- Winona Ryder, enterrada bajo un montón de arena, posa para la cámara de Robert Wilson. Foto: ROBERT WILSON
- Brad Pitt, bajo el agua.
- Carolina de Mónaco. Foto: ROBERT WILSON
MADRID
Brad Pitt en calzoncillos aguantando un chaparrón. Winona Ryder enterrada bajo un montón de arena. Carolina de Mónaco posando de espaldas. Y Dita von Teese sentada en un columpio mirando el paisaje con nostalgia. Son cuatro de los personajes que el artista estadounidense Robert Wilson ha captado con su cámara de vídeo. Ahora, por primera vez en España, se exponen al público. La muestra permanecerá en tres salas municipales de Valladolid hasta el 31 de mayo.
Los videorretratos se muestran en pantallas planas de alta defición. El movimiento de los personajes es muy lento y, en algunos casos, hay sonido incorporado. En el caso del de Brad Pitt, por ejemplo, se escucha la lluvia que cae.
«A menudo me preguntan sobre las ideas que hay detrás de las imágenes, pero yo no interpreto mi obra. Darle un significado a una obra limita su poesía», afirma Wilson, definido por el New York Times como «figura clave en el mundo del arte y del teatro experimental».
La exposición --que ha viajado ya por Nueva York, Los Ángeles y Sao Paulo-- incluye videorretratos de otros personajes, como Marianne Faithfull e Isabella Rossellini. La que en su día fue musa de los Rolling Stones aparece como un murciélago gigante, colgada boca abajo de la rama de un árbol. Mientras, la hija de Ingrid Bergman y Roberto Rossellini está prácticamente irreconocible vestida como una muñeca electrónica japonesa.
Otros dos personajes son los actores Macaulay Culkin, convertido en un boxeador, y Willen Dafoe, un pirómano de película de serie B.
Ele já esteve aqui:
Teatro em alta definição Ícone da vanguarda americana, Robert Wilson se notabilizou pela reconstrução da linguagem operística. Madame Butterfly, Parsifal, A flauta mágica, nenhum clássico resistiu ao seu tratamento multimídia e minimalista. Em 1976, ele reiniciou definitivamente o gênero da ópera com a criação de Einstein on the beach, em colaboração com o músico Phillip Glass. Mas Bob Wilson é um desses artistas inclassificáveis, que não se encaixam a categorias artísticas preconcebidas. Atribuem- se a ele as atividades de diretor, coreógrafo, performer, designer de luz e videoartista. Na exposição que o trouxe ao Brasil, ele exerce com maestria cada uma dessas funções. Wilson não está em São Paulo para a apresentação de uma peça teatral, mas de uma série de minioperetas, exibidas dentro de televisores de plasma ou projetadas na parede, em dimensões monumentais.
Robert Wilson dirige celebridades e atores independentes em vídeo-retratos musicais
Por Paula Alzugaray
Os "vídeo-retratos" expostos aqui têm quase sempre o formato clássico dos retratos da pintura pós-renascentista. São verticais e representam o retratado em sua totalidade, em uma pose estática, com o olhar direcionado para o pintor - ou o fotógrafo. De fato, poderíamos estar diante de pinturas hiper-realistas, se os personagens não executassem microcoreografias diante da câmera de alta definição de Wilson, desempenhando gestos mínimos como vestir uma máscara de lobo, mascar chicletes, sacar uma arma ou marcar o compasso da trilha sonora com o pé esquerdo. Os retratos foram realizados durante uma residência artística de Wilson na emissora de televisão de alta definição Voom e poderiam, segundo o diretor, "ser vistos na tevê, em galerias, museus, estações de metrô, hotéis, aeroportos ou mesmo no quadrante de um relógio de pulso". Posam para os retratos pop stars como Winona Ryder, Brad Pitt, Isabella Rosselini e a princesa Caroline de Mônaco. Mas também há atores cult, como Steve Buscemi, que posa como carniceiro, e anônimos, como o mecânico Norman Paul Flemming. Nas trilhas sonoras, colaboram Lou Reed e Tom Waits.
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