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domingo, 20 de março de 2011

Barros Munhoz é acusado de pagar pizzas com verba da educação


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SILVIO NAVARRO
FLÁVIO FERREIRA
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), é acusado numa ação judicial de usar verba destinada à educação para pagar um jantar de confraternização para 285 pessoas em uma pizzaria.

O evento ocorreu em outubro de 2004. À época, o deputado era prefeito do município de Itapira (SP).

Presidente da Assembleia de SP diz que despesas foram legais

O Ministério Público denunciou o tucano por ter assinado um cheque no valor de R$ 2.850 nominal à Choperia e Pizzaria Don Rossi. A verba pagou "285 refeições tipo rodízio", segundo a nota fiscal emitida pela pizzaria.

Barros Munhoz afirma que o restaurante foi contratado para uma comemoração do Dia do Professor, em procedimento administrativo legal.

Em outra denúncia, o deputado é acusado de participar do desvio de R$ 3,1 milhões da prefeitura em 2003, conforme revelou a Folha.

A ação corre em segredo de Justiça para proteger os sigilos bancários dos envolvidos. Barros Munhoz, que teria se beneficiado de R$ 933 mil, nega ter participado do suposto esquema de desvios.

EDUCAÇÃO

O sistema de acompanhamento dos gastos municipais indicou que o dinheiro pago à pizzaria saiu da conta do antigo Fundef, hoje chamado de Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

As contas do Fundeb devem ser destinadas exclusivamente a gastos com educação. Cerca de 60% do dinheiro do fundo é utilizado para o pagamento do salário de professores da rede pública.

No Estado de São Paulo, o Fundeb é composto por recursos do governo e dos municípios. As verbas para cada cidade são distribuídas de acordo com o número de matrículas. O sistema já funcionava assim em 2004.

O cheque assinado por Munhoz, a nota fiscal da pizzaria e um extrato de origem e destino do cheque foram encaminhados em 2007 à Promotoria pelo governo municipal. Desde 2005, a Prefeitura de Itapira é comandada por um grupo de oposição a Munhoz.


Editoria de Arte/Folhapress





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26/10/2008 free counters

‘Gatos’ contratam mão de obra para usina de Jirau

Você está em Economia
Início do conteúdo


Operários se queixam das promessas não cumpridas pelos homens que apresentam o canteiro da usina como um ‘Eldorado’

19 de março de 2011 | 18h 45
Leonencio Nossa, de O Estado de S. Paulo

PORTO VELHO - As construtoras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) recorrem às mesmas práticas de recrutamento de trabalhadores dos tempos do "Brasil Grande", nos anos 70, quando o País viveu um surto de desenvolvimento econômico no período do regime militar (1964-1985).

As vagas dos canteiros de obras da usina hidrelétrica de Jirau, paralisadas depois de um quebra-quebra promovido pelos operários, foram preenchidas, nos últimos meses, por migrantes que receberam promessas de "gatos" para enfrentar mais de três dias em ônibus precários das cidades nordestinas até as margens do Rio Madeira.

A história de um dos "gatos", pagos para recrutar pessoal sem qualificação em sítios e povoados do sertão, ganhou status de lenda, tamanho o ódio que desperta nos que se aventuraram em busca do "Eldorado" de Rondônia. Os operários falam de um "Antônio Carlos", de boa conversa, que "engana direitinho o pessoal". Ninguém sabe o nome completo ou o endereço dele.

Os "Antônios" com sobrenome e demais dados de identificação são os que aparecem nas filas de reclamação. "Ele cumpriu o trato de garantir merenda na viagem, mas até agora não recebi os R$ 120 que prometeu quando a gente chegasse aqui", queixou-se o operário Antônio Raimundo Pinho da Silva, 48 anos, um dos que deixaram o alojamento da Jauru Engenharia, na madrugada de quinta-feira, após a revolta. O incêndio teria sido provocado por funcionários da Camargo Corrêa revoltados com o valor dos benefícios.

De Parnarama, a família do operário já acreditou ou teve de confiar em outros "gatos". O pai, tios e conterrâneos de Antônio Raimundo foram deslocados do Maranhão para as matas do Pará, nos anos 1970, para trabalhar nas obras da hidrelétrica de Tucuruí e da rodovia Transnordestina. Aos 18 anos, Antônio Raimundo era um dos milhares de maranhenses que atravessaram o rio Tocantins para se aventurar no garimpo de ouro de Serra Pelada. Ele não se lembra do nome do "gato" que o levou para uma frente de extração do garimpo, mas cita histórias de ordem e rigidez dentro da mina.

Longe do tempo em que ecoava a frase "a economia vai bem, mas o povo vai mal", nos anos do milagre econômico do governo Médici (1969-1974), época em que o salário real ficava bem longe dos números de aumento do Produto Interno Bruto (PIB), o País ainda enfrenta o desafio das relações de trabalho. O operário paraense Antônio César Souza da Silva, 34 anos, de Belém, reclama que o "gato", quando chegou para conversar com o pessoal num bairro da periferia da capital paraense, não disse que em Jirau havia seguranças dispostos a espancar quem entrasse alcoolizado no alojamento nem quem desrespeitasse filas no refeitório e banheiros.

"Os seguranças não sabiam conversar. Nos finais de semana, quando o pessoal passava um pouquinho da conta na bebida, eles tratavam os bêbados na pancada, como vagabundos", relata Antônio César. "Eu não sabia que a obra era uma panela difícil para sair", diz. Antônio afirma que, ainda em Belém, assinou "contrato de comprometimento" com o "gato" em que abriria mão de qualquer benefício se deixasse as obras de Jirau antes de três meses. "Se sai antes de 90 dias, a volta é por sua conta".

Com salários em média de R$ 1 mil, os operários tentam prolongar a permanência nos canteiros e esperar o cumprimento do prazo do contrato para deixarem Rondônia. "Se sair antes, não pega nem o seguro desemprego", reclama José Francisco Soares, 29, de Imperatriz.

No povoado de Jacy-Paraná, transformado do dia para a noite na maior "fofoca" do complexo do Jirau - reduto de jogos, bares e mulheres -, a maioria dos operários costuma ir nos finais de semana e os momentos de folga. Pelo acordo firmado ainda pelo "gato", eles têm direito à "embaixada", isto é, a uma visita de cinco dias à família, com transporte pago, a cada quatro meses de trabalho.

Muitos dos operários sonham em ir para os canteiros da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. É o caso do maranhense Rafael Mendes Pereira. "Aqui, em Rondônia, é um inferno. Pelo menos, em Belo Monte, a gente vai estar mais perto de casa", afirma. "Os encarregados no Jirau acham que só porque usam fardas amarelas podem agredir as pessoas."





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26/10/2008 free counters

GLOBAL HEALTH INDEX


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26/10/2008 free counters

#inss Previdência muda sob influência do ‘efeito Viagra’


Governo quer fixar tempo máximo para pensão ser paga a mulheres

POR ALINE SALGADO

Rio - O governo está de olho nas pensões pagas a mulheres. O Congresso deverá apreciar, nos próximos meses, proposta que limita a concessão do benefício. Dados do último Boletim Estatístico da Previdência Social, de janeiro deste ano, mostram que 24% dos gastos do INSS são referentes a pagamento de pensões por morte. Em reais, são R$ 4 bilhões ao mês.

A preocupação, porém, está no aumento no número de anos que a pensão é paga, que passou de 17, na década de 90, para 35, em 2000, segundo estudos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O fenômeno está ligado, entre outros fatores, ao popularmente chamado ‘efeito Viagra’ — aumento do número de casamentos entre homens acima de 55 de idade e mulheres mais jovens.

Arte: O Dia
Arte: O Dia

Para Paulo Tafner, economista e pesquisador do Ipea, o sistema previdenciário ainda não se adaptou à nova configuração da sociedade brasileira. “A questão vai além do aumento no número de casamentos entre homens mais velhos e esposas jovens. Engloba outros fatores, tais como a introdução do divórcio na sociedade brasileira, a redução da duração média dos casamentos, a inserção do público feminino no mercado de trabalho e, especialmente, o aumento da expectativa de vida da população, principalmente das mulheres”, avalia Tafner, destacando que, hoje, elas vivem 7,3 anos a mais que na última década.

Atualmente, o Brasil é um dos poucos países onde as pensões são pagas integralmente, sem limites. Não há a exigência de tempo mínimo de contribuição ao INSS para que o cônjuge, a companheira ou o companheiro recebam o benefício. Também não é necessário estar legalmente casado para ter direito à pensão. Basta comprovar a união estável ao instituto de seguridade.

Para equilibrar as despesas da Previdência Social com as pensões, o ministério estuda propostas que utilizariam cálculos percentuais para diminuir ou aumentar os ganhos das viúvas, de acordo com as idades delas. O mecanismo também levaria em conta se elas dispõem de fonte de renda, como salário ou aposentadoria.

Divórcios deram um nó no sistema

Mesmo antes do aparecimento do remédio Viagra, o boom dos divórcios, a partir do ano de 1984, abalou famosos fundos de previdência privada, como o Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, e o Petros, da Petrobras.

Para fazer frente à crise com o aumento dos ‘segundos casamentos’, foi necessário rever a forma de gerir os fundos, mais especificamente na chamada reserva de contingência. Quem explica é o advogado e especialista em fundos de pensão Roberto Mohamed.

“O que está acontecendo hoje na Previdência Social se passou, há alguns anos, com a previdência privada. Com o aparecimento do segundo casamento, foi exigido que o participante do fundo teria de fazer um aporte extra para que, em caso de morte, fosse dada a cobertura também à segunda esposa”, explica Mohamed.

Mas a tese caiu por terra com o Judiciário, sendo considerada ilegal. “Logo, a solução foi dividir o aporte existente no fundo entre as duas esposas. Em outras palavras, a reserva de contingência do fundo de pensão teve de incluir esse novo membro”, acrescenta.

Futuro dos benefícios em debate

Nesta semana, o Ministério da Previdência Social realizou série de debates, em Brasília, sobre o tema ‘Futuro da Previdência no Brasil’. No encontro, o ministro Garibaldi Alves lembrou da necessidade da implantação de mudanças no sistema da Previdência Social. Ele citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo os quais 10% da população brasileira têm acima de 60 anos de idade hoje, e, em 2050, essa proporção será de 30%. Por isso, “o sistema precisa ir se aperfeiçoando para ter condições de fazer a cobertura futura”, avalia Alves.

Segundo o ministro, a redução da taxa de fecundidade, a tendência de escolha pelos casais de um número menor de filhos na sociedade brasileira atual e o envelhecimento da população, com o aumento da expectativa de vida, já são indicadores da necessidade de um novo sistema.

Na opinião do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochman, “não há modelos de Previdência Social que possam ser seguidos pelo Brasil, pois a experiência dos outros países é muito diversa e mutante a cada década, de acordo com a situação de cada local”. Para ele, o País precisa promover discussões sobre como manter o sistema viável.

Opiniões divididas

DIREITOS FERIDOS
Advogado da Anacont (Associação Nacional de Assistência ao Consumidor e ao Trabalhador) José Roberto de Oliveira, considera que o Estado estaria ferindo o direito de igualdade caso venha a modificar as regras dos ganhos de pensão. “É absurdo. A Constituição garante a igualdade de todos perante a lei. Logo, a mudança iria ferir o princípio de isonomia e, por isso, poderia ser questionada na Justiça, mesmo que a modificação se refira apenas às novas pensões,” afirma.

FATOR PREVIDENCIÁRIO
Já para o também advogado, Flávio Brito Brás, é necessário que o sistema previdenciário passe por uma reformulação geral. “Está tudo errado, não é justo que uma pessoa que trabalhou a vida toda tenha o ganho cortado por um fator inconstitucional para recompor as contas da Previdência Social. Assim como não é justo que quem contribuiu por apenas um mês e morreu deixe para o Estado pagar uma pensão que, em tese, pode ir a até 60 anos. Quando há filhos menores e dependentes é diferente. Mas há pessoas jovens, com 20 anos que se casam com homens de 80 só para se beneficiar”, avalia o especialista.

NO SENADO
Senador Paulo Paim (PT/RS) acompanha de perto o debate hoje travado nos gabinetes do Ministério da Previdência. Mas, para ele, a questão merece atenção, já que se faz necessário combater os privilégios. “É importante que se tenha uma redação que contemple a todos. Toda regra tem uma exceção. Malandragens existem, têm que ser acabadas, mas nem tudo é armação”, avalia o senador. (Leia na Coluna do Aposentado o que pensa Paulo Paim sobre a Reforma da Previdência).

DÉFICIT IMAGINÁRIO
“A Previdência está apontando para o culpado ideal pelo déficit. Uma construção imaginária da Previdência Social. O INSS em si é superavitário. O problema são os benefícios pagos aos ex-combatentes, às aposentadorias rurais e aos servidores públicos, que pesam nessa conta. Assim como na previdência privada, não é a idade das pensionistas que deve ser mexida e sim a maneira de se gerir o cálculo da reserva do fundo”, defende o especialista em Fundos de Pensão, Roberto Mohamed.

PERDAS E ABALOS
Aos 38 anos, Silvia Vila Bela perdeu o marido e o filho e um acidente de carro. Com uma filha de 13 anos para educar, ela demorou alguns anos para voltar ao mercado de trabalho. “Foi a pensão que segurou as contas em casa. O abalo foi muito grande”, recorda.






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26/10/2008 free counters

Os vilões e os desafios do Super-Obama


O homem que encantou o mundo apanhou de inimigos, mas ensaia a volta por cima

POR EDUARDO PIERRE

Rio - O homem a que todas as atenções do Rio estão voltadas neste fim de semana não é um pássaro nem um avião. Tem superpoderes, mas não é de ferro. O Barack Obama que chegou à cidade ontem é um pouco diferente daquele que, em 20 de janeiro de 2009, tomou posse sob puro encantamento numa fria Washington, a capital dos Estados Unidos. Obama levou um tombo na popularidade, mas, ao passar pela metade de seu mandato, começa a se levantar. Será que triunfará nas eleições do ano que vem?

“Obama perdeu aquela aura de agente da transformação dos EUA. Em parte porque exageraram muito nas expectativas antes da posse”, analisa Williams da Silva Gonçalves, professor de Política Internacional da UFF, para quem a reeleição dele não é garantida. Já Alcides Leite, professor de Economia da Trevisan, considera Obama um exímio estrategista, que soube enfrentar as adversidades e já ensaia a volta por cima sobre os inimigos históricos. “Não há ninguém no Partido Republicano capaz de vencê-lo”, opina.

Arte: O Dia
Arte: O Dia

Mas, afinal, quem é o arquirrival do Super-Obama? Williams e Alcides concordam que George W. Bush deixou imensa ‘criptonita’ que enfraqueceu o sucessor. “Além do desemprego, havia a guerra impopular e cara no Iraque e no Afeganistão, que não acabou quando Obama gostaria”, destaca o professor da UFF. “Foi a pior recessão desde 1929. O presidente teve de socorrer bancos para evitar uma catástrofe. A população queria ver o mesmo esforço para vencer o desemprego, e isso está demorando”, emenda Alcides.

Sem vida fácil no Congresso

A semana terminou com a popularidade de Obama em baixa. A pesquisa diária da Ramussen Reports apontava, sexta-feira, que 40% dos americanos rechaçavam seu desempenho, contra 26% que eram só elogios — quadro semelhante ao das eleições de novembro, quando os Republicanos tomaram a maioria no Congresso.

“Obama precisou acertar as promessas de campanha com a realidade, mas vejo muito dos ideais do candidato nele”, compara Mônica Lessa, professora de Relações Internacionais da Uerj.

Obama não coleciona só derrotas. Recebeu o Nobel da Paz em 2009, pelo esforço em acabar com as armas nucleares; aprovou a difícil Reforma da Saúde, que ampliou o acesso médico a 32 milhões de americanos, e segurou a economia: o desemprego já está cedendo. “Passou dos 10%, deve estar hoje em 8,5%. Se chegar a 7%, Obama é reeleito”, crava Alcides.

O professor da Trevisan dá outro trunfo: “Obama foi conciliador na abertura do ano legislativo, pedindo a união de todos pela recuperação dos EUA. Ele, porém, soube jogar os holofotes no radicalismo da oposição”. É com essa astúcia que o Super-Obama vai para o alto e avante.







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26/10/2008 free counters

Watching Jornal Estado de Direito @livestream

Jornal Estado de Direito is a free newspaper which promote discussion and reflexion about justice, law and legal aspects. All the people can acess to k.

Watch live streaming video from jornalestadodedireito at livestream.com






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26/10/2008 free counters

Long Lost Whoopi Letter: Dear Charlie, Quit the Coke


Months after Charlie Sheen OD'd on coke back in 1998, Whoopi Goldberg sent him a note containing heartfelt words of support ... and a REALLY bad joke -- and TMZ has obtained the original letter.

0318_whoopi_doc_ex

The letter is postmarked February 1999 -- less than a year after Charlie famously overdosed by injecting himself with cocaine -- and it references the actor's post-rehab "20/20" interview, in which Charlie claimed to be off the drug.

Whoopi -- who has publicly discussed her own battle with substance abuse -- writes, "Saw your interview on '20/20.' I'm so glad your path is clearer. Having lived on that path for many years, it's good to know that you've gone in another direction."

And now for the bad joke -- Whoopi continues, "I'm keeping my fingers, eyes and butt (because it's big enough now) crossed for your success."

Unfortunately, it seems Whoopi's words fell upon deaf ears.





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26/10/2008 free counters

#novela Flávia Alessandra passa primeira noite longe da filha, Olívia


Ela foi à festa de Morde & Assopra, e contou que ainda amamenta o bebê de 5 meses: "Ela vai tomar uma mamadeira hoje"

Gustavo Scatena

Flávia Alessandra passa primeira noite longe da filha, Olívia

Flávia Alessandra viverá andróide em Morde & Assopra

Flávia Alessandra se prepara há meses para o lançamento de Morde & Assopra, nova novela das 19h na Globo. Fez academia para enrijecer os musculos e se assemelhar a uma andróide, personagem que escolheu viver na trama. Só não se preparou para a primeira noite longe da filha, Olívia, que nasceu em outubro passado. "Essa é a primeira noite em que vamos dormir separada. Mas amanhã voltou ao Rio de Janeiro bem cedinho e vamos ver como ela reage", contou Flávia, que ainda amamenta. "Ela já tinha tomado mamadeira uma vez, e hoje vai tomar de novo", detalhou.

Ela estava acompanhada da filha, Giulia, de seu casamento com o diretor Marcos Paulo. No entanto, o marido e pai de Olívia, Otaviano Costa, mesmo estando no elenco da novela não pôde ir. "Ele está em um evento", explicou.

Reponsabilidade
"Fui eu quem escolhi esse papel, então se fizer uma besteira, a culpa é toda minha", brincou a atriz, que viverá Naomi, uma recriação tecnológica da falecida esposa de Ícaro (Mateus Solano). "Achei um grande desafio. Quando eu vou ter outra oportunidade de fazer um andróide?", revelou, explicando que a criação foi baseada em andróides japoneses, que pesquisaram durante a viagem para a gravação dos primeiros capítulos da trama.

Ela mostrou que entende do assunto: "No Japão descobri que andróide e robô são diferentes. Andróides são capazes de reproduzir determinadas reações humanas".



Bárbara Paz vai com vestido transparente à festa de Morde & Assopra

Ela evitou falar com os jornalistas

Gustavo Scatena

Bárbara Paz vai com vestido transparente à festa de Morde & Assopra

Bárbara Paz optou por modelito transparente

A atriz Bárbara Paz, que encarnará uma vilã em Morde e Assopra, causou uma certa polêmica na festa de lançamento da novela, neste sábado (19). Além de evitar conversar com a imprensa ao chegar, ela usava um vestido transparente, que deixa os seios à mostra.






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26/10/2008 free counters

Shakira leva o público ao delírio em São Paulo: "Hoje eu sou paulista!"


A cantora colombiana soltou a voz no sábado (19)

Giulianna Campos

Orlando Oliveira/AgNews

Shakira se apresentou para uma multidão de fãs na noite deste sábado (19) no Estádio do Morumbi, em São Paulo. Animada, a cantora colombiana, que subiu ao palco com um look cor de rosa, fez questão de se dirigir em português aos espectadores.

"Olá São Paulo! Como está minha gente do Brasil? Estava com muita saudade de vocês e estou muito feliz de estar aqui. Desejo que vocês se divirtam. Estou aqui para satisfazê-los. Hoje eu sou paulista!", afirmou a cantora antes de começar a cantar um de seus sucessos.

Extrovertida, Shakira surpreendeu os fãs ao chamar 4 pessoas da platéia para dançar e rebolar com ela ao som de uma versão em espanhol do hit "Whenever and Ever".


 Orlando Oliveira / Ag. News
 Orlando Oliveira / Ag. News
 Orlando Oliveira / Ag. News






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26/10/2008 free counters

Projeto aprovado pelo MinC prevê R$ 600 mil era mais de R$ 1,35 milhãosó para Bethânia


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BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

O orçamento do futuro blog de Maria Bethânia, aprovado pelo Ministério da Cultura, reserva para ela um cachê de R$ 600 mil pela "direção artística" do projeto.


O valor equivale a 44% do total de R$ 1,35 milhão que a cantora foi autorizada a captar em dinheiro de renúncia fiscal, via Lei Rouanet.

Ela informou ontem, por meio de assessoria, que mantém a decisão de não fazer comentários sobre o assunto.


Daryan Dornelles/Folhapress
Maria Bethânia
Em orçamento, Maria Bethânia recebe 44% do total de R$ 1,35 milhão aprovado pelo Ministério da Cultura

A remuneração está prevista no orçamento que Bethânia entregou à Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, responsável pela escolha dos projetos a serem beneficiados pela lei.

O documento, obtido pela Folha, apresenta a cantora como a única responsável pelas atividades de "direção artística, pesquisa e seleção de textos e atuação em vídeos" do blog de poesia.

Três páginas adiante, uma planilha de custos fixa em R$ 600 mil a remuneração do "diretor artístico" -no caso, a própria cantora.

O orçamento diz que o valor equivale a um salário de R$ 50 mil, a ser pago nos 12 meses de duração do projeto.

O cachê reservado a Bethânia supera os R$ 467 mil que ela planeja gastar com produção, edição e legendagem dos vídeos que ela promete veicular diariamente.

No pedido de verba, a produtora Quitanda Produções Artísticas classifica o blog como revolucionário:

"Em meio a tantos absurdos do mundo moderno, a tantos problemas que cercam a vida de todos, nos propomos a revolucionar a vida cotidiana de cada um."

A captação dos recursos foi autorizada esta semana, como noticiou anteontem a coluna Mônica Bergamo.

Ontem, a reportagem teve acesso a dois pareceres do ministério que embasaram a decisão. O último relata "ajustes orçamentários" na proposta original, que previa captar R$ 1,79 milhão.

A pasta não informou os itens afetados pelo corte de R$ 440 mil. Em nota, afirmou que isso só pode ser checado mediante pedido de vista do processo, em Brasília.

Incluindo o blog, o ministério já autorizou Bethânia a captar R$ 10,5 milhões para seis projetos culturais desde 2006. Por problemas no sistema de acompanhamento virtual da pasta, não era possível saber ontem a quantia que ela chegou a arrecadar.


  1. Alexandre Toffani (23)
    em 18/03 às 12h20

    Se este blog vai ser pago por meio de renuncia fiscal, será sim pago com o dinheiro do contribuinte. O que a empresa patrocinadora pagaria de impostos utiliza bancando o blog. Então Bethania, se quiser mesmo revolucionar a vida das pessoas faça isso pegando este dinheiro e construindo um posto de saúde em uma área necessitada. Quanto ao blog, abra uma conta no youtube e poste seus vídeos. Certamente conseguira patrocíninio tbm, porém sem incentivos. Só não sei se chegara a 50 mil por mês...

  2. Fabiano Souza (351)
    em 18/03 às 12h46

    Revoltante.

    Só isso!

    Não sou obrigado a pagar essa conta!

  3. Maria Moreira (2)
    em 18/03 às 12h18

    CA RA CAS,meu!!! mas estou muito envergonhada, muito p u t z da vida de ler essas coisas, 50mil de salario mensal? 400mil para legendar? Tomem vergonha na cara, tenham um pouco de respeito... quem quer cultura, quem quer viajar com a imaginaçao na leitura, não vai entrar a esse blog!!!!! pelo amor de Deus... e ela nao quer fazer comentarios sobre o tema?... em carater de q??? se esse dinheiro é tbm dos meus impostos!!! va' ti cata'!!!!!!

Ver todos os comentários (198)

Maria Bethânia poderá ter R$ 1,3 milhão para criar blog

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DE SÃO PAULO

A cantora Maria Bethânia conseguiu autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 1,3 milhão e criar um blog.


A ideia é que o site "O Mundo Precisa de Poesia" traga diariamente um vídeo da cantora interpretando grandes obras.

A direção dos 365 vídeos seria de Andrucha Waddington.

Há três anos, Bethânia se envolveu numa polêmica ao ter um pedido de captação, de R$ 1,8 milhão para uma turnê, rejeitado pela área técnica do ministério.

O então titular da pasta, Juca Ferreira ignorou o parecer e autorizou a captação de R$ 1,5 milhão.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha desta quarta-feira (16). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.


Rafael Andrade/Folhapress
A cantora Maria Bethânia
A cantora Maria Bethânia, que conseguiu autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 1,3 milhão para criar blog de versos




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26/10/2008 free counters

#gastronomia Cute Food

Happy Saturday Cute Day!!!

I hope you’ve had a great week!

There are some seriously cute treats around the blogosphere this week… Enjoy! Don’t forget to submit your own cute food at the bottom of this post!

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Now it’s your turn! Submit your own cute food findings or creations below!







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26/10/2008 free counters

Information from the Immigration Bureau Relating to the Tohoku Region Pacific Coast Earthquake

.moj.go.jp/


【Regarding inquiries about immigration in case of emergency please make a phone call to the following telephone number.

However, for individual inquiries (progress or result of application for residence permission, etc.), we will not be able to respond. Your kind attention is highly appreciated.

    Telephone Number 03-3592-8120
    Open hours 09:00 am 5:00 pm

    Language Japanese, English and Chinese

Immigration Bureau, Ministry of Justice

1. Confirming the safety of victims ( inquiries on departure facts )

In order to confirm the safety of foreign nationals, who may have fallen victim to the Tohoku Region Pacific Coast Earthquake, we will be responding to inquiries relating to confirmation of the fact of whether or not the foreign nationals have left Japan.

Procedures for inquiries on departure facts [PDF]

Application for Inquires on Departure facts [PDF]

2. Opening times of the immigration offices

The opening times for the procedures of the immigration offices in areas under the jurisdiction of Sendai Regional Immigration Bureau (the prefectures of Aomori, Iwate, Miyagi, Akita, Yamagata and Fukushima) and areas within the jurisdiction of Tokyo Regional Immigration Bureau (the prefectures of Ibaraki, Tochigi, Gunma, Saitama, Chiba, Tokyo city and the prefectures of Kanagawa, Niigata, Yamanashi and Nagano) and the Higashi Nihon Immigration Center are as given in the annex.

Times for each immigration office ( as of 8:30am Mar. 18, 2011) [PDF]

All other regional immigration bureaus and offices (the regional immigration bureaus of Sapporo, Nagoya, Osaka, Hiroshima, Fukuoka (including branch offices), the district immigration offices of Chubu Airport , Kansai Airport, Kobe, Naha (including branch offices)), Nishi-Nihon Immigration Center and Omura Immigration Center are operating as normal.

3. Setting of Counseling Corner

Regarding inquiries about immigration in case of emergency please make a phone call to the following telephone number. However, for individual inquiries (progress or result of application for residence permission,etc.), we will not be able to respond. Your kind attention is highly appreciated.
   Telephone Number 03-3592-8120
   Open hours 09:00 am ~ 5:00 pm
 
 The information telephone line of Sendai Regional Immigration Bureau (022-298-9014) is operating 24 hours a day until March 21 and will be implementing consultations relating to immigration and residence examinations in the Sendai Immigration Bureau (in Japanese, English and Chinese between the hours of 9:00 a.m. to 4:00 p.m. from Monday to Friday, and in Japanese for all other hours)

 Other regional immigration offices are also accepting inquires about immigration procedures. If you have any questions, please contact :

4. Immigration control measures for extension of the period of stay and other related matters in accordance with the occurrence of the Tohoku-Region Pacific Coast Earthquake Disaster.

The expiration date of the period of stay shall be extended through a Ministry of Justice public notice (Ministry of Justice Public Notice No. 123 of March 16, 2011) pursuant to the provisions of Article 3, paragraph 2 of the Act on Special Measures for Preservation of Rights and Profits of the Victims of Specified Disasters (Act No. 85 of 1996; hereinafter referred to as “Special Measures Act”) in accordance with the 2011 Tohoku Region Pacific Coast Earthquake. The details are as given below.

 Immigration control measures [PDF]


[ Related Information ]


Portal Site on Policies for Foreign Residents ( Link to website on Tohoku Region Pacific Coast Earthquake )






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26/10/2008 free counters

Japan's Miyagi police estimates death toll in prefecture alone to exceed 15000 - Kyodo

Reuters‎ FLASH: Japan's Miyagi police estimates death toll in prefecture alone to exceed 15000 - Kyodo





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História dos trabalhadores da antiga Usina Santo Amaro (07' 13")

Um terreno de 60 mil metros quadrados na esquina da Av. Miguel Yunes com a Av. Interlagos, zona sul da cidade de São Paulo



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Coordenadas: 23°41'5"S 46°41'23"W


Depósito da Nuclemon (São Paulo)




Despósito de lixo radioativo da antiga Nuclemon.
Este local é um prédio





Especial Energia Nuclear -

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CHAMADA: NO CAPÍTULO DE HOJE DA SÉRIE DE REPORTAGENS ESPECIAIS SOBRE ENERGIA NUCLEAR, VOCÊ VAI OUVIR A HISTÓRIA DOS TRABALHADORES DA ANTIGA USINA SANTO AMARO, OU NUCLEMON, EM SÃO PAULO. ASSIM COMO OS ACIDENTADOS DE GOIÂNIA, ESSES TRABALHADORES BATALHAM POR UMA ASSISTÊNCIA ADEQUADA DO ESTADO BRASILEIRO.

A Usina Santo Amaro, ou Nuclemon, funcionou por mais de 50 anos na cidade de São Paulo. O local servia para o tratamento químico da chamada monazita, um tipo de areia usado na obtenção de terras raras. Purificadas, as terras raras são utilizadas na fabricação de materiais para ressonância magnética nuclear, sensores, certos tipos de imãs, entre outros.

A obtenção desse tipo de material precisa ser monitorada com muita atenção porque um de seus subprodutos é um composto com alta concentração de elementos radioativos como urânio e tório.

As condições de segurança da Nuclemon, no entanto, eram insuficientes. Em 1991, um ano antes de a Usina Santo Amaro ser fechada por problemas de viabilidade econômica, a Câmara Municipal de São Paulo instalou uma CPI para investigar as instalações da empresa. Os resultados da investigação foram obtidos pelo Grupo de Trabalho da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados criada, há dois anos, para analisar a segurança nuclear no Brasil. Segundo o grupo, o trabalho da CPI apontou que o armazenamento de rejeitos nucleares da Nuclemon oferecia risco aos trabalhadores da usina e à população vizinha às instalações. Também constatou que os funcionários da empresa haviam sido expostos a um nível de radiação desnecessário.

TRILHA MUSICAL

Durante décadas, os trabalhadores da Nuclemon sofreram contaminação crônica, por inalação continuada de poeira rica em urânio e tório. O material se alojou em seus pulmões e hoje eles correm risco de desenvolver doenças como câncer e silicose. O problema é que, desde o fechamento da Nuclemon em 1992, os funcionários da empresa não contam com qualquer assistência da Indústrias Nucleares do Brasil, INB, estatal responsável pela usina.

O físico Robson Spinelli foi funcionário da INB até janeiro deste ano. Ele explica que, quando foram demitidos por conta do fechamento da usina, os trabalhadores da Nuclemon fizeram exames que os consideraram aptos a seguir outra atividade. Spinelli reconhece, contudo, que esses testes não levaram em conta os efeitos tardios da radiação.

"Em muitos casos, os sintomas vão aparecer depois que o trabalhador saiu da empresa. A nossa legislação não está dando cobertura a esse tipo de ação que pode ocorrer com os trabalhadores, em particular na área de radiação. Esses trabalhadores, uma vez desligados no processo demissional, considerados saudáveis entre aspas, foram desligados da empresa e foram para o mercado de trabalho em busca de novas opções."

Mas a legislação brasileira deveria, sim, abranger esses casos. Desde a década de 60, o Brasil é signatário da Convenção 115 da Organização Internacional do Trabalho, que estabelece que os trabalhadores em instalações nucleares expostos a radiações têm de passar por exames periódicos, mesmo após a demissão. Porém, como a regulamentação da convenção até hoje não saiu do papel, a Indústrias Nucleares do Brasil não se sente na obrigação de cumpri-la.

A partir de 2003, um grupo de ex-funcionários da Nuclemon reuniu-se algumas vezes com representantes da INB em busca de uma solução negociada. Com a ajuda do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador em São Paulo, os trabalhadores organizaram dados sobre seu estado de contaminação. Ficaram cientes, ainda, de que a convenção 115 da OIT os amparava. Mas apesar das novas informações, a INB explicou aos funcionários que, como não havia uma lei obrigando o acompanhamento médico após a demissão, nada poderia ser feito, a não ser por via judicial.

Para pessoas idosas, com pouco dinheiro e, na maioria, doentes, o caminho da Justiça é complicado. José Venâncio Alves, de 56 anos, trabalhou 20 anos na Nuclemon. Ele conta que um grupo de 40 trabalhadores da antiga usina somente conseguiu entrar com um processo na Justiça, no ano passado, depois que um advogado aceitou tocar o caso sem cobrar. Venâncio se diz abandonado, ainda mais quando se lembra das difíceis condições em que trabalhava na Nuclemon. Segundo ele, ninguém sabia do risco que corria. Muitos eram, inclusive, analfabetos.

"O pessoal não sabia de nada. Ficou um pouco esperto com aquele acidente de Goiânia. Um pouco antes. Começaram a falar que aquilo era radioativo, que aquela área ali tinha radiação.

A médica Maria Vera de Oliveira, do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, acompanha o caso dos ex-funcionários da Nuclemon desde 1991. Ela atesta que os trabalhadores enfrentam problemas auditivos e respiratórios por conta da atividade na usina. Há casos, ainda, de câncer. A médica defende que essas pessoas recebam o mesmo tratamento hoje dispensado aos atuais funcionários da Indústrias Nucleares do Brasil.

"A empresa, os trabalhadores atuais da empresa dispõem de convênio médico e acho que isso deveria se estender a esses ex-trabalhadores também. Facilitaria muito o controle a que eles devem ser submetidos. Nós temos alguns trabalhadores que têm diagnóstico de neoplasia e esperam meses para conseguir um exame, tem dificuldade para conseguir consulta.

Nesta sexta-feira, dia 28, os ex-funcionários da Nuclemon que entraram na Justiça contra a INB vão ter uma primeira audiência com representantes da estatal. José Venâncio Alves, que está entre esses trabalhadores, diz que eles não vão aceitar um acordo que disponibilize apenas assistência médica.

"Nós queremos indenização por conta dos danos de saúde. Estamos dispostos a bater o pé que a gente quer indenização competente com o sofrimento desse povo que trabalhou tanto tempo"

O grupo de trabalho da Câmara que analisou a segurança nuclear no Brasil reconhece como justas as reivindicações dos ex-trabalhadores da Nuclemon. O relatório final do grupo, votado em março deste ano, propõe a criação de uma lei que autorize a União a indenizar os ex-funcionários da empresa vítimas de danos nucleares. O grupo também apresenta projeto de lei para regulamentar a Convenção 115 da OIT, de forma a garantir aos trabalhadores expostos a radiações um acompanhamento adequado por parte da empresa onde são empregados, mesmo após sua demissão.

De Brasília, Ana Raquel Macedo

AMANHÃ, NA ÚLTIMA EDIÇÃO DA SÉRIE ESPECIAL SOBRE ENERGIA NUCLEAR, VOCÊ VAI SABER POR QUE A ATUAL ESTRUTURA DE FISCALIZAÇÃO NUCLEAR NO BRASIL É CONSIDERADA FRÁGIL. VAI CONHECER, AINDA, AS PROPOSTAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PARA SANAR ESSE PROBLEMA.

segunda-feira, 24 de abril de 2006

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Outras matérias

24/04/2006


Comunidade e autoridades discutem destino de depósito de resíduos radioativos na Zona Sul
Agosto 30, 2005

Um terreno de 60 mil metros quadrados na esquina da Av. Miguel Yunes com a Av. Interlagos, zona sul da cidade de São Paulo, que pertence à INB (Indústrias Nucleares do Brasil, empresa ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia) guarda quase uma tonelada de resíduos -em forma de substância cristalizada- de processamento de material radioativo produzidos pela usina Santo Amaro (USAN) da extinta Nuclemon, que foi desativada em 1995. Como esse material foi parara lá? Há perigo para a comunidade? Esses assuntos foram abordados segunda-feira (29) na reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Campo Grande.

Qual a origem desse material?
Robson Spinelli, gerente de qualidade ambiental da IBN, explicou que no processo de descomissionamento da unidade Santo Amaro, as máquinas foram transferidas para uma unidade da mesma natureza -em termos de matéria prima- na cidade de Campos (RJ). A matéria prima foi transferida para a unidade na cidade de Caldas (MG), onde havia uma mina de urânio, desativada em 1995. Mas no final do processo de descomissionamento, quando Itamar Franco, então governador de Minas Gerais, soube do transporte de "lixo radioativo" de São Paulo para Minas, baixou um decreto proibindo o transporte de lixo radioativo de outro estado para o estado de Minas. A atitude do governador Itamar Franco inviabilizou a remoção do material que ainda restava na unidade de Santo Amaro para a unidade de Caldas. Onde armazenar esse material? Essa foi o problema enfrentado na época.

Como esse material foi parar lá?
Na unidade Interlagos (USIN), de 1989 a 1992, aproximadamente, foi executado um processo de extração de minerais pesados, utilizando solventes, a partir de areias monazíticas. Um desses minerais, a monazita, tem na sua composição dois elementos radioativos naturais: tório e urânio. Mas Spinelli ressaltou: "Não estamos falando do urânio elemento combustível para um reator nuclear; estamos falando de urânio natural, que a crosta terrestre de nosso planeta tem 99% de concentração desse material". O resíduo desse processo está armazenado lá até hoje, junto com o material da USAN.

Há perigo de contaminação?
Spinelli garantiu que o material está armazenado adequadamente em bombonas plásticas, que encontram-se estocadas em um galpão lacrado, cujo acesso é restrito. Esse material, é radioativo? "É", segundo Spinelli. Qual tipo de radiação emitida? O urânio, particularmente, é emissor de ondas gama e alfa. "A radiação alfa é blindada até por uma folha de papel", segundo Spinelli, e as próprias bombonas oferecem proteção apropriada. "A radiação gama", explicou Spinelli, "assim como qualquer radiação eletromagnética, tem uma característica: quanto mais distante da fonte, menor a radiação". Spinelli garantiu que a radiação gama emitida pelos resíduos armazenados no local não chega aos limites do terreno e quem transita pelas avenidas Miguel Yunes ou Interlagos não sofrerá qualquer exposição.
Spinelli também informou que atendendo uma exigência da CETESB foram efetuados diversos estudos em toda a extensão do terreno para ver se havia contaminação química do solo ou da água, e foram detectados níveis de radiação natural. a nenhuma contaminação. Spinelli garantiu: "Não há contaminação de nosso solo".

Nuclemon
O deputado Ítalo Cardoso (PT/SP), presente à reunião, relatou que em 1992, quando era dirigente do Sindicato dos Químicos, conseguiu demonstrar que a Nuclemon -empresa com a qual sempre teve uma relação "difícil e truculenta"- estava "matando seus trabalhadores de forma irresponsável": exames nos funcionários da empresa detectaram a presença de urânio e tório nas fezes de vários trabalhadores. A Justiça concedeu, então, o direito que os trabalhadores fossem monitorados durante vários anos após seu desligamento da empresa. "Muitos continuam sendo monitorados até hoje, mesmo depois de dez anos que essa empresa fechou suas portas aqui", disse.

(In)Tranqüilidade
Quanto à liberação do terreno da Nuclemon, na Av. Santo Amaro, para uso irrestrito, "para construir inclusive residência", Cardoso questionou: "por que, então, se era tão tranqüilo assim, fizeram a raspagem de cinqüenta centímetros das terras da USAN?. E adivinha para onde levaram? Para cá", referindo-se à usina Interlagos. Quanto aos moradores do condomínio sendo construído no local, Cardoso afirmou: "Também lá eles não tem segurança. Por que ninguém diz o que foi feito com as terras extraídas da escavação para a fundação dos prédios?". Cardoso finalizou: "Eu não teria tanta segurança de dizer que estou numa área tranqüila". Cardoso lembrou do caso da Shell, e de "tantas outras situações onde foi dito que poderiam ficar tranqüilos. Eu não fico tranqüilo", reafirmou.

Vazamento
Cardoso denunciou que já houve vazamento do material armazenado na USIN, devido à perfuração das bombonas provocada pela expansão dos gases gerados pela água injetada para cristalizar os resíduos, e questionou -apesar das afirmações de Robson Spinelli- a eventual contaminação da água do subsolo.

Refrigerantes contaminados?
Guilherme Frontini, representante da Distrital Santo Amaro da Associação Comercial de São Paulo, denunciou que durante vinte anos a Pepsi Cola ocupou um terreno anexo ao da Usina Interlagos, e captou água de poços artesianos para fabricação de refrigerantes.

A palavra da CETESB
Ronald Magalhães, representante da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental CETESB, ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo de São Paulo, informou que somente a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEM) tem atribuições para lidar com a questão radioatividade nas instalações da empresa. Quanto à área externa, há dois aspectos: o monitoramento da questão radiológica em ambientes externos, e o estudo de passivo ambiental. Magalhães garantiu que foi feita uma "malha densa de amostragem", procurando dados de solo e água subterrânea na região de estudo, e "os dados preliminares indicam que não há contaminação da área". A CETESB está avaliando, atualmente, os procedimentos que levaram a tais conclusões, "o que é de praxe", explicou, para emitir um parecer definitivo quanto a essa área. Quanto à radioatividade, a CETESB apenas analisa os relatórios enviados pela INB, que se referem a coletas feitas pela própria empresa em poços, e não há indícios de contaminação por rádio 226 e rádio 228.

Remoção
Spinelli enfatizou que a INB tem interesse "em tirar esse material dali". Mas confessou que o principal problema é encontrar um destino apropriado para os resíduos armazenados na USIN. Barros Munhoz, subprefeito de Santo Amaro, comprometeu-se a falar com o prefeito Serra sobre o caso. Já Ítalo Cardoso convidou as autoridades e representes comunitários a comparecer à reunião que realizar-se-á com o Ministério Público na próxima quinta-feira para discutir o assunto. Pelo empenho demonstrado pelas autoridades em acabar com o depósito, parece provável que em pouco tempo a aventura nuclear seja nada mais uma página na história da zona sul.




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