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domingo, 23 de março de 2008

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26/10/2008 free counters

Os Maias - plural dos nomes próprios

"Caríssimo Professor: certamente Eça de Queirós não teria errado e, se o tivesse, poderia virar escola [muito bem observado, Tales!]. Mas me perturba "Os Maias". Devem-se pluralizar sobrenomes e marcas? Não seria mas adequado, não obstante menos sonoro, falar "Os Maia"? Certamente é este o sobrenome de família. Ou ainda, "Os Volkswagen produzidos em 1968....." e assim por diante. Para "Maia", talvez soe mal, mas no meu caso, por exemplo, não parece soar tão mal "os Sousa", ao me referir aos meus parentes. Ademais, sem conhecer a obra de Eça, poderia pensar estar a série se referindo ao "Povo Maia", aquele que a gente estuda junto com os Incas e os Astecas. Abraço." Tales Pedro de Souza - São Paulo
"Professor, gostaria de saber se nome próprio tem plural. Analise esta frase: "Nós, os Oliveira e Silva, somos donos de muitas terras". Qual o correto? "Os Maias" ou o correto é "Os Maia"? Obrigada." Soraya Martins - São Paulo


Apesar da idéia geralmente aceita ao contrário, os antropônimos - nomes próprios de pessoa - também podem ser usados no plural. Com que finalidade? Bem, podemos estar falando de várias pessoas com o mesmo prenome: as Marias, os Joões, os Pedros, os Albertos. Podemos estar distinguindo diferentes aspectos de uma mesma pessoa: "Nossos manuais de História da Literatura reconhecem, no mínimo, dois Machados: o da fase romântica e o da fase realista". Podemos estar falando de obras artísticas (quadros, esculturas, etc.), usando o nome de seu autor: "Naquele museu, há três Picassos e dois Matisses". Podemos estar designando várias pessoas com o mesmo sobrenome, sejam ou não da mesma família: "Na Semana de Arte Moderna, os Andrades, Mário e Oswald ... " ; "O poema fala dos Albuquerques"; Camões se refere, em Os Lusíadas, aos " temidos Almeidas". Em várias cidades do Brasil temos uma Rua dos Andradas, em homenagem a José Bonifácio e seus irmãos. Como podem ver, levamos nomes próprios para o plural desde que o Português começou a ser escrito. Os gramáticos - tanto os tradicionais, quanto os modernos, de Carneiro Leão a Celso Luft, passando por Rocha Lima, Evanildo Bechara e o próprio Napoleão, registram e endossam essa prática, adotada também por Eça de Queirós ao batizar seu romance de "Os Maias".
Falei da tradição; hoje, no entanto, embora continuemos a pluralizar os prenomes ("Na minha turma existem quatro Maurícios"; "Nas piadas de português, só há Joaquins e Manuéis"), é inegável que a tendência atual é deixar o sobrenome no singular: os Figueiredo, os Cavalcânti. Enquanto Machado falava nos "irmãos Albuquerques" (Dom Casmurro) e Eça falava no "baile das Senhoras Macedos" (A Relíquia), Carlos Drummond já prefere referir-se aos Mendonça (Contos de Aprendiz). Na literatura, nascidos no Rio Grande do Sul, Érico e seu filho Luís Fernando são os Veríssimo. Nosso mundo cinematográfico fala do clã dos Barreto, enquanto os irmãos Gracie vão alegremente distribuindo pernadas pelo mundo afora. Não me espanta, portanto, que haja leitores que já começam a estranhar o plural de "Os Maias".
Quanto à outra pergunta da leitora Soraya, sobre o plural de Oliveira e Silva, tudo vai depender da posição que adotarmos. Se preferimos seguir a tendência atual de deixar tudo invariável, sobrenomes compostos como este não trazem dificuldade alguma: os Oliveira e Silva, e pronto. Se nosso ouvido, no entanto, pender para o costume tradicional de flexionar os sobrenomes, teremos de distinguir as seguintes construções: (1) em compostos de dois nomes justapostos, usamos plural em ambos (os Costas Limas, os Peixotos Carvalhos); (2) em compostos com preposição, levamos só o primeiro para o plural (os Pereiras da Costa, os Moreiras da Silva); (3) em compostos com conjunção , levamos só o segundo para o plural (os Lima e Silvas). Nesse caso, os Oliveira e Silvas.
Finalmente, devo informar que usar "Maia", no singular, não vai impedir a confusão com aquele famoso povo pré-colombiano, meu caro Tales. Quanto mais eu vivo, mais me convenço que uma das forças mais espantosas da natureza é a estupidez humana: um colega meu, da Universidade, foi procurado por uma aluna de Letras que queria saber se ele ia tratar, em suas aulas, "daquela, aquela que escreveu "Os Inca" [sic] - que ele logo identificou como "Eça, que escreveu "Os Maias". Dá para ver que a celerada, além de poucas luzes em literatura, deixou há muito de usar o "S" do plural. Abraço para ambos. Prof. Moreno

Lingua Portuguesa por Cláudio Moreno

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26/10/2008 free counters

Maestro italiano Ennio Morricone se emociona em São Paulo


Compositor assistiu à Orquestra Sinfônica de Heliópolis, formada por jovens carentes.
Ele fará um concerto à frente da Orquestra Roma Sinfonietta na próxima segunda-feira.


O maestro italiano Ennio Morricone, que compôs temas inesquecíveis para o cinema e emocionou platéias mundo afora, recebeu uma homenagem especial neste sábado (21), em São Paulo. O premiado compositor fará um concerto inédito à frente da Orquestra Roma Sinfonietta na próxima segunda-feira (24), no Teatro Alfa, na capital paulista.

Veja o site do Jornal Nacional

O nervosismo antes da apresentação especial na sede do Instituto Baccarelli, uma organização que ensina música a jovens carentes, era compreensível. O público deste sábado foi pequeno, mas incluiu um grande nome da música internacional - Ennio Morricone, um dos maiores compositores da história do cinema.

Neste sábado, Morricone ouviu música do cinema brasileiro, tocada pela Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Cada um dos jovens que compõem a orquestra tem a mesma esperança: que a música mude o tom da vida de quem mora num bairro pobre na periferia de São Paulo. Que o tema da violência se transforme em alegria.

O trabalho do Instituto Baccarelli até parece uma história com final feliz e esse enredo interessou o maestro Ennio Morricone.Acostumado a emocionar platéias do mundo inteiro, desta vez ele não conseguiu segurar as lágrimas. Depois de aplaudir o coral infantil, Morriconne ouviu sete instrumentistas que estudam trompa há apenas um ano.

No repertório, apenas uma música dele: um dos temas do filme 'Cinema Paradiso', composto em 1989. O maestro chorou ao lembrar do sucesso.Ainda emocionado, Morricone disse que a música tem o poder de educar e mudar o futuro de uma criança. Ele elogiou a qualidade dos músicos e fez uma surpresa: convidou a orquestra para abrir a única apresentação que vai fazer em São Paulo na semana que vem.

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26/10/2008 free counters

Compositor italiano Ennio Morricone deixa Chile rumo ao Brasil

O compositor italiano Ennio Morricone, que realizou em Santiago do Chile dois shows com execuções de suas famosas trilhas sonoras de filmes, viajou hoje rumo ao Brasil.

Segundo a página eletrônica do jornal chileno "El Mercúrio", Morricone realizava por volta das 15h locais (mesmo horário em Brasília) os procedimentos necessários para embarcar ao Brasil.

Em suas apresentações em território chileno, Morricone reuniu milhares de pessoas.

Quando questionado se gostaria de voltar ao país andino, o italiano respondeu com um sorriso, dizendo que "sim", dando mostras de grande simplicidade apesar do unânime reconhecimento internacional de que goza por seu trabalho como compositor.

Seus dois shows em Santiago tiveram ingressos esgotados e muita gente ficou sem poder ter acesso ao repertório de suas obras.

Morricone, autor de dezenas de trilhas sonoras de filmes famosos como "Cinema Paradiso" e "A Missão", recebeu na última quarta-feira, de parte da presidente Michelle Bachelet, a Ordem ao Mérito Artístico e Cultural "Pablo Neruda".

( ele já esteve na favela de Heliópolis, onde assistiu ao concerto da orquestra local de jovens da comunidade e os convidou para abertura de um de seus concertos , se não me falha a memória, assisti na BANDNEWS) -

O trabalho que mais gosto, e gosto muito mesmo, dele é a trilha do filme The Mission





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26/10/2008 free counters

Fábio Assunção já tem data para incorporar Tom Jobim


Fábio protagonizará a minissérie de Gilberto Braga, em homenagem ao músico. A obra é inspirada no livro homônimo, de Ruy Castro.Fábio Assunção curte seus últimos dias nos Estados Unidos. O ator volta ao Brasil no início de abril. Neste período, dará início a um novo desafio profissional: dar vida a Tom Jobim.

Fábio protagonizará a minissérie de Gilberto Braga, em homenagem ao músico. A obra é inspirada no livro homônimo, de Ruy Castro.

Chegando ao Brasil, Fábio iniciará suas reuniões com a direção da atração e mergulhará no trabalho.

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26/10/2008 free counters