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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Plane Crash in Amsterdam Leaves 9 Dead

By PETER DEJONG
,
AP


AMSTERDAM (Feb. 25) - A Turkish Airlines plane with 135 people aboard slammed into a muddy field while attempting to land at Amsterdam's main airport Wednesday. Nine people were killed and more than 50 were injured, many in serious condition, officials said.
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AFP/Getty Images
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Emergency personnel work at the scene of Wednesday's plane crash near Amsterdam's Schiphol Airport. The Turkish Airlines plane crashed into a field while trying to land, and it broke into three pieces. Nine people are confirmed dead in the crash. Click through to see more photos of the crash.
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The Boeing 737-800 fractured into three pieces on impact. The fuselage split in two, close to the cockpit, and the tail broke off. One engine lay almost intact near the wreck in the muddy field and the other was some 200 yards (meters) from the plane and heavily damaged, an Associated Press photographer at the scene said.
Flight TK1951 left Istanbul's Ataturk Airport at 8:22 a.m. (0622 GMT, 0122 EST) bound for Amsterdam, then crashed at 1031 a.m. (0931 GMT, 0431 EST) next to a runway at Schiphol Airport.
Turkish Transport Minister Binali Yildirim said it was "a miracle" there were not more casualties.
"The fact that the plane landed on a soft surface and that there was no fire helped keep the number of fatalities low," he said.
Survivor Huseyin Sumer told Turkish NTV television he crawled to safety out of a crack in the fuselage.
"We were about to land, we could not understand what was happening, some passengers screamed in panic but it happened so fast," Sumer said. He said the crash was over in five to 10 seconds.
The fact that the plane landed in a muddy, plowed field may have contributed to making the accident less deadly by absorbing much of the force of the hard impact, experts said. It may also have helped avert a fire resulting from ruptured fuel tanks and lines on the underside of the fuselage, which appeared to have suffered very heavy impact damage.

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26/10/2008 free counters

Pó de azeitona e outros ingredientes...

Centrão para os sentidos

Pó de azeitona. Polpa de cagaita. Goma de araruta. Esses e outros sabores de nomes exóticos podem ser encontrados logo ali, na região central da Paulicéia

REPORTAGEM: ROBERTA MALTA
FOTOS: RICARDO D’ANGELO

Em meio ao caos urbano do Centro Velho de São Paulo, um gourmet que se preze desvia os olhos e suspira quando cruza a Avenida do Estado e a Rua da Cantareira, nos arredores do Mercado Municipal. O que chama atenção por aquelas latitudes é a qualidade do comércio alimentício, repleto de iguarias que não se encontram nem na área mais nobre da cidade. Quem se aventura por lá vai atrás de um queijo especial, uma carne exótica, o melhor bacalhau do Porto. Carregadores encostam seus carrinhos de mão no mesmo lugar em que moradores dos Jardins estacionam seus possantes importados.

A área andava meio esquecida – isso, no entanto, até ser finalizada a reforma do Mercadão, em 2004. Com a reconquista do status de um dos símbolos da cidade, a freqüência, até então vinculada ao atacado da zona cerealista, passou a ser outra. Os imigrantes italianos, espanhóis, portugueses, judeus e árabes, que moravam nas redondezas, migraram para bairros mais nobres, abrindo espaço para novos pontos comerciais. O pouco que sobrou foi ocupado por bolivianos (funcionários de fábricas de tecidos) e nordestinos. Na maioria, morando em vagas de pensão ou quartos de aluguel, e trabalhando no comércio local como carregadores e balconistas.

De caneta em punho, a reportagem de Prazeres da Mesa percorreu esse pedaço da capital paulista em busca dos endereços gastronômicos mais instigantes, e ainda pouco explorados, para incrementar ainda mais seu cardápio. Siga o roteiro e... boas compras!

foto:


Casa das frutas
Rua da Cantareira, 323, tel. (11) 3228-9011. De terça a sábado, das 5 às 11 h; segunda-feira, das 6 às 9 h.

Não se engane. Apesar do nome, seu trunfo são os peixes ultrafrescos. Essa peixaria fica a cargo de Tokai, um japonês que há 45 anos trabalha no comércio de frutos do mar. O mestre atende alguns dos melhores restaurantes da cidade, entre eles Jun Sakamoto e Shintori. O único senão é o horário: para conseguir os melhores pescados, é recomendável chegar lá por volta das 5 da manhã. Quanto mais cedo, melhor.


Casa das mandiocas
Mercado Kinjo Yamato – Rua da Cantareira, 377, boxe 57, tel. (11) 3326-1295 e (11) 3311-0982. De segunda a sábado, das 3 às 15 h.

Vende produtos das regiões norte e nordeste do país, com ênfase na mandioca e seus subprodutos. Como as farinhas gomada, d’água, quebradinha, crua de mandioca, grossa de mandioca, de tapioca. E mais: goma de tapioca seca e pronta, tapioca e beiju flocados, goma de araruta, fécula de batata, sagu, mandioca descascada, polvilhos doce e azedo, quirera de milho, tucupi e jambu. Uma dica é comprar a mandioca puba (R$ 7, o quilo) – após oito dias de molho, a massa vira um prático preparado para fazer bolos, cuscuz ou mingau.


KL temperos
Mercado Kinjo Yamato – Rua da Cantareira, 377, boxe 5, tel. (11) 3311-6226. De segunda-feira a sábado, das 5 às 15 h.

O mais novo boxe do Mercado Kinjo Yamato tem uma oferta variada de temperos e condimentos nacionais e importados. Ali, é possível comprar orégano argentino, canela em pau da Indonésia, alecrim do Marrocos ou uma mistura de limão e pimenta alemã. A casa oferece ainda temperos albaneses, chineses e libaneses, além dos tradicionais caldos de legumes, costela e frango, e um mix de condimentos baianos, que inclui com coentro, cominho, louro e pimenta.


Tillo embalagens
Rua da Cantareira, 201, tel. (11) 3313-7278. De segunda a sexta-feira, das 7 às 18 h; sábado, das 7 às 14 h.

Trabalha com uma linha bastante variada de descartáveis: espetinhos coloridos para petiscos, toalhas de papel rendadas, embalagens para congelados ou viagem, sacos zip de diversos tamanhos, taças de plástico, espetos de madeira para churrasco, rolos de sacos picotados, sachês de molhos e açúcares e mais uma infinidade de produtos práticos para o dia-a-dia. Uma boa compra são os enormes e resistentes rolos de papel- filme. Eles podem vir em caixas de isopor com lâminas para corte ou em refil. A qualidade e o preço são imbatíveis. Os refis são vendidos a 26,50 reais (o rolo de 600 m x 29 cm), contra a média dos supermercados: 6,80 reais, um rolo de 30 m x 28 cm.


foto:
Empório La Rioja
Rua da Cantareira, 709, tel. (11) 3311-0511. De segunda a sexta-feira, das 8 às 18 h; sábado, das 8 às 14 h.

A importadora vende de chocolates e vinagres a conservas e geléias. Porém, o forte da casa fica por conta dos vinhos e azeites. A variedade de óleos de oliva – italianos, gregos, portugueses, espanhóis e tunisianos– se reflete nos preços praticados por lá. Tem azeite para todos os bolsos. É possível comprar um italiano, de 500 ml, por 107,80 reais (Poderi di San Giuliano Primer) e outro da mesma nacionalidade por 16,80 reais (La Mola delle Sirene).


foto:

Banca do Santo
Mercado Kinjo Yamato – Rua da Cantareira, 377, boxe 50, tel. (11) 3326-5428. De segunda-feira a sábado, das 6 às 13 h.

Uma conversa com o dono, seu Santo, pode ajudá-lo a “apimentar” sua receita. Com 70 anos de idade, ele trabalha desde os 17 com pimentas. A variedade é grande: brinco-de-princesa, bode, fidalga, murupi, kayane, biquinho-doce e ardida, malagueta, dedo-de-moça, entre outras.



foto:
Esquina da Cachaça
Rua da Cantareira, 589, tel. (11) 3328-8220. De segunda a sexta-feira, das 9 às 18 h; sábado, das 9 às 14 h. Fecha aos domingos e feriados.

Com 1.300 rótulos, a maioria de Minas Gerais, a loja também tem cachaças de Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Os preços variam de 7 reais (a Tabúa, de Salinas, MG) a 1.750 reais (a Dona Beija, mineira, de Araxá). A mais procurada é a Anísio Santhiago (R$ 220), de Salinas, absolutamente igual à Havana (R$ 750). A vendedora conta a história: o senhor que produzia a cachaça morreu, há mais de dez anos, e a família perdeu na Justiça a patente da Havana. O nome da bebida mudou, mas o conteúdo continua o mesmo. A diferença de preço se deve ao fato de a “irmã mais velha” ter virado relíquia (na loja há apenas seis exemplares da bebida). A casa também vende barris de madeira, pingômetros e outros acessórios. A loja ainda tem um pequeno “Museu da Cachaça”, que exibe cerca de 150 garrafas antigas ou fora de circulação, e tem um serviço de bar. Ali, é possível tomar algumas doses acompanhadas de bolinhos de mandioca ou minipastéis, em simpáticas mesinhas. Vale a visita.


Na Rua Comendador Abdo Schahin

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Empório Syrio
Rua Comendador Abdo Schahin, 136 (travessa da Rua 25 de Março), tel. (11) 3228-3640 e (11) 3228-7651. De segunda a sexta-feira, das 8h30 às 18 h; sábado, das 8h30 às 15h.

Seu João já passou dos 70 anos e continua trabalhando na casa onde constituiu sua história. Especializado em produtos sírios, a loja conta com um belo balcão de doces, e é a única da região que vende tahine em balde. A chef Andréa Kaufmann, do AK Delicatessen, conta que criou muitas de suas receitas visitando o empório: “Gosto de trabalhar em cima do ingrediente, e seu João sempre tem algo novo para me apresentar, além de indicar o ideal para cada prato”, conta. A casa exala tradição.



Na Rua Santa Rosa

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Laticínios Camanducaia
Rua Santa Rosa, 187, Brás, tel. (11) 3312-7555. De segunda a sexta-feira, das 7 às 18 h; sábado, das 7 às 13h30.

Como o nome indica, o hit da casa são os laticínios. Requeijões, Catupiry e cream cheese podem ser comprados em baldes de 3,6 quilos ou em embalagens domésticas. Cheddar, gruyère e gorgonzola têm versões cremosas, vendidas em copos plásticos. Há queijos de cabra do tipo feta e boursin com sabores como azeitonas pretas, alho e salsa ou temperados com pimenta-rosa e orégano. As mussarelas aparecem em diversos formatos: trança, palito, bolinha. Curiosa a trança ao vinho, de cor violeta, em embalagens de 600 gramas, a 17,80 reais o quilo. Mantas de mussarela de búfala (boas para enrolar com o recheio de sua preferência e rechear pizzas) saem por 30 reais o quilo. Interessantes também os pacotes de 1 quilo de pepperoni em lâminas da marca Ceratti (R$ 24), perfeito para pizzas, sanduíches ou saladas. A lingüiça fatiada segue o mesmo princípio e sai mais em conta (R$ 9,10).



foto:
Casa Flora
Rua Santa Rosa, 197/207, Brás, tel. (11) 6846-5199 e (11) 6842-5104. De segunda a sexta-feira, das 7 às 18 h; sábado, das 7 às 13 h.

Os queijos da casa são famosos pela variedade e qualidade. Além dos importados, há exemplares de fabricação própria, feitos em Três Corações, MG. Imperdível o gouda holandês Old Dotch Master, vendido a 42 reais o quilo, que veio para concorrer com o maturado Prima Donna, a 58 reais o quilo. Além da boa oferta em rótulos de vinhos, impressiona a variedade de mostardas francesas: à l’estragon, aux herbes de Provence, aux noix, au citron, au curry, à l’ancienne, au cognac. Os charmosos importados dividem o balcão com o brasileiríssimo Melado Fios de Ouro, da Fazenda Mandiqüera, do Rio de Janeiro.


Cerealista Helena
Rua Santa Rosa, 141 e 149, Brás, tel. (11) 3227-6767. De segunda a sexta-feira, das 8 às 17 h; sábado, das 8 às 13 h.

Especialista em produtos orgânicos, naturais, integrais, diet e light. Vende, por exemplo, polpa de frutas como cajá, cambuci, carambola, cagaita, araçá, araçá-boi (R$ 4,95 a embalagem com quatro pacotes de 100 gramas). As barras de cereais têm sabores incomuns: banana com açaí e quinua, abacaxi com macadâmia. Granolas de diversos tipos, farinhas e grãos podem ser comprados a granel.


Cultive
Rua Santa Rosa, 297, Brás, tel. (11) 3227-5351 e 3313- 8024. De segunda a sexta-feira, das 7h20 às 16 h.

A tímida mercearia vende conservas de palmito pupunha em diversos cortes. O pseudofruto pode ser comprado em bandas, rodelas, medalhas, inteiro e picado. As embalagens variam de 1,8 quilo a 300 gramas.


Na Rua da Alfândega

World Wine
Rua da Alfândega, 182, Brás, tel. (11) 3383-7477. De segunda a sexta-feira, das 9 às 18 h; sábado, das 9 às 15 h.

A importadora de vinhos tem seis anos e pertence à família La Pastina. Os 1.200 rótulos são exclusividade da casa e a bela adega tem raridades como o Porto Krohn, de 1900 (R$ 8.295). Entre um Château Latour 2000 (R$ 10.167) e um Cheval Blanc 2000 (R$ 10.429), o charme da loja do centro é a ponta de estoque sempre com bons rótulos a preços abaixo da média. Quem estiver fazendo compras pela região não deve deixar de dar um pulo lá para conferir as ofertas-surpresa.


Na Avenida Mercúrio

foto:
Casa de Saron
Av. Mercúrio, 146, Brás, tel. (11) 3313-8067 e (11) 3229-7864. De segunda a sexta-feira, das 8 às 17h30; sábado das 8 às 14 h.

É a loja perfeita para você encontrar aquele ingrediente esquisito pedido numa receita. Pós de azeitona, beterraba, cenoura, brócolis, alho ou de cebola e mandioquinha em flocos são artigos comuns na casa. As frutas desidratadas fogem do convencional: melancia, laranja, melão, manga, morango, abacaxi, pêssego, goiaba, maçã com canela, mamão, coco em fitas e banana enfeitam o amplo balcão. As farinhas também são pouco usuais: de castanha-do-pará, castanha-de-caju, limão, avelã, banana verde. Há, ainda, pós de soja para shakes de sabores variados, biscoitos, petit fours, amêndoas confeitadas, frutas cristalizadas, especiarias, chás, sucrilhos, balas e marshmallows coloridos. Tudo isso num ambiente muito limpo. Impossível sair dali sem fazer uma comprinha, nem que seja só por curiosidade.

Na Rua Paula Souza

foto:
Frigo
Rua Paula Souza, 87/95, Luz, tel. (11) 3326-1300 e (11) 3311-7533. De segunda a sexta-feira, das 8 às 18 h; sábado, das 8 às 13 h.

Especializada em maquinaria e utensílios voltados à área de alimentação, a loja tem um diferencial a mais: Galvão, o vendedor de 46 anos, no ramo desde os 13 de idade, cobre todos os orçamentos da concorrência. “Já perdi a conta de quantos restaurantes montei”, orgulha-se o homem que sabe tudo de equipamentos e nada de temperos.

Bruck
Rua Paula Souza, 216, Luz, tel. (11) 3329-3400. De segunda a sexta-feira, das 8 às 18 h; sábado, das 8 às 12h.

Fundada em 1937, a importadora de vinhos tem mais de 300 rótulos e traz com exclusividade para o Brasil as marcas Bolla, Corvo e Valdorella. Lá, é possível comprar os famosos crackers salgados colombianos Dux por um preço bem abaixo da média nas delicatessen: 13 reais a lata. Estojos de madeira com bebidas e taças comemorativas de datas festivas, podem ser comprados sob encomenda, durante o ano todo.


foto:
Serramar
Rua Paula Souza, 133/137, Luz, tel. (11) 3326-8266. De segunda a sexta, 8 às 18 h; sábado, das 8 às 13 h.

Vende desde panelas de 140 litros a abafadores de hambúrguer, passando por forminhas de empadas, tachos gigantes e ralos para pia. Personagem lendário da casa, Arsénio gosta de ajudar os clientes a escolher a louça certa para cada prato. Assim faz com a Mara Salles, do Tordesilhas, com quem costuma passear pelo estoque, observando porcelanas portuguesas e imaginando receitas. “O que mais me agrada é trocar idéias com os clientes”, conta o vendedor que nutre o sonho de ser garçom: “Além da beleza que vejo em servir, seria uma maneira de me aproximar das pessoas da noite, solitárias por natureza”, filosofa. Uma dica para colecionadores são os restos de conjuntos de pratos de restaurantes fora de linha.


No Mercadão

Mercado Municipal de São Paulo
Rua da Cantareira, 306. Fecha no último domingo
de cada mês.


Maior centro comercial varejista de alimentos do mundo, o Mercado Municipal de São Paulo, ou Mercadão, como é carinhosamente chamado, é uma espécie de meca dos gourmets paulistanos. Nos seus 275 boxes são movimentados todos os dias mais de 350 toneladas de produtos. Confira abaixo alguns boxes e bancas selecionados por Prazeres
da Mesa que merecem visita obrigatória.


Morota
Rua B, boxe 44, tel. (11) 3227-5998 e 3316-1520. De terça a sábado, das 5h às 14h. Peixes frescos desembarcam ali diariamente. Fornece produtos para os restaurantes Kinoshita, Ran, Supra, Shundi Original, entre outros.

Porco Feliz
Rua E, boxe 26, tel. (11) 3315-0180 e 3228-3979. De segunda a sábado, das 5h às 16h. Carnes nobres e exóticas, como avestruz, capivara, cateto, coelho, cordeiro, ema, faisão, jacaré, javali, cabrito, paca, pato, queixada e vitelo.

Comércio de Miúdos Luigi
De terça-feira a sábado, das 5h30 às 16 h; segunda-feira, das 5h30 às 14h. Vende desde, rabo, língua e fígado, a mocotó, coração e vísceras. Rua B, boxe 28, tel. (11) 3228-1809.

Banca do Pacheco
De segunda a sábado, das 6 às 17h30; domingo, 6h às 16h. Azeitonas, bacalhau, conservas, embutidos, laticínios, temperos, tripas, soja. A chef Xmune Isper, da Tenda do Nilo, adora as tripas de vitela da banca. Rua D, boxe 19, tel. (11) 3228-0296.

Casa Irmãos Borges
Rua B, boxe 3, tel. (11) 3227-7048 e 3227-1735. De segunda a sábado, das 5h às 16h. A dupla bacalhau e azeitonas são o carro-chefe da casa. Também há frutas secas, castanhas, queijos e alguma oferta de vinhos.

Queijos Roni
Rua F, boxe 1/5, tel. (11) 3326-1488 e 3486-2503. De segunda a sábado, das 6h às 16h. Fabrica queijos desde 1889. Aos sábados, das 10 às 16 h, a banca oferece uma atração à parte: o chef mirim Giovanni Tassitani, de 12 anos, prepara receitas com queijos da casa para o público degustar.

Saporito
Rua D, boxe 28, tel. (11) 3228-9922 e 3228-0381. De segunda a sábado, das 5h às 17h. Especializada em pertences para feijoadas e salsicharia.

Empório Santa Therezinha
Rua H, boxe 10, tel. (11) 3326-2584. De segunda a sábado, das 6 às 17h30. Bons doces caseiros em barra. Amendoim com chocolate, abóbora com coco, doce de leite com ameixa, goiabada com coco, chocolate com leite condensado são alguns dos sabores disponíveis, a 14 reais o quilo.

Banca do Ramon – Adega
Rua K, boxe 3, tel. (11) 3227-4192. De terça a sábado, das 6 às 18 h; domingo e segunda, das 6 às 16 h. De San Pellegrino a Dom Pérignon Rosé vintage, 1996, o boxe de bebidas da banca mais presente no Mercadão (são cinco ao todo) traz cervejas Krombacher em latas de 5 litros, garrafas de 3 litros de Veuve Clicquot e Moët Chandon, Amaretto branco italiano e conhaques gregos em garrafas decoradas, de porcelana.


Bar do Mané
Rua E, boxe 14, tel. (11) 3228-2141. De segunda a sexta-feira, das 4h30 às 16 h; sábado, das 4h30 às 17 h; e domingo, das 6 às 14 h. Uma legião de curiosos faz fila para devorar o sanduíche de mortadela que ganhou fama internacional. Ainda pouco conhecido do grande público, a versão de pernil da casa lentamente vem conquistando um lugar ao sol. O candidato ao estrelato segue o padrão do lanche mais vendido do bar: recheio farto (250 g a 300 g) no pão francês. A carne vem com molho de tomate, cebola e tempero da casa. Custa 9 reais e vale por uma refeição.

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26/10/2008 free counters

RODRIGO SANTORO


Em plena decolagem

Por Júlio Bezerra

‘Que momento bonito’, pensava Rodrigo Santoro entre uma sessão e outra do 61º Festival de Cannes. Presente na competição pela Palma de Ouro com dois filmes estrangeiros (“Leonera”, do argentino Pablo Trapero, e “Che”, do americano Steven Soderbergh), a carreira internacional de Santoro parece em plena decolagem. Movendo-se de um set a outro, foram quatro longas filmados no ano passado: um presidiário (“Leonera”); Raúl Castro, o irmão de Fidel e atual presidente de Cuba (“Che”); um empresário do mundo do vale-tudo (“Cinturão vermelho”, de David Mamet); e uma comédia despretensiosa (“The Post Grad Survival Guide", de Vicky Jenson). Em miúdos: Santoro anda muito bem na fita.



Nascido em Petrópolis, Santoro, 32 anos, se descobriu entusiasmado com o trabalho de ator ainda no colégio, nas aulas de literatura. Sua formação se deu na Oficina de Atores da Rede Globo e em quatro períodos da faculdade de jornalismo. Foram ao todo sete novelas e um sucesso histórico no teatro (“D''Artagnan e os Três Mosqueteiros”). Em 2001, entre "Bicho de Sete Cabeças" (Laís Bodansky) e “Abril Despedaçado” (Walter Salles), Santoro foi reivindicado pelo cinema. Abordado por executivos da Columbia enquanto divulgava o filme de Salles em Los Angeles, foi convidado para fazer uma pequena participação em "As Panteras Detonando" (2003) e nunca mais parou de trabalhar em inglês.



Vivendo atualmente mais tempo fora do Brasil, Santoro tirou uma folga das filmagens de “I Love You Phillip Morris”, em que contracena com Jim Carrey e Ewan McGregor, e esteve rapidamente entre nós para divulgar a estréia nacional de seu mais novo filme estrangeiro, “O Cinturão Vermelho”, de David Mamet. Em entrevista à Revista de CINEMA, ele lembrou de seu professor Bibiano e das adaptações que fazia para o palco da escola; revelou ter tido um certo preconceito quando ingressou na Oficina da Globo; cobriu Mamet de muitos elogios; confessou o desejo de fazer mais teatro; e falou sobre seus próximos projetos. Santoro não fala exatamente em um deslanchar lá fora, mas comemora um 2007 especial, “em que as coisas realmente começaram a acontecer”.



Revista de CINEMA - Gostaria que você falasse um pouco de sua trajetória. Você nasceu em Petrópolis, não é? É verdade que você adaptava filmes da TV para o teatro da escola?



Rodrigo Santoro - Eu tinha um professor na escola em Petrópolis que se chamava Bibiano. Professor de literatura. Ele começou a promover uma coisa que se chamava sessão lítero-musical. Os alunos se dividiam em grupos e tinham que fazer uma performance. Podia tudo: apresentar um texto, uma poesia, uma música, encenar uma peça... E ainda contava metade da nota final. Ou seja, se você não fosse bem na prova, você tinha a sessão lítero-musical. Foi aí que eu comecei a me dar bem. Eu me sentia muito confortável fazendo aquilo. Tinha todo ano e foi um maior sucesso. Foi o primeiro momento em que me vi estimulado a fazer uma performance. Não pensava em carreira, mas me divertia bastante. Então, fazíamos isso mesmo: pegávamos esses filmes que passavam o tempo inteiro na TV, tipo “Sessão da Tarde”, e adaptávamos. Lembro de uma comédia que passava sempre. Os personagens estavam viajando de férias. Nós adaptamos e fizemos um grupo de teatro que estava viajando de férias em um hotel muito louco. Fizemos uma salada total mesmo. Puro instinto e estímulo.



Revista de CINEMA - Você chegou a terminar o curso de jornalismo?



Rodrigo Santoro – Infelizmente, não. Fiz dois anos, quatro períodos na PUC-Rio. No primeiro período da faculdade um amigo me chamou pra fazer um teste com ele na Oficina de Atores da Globo, que ficava no Jardim Botânico. O Tonio Carvalho foi o meu professor e coordena o curso até hoje. Você ia lá e gravava um monólogo. Depois eles te aprovavam ou não. Eu confesso que na época eu tinha preconceito mesmo. Queria fazer teatro. Mas lembro que o Tablado estava em uma fase ruim e o curso da Cal já tinha começado. Passou um mês e me ligaram da Oficina dizendo que eu tinha passado. Fiz três oficinas. Estavam lá também o Murilo Benício, a Maria Luiza Mendonça, o Márcio Garcia. Esse foi o começo. Aqui eu ainda fazia a faculdade. No quinto período, tive que trancar minha matrícula pra fazer minha primeira novela, “Olho no Olho” (1993). Eu voltei pra PUC, mas tive que trancar de novo e fui jubilado. Mas eu adorava a faculdade. Lembro do professor Everardo Rocha. O que é o etnocentrismo? (risos) Foi sensacional. Tive uma formação muito legal lá na PUC.



Revista de CINEMA - De uns anos pra cá, seu nome foi aos poucos deixando a TV, teve uma passagem rápida pelo teatro, e é hoje mais associado ao cinema. Como você vê essa mudança?



Rodrigo Santoro - Na verdade, tenho pouca experiência no teatro. Fiz apenas aquela peça “D''Artagnan e os Três Mosqueteiros”, que foi um enorme sucesso, quase dois anos em cartaz. Tenho muita vontade de fazer mais. O problema é que o cinema foi tomando o meu tempo. Desde o “Bicho de Sete Cabeças” (2001) e “Abril Despedaçado” (2001), minha vida se voltou para o cinema. Comecei a trabalhar lá fora. O cinema no Brasil foi crescendo, ganhando forma. As oportunidades foram aparecendo e eu achei e ainda acho que não dá pra negar essas ofertas. Por isso, sacrifiquei esse meu desejo de fazer mais teatro. Até tive algumas oportunidades de fazer coisas pequenas, ficar um mês em cartaz... Mas isso não é o que entendo por teatro. Não quero ficar repetindo o que todo ator fala, que o teatro é maravilhoso e tal, mas é realmente a forma mais gratificante e instantânea de atuação. Você sente aquilo no corpo, formigando. É a casa do ator. Estou seguindo o caminho do cinema, mas o teatro está no coração. E são diferentes tipos de trabalho. É por isso que, quando me perguntam sobre minha situação na Globo, eu confirmo o meu desejo de continuar fazendo TV. São coisas muito diferentes. A TV é uma linguagem e um método de trabalho totalmente diferente. Você faz 30 cenas por dia, enquanto no cinema você roda duas. As pessoas pensam que é uma coisa descartável. Mas se você levar na seriedade, o trabalho na TV pode te trazer muitas coisas. Você pode experimentar muito mais na TV do que no cinema, por exemplo. Você pode fazer um mesmo plano diversas vezes, atuando de maneira diferente em cada uma delas. Isso é maravilhoso. A idéia então é poder transitar por esses três palcos, por essas três formas de arte.



Revista de CINEMA - Estes últimos dois anos têm sido de muito trabalho. Você trabalhou com o David Mamet, o Pablo Trapero, o Steven Soderbergh... Você poderia falar um pouco sobre essas experiências?



Rodrigo Santoro - Já faz uns cinco anos que eu tive minha primeira oportunidade lá fora, que essa história toda começou. O que eu sinto é que 2007 foi realmente um ano especial. Fiz quatro filmes. O primeiro foi o “Cinturão Vermelho”. Depois foi o “Che”, do Soderbergh. Na verdade, foram dois longas em um, um processo longo de trabalho. Eu filmei a minha participação na primeira parte e tive um intervalo. Nesse período, consegui fazer o filme do Pablo Trapero, na Argentina. Era uma participação pequena, apenas uma semana e meia de filmagem. Depois voltei para o “Che” para terminar a segunda parte do trabalho. Em dezembro, eu comecei a fazer uma comédia que seria chamada de “Ticket to Ride”, mas acabou recebendo o nome de “The Post Grad Survival Guide" (algo como “o guia de pós-graduação em sobrevivência”). É uma comédia da FOX dirigida por Vicky Jenson e com Michael Keaton e Carol Burnett no elenco. Era uma coisa que eu nunca tinha feito. Não uma comédia romântica, mas uma comédia comédia mesmo. E eu vinha do presídio do filme do Trapero e da selva do “Che”... Essa salada, esse curto-circuito foi muito legal.



Revista de CINEMA - Este deslanchar do seu trabalho lá fora ganhou uma especial evidência nos últimos meses, quando você apresentou dois filmes, ambos estrangeiros, em competição pela Palma de Ouro, em Cannes. Como você sente este momento atual da tua carreira?



Rodrigo Santoro - 2007 foi um ano especial em que as coisas realmente começaram a acontecer. E isso em uma direção que me interessava. Até porque, até então, tudo era ainda uma aventura. Pra mim, sempre valeu muito a pena. Viajei bastante, tive contato com culturas muito diferentes, e conheci muitos diretores, roteiristas, produtores e atores. Então, sempre valeu a pena. Mas eu ia mais na aventura mesmo, tocando de ouvindo, seguindo o fluxo das coisas. Não sei se é bem um deslanchar. Mas em Cannes mesmo, às vezes, eu parava para pensar. Que momento bonito, que realização, que sensação boa de ter arriscado, de ter investido, de ter trabalhado muito. Foi realmente um momento de reconhecimento do meu esforço e trabalho em um dos maiores festivais do mundo.



Revista de CINEMA - David Mamet é um famoso diretor de atores. A improvisação é sempre uma de suas marcas. Como foi trabalhar com ele?



Rodrigo Santoro - A oportunidade de trabalhar com o Mamet foi incrível. Ele é um cineasta, um dramaturgo, um escritor que acompanho já há algum tempo. Tenho um profundo respeito pelo trabalho dele. Lembro da primeira obra que li dele. Era um livro em que ele discordava completamente do método Stanislavski. O Mamet falava que o ator deveria seguir o texto, que não deveria exatamente criar o personagem. Aquilo me causou um enorme impacto. Apesar de eu não seguir à risca o método, o Stanislavski é uma das maiores referências do ator. Fiquei muito curioso com a figura do Mamet. Você pode concordar ou discordar, mas tem de ter respeito pela opinião extremamente bem argumentada dele. Trabalhar com ele foi um presentaço. Foi uma experiência muito particular de trabalho. Eu assisti ao filme pronto nos EUA no mês passado e fiquei surpreso pela forma como eu aparecia ali. Eu me senti bastante dirigido. É sempre um trabalho de colaboração. O Mamet estava totalmente aberto, mas ele tinha uma visão muito forte do que ele queria e de sua forma de trabalho. Por exemplo, ele me falava: “O seu personagem é um homem de negócios. Ele não tem tempo a perder. Eu não quero que você pare de falar. Você fala para sobreviver. Você não pára. Urgência é a palavra dele”. E eu me via ali atropelando. Me coloquei como veículo mesmo do texto. Lembro de uma seqüência no final em que o Mike (personagem vivido por Chiwetel Ejiofor) está indo para o ringue e eu estou falando, falando... Aquilo era um diálogo e se transformou em uma espécie de monólogo. Isso a dez minutos de filmar e no ritmo do Mamet. Ele me colocava na fogueira mesmo. Foi um aprendizado. Me senti ali como naquele quadro do Faustão, “Se Vira nos 30” (risos). Foi um enorme desafio. Muito específico, completamente diferente de tudo que eu já tinha feito. Não sabia que estava pronto para este tipo de trabalho.



Revista de CINEMA – E o “Che”?



Rodrigo Santoro - O trabalho com o Soderbergh também foi extremamente gratificante. Fomos lá para o meio do mato em Porto Rico. Filmamos um mês e meio lá. Era um trabalho de improviso e em uma língua que eu não dominava. A gente consegue se expressar no portunhol, mas isso é uma tremenda armadilha. A diferença do português para o espanhol é muito grande, e eu tinha que falar com um sotaque cubano, que é um espanhol todo particular. Trabalhar em inglês já tinha sido um grande aprendizado. Não vou dizer que estou completamente confortável, mas estou quase lá. O espanhol era então mais um grande desafio. E eu estava fazendo o irmão do Fidel e atual presidente de Cuba, Raúl Castro. Muita responsabilidade.



Revista de CINEMA - Você viveu um vilão em “As Panteras 2” (2003); um galã tímido em “Simplesmente Amor” (2003); um misto de HQ com figura histórica em “300” (2007); um personagem no seriado “Lost”; o irmão de Fiel Castro e atual presidente de Cuba... Revendo seus papéis (em especial os internacionais), é extremamente curioso como eles são diferentes entre si. Como se dão essas suas escolhas?



Rodrigo Santoro - O critério é muito instintivo. Quando fiz o “Carandiru”, um jornalista me perguntou: “Você escolheu fazer um travesti para quebrar com a imagem de galã?” Mas eu não penso dessa forma. Não construo uma imagem, mas personagens. Nunca tomei uma decisão baseada em uma imagem ou em como o público vai me enxergar fazendo aquilo. Até porque, isso é atirar no escuro. Não há como se ter muito controle sobre a imagem que fazem de você. As minhas decisões são sempre muito instintivas. É uma coisa de química mesmo. Eu sinto que aquilo vai me fazer bem. E aí eu começo a pensar. É claro que o que mais importa é o personagem e também o projeto. Qual é a história? Como e onde vai ser feito? No caso do “Che”, por exemplo, eu queria fazer parte daquele filme. Eu queria ajudar a contar aquela história. E isso em um elenco que tinha gente de toda a América Latina, menos do Brasil. Também não posso negar que o personagem distante de mim me interessa. Mas isso não é uma fórmula. O personagem não precisa ser completamente diferente de mim, basta ser humano, interessante, ter profundidade. Personagens e projetos que me façam aprender coisas novas, que me façam pesquisar sobre assuntos que desconheço. O próprio “Bicho de Sete Cabeças” foi uma experiência muito gratificante nesse sentido. Eu visitei diversos manicômios e hoje a visão que tenho desses lugares, das pessoas que passaram por lá, é completamente diferente.



Revista de CINEMA - De uns anos pra cá, surgiu com força no cinema nacional a figura do preparador de elenco. Alguns atores e atrizes já se pronunciaram contrários a essa figura. Você costuma falar muito bem do Sérgio Penna (preparador de elenco de “O Bicho de Sete Cabeças”). Como você vê isso?



Rodrigo Santoro - Acho que não existem fórmulas prontas para o trabalho dos diretores com os atores. Eu respeito e entendo as pessoas que dizem que não precisam do preparador. Eu até concordo. Mas também compreendo e respeito o ator ou diretor que acha essa figura importante. Em alguns trabalhos, eu acho importante também. Fiz muitos trabalhos sem o preparador e outros tantos com ele, como “Bicho de Sete Cabeças”, “Carandiru” (2003), e o próprio “Che”. Eu levei o Sérgio Penna comigo para Cuba. Ficamos um tempo lá pesquisando para o “Che”. Além de um grande preparador, é um amigo. É uma pessoa com quem desenvolvi uma intimidade muito grande. A gente fala a mesmo língua. Às vezes não preciso verbalizar as coisas, o meu olhar pra ele já basta e vice-versa. Então é isso. Vejo os dois lados. Concordo com eles. Não tem certo, nem errado. Se funciona pra você, está valendo.



Revista de CINEMA - É curioso como alguns atores da sua geração (como o Selton Mello, o Matheus Nachtergaele, entre outros) estão tomando o caminho da direção. Na sua opinião, trata-se de um desenvolvimento natural? Você tem esse desejo?



Rodrigo Santoro - Não penso nisso agora, mas não posso dizer que nunca farei. O que posso dizer é que adoraria ser dirigido pelo Selton e pelo Matheus, que são amigos. Eu entendo que existem coisas que eles querem dizer e que só podem dizer sendo diretores mesmo. Mas este ainda não sou eu. Toda a minha energia ainda está voltada para o meu trabalho como ator. Até por essa coisa de trabalhar lá fora, em uma outra língua. A minha trajetória ainda está em formação.



Revista de CINEMA – Como anda sua situação com a Globo. Você já está escalado para alguma novela ou minissérie?



Rodrigo Santoro – Existe, sim, a possibilidade de voltar a fazer uma coisa mais curta ou uma participação. Ainda não decidimos quando e o que exatamente. Como eu já disse, tenho muita vontade de fazer. É uma questão de viabilizar isso. Uma coisa, por exemplo, que não seria legal fazer agora era uma novela de 10, 11 meses. Mas eu quero voltar e fazer alguma coisa mais curta.



Revista de CINEMA - Você poderia falar um pouco de seus próximos projetos. Há um projeto de volta ao teatro com o Luiz Fernando Carvalho, não é?



Rodrigo Santoro - Nós temos uma idéia de encenar um trabalho da Marguerite Duras, uma grande escritora francesa, mas ainda não temos datas e nem decidimos qual será a obra exatamente. É um projeto. O Luiz Fernando tem uma identificação muito grande com a Duras. Estamos conversando bastante, mas ainda é muito cedo. O projeto de filme “Heleno de Freitas”, do José Henrique Fonseca, está bem mais adiantado. Estamos na fase final e acredito que devemos filmar em dezembro. O roteiro está ficando muito legal. Não é um filme de futebol, mas sobre a vida desse jogador do Botafogo, que é muito interessante. A trajetória dele é impressionante e ando muito confiante em relação ao projeto.





Janelas



“Estou seguindo o caminho do cinema, mas o teatro está no coração. E são diferentes tipos de trabalho. Por isso que, quando me perguntam sobre minha situação na Globo, eu confirmo o meu desejo de continuar fazendo TV. São coisas muito diferentes”



“Acho que não existem fórmulas prontas para o trabalho dos diretores com os atores. Eu respeito e entendo as pessoas que dizem que não precisam do preparador. Eu até concordo. Mas também compreendo e respeito o ator ou diretor que acha essa figura importante. Em alguns trabalhos, eu acho importante também”



“A TV é uma linguagem e um método de trabalho totalmente diferente. Você faz 30 cenas por dia, enquanto no cinema você roda duas. As pessoas pensam que é uma coisa descartável. Mas se você levar na seriedade, o trabalho na TV pode te trazer muitas coisas. Você pode experimentar muito mais na TV do que no cinema, por exemplo”

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26/10/2008 free counters

A São Paulo dos desejos


A chegada de grifes como Hermès, Gucci, Tom Ford e Marc Jacobs é apenas a vitrine mais glamourosa de um mercado que cresce e transforma São Paulo na capital do consumo classe A da América Latina

Por Simone Esmanhotto

| 19.11.2008

Ilustração de Nick com fotos de Fabio Mangabeira/divulgação

Uma cena curiosa tem se passado desde que o Shopping Cidade Jardim abriu as portas, em junho. Contra as regras da segurança do endereço de compras classe A de São Paulo, visitantes tiram fotos diante da futura Hermès. "Mas é só um tapume laranja!", diz, surpreso, Christian Blanckaert, vice-presidente de assuntos internacionais da grife. É fácil entender o espanto. Christian presidiu o Comitê Colbert, associação que cultiva os padrões de produção do mercado de luxo, e hoje comanda a expansão global de um dos maiores símbolos do refinamento francês. Freqüentar o número 24 da Faubourg Saint-Honoré, há 128 anos sede da maison, é tão natural quanto respirar o ar da capital francesa. Daí o estranhamento com o comportamento de alguns paulistanos. A primeira loja brasileira da Hermès nem abriu a previsão é abril do ano que vem mas já se trata de um acontecimento.

Em 2009 não será mais preciso fazer parte do jet set para consumir Hermès. Mais do que isso, será o ano em que São Paulo, responsável por 72% do consumo de luxo no Brasil, entrará para o mapa de expansão das grifes internacionais. Em maio de 2008, Tom Ford desembarcou na Villa Daslu para inaugurar sua terceira loja, depois de Nova York e Zurique e antes de Milão. No mesmo mês e endereço, a Balenciaga passou a ocupar um espaço de 54 metros quadrados. Laudomia Pucci, filha do fundador da Emilio Pucci e sua diretora de imagem, deu estampa na festa de abertura da primeira loja da marca na América Latina, na área ao lado da Dior. Neste mês, é a vez do Shoe Space, com 12 500 pares de sapatos importados. Conhecidas pelas bolsas de qualidade, a Longchamp e a Furla desembarcaram no Cidade Jardim, que também vai abrigar a segunda Chanel da cidade. No Shopping Iguatemi, depois da 7 For All Mankind e seus jeans de quatro dígitos e dos produtos de beleza Kiehl’s, a Gucci chega com uma loja de 470 metros quadrados. Decorada com jacarandá, mármore, metal dourado e vidro, a filial paulistana será a terceira no mundo a exibir a nova decoração ditada pela estilista Frida Giannini. Nos Jardins, Natalie Klein, dona da NK Store, brindou com Veuve Clicquot a inauguração de espaços Stella McCartney e Missoni dentro da multimarcas. O próximo passo é abrir a primeira Marc Jacobs da América Latina, uma loja de 500 metros quadrados com entrada pela Haddock Lobo, em frente à Cartier.

Ilustração de Nick com fotos de Fernando Moraes/divulgação

Não é coincidência essa mudança de paisagem. Desde que as grifes mais caras do mundo deixaram de ser empresas familiares abastecendo a elite do planeta e viraram, nos anos 1980, parte de conglomerados bilionários comandados por homens de negócios, conquistar novos consumidores virou questão de sobrevivência. Japão e Estados Unidos foram os primeiros destinos. Agora é a vez de mercados antes considerados periféricos virarem o centro das atenções. É senso comum entre os executivos que não se pode perder o bonde. Quem chega primeiro garante uma fatia melhor de mercado por uma razão simples: familiaridade do cliente com a marca e desta com o consumidor. Vide o caso da Louis Vuitton (leia reportagem na pág. 20). No país desde 1999, a LV acaba de abrir a quarta loja em São Paulo, cidade onde as vendas crescem quatro vezes mais do que a média mundial.

China, Rússia e Turquia são as fronteiras mais cobiçadas, mas o Brasil não fica muito atrás. "O país deixou de ser uma república de bananas aos olhos das grandes grifes", diz Alejandro Pinedo, da Interbrand Brasil, consultoria inglesa que publica uma lista das marcas mais valiosas do mundo. Das 100 avaliadas, nove vêm do universo da moda, joalheria e relojoaria fina: Louis Vuitton, Gucci, Chanel, Rolex, Cartier, Tiffany, Prada e Armani, instaladas nos quatro guetos de luxo da cidade. A nona, a Hermès, é a derradeira a se fixar em território paulistano. Uma das razões apontadas pelas marcas para apostar as fichas por aqui é o crescimento do poder aquisitivo no Brasil. Só em 2007, 63 pessoas por dia fizeram seu primeiro milhão no país, segundo dados da Merrill Lynch. Em cinco anos, o número total de milionários saltou de 92 000 para 143 000 pessoas. A consultoria Escopo Geomarketing contabilizou o número de paulistanos cuja renda familiar mensal ultrapassa 50 000 reais: 34 000 pessoas, 10 000 a mais do que no mesmo levantamento feito há três anos. "Antes, recebíamos apenas clientes das famílias tradicionais, conhecedoras da Cartier", afirma a diretora da marca, Véronique Claverie. "Hoje, atendemos clientes do interior e de outros estados, que às vezes querem gastar e não sabem como." Essa leva de reais fresquinhos ajudou a elevar o gasto médio mensal na joalheria francesa de 8 000 reais, em 2006, para 11 000 reais, em 2008.

As grifes miram também numa nova classe média. Um levantamento da Fundação Getulio Vargas aponta que 93,8 milhões de pessoas, metade da população do país, possui hoje renda familiar entre 1 064 reais e 4 561 reais por mês. Só em São Paulo, 2,9 milhões de pessoas mais de um quarto da população da cidade têm rendimento familiar acima de 6 000 reais. "Estamos de olho nas classes B e C", diz Jean Cassegrain. O diretor-geral da Longchamp desistiu de abrir uma loja nos Jardins porque, há quatro anos, as calçadas eram irregulares e uma mulher não podia andar de salto alto. O motivo não parece prosaico quando pesquisas apontam que as mulheres são responsáveis por 56% das compras de luxo. Numa visita recente a São Paulo, Cassegrain se encantou com as boas-novas: a primeira remessa da bolsa Légende, de 2 240 reais, desapareceu das prateleiras em três dias; a Oscar Freire estava repaginada, à prova de acidentes com saltos 10 (veja reportagem na pág. 28). Agora ele se concentra na segunda loja na cidade. Impressionado com o vaivém de gente no primeiro shopping do país 48 000 pessoas por dia, 67% delas com renda superior a 13 000 reais mensais , é possível que ele escolha o Iguatemi.

Ilustração de Nick com fotos de Laurent Sully Jaulmes/divulgação

"E pensar que até pouco tempo atrás nada disso existia", lembra Eliana Tranchesi, dona da Villa Daslu, hoje com 333 marcas importadas e 180 vendedoras. Considerada um templo do consumo dos muito ricos, a butique abriu uma filial no Shopping Cidade Jardim. Quem não se sentia à vontade na Villa entrou, foi bem atendido por vendedoras treinadas para ajudar novos clientes, e gastou até. No primeiro mês de funcionamento, a Daslu vendeu 7 milhões de reais.

O Brasil ainda representa a modesta fatia de 0,8% dos 170 bilhões de euros (cerca de 460 bilhões de reais) movimentados anualmente pelo mercado global de luxo. A melhor das previsões, da consultoria Bain & Co., é que o mercado nacional cresça 35% até 2013. No ano que vem, devem desembarcar por aqui Goyard, Azzedine Alaïa, Givenchy, Balmain, Lanvin, Anne Fontaine, Juicy Couture. E, em 2010, os donos do Iguatemi planejam inaugurar o Shopping JK, com marcas de luxo inéditas no país. O grupo JHSF, do Cidade Jardim, promete para daqui a dois anos um outlet em pleno funcionamento no quilômetro 60 da Rodovia Castello Branco para escoar as sobras das lojas classe A. Pode ser que, no futuro, o cenário do mercado de luxo de São Paulo se pareça mais com Paris ou Nova York. Com uma vantagem: só aqui será possível comprar a Birkin, a bolsa mais cobiçada da Hermès, em "suaves" prestações.

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26/10/2008 free counters

Passeio da CPTM tenta resgatar o antigo glamour das viagens de trem

Como nos velhos tempos


Por Filipe Vilicic


Fotos Mario Rodrigues
Estação de Jundiaí
Estação de Jundiaí: parada construída em 1867

Andar de trem em São Paulo é, quase sempre, sinônimo de aperto e desconforto. Apenas nos horários de pico, das 6 às 8 horas e das 17 às 20 horas, cerca de 500 000 pessoas usam as seis linhas que cruzam a cidade. Os vagões ficam superlotados. Mas nem sempre foi assim. "Até meados da década de 50, esse transporte era considerado chique", conta Ayrton Silva, gerente de planejamento da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). "Havia carros com poltronas de couro, ar-condicionado e comissários. Nos restaurantes, os homens tinham de usar paletó e gravata." Com o objetivo de retomar um pouco desse glamour, a CPTM promete inaugurar no sábado (28) o Expresso Turístico, um trem da metade do século passado que vai levar os passageiros a cidades do interior. O primeiro passeio aberto ao público está marcado para o dia 14 de março, e a passagem custará 28 reais.

O programa começará com roteiros para Jundiaí. Todos os sábados, o Expresso partirá da Estação da Luz, no centro, e percorrerá, em uma hora e meia, os 60 quilômetros que separam a cidade da capital. No trajeto, três guias turísticos contam curiosidades de algumas paradas e construções que podem ser avistadas pelo caminho. Sobre a Estação Barra Funda, inaugurada em 1890, por exemplo, relatam que foi um pátio ferroviário especializado no transporte de carga de maquinários e de matérias-primas que chegavam às indústrias emergentes.

Miniatura no Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro
Miniatura no Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro: história das ferrovias estaduais

"Queremos reviver o hábito do turismo ferroviário e valorizar a malha paulista, em torno da qual cresceram vilarejos e indústrias", afirma o secretário adjunto de Transportes Metropolitanos, João Paulo de Jesus Lopes. Em Jundiaí, o turista desce do trem e escolhe entre três pacotes: o cultural, com visita a três museus e ao centro histórico; o rural, por fazendas; e o ecológico, que inclui trilhas na Serra do Japi. No Museu da Companhia Paulista de Estradas de Ferro podem-se conferir acessórios antigos e miniaturas de locomotivas. Além de Jundiaí, há planos de um trajeto para Paranapiacaba, aos domingos.

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26/10/2008 free counters

Jogar Playstation demais pode causar protuberâncias nas mãos


24 de Fevereiro de 2009

LONDRES (Reuters) - Fãs de videogames, tomem cuidado: segurar o console com muita força e apertar furiosamente os botões pode causar um problema de pele recentemente descoberto, no qual os pacientes adquirem dolorosas protuberâncias na palma das mãos, disseram cientistas suíços na terça-feira.

Chamada de "hidradentite palmar do Playstation", a doença pode gerar lesões dolorosas nas palmas das mãos, similares às encontradas nas solas dos pés de crianças, depois de intensa atividade física.

"O agarrar forte e contínuo dos controles, aliado ao repetido apertar dos botões, produz traumas pequenos, mas contiínuos, à superfície da palma das mãos", disse Vincent Piguet e colegas da Escola de Medicina e Hospitais de Genebra, cujo artigo foi publicado em um periódico britânico de dematologia.

Um porta-voz da Sony Corp., que fabrica o Playstation, ressaltou que o estudo só avaliou uma pessoa e que a empresa vendeu centenas de milhões de concoles, desde que o produto foi introduzido no mercado, em 1995.

"Quaisquer atividades de lazer podem ter más consequências, caso não sigam o bom senso e conselhos de saúde, o que pode ser encontrado nos nossos manuais de instruções", disse David Wilson, porta-voz da Sony.

"Não queremos diminuir esta pesquisa e vamos estudar seus resultados com interesse, mas esta é a primeira vez que ouvimos falar de uma reclamação desta natureza", acrescentou.

O estudo descreve o caso de uma menina de 12 anos que foi ao hospital de Genebra, reclamando de dor intensa nas mãos, o que teria começado um mês antes. Ela não tinha lesões em nenhuma outra parte do corpo.

Depois de a questionarem, os médicos descobriram que, vários dias antes da aparição das lesões, ela começou a jogar Playstation várias horas por dia.

Os médicos recomendaram à menina parar de jogar -- e ela se recuyperou completamente depois de 10 dias.

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26/10/2008 free counters

Tesouro dos EUA pode pedir concordata de GM e Chrysler

Por AE

Nova York - Assessores do Tesouro dos Estados Unidos estudam com seriedade a possibilidade de inclusão das montadoras norte-americanas General Motors (GM) e Chrysler sob a proteção da Lei de Falências, informou ontem o jornal Wall Street Journal (WSJ). O governo dos EUA considera que a opção de recorrer ao capítulo 11 da Lei de Falências, que permite a uma empresa em dificuldades reestruturar-se sem a pressão dos credores, "precisa ser seriamente considerada", destacou o jornal. "Todas as opções permanecem sobre a mesa", afirmou uma pessoa ligada ao caso.

Segundo o WSJ, o Tesouro já iniciou negociações com várias instituições financeiras, entre elas o Citigroup e o JP Morgan, para obter crédito, mas os bancos se mostram reticentes. O valor necessário pode superar US$ 40 bilhões, o que seria o maior empréstimo nos EUA a uma empresa em concordata. "Nesse cenário, uma parte do financiamento seria usada para reembolsar os US$ 17,4 bilhões emprestados pelo governo desde dezembro a Chrysler e GM", indicou o WSJ.

Na semana passada, a GM e a Chrysler pediram US$ 22 bilhões em empréstimos para o governo dos EUA, além dos US$ 17,4 bilhões que já haviam recebido, e disseram que haviam chegado a acordos iniciais com o sindicato dos trabalhadores (UAW, na sigla em inglês0 para reduzir os custos trabalhistas. Mas ainda faltam acordos importantes para garantir a sobrevivência das empresas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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26/10/2008 free counters

Berlusconi quer incluir emergentes no G8, entre eles o Brasil

Paris, 24 fev (EFE).- O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, quer aproveitar a Presidência de seu país no G8 este ano para fazer uma reforma e associar de forma estruturada as grandes economias emergentes, incluindo o Brasil.

Em entrevista publicada hoje pelo jornal francês "Le Figaro", Berlusconi explica que "a Itália quer que o G8 seja mais representativo e mais concreto para ser mais eficaz", para o qual "deve abrir-se às economias emergentes e dialogar com o mundo mais pobre".

Sua proposta é "uma associação mais estruturada e mais estável do G8 com os países do G5 (China, Índia, Brasil, México e África do Sul) assim como com o Egito, como representante do mundo árabe, muçulmano e africano". EFE

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26/10/2008 free counters

Testes falsos dão nota 10 a falsos antivírus



Carlos Machado, da INFO


Bleepingcomputer.com
Testes falsos dão nota 10 a falsos antivírus
Página falsa da PCMag.com com resenha de um antivírus falso

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26/10/2008 free counters

Próximo Ubuntu virá preparado para a nuvem



Fabiano Candido, de INFO Online


Wikicommons
Próximo Ubuntu virá preparado para a nuvem
Ubuntu 8.10 (acima) será trocado em breve por uma nova versão

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26/10/2008 free counters

Legendas.TV está de volta por inteiro




Guilherme Pavarin, de INFO Online Terça-feira, 24 de fevereiro de 2009 - 10h55


Legendas.TV está de volta por inteiro
O vencedor do Oscar já está disponível no Legendas.TV


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26/10/2008 free counters

Twhirl faz o Twitter virar mensageiro instantâneo





Com os seus característicos microposts de 140 caracteres, o Twitter tem um jeitão de bate-papo virtual. Nada mais apropriado, portanto, do que transformá-lo em um mensageiro instantâneo. O Twhirl faz exatamente isso. O pequeno programa fica minimizado na barra de tarefas e, quando clicado, abre uma verdadeira central de ferramentas.

Depois de configurada a conta de acesso ao Twitter, o aplicativo exibe os últimos microposts de todos os contatos. É também muito fácil interagir com eles, respondendo às “twittadas” ou enviando mensagens privadas.

Quer fazer buscas? É só usar o campo apropriado. Está com vontade de enviar imagens, encurtar URLs ou mostrar atualizações no Facebook e outras redes? Também é possível, com poucos cliques. São tantas as opções que as pessoas podem até se esquecer de que o Twhirl também permite fazer o básico: redigir e postar microposts.

Baixe o Twhirl no Download INFO.

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26/10/2008 free counters

Site dos EUA oferece namoro para casados

ANDREA MURTA
da Folha de S.Paulo, em Nova York

Na TV, um casal celebra o aniversário de casamento. Estão em um restaurante à luz de velas, mas a noite não é nada romântica. Na metade do tempo, o marido fala de negócios ao telefone; na outra metade, lança olhares lascivos para a garçonete, usa a faca como espelho para limpar os dentes e sugere que a parceira vai engordar se comer sobremesa.

O que ela deve fazer? Partir para o adultério, sugere abertamente o site AshleyMadison.com, responsável pelo comercial acima. A empresa é uma agência de namoro na internet voltada para homens e mulheres comprometidos que buscam "affairs" - e seu sucesso nos EUA já é tão grande quanto a comoção causada entre defensores da fidelidade.

A peça foi banida neste mês pela rede de TV NBC e pela Liga Nacional de Futebol Americano, que se recusaram a transmiti-la nacionalmente no Superbowl (final do campeonato de futebol americano, evento mais assistido da TV nos EUA). Na CNN, o criador da agência, Noel Biderman, foi acusado de estar "rasgando em pedaços a instituição do casamento" e de oferecer um serviço "nojento".

Mas Biderman, 37, diz que não é problema de ninguém o que adultos decidem fazer consensualmente entre quatro paredes. "Quem acha que o status quo dos casamentos atuais funciona está delirando", disse à Folha. "O site apenas serve a um comportamento humano já existente. Um comercial de 30 segundos jamais vai convencer alguém a ter um caso."

Os 3,38 milhões de membros que o AshleyMadison diz ter indicam não precisar mesmo de estímulo. Um perfil básico e sem foto criado pela reportagem recebeu nas primeiras 24 horas 39 e-mails de homens comprometidos interessados em um encontro.

Em um dos e-mails, o pretendente pede que sejam especificadas preferências sexuais. Em outro, um marido insatisfeito diz que está em busca de "uma namorada divertida para jantares, drinks e etc".

"Notei seu perfil", escreveu ele. "Adoraria conversar se você tiver um tempo. Talvez possamos ser amigos. Como é sua vida? Qual sua cor preferida?"

E não há hipocrisia: em algumas das fotos publicadas, acessíveis apenas a quem o participante envia uma chave, a parceira oficial também aparece.

A rapidez dos contatos pode ser explicada por um descompasso -segundo o site, há cadastrados oito homens para cada mulher. "Não se engane, a maioria dos participantes só quer sexo", alerta Biderman. "Para eles, a melhor saída é uma comunidade de pessoas que pensam e se comportam da mesma forma, sem precisar mentir sobre seu estado civil".

Mas quando o assunto é sua própria união, o discurso muda, e ele insiste que jamais usaria o site. "Acredito hoje que ter uma relação monogâmica é a melhor forma de minha mulher e eu cuidarmos um do outro e criarmos nossa família. Talvez em seis anos eu mude de ideia."

Para o empreendedor, o AshleyMadison na verdade ajuda os casamentos. "Não dá para todo mundo que tem problemas no quarto abandonar seu parceiro, isso é ridículo. Na França, onde há muita infidelidade, a taxa de preservação de casamentos é muito maior do que a dos EUA."

E os brasileiros podem se preparar: ele conta que já pesquisou sobre empresas dos EUA que se expandiram para o Brasil "e tiveram grande sucesso". "Estou confiante de que o mercado para o serviço no Brasil seria enorme."

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26/10/2008 free counters

Kassab diz que recuperação do lago da Aclimação será rápida


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colaboração para a Folha Online

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse nesta terça-feira que será rápida a recuperação do lago do Parque da Aclimação, que secou na noite desta segunda-feira (23) após uma forte pancada de chuva que atingiu a cidade.

O lago secou por causa de um problema no vertedouro, um canal artificial que controla o nível da água que entra pelo córrego Pedra Azul. O extravasor, equipamento que controla o fluxo de água, rompeu. Com o acidente, peixes, parte das aves e anfíbios que habitavam o lago morreram.

Em visita ao parque na manhã de hoje, Kassab atribuiu o acidente ao desgaste do material do vertedouro e disse que a recuperação não será difícil. "Falando como engenheiro, o projeto e a obra para recuperar o lago não são difíceis e serão executados o mais rápido possível", afirmou.

A prefeitura contratou uma empresa para investigar a causa do problema. Os resultados serão entregues até amanhã. Kassab afirmou ainda que obras que já estavam previstas no Parque serão antecipadas, para acelerar a solução do problema no lago.

A prefeitura informou que agentes da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente conseguiram recolher hoje parte dos animais que viviam no lago. Eles estão sendo levados ao parque do Ibirapuera, onde ficarão até a recuperação do lago da Aclimação.

Conforme a prefeitura, todas as aves aquáticas foram resgatadas, exceto por uma fêmea de cisne negro, que deve ser resgatada em breve.

O lago, de cerca de 33 mil metros quadrados, secou entre as 16h40 e as 17h30, após a forte chuva que afetou São Paulo. A prefeitura calcula que foram drenados cerca de 70 milhões de litros de água.

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26/10/2008 free counters

Jornalistas são feitos reféns em Paraisópolis por criminosos

ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo

Dois jornalistas que produziam uma reportagem sobre a vida dos moradores da favela Paraisópolis, na divisa entre as zonas sul e oeste de São Paulo, foram mantidos reféns na noite de ontem por criminosos.

Por questões de segurança, a Folha não revela a identidade dos profissionais --um repórter e uma fotógrafa free-lance que apuravam a reportagem para uma revista de circulação nacional.

O equipamento da fotógrafa foi roubado pelos homens que os mantiveram reféns por cerca de 40 minutos.

Os jornalistas entraram na favela às 10h e passaram o dia circulando a pé. Ao anoitecer, apesar de o governo de São Paulo ter determinado no início deste mês uma ocupação por parte da Polícia Militar no local, os profissionais foram capturados por homens armados que se apresentaram como traficantes.

A libertação deles ocorreu quando os criminosos os colocaram em um carro e os levaram para um posto de gasolina, na avenida Giovanni Gronchi. Eles não sofreram violência física.

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26/10/2008 free counters

Aos linchadores


Sáb, 21/02/09

No mar de dúvidas, o caso Paula vai deixar pelo menos uma certeza: a opinião pública é fascista.

Ela julga sumariamente, pela internet, pela TV ou a milhares de quilômetros de distância do fato. Um oceano é uma poça d’água para os juízes implacáveis da opinião pública.

E são juízes de arquibancada. Juízes que urram suas certezas precoces, no grande big brother que é a vida dos outros.

Uma coisa o fascismo da opinião pública não admite, nem por um segundo: a falta de um veredito. Dêem-lhes um culpado, rápido! Pode ser a mentirosa golpista, pode ser a imprensa sensacionalista, pode ser o Bush (saudades dele) – mas arranjem logo alguém para os juízes de sofá pregar na cruz.

A turba indócil não suporta as nuances da vida. Paula Oliveira surgiu publicamente como vítima de uma barbaridade. Uma pessoa normal, com vida normal, toda retalhada a golpes de navalha. Que bom que houve a indignação geral. Que bom que houve reações imediatas e firmes em solidariedade a ela. Estranho – muito estranho – seria qualquer coisa diferente disso.

Mas a opinião pública é doutora em engenharia de obras feitas. A vítima era vilã? Joguem na fogueira os que se comoveram com ela.

Essa sociedade pura é de uma precisão comovente. O único lugar onde não há precisão é no caso Paula. As autoridades suíças afirmam que ela desmentiu sua própria versão. As autoridades brasileiras na Suíça afirmam que não há nenhuma confissão assinada por Paula. Isso não significa que ela seja inocente. Significa apenas que é um processo mergulhado na nebulosidade – e o Brasil tem a obrigação de evitar que uma brasileira, vítima ou vilã, seja linchada num processo tendencioso.

Os brazucas envergonhados gritam: “É só uma maluca, deixem ela pra lá!” O problema é que Paula virou um caso político. E os suíços querem o seu escalpo.

Os nossos juízes de sofá também parecem querer. São os mesmos que vibraram com a imagem de Celso Pitta sendo preso de pijama. Vilão tem que ser humilhado mesmo. Às favas o estado de direito e toda essa baboseira de garantias individuais.

O caso Paula é dramático, em qualquer hipótese. Justifica toda a perplexidade e a salada de sentimentos em todas as direções. Menos no Fla-Flu mental dos juízes de arquibancada.

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26/10/2008 free counters

Crimen entre niños conmueve a Bolivia


Mery Vaca
Mery Vaca
Bolivia

¿Precaria situación económica, noticias difundidas por los medios de comunicación, programas de homicidios y crímenes emitidos por la televisión?, todos estos factores son analizados por estas horas en Bolivia para tratar de entender uno de los crímenes más terribles cometidos en el país andino.

Niño
Según las leyes bolivianas el presunto niño agresor no puede ser acusado de asesinato.

Un niño de 13 confesó haber asesinado a sus dos hermanastros -de 13 y 4 años- y luego escondió los cuerpos con la ayuda de otro menor, un primo de la familia.

La historia que conmueve a Bolivia comenzó un año atrás, en la ciudad de El Alto, cuando Manuel y Lucy se fueron a vivir juntos con sus hijos de anteriores matrimonios.

El miércoles pasado desparecieron los niños Yoselín, de 13 años, y Josué, de cuatro años. Eran los hijos de Lucy, quienes fueron encontrados muertos en un terreno alejado de la urbe.

En el marco de la investigación del caso, la Policía acudió a la casa de la familia este jueves, donde el hijo mayor de Manuel, también de 13 años, en un momento de nerviosismo habría confesado que mató a sus hermanastros por celos.

Según la versión de la Policía, el niño habría tenido un ataque de ira porque la madrastra sólo dejó dinero para la alimentación de sus hijos biológicos y no así para los hijastros.

"Discriminación y rechazo"

El fiscal que atendió el caso, Gregorio Blanco, relató a BBC Mundo que el niño confesó haber apuñalado a su hermanastra y que, al percatarse que Josué, el hermanastro más pequeño, estaba mirando, también le quitó la vida.

Pero luego, según las declaraciones del mismo Blanco, el niño habría conseguido la ayuda de un primo de 10 años para borrar las evidencias y llevar los cuerpos a un lugar alejado.

El psicólogo forense Carlos Velásquez comentó a BBC Mundo que el caso muestra "una problemática central de discriminación. El menor agresor ha sentido que es de segunda clase y como los niños a veces no pueden racionalizar su conducta ha habido una situación de rechazo".

El especialista no descarta que el comportamiento tenga que ver con la mala situación socioeconómica de la familia e incluso con los medios de comunicación que difunden este tipo de hechos sin control y que, de esa manera, pudieron haber contribuido a que el pequeño busque un crimen perfecto ocultando las pruebas.

Pero por otro lado, Velásquez considera que es muy probable que el niño pueda tener algún rasgo de criminalidad en su comportamiento.

El doble efecto de la difusión

Manuel, el padre del presunto agresor, está detenido en la Policía de El Alto, donde habló con BBC Mundo. Con lágrimas en los ojos dijo no saber qué hacer "porque mi hijo había hecho mal" y recordó que los niños se llevaban bien.

El fiscal Blanco considera que al parecer "la incomprensión y la falta de afecto igualitario ha llevado a este hecho lamentable", pero el sociólogo Carlos Cordero cree también entran en juego las "grandes frustraciones y carencias tanto afectivas como materiales".

Otro factor que no descarta Cordero es el papel de los medios de comunicación que a veces -según su opinión- pueden estimular a los niños para que repitan esta clase de comportamientos criminales.

"La difusión de estos hechos cumple una doble función. Por un lado, suelen aplacar estos hechos por el conocimiento, pero a veces pueden estimular negativamente para que se puedan cometer estos hechos", señaló a BBC Mundo el sociólogo.

Según fuentes de la investigación, el niño habría señalado que aprendió en la televisión que se deben ocultar las evidencias, sin embargo, el fiscal Blanco no confirmó esta información.

"La exposición a los programas de televisión estimula la imaginación de los niños al momento en que infringen las reglas de convivencia, que mandan a ser tolerante, a aceptar las frustraciones, pero cuando esto no ocurre, buscan una salida violenta", concluyó Cordero.

Los cuerpos de los niños permanecían este viernes en la morgue porque la familia es de escasos recursos y no tenía dinero para sacarlos y enterrarlos.

Entre tanto, el presunto agresor y el niño que le ayudó a ocultar las pruebas fueron pasados a un centro de orientación de menores porque, de acuerdo a la ley, no pueden ser acusados de asesinato.

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26/10/2008 free counters