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sábado, 17 de maio de 2008

França faz ofensiva na América Latina para libertar Betancourt

LIMA - A França pediu na sexta-feira aos presidentes de Colômbia e Venezuela que abandonem suas rusgas e unam forças para que os guerrilheiros das Farc libertem a franco-colombiana Ingrid Betancourt.

O primeiro-ministro francês, François Fillon, aproveitou a cúpula de mandatários em Lima para reunir-se com os presidentes da Colômbia, Alvaro Uribe, da Venezuela, Hugo Chávez, e do Peru, Alan García, a quem falou sobre a necessidade de retomar o diálogo com as Farc para obter a liberdade de Betancourt.

"A França (...) não vai deixar de lado nenhuma pista para tratar de retomar o diálogo com as Farc com respeito à libertação de Betancourt, não vai deixar nada de lado, como eu disse a Chávez, a Uribe e ao presidente do Peru", disse Fillon em uma coletiva de imprensa.

O premiê afirmou que a libertação da ex-candidata à presidência da Colômbia, a refém mais importante nas mãos do grupo guerrilheiro marxista desde que foi sequestrada há seis anos, deve estar acima de interesses pessoais e dos problemas que afetam a América Latina.

A região atravessa mais uma de suas recorrentes crises diplomáticas devido a enfrentamentos entre Uribe e os presidentes da Venezuela e do Equador, depois que tropas colombianas ingressaram em território equatoriano numa operação contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que resultou na morte de Raúl Reyes, um de seus líderes.

Depois da incursão, em março, o Equador rompeu relações diplomáticas com a Colômbia, em meio a acusações de Uribe sobre a colaboração de Quito e Caracas com a guerrilha.

"Aqui se trata para nós de um assunto humanitário que requer uma mobilização de todos, que faz com que cada um deixe de lado seus interesses pessoais. Trata-se de salvar a vida de uma mulher que provavelmente está morrendo", disse Fillon durante a cúpula de líderes da América Latina e da Europa.

Betancourt, ex-candidata presidencial colombiana e cujo estado de saúde é delicado, converteu-se em um símbolo da crise de reféns na Colômbia.

"Jamais baixaremos a guarda enquanto houver esperança, não vamos abandonar Ingrid Betancourt", acrescentou Fillon.

(Reportagem de María Luisa Palomino)

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