Florinda e Virtuosa avisam a Augusto que o coronel disse que será o novo rei de Seráfia. Lilica e Efigênia cuidam de Tibungo. Miguézim devolve a tiara de Cristina a Augusto. Jesuíno e Dora ouvem Timóteo falar sobre um ataque a Herculano. O líder do cangaço e Jesuíno traçam um plano para resgatar Açucena. Augusto e Maria Cesária se reconciliam. Timóteo manda Zóio-Furado capturar Virtuosa e prendê-la no quarto com a filha. O falso cardeal de Seráfia chega a Brogodó. Timóteo informa a Açucena que Baldini irá buscá-la para a cerimônia de coroação e noivado. Damião escuta Jesuíno dizer que vai atacar Timóteo.
Capítulo 088 – Quinta-feira
Jesuíno vê Timóteo conduzindo Açucena até o altar. Dora avisa a Virtuosa para se preparar para fugir. O falso cardeal de Seráfia abençoa o noivado de Timóteo e Açucena. Bel e Ventania rendem os cocheiros da carruagem e Jesuíno e Felipe assumem seus lugares. Timóteo se nomeia rei de Seráfia. Rosa leva Antônia para falar com Cícero. Timóteo entra com Açucena na carruagem e Jesuíno e Felipe os conduzem para fora da cidade. Helena estranha que Úrsula a deixe visitar Efigênia. Timóteo se assusta quando os cangaceiros interceptam sua carruagem e resgatam Açucena. Antônia pede para Batoré romper com Timóteo. Quiquiqui convida Téinha para ir ao cinema. Miguézim e Inácio encontram Damião perdido na mata. Herculano prende Timóteo. O falso cardeal de Seráfia encontra os cocheiros amarrados e conta para Úrsula e Baldini. Açucena e Jesuíno conversam. Herculano anuncia sua vingança contra Timóteo.
Capítulo 089 – Sexta-feira
Tibungo decide abandonar a fazenda e Amália o acolhe em sua casa. Timóteo tem medo de Herculano. Jesuíno impede que Cícero atinja Timóteo e sugere uma outra punição para ele. Bartira cuida de doutor Sérgio e desagrada Farid. Neusa decide ir ao cinema sozinha. Herculano aceita a ideia de Jesuíno e Augusto e mantém Timóteo vivo. Quiquiqui pega o caderno em que Setembrino escreve seus versos e vai para o cinema com Téinha. Timóteo assina os termos do acordo para que os cangaceiros poupem sua vida. Baldini recebe o bilhete do coronel e Úrsula tem uma ideia para ajudá-lo. Timóteo finge desmaiar e Augusto e Jesuíno acreditam. Neusa tenta seduzir Quiquiqui no cinema, mas se irrita quando ouve o rapaz pedir Téinha em namoro. O secretário da presidência não acredita no pedido de ajuda de Batoré e desliga o telefone. Felipe contraria as ordens de Herculano e solta Timóteo, que o ameaça.
Capítulo 090 - Sábado
Jesuíno fica inconformado de ter que acatar as ordens de Timóteo. Tibungo pede perdão a Miguézim. Sérgio diz a Damião que a doença que ele tem nos olhos é genética e pode atingir um de seus filhos. Baldini envia uma mensagem para o Tenente Arueira. Herculano atende à exigência de Timóteo para fugir, mas Jesuíno e Doralice conseguem imobilizá-lo e libertar Felipe. Farid implora que Bartira o perdoe. Téinha diz para Quiquiqui que gosta de seus versos. Açucena vê Jesuíno e Dora se beijando. Farid tenta se redimir com Neusa. Setembrino fica feliz ao saber que Téinha gosta dos versos que ele escreve. Herculano pede para Bel dar um recado para Úrsula. Augusto procura Maria Cesária. Zóio-Furado e Ternurinha se beijam. Bel se encontra com Penélope. Tenente Arueira chega ao palácio do governo, deixando Úrsula e Baldini satisfeitos.
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Depoimento de Marilia Gabriela sobre o Inhotim
Centro de Arte Contemporânea Inhotim
O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina[1]. Está localizado em Brumadinho, Minas Gerais, uma cidade com 30 mil habitantes, a apenas 60 km de Belo Horizonte.
Índice[esconder] |
[editar] Características
Surgiu em 2004 para abrigar a coleção do empresário Bernardo Paz, onde ele também vive com a esposa Adriana Varejão[1], e hoje expõe obras, da década de 1970 até a atualidade, em 17 galerias.[2]
O acervo abriga 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan,[1]Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.[2]
As exposições são sempre renovadas, e galerias são anualmente inauguradas.[2]Em 2010, o centro de arte recebeu 42 mil alunos e 3,5 mil professores.[2]
A área é formada por 486 mil m² de jardins projetados por Burle Marx, com 4 mil espécies em cultivo, e está cercada por mata nativa[1], com 30% de todo o acervo em exposição para o público. Em reconhecimento à necessidade de preservar os 145 hectares de reserva, o instituto recebeu do Ministério do Meio Ambiente, em abril de 2010, a titulação provisória de jardim botânico.[3]
Neste jardim, estão cerca de 1,5 mil espécies catalogadas de palmeira, a maior coleção do tipo do mundo.[2]
Em fevereiro de 2010, os pavilhões em cubo branco foram substituídas por instalações transparentes. A intenção é promover o diálogo com o entorno de montanhas e mata. Em artigo de Fabiano Cypriano para o jornal Folha de S.Paulo, cita-se que as mudanças criam mais raízes locais e o Inhotim "se torna um novo paradigma para a exibição da produção contemporânea. [4]
Há ainda um restaurante cinco estrelas.[1] Aberto de quinta a domingo e aos feriados, o Inhotim oferece visitas temáticas, com monitores, além de visitas educativas para grupos escolares, que devem agendar previamente.
[editar] Administração
Idealizado por Bernardo Paz, o Inhotim conta com o diretor executivo, Hugo Vocurca, curador e diretor artístico, Jochen Volz, curador Allan Schwartzman e diretora executiva adjunta, Karina Kattan.
[editar] Crítica
O jornal The New York Times, em referência ao Inhotim, citou certa vez que "poucas instituições se dão ao luxo de devotar milhares de acres de jardins e montes e campos a nada além da arte, e instalar a arte ali para sempre”.[1]
O jornal Estado de Minas, em edição de 6 de fevereiro de 2011, avalia que o Inhotim pretende "transformar as pessoas para melhorar o mundo".[2]
Referências
- ↑ a b c d e f MEDEIROS, Jotabê (25 de março de 2010). Inhotim é um trabalho para a posteridade. Caderno Negócios. Jornal O Estado de S.Paulo
- ↑ a b c d e f Jornal [{Estado de Minas]]. (6 de fevereiro de 2011). Poder transformador. Caderno EM Cultura.
- ↑ OLIVEIRA, Júnia (8 de abril de 2010). Minas tem novo jardim botânico. Caderno Gerais. Jornal Estado de Minas
- ↑ Novas instalações fazem de Inhotim paradigma para arte contemporânea - Folha de S. Paulo, 25 de fevereiro de 2010 (visitado em 25-2-2010).
[editar] Ligações externas
Exibir mapa ampliado
Inhotim abre visitação para viveiro com mais de 4 mil espécies de plantas
Visitante poderá conhecer coleção do museu, na Grande BH.
Ação faz parte da Semana do Meio Ambiente.
Mais de 4.800 espécies da flora do museu do Inhotim, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estarão disponíveis para visitação a partir do próximo domingo (29), na inauguração do Viveiro Educador e Núcleo de Pesquisa. A ideia é que os visitantes possam ter a oportunidade de conhecer quase toda a coleção botânica do museu.
A ação faz parte das celebrações da Semana do Meio Ambiente 2011 e vai envolver também palestras, oficinas, visitas, shows musicais e exibição do filme "Lixo Extraordinário", sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro.
O novo espaço de visitação é formado por um complexo horticultural destinado a pesquisas científicas, manutenção da coleção botânica e atividades educacionais. O Viveiro Educador Inhotim abrange uma área de aproximadamente 25.000 m2. A visitação ocorrerá durante toda a Semana do Meio Ambiente. Para outras informações acesse o site do museu do Inhotim.Alfredo Brant
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Bernardo Paz prevê fundo e doações de obras para museu de Inhotim
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MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
enviado especial da Folha a Brumadinho
No fim de semana passado, o Instituto Cultural Inhotim recebeu uma romaria de ilustres representantes do circuito de arte contemporânea. Centenas de convidados, entre os quais alguns dos mais prestigiados artistas, curadores e galeristas do mundo, desfilaram pelos jardins do luxuriante museu ao ar livre para presenciar a inauguração de nove instalações.
Foram recebidos pelo empresário Bernardo Paz, que concebeu e criou a instituição, plantada numa antiga fazenda em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte. Para júbilo do anfitrião, o fim de semana artístico foi precedido por uma boquiaberta reportagem da revista "Travel", do "New York Times", que chamava Inhotim de "nova maravilha do mundo".
Paz, 59, milionário do setor de mineração e siderurgia, começou a ganhar projeção no meio das artes no início dos anos 2000, quando se tornou um comprador agressivo de obras, com vistas a criar seu inusitado museu.
A ideia ganhou corpo depois que ele, em 1995, aos 45 anos, sofreu um derrame, em Paris --escala de uma de suas incontáveis viagens de negócios à China. "Eu realmente vi que as pessoas morrem e fiquei com a sensação clara de que aquele não era mais meu caminho."
Pedro Silveira/Folha Imagem | ||
Bernardo Paz, no Instituto Cultural Inhotim, que reúne grandes instalações de artistas brasileiros e internacionais |
Alguns anos depois, já não tinha dúvidas sobre abrir uma coleção de arte para o público nos jardins que construía em Inhotim --propriedade comprada em 1984. Foi o artista Tunga quem o incentivou a investir em arte contemporânea. "Ele dizia que a arte moderna estava virando enfeite na parede e que a arte contemporânea tinha vindo para ficar."
Paz percebeu que os 40 hectares de Inhotim eram propícios a abrigar grandes instalações em meio à natureza --um tipo de obra que poderia ser adquirida a preços atraentes, por ser de difícil comercialização. "Naquela época eu ainda não sabia se ia conseguir", diz.
Conseguiu, mas não sem enfrentar percalços e suspeitas. Festejado por muitos como um desprendido benfeitor das artes, mas visto por alguns como um excêntrico desmedido, ele despertou desconfianças quando, em meio a dificuldades, decidiu vender boa parte do seu acervo com a mesma agressividade com que comprara.
"Vendi para continuar construindo o museu", justificou-se em entrevista à Folha, concedida em sua casa, em Inhotim. "E depois recomprei muita coisa." Há quem diga que ele aceitou preços menores do que os que havia pago. Ele relativiza: "Quando o objetivo é maior, qualquer coisa que se diga é menor do que o objetivo. Não me preocupa o que disseram, mas o que Inhotim representa hoje para o Brasil".
Doação
O mais importante centro de arte contemporânea do país --e um dos melhores do mundo-- vem passando por um processo de formalização institucional. Já há seis anos, a direção artística está nas mãos de um trio de curadores formado pelo americano Allan Schwartzman, pelo alemão Jochen Volz (também cocurador da Bienal de Veneza) e pelo mineiro Rodrigo Moura.
Os próximos passos vão na direção de aprofundar a dimensão pública do museu e de criar condições para que se sustente ao longo do tempo. Estão em curso estudos para um "endowment" (fundo de manutenção) e para transformar Inhotim em organização social de interesse público. Em breve, dez obras do colecionador serão doadas ao instituto, que nos últimos 12 meses atraiu 211 mil visitantes --sendo 38 mil estudantes.
Hoje, a manutenção de Inhotim beira os R$ 20 milhões por ano, valor basicamente coberto, segundo o empresário, por recursos provenientes de seus negócios. Captações por lei de incentivo representam 5%. Para se ter um parâmetro, a Pinacoteca de SP, ressalvando-se as diferenças, tem um custo anual semelhante.
Paz diz que "há muitos gênios nos botequins" e que o importante é a persistência --característica que experimenta com tormento: "É um sofrimento que não me deixa dormir. A felicidade é minha família. O resto é angústia, ansiedade e inquietude".
Editoria de Arte/Folha de S.Paulo | ||
O imperador de Inhotim
Como Bernardo Paz, empresário da mineração, montou um instituto
de arte tão pitoresco quanto espetacular em um lugarejo mineiro
Marcelo Marthe
Fotos Bruno Magalhães/Nitro |
ESTILO TRATOR Paz e a instalação De Lama Lâmina, cuja cúpula de vidro lembra um óvni na mata: a obsessão do empresário é criar uma Disneylândia da botânica e da arte contemporânea |
Em 2006, o mineiro Bernardo Paz recebeu um especialista em plantas na sua fazenda em Brumadinho, cidade de 34 000 habitantes a 60 quilômetros de Belo Horizonte. Paz havia acabado de transformar seus 97 hectares em uma mescla de jardim botânico e museu devotado à arte contemporânea – o Instituto Cultural Inhotim. Só que, ao se gabar das palmeiras, ouviu uma crítica do engenheiro agrônomo Harri Lorenzi. "Eu o adverti: ‘Meu amigo, essa sua coleção não tem nada de extraordinário. Faltam centenas de espécies nativas’", conta Lorenzi. De imediato, diante do convidado, Paz repreendeu o responsável pelo jardim (que logo seria demitido). Ao retornar ao local, no ano passado, Lorenzi se assombrou: "Até onde sei, ele montou a maior coleção de palmeiras do mundo, com mais de 1 000 espécies". O episódio resume o homem e sua obra. Na aparência, Paz – que cultiva uma juba branca à la Oswaldo Montenegro e recebe os visitantes descalço – é todo zen. Por trás da estampa riponga, contudo, há um leão obcecado em tornar cada vez mais grandiosa aquela que vê como a "obra de uma vida".
No começo da década, o empresário do ramo da mineração ganhou notoriedade como um mecenas agressivo e pitoresco. Mas, para muitos, Inhotim – o destino das obras que comprava – parecia um capricho sem sentido. Distante do eixo Rio-São Paulo e fora de mão mesmo para quem vem de Belo Horizonte, a região era, até poucas décadas atrás, sede de um leprosário. Quatro anos depois de sua abertura, contudo, a instituição já atrai público. Sua exuberância, sustentada por recursos do próprio empresário e também obtidos com leis de incentivo, contrasta com a penúria de boa parte das instituições culturais do país. No ano passado, Inhotim recebeu 130 000 visitantes (além de 21 000 estudantes, a maioria por meio de um convênio com a prefeitura de Belo Horizonte) e inaugurou nove novas atrações. Entre elas contam-se uma
instalação do carioca Hélio Oiticica (1937-1980) e a galeria que abriga De Lama Lâmina, obra do americano Matthew Barney que consiste em um trator suspendendo no ar um tronco de árvore artificial (Barney adora uma esquisitice: é casado com a cantora islandesa Björk). O efeito da obra e do prédio que a abriga sai amplificado pelo cenário – de fora, o conjunto parece um óvni estacionado no meio da mata. Ao inserir a arte contemporânea em um ambiente tropical, Inhotim lhe confere um sentido menos inócuo do que se depreenderia ao observá-la em uma bienal.
A ambição do mecenas é criar uma Disneylândia da arte e da botânica. "Isto aqui não é um museu. É um lugar", diz. Ele quer construir um albergue para estudantes, três hotéis de categorias distintas, um centro de convenções, um teatro e um aeroporto. "Sou da tribo das pessoas que só querem fazer, fazer, fazer. E isso põe todo mundo aqui louco", afirma Paz, que, aos 59 anos, controla a ansiedade com calmantes, antidepressivos e dois maços de cigarro por dia. Inhotim surgiu no fim dos anos 80, quando Paz se tornou próximo do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994) e obteve dele – na base da camaradagem – palpites para montar seu jardim.
A ideia de transformá-lo em uma instituição aberta ao público nasceu em 1995, quando o empresário se viu confrontado com a morte: sofreu um derrame em Paris, durante uma escala em uma viagem de negócios à China. "Percebi que meu legado poderia ser esse ambiente mágico, onde as pessoas vivem uma experiência interior única", diz. Ele concluiu que a melhor forma de imprimir esse significado luminoso a seu jardim seria salpicá-lo de arte, em uma versão radicalizada dos tradicionais jardins de esculturas. Convencido pelo artista pernambucano – e amigo – Tunga de que não deveria investir em "medalhões mortos", ele se desfez de seu acervo de arte moderna e passou a colecionar contemporâneos, como o próprio Tunga, os cariocas Cildo Meireles e Adriana Varejão e o dinamarquês Olafur Eliasson. A galeria mais espetacular é a de Adriana, que tem três andares e parece flutuar sobre um espelho-d’água. "Inhotim é o sonho de todo artista: um lugar que acena com liberdade total e recursos generosos", diz a artista. Ela conseguiu não só um colecionador, mas também um maridão: Adriana e Paz casaram-se em 2005 (ele, pela quinta vez) e têm uma filha de 4 anos.
Ao criar seu "lugar mágico" – inaugurado em uma boca-livre antológica, com dois Airbus fretados para o translado de convivas –, Paz esperava elogios. Não foi assim. Ele enfrentou pressões familiares. "As mães dos meus seis filhos querem me matar por enterrar todo o dinheiro deles aqui", afirma. Uma das ex despachou um médico para sondá-lo. "Ela achava que eu estava doido." O imperador de Brumadinho também teve sua imagem abalada pelo envolvimento do irmão, Cristiano Paz, no escândalo do mensalão petista, em 2005. O publicitário era sócio do nefasto Marcos Valério. "De repente, minha obra foi colocada sob suspeição", diz.
Paz declara ter despejado em Inhotim cerca de 90 milhões de dólares, o que o tornaria um mecenas comparável a Ciccillo Matarazzo, financiador do acervo estupendo do Museu de Arte Contemporânea (MAC), em São Paulo. Boa parte desse montante, de acordo com Paz, provém de uma bolada de 150 milhões de dólares que ele teria recebido no exterior pela venda de uma mina no Brasil. O dinheiro teria sido doado à Horizontes, empresa que administra o instituto, por meio de uma firma no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. "Pus o grosso do dinheiro em Inhotim. O restante, a Horizontes emprestou a uma empresa minha para saldar dívidas", conta. A empresa em questão era a mineradora Itaminas – que, recentemente, teve sua venda acertada para um grupo chinês por 1,2 bilhão de dólares. Paz pretende usar parte da quantia para quitar seus débitos empresariais, que ele calcula serem da ordem de 400 milhões de dólares. "Como escolhi ser um homem público, não posso dar margem a ilações", afirma.
O mecenas paga comissões entre 80 000 e 100 000 dólares por obra, além de bancar o material para sua confecção. Ele se enfronhou na arte contemporânea para conviver com os artistas, que via como criaturas extraordinárias. A proximidade o fez rever essa ideia: "Artistas cansam. Ninguém aguenta as pirações deles por muito tempo". No casamento com Adriana Varejão, Paz se adapta como pode às injunções da mente criadora. Ela mora no Rio de Janeiro. Ele vive isolado em Inhotim. "Como eu poderia manter essa mulher, uma artista, presa aqui?", diz. Ademais, Paz reconhece não ser um marido fácil. "Sou um ermitão."
Fotos João Marcos Rosa/Ag. Nitro e Bruno Magalhães/Nitro |
O PALÁCIO DA PRIMEIRA-DAMA Uma das galerias de Inhotim abriga obras da artista plástica carioca Adriana Varejão – que, durante a construção, acabaria se casando com o mecenas Bernardo Paz. Dentro do prédio (à dir.), uma estrutura de concreto de três andares que parece flutuar sobre um espelho-d’água, há peças como Linda do Rosário (à esq.) – uma parede de azulejos da qual brotam vísceras feitas de poliuretano e pintadas a óleo |
Bruno Magalhães/Nitro | ||||||||||
EXUBERÂNCIA TROPICALISTA Os jardins de Inhotim, com obra de Hélio Oiticica: a maior coleção de palmeiras do mundo Bernardo Paz Bernardo Paz é um empresário mineiro que idealizou o Instituto Inhotim. O complexo museológico recebe milhares de visitantes por mês, mantém um acervo de 500 obras valiosas e é o maior jardim botânico do país. Frase da Gabi apresentando o entrevistado: "As grandes obras de arte somente são grandes por serem acessíveis e compreendidas por todos." (Leon Tolstói – escritor russo) Inhotim Cultural Institute, Brumadinho, Minas Geraisby Harold Emert
Founded in 2005, Inhotim spreads about a stretch of converted farmland owned by mining magnate and art collector Bernardo Paz. The official literature calls it "an environmental park and modern art museum. It is a place of production of knowledge created from an artistic and botanic collection." ________________________ Visit Inhotim with WHL Travel, a company that shares our concern with sustainable and responsible tourism. ________________________ Paz is married to the Brazilian artist Adriana Varajão – a fact which perhaps helps explain his eccentric tastes in art. Much of his collection of contemporary art is on display on the grounds: sculptures, drawings, photographs, videos and installations. The permanent collection boasts about 350 works produced since 1960 by more than 80 artists. One piece that continues to ring in my ears, eyes and soul is "Forty Part Motet" (2001) by the Canadian-born Janet Cardiff, who now lives in Berlin. The looped recording recreates the experience of hearing a live choir performs the English Renaissance masterpiece “Spem in Alium” – composed by Thomas Tallis in 1573 for, some believe, Queen Elizabeth’s 40th birthday. A Renaissance choir brought back to life! If manmade and women-made wonders abound, so do natural ones. The Tropical Park is a botanical garden that reminded me of the stunning natural features of the Amazon mixed with the wonders of Rio de Janeiro’s parks and gardens created by great 20th century landscape artist Roberto Burle Marx. According to the description on the official Inhotim website “the enormous variety of plants makes Inhotim a local where one encounters one of the major collections of botanical collections in the world, with rare tropical species and forest reserve which is part of the Mata Atlântica (Atlantic Rainforest)." Not incidentally, a decade before his death in 1994 Burle Marx paid a visit to Inhotim and provided some early suggestions about the projected landscape. Walking around Inhotim's gardens, parks and scenic wonders, a few comparisons came to mind: Frank Lloyd Wright’s home and the Hearst Castle in San Simeon, California. Pavilions feature permanent exhibitions of Brazilian artists Tunga and Cildo Meireles. In March, 2008, two new galleries were inaugurated: one dedicated to Varejão's work and the other for Colombian Doris Salcedo's piece Neither (2004). Other projects commissioned by Inhotim have included project by international artists like Doug Aitken, Matthew Barney, and Pipilotti Rist. Curators have included Allan Schwartzman, Jochen Volz and Rodrigo Moura. Inhotim Restaurant Inhotim’s restaurant, set in gardens designed by Burle Marx, is alone worth the trip from Belo Horizonte. Set among the natural wonders of Brazil’s "tropicalia," the menu is as healthy as the locale. In fact this observer would venture to guess Inhotim's restaurant was on par or better than many of Belo Horizonte or even Sao Paulo and Rio de Janeiro’s finest restaurants. Getting to Inhotim The official website provides directions in English for driving to Inhotim. There is direct bus service from Inhotim from the Belo Horizonte’s main bus station (“rodoviária,” in Portuguese). Though in Portuguese, the bus station’s website features a handy online form that gives you the departure times of all buses from the Belo Horizonte rodoviária. Click on “horários de ônibus” in the left-hand menu. Inhotim Visits The center is open during the day, Thursday-Sunday and on holidays. There is a modest fee. Details can be found on Inhotim General Information page of the official website. Inhotim Reporter’s Notebook The visit came after I attended a conference in Belo Horizonte called Earth Dialogues: the Planet Water in November 2008. The director of the Institute of the UNESCO Institute for Water Education Richard Meganck visited Inhotim to discuss various projects that involve the participation of Narcio Rodrigues, a Brazilian member of Congress representing Minas Gerais. |
Inhotim, um centro cultural mineiro cercado de privilégios
Centro faz história no gigantismo de sua ambição; TCU vê favorecimento em associação com o poder público
Delírio de um multimilionário mineiro da área de mineração, Bernardo Melo Paz, o Instituto Cultural Inhotim é tão grande quanto privilegiado. O centro mineiro de arte contemporânea, desde que se instalou no cenário da arte contemporânea nacional, vem colecionando largos privilégios de verbas e ajudas oficiais.
O mais recente: para facilitar o acesso ao local, que fica a cerca de 60 km de Belo Horizonte, o governo de Minas primeiro construiu a estrada Barreiras-Brumadinho. Agora, Inhotim queixou-se que a pontezinha que dava acesso ao gigantesco museu era estreita. Não teve problema: o governo de Minas Gerais começou a construir em tempo recorde, 180 dias, uma portentosa ponte de R$ 2,5 milhões sobre o Rio Manso, além de pavimentar o trecho. Na semana passada, caminhões e tratores trabalhavam furiosamente para finalizar o acesso, embora a velha ponte dê conta do serviço tranquilamente.
Do governo federal, Inhotim ganhou recentemente a possibilidade de obter renúncia fiscal da ordem de R$ 13 milhões para gastar no seu plano anual de atividades de 2010 a 2011 (vem sendo habilitado para tanto desde 2008, quando captou R$ 1.595 000,00). Somente para a agenda cultural de 2009, teve aprovados R$ 1,1 milhão da Lei Rouanet. Tem patrocínios generosos da Petrobras e outras estatais mineiras. Ainda assim, cobra R$ 15 pela entrada.
Peças de Edgard de Souza e palmeiras ao fundo. Foto: Nilton Fukuda/AE
Inhotim é como um buraco negro espacial, vai crescendo e engolindo matéria. Mas às vezes encontra resistência. No mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu que Inhotim pretendia fazer a municipalidade construir um Centro de Convenções em um dos seus terrenos. Detalhe: doaria o terreno, mas em troca queria o usufruto do Centro de Convenções durante 20 anos. O TCU brecou a manobra.
"Vedado o estabelecimento de condição que confira à entidade privada a gestão do empreendimento que será construído, cuja exploração é prerrogativa do poder público", escreveu o juiz auditor, Augusto Sherman Cavalcanti, ao negar o pedido.
Apesar do percalço, Inhotim continua crescendo pelas beiradas. No dia 29, o centro de arte apresenta 9 novas aquisições de arte contemporânea, obras de gente como Mattew Barney, Doug Aitken, Chris Burden e Yoyoi Kuzama.
No pequeno município de Brumadinho (no Vale do Paraopeba, a 50 km de Belo Horizonte), não pega bem falar mal de Inhotim. Para uma economia baseada na cachaça e na extração mineral, com tímida produção cultural local, o megacentro é uma redenção em todos os sentidos. Só para se ter uma ideia: para orientar os visitantes nos pavilhões dos artistas, foram contratados 68 estudantes das faculdades locais.
"Até o final do ano, serão contratados mais uns 30", disse um dos garotos que trabalham como monitores. "É gente das faculdades de artes, de História, mas tem também gente de Matemática, de setores que não tem nada a ver com arte", revelou Dona Inês, que vende artesanato de barro na estrada Barreiras-Brumadinho, não titubeia quando é perguntada sobre o quanto houve de incremento na venda de suas modestas peças após a abertura do Centro de Arte Contemporânea. "Ah, cresceu 100%", jura.
'Magic Square', uma obra de Hélio Oiticica. Foto: Nilton Fukuda/AE
O museu conta com agressiva política de residências artísticas. Mas nem sempre mete a mão no bolso para realizar seus projetos. Na semana passada, teve aprovado pelo Iphan o projeto Manifestações Culturais Quilombolas do Vale do Paraopeba, pelo qual concorria com outras 95 propostas do País. É um programa de patrimônio cultural imaterial. Mas o Iphan entra com R$ 105 mil, e a contrapartida de Inhotim é de apenas R$ 4,3 mil. A diretora-executiva de Inhotim diz que a missão do centro de artes é "promover a educação continuada mediante contato estreito com a arte contemporânea e o meio ambiente".
Criador de museu era empresário, hoje vive enfronhado com a arte
Na quinta-feira passada, por volta das 14 h, um homem de cabelos compridos, camisa-bata branca, calça de tecido mole e chinelos brancos caminhava em direção ao restaurante de Inhotim - um bufê de 5 estrelas, metade das mesas ao ar livre, com peras recheadas de gorgonzola, saladas de endívias e doces típicos mineiros.
Cabelos grisalhos e longos, andar arrastado e seguro, o homem de uns 50 e poucos anos parecia um pouco uma mistura de Oswaldo Montenegro com Kris Kristofferson. Ele entrou e se dirigiu a uma mesa nos fundos, dedicando-se a algo que parecia uma séria reunião de negócios enquanto almoçava. Depois, com um cigarro apagado entre os dedos, caminhou em direção ao espelho d’água que fica no teto do Centro Burle Marx. Ali, começou a abrir caixas de papelão e espalhar pessoalmente, assistido por funcionários, as bolas metálicas que compõem a novíssima instalação da japonesa Yayoi Kusama, "Jardim de Narciso".
O homem era o empresário Bernardo Paz, figura controversa das artes nacionais, um mecenas que já declarou publicamente não gostar de "artista morto". Paz é irmão de Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério (o operador do chamado "mensalão") na SMP&B e DNA Propaganda.
Entretanto, forçar uma associação imediata da gestão de Inhotim com esse grupo, sem comprovação, pode servir somente a interesses políticos. Recentemente, um jornal da região reproduziu declaração do senador José Nery (PSOL-PA), afirmando que este protocolaria requerimento para incluir Inhotim na CPI da Petrobrás. Nery diz que nunca deu a declaração e nem integra a CPI.
Paz é dono da Itaminas, que já esteve entre as maiores produtoras de ferro de Minas. No ano passado, colocou à venda um dos principais ativos da empresa, uma mina de ferro com reservas de 1,3 bilhão de toneladas. Segundo o jornal "Valor Econômico", a Itaminas é do fim dos anos 50 e de controle familiar. Em Sete Lagos e Itatiaiuçu, o grupo opera três produtoras de ferro-gusa, e essa produção fez com que o grupo fosse acusado de agressão ao meio ambiente.
Paz vive literalmente enfronhado entre arte contemporânea (reside ali mesmo). E foi ali que, em 2005, casou com a artista Adriana Varejão, numa festa para 300 convidados. Adriana, é claro, tornou-se dona de um dos mais portentosos pavilhões do centro.
Comentado em: Inhotim, um centro cultural mineiro cercado de privilégios - Estadao.com.br
17 de Setembro de 2009 | 3h23
Maledicência Gostaria de saber se o jornalista que escreveu a matéria de fato foi ao local. Pois não parece.Inhotim é um lugar vivo. Fui lá por dois dias e vi cerca de 2000 pessoas por dia desfrutando do local,com imenso prazer e satisfação. Familias inteiras passeavam pelos jardins e instalações conversando sobre arte.Pessoas iniciadas no assunto e gente que tive a impressão que poucas vezes frequentou museus. Como não comentar as qualidades do lugar nesta matéria? Por acaso esta pessoa conversou com os jovens monitores de Brumadinho? É impressionante como estão bem preparados. Que outra oportunidade estes jovens teriam se não fosse Inhotim? Não sou mineira. Sou paulista como o jornal, mas reconheço a qualidade deste trabalho. Inhotim não é um buraco negro como sugere a matéria. Uma rápida visita desprovida de maledicência, perceberá a relação entre as pessoas e o lugar Quem vai a Inhotim, sai modificado. O investimento público e privado ali feito,tem na intensa visitação um retorno incalculável.Que é a cultura.
Empresário Bernardo Paz se prepara para ir ao Fórum Mundial de Davos discursar sobre o Instituto Inhotim
Plantão | Publicada em 12/12/2010 às 09h04m
Karla MonteiroBRUMADINHO - Difícil enquadrar Bernardo Paz: postura de monarca e discurso anárquico. O homem intriga. Por um lado, ele é acusado pelo Ministério Público de sonegação de impostos e de receber, através da empresa Horizontes Ltda., dinheiro oriundo de paraísos fiscais. Por outro, ergueu um patrimônio para a Humanidade: Inhotim, o incrível museu de arte contemporânea semeado numa fazenda em Brumadinho, pequena cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. O lugar é - de fato - um reino, avaliado em US$ 200 milhões.
São cem hectares de jardins botânicos com uma imensa coleção de espécies tropicais raras. O paisagista Burle Marx foi amigo de Paz e ajudou a orquestrar tal exuberância. Inhotim abriu as portas em outubro de 2006 e, de lá para cá, só ganha magnitude. Entremeando os jardins e lagos, são 17 pavilhões dedicados à arte contemporânea produzida entre os anos 1960 e hoje. Muitos dos nomes mais importantes estão lá: Tunga, Cildo Meireles, Miguel Rio Branco, Hélio Oiticica, Adriana Varejão (mulher do empresário), Doris Salcedo, Victor Grippo, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Janet Cardiff & George Bures Miller, Doug Aitken. Nesse cenário vive o mecenas. Paz, sócio de mais de 20 empresas de mineração e siderurgia - e o maior produtor independente de ferro-gusa do país -, mora no casarão da fazenda, com Inhotim como quintal.
Na manhã da última quarta-feira, feriado em Belo Horizonte, ele se encontrava na parte externa do restaurante do museu, atrás de cinco caixinhas de água de coco e um maço de cigarros Carlton. Quando começa a falar, a voz é quase inaudível. Em janeiro, Paz vai viajar em missão diplomática. Foi convidado a sentar-se numa das mesas de discussão do Fórum Mundial de Davos, encontro anual que reúne na Suíça líderes da economia, de empresários a presidentes de banco. Está na mesma mesa da presidente do conselho dos museus do Qatar, Sheika Mayassa, e dos artistas plásticos Jeff Koons e Olafur Eliasson. O tema: arte contemporânea e filantropia.
O empresário, irmão do publicitário Cristiano Paz, sócio de Marcos Valério na SMPB, agência envolvida no escândalo do mensalão do PT, é bom de papo. Não tem travas na língua. Gosta de falar, embora raramente conceda entrevistas e não comente nada da vida pessoal ou dos negócios. Paz nunca eleva o tom da voz. Só quando solta um "puta que o pariu" para o celular que toca insistentemente. Entre soberbo e simpático, arrogante e elegante, defende a arte contemporânea como "a mais poderosa organização não governamental". Diz que Inhotim é um exemplo único de projeto social no mundo. Mete o pau na elite brasileira. E desdenha do encontro em Davos.
O convite para ir a Davos é muito importante para Inhotim?
BERNARDO PAZ: Tudo o que avança no sentido cultural é importante. Mas eu não gosto de ir a Davos, porque tenho dificuldade de me expressar para pessoas importantes. Elas se julgam tão importantes que não ouvem. O que precisamos é de atitude de quem tem dinheiro. Inhotim é uma fábrica de cidadãos, a maior obra social que qualquer pessoa no mundo já fez. Mas, ao mesmo tempo, não é nada. Bastaria os ricos entenderem que quem está do seu lado é gente. O DNA é o mesmo. Só falta treinamento. Eu quero que Inhotim se transforme em exemplo. Por isso falar em Davos talvez seja interessante. Bater na mesma tecla é bom.
O que o senhor pretende dizer em Davos?
Com sinceridade, eu estou indo para Davos porque me convidaram. Não sei nem quem me convidou. Quando chegar lá, vou olhar para a cara daqueles bundas-moles e mandar todo mundo para a puta que os pariu. E, se encontrar pessoas legais, vou tentar falar alguma coisa. O fórum que importa não é esse. O fórum está no governo de cada país, de cada estado, de cada cidade.
Inhotim é uma obra social?
Sim. É um treinamento. É mais fácil aprender aqui do que com um livro ou numa escola aborrecida. A curiosidade e a vontade de chegar lá vêm do exemplo. As pessoas, quando estão no museu, se sentem estimuladas, orgulhosas, porque entram em contato, se comunicam com gente pretensamente mais educada.
Vamos começar do começo: o senhor iniciou a sua coleção de arte contemporânea em 1980. Como surgiu o interesse pela arte? Comprar arte já era um "projeto social"?
Nunca tive ideologia. Minha filosofia de vida sempre foi humanista. Sempre apostei nisso. As pessoas, de forma geral, juntam um monte de dinheiro. E aí dão dinheiro para a Aids, dão dinheiro para isso, para aquilo... Mas nunca vão ao lugar para ver a cultura da população, para ver o que se pode tirar de proveito das pessoas inteligentes daquela comunidade. O ponto mais importante em qualquer sociedade é o treinamento. E o treinamento não é baseado na educação formal, mas em princípios. Ele traz à tona a curiosidade. A curiosidade talvez seja - e eu acho que é - a forma mais fácil de ensinar. A partir do momento em que você desperta a curiosidade, a pessoa quer saber, quer ir além.
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Comentado em: Inhotim, um centro cultural mineiro cercado de privil?gios
15 de Janeiro de 2010 | 10h13
QUE VERGONHA. O Estadao fazer uma matéria dessas... Tanta corrupção, dinheiro jogado no lixo, empresas que servem de cabides de emprego aqui mesmo em São Paulo, e um jornal que era pra ser conceituado faz uma matéria criticando o maio e melhor centro cultural que o Brasil possui? Já sabia que o Estado estava piorando, mas nesse nível. Acho que jornalecos conseguem ter uma melhor opinião sobre isso. Próxima matéria pro Estadão: "Absurdo, dinheiro gasto no Louvre poderia solucionar a pobreza no Brasil." Falta de cultura é falta de inteligência Sr. pseudo jornalista que escreveu esta matéria! Abraços e VISITEM INHOTIM para terem opinião própria. Viva a cultura!