Apresentação teve pegada pop rock neste sábado (19) no Morumbi, em SP.
Show que faria em Brasília nesta semana foi remarcado para quinta (24).
Shakira sabia bem os desejos de seus 53 mil fãs que foram ao Morumbi, em São Paulo, neste chuvoso sábado (19). Depois de se apresentar em Porto Alegre e ter a apresentação de quinta-feira (17) em Brasília remarcada para a próxima quinta (24), a cantora cortou três músicas que estavam previstas em seu repertório, mas não economizou nos sacolejos.
Eram justamente esses momentos mais rebolativos os mais esperados pelo público, como na dobradinha final com as agitadas "Hips don't lie" e "Waka waka".
"Essa noite eu sou paulista", avisou logo no começo, com português de leve sotaque lusitano. Sem uma requebradinha sequer, a colombia iniciou sua apresentação às 20h50, ao som da mansa "Pienso en ti", única faixa retirada de sua estreia em disco, "Pies descalzos" (1996).
Não foi a única vez que a popstar deu uma quebrada no ritmo da apresentação, que durou uma hora e quarenta minutos. Em momentos de distorção roqueira ("Wherever, whenever", em versão quase irreconhecível até a chegada do refrão) e de mansidão, a moça mostrou que nem tudo tem que terminar em dança. Seus quadris podem ate não mentir, mas sabem se acalmar de quando em vez.
Foi assim quando empunhou violão em "Inevitable". "Escrevi numa noite como essa, em barranquilla, com meus amigos. E se tornou uma das favoritas do meu repertorio", anunciou. A bonita faixa está no álbum "Dónde están los ladrones", o segundo de sua carreira.
A cover de "Nothing else matters" (do Metallica) mantém o tom meditativo,com arranjo acústico que inclui violoncelo e violino. Assim como a arrastada "Despedida", presente na trilha do filme "Amor nos tempos do cólera" (2007), encaixada na sequência.
"Sale el sol", faixa-título de seu disco mais recente, também representa essa leva. A balada romântica de refrão pesado e pop pouco remete aos hits mais sacolejantes. É um bom paliativo para fãs de "Estoy aqui" e outras cancões do quase ignorado primeiro trabalho. A cantora vive a atestar em entrevistas sua necessidade de relembrar uma "fase mais rock and roll do comeco de carreira", nas palavras dela.
Mas são os momentos da Shakira popstar sacolejante que mais encantam a plateia. A euforia aparece na hora em que ela chama quatro garotas para o palco e bota todas para imitar sua coreografia em momento para "esquentar as cadeiras".
"Loca", "She wolf" e a dança do ventre de "Ojos asi" trazem os glúteos de volta para o primeiro plano. É essa Shakira, que embala merengues e cumbias para gringo consumir, que fez todo mundo uivar, dançar e tomar chuva. A faceta pop rock (seja com baladas ou mais peso) veio de brinde.
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