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Chefe de Paolicchi foi condenado a 4 anos de prisão por improbidade
A Justiça Federal condenou o ex-prefeito de
Maringá, Jairo Gianoto, a uma pena de quatro anos e seis meses de
reclusão, pelo superfaturamento do preço da obra pública do Hospital
Metropolitano de Maringá, hoje Hospital Municipal, realizada com
recursos do Ministério da Saúde. Além de Gianoto, foram condenados o
então secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Carlos
Eduardo Schwabe, e o empreiteiro Erasmo José Germani.
A pena
dos dois é de três anos, dez meses e 15 dias de reclusão. Os réus também
estão proibidos de ocuparem funções públicas e de se candidatarem a
qualquer cargo pelo período de cinco anos. O mandato de Jairo Gianoto
como prefeito foi de 1997 a 2000. Ele renunciou ao cargo, após uma série
de denúncia começar a ser investigada pelo Ministério Público.
O ex-secretário municipal de Fazenda de Maringá,
Luiz Antônio Paolicchi, 48 anos, foi encontrado morto na noite de
ontem. O corpo estava dentro do porta-malas de um carro encontrado
abandonado no distrito de Floriano, em Maringá, e apresentava duas
perfurações de tiro no rosto, além de marcas de agressão.
Paolicchi estava desaparecido desde a noite de quarta-feira (26). De
acordo com o delegado-adjunto de Maringá, Nagib Nassif Palma, a
denúncia do desaparecimento foi registrada por um suposto companheiro
do ex-secretário.
O rapaz compareceu na delegacia e informou que Paolicchi estava com um Fiat Idea preto, modelo HLX, placa HDQ-6182, de Maringá.
O carro foi encontrado abandonado por volta das 20 horas de ontem,
dentro de uma área de plantio, após uma denúncia anônima feita no fone
190 (Polícia Militar).
O corpo estava encolhido dentro do porta-malas e tinha um pedaço de
fita adesiva colada no joelho direito. No rosto, do lado direito, a
polícia constatou duas perfurações de tiro. A face também apresentava
sinais de agressão, como um ferimento no lábio inferior, do lado
direito.
Paolicchi vestia camisa azul de mangas longas da marca Lacoste, calça
jeans clara e sapato marrom sem meias. No pulso, um relógio de marca
desconhecida.
A polícia acredita que ele pode ter sido torturado antes de ser
executado a tiros. A carteira de Paolicchi foi encontrada no bolso da
calça. Ela continha R$ 155 em dinheiro e vários cartões de crédito.
Segundo a polícia, a localização de dinheiro e pertences sugere que o
crime pode ter sido cometido por vingança. No entanto, nenhuma
hipótese foi descartada, nem mesmo a de latrocínio.
Na noite de quarta-feira, logo após registrar o desaparecimento do
ex-secretário, a Polícia Civil efetuou o bloqueio do automóvel por
furto.
As investigações sobre o paradeiro de Paolicchi foram imediatamente
iniciadas, mas nenhuma pista havia sido encontrada até o final da tarde
de ontem.
Luiz Antônio Paolicchi em quatro momentos
distintos da vida pública: como secretário de Fazenda de Maringá, nos
anos 90; indo para a prisão, no
aeroporto de Maringá;
saindo da prisão, em 2005; e encontrado morto, no começo da noite de
ontem; figura histórica para os maringaenses, graças ao desvio de R$ 500 milhões da prefeitura
O cadáver já exalava um certo odor, o que indica que o crime pode ter
ocorrido entre a noite de quarta-feira e a madrugada de ontem.
Os peritos do Instituto Médico Legal (IML) devem determinar com mais
precisão a hora da morte, além de outros prováveis ferimentos.
O sitiante Ademilson Oliveira Motta, 38 anos, relatou à reportagem de
O Diário ter visto o carro estacionado no local por volta das 6h50 de
ontem.
Outros moradores também confirmaram ter visto o Fiat Idea no local
pela manhã, mas disseram não ter informado a polícia por acreditarem
que o carro pertencia a um produtor local que trabalhava no plantio.
Paolicchi era acusado de desviar mais de R$ 100 milhões dos cofres
municipais durante a gestão do prefeito Jairo Gianotto. Ele também fez
parte da equipe dos ex-prefeitos Ricardo Barros e Said Ferreira.
Esse era Paolicchi
"Ele tinha muitos problemas desse tipo. Estava atolado em dívidas"
Moisés Zanardi
Advogado de Paolicchi
Rotina
"De vez em quando ele me ligava, dizendo que estava sendo ameaçado por algum credor"
Moisés Zanardi
Advogado de Paolicchi
Motivos
"Queima de arquivo eu penso que não. Não haveria problema para isso"
Moisés Zanardi
Advogado de Paolicchi
Fim
"Rico, só de saúde"
Luiz Antônio Paolicchi
Na última entrevista concedida, a O Diário
Assim é
demais
Todo
mundo desconfiava, mas foi preciso um festival de exibição
para a farra acabar
Maurício
Lima, de Maringá
Joel Rocha
Uma
das fazendas de Paolicchi: patrimônio estimado em 20 milhões
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A
cidade de Maringá, no interior do Paraná, está
vivendo uma situação que serve de alerta a todo o
país. O secretário de Fazenda do município
vem sendo acusado de desviar recursos da prefeitura e de possuir
um patrimônio muito, mas muito, superior a sua renda. Teve
sua prisão decretada no mês passado e está sumido
até hoje. O caso chama a atenção pelos valores.
Luiz Antonio Paolicchi ganhava 4.000 reais, brutos, como secretário
de Fazenda. Mas possui dez apartamentos no Brasil e no exterior,
nove fazendas, quinze carros, dois aviões, um helicóptero
e uma empresa de água mineral adquirida durante sua permanência
no secretariado. Numa avaliação inicial, os procuradores
que investigam esses exuberantes sinais exteriores de riqueza calcularam
que seu patrimônio é de, no mínimo, 20 milhões
de reais. Para se ter uma idéia do rombo, as contas no exterior
do juiz Nicolau dos Santos Neto, o tarzã dos desvios do TRT
paulista, somam 30 milhões de reais. Ou seja: é dinheiro
para Lalau nenhum botar defeito.
Paolicchi:
desvio de dinheiro da prefeitura e fuga |
Paolicchi
levava um estilo de vida nababesco. Era conhecido na cidade pelas
festas e pelas viagens que fazia. Passava fins de semana na Argentina
e viajava com freqüência na primeira classe para o exterior.
Era habitué das lojas de roupas mais caras de São
Paulo. Pegava o jatinho e gastava a valer. Pessoas que privavam
de sua intimidade comentam que, nessas ocasiões, as contas
nunca eram inferiores a 10.000 reais. Generoso como poucos, presenteava
amigos com carros, jóias e roupas. Sempre era visto na cidade
numa espécie de clube do Bolinha, um grupo de amigos em que
mulher não entrava. Há pelo menos quatro anos Maringá
inteira pressentia que havia algo errado com o enriquecimento do
secretário de Fazenda, mas ninguém fazia nada. Paolicchi
não era incomodado. "Nós não podíamos
acreditar em boatos", explica o promotor José Aparecido da
Cruz. "As pessoas falavam, sim, mas ninguém tinha prova nenhuma",
completa ele.
Cheques
do laranja – Seu mundo de luxo e festas começou
a ruir quando um informante levantou seu patrimônio em cartórios
e juntas comerciais de quatro Estados – Paraná, Santa
Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – e entregou a papelada
ao Ministério Público federal. De posse da documentação,
os procuradores pediram a declaração de renda e bens
à Receita Federal e a compararam com as posses registradas
nos cartórios. Batata. Constataram que Paolicchi declarava
menos de 10% do que possuía. Em seguida, os procuradores
solicitaram a quebra do sigilo bancário do secretário
e descobriram que apenas uma conta em seu nome, aberta no Banco
do Brasil, recebera 56 cheques de uma mesma pessoa entre dezembro
de 1998 e março de 1999. O total dos depósitos era
de 2,6 milhões de reais – uma fortuna para quem ganha
4.000 reais por mês.
Os cheques vinham de um laranja, Waldemir Ronaldo Corrêa,
advogado e assessor de Paolicchi. Uma vez quebrado o sigilo bancário
do laranja, os procuradores ficaram sabendo que os 2,6 milhões
saíam do caixa da prefeitura. Os procuradores foram à
prefeitura saber o motivo dos depósitos. E simplesmente não
havia motivo. Paolicchi desviara recursos públicos sem ao
menos se dar ao trabalho de produzir alguma cobertura, algum disfarce.
O caso do secretário é um alerta porque mostra que,
mesmo com todas as evidências de uso e abuso do dinheiro público,
mesmo com meia cidade assistindo ao espetáculo, ele só
foi desmascarado porque exagerou no luxo, exagerou, exagerou...
até que alguém achou que era demais. E nem sempre
se pode esperar que um lalau facilite tanto a aplicação
da lei.
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Após 10 anos, ex-secretário quebra o silêncio
Pela primeira vez desde o escândalo do desvio de
milhões na Prefeitura de Maringá, há 10 anos, o ex-secretário da
Fazenda, Luiz Antonio Paolicchi, 47 anos, aceita ser entrevistado.
Ele recebeu a reportagem na tarde de sábado, no escritório do advogado Moisés Zanardi, na Avenida Cerro Azul.
Paolicchi
chegou em veículo Polo, com a suspensão rebaixada e vidros escuros,
conduzido por um funcionário. Ele disse que só aceitou dar a entrevista
para falar sobre a mineradora de águas Rainha, detentora da marca
Safira.
A empresa, no município de Iguaraçu, está sob intervenção judicial e possui uma dívida estimada por auditores em R$ 25 milhões.
Antes
de descer do veículo, o ex-secretário chegou a fechar o vidro e mandar o
motorista ir embora depois de saber que seria entrevistado por dois
repórteres, mas acabou concordando. Paolicchi evitou perguntas sobre sua
situação financeira e disse que só está "rico de saúde".
Luiz Antonio Paolicchi, 47 anos
Ele contou que nunca mais conversou com o ex-prefeito Jairo Gianoto
depois do escândalo, nem sofreu ameaças para omitir informações que
envolveriam mais pessoas na fraude. Paolicchi é alvo de 13 ações cíveis e
uma criminal do Ministério Público Estadual e é réu em processos
fiscais. (Colaborou Carla Guedes)
"As pessoas chegam e dizem que
têm pena. Pelo menos eu posso andar de cabeça erguida porque cumpri a
minha parte. Até agora quem cumpriu fui eu, o resto ninguém cumpriu.''
"Convocaram
um auditor da Receita. Ele disse: o Paolicchi nunca sonegou um centavo
de imposto de renda. É a pessoa física que mais recolhe imposto
corretamente."
Os auditores estimam que há pelo menos dois meses a Safira não emitia notas fiscais. O senhor tinha conhecimento disso?
Não,
porque eu não trabalhava lá. Estou afastado da empresa há 10 anos. Eu
não vou na empresa. Primeiro porque eu estava cumprindo pena. O que eu
tinha era um administrador lá dentro. Quando eu saí, por estar
respondendo um processo criminal, nomeei um procurador não sócio. Ele e o
outro sócio minoritário é que administraram. E ficou ao Deus dará.
Portanto, sobre dívida, eu não posso falar para você porque estava
afastado. Dívida toda empresa tem. O que posso dizer é que a maior parte
da dívida estava parcelada com o Refis.
O procurador e o sócio minoritário repassavam ao senhor o pró-labore?
Não, nunca recebi pró-labore. Não recebi um real.
Tivemos informações da Justiça que o senhor era barrado na porta da empresa?
Não,
isso nunca aconteceu. Sou dono da empresa. O que aconteceu é que eu
tive uma discussão com o meu sócio. O que é normal entre sócios. Você
pode até ser amigo da pessoa, mas na parte comercial não se entender.
Foi isso.
Dez anos depois, com o seu nome ainda aparecendo no
noticiário, como é o seu dia a dia? Já chegou a ser hostilizado alguma
vez na rua?
Pelo contrário, as pessoas chegam e dizem que têm pena. Pelo menos eu
posso andar de cabeça erguida porque cumpri a minha parte. Até agora
quem cumpriu fui eu, o resto ninguém cumpriu. Até hoje, onde eu tenho
ido, nunca fui hostilizado. Todas as denúncias estão no processo.
Muitos dizem que o senhor ficou quieto, não entregou ninguém. Já sofreu ameaças para não dizer nada?
Não, nunca.
Se pudesse mudar tudo o que aconteceu, o senhor mudaria?
(Advogado intervém e não deixa responder, alegando que o tema da entrevista não é esse).
Bom, voltando à Safira. Quando ela foi construída?
Tudo isso vocês já falaram no jornal semana passada, vai voltar nesse assunto? A Safira começou em 1997.
Começou quando o sócio do senhor descobriu que havia uma mina de água no terreno em Iguaraçu?
Ele descobriu e veio falar comigo porque estava atrás de um investidor. Aportei o capital e foi isso.
Agora o senhor não terá mais a empresa porque a Justiça pretende leiloá-la depois de sanar as dívidas, certo?
Não é isso. Leiloar por quê? Eu entreguei para pagar os tributos. É a penhora do faturamento, só isso.
Terminando as dívidas, a Safira volta a ser sua?
Sim,
ela volta. O que está acontecendo agora é que todo fim de mês a Justiça
está retirando 5% do faturamento da empresa e depositando em uma conta.
É esse dinheiro que vai pagar as dívidas.
Tem mais alguma coisa que o senhor acharia interessante abordar, para ser publicado?
Na
verdade eu não acho interessante que nada saia publicado. É um assunto
que você põe hoje, põe amanhã e não tem mais o que falar. Já se falou
tudo. Falaram até o que não devia, que é da minha vida particular.
Alguns detalhes sempre citados da vida particular do senhor são os gastos, festas de arromba que promovia.
Mentira. Encontre alguém que ia às minhas festas de arromba. Você não vai achar ninguém.
Viagens também?
Viajar todo mundo viaja. Você não viaja nas suas férias?
Para Miami, não.
Hoje é mais fácil viajar
para fora do que para o Brasil. Você compra uma passagem daqui para
Paris por 1.030 dólares e divide em dez pagamentos.
Quem não puder pagar cento e poucos por mês, você tem que mandar pendurar as chuteiras, concorda?
Como está sua vida hoje? O senhor está trabalhando, tem mais empresas?
Você veio aqui para perguntar da mineradora. Vamos falar sobre a mineradora.
Nos autos constam que a mineradora teria sido construída com dinheiro desviado da prefeitura. Procede?
O
juiz não afirmou. Ele disse que provavelmente. Eu prestava assessoria
para muitas prefeituras. Já cheguei a prestar assessoria para mais de 50
prefeituras.
O senhor não tinha salário de R$ 4 mil à época?
Mas
eu tinha patrimônio. Tudo estava na declaração de Imposto de Renda. Na
primeira audiência, convocaram um auditor da Receita. Ele disse: o
Paolicchi nunca sonegou um centavo de imposto de renda. É a pessoa
física que mais recolhe imposto corretamente.
Foi publicado em 2000, na revista Veja, que o escândalo
surgiu após uma denúncia feita à Justiça Federal, contra o senhor,
justamente porque imóveis em seu nome não estavam declarados no Imposto
de Renda. Não foi isso?
Não, eu nunca tive um imóvel sem declará-lo.
O senhor chegou a conversar alguma vez com o ex-prefeito Jairo Gianoto nos últimos anos?
Não. Cada um tem a sua vida. O Jairo está lá no Mato Grosso.
O senhor se considera hoje um homem rico?
Só de saúde. (Ele está duro! ¿ interrompe o advogado, pedindo para desligar o gravador).
Maringá: Ex-Secretario de Finanças Luiz Antonio Paollichi é assassinado
O carro foi encontrado em uma propriedade rural do distrito de Floriano
O ex-secretário de Fazenda de Maringá Luiz Antônio Paolicchi foi
encontrado morto na noite desta quinta-feira (27). Segundo informações
preliminares da Polícia Civil, o corpo estava amarrado dentro do
porta-malas de um veículo no distrito de Floriano, em Maringá.
O carro foi encontrado em uma propriedade rural. Moradores da região
informaram que o veículo, um Fiat Idea, estava no local desde as 7
horas. Paolicchi foi morto com vários disparos de arma de fogo. A
polícia ainda não tinha suspeitas de quem teria cometido o crime.
Envolvido em diversas ações judiciais, Paolicchi já foi preso por desvio
de verba pública, tendo sido condenado a devolver R$ 500 milhões à
Prefeitura de Maringá, juntamente com outros envolvidos, entre eles o
ex-prefeito Jairo Gianoto.
Em junho do ano passado, a Justiça Federal determinou intervenção
judicial na administração da Mineradora de Águas Rainha LTDA, empresa
pertencente ao ex-secretário. Uma auditoria constatou que a mineradora
era gerida de forma fraudulenta.
Segundo os cálculos, Paolicchi devia R$1.838 milhão à Fazenda Nacional.
Com a intervenção, 5% do faturamento da indústria foi penhorado, até que
toda a dívida fosse saldada.
A indústria de produção e envase de água mineral, com sede em Iguaraçu,
região Noroeste, era o único bem do ex-secretário que ainda não havia
sofrido com confiscos judiciais. A ideia de usar a Mineradora Rainha
para pagar as contas com a Fazenda Nacional partiu dele mesmo, que em
janeiro buscou a Vara de Execuções Fiscais para sugerir a proposta.
Luis Paolicchi (de camisa rosa): vida luxuosa com o dinheiro desviado
U
ma vida de extravagâncias
Luiz Antonio Paollichi era o secretário da Fazenda durante a gestão do
ex-prefeito de Maringá Jairo Gianoto. Juntos, eles foram responsáveis
por um dos maiores desvios de dinheiro público que se tem notícia no
Paraná. Com o dinheiro desviado, os dois adotaram um estilo de vida
luxuoso e de gastos extravagantes. Gianoto e Paolicchi, por exemplo,
compraram de aviões, fazendas, colheitadeiras, insumos agrícolas e
carros de luxo. A Justiça comprovou que o ex-prefeito depositou dinheiro
da Prefeitura da conta da esposa e que Paolicchi investiu cerca de R$
16 milhões em empresas de terceiros. Cerca de R$ 2,8 milhões serviram
para pagar parte de um helicóptero.
Depois que as denúncias vieram à tona, Paolicchi teve sua prisão
decretada e foi para a Itália. Permaneceu foragido por 51 dias, mas foi
preso ao voltar para o Brasil, em 7 de dezembro de 2000. Gianoto também
chegou a ser preso em 2006. Ele já havia sido condenado a 14 anos pelo
desvio de dinheiro na prefeitura, sonegação fiscal e formação de
quadrilha, mas estava foragido. Foi preso ao procurar atendimento de
saúde, depois de um acidente de carro.
Em 2003, Gianoto também sofreu uma condenação administrativa no Tribunal
de Contas do Estado (TC). A decisão inicial obrigava à devolução de R$
46 milhões. Em 2009, um recurso no TC foi negado, e a condenação,
mantida.