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sábado, 4 de setembro de 2010

'Restaurante canibal' alemão é invenção de campanha pelo vegetarianismo

Rumor sobre estabelecimento causou polêmica na última semana.
Local seguiria tradição dos índios wari, que comiam carne humana.

Do Globo Amazônia, em São Paulo






O anúncio da abertura de um restaurante que serviria carne humana em Berlim feito na última semana é de autoria de um grupo de defesa do vegetarianismo, conforme anunciado nesta quinta-feira (2) pela própria organização.



A Liga dos Vegetarianos da Alemanha (Vebu, na sigla em alemão), disse que resolveu anunciar a criação do restaurante Flimé, que seguiria a tradição canibal dos índios wari, como forma de chamar atenção para o fato de que, em sua opinião, o consumo de carne contribui para a fome no mundo, o aquecimento global, o desmatamento, a escassez de água e a disseminação de doenças de animais.




O nome Flimé é a versão reduzida do slogan da campanha, que é “Fleisch isst Menschen”, ou, em português, “carne come pessoas”. Sua abertura e a busca por doadores de carne humana foi anunciada num site e em jornais e placas na rua. A abertura aconteceria no dia 8 de setembro.



O estabelecimento seria a filial de um restaurante já em funcionamento em Guajará-Mirim (RO), o que também é falso. Os índios wari vivem naquela região de Rondônia, mas já não têm o canibalismo entre seus costumes.

A página do Flimé na internet tem um formulário que poderia ser preenchido por interessados em doar partes de seu corpo. “Os membros associados do Flimé concordam, com este, em doar para o Flimé qualquer parte de seu corpo, que será determinada pelo próprio associado.



O Flimé assumirá apenas os custos hospitalares. O associado não receberá nenhum outro crédito financeiro. A finalidade do uso da parte doada é de livre escolha do Flimé”, diz o formulário disponível para download.



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26/10/2008 free counters

#POLITICA Apenas 4% dos estudantes foram atendidos pelo “Dentista na Escola”

Inspeção da Corregedoria Geral do GDF constatou que, dos R$ 24 milhões aplicados no programa, metade foi gasta com impressões de cartilhas de saúde bucal.

De acordo com o relatório de inspeção da Corregedoria Geral do GDF, o Programa Dentista na Escola custou para o governo, de 2008 até hoje, quase R$ 24 milhões. Metade desse valor foi destinada a impressão de almanaques e cadernos de aprendizagem de saúde bucal.

A parcela menor, de R$ 9,6 milhões, foi para kits de higiene bucal. Os kit vinham em uma bolsa plástica, com uma escova de dentes, um creme dental, um fio dental e um gel evidenciador de placa bacteriana. Cada um custou R$ 13,82. Sem o gel evidenciador de placa, cada kit sairia por apenas R$ 2,94.

Os auditores ouviram dentistas da Secretaria de Saúde. Eles disseram que o uso do gel precisa ser cuidadosamente orientado e acompanhado por um profissional para que as crianças não corram riscos.

Em abril, o Sindicato dos Dentistas denunciou ao Ministério Público de Contas que a distribuição do gel evidenciador era inapropriada e representava risco à saúde das crianças porque o produto é tóxico.

Em julho de 2008, o governo dispensou dentistas concursados e contratou o Sesc para administrar o programa. Na época, o coordenador do projeto, Reinaldo Maia, disse que essa era uma medida de economia.

A promessa do governo era atender aos 505 mil estudantes da rede pública. Segundo a Secretaria de Educação, em um ano de contrato, o Programa Dentista na Escola atendeu 20 mil alunos. Apenas 4 % do total.

O relatório da Corregedoria do DF sobre o Programa Dentista na Escola recomendou a suspensão imediata da compra de mais de 1 milhão de kits de higiene bucal que ainda estava prevista. Nem tudo o que já foi comprado chegou a ser distribuído.

Os auditores também pediram comprovação técnica da necessidade de compra do gel evidenciador. O contrato com o Sesc acabou e não foi renovado por causa das auditorias. Além disso, a maioria dos alunos não foi atendida e quem começou o tratamento, não terminou.

O coordenador do projeto foi exonerado no início de junho. Ele foi procurado, mas não quis gravar entrevista porque, segundo Reinaldo, ele não é mais coordenador do projeto.

Rafael Mônaco

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#POLITICA Peças não chegam e tomógrafo do Hospital de Base continua parado


Um dos dois aparelhos do Hospital de Base voltaria a funcionar hoje. A Secretaria de Saúde informou que aguarda autorização da Procuradoria Geral do DF para mudar o contrato de manutenção.

Não foi desta vez que a Secretária de Saúde conseguiu cumprir a promessa de colocar em funcionamento um dos dois tomógrafos do Hospital de Base. Desde o final de junho, o aparelho do pronto-socorro está quebrado. Os pacientes são levados para o Hran para fazer o exame.

Na terça-feira (31), o subsecretário de Atenção Saúde, Carlos Quináglia, afirmou ao DFTV que o tubo do tomógrafo seria trocado e o aparelho voltaria a funcionar hoje. Segundo o subsecretário, uma peça de reposição não chegou da Alemanha.

“É um problema alfandegário, que não depende da Secretaria de Saúde. Nós lamentamos que esse prazo tenha extrapolado. Nesta segunda-feira, o tubo deve ser colocado e o tomógrafo voltará a funcionar”, afirma Carlos Quináglia.

O outro aparelho do Hospital de Base fica no ambulatório e está parado há mais de três semanas. Mesmo coma reposição de sete peças, os técnicos ainda não conseguiram consertar a mesa onde o paciente deita para fazer o exame.

A Secretaria de Saúde disse que aguarda a autorização da Procuradoria-Geral do DF para mudar o contrato com as empresas da manutenção.



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#politica Sete bebês morrem em uma mesma semana em maternidade em Minas


As mortes aconteceram na Maternidade Municipal de Contagem.
Os sete recém-nascidos morreram entre os dias 24 e 31 de agosto.

Do G1 MG


A Secretaria Municipal de Saúde de Contagem confirmou, nesta sexta-feira (3), que sete bebês recém-nascidos morreram em uma mesma semana na Maternidade Municipal da cidade. De acordo com nota divulgada pela assessoria da Secretaria de Saúde de Contagem, o fato de as mortes terem ocorrido em uma mesma semana foi uma coincidência.



Ainda de acordo com a nota, as mortes dos sete bebês, que aconteceram entre os dias 24 e 31 de agosto, foram o total de óbitos de todo o mês na maternidade. A nota afirma ainda que os bebês nascerem em períodos diferentes e todos os óbitos ocorridos foram por causas não evitáveis, entre elas a malformação congênita (síndromes incompatíveis com a vida) e a prematuridade extrema.

Segundo a assessoria da Secretaria de Saúde de Contagem, a taxa de mortalidade neonatal na maternidade é de 1,4 por mil nascidos vivos, sendo que o coeficiente de mortalidade neonatal tardia no Brasil é 2,7 por mil nascidos vivos. Portanto, a taxa na maternidade está abaixo dos índices nacionais. Até as 18h o Ministério da Saúde não havia se manifestado sobre o assunto.

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'Passione': Gianecchini diz que seria bom se Fred fosse assassinado

Enviado por Hérica Marmo

Reynaldo Gianecchini é o Fred de PassioneMistério anunciado em “Passione”, o assassinato de um personagem importante já provoca expectativa no público. Antes de começar o “quem matou?”, as apostas giram em torno de “quem vai morrer?”. Colecionando inimigos, Fred (Reynaldo Gianecchini) aparece como um dos principais candidatos a ser eliminado da história. Embora garanta que não foi avisado de nada, Gianecchini vê grandes chances de seu personagem sair de cena.

— Fred começa a ser ameaçado por alguns, por isso há chance de ser morto. Ele desperta o ódio de vários — opina o ator, que tem uma defesa para manter seu personagem vivo: — Ele é o articulador, quem faz a ponte entre alguns personagens. Talvez faça falta.

Gianecchini acredita que, agora que a novela está se aproximando do capítulo 100 (justamente o momento que o autor Silvio de Abreu havia anunciado como o ideal para acontecer o crime), a questão do assassinato ficará mais forte nos bastidores da novela.

— Por enquanto ainda não pintou o clima de ansiedade em relação à saída de um personagem. Ficamos curiosos e estamos entregues ao que o Silvio estipular — afirma.

Confiança no autor
Mas, caso Fred seja mesmo o alvo do assassino, Giane arrisca um palpite sobre a solução do caso:

— Acho que seria interessante se o Fred morresse, mas voltasse sempre em flashback, em situações com vários personagens para explicar as coisas aos poucos. Como foi feito na série “Lost”.

Vilão vivo ou morto, o certo é que seu intérprete está tranquilo em relação ao desfecho da história.

— Confio no Silvio. Ele está inspirado, e qualquer decisão que ele tomar vai ser para levantar a trama da novela — diz.



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26/10/2008 free counters

#politica Contador estava no PT quando obteve dados da filha de Serra na Receita

Contador que retirou dados da filha de Serra foi filiado ao PT

Publicada em 03/09/2010 às 20h16m

Tatiana Farah

SÃO PAULO - Acusado de participar do esquema de vazamento de dados sigilosos da Receita Federal, o técnico contábil Antonio Carlos Atella Ferreira, de 62 anos, foi filiado ao PT paulista de 2003 a novembro de 2009. Segundo o Jornal Nacional desta sexta-feira, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) confirmou a filiação partidária e informou que Atella teve seu registro cancelado em novembro do ano passado, quase dois meses depois de ter ingressado com uma procuração supostamente falsificada em nome da filha do candidato José Serra, Veronica, para acesso a seus dados fiscais.

( Veja a cronologia do caso do suposto dossiê )

O PT paulista informou ao GLOBO que fez uma busca no sistema de registros partidários do TRE e o nome de Atella não consta como filiado a nenhum partido. O documento foi enviado à redação. No entanto, de acordo com o TRE, ele teria ingressado no PT de Mauá e mudado sua filiação para a cidade de Rio Grande da Serra até ter seu registro excluído do cadastro. Segundo o TRE, Atella filiou-se ao PT em 20 de outubro de 2003 e foi excluído do cadastro em 21 de novembro do ano passado.

(Quem é quem no escândalo do sigilo fiscal )

Ele ingressou com a procuração falsa em nome de Verônica Serra, no escritório da Receita Federal em Mauá, no ABC paulista, no dia 30 de setembro. De acordo com o tribunal eleitoral, a anotação de filiação foi excluída do cadastro de eleitores, o que não significa desfiliação, mas algum dado divergente que o partido não corrigiu. ( Leia também: Mantega admite vulnerabilidade no sistema da Receita Federal )

Em resposta ao JN o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que Atella nunca teve atuação política no partido. Segundo ele, se "a filiação existiu de fato, ela foi apenas cartorial".

PT volta a negar participação na violação dos sigilos

Dutra voltou a negar nesta sexta que exista participação do PT e da campanha da candidata Dilma Rousseff na violação dos sigilos. Atella havia afirmado ao GLOBO que nunca fora filiado a nenhum partido. Nesta tarde, depois de prestar depoimento à Polícia Federal em São Paulo, Atella disse que a intenção de candidatar-se a vereador nas próximas eleições era uma "brincadeira". ( Leia também: Dutra diz achar estranho haver filiados do PT e do PV no escândalo da quebra de sigilo )

- Eu não quero ser candidato. Tenho horror à política.

Questionado mais uma vez pela Rede Globo, Atella disse não se lembrar de ter integrado um partido e que se isso ocorreu deve ter sido por algum momento de empolgação. Atella já havia denunciado o nome de quem teria encomendado o serviço, o contabilista Ademir Estevam Cabral. Ademir é filiado ao PV de Francisco Morato desde 2007. O PV abriu uma sindicância para apurar o caso.

Atella ficou cerca de cinco horas na Superintendência da PF em São Paulo e obteve o benefício de sair por uma porta lateral da Superintendência, usada apenas por funcionários, porque queria evitar os quase trinta jornalistas que o aguardavam na saída.

Segundo a assessoria de imprensa da PF, foi o próprio Atella quem pediu para sair por outra porta - um procedimento que não foi usado nem com políticos e banqueiros investigados pela polícia federal.

Atella confirma que foi orientado a não falar com a imprensa

Ao GLOBO, Atella afirmou que foi orientado a não falar mais com a imprensa. Ele cancelou uma coletiva marcada para esta sexta, às 16h, e disse ter seguido para o litoral paulista.

- Não estou autorizado a divulgar mais nenhuma palavra. O caso está em segredo de Justiça - disse o técnico contábil, que prestou depoimento sem a presença de advogado:

- Não preciso de advogado. No Brasil, tudo é moda como chamar um advogado.

Sobre o privilégio de usar a porta lateral, Atella afirmou:

- Isso é porque pode e não porque quer. Você já viu um brasileiro que entra pela porta da frente (na Superintendência da PF) e sai pela dos fundos? - gabou-se ele, negando que tivesse sido privilegiado:

- Usei o meu direito à privacidade.

Além de ouvir o depoimento de Atella, a Polícia Federal colheu sua assinatura para um exame grafotécnico. A ideia é conferir as assinaturas de Atella com as que aparecem na falsa procuração de Veronica Serra.

A PF tentou ouvir nesta sexta a filha de Serra, mas, até as 18h, ela não havia sido localizada para receber a intimação. Veronica deve fazer o mesmo teste de assinaturas, para confirmar se houve falsificação no documento usado por Atella ou não. Caso seja confirmada a fraude, o técnico contábil pode ser indiciado por pelo menos dois crimes: falsificação de documentos e falsidade ideológica. De acordo com o tabelião do cartório citado na procuração de Atella, Fábio Tadeu Bisognin, a filha de Serra nem tem firma aberta no local e os carimbos do documento seriam uma falsificação grosseira.

Acusado pretende processar Receita

Acusado de possuir vários CPFs e de responder a diversos crimes, Atella afirmou ao GLOBO que pretende processar a Receita Federal:

- Quero saber quem é que acessou o meu sigilo, informando que eu tive quatro CPFs. Isso é vazamento de sigilo. Estou analisando até onde eu fui prejudicado nessa história. Você só pode levar a pedrada, não pode dar? Disseram que eu sou um estuprador, eu, um homem de 62 anos. Você imagina o que é isso para a minha família?

Depois de prestar depoimento, Atella disse que o pedido de R$ 10 mil para conceder entrevistas era brincadeira.

- Foi uma brincadeira minha, de muito mau gosto. Assim como isso de falar que quero ser candidato.

Questionado se estava preocupado com a abertura de um inquérito pelo Polícia Civil específico para apurar supostas falsificações no documento, Atella disse estar tranquilo:

- Terei um grande prazer em bater um papo com os colegas da Polícia Civil - afirmou, dizendo estar se sentindo bem com a situação:

- Estou me sentindo maravilhosamente bem e famoso.

A PF também pediu a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico de Adeildda Ferreira Leão dos Santos, uma das funcionárias da Receita que teriam acessado dados tanto de Veronica como de outras pessoas ligadas ao PSDB na sede da Receita Federal do ABC Paulista. O HD de seu computador na instituição foi recolhido pela PF e está sob perícia do INC (Instituto Nacional de Criminalística), em Brasília.


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#listening "Bagoas' Dance"

Ouvindo a música "Bagoas' Dance", de Vangelis, #nowplaying na @RadioUOL http://uol.fm/bgcXt

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Mexican police detain finance operator of drug-trafficking chief

MEXICO CITY, Sept. 3 (Xinhua) -- The Mexican federal police Friday captured Mauro Gonzalez, alias "El Coyote," the finance operator of drug lord Edgar Valdes, authorities said.

El Coyote was captured during an operation in the central Morelos state, said the Public Security Ministry in a statement.

El Coyote was in charge of paying informers, supplying drugs and controlling market supply in Morelos. Over the past months he had also been in charge of offering weapons to the La Barbie cartel and killing members of rival groups.

"Due to the capture of Valdes on Aug. 30, agents of the federal police were able to capture Gonzalez," the ministry said.

The ministry said the police also found two places where there were corpses, so the operation was continuing.



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#listening "Chant", de Vangelis

Ouvindo a música "Chant", de Vangelis, #nowplaying na @RadioUOL http://uol.fm/bgcXs

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Panamanian gov't to explore oil with Venezuelan firm

PANAMA CITY, Sept. 3 (Xinhua) -- The Panamanian government will join hands with Venezuelan firm OTS to explore oil resources in Panama's mountainous Darien Province bordering Colombia, officials said Friday.

The two sides will soon sign a contract to finalize the deal, under which a database will be created to localize oil reserves in Darien in preparations for subsequent exploration activities, Berta Burgos from the Panamanian Energy Ministry told local press.

OTS was founded by former employees of the state-run Petroleos de Venezuela S.A. oil comapny.

The contract will be worth 476,765 U.S. dollars, of which 381,420 dollars will be provided by the Inter-American Development Bank, while the rest will be funded by the Panamanian government.

The deal was criticized by local environmentalists who have been urging the Panamanian government to develop clean energy instead of oil.



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Brazil's GDP growth to top 7% this year: officials



2010-09-04 09:33:07

RIO DE JANEIRO, Sept. 3 (Xinhua) -- Brazilian Finance Minister Guido Mantega said Friday the country's gross domestic product (GDP) would grow at least seven percent this year, the highest in 24 years if achieved.

In a separate statement, Central Bank President Henrique Meirelles said the Brazilian economy would grow 7.3 percent this year.

In the first half of 2010, Brazil's year-on-year GDP growth reached a record high of 8.9 percent, surpassing that of most other countries in the world.

Officials said the high growth rate did not lead to overheating.

The government set an inflation target of 4.5 percent for this year, with a margin of two percentage points. From January to July, Brazil reported an average inflation rate of 3.1 percent.

Brazil's GDP contracted by 0.2 percent last year due to the global finanical crisis.



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Photos: Philippine police conduct hostage crisis drill

Philippine police conduct hostage crisis drill in capital city Manila Friday.













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First human case of West Nile virus confirmed in Los Angeles

LOS ANGELES, Sept. 3 (Xinhua) -- Health officials on Friday confirmed the first human case of West Nile virus for the 2010 season in Los Angeles.

The patient developed symptoms in mid-August and has since recovered, according to Los Angeles County's Public Health Department (LACPHD).

As of Monday, officials around the county have detected the virus in 17 dead birds, 31 mosquito pools, two sentinel chickens and one squirrel so far this year, according to the department.

The virus is often transmitted to humans by mosquitoes which obtain the virus by feeding on infected wild birds, but is not spread through person-to-person contact, or directly from birds to humans.

In most cases, people who are infected with West Nile Virus never become sick, or have only very mild symptoms that include fever, headache, nausea, body aches, and a mild skin rash.

Symptoms of West Nile virus could appear within three to 12 days after infection. Fewer than one in 150 people who are bitten by an infected mosquito become severely ill, according to the Centers for Disease Control and Prevention (CDC).

In these rare cases, the virus can cause encephalitis and death. The elderly are most at risk for severe cases of the disease. There is no specific treatment for West Nile virus. However, individuals with severe symptoms may be hospitalized.

"West Nile virus is primarily spread through mosquito bites, so I encourage everyone to protect themselves from these pests," said Jonathan E. Fielding, director of LACPHD.

"Get rid of pools of stagnant water around your home where mosquitoes breed, and use a repellent containing DEET or another approved repellent when outdoors in mosquito-prone areas, especially around dawn or dusk," he added.


Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

Print version ISSN 1516-8484

Rev. Bras. Hematol. Hemoter. vol.26 no.2 São José do Rio Preto 2004

doi: 10.1590/S1516-84842004000200009

TENDÊNCIAS TRENDS

Vírus do Nilo Ocidental — Nova ameaça à segurança transfusional?

West Nile virus — A new threat to transfusion safety?

Audrey K. ZeinadI; Márcia C. Z. NovarettiII; Dalton A.F. ChamoneIII

IHematologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
IIDoutora em Hematologia pela Faculdade de Medicina da USP. Professora colaboradora da disciplina de Hematologia da Faculdade de Medicina da USP
IIIProfessor Titular de Hematologia da Faculdade de Medicina da USP

Endereço para correspondência


RESUMO

O vírus do Nilo Ocidental (West Nile Virus) é um RNA vírus, dos mais importantes flavivírus patogênicos em humanos. Devido ao número crescente de casos confirmados de infeção pelo vírus do Nilo Ocidental nos EUA a partir de 1999, com a documentação da sua disseminação da costa leste para a oeste e sul em um período inferior a três anos e pela sua disseminação em quatro continentes, medidas estão sendo implementadas para o controle dessa epidemia. A documentação da transmissão pela transfusão de sangue, órgãos transplantados, aleitamento materno e transmissão vertical e a observação de taxa significante de morbidade e mortalidade (variando de 4% a 29%) está alarmando a comunidade médica internacional. Esforços estão sendo realizados na tentativa de obtenção de testes diagnósticos precisos, na busca de uma terapêutica eficaz — uma vez que o meio de controle mais efetivo no momento é o controle de vetores (insetos) — e no desenvolvimento de vacinas. Tendo em vista a detecção de casos na América Central e pelas condições climáticas ideais do Brasil, devemos estar atentos quanto aos possíveis riscos dessa epidemia. Esse artigo apresenta o quadro atual mundial de disseminação, modos de transmissão, quadro clínico, diagnóstico e tratamento, e algumas medidas preventivas para o controle do vírus do Nilo Ocidental. Rev. bras. hematol. hemoter. 2004;26(2):114-121.

Palavras-chave: Transfusão de sangue; vírus do Nilo Ocidental; arbovírus; flavivírus.


ABSTRACT

The West Nile virus is an RNA virus and is one of the most important pathogenic flaviviruses in humans. Due to the increasing number of confirmed cases in the U.S.A since 1999, with documentation of its dissemination from the East coast to the West and South in less than three years and because of its spread over four continents, measures are being implemented to control this epidemic. The documented transmission through blood transfusion, transplanted organs, breast feeding and vertical transmission and the significant morbidity and mortality rates (4 to 29%) is alarming the international medical community. Efforts have been made in an attempt to obtain accurate diagnostic tests, to search for an effective therapy, to control the vectors (insects) and to develop a vaccine. Cases of West Nile infection have already been reported in Central America. Due the ideal climatic conditions for the spread of this virus in Brazil, we should be aware of the risks of an epidemic here. This article presents the current worldwide picture of West Nile Virus dissemination, ways of transmission, clinical picture, diagnosis and treatment with some preventive measures for the control of this infection. Rev. bras. hematol. hemoter. 2004;26(2):114-121.

Key words: Blood transfusion; West Nile virus; arbovirus; flavivirus.


Introdução

Em agosto de 1999, casos de uma doença febril associada a alteração do nível de consciência e fraqueza muscular intensa, posteriormente caracterizados como uma meningoencefalite humana, foram descritos nos Estados Unidos (EUA).1 Seria o início do primeiro surto no Hemisfério Ocidental causado por um arbovírus que foi primeiramente isolado em 1937 no sangue de uma mulher na região nordeste de Uganda, às margens ocidentais do rio Nilo, tendo assim recebido o nome de "West Nile Virus" (WNV), ou vírus do Nilo Ocidental.2

Esse vírus é um dos membros da família Flaviridae do gênero Flavivirus,3 do qual também fazem parte os vírus da hepatite C (HCV), da febre amarela, da encefalite japonesa, o vírus de St. Louis e o vírus da dengue — talvez um dos mais importantes flavivírus patogênicos em humanos.4 É um vírus RNA, composto de 11.029 nucleotídeos, envoltos em um capsídeo interno de 35nm. Ele é constituído de múltiplas cópias de uma proteína central (C) e circundado por uma camada externa contendo proteínas estruturais do envelope (E) e de membrana (M). A proteína E parece estar implicada na ligação do vírus às células, sendo o principal alvo para os anticorpos neutralizantes. Além das proteínas estruturais, o genoma viral codifica sete proteínas não estruturais (NS) envolvidas na replicação e maturação do vírus.3,5-8

Casos esporádicos e surtos de uma doença febril (febre do Nilo Ocidental) já haviam sido relatados na África, Oriente Médio e Ásia, com a caracterização da ecologia do WNV na década de 1950.9,10 Surtos recentes de encefalite pelo WNV em humanos ocorreram na Algéria em 1994, Romênia em 1996-1997, na República Tcheca em 1997, no Congo em 1998, na Rússia em 1999, nos Estados Unidos de 1999 — até o momento, e em Israel em 2000.11

Após 1990, a epidemiologia do WNV parece ter mudado, com aumento na freqüência e gravidade dos surtos.12 A provável origem desse novo panorama da infecção é sugerido por alguns estudos filogenéticos e moleculares, que observaram duas cepas diferentes — uma estaria mais relacionada com os casos ocorridos na África e outra (mais virulenta) seria mais amplamente distribuída e responsável pelos surtos atuais.8,13,14

Entre 2000 e 2001, a vigilância epidemiológica dos EUA documentou a disseminação do WNV do leste para o oeste e também para o sul daquele país.15,16 Em 2001 ocorreram 66 casos de encefalite e meningite em dez estados norte-americanos pelo WNV; já em 2002, o número de casos WNV foi de 4.161 em 44 estados norte-americanos, com 277 mortes até março do mesmo ano.17,18 Até novembro de 2003, o centro de controle de doenças dos Estados Unidos (CDC) reportou uma total de 8.569 casos de infecção pelo WNV com um total de 199 casos fatais naquele ano (2,32%).19

O ano de 2003 tem sido reconhecido como o de maior número de casos de meningoencefalite epidêmica por arbovírus no Hemisfério Ocidental e o de maior número de casos de meningoencefalite pelo vírus do Nilo Ocidental já reportado. Já foram descritos casos de infecção em humanos pelo WNV no Canadá, Caribe e México.20

Um total de 724 casos prováveis de WNV em doadores de sangue também foram detectados por viremia; cerca de 1% deles apresentaram doença neuroinvasiva e 16% quadro febril associado ao WNV.21

Ecologia

O WNV pode infectar 162 espécies de pássaros, especialmente os corvos, pardais e melros — e mosquitos, sendo seus principais representantes os culicídos (14 espécies); a espécie Cullex pipiens parece ser a mais envolvida.20,22,23 Ambos apresentam uma viremia elevada. O homem, assim como cavalos, cães e outros animais domésticos são hospedeiros incidentais, que apresentam baixa viremia, não estando envolvidos com o ciclo do parasita no meio ambiente.11,21,24 A multiplicação do WNV no ciclo pássaro-mosquito-pássaro se dá quando mosquitos adultos emergem no início da primavera até o outono. Entre os humanos, o pico da doença ocorre no fim do verão e começo do outono. A observação de que 99% dos casos que foram descritos em 2002 ocorreram entre 1º de julho e 31 de outubro levou à associação dos casos com o período em que os insetos fêmeas (vetores) estariam ativos.

Nos Estados Unidos, um eficiente sistema de investigação epidemiológica possibilitou o reconhecimento de que as aves migratórias desenvolveram um papel fundamental na disseminação do WNV a partir de Nova York (onde os primeiros casos de WNV foram detectados) para o sul e oeste do país.25 Para tanto, as aves, os cavalos e os roedores selvagens encontrados mortos foram estudados quanto à presença do WNV. Nos estados do sul dos EUA, e talvez em outros países com condições climáticas ideais do Hemisfério Sul, incluindo-se aí o Brasil, é possível que haja transmissão durante o ano todo.8,18

Existem algumas teorias que tentam explicar como teria ocorrido a disseminação quase global do WNV, uma vez que anteriormente estava aparentemente restrito a regiões da África, Ásia e Oriente Médio. Postula-se que aves migratórias provenientes da África teriam sido responsáveis pela introdução do vírus no sul da Europa. Outros acreditam que aves exóticas importadas poderiam estar também envolvidas nos casos ocorridos na América do Norte. Outros ainda acham que um portador humano em período de viremia ou até mosquitos infectados transportados teriam sido responsáveis pelo início da epidemia nos Estados Unidos.3,26

De qualquer maneira, independente do exato mecanismo responsável pela epidemia atual do WNV que acomete os dois hemisférios, hoje existem evidências significativas de quatro modos de transmissão do WNV em humanos: 1) transfusão de sangue; 2) transplante de orgãos; 3) transplacentária, e 4) aleitamento materno.2,3,6,9

História natural da doença e quadro clínico

É descrito que entre 70% e 80% das pessoas infectadas são assintomáticas. Aproximadamente 20% a 30% desenvolvem um quadro febril e, entre um a cada 150 e um a cada 200 indivíduos apresentam envolvimento do sistema nervoso central (taxas essas muito maiores que as relatadas no Egito e África do Sul). A encefalite fatal relacionada ao WNV é estimada em uma a cada mil infeções.28,29 O risco de doença grave é maior em pacientes com idade superior a 50 anos e em indivíduos imunocomprometidos.3,8,25,30

O período de incubação da infecção pelo WNV varia de três a seis dias, chegando até a 14 dias, podendo ser maior em pacientes com neoplasias avançadas e naqueles submetidos a tratamento imunossupressor.28 A doença se caracteriza pelo início súbito de um quadro gripal inespecífico: febre alta com calafrios, astenia, cefaléia, dor retro-orbitária, artralgia e mialgia. Na febre epidêmica pode ocorrer eritema facial, congestão conjuntival, linfadenopatia, linfopenia prolongada e rash maculopapular em até metade dos pacientes, sendo mais freqüente em crianças.8,25

Nos casos com doença neurológica ocorre um pródromo febril de um a sete dias, que pode ser bifásico antes da manifestação no sistema nervoso central. Cerca de 2/3 dos casos caracterizam-se pela encefalite (com ou sem sinais de irritação meníngea) e 1/3 pela meningite.31 A paralisia flácida aguda isolada ou associada foi comum em surtos recentes nos EUA — podendo acometer somente membros ou até musculatura respiratória e bulbar (mielite), necessitando de admissão em UTI e ventilação mecânica.3,25

Achados clínicos incomuns como uveíte e vasculite oclusiva ocular foram recentemente descritos.32

Os pacientes que são hospitalizados apresentam uma taxa de mortalidade de 4% a 14%,4 sendo maior em imunossuprimidos e idosos. A presença de astenia intensa, rebaixamento do nível de consciência, coma, falência em produzir IgM e tratamento imunossupressor concomitante são fatores que geralmente estão associados a uma pior evolução.8,25

A seqüela neurológica é comum, acometendo 50% dos pacientes hospitalizados. Apenas 1/3 dos pacientes apresenta recuperação neurológica completa.3,8

Achados laboratoriais

Cerca de 50% dos pacientes apresentam leucocitose periférica e 15% leucopenia. A análise do líquido cefalorraquidiano revela geralmente uma linfocitose moderada, podendo apresentar neutrofilia ou ainda celularidade normal. A proteinorraquia é moderadamente aumentada e a glicorraquia na maioria das vezes é normal.33

Exames de imagem

Os estudos de tomografia conputadorizada de crânio geralmente mostram-se normais, e à ressonância magnética inicial observa-se aumento inespecífico de captação em áreas periventriculares e nas meninges. Estudos recentes sugerem que um hipersinal em T2 no tálamo e em gânglios da base podem ser indicadores precoces de que o paciente apresenta encefalite pelo WNV.3,8

Eletroencefalograma

Nos pacientes com meningite e meniongoencefalite associados ao WNV foi detectado um padrão característico no EEG, que consiste em um padrão de ondas lentas mais proeminentes nas regiões anteriores do cérebro.34

Diagnóstico

A infecção pelo WNV é confirmada pela detecção do vírus ou de anticorpos contra o vírus. Na maioria dos casos não se consegue isolar o vírus no soro ou LCR, pois a viremia é caracteristicamente baixa e pode ocorrer um rápido clearance do vírus. Entretanto, há relatos de que o paciente pode apresentar viremia persistente por até sessenta dias. A detecção do antígeno viral pode ser feita pelo teste de Elisa, RT-PCR ou pelo teste quantitativo Real Time PCR, que é, até o momento, considerado o método mais sensível para a detecção do WNV, mas identifica somente 57% dos casos.35 Foi estimado nos EUA que, para cada caso confirmado de encefalite causada pelo WNV, outros vinte casos de infecção por esse vírus deixaram de ser diagnosticados.36

O WNV é facilmente identificado em exames de amostras de tecido cerebral posmortem com o uso de técnicas de imuno-histoquímica.

O isolamento do vírus pelo crescimento em cultura é difícil, sendo necessária grande quantidade de amostra preferencialmente fresca. Os resultados são considerados positivos quando se observa o efeito citopático em células Vero. O isolamento do WNV pode demorar de três a sete dias, dependendo da quantidade de vírus presente na amostra.16

O teste laboratorial usado para o diagnóstico rápido de infecção pelo WNV é a detecção de imunoglobulina M (IgM) e de IgG pelo método de Elisa. Como esses testes não são totalmente específicos para WNV, o diagnóstico depende do isolamento do vírus e da confirmação pelo teste de redução específica em placa de anticorpos neutralizantes, muito embora vários testes laboratoriais tenham sido desenvolvidos para um rápido diagnóstico.37,38

O teste de Elisa para detecção de WNV pode ser feito no soro ou LCR (que é específico para infecção de SNC), sendo que 50% dos pacientes apresentam IgM positivo na admissão e 95% no 10ºdia, aproximadamente. Estudos longitudinais de infecção pelo WNV têm demonstrado que a IgM específica anti-WNV pode persistir no soro por até 12 meses ou mais. Portanto, a presença de anticorpo IgM específico anti-WNV em amostra de soro pode não ser necessariamente diagnóstico de infecção aguda pelo WNV, devendo-se ter cautela na interpretação de resultado de IgM positivo sem quadro clínico compatível.39,40

Testes sensíveis e rápidos para a detecção do WNV utilizando a reação de cadeia de polimerase-transcriptase reversa (RT-PCR) têm sido recentemente descritos, baseando-se em uma metodologia simplificada e permitindo a detecção de quantidades inferiores a 0,1 unidades formadoras de placa (PFU) empregando a amplificação de ácido nucléicos baseados em seqüências de nucleotídeos (NASBA).34,41-43

É importante ressaltar que pacientes imunocomprometidos podem não positivar IgM. Nesses pacientes é mais provável a detecção da infecção pelo estudo da PCR.3,16,32

O centro de controle de doenças dos Estados Unidos elaborou um documento para a definição de casos de encefalite e de doença febril pelo WNV, disponível no site (www.cdc.gov/epo/dphsi/casedef/encephalitiscurrent.html).

Transmissão pelos hemocomponentes, órgãos transplantados e hemoderivados

Devido às observações de que o vírus do Nilo Ocidental pode causar viremia transitória após a infecção, e pelo grande número de pacientes assintomáticos ou que apresentam quadro clínico leve, sugeriu-se que esse vírus pudesse ser transmitido pela transfusão de sangue.44,45

A classificação dos casos de infecção pelo WNV transmitida pela transfusão de sangue e hemocomponentes20,46,47 faz-se da seguinte forma:

1. Caso confirmado: evidência de viremia pelo WNV em um doador de sangue associado à infecção pelo WNV em um receptor de sangue ou hemocomponente proveniente de um doador com viremia pelo WNV.

2. Caso não atribuível ao WNV quando houver pelo menos um dos seguintes dados:

a. Teste anti-IgM negativo na análise de seguimento de todos os doadores de sangue correpondentes aos hemocomponentes dentro de quatro semanas do início de quadro compatível com a infecção pelo WNV.
b. Ausência de evidência laboratorial de infecção do WNV no doador na amostra correspondente à doação ou em amostras subseqüentes.

3. Caso inconclusivo requer todas as seguintes situações:

a. Transfusão de hemocomponentes.
b. Evidência laboratorial de infecção recente pelo WNV.
c. Ausência dos requisitos listados para classificar o caso como confirmado ou para excluí-lo.

As definições importantes na determinação da infecção do WNV pela transfusão de sangue são:

1. A determinação de viremia em doador requer uma ou mais das seguintes situações:

a. Isolamento do vírus ou demonstração de antígeno viral específico ou de seqüências genômicas do WNV de amostra obtida no momento da doação de sangue.
b. Resultado de PCR positivo em amostra de sangue obtida no momento da doação e evidência de soroconversão de anticorpo IgM em testes de acompanhamento.
c. Resultado de PCR positivo em amostra obtida no momento da doação, sem outros testes laboratoriais de acompanhamento no doador, mas com testes de IgM positivos em dois ou mais receptores de hemocomponentes a partir da doação implicada.
d. Resultados de PCR discrepantes em amostra de sangue obtida no momento da doação, mas com testes de IgM positivos em dois ou mais receptores de hemocomponentes a partir da doação implicada.

2. A determinação de infecção pelo WNV em receptor de transfusão de sangue e hemocomponentes a partir de um doador com viremia requer pelo menos uma das seguintes situações:

a. Doença associada ao WNV dentro de quatro semanas após a transfusão de sangue e/ou hemocomponentes com viremia e evidência laboratorial de infecção recente pelo WNV.
b. Teste positivo para anti-IgM com ou sem uma história compatível com infecção pelo WNV e ter sido transfundido com sangue e/ou hemocomponentes de um doador de sangue com a doença confirmada.

3. A determinação de doença associada ao WNV em um receptor de sangue e/ou hemocomponentes requer:

a. Início de febre de origem não explicada, meningite, encefalite, ou paralisia flácida aguda (isolada ou em associação) após a transfusão de sangue e/ou hemocomponentes associado aos critérios laboratoriais de infecção recente pelo WNV.

4. Critérios laboratoriais de infecção recente confirmada pelo WNV:

a. Isolamento do vírus WNV ou demonstração de antígeno viral ou seqüências genômicas do WNV em tecidos, sangue, líquido cefalorraquidiano ou outro fluido corpóreo.
b. Detecção de anticorpos IgM anti-WNV (Elisa IgM-capture) em amostra de LCR colhido durante a fase aguda da doença e confirmada pela demonstração de anticorpos neutralizantes ou hemaglutinantes específicos contra WNV na mesma amostra ou em amostra coletada posteriormente.
c. Elevação de quatro ou mais títulos do anticorpo específico anti-WNV no soro.

Nos EUA, o primeiro caso de suspeita de infecção pelo WNV pela transfusão de hemocomponentes foi relatado em 30 de agosto de 2002 em uma paciente que havia sido transfundida durante procedimento obstétrico.48

Outros casos de transmissão pelo sangue e componentes de WNV foram documentados a partir de então.49,50 Entre 28 de agosto 2002 e 1º de março de 2003, o Centro de controle de doenças nos Estados Unidos documentou 61 casos de possível transmissão de WNV pela transfusão de sangue e componentes, sendo confirmados 23 casos baseados em dados epidemiológicos e laboratoriais; 19 foram classificados como inconclusivos e em outros 19 a infecção pelo WNV foi descartada.16

Nos pacientes que apresentaram a infecção pelo WNV transmitida pelos hemocomponentes foi observado que 12 receptores de transfusão desenvolveram meningoencefalite e um apresentou doença febril, aproximadamente 11 dias após a transfusão (período que variou de dois a 21 dias),47 com 29% de mortalidade;4 nove de 14 doadores de sangue envolvidos desenvolveram sintomas compatíveis com infecção pelo WNV antes ou após a doação. Os sintomas mais comuns em doadores, relacionados com transmissão pela doação de sangue, foram febre e cefaléia.51

Em 2002 foram relatados quatro casos de transmissão de WNV relacionados a transplante de órgãos provenientes de um único doador (fígado, rins e coração): foi detectada positividade para WNV em PCR e em cultura viral no momento da doação.52,53 Foi demonstrado que a contaminação ocorreu após a transfusão de sangue ou hemocomponentes de 63 doadores nos dois dias prévios ao transplante. A fonte de infecção foi posteriormente identificada: um doador que se apresentava em viremia no momento da doação e que se tornou soropositivo dois meses após. Todos os receptores dos quatro órgãos estavam em tratamento imunossupressor — três desenvolveram meningoencefalite e um doença febril em 7-10 dias após o transplante.54,55,56

Recentemente foram documentados dois casos de infecção fatal pelo WNV em receptores de transplante de células progenitoras.57,58

Em 2002, o CDC publicou um consenso com o objetivo de reduzir o risco de transmissão de WNV pela transfusão de sangue e hemocomponentes. Na triagem de doadores de sangue, os candidatos à doação são recusados temporariamente, caso apresentem sintomas compatíveis com infecção pelo WNV (febre e cefaléia) no momento da doação ou em período recente; caso, após a doação, apresentem sintomas compatíveis com a infecção pelo WNV; pelo diagnóstico médico de infecção pelo WNV ou ainda pela detecção de infecção em um receptor de transfusão. O período em que estas ações foram aplicadas variaram entre 14 - 28 dias antes ou após a doação suspeita, dependendo das circunstâncias específicas de cada caso, considerando o maior período possível de viremia e embasados nos estudos previamente conduzidos que analisaram o período de viremia em seres humanos.59

Devido à possibilidade de epidemias recorrentes nos EUA e em outras regiões do mundo, os bancos de sangue nos EUA recentemente implementaram os testes de amplificação de ácido nucléico (NATs) como teste de triagem em todas as doações de sangue a partir de junho/2003. A agência norte-americana de medicamentos (FDA) recomendou, além da triagem pelo NAT, a manutenção do questionamento aos doadores de sangue e de células progenitoras sobre febre e cefaléia ocorridas na semana prévia à doação tendo orientado a recusar temporariamente esses doadores.60

Das doações ocorridas até início de agosto/2003 — aproximadamente 1 milhão — um total de 329 (0,03%) foi reativa para infecção pelo WNV com o uso do NAT. Destas, 163 (cerca de 0,015% de todas as doações) mostraram-se repetidamente reativas quando testadas pelo NAT novamente.3,8

Os testes de ácido nucléico para detecção de WNV parecem ser o meio mais efetivo para identificação de doações infectadas, em oposição à recusa temporária do doador, tendo como base o questionário aplicado a doadores e testes sorológicos. No entanto, a sensibilidade do teste ainda está sob investigação. Recentemente, em boletim divulgado pela Associação Americana de Banco de Sangue,61 foi apresentado que todos os hemocomponentes e produtos de aférese coletados nos Estados Unidos estão sendo testados para WNV, em sua maioria pelo uso de NAT em "minipools". Vários centros hemoterápicos, porém, estão conduzindo testes individuais com finalidade de pesquisa, com o intuito de verificar a eficiência de testes para detecção do WNV comparando-os com os resultados obtidos após testes em "pools". Esse mesmo boletim afirma que, até o momento, não é possível quantificar o risco de transmissão de WNV após a implementação do NAT-WNV. Dados isolados sugerem, entretanto, que o teste não é capaz de eliminar totalmente o risco de transmissão de WNV pelo sangue e componentes.58

Quanto ao risco de transmissão do WNV pelos hemoderivados, pode-se inferir que o uso de métodos de nanofiltração, solvente-detergente e tratamento pelo calor pela indústria para eliminar a contaminação pelos outros flavivírus como o HCV possa ser suficiente para evitar a contaminação pelo WNV, uma vez que é um vírus envelopado e de tamanho razoavelmente grande (50nm).37,56

Tratamento

Não existe até o momento tratamento antiviral estabelecido para a encefalite por WNV. Algumas drogas antivirais já foram utilizadas, porém nenhuma com eficácia comprovada. O interferon alfa tem atividade antiviral in vitro e em modelos animais. Tem sido utilizado nos EUA desde o surto em 2002, com eficácia não comprovada. Estudos estão sendo conduzidos para se demonstrar a sua efetividade. A ribavirina em altas doses também já foi utilizada como tentativa de tratamento, porém sem demonstrar benefício.11,62 A imunoglobulina de pacientes previamente infectados é uma terapêutica promissora e está sendo considerada em estudos prospectivos.

O tratamento proposto atualmente é de suporte, com ênfase na prevenção das complicações infecciosas (principalmente pulmonar, secundária à paralisia respiratória), no controle da instabilidade hemodinâmica e convulsões, com o paciente admitido em unidade de terapia intensiva.3,25

Vacinas estão em desenvolvimento.63 Pesquisadores desenvolveram uma vacina quimérica, substituindo a proteína de superficie do WNV pela proteína do vírus da febre amarela. Essa vacina está sendo testada em hamsters, camundongos, macacos e cavalos, com resultados encorajadores. Em breve, estudos fase I em humanos serão realizados.64

Outra vacina em desenvolvimento utiliza os mesmos conceitos de vacina quimérica, associando o vírus da dengue para carrear os genes do WNV. Já estão sendo feitos testes fase I em humanos com essa vacina.65,66

Prevenção e controle

Atualmente, a medida mais efetiva para prevenção da transmissão de WNV a seres humanos e outros animais é controlar a epidemia uma vez que a transmissão foi iniciada, e reduzir a exposição a vetores. Em áreas com presença do vírus deve-se utilizar proteção nas portas e janelas; vestir roupas apropriadas com camisas de manga comprida e calças longas, principalmente quando permanecer fora de casa no período em que os mosquitos são ativos (início da manhã e ao cair da tarde); usar repelentes contra insetos apropriados; diminuir locais de proliferação dos mosquitos (água parada) e aplicar larvicidas em locais de proliferação de mosquitos.41 Estão em curso esforços para o desenvolvimento de vacinas a partir de vírus inativados administrados em cavalos.27

Conclusão

A expansão dessa epidemia nos Estados Unidos deve chamar a atenção não somente dos países da América do Norte, mas de todo o continente, pois as aves migratórias podem trazer esse vírus ao Brasil. Aqui, um país com clima predominantemente tropical e subtropical úmido, ele teria as condições ideais para reprodução e disseminação rápida durante praticamente o ano inteiro com potencial impacto na saúde pública.

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Recebido: 14/02/2004
Aceito: 03/05/2004


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