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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Proibido usar tripés em Lisboa


2008/02/16 | 11:20
Lei de 1991 proíbe utilização de acessório para captação de imagem

Fiscais e polícias municipais identificaram, com vista à aplicação de coimas, um utilizador de câmara de filmar com tripé que não possui licença de ocupação da via pública. Jornalistas da SIC e da RTP foram visados, noticia o jornal Expresso.

Dois repórteres da RTP foram abordados, na quinta-feira de manhã, por um fiscal municipal, que lhes perguntou se tinham licença de ocupação da via pública, pois estavam a utilizar uma câmara com tripé. O microfone tinha o símbolo da RTP, mas, mesmo assim, mostraram as respectivas carteiras profissionais e invocaram os direitos que advêm do exercício da profissão.

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O fiscal informou, então, que actuava ao abrigo de «um regulamento que existe na Câmara desde 1991», ao abrigo do qual quem for apanhado sem licença de ocupação da via pública paga uma coima entre um e 4,5 salários mínimos.

Minutos antes, a poucos metros de distância, coubera a Carlos Santos, formador numa escola de audiovisuais, ser advertido que não podia usar uma câmara com tripé. «Só ao ombro», esclareceu o fiscal, escreve o jornal. Santos recusou dar a sua identificação, quando ela lhe foi pedida. O fiscal chamou então um elemento da Polícia Municipal, que o autuou. De seguida, o funcionário à civil tirou-lhe uma fotografia ao equipamento (o tripé da câmara de filmar), para instrução do processo. Os autuados (Carlos Santos e a instituição para a qual trabalha) aguardam agora a chegada do correio.

A coima pela contra-ordenação de «ocupação da via pública desprovida de licença» está bem explicada no «Regulamento Geral de Mobiliário Urbano e Ocupação de Via Pública», o edital 101/91. Este «aplica-se a toda a ocupação da via pública, qualquer que seja o meio de instalação utilizado, no solo ou no espaço aéreo».

FONTE: PORTUGAL DIÁRIO

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26/10/2008 free counters

Imprensa brasileira ufana com vitória de 'Tropa de Elite


Brasil volta a falar sobre o filme que não quis levar aos Óscares
Dez anos depois de Central do Brasil, de Walter Salles, ter ganho o primeiro Urso de Ouro do Festival de Berlim, outro filme brasileiro, Tropa de Elite, repetiu o feito, devidamente repercutido na imprensa do país além--Atlântico.

O influente crítico Luís Zanin, do Estado de São Paulo, também editor do suplemento de Cultura deste diário, escreve: "Essa para mim é a maior bomba do final de semana: Urso de Ouro em Berlim para Tropa de Elite, depois do filme de José Padiha ser recebido com muita reserva pela crítica europeia e americana. Acho que ninguém acreditava nas chances do filme". E destaca que este, tal como Cidade de Deus antes dele, e "apesar de mergulhar no mesmo ambiente" de um ponto de vista oposto, é "eficaz", "seduziu o público jovem" e tem "frases e atitudes que entraram para o quotidiano das pessoas". Zanin recorda que "Costa-Gavras [presidente do júri do Festival de Berlim], autor de filmes políticos como Z e Missing, sempre esteve atento ao factor comunicação com o público".

Ainda no Estado, outro crítico, Luiz Carlos Merten, enviado do jornal ao festival, diz que a vitória de Tropa de Elite foi "um desagravo à crítica que recebeu da revista Variety", que em termos invulgarmente violentos, se referiu a Tropa de Elite como sendo um filme "de ultradireita", "fascista" e "recrutador de Rambos", entre outras considerações deste género. Segundo Merten, este Urso de Ouro é também uma vitória do distribuidor americano e internacional do filme, o conhecido Harvey Weinstein, ex-Miramax, pois " foi ele quem pressionou a organização a colocar o filme de Padilha em concurso, quando Tropa já havia sido seleccionado para a secção Panorama.

A questão agora é saber se Weinstein, com o aval deste prémio tão importante em Berlim, "conseguirá emplacar Tropa de Elite no Óscar do ano que vem, como fez com Cidade de Deus, apadrinhando a carreira internacional de Fernando Meirelles".

Já na Folha de São Paulo, Leonardo Cruz considera que a vitória de Tropa de Elite contraria todos aqueles que disseram que o filme "não teria chances de premiação em um festival de júri presidido pelo cineasta grego Costa-Gavras (...) Por essa tese, um realizador 'de esquerda', muito politizado, não aprovaria um filme 'de direita', 'reaccionário';, como disseram alguns. Bem, ao tudo indica, Costa-Gavras não achou o filme nada reaccionário".

O Globo, por seu lado, frisa igualmente que o júri da Berlinale "ignorou as opiniões negativas a respeito de Tropa" e realça as declarações de José Padilha, para o qual este prémio "é uma vitória para o cinema brasileiro e uma vitória da luta que é fazer cinema no Brasil".

Um dos argumentistas de Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel, falando a O Globo, não confirmou que vá haver um Tropa de Elite 2, existindo apenas planos para uma série na TV Globo, tal como sucedeu com Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Katia Lund. Tropa de Elite já foi adquirido pela Lusomundo para exibição em Portugal, tal como o DN noticiou ontem. Recorde-se ainda que Tropa de Elite não foi escolhido pelo júri do Ministério da Cultura brasileiro como representante do Brasil à candidatura à nomeação ao Óscar do Melhor Filme Estrangeiro de 2008. O filme seleccionado foi O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger. Que, ironicamente, havia competido no Festival de Berlim de 2007, sem ter ganho qualquer prémio.

fONTE:DN ONLINE


(NÃO ASSISTI, NÃO SEI)

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