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sábado, 17 de maio de 2008

Advogado do casal Nardoni diz estar 'estarrecido' com decisão do STJ

Na noite desta sexta (16), ministro negou habeas corpus para o casal.
Pedido da defesa havia sido feito à tarde e estuda-se recorrer ao STF.
Carolina Iskandarian Do G1, em São Paulo

O advogado Rogérios Neres, um dos três que defendem o casal Nardoni, disse na noite desta sexta-feira (16) estar “estarrecido” com a decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Napoleão Nunes Maia Filho de rejeitar habeas corpus para o pai e a madrasta de Isabella. Os dois estão presos preventivamente desde o dia 8 por suspeita de espancar e atirar a menina do 6º andar de um prédio de São Paulo.

Caso Isabella: veja a cobertura completa do caso

“Estamos estarrecidos com essa decisão tão rápida. São 1.100 laudas mais 103 páginas de pedido de habeas corpus. Em seis anos de advocacia criminal, convivo com delegados e juízes e nunca vi isso”, comentou Neres, por volta de 23h30, pouco mais de uma hora depois da divulgação da notícia.

Na tarde desta mesma sexta-feira, a defesa havia recorrido ao STJ, pedindo a liberdade dos dois clientes. Nardoni está na enfermaria do Centro de Detenção Provisória de Guarulhos, na Grande São Paulo, e Anna Jatobá, na Penitenciária Feminina de Tremembé, no interior do estado.

Neres afirmou que não teve acesso ainda ao despacho de Nunes Maia Filho e que, só depois disso, a defesa vai tomar uma decisão. No entanto, ele não descartou entrar com novo pedido de liberdade para o casal no Supremo Tribunal Federal (STF), última instância da Justiça brasileira. “É possível ingressarmos (com o pedido) no STF, mas, para isso, temos de ver a decisão (do ministro do STJ) antes”.

De acordo com o advogado, como a defesa não pode visitar o casal durante o fim de semana, Anna Carolina deve saber sobre a decisão do ministro do STJ por meio de sua família, que pode vê-la. Já Nardoni, será avisado por agentes penitenciários, previu Neres.

Rapidez

Maia filho rejeitou o pedido de habeas corpus, alegando, entre outras razões, que não viu "defeito" na decisão do desembargador Caio Canguçu de Almeida. Na terça-feira (13), Almeida decidiu manter os dois na prisão.


Para Maia filho, a determinação do desembargador da 4ª Câmara Criminal expõe "com fundamento e lógica" a necessidade de tornar exceção "uma importantíssima conquista cultural (direito à liberdade), quando diante da situação em que outro valor, igualmente relevante, se ergue e se impõe como merecedor de prioridade", segundo nota no site do STJ.

A entrada com o pedido de habeas corpus no STJ foi feita na tarde desta sexta-feira (16) pela defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. O casal está preso desde a madrugada de 8 de maio.

Ameaçados

Para a polícia e o Ministério Público, não há dúvidas de que o pai e a madrasta de Isabella são os autores do crime. A menina morreu após ser atirada do 6º andar do prédio de Nardoni, na Zona Norte de São Paulo. Laudos periciais apontaram que a criança foi agredida e sofreu esganadura antes de ser jogada do apartamento.

O caso ganhou repercussão. Quando tiveram a prisão preventiva decretada e foram presos no dia 8, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá deixaram o apartamento do pai dela, em Guarulhos, Grande São Paulo, sob gritos de “assassinos”. Do lado de fora do edifício, uma multidão de cerca de 800 pessoas ficou para acompanhar a saída dos dois até a prisão. Nardoni e a mulher deixaram o local algemados e em carros separados.

Em entrevista ao G1, o avô paterno de Isabella, Antonio Nardoni, admitiu que havia risco de o STJ não aceitar o pedido para análise. “Risco sempre existe. Tem uma súmula que afasta isso. Os advogados estão entrando com um embasamento muito bom. Acho que há possibilidade de eles aceitarem em razão de jurisprudência que existe”, defendeu ele nesta sexta-feira (16).

Nardoni e Anna Carolina tiveram de ser transferidos das prisões para onde foram inicialmente, porque foram hostilizados por outros presos e correriam risco de vida. Ela estava na Penitenciária Feminina de Santana e ele, no 13º DP (Casa Verde).

Mesmo afirmando que o Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos, onde o pai de Isabella está atualmente, “é um local seguro”, a defesa do casal pretende pedir novamente que ele seja transferido para uma cadeia com detentos com nível superior de ensino. Isolada das outras presas, Anna Carolina estaria com problemas intestinais por apresentar distúrbios nervosos.



Antonio Nardoni visitou o filho na tarde deste sábado (17) em presídio de Tremembé.
Eles falaram sobre a decisão do STJ e também dos filhos de Alexandre Nardoni.
Silvia Ribeiro Do G1, em São

O avô paterno de Isabella, o advogado Antonio Nardoni, visitou na tarde deste sábado (17) o filho dele, Alexandre Nardoni, que foi transferido na noite de sexta-feira (16) para a penitenciária José Augusto César Salgado, em Tremembé, a 138 km de São Paulo.


Após encontro de cerca de 30 minutos com o filho, Antonio Nardoni afirmou que o pai de Isabella ficou decepcionado com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou liberdade ao casal na sexta-feira. “Ele (Alexandre) recebeu a notícia como eu recebi, um pouco chateado. Aguardávamos uma decisão melhor. Infelizmente, é assim mesmo.”

Para Antonio Nardoni, a resposta do STJ ao pedido de habeas corpus, protocolado na mesma sexta-feira, “foi muito rápida”. “Não houve muito tempo para analisar o habeas corpus. Na minha vida profissional, eu nunca vi uma decisão tão rápida, seja ela liminar ou não”, afirmou.

De acordo com ele, os autos remetidos ao STJ têm, ao todo, cerca de 1,2 mil páginas, sendo por volta de cem referentes ao pedido de habeas corpus. A possibilidade de a defesa do casal recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) será analisada na próxima segunda-feira (19).

Durante a visita, além da decisão do STJ, Antonio Nardoni levou informações sobre os filhos de Alexandre. Para Antonio Nardoni, o filho está "tranqüilo", melhor estado do que quando estava preso na enfermaria do Centro de Detenção Provisória de Guarulhos. "Eu também fiquei mais tranqüilo."

Antonio Nardoni não soube dizer se Alexandre ainda está em regime de observação. Na manhã deste sábado, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) havia informado que ele seguia sob o regime, que permite apenas a visita de advogados.

Transferência

Alexandre Nardoni foi transferido na noite de sexta-feira do Centro de Detenção Provisória 2 de Guarulhos, na Grande São Paulo, para a penitenciária 2 de Tremembé, a 138 km de São Paulo.

O pai de Isabella, que responderá a processo pela morte da criança, está na penitenciária José Augusto César Salgado, localizada na mesma cidade em que está presa a mulher dele, Anna Carolina Jatobá. A unidade em que se encontra o pai de Isabella acolhe presos com nível de escolaridade superior. Nardoni é graduado em direito. Anna Jatobá está presa desde o dia 8 de maio na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé.

O presídio em que está Nardoni é o principal destino de quem chega a Tremembé para acertar as contas com a Justiça. Além de Daniel e Cristian Cravinhos, condenados em julho de 2006 pela morte do casal Von Richthofen, e Mateus da Costa Meira (condenado por abrir fogo contra a platéia em um cinema de São Paulo e matar três pessoas), estão no local os dois homens acusados de seqüestrar, atear fogo e matar um casal e seu filho em Bragança Paulista, a 83 km da capital paulista.

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26/10/2008 free counters

Morre, aos 91 anos, a escritora Zélia Gattai

Escritora ficou internada durante 31 dias no Hospital da Bahia.
Autora estava em pós-operatório de laparotomia para desobstrução intestinal.
Do G1, com informações da Globonews e do iBahia

TAMANHO DA LETRA

Morreu na tarde deste sábado (17) a escritora Zélia Gattai Amado, aos 91 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Hospital Bahia, onde a autora de 14 livros estava internada havia 31 dias.

Confira imagens da vida da escritora

Segundo boletins médicos, o quadro evoluiu com gravidade na noite de sexta-feira (16). Zélia estava na Unidade de Terapia Intensiva do hospital, em pós-operatório de uma laparotomia para desobstrução intestinal. Ela não estava respondendo ao tratamento para insuficiência renal.

A família decidiu cremar o corpo da escritora e espalhar as cinzas na antiga casa do Rio Vermelho, da mesma como foi feito com Jorge Amado. Ainda não há informações sobre data e horários.

Veja momentos da trajetória de Zélia Gattai, em vídeos

De acordo com o filho da escritora, João Jorge Amado, Zélia temia a operação. "Ainda antes de passar pela cirurgia, ela chegou a dizer que estava com medo, o medo da morte que é natural."

Só neste ano a viúva do escritor Jorge Amado havia passado por cinco internações. Na manhã deste sábado (17), os médicos informaram que o quadro de choque circulatório era irreversível, ou seja, o coração e os vasos já não eram capazes de irrigar todos os tecidos com a quantidade adequada de oxigênio.

Paulista do Paraíso

Foto: Epitácio Pessoa/Agência Estado
Epitácio Pessoa/Agência Estado
Zélia Gattai (Foto: Epitácio Pessoa/Agência Estado)

Filha dos imigrantes italianos Ernesto Gattai e Angelina Da Col, Zélia Gattai Amado nasceu no dia 2 de julho de 1916, na capital paulista. Foi em São Paulo, no bairro do Paraíso, que passou toda a infância e a adolescência.

A família da escritora foi bastante atuante no movimento político-operário. Em 1938, o pai de Zélia chegou a ser preso pela polícia política do Estado Novo.

As lembranças desse engajamento familiar – a casa dos Gattai foi palco de fervorosos debates – inspiraram o primeiro livro da escritora: “Anarquistas, graças a Deus”. Lançada em 1979, a obra já vendeu mais de 250 mil exemplares no Brasil, ganhou versões em francês, italiano, espanhol, alemão e russo e ainda inspirou uma minissérie homônima na Rede Globo, que foi ao ar em 1984, dirigida por Walter Avancini.

Aos 20 anos, Zélia se casou com Aldo Veiga, intelectual e militante do Partido Comunista. Da união nasceu o primeiro filho da escritora, Luiz Carlos, hoje com 66 anos.

Graças ao círculo de amizades de Veiga, Zélia se aproximou da elite intelectual brasileira da época. Desse grupo de amigos, faziam parte os escritores Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Rubem Braga e Vinícius de Moraes. Também ficou próxima dos artistas Lasar Segall e Tarsila do Amaral.

O casamento chegou ao fim após oito anos. Em 1945 conheceu o escritor Jorge Amado – de quem já era admiradora – durante um congresso sobre literatura. Com diversos interesses em comum, a dupla passou a trabalhar no movimento pela anistia dos presos políticos. Poucos meses depois, se apaixonaram e passaram a viver juntos.

Os anos de exílio

Em 1946, nasce o primeiro filho do casal, João Jorge Amado. Dois anos mais tarde, com a repressão política no país, a família se exila na Europa por cinco anos. É nesse período que nasce o terceiro filho de Zélia, Paloma Jorge Amado, em 1951, em Praga.

No exílio, Jorge e Zélia participaram intensamente da vida cultural européia e conviveram com personalidades como Pablo Neruda, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Picasso. A escritora freqüentava os cursos de “Civilização francesa” e “Fonética e Língua Francesa” na conceituada Universidade de Sorbonne, em Paris, e ainda descobre uma nova paixão: a fotografia.

O casal retornou ao Brasil em 1952 e viveu no Rio de Janeiro, na casa dos pais de Zélia, durante 11 anos. Em 1978, após 33 anos de companheirismo, Jorge e Zélia oficializaram a união.

Cidadã baiana

Em 1963, a família Amado fixa residência em Salvador. E é lá que Zélia passa a se dedicar mais à literatura. Além de “Anarquistas, graças a Deus”, é autora dos livros de memórias “Um chapéu para viagem” (1982), “Senhora do baile” (1984), “Jardim de inverno” ( 1988) e “A casa do rio Vermelho” (1999). Também é escreveu os livros infantis “Pipistrelo das mil cores” (1989) e “O segredo da rua 18” (1991), em um total de 15 obras.

Baiana de coração, Zélia recebeu em 1984 o título de “Cidadã Soteropolitana”. Mas esta não foi a única honraria recebida pela escritora. Zélia também foi agraciada na França com os títulos de “Cidadã de Honra da Comunidade de Mirabeau” (1985) e a de “Comendadora das Artes e das Letras” (1998).

No Brasil, entre outros prêmios literários, recebeu o “Dante Alighieri” (1980).

A vida sem Jorge Amado

O casamento de Zélia Gattai e Jorge Amado durou 56 anos, até a morte do escritor, em 2001.

A história de amor de mais de meio século que viveu com Jorge Amado inspirou alguns de seus trabalhos. Caso da fotobiografia do escritor, “Reportagem incompleta” (1987), além dos livros de memórias “A casa do Rio Vermelho” (1999), “Jorge Amado - Um baiano romântico e sensual” (2002) – em parceria com os filhos João e Paloma – e “Memorial do amor” (2004).

Foto: Divulgação
Divulgação
Capa do livro de memórias "Jorge amado - um baiano romântico e sensual", escrito por Zélia Gattai, em parceria com os filhos João e Paloma. (Foto: Divulgação)

No dia 21 de maio de 2002, a escritora passou a integrar a Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupando a mesma cadeira que pertencia ao marido: a de número 23. O posto também já pertenceu aos escritores José de Alencar, Machado de Assis, Alfredo Pujol.

Após o falecimento do companheiro, Zélia decide abrir a casa em que viveram juntos por 21 anos e onde receberam personalidades como o escritor Pablo Neruda.

Atualmente aberta para visitação, a famosa “casa do Rio Vermelho” – onde estão as cinzas do escritor – será transformada em um museu.

Além dos três filhos, Zélia Gattai também deixa nove netos e cinco bisnetos.


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26/10/2008 free counters

Advogado do casal Nardoni diz que ficou surpreso com rapidez do STJ ao negar liminar

da Folha Online

O advogado Rogério Neres de Souza disse neste sábado que ficou surpreso com a rapidez do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em analisar o recurso que pedia a liberdade do casal Alexandre Nardoni, 29, e Anna Carolina Jatobá, 24, pai e madrasta da menina Isabella, morta no dia 29 de março. A defesa protocolou o pedido no STJ ontem à tarde e, à noite, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho indeferiu o pedido.

"Independente de [o pedido] ter sido negado, ficamos surpresos com a rapidez que foi proferida a decisão", afirmou Neres de Souza, um dos defensores do casal.

Ao negar o pedido, o ministro entendeu que a decisão do desembargador Caio Canguçu de Almeida, do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, foi correta e que não pode ser considerada teratológica. "Ou seja, das que afrontam o senso jurídico comum, agridem o sentimento social de justiça, dissentem de posições jurídicas consolidadas na jurisprudência dos tribunais e na doutrina jurídica", segundo o despacho do relator.

Segundo Neres de Sousa, os advogados se reúnem neste fim de semana para definir qual será a estratégia da defesa. Eles devem definir se entram com novo habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) ou se aguardam o julgamento do recurso no STJ. "Ainda temos uma chance [no STJ]", afirmou Neres de Souza.

Ainda não há data para que o julgamento do mérito do pedido de liberdade até o júri do casal, segundo o STJ.

Pedido

A defesa de Alexandre e Anna Carolina pretende conseguir com o habeas-corpus não só a liberdade do casal como a anulação da denúncia recebida pela Justiça de São Paulo, de acordo com o STJ.

Segundo Marco Polo Levorin --um dos defensores do casal-- não há requisitos necessários para a instauração da prisão preventiva do casal.

De acordo com a defesa, o casal nunca teria obstruído a produção de provas, não teria coagido testemunhas, não teria impedido ou dificultado a realização de qualquer prova, não teria fugido. Alega que várias provas foram colhidas quando Alexandre e Anna Carolina estavam em liberdade. Além de que ambos são primários, não têm antecedentes criminais, compareceram ao juízo para depor e têm residência fixa. Para a defesa, a prisão preventiva somente poderia ter sido decretada para resguardar a apuração do processo.

No Tribunal de Justiça de São Paulo, foi apreciado e negado o pedido de liminar em habeas-corpus apresentado pela defesa do casal. A decisão entendeu que, para a concessão da liminar, seria preciso que se evidenciasse uma intolerável injustiça.

Alexandre está preso no Centro de Detenção Provisória 2 em Guarulhos (Grande São Paulo) e Anna Carolina está presa na Penitenciária Feminina de Tremembé (138 km a nordeste).

(AS DECISÕES QUE TOMAM SOBRE ESSE CASO ,SÃO CADA VEZ MAIS ESTRANHAS E TENDENCIOSAS, MOSTRANDO COM CLAREZA QUE A LEI NÃO É PARA TODOS ... COMO SEMPRE !)


"Há algo de podre no reino da Dinamarca

CADÊ A OAB?


Advogados de pai e madrasta estudarão nova estratégia de defesa


Entre as possibilidades, está um novo pedido de habeas corpus ao STF.
Também não está descartado aguardar a análise do mérito de habeas corpus pelo TJSP.
Do G1, em São Paulo

Com a negativa de novo pedido de habeas corpus, desta vez pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá deve agora estudar os próximos passos para tentar a liberdade do casal.

Caso Isabella: cobertura completa

De acordo com o advogado Ricardo Martins, a nova estratégia será decidida em reunião dos defensores, a ser realizada após a análise do despacho do ministro do Napoleão Nunes Maia Filho que na sexta-feira (16) manteve o pai e a madrasta de Isabella presos.

Entre as possibilidades que devem ser analisadas, estão novos pedidos de habeas corpus ao Superior Tribunal Federal (STF) e ao STJ, além da possível de decisão de aguardar o julgamento do mérito de habeas corpus que teve a liminar já negada pelo desembargador Caio Canguçu de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Questionado sobre se pretendem ir ao STF para tentar a liberdade do casal, o advogado Ricardo Martins disse apenas que decidirá na semana que vem se um novo habeas corpus será pleiteado.

O mérito do pedido de habeas corpus só deve ser julgado pelos desembargadores da 4ª Câmara do Tribunal de Justiça a partir do dia 10 de junho, pois Canguçu de Almeida, relator do pedido de habeas corpus, estará de licença-prêmio de 19 de maio até 4 de junho. A câmara reúne-se às terças-feiras.

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26/10/2008 free counters

Candidato ao conselho gestor do Ibirapuera propõe área de sexo livre no parque

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha de S.Paulo

Uma proposta polêmica pauta a eleição de amanhã do conselho gestor do parque Ibirapuera. Inspirado numa experiência holandesa, o candidato a uma das seis vagas de conselheiro Douglas Drumond quer criar áreas de exclusão em que relações sexuais seriam permitidas a céu aberto, nos arbustos ou sob a copa das árvores.

A idéia tem sido divulgada por e-mail, em forma de convite para que pessoas votem na eleição de domingo. De maneira eufêmica, a mensagem diz que o objetivo do candidato, um militante do movimento gay paulistano, "é criar pequenas áreas no parque destinadas somente ao homem e somente à mulher".

Drumond explica: "Sendo mais ousado e acompanhando as tendências dos parques da Europa, entendo que isso é um atrativo turístico de grande potencial. Quando se fala que numa cidade as pessoas podem ficar no parque peladas ou fazendo sexo na praça, atrai. Quero atrair o turismo para São Paulo de uma forma mais moderna, oficializando uma coisa que já existe".

Sexo ao ar livre

O sexo ao ar livre no Ibirapuera não é novidade. Como já revelou reportagem da Folha, os encontros ocorrem geralmente perto do portão 7 (avenida República do Líbano), ao lado da Casa da Leitura e atrás da caixa-d'água, perto do estacionamento do MAM (Museu de Arte Moderna). As pessoas aproveitam a falta de iluminação e o abrigo dos troncos e transam em pleno parque. "Já existe esse fato, as pessoas fazem sexo mesmo", diz Drumond.

Representante da Secretaria do Verde no conselho do Ibirapuera, Helena Magozo diz que a implantação da zona de sexo livre "depende de outras esferas, como a Secretaria do Verde e a prefeitura".

"A política é de inclusão e nunca de exclusão ou de segregação do público. O espaço é de convivência dentro dos princípios legais", afirma.

Curiosamente, o projeto de Drumond não prevê áreas para sexo entre homens e mulheres. O Ibirapuera tem pouco mais de 1,5 milhão de metros quadrados e recebe 20 mil pessoas durante a semana. Aos domingos, o público é de 130 mil. O parque funciona das 5h à meia-noite.

As eleições para o conselho gestor dos 38 parques paulistanos acontecem amanhã, das 10h às 16h. Qualquer pessoa pode votar, basta apresentar um documento de identidade.



(MINHA NOSSA SENHORA DE APARECIDA DO NORTE, ACHO QUE VOU MUDAR O NOME DO BLOG :

PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER !!! )

(HOJE AS NOTICIAS ESTÃO BIZARRAS!)

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26/10/2008 free counters

Governo prepara nova CPMF para financiar gasto da Saúde

Em reunião na próxima segunda-feira, o governo poderá criar um novo imposto, além de aumentar um já existente --o IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados, que é cobrado sobre o fumo--, visando à obtenção de verbas para a Saúde, informam os colunistas Guilherme Barros e Vinicius Torres Freire, em reportagem publicada na Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

O novo imposto teria alíquota de 0,08% (a alíquota da CPMF era de 0,38%) e renderá ao menos R$ 8,7 bilhões, considerando que a arrecadação média do governo tende a aumentar neste ano. Já o IPI --que atualmente possui alíquota de 25% do valor do maço-- deverá sofrer um aumento ainda maior.

A criação de um novo imposto e o aumento do IPI seriam uma "reação" do governo ao projeto de lei que regulamentou a Emenda Constitucional 29, que prevê mais recursos para a Saúde, já aprovado pelo Senado e em tramitação na Câmara.

Com a aprovação do projeto, o governo teria de destinar R$ 10 bilhões a mais para a Saúde. Esse valor sairia da verba orçamentária do governo, o que não agrada o presidente Lula, que não gostaria de ser obrigado a vetar a lei, se a mesma fosse aprovada pela Câmara.

Desde janeiro deste ano, quando a CPMF deixou de ser cobrada, o governo procura formas para suprir os R$ 40 bilhões perdidos em arrecadação. Uma delas foi o aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre financiamentos, o que deverá cobrir cerca de 25% da perda com a CPMF prevista para 2008.

A íntegra da reportagem está na Folha deste sábado, que já está nas bancas.

Assine a Folha

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26/10/2008 free counters

Governador do Paraguai defende queima de bandeira brasileira

José Ledesma, governador eleito de San Pedro, diz que será 'implacável' com plantadores de soja do Brasil

ASSUNÇÃO - O governador eleito de San Pedro, José Ledesma, defendeu nesta sexta-feira, 16, a queima de uma bandeira do Brasil no centro do Paraguai e afirmou que quando assumir o poder, em agosto, será "implacável" com os plantadores brasileiros de soja nesta região. Ledesma, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), segunda força política do país e principal aliado político do presidente eleito, o ex-bispo Fernando Lugo, disse em guarani que "é pior matar camponeses do que queimar um pedaço de pano."

Veja também:

linkPresidente eleito do Paraguai encontra futuros colegas em cúpula

Na quinta, um grupo de camponeses da Coordinadora Productores Agrícolas San Pedro Norte (Coordenação de Produtores Agrícolas de San Pedro Norte, em tradução livre), liderada por Elvio Benítez, queimou uma bandeira brasileira durante um ato realizado por ocasião do Dia da Independência na colônia Curupayty, 350 quilômetros ao norte de Assunção.

Benítez, também próximo a Lugo, afirmou na ocasião que "milhares de hectares estão nas mãos destes estrangeiros (brasileiros) que traficam toras (de madeira), carvão e ultimamente envenenam toda a população."

"É injusto que um brasileiro tenha 50 mil hectares de terra aqui no Paraguai e que os paraguaios não tenham um pedaço", declarou Ledesma, produtor de banana de San Pedro, região mais pobre do país e na qual Lugo foi bispo por uma década.

O governador eleito apoiou também o ato, considerado como o início da "segunda independência" por seus organizadores e no qual os estudantes usavam boinas ao estilo de Che Guevara e os camponeses facões no ombro como se fossem fuzis.

Ledesma afirmou que a partir de 16 de agosto, dia seguinte à posse de Lugo e das autoridades legislativas e regionais eleitas no pleito de 20 de abril, "vai ser implacável com os estrangeiros para que sejam respeitadas as leis nacionais."

A manifestação camponesa foi realizada nas proximidades de uma fazenda do produtor de soja brasileiro Ulisses Teixeira, dono de 35 mil hectares de terra.

Em San Pedro, nas últimas semanas, grupos de camponeses que respondem a Benítez se mobilizaram, assim como a Mesa Coordenadora Nacional de Organizações Camponesas (MCNOC), uma das mais radicais do setor e que acusa os produtores brasileiros de soja de fumigações indiscriminadas.

A MCNOC integra, ao lado de outros grupos sociais, sindicais, indígenas e de esquerda e nove partidos políticos, a Aliança Patriótica para a Mudança (APC), que levou Lugo ao poder e deu fim à 61 anos de hegemonia do Partido Colorado.

Ledesma explicou que não deseja que os brasileiros "vão embora do Paraguai", mas que se adequem "às leis vigentes" e reafirmou que, a partir de agosto, vai "exigir que o paraguaio recupere a dignidade e seja respeitado."

"É preciso recuperar a terra e entregar aos paraguaios. Os brasileiros vêm e têm de tudo, te mandam matar. Quantos paraguaios já morreram por se aproximarem de uma propriedade de brasileiros", concluiu Ledesma.

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26/10/2008 free counters

As leis e o voluntarismo de Lula


Num discurso de improviso feito no lançamento de uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Lula voltou a mostrar que tem dificuldades para conviver com as leis e as instituições, quando elas contrariam seus propósitos.

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26/10/2008 free counters

As provas contra Chávez

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26/10/2008 free counters

Gráfico mostra áreas antes e depois da devastação

Antes e depois da devastação

Imagens de satélite mostram os estragos causados pelo terremoto na China, que matou pelo menos 21,5 mil pessoas, e o ciclone em Mianmar, que fez ao menos 78 mil vítimas



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26/10/2008 free counters

França faz ofensiva na América Latina para libertar Betancourt

LIMA - A França pediu na sexta-feira aos presidentes de Colômbia e Venezuela que abandonem suas rusgas e unam forças para que os guerrilheiros das Farc libertem a franco-colombiana Ingrid Betancourt.

O primeiro-ministro francês, François Fillon, aproveitou a cúpula de mandatários em Lima para reunir-se com os presidentes da Colômbia, Alvaro Uribe, da Venezuela, Hugo Chávez, e do Peru, Alan García, a quem falou sobre a necessidade de retomar o diálogo com as Farc para obter a liberdade de Betancourt.

"A França (...) não vai deixar de lado nenhuma pista para tratar de retomar o diálogo com as Farc com respeito à libertação de Betancourt, não vai deixar nada de lado, como eu disse a Chávez, a Uribe e ao presidente do Peru", disse Fillon em uma coletiva de imprensa.

O premiê afirmou que a libertação da ex-candidata à presidência da Colômbia, a refém mais importante nas mãos do grupo guerrilheiro marxista desde que foi sequestrada há seis anos, deve estar acima de interesses pessoais e dos problemas que afetam a América Latina.

A região atravessa mais uma de suas recorrentes crises diplomáticas devido a enfrentamentos entre Uribe e os presidentes da Venezuela e do Equador, depois que tropas colombianas ingressaram em território equatoriano numa operação contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que resultou na morte de Raúl Reyes, um de seus líderes.

Depois da incursão, em março, o Equador rompeu relações diplomáticas com a Colômbia, em meio a acusações de Uribe sobre a colaboração de Quito e Caracas com a guerrilha.

"Aqui se trata para nós de um assunto humanitário que requer uma mobilização de todos, que faz com que cada um deixe de lado seus interesses pessoais. Trata-se de salvar a vida de uma mulher que provavelmente está morrendo", disse Fillon durante a cúpula de líderes da América Latina e da Europa.

Betancourt, ex-candidata presidencial colombiana e cujo estado de saúde é delicado, converteu-se em um símbolo da crise de reféns na Colômbia.

"Jamais baixaremos a guarda enquanto houver esperança, não vamos abandonar Ingrid Betancourt", acrescentou Fillon.

(Reportagem de María Luisa Palomino)

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26/10/2008 free counters

Ceará já tem 17.384 casos de dengue confirmados em 2008

73,67% dos casos foram registrados em Fortaleza, cidade que tem quatro das nove mortes pela doneça no estado

Carmen Pompeu, especial para O Estado


FORTALEZA - O estado do Ceará já tem 17.384 casos de dengue confirmados este ano. A maioria, 10.381 casos (73,67%), foi registrada em Fortaleza. A capital cearense também contabiliza quatro das nove mortes provocadas pela doença no Estado. As outras mortes aconteceram em Caucaia, Redenção, Orós, Itapipoca e Quixadá, uma em cada uma das cidades. Outras 20 mortes suspeitas de terem sido provocadas pelo mosquito Aedes aegypti - mosquito transmissor da dengue - continuam em investigação, segundo informa o boletim semanal divulgado nesta sexta-feira, 16, pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa).

O secretário de Saúde de Fortaleza, Odorico Monteiro, já admite epidemia na cidade. Até o mês passado, ele falava em pré-epidemia da doença, mas justificava que a curva demonstrava que a tendência era o aumento de casos. Ele explica que houve um deslocamento do período epidêmico.

Em 2006, a maior concentração foi no mês de julho com 4 mil doentes. Ano passado, em maio com 2 mil casos e este ano, em abril com o registro de 3 mil. Há quase um mês, o secretário da Saúde do Estado, João Ananias, reconheceu que o Ceará enfrentava epidemia de dengue hemorrágica.

Mais um mutirão de controle e prevenção da dengue ocupará as ruas de Fortaleza no sábado, 17. O trabalho vem sendo realizado pela Prefeitura de Fortaleza. O esforço para eliminar os criadouros do mosquito transmissor da doença tem mobilizado a participação da população e de diferentes setores governamentais.

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26/10/2008 free counters

44% dos professores não escolheria a sua profissão novamente

Insatisfação dos docentes tem «grave reflexo na aprendizagem dos alunos»


Quase 44 por cento dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, apresentado esta sexta-feira no Porto, realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP), noticia a agência Lusa.

«O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos», disse João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão docente.

Quase 80 por cento quer uma Ordem dos Professores

João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, «quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores».

«Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da formação das pessoas que não tem um código».

«Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por questões meramente corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da educação».

61 por cento sente que o seu trabalho não é reconhecido pela sociedade

O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário e que João Ruivo considerou «marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990», revela ainda que 61 por cento não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.

Para além disso, mais de 90 por cento revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.

Dos resultados obtidos foi também possível concluir que «a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos».

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional.

Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro «Ser Professor: Satisfação Profissional e Papel das Organizações de Docentes», será enviado ao ministério da educação «pela sua utilidade, importância e relevo».

«Há um caminho ainda a percorrer. Há que dar um novo sentido à forma como se olha para a construção da própria educação. E o Ministério da Educação tem falhado numa atitude arrogante que vai levar a um isolamento com consequências que pela primeira vez vamos poder atribuir a alguém em concreto», disse João Grancho.

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26/10/2008 free counters