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terça-feira, 8 de novembro de 2011

"O Brasil não é imune a atentados"



Roger Noriega:

Veja - 07/11/2011


O diplomata americano diz que a associação do Irã com traficantes mexicanos para realizar atentados terroristas não é um fato isolado e que a América Latina virou base do terror islâmico.
Nas últimas duas décadas, o embaixador americano Roger Noriega, de 51 anos, atuou na linha de frente na elaboração da política externa dos Estados Unidos em relação à América Latina. Trabalhou como consultor do Congresso americano e, no governo de George W. Bush, foi chefe da delegação dos EUA junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) por dois anos. Em 2003, assumiu o cargo de secretário adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, do Departamento de Estado. Ficou no posto até 2005, quando deixou a vida pública para atuar no American Enterprise Institute for Public Policy Research, um centro de estudos em Washington que reúne pesquisadores das mais diversas áreas, principalmente as de segurança e políticas públicas. Em outubro, uma semana antes da prisão do iraniano acusado de planejar um atentado contra o embaixador saudita em Washington, Noriega divulgou um artigo sobre as atividades do Irã e do grupo libanês Hezbollah na fronteira mexicana. Na entrevista a seguir, ele conta como foi capaz de antecipar a presença dos terroristas nas franjas do território americano e denuncia a escalada do terror na América Latina.
Como o senhor sabia que o Irã e o Hezbollah atuavam em consórcio com traficantes mexicanos?
Nossa investigação foi baseada em meses de estudos realizados por uma equipe de quatro pessoas que percorreu, além do México, muitos países vizinhos. Essa equipe entrevistou autoridades e fontes secretas nos grupos comandados pelo libanês Hezbollah na região. Nós juntamos os nomes, ligamos os pontos e revelamos uma realidade perigosa. O Irã e o Hezbollah têm expandido suas bases na América Latina com o objetivo de promover atentados terroristas. Eles construíram uma estrutura operacional de recrutamento, treinamento e captação de recursos. Os fatos observados indicam que os terroristas compartilharam suas experiências com os cartéis do tráfico no México. Além do relatório publicado a respeito no site do American Enterprise lnstitute for Public Policy Research, que antecipou as informações sobre essas ações extremistas, nós produzimos um documento confidencial compartilhado com autoridades e vários governos da região.
Por que os Estados Unidos demoraram a detectar essa movimentação em sua fronteira sul?
Gasto grande parte do meu tempo explicando aos políticos americanos que negligenciamos a América Latina. Recentemente, apresentei no Congresso provas consistentes das atividades desses grupos terroristas no continente. Nossos investigadores identificaram pelo menos duas redes paralelas que colaboram entre si e crescem de forma alarmante na América Latina. Essas redes são compostas de mais de oitenta extremistas instalados em doze países, concentrados sobretudo no Brasil, na Venezuela, na Argentina e no Chile. Nós não podemos enfrentar as ameaças transnacionais do tráfico de drogas e do terrorismo sem a cooperação de nossos amigos na região. Por isso, os Estados Unidos precisam prestar mais atenção na região, estabelecer relações econômicas fortes e saudáveis para estimular o crescimento, a prosperidade e a estabilidade entre nossos vizinhos.
Qual tem sido o papel da CIA, a agência de inteligência americana, em relação a esse problema?
Praticamente, nenhum. Em paralelo com o nosso trabalho, que tornou pública a presença do Irã e do Hezbollah no México, o DEA (a agência antidrogas americana) já vinha investigando as ligações entre extremistas islâmicos e traficantes de drogas. E eu acho que isso foi uma sorte, porque os integrantes do DEA estão acostumados a pensar além do que diz o manual. Eles não foram constrangidos pelo raciocínio convencional dos especialistas da CIA em Forças Quds (a unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã). Na agência de inteligência, eles poderiam ter concluído que o modus operandi dos iranianos de contratação do cartel mexicano Zetas para executar o embaixador saudita em Washington era incomum demais para ser realidade - o que poderia ter sido fatal. Em vez disso, o DEA, extremamente ativo em investigações de vários tipos no continente, seguiu em frente e descobriu o plano para matar o embaixador Adel al Jubeir.
Quais são exatamente as conexões do Irã e do Hezbollah na América Latina?
Em 2007, um terrorista que tentou cometer um atentado no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, foi preso em Trinidad e Tobago quando se preparava para viajar a Caracas. Da capital venezuelana, ele seguiria para Teerã, onde, segundo alegou, faria um curso de religião. Ele sabia para onde fugir em segurança. A Venezuela é uma base avançada do terrorismo islâmico na América Latina. Na Ilha Margarita, na costa venezuelana, funciona um dos mais movimentados centros de treinamento de terroristas fora do Líbano. A Tríplice Fronteira, região entre a Argentina, o Brasil e o Paraguai, ainda preocupa por ser um centro de operações financeiras das mais diversas organizações terroristas. Mas é na Venezuela que esses grupos terroristas têm permissão oficial para adestrar-se e planejar ataques contra os Estados Unidos.
O senhor, então, acusa o governo venezuelano de dar suporte a terroristas?
Não resta dúvida de que o presidente Hugo Chávez usa a riqueza petrolífera de seu país para fortalecer o terrorismo islâmico, cujo alvo principal é o território americano. Isso é um escândalo. Sinceramente, em qualquer lugar em que exista uma embaixada iraniana ou mesquita ou centro islâmico patrocinado pelo Irã, e na Venezuela praticamente todos o são, pode haver uma célula do grupo libanês Hezbollah. Não estou sugerindo que toda mesquita seja um centro de terrorismo. Essa é uma suposição ridícula e perigosa. Entretanto, quando agentes iranianos patrocinam mesquitas e centros islâmicos nas Américas, eles o fazem com a finalidade explícita de radicalizar a comunidade muçulmana local. A missão básica desses emissários do terror é identificar alguns indivíduos com potencial para ingressar no Hebollah ou nas Forças Quds.          
Como esses extremistas islâmicos atuam na Venezuela?
 Há uma rede que administra a captação de recursos, o recrutamento, o treinamento e a coordenação dos agentes do Hezbollah no país. Essa rede leva o nome de seu chefe, Ghazi Nassereddine. Ele é um venezuelano nascido no Líbano que exerce um cargo diplomático na Síria. Em 2008, Nassereddine foi identificado pelo governo dos Estados Unidos como um dos fornecedores de suporte logístico e financeiro ao Hezbollah. Apesar de sua relevância, eu o considero menos perigoso que seus comparsas. Esses atuam mais discretamente em suas atividades de treinamento. Nossas fontes confidenciais nos trouxeram evidências de que, no ano passado, ativistas iranianos e do Hezbollah realizaram, na ilha Margarita, um curso de técnicas terroristas para alunos de países da América Latina. Como se não bastasse, a Venezuela foi utilizada como sede de uma reunião de líderes terroristas do Hamas, do Hezbollah e da organização palestina Jihad Islâmica. Esse encontro ocorreu em Caracas em 22 de agosto de 2010, com o aval de Hugo Chávez.
O presidente venezuelano é o único governante da região a apoiar terroristas?
O presidente da Bolívia, Evo Morales, hospeda uma academia de treinamento de milicianos patrocinada pelos iranianos. Essa escola foi inaugurada recentemente pelo infame ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, identificado como um dos arquitetos dos atentados contra alvos judaicos em Buenos Aires, nos anos 90. Tanto a Bolívia quanto o Equador estão permitindo que o Irã realize movimentações supostamente comerciais em seus territórios. A mais preocupante delas é a exploração de minérios estratégicos, como urânio. Essas operações suspeitas podem ser úteis para acelerar o programa nuclear iraniano. Além disso, o comércio entre a Argentina e o Irã aumentou dramaticamente nos últimos anos. Temo que, com o crescimento dos interesses comerciais, exista a possibilidade de que as preocupações com segurança esmoreçam.
A Justiça argentina ainda tenta prender e julgar os diplomatas iranianos autores de dois atentados nó país. O senhor acha que esse comportamento pode mudar?
Os argentinos estão totalmente cientes das atividades do Irã em seu território. Os atentados contra a Embaixada de Israel e o Centro Judaico de Buenos Aires, em 1992 e 1994, são prova disso. Por isso, o Judiciário da Argentina pediu a emissão de um mandado internacional de prisão pela Interpol. Mas, francamente, algumas operações do governo argentino com o Irã são muito suspeitas. A principal delas é o acordo de cooperação na área nuclear assinado entre os dois países. Espero que a descoberta pelo DEA de que poderia haver também outro ataque em Buenos Aires coloque a Casa Rosada em alerta.

Por que o Irã e o HezboIlah escolheram a América Latina como campo de operações?
A proximidade com os Estados Unidos torna a região atraente. O presidente Hugo Chávez, como já disse, também vem construindo uma aliança estreita com o Irã, como forma de fortalecer sua agenda antiamericana. Além disso, ele usou os petrodólares de seu país para abrir as portas da Bolívia e do Equador para o Irã. Como se não bastasse, os serviços de inteligência locais são ineficientes e a América Latina tem baixa capacidade de aplicação das leis. Essa combinação transforma os países latino-americanos em solo fértil para terroristas globais. Diante dessas circunstâncias, o governo dos Estados Unidos precisa empenhar-se mais na cooperação com nossos vizinhos amigos e, desse modo, fortalecê-los.
O que o senhor pode dizer sobre o Brasil?
Há evidências claras de que Mohseo Rabbani, um agente das Forças Quds envolvido nos atentados perpetrados em 1992 e 1994, esteve no Brasil duas vezes nos últimos dois anos. Embora proibido de sair do Irã, por causa de um mandado de prisão expedido contra ele pela Interpol, Rabbani se vale de documentos falsos para entrar no Brasil pela fronteira venezuelana. Isso tem de ser motivo de preocupação. Relatórios oficiais dizem que Rabbani e seu irmão, Mohammad Baquer Rabbani Razavi, com residência fixa no Brasil, recrutaram dezenas de jovens pobres brasileiros para sua causa extremista. Sabemos que Razavi, apesar de ser xiita, uniu-se a líderes sunitas para dar suporte às operações do Hezbollah na Tríplice Fronteira. Eu espero que as autoridades brasileiras parem de negar a existência de extremistas no país e passem a considerar a crescente atuação de organizações terroristas na América Latina. A própria segurança de cidadãos brasileiros está em jogo. O governo do Brasil não pode ignorar essa ameaça.
Qual é o risco para o Brasil?
Dentro em breve, o país será palco da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Obviamente, isso transforma o Brasil em alvo tentador. É um erro subestimar esse fato. A presença de redes terroristas em território brasileiro obriga as autoridades responsáveis pela segurança a aumentar sua atenção. O Brasil, ou qualquer outra nação, não está imune a atentados. A comunidade internacional deu um voto de confiança ao Brasil e espera que o país não falhe em garantir a integridade física dos atletas e do público da Copa e dos Jogos Olímpicos. Rezo para que as autoridades brasileiras deixem de cometer o erro de ignorar o terrorismo. O risco para o país é real e iminente.   

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26/10/2008 free counters

Advogado não consegue auxílio maternidade no STJ



Um advogado do Paraná não conseguiu, no Superior Tribunal de Justiça, o auxílio maternidade. Ele invocou, na Justiça, entre outros pontos, o princípio de igualdade por pagar anuidades assim como advogadas. O advogado ajuizou ação de cobrança contra a Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná sustentando que recebeu o benefício, à época, auxílio natalidade, quando nasceu sua primeira filha. Para ele, a mudança da denominação do benefício, de auxilio natalidade para maternidade, teve o propósito de lesar os advogados. O caso começou a ser analisado na 2ª Vara Federal de Maringá (PR) e chegou ao STJ.
A 4ª Turma do STJ confirmou decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que atende aos estados do Sul do país. De acordo com os desembargadores, a Caixa de Assistência dos Advogados tem personalidade jurídica própria, devendo elaborar seus próprios estatutos. Desse modo, a previsão de auxílio maternidade à advogada mãe não viola o princípio da igualdade, uma vez que se presta a conceder uma espécie de remuneração à profissional, que, logo após o parto, encontra dificuldades naturais no exercício da advocacia.
Na última instância, o advogado levantou dois pontos. Em primeiro lugar, disse que a contribuição recolhida, no mesmo valor, por advogados e advogadas, não se destina apenas à OAB, mas também às Caixas de Assistência, que arcam com diversos benefícios. E assim seria cabível a concessão do auxílio maternidade também aos advogados.
Ele argumentou também que a concessão do auxílio somente às advogadas afronta o princípio da isonomia, sendo vedado à Caixa de Assistência, mesmo sendo instituição particular, impor cláusulas regimentais ou estatutárias que contemplem a distinção de sexo. Isso porque advogados e advogadas recolhem a mesma anuidade.
Na análise do recurso, o ministro Luís Felipe Salomão rebateu as alegações. De acordo com ele, a concessão do auxílio maternidade apenas às advogadas parturientes não se mostra desproporcional. Isso porque suas atividades profissionais ficam temporariamente comprometidas, tendo em vista o desgaste físico, a necessidade de amamentação e cuidados com o recém-nascido. Para o ministro, não há ilegalidade ou discriminação em razão do sexo nestes casos. Com informações da Assessoria de Comunicação do STJ.
REsp 1109252


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26/10/2008 free counters

Réu agride advogados e perde direito de ter um defensor


Depois de atacar três de seus advogados de defesa com lápis e canetas, em julgamento diferentes, o réu Joshua Monson, 28 anos, perdeu seu direito a um advogado de defesa. A decisão foi do juiz David Kurtz do tribunal do condado de Snohomish, no estado de Washington, de acordo com informações do Herald.net e do The Inquisitr.
O réu, que teve de fazer sua própria defesa atado a uma cadeira por algemas elétricas que provocam atordoamento, foi condenado por posse de drogas  metanfetamina, um medicamento estimulante do sistema nervoso central muito potente e altamente viciante, segundo a Wikipédia.
Nenhum dos advogados foi seriamente ferido. Nas duas primeiras audiências, a menos de uma semana uma da outra, Monson atacou dois advogados diferentes com lápis que roubou de outros presos na cadeia, contam as publicações.
Na última audiência, ele foi devidamente revistado e não entrou no julgamento com qualquer lápis. Mas ele pegou a caneta do advogado Jesse Cantor e o feriu na testa, enquanto o promotor fazia suas declarações iniciais. Policiais no tribunal pularam em cima dele, o dominaram e, com instruções do juiz, o ataram na cadeira. O juiz também instruiu os jurados a ignorarem o acidente, bem como a ausência de um advogado defesa no julgamento.
Um defensor público se sentou a uma certa distância de Monson para esclarecer possíveis dúvidas jurídicas que ele tivesse. Ao final do julgamento, o réu não teve permissão para assinar documentos judiciais com caneta ou lápis.
Monson deverá voltar ao mesmo tribunal para responder por acusações de assassinato, de segundo grau. E, em outra oportunidade, para responder por acusações de agressão, de quarto grau, contra seus próprios advogados.
João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos.
Revista Consultor Jurídico, 7 de novembro de 2011



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26/10/2008 free counters

Equipes do Batalhão de Choque chegam à região da USP


08/11/2011 05h16 - Atualizado em 08/11/2011 05h16

Polícia deve cumprir ordem da Justiça de desocupar prédio da reitoria.
Após assembleia, estudantes decidiram manter ocupação na USP.

Do G1, em São Paulo
alunos usp (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Alunos da FFLCH, durante assembleia na noite
desta segunda-feira na USP.
(Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Equipes do 2º Batalhão de Polícia de Choque (BP Choque) deixaram o quartel da corporação, na região da Luz, em São Paulo, por volta das 4h30 desta terça-feira (8), e chegaram 40 minutos depois à Cidade Universitária, onde alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) continuam dentro do prédio da reitoria, contrariando decisão da Justiça, que mandou os estudantes deixarem o edifício até às 23h da segunda-feira (7).
Os universitários decidiram em assembleia realizada na noite desta segunda manter a ocupação do prédio da reitoria. A decisão de cerca de 350 alunos ocorreu por volta das 23h, horário em que expirou o prazo dado pela Justiça para a desocupação do edifício.
Pouco após a decisão, os universitários passaram a atacar os jornalistas, arremessando paus e pedras contra eles, num tumulto que durou cerca de 10 minutos.
Um fotógrafo feriu um dedo e deixou o local para ser medicado. Um cinegrafista foi atingido por uma pedra e outro chegou a ser derrubado durante a confusão.
Uma comissão de comunicação do movimento lamentou a confusão. "Lamentamos qualquer atitude de agressão contra a imprensa", alfirmou um representante da comissão, que disse se chamar Eduardo.
A assembleia também rejeitou propostas levantadas durante reunião entre reitoria e integrantes do movimento, realizada na tarde desta segunda.
PM
Até por volta de 23h15, a Polícia Militar (PM) não estava posicionada no campus. A corporação tem desde às 23h de segunda-feira autorização para esvaziar o prédio ocupado pelos universitários.
Na tarde desta segunda, os estudantes da FFLCH ouviram as propostas feitas por dois representantes da reitoria, após reunião de mais de três horas, convocaram uma plenária para deliberar sobre elas.
De acordo com o professor Wanderley Messias da Costa, que representa a direção da universidade, a reivindicação dos alunos de revogar o convênio com a PM para fazer a segurança do campus está “fora de questão”.
Ele disse que a proposta era criar dois grupos de trabalho mistos (composto por alunos, representantes da reitoria e servidores) para “falar em aprimoramento de um policiamento comunitário no campus, com respeito aos direitos humanos” e outro para examinar os processos abertos contra estudantes e funcionários da USP. “Este grupo examinará os processos para avaliar caso a caso como será o procedimento.”
Para os representantes dos alunos na reunião, Rafael Alves, a proposta foi unilateral. “Nós vamos realizar uma plenária para avaliar as propostas que fizeram, mas elas não são suficientes para nós.” Segundo ele, o canal de diálogo com a reitoria permanece aberto. “Particularmente, acredito que [a proposta] não é uma coisa palatável”, disse.
Intervenção da PM
O prazo dado pela Justiça para a reintegração de posse da reitoria desde a madrugada de quarta (2) terminou às 23h desta segunda. Questionado se a PM seria acionada para desocupar o prédio, o professor Wanderley Messias disse: “[Se o prazo não for cumprido] A USP vai avisar à juíza que homologou o acordo”.
No sábado (5), uma reunião entre as duas partes e a magistrada ampliou o prazo de cumprimento da liminar, que terminaria às 17h de sábado, para esta segunda. “Se eles afrontarem a decisão da Justiça, assumirão os ônus dessa postura”, afirmou.
Já os estudantes dizem que as consequências de um eventual confronto com a PM serão atribuídas à direção da USP. “Se a polícia massacrar estudantes, a responsabilidade é do reitor, João Grandino Rodas, que trouxe a PM para o campus.”
Linha do Tempo da USP (Foto: Editoria de Arte/G1)
 

Radicais sem rosto

Autor(es): Paula Rocha
Isto é - 07/11/2011
 
 

Ligados à extrema-esquerda, estudantes que invadiram a reitoria da USP compõem um grupo pequeno, sem reconhecimento da UNE nem apoio de seus colegas de universidade

Eles nasceram na elite, estudam numa das melhores universidades do Brasil, usam roupas e tênis de marca, se dizem anarquistas e afirmam que defendem a causa operária. Os estudantes que lideraram as manifestações contra a presença da Polícia Militar no campus da USP (Universidade de São Paulo) nas últimas semanas compõem um grupo pequeno, movido por questões ideológicas ultrapassadas, mas capaz de gerar uma discussão de âmbito nacional. Munidos de paus e pedras, e com os rostos cobertos para não serem identificados, cerca de 50 jovens invadiram a reitoria da USP na terça-feira 1o, como forma de forçar o reitor, João Grandino Rodas, a retirar a PM da universidade. O protesto foi motivado pela repressão a três alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), pegos fumando maconha no campus. Quando seriam encaminhados a uma delegacia para assinar um termo circunstanciado, outros estudantes intervieram e a PM usou cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los. A ação truculenta da polícia serviu de gatilho para que os radicais colocassem em prática o movimento autointitulado Ocupa USP – Contra a Repressão. Na quinta-feira 3, a Justiça autorizou a reintegração de posse do prédio da reitoria. Mas eles decidiram manter a ocupação.

A principal reivindicação do grupo, coordenado por três correntes de extrema-esquerda – a Liga Estratégica Revolucionária – Quarta Internacional, o Movimento Negação da Negação e o Partido da Causa Operária (PCO) –, é a suspensão do convênio entre a PM e a universidade, firmado após a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, baleado no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA) em maio passado. O episódio chamou a atenção da sociedade para a falta de segurança no campus e levou a reitoria da USP a pedir reforço no policiamento. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a iniciativa conseguiu reduzir significativamente a incidência de diversas modalidades de crimes na universidade (leia quadro). Esse argumento, no entanto, é desconsiderado pelos garotos mascarados. “O real objetivo da Polícia Militar na USP não é o de inibir crimes, mas sim de combater manifestações políticas e cercear o direito de expressão livre de estudantes e trabalhadores”, dizem os estudantes no Manifesto da Ocupação, publicado na internet. Além disso, eles também exigem que os processos administrativos movidos contra docentes e discentes da USP, devido a ocupações anteriores, sejam suspensos.

Apesar de fazer muito barulho, o grupo dos radicais não representa a opinião dos mais de 80 mil estudantes da USP. Na terça-feira 1o, alunos de diversos cursos realizaram uma manifestação pró-PM no campus, apoiada pelo Centro Acadêmico da FEA. “A presença da PM na USP tem apoio de 80% dos alunos da FEA e da Politécnica”, diz Thomás de Barros, estudante de economia e diretor de comunicação do CA da FEA. A postura dos radicais de extrema-esquerda é vista com maus olhos até mesmo entre aqueles que não querem a polícia atuando dentro da universidade. “Sou contra a PM no campus, mas também não concordo com a ocupação da reitoria”, disse um estudante de letras que não quis se identificar. A União Nacional dos Estudantes (UNE) declarou que não reconhece o grupo e que seu contato na USP é o Diretório Central dos Estudantes (DCE). O próprio DCE, também contrário à presença da PM, não apoia os radicais. “Infelizmente, um setor minoritário do movimento, derrotado na votação da assembleia de 1o de novembro, agiu de forma antidemocrática ao ocupar a reitoria, deslegitimando o debate feito no fórum”, declararam em nota.

Para o sociólogo Renato Cancian, autor do livo “Movimento Estudantil e Repressão Política”, a militância político-partidária, intensificada a partir dos anos 1970, acabou por enfraquecer o movimento estudantil, já que houve um completo distanciamento das demandas educacionais. “Os militantes partidários defendem uma agenda eminentemente política, enquanto os apartidários pregam a completa dissociação do movimento estudantil de questões políticas mais amplas”, diz Cancian. “E, na verdade, as duas agendas podem coexistir, desde que tenham equilíbrio.”  O especialista ainda defende a ideia de que a solução para a questão da violência no campus da USP deve incluir outras medidas além da presença da PM. “A USP deveria investir em mais iluminação e no treinamento da guarda universitária.” O orçamento em 2011 da USP é de R$ 3,6 bilhões, dinheiro que vem de impostos cobrados em São Paulo. Desse total, 85% vai para o pagamento de salários de professores e funcionários.

Colaborou Flávio Costa

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26/10/2008 free counters

#rio #corrupção Em Nova Friburgo, corrupção derruba mais um prefeito da região serrana do Rio

MP Federal investiga desvio de recursos públicos, pagamento por serviços não executados, superfaturamento, fraude em contratações e ilegalidades em dispensa de licitação

Debaixo de chuva, trabalhadores da prefeitura usam máscara para evitar infecções ao trabalhar no enterro das vítimas do deslizamento em Nova Friburgo, Rio de Janeiro - 15/01/2011 Debaixo de chuva, trabalhadores da prefeitura usam máscara para evitar infecções ao trabalhar no enterro das vítimas do deslizamento em Nova Friburgo, Rio de Janeiro - 15/01/2011 (Felipe Dana/AP)
Suspeitas de desvio de recursos públicos levaram a Justiça Federal em Nova Friburgo, município da região serrana do Rio de Janeiro, a afastar preventivamente o prefeito em exercício, Dermeval Barboza Moreira Neto, e o secretário de governo, José Ricardo Carvalho de Lima, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Na semana passada, o prefeito de Teresópolis, Mario Jorge Sedlack, perdeu o mandato pelo mesmo motivo.
Os dois municípios sofreram fortemente com o temporal de janeiro, o que atraiu um grande volume de recursos federais para viabilizar a reconstrução das áreas destruídas. Desde então, esses municípios - e, principalmente, os políticos locais - passaram a receber muito mais atenção do que estavam acostumados.

O MPF ajuizou ação de improbidade administrativa contra os réus, depois de investigação apurar o desvio de recursos públicos, o pagamento por serviços não executados, superfaturamento, fraude na contratação da empresa Cheinara Dedetilar de Imunização, além de ilegalidades em dispensas de licitação. Os empresários envolvidos sacaram, segundo as investigações, 380 mil reais em espécie. Os saques ocorreram em duas datas, sob o monitoramento de amigo e de assessor do prefeito de Nova Friburgo.

A decisão também determinou o bloqueio de bens de ambos, assim como do secretário de Educação, Marcelo Verly de Lemos, e dos empresários Adão de Paula e Alan Cardeck Miranda de Paula. Foi decretada ainda a quebra de sigilo bancário e de gastos com cartões de crédito.

As ilegalidade praticadas pelo prefeito de Nova Friburgo e demais réus são estimadas em prejuízo de 318 mil reais ao patrimônio público. A verba havia sido repassada ao município pela União depois do desastre de janeiro deste ano, quando fortes chuvas atingiram a região serrana do Rio de Janeiro, causando mais de 900 mortes e deixando milhares de pessoas desabrigadas.

O afastamento do prefeito e do secretário de Governo destina-se a impedir a alteração de provas e a confecção de documentos para justificar os gastos realizados. Caso condenados, os réus poderão perder os seus cargos públicos, ter suspensos os seus direitos políticos, ser obrigados a ressarcir o prejuízo causado, a pagar multa, dentre as demais penalidades da Lei de Improbidade Administrativa.


Acusação de improbidade

Justiça Federal afasta prefeito de Nova Friburgo

O juiz federal Eduardo Francisco de Souza, da Vara Federal de Nova Friburgo, determinou o afastamento do prefeito de Nova Friburgo, Dermeval Barbosa Moreira Neto e do secretário de governo, José Ricardo Carvalho.
A decisão foi proferida em ação improbidade administrativa, na qual os gestores afastados são acusados, dentre outras irregularidades, de ter favorecido a uma empresa contratada com recursos encaminhados pelo governo federal para serviços emergenciais decorrentes da tragédia climática ocorrida em janeiro deste ano.
Consta da sentença que “a exordial veio acompanhada de farto lastro probatório, consistente em inquérito civil público composto de diversos documentos; assentada de vários depoimentos, inclusive prestados por alguns dos requeridos; declaração de testemunhas; mídia eletrônica documentando saques em dinheiro por alguns dos requeridos; processos administrativos relativos às contratações, firmada entre o município de Nova Friburgo e a firma Adão de Paula Me, vinculadas ao convênio SIAFI 666053, objetos de apreensão judicial”.
Os empresários Adão de Paula e Alan Cardek Miranda de Paula sacaram quase R$ 400 mil, em espécie, ocasião em que estavam presentes na agência bancária um gerente do gabinete do prefeito e um amigo íntimo do prefeito afastado, conforme gravação obtida pelo MPF.
Ao analisar os autos, chamou a atenção do julgador “que a contratada, um empresa individual com capital social de R$ 8 mil, e com faturamento anual médio de R$ 2 milhões tenha obtido contratos cujo valor supera em quase oitenta vezes o seu capital social”.
O juiz entendeu ser mais inusitado, ainda, o fato de que desses R$ 603.778,72, tenha a firma contratada recebido em espécie quase R$ 400 mil, ou seja dinheiro vivo sacado na boca do caixa. Por fim, lembrou que operações de saque acima de R$ 100 mil devem ser registradas no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)1, órgão responsável por apurar transações financeiras atípicas.
A par disso, de acordo com a decisão, a permanência do prefeito e do secretário no cargo representam grave risco ao trabalho da Justiça, pois as provas obtidas pela Procuradoria da República mostram que ambos estavam forjando e manipulando os processos administrativos e documentos relacionados aos contratos, mesmo depois da busca e apreensão judicial realizada em julho deste ano.
A Justiça Federal determinou a indisponibilidade dos bens dos requeridos, a quebra do seu sigilo bancário, e indeferiu o pedido do MPF de busca e apreensão na residência dos requeridos. O juiz determinou, ainda, que o presidente da Câmara de Vereadores assuma provisoriamente a chefia do Executivo. A decisão foi cumprida.
Clique aqui para ler a decisão.
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26/10/2008 free counters

#Corrupção Alunos de programa do Ministério do Trabalho recebem lanche estragado


Relatório da CGU mostra reclamações de inscritos no ProJovem em Sergipe. Três ONGs receberam 11 milhões de reais para prestar serviço precário

Luciana Marques
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi: atraso na bolsa-auxílio, falta de material e comida ruim O ministro do Trabalho, Carlos Lupi: atraso na bolsa-auxílio, falta de material e comida ruim (Elza Fiuza/Agencia Brasil)
”Vem até formiga no lanche”, Gilvania Vieira dos Santos, aluna do ProJovem e desempregada
Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) de fevereiro, obtido com exclusividade pelo site de VEJA, revela como desempregados com idades entre 18 e 29 anos sofreram na pele com as irregularidades nos convênios do programa ProJovem, do Ministério do Trabalho. As irregularidades na contratação de ONGs foram reveladas em reportagem da edição de VEJA desta semana. 
O levantamento da CGU mostra reclamações de alunos inscritos em cursos como administração, costura, construção e reparos, pesca e serviços pessoais (maquiagem, depilação e corte de cabelo). O objetivo da capacitação, oferecida em municípios do Sergipe, era inserir os jovens no mercado de trabalho. Nada no programa, no entanto, convergiu para isso.
Os estudantes tinham direto a uma bolsa mensal de 100 reais, a um lanche no intervalo das aulas e a auxílio-transporte. Para realizar os cursos, o governo do Sergipe, em parceria com o Ministério do Trabalho, fez repasses para três ONGs no valor total de 11 milhões de reais.
Os alunos se queixaram da falta de material, da má qualidade das instalações, da falta de capacitação do professor e até do fornecimento de comida estragada. ”O lanche é de baixa qualidade. Às vezes vem até com formiga”, reclamou a aluna Gilvania Vieira dos Santos, inscrita no curso de construção e reparos no município de Laranjeiras.
A estudante Kely Cristina Caitano dos Santos, que fez o curso de vestuário no município de Divina Pastora, relatou: “Vem laranja estragada, melancia verde, iogurte cheio de água e, na semana passada, nós assinamos e não teve lanche”. Durante o curso de serviços pessoais, em Barra dos Coqueiros, a história se repetiu. “Foi servido até biscoito mofado”, disse Taise Eugenia Alves dos Santos. “O lanche vem péssimo e às vezes cru”, disse Ana Marcia Menezes Dias Bomfim, de Simão Dias.
Sem material - Também houve queixas sobre a falta de condições para realização dos cursos. Na aula de vestuário, por exemplo, apenas três máquinas de costura funcionavam dentre as quatorze colocadas à disposição para a prática. No curso de formação de cabeleireiros, havia tomada para apenas um secador. Os estudantes também reclamaram da falta de material de limpeza e higiene nas instalações para o curso de alimentação.
George de Jesus Santos, que fez curso de administração em Simão Dias, está entre as dezenas de estudantes que sofreram com o atraso no repasse do auxílio financeiro oferecido pelo programa. “O dinheiro está na conta de algum espertinho porque não chega na nossa”, relatou.

Irregularidades - A contratação dos serviços foi feita por meio de uma termo de adesão entre o Ministério do Trabalho e a Secretaria de Estado do Trabalho, da Juventude e da Promoção da Igualdade Social de Sergipe. A secretaria, por sua vez, contratou a Agência de Tecnologia, Pesquisa e Ensino do Nordeste (ATNE), pelo valor de 3,8 milhões de reais, para execução de cursos destinados a 2.750 jovens.
Já a Associação para Organização e Administração de Eventos, Educação e Capacitação (Capacitar) deveria receber 5,8 milhões de reais para capacitar 4.250 jovens. A União Multidisciplinar  de Capacitação e Pesquisa (Unicapes) também foi contratada, no valor de 1,4 milhão de reais, para monitoramento e avaliação dos cursos de qualificação social e profissional. Todas as companhias tiveram os convênios firmados em fevereiro de 2010.

A Polícia Federal, no entanto, recomendou ao governo que não contratasse as entidades por irregularidades detectadas em convênios anteriores. As empresas, então, tiveram os contratos rescindidos e receberam somente parte da quantia prevista inicialmente.

A secretaria contratou, então, duas novas entidades em julho de 2010, sem licitação: a Tocqueville, em valor superior a 950.000 reais, para monitoramento e avaliação dos cursos; e a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), no valor de 6,3 milhões de reais, para execução dos programas. A edição de VEJA desta semana mostrou que o dono da Renapsi, Adair Meira, realizou um esquema para beneficiar outras organizações ligadas a ele, como a Fundação Pró-Cerrado.

Defesa - Em resposta à reportagem, a assessoria do Ministério do Trabalho informou que o ministro Carlos Lupi enviou um ofício em junho de 2010 ao governador de Sergipe, Marcelo Déda, informando as irregularidades apontadas pela CGU e pela Polícia Federal. No texto, Lupi diz que não é possível liberar a segunda parcela dos convênios com as três entidades inicialmente contratadas para execução dos cursos do ProJovem no estado.

Escândalo no Trabalho

Comissão de Ética abre investigação contra Carlos Lupi

A relatora do caso, Marília Muricy, pedirá esclarecimentos ao ministro do Trabalho sobre irregularidades em convênios da pasta - reveladas por VEJA

Luciana Marques
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi: ele vai ter de se explicar O ministro do Trabalho, Carlos Lupi: ele vai ter de se explicar (Agência Brasil)
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu, nesta segunda-feira, abrir processo contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para apurar irregularidades nos convênios da pasta com organizações não-governamentais (ONGs). Reportagem de VEJA desta semana revela que caciques do PDT comandados por Lupi transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. A relatora do caso será a conselheira Marília Muricy. Ela pedirá ao ministro esclarecimentos sobre irregularidades em contratos realizados pela pasta.
EXCLUSIVO: Alunos de programa do Trabalho recebem lanche estragado
O que diz a edição de VEJA - Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema no Ministério do Trabalho funciona assim: primeiro o ministério contrata entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigem propina de 5% a 15% para resolver 'pendências' que eles mesmos criam.
O Instituto Êpa, sediado no Rio Grande do Norte, foi um dos alvos do achaque. Após receber em dezembro de 2010 a segunda parcela de um convênio para a qualificação de trabalhadores no Vale do Açu, a entidade entrou na mira dos dirigentes do PDT. O ministério determinou três fiscalizações e ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse à ONG.
Ao tentar resolver o problema, os diretores do instituto receberam o recado: poderiam regularizar rapidamente a situação da entidade pagando propina. Para tanto, deveriam entrar em contato com Weverton Rocha, então assessor especial de Lupi, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Ambos respondiam a Marcelo Panella, então chefe de gabinete, homem de confiança do ministro e tesoureiro do PDT.
De acordo com os relatos obtidos por VEJA, Weverton era um dos responsáveis por fixar os valores da propina, e a Anderson cabia fazer o primeiro contato. Feito o acerto, o dinheiro era entregue a um emissário do grupo no Rio de Janeiro. "Você não tem defesa. Já prestou serviço e sofre a ameaça de não receber. Se o sujeito te põe contra a parede, o que você faz?", diz um dos dirigentes da ONG Oxigênio, outro alvo de achaque, que admite ter desembolsado 50 mil reais para resolver 'pendências'. "Quando você tenta resistir, sua vida vira um inferno."
O Palácio do Planalto monitora o caso. Deputados federais do próprio PDT contaram a Giles Azevedo, chefe de gabinete de Dilma, que Panella estaria cobrando propina de ONGs. Por ordem da Casa Civil, Panella foi demitido dias depois, em agosto. Panella nega. "Saí porque não me adaptei a Brasília", diz o ex-chefe de gabinete de Lupi por quatro anos. Weverton, que assumiu em outubro mandato de deputado federal, também nega. "Quando uma entidade te procura, é porque ela tem problema, mas nossa equipe sempre foi muito profissional", diz.
Escândalos em série - Em dez meses, escândalos em série já derrubaram cinco ministros de Dilma Rouseff: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).
A Comissão de Ética também decidiu aplicar censura ética contra o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci diante do aluguel de um apartamento em São Paulo. O escândalo envolvendo o aumento patrimonial do então ministro culminou em sua demissão. 
 

CGU confirma irregularidades em ONGs do Trabalho

PPS vai pedir à Procuradoria Geral da República que investigue o caso. Partido quer ouvir na Câmara envolvidos no esquema, revelado por VEJA desta semana

Gabriel Castro
Carlos Lupi, ministro do Trabalho Carlos Lupi, ministro do Trabalho (Elza Fiuza/Agencia Brasil)
A Controladoria-Geral da União (CGU) informou neste sábado detalhes da investigação sobre as Organizações Não-Governamentais (ONGs) vinculadas ao Ministério do Trabalho. Entidades notoriamente enroladas contavam com a vista grossa de dirigentes do PDT instalados no ministério para continuar a receber verba pública. Reportagem da edição de VEJA desta semana mostra a facilidade com que o gaúcho Adair Meira conseguia driblar as exigências da pasta. Duas de suas ONGs, a Fundação Pró-Serrado e a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), justificavam a maioria de seus gastos com repasses para organizações relacionadas com o próprio Meira.
Responsável por sete convênios com o ministério, a Pró-Cerrado destinou 86% dos recursos que recebeu a outras três entidades. FPC, Funcer e Renapsi, juntas, obtiveram 3,8 milhões de reais. E as três são presididas por Adair Meira, como a Pró-Cerrado.
Há ainda um outro convênio, firmado pela própria Renapsi com o ministério, no valor de 3,3 milhões de reais . Em todos esses casos, a CGU constatou que a atividade-fim dos convênios, a capacitação profissional, era mero pretexto para desvio de recursos. Os alunos atendidos não passavam de assinaturas falsas em listas fornecidas pela entidade ao ministério.
A Controladoria detectou falhas na licitação e na execução dos contratos, além da não-realização do objeto das parcerias. A análise teve início ainda em 2008. Um dos  trechos do documento lista os problemas encontrados: “Contratação  por  meio  de  dispensa de licitação indevida da entidade Renapsi sem que a entidade tenha comprovado possuir a reputação ético-profissional; Contratação  de  entidade  que  não  tem  como  objetivo estatutário a educação de jovens adultos. Apresentação de declarações e atestados inidôneos para fins de Habilitação. Ausência de justificativas de preços”. O trabalho dos auditores da CGU ainda não foi encerrado.
Esquema - A reportagem revela também que caciques do PDT comandados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão. Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, assessores do ministro Carlos Lupi exigiam propina de 5% a 15% para resolver 'pendências' que eles mesmos criamvam.
Oposição - O PPS já anunciou que vai pedir à Procuradoria Geral da República que investigue o caso. O partido também quer ouvir, na Câmara, dirigentes de ONGs que confirmam o pagamento de propina, além do ministro e assessores envolvidos no esquema. "Virou prática na Esplanada dos Ministérios a montagem de balcões de propina para cobrar ‘pedágio’ das empresas que assinam contratos com o governo. É uma corrupção desenfreada que, quando o dinheiro público não vai direto para o bolso de ministros e assessores, acaba parando no caixa dois de partidos", diz o líder da bancada, Rubens Bueno (PR).


08/11/2011
às 2:03

REPORTAGEM DA VEJA - Nem as principais lideranças do PDT querem saber mais saber de Lupi

Por Rafael Moraes Moura, Vera Rosa e João Domingos, no Estadão:
Desafiado por expoentes do próprio partido, o PDT, e na mira da Comissão de Ética Pública da Presidência, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é o sexto colaborador da presidente Dilma Rousseff que pode perder o cargo por denúncias de corrupção.Dilma conversou na segunda-feira, 7, com Lupi por 20 minutos, no Palácio do Planalto. Ela tentará segurar o ministro até a reforma da equipe, prevista para janeiro de 2012, mas manifestou preocupação com a “fritura” do auxiliar no próprio PDT após a publicação de reportagem na revista Veja que envolve assessores de Lupi na cobrança de propina de ONGs. Auxiliares da presidente lembraram que o Planalto considera fundamental o apoio dos partidos aos ministros, como ocorreu com Orlando Silva (ex-titular do Esporte), que ganhou sobrevida de alguns dias por causa da resistência do PC do B.
“Sou osso duro de roer. Quero ver até onde vai essa onda de denuncismo. Se tem alguém usando a estrutura do ministério para desviar dinheiro público, que seja devidamente enquadrado e responda por isso”, disse o ministro em entrevista à TV Globo.
Polícia Federal
Lideranças importantes do partido, os deputados Antônio Reguffe (DF) e Miro Teixeira (RJ) vão nesta terça-feira, 8, à Procuradoria-Geral da República pedir a abertura de inquérito na Polícia Federal para apurar as suspeitas de irregularidades no ministério. “As denúncias são gravíssimas”, disse Reguffe, que teve 266.465 votos, 18,95% dos votos válidos (proporcionalmente o mais votado do Brasil).
Ao lado de Miro, pedetista histórico e ex-ministro, no nono mandato, Reguffe é um dos parlamentares mais representativos do PDT. Os dois deputados perguntaram ainda ao senador Pedro Taques (MT), que é procurador da República, se ele não queria assinar a representação. Taques ficou de estudar o assunto.
Além da ofensiva de pedetistas, a Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu na segunda-feira abrir processo preliminar contra Lupi e cobrar explicações sobre denúncias de que assessores da pasta atuam em um esquema de extorsão de dinheiro para liberação de recursos a ONGs. Ele terá dez dias para se manifestar.
Antes de conversar com Dilma, Lupi participou de reunião no Planalto com líderes partidários para tratar da votação da Desvinculação das Receitas da União (DRU). Deputados disseram ao Estado que ele “entrou mudo e saiu calado”.
(…)
Por Reinaldo Azevedo


07/11/2011 14h22 - Atualizado em 07/11/2011 14h32

'Sou osso duro de roer', diz ministro do Trabalho sobre denúncias

Reportagem apontou suposto desvio de recursos no Ministério do Trabalho.
Carlos Lupi, do PDT, quer se reunir com bancada do partido e com Dilma.

Do G1, em Brasília
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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (7) que seu cargo está à disposição da presidente Dilma Rousseff, mas que é "osso duro de roer" e vai cobrar apuração das denúncias envolvendo a pasta.
"O cargo está sempre à disposição da presidente. Agora, eu sou osso duro de roer. Eu quero ver até onde vai essa onda de denuncismo. Eu quero que se apure com profundidade e se prenda, cadeia, para o corrupto e para o corruptor", disse Lupi à TV Globo no início da tarde no aeroporto de Brasília ao chegar do Rio, onde passou o fim de semana.
Reportagem publicada neste fim de semana pela revista "Veja" aponta envolvimento de funcionários da pasta em um suposto esquema de desvio de recursos de convênios com entidades privadas. Por conta das denúncias, o ministro Carlos Lupi afastou no sábado (5) o coordenador de qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos. O G1 não conseguiu contato com Anderson Santos.
Carlos Lupi afirmou que quer se reunir com a presidente Dilma para explicar a ela as denúncias envolvendo a pasta. No entanto, não há previsão de o ministro ser recebido por Dilma nesta segunda.
No fim de semana, Lupi afirmou, por meio de sua assessoria, que solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal seja "acionada imediatamente" para apurar as denúncias.
"Pedi ao Ministro da Justiça que, através da Policia Federal, leve as investigações até o fim, e aponte nomes, registros telefônicos e tudo mais que possa ser identificado como prova. (...) Se tem alguém usando a estrutura do ministério para desviar dinheiro público, que seja devidamente enquadrado e responda por isso", afirmou Lupi, em nota divulgada pela assessoria.
Representação
Mais cedo nesta segunda, parlamentares do PDT, partido do ministro, afirmaram que estudam uma representação na Procuradoria Geral da República contra Lupi.
A representação foi discutida nesta manhã pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Cristovam Buarque (PDT-DF), além dos deputados federais Reguffe (PDT-DF) e Miro Teixeira (PDT-RJ). A assessoria do Ministério do Trabalho afirmou que Lupi não vai se manifestar "por enquanto" sobre o assunto.
"Não podemos cair na opção de não analisar. Então, estamos estudando entrar com uma representação na PGR. Eu entendo que a representação tem de ser feita pelo próprio PDT na PGR. Não podemos pré-julgar, mas sabemos que a posição é grave", disse Taques.
O senador disse que conversou com o ministro Carlos Lupi por telefone ainda no final de semana. Segundo ele, Lupi pretende chamar uma reunião com os parlamentares nesta terça para explicar as denúncias de irregularidades envolvendo sua pasta.
Centrais sindicais
Nesta segunda pela manhã, a Força Sindical, presidida pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, e mais quatro centrais sindicais divulgaram nota de apoio a Lupi.
"As centrais sindicais signatárias deste documento manifestam solidariedade ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que está sendo vítima, assim como o movimento sindical, de uma sórdida e explícita campanha difamatória e de uma implacável perseguição política, que visa a desestabilização do governo e o linchamento público do titular da pasta."
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26/10/2008 free counters

Crime bárbaro revolta população de Ivaté


8/11/2011

Ivaté – Marcos Paulo Mendonça Malafaia, de 16 anos, morador de Ivaté, teve a vida interrompida por causa da ação irresponsável de quatro desocupados que invadiram um mercado na cidade, praticaram roubo e balearam o adolescente. O latrocínio ocorreu na noite de sábado (5). A quadrilha – que espalhou pânico aos funcionários e clientes do estabelecimento – foi presa uma hora depois do sinistro. E a simples e trabalhadora população de Ivaté está revoltada com a tragédia. O bando teve que ser levado para Umuarama, ainda no sábado, porque a comunidade se rebelou e foi até a delegacia para protestar, com a intenção de fazer justiça com as próprias mãos. Os acusados do assalto – dois de Ivaté e dois de Umuarama – correram risco de linchamento.
O crime aconteceu às 19h30. O B.O. (Boletim de Ocorrência) revela que Valdir Moreira Lima, 35, André Aparecido de Souza, 27, Lucas Antônio Ferrari, 20 e Rodrigo Nunes Soares, 21, armados e muito irritados, anunciaram o assalto e logo exigiram a abertura do cofre da empresa. As câmeras de segurança flagraram a ação dos bandidos. Quem estava no local teve que deitar no chão e ficar quieto. Marcos Malafaia era funcionário do mercado há menos de um mês e foi brutalmente baleado nas costas (região do coração) com um tiro de revólver, quando também estava de bruços. Os assaltantes se apossaram de aproximadamente R$ 9 mil em dinheiro espécie e fugiram na Parati, placas ADG-6342, de Ivaté. Pegaram a Estrada Marçal, em direção a Maria Helena. A PM (Polícia Militar) local prendeu os meliantes uma hora depois, perto de uma plantação de cana.
Protestos
As manifestações de total revolta começaram minutos depois do assassinato do jovem, que era estudante e já trabalhava no comércio. A população ficou sabendo da prisão em flagrante dos acusados e queria fazer justiça. Houve princípio de invasão da delegacia. A situação só foi controlada com a chegada da Rotam (Ronda Tático Motorizada). Os policiais militares usaram tiros de festim para acalmar o povo. Ninguém foi atingido. As ruas da delegacia foram fechadas pelos manifestantes. O protesto terminou quase a meia noite, com a transferência dos presos à 7ª Subdivisão Policial de Umuarama.
O pedido por justiça e mais segurança à cidade teve prosseguimento na manhã de ontem. Uma passeata começou às 10 horas e ganhou proporções pelas principais ruas e avenidas de Ivaté. O comércio fechou, em respeito ao movimento e os estudantes foram dispensados das aulas. Na caminhada, cartazes com os dizeres “diga não à violência”, “queremos paz”, “chega de violência, queremos mais segurança”.
Além de vários professores, a passeata contou com a participação do diretor do colégio estadual Raquel de Queiroz, Alberto Stela. O jovem assassinado estudava no estabelecimento e era querido por todos. “Ficamos revoltados com o ocorrido convocamos nossos alunos a se movimentar nessa passeata, pedindo paz e mais segurança a nós moradores de Ivaté”, registra Alberto. Outro líder do movimento foi o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Valdecir Baixinho Prevital. O pedido de aumento no efetivo da PM também foi feito à Prefeitura. Ivaté possui uma população de aproximadamente 9 mil habitantes e necessita de mais policiamento.
  Ação da polícia
Os cabos Ronaldo Aparecido Oliveira e Claudio Woicechovski e soldados Antônio Marcos Quadreli e Jeferson Ávila Gonçalves foram os primeiros policiais a atender a ocorrência e que prenderam a quadrilha. Na sequência, chegaram equipes da região para auxiliar na rápida operação. Estava de plantão na PC (Polícia Civil) local o escrivão Marindo da Silva.
O caso agora está nas mãos da PC de Umuarama e sendo dirigido pelo delegado Nilson Rodrigues, autoridade que ordenou, ainda na noite de sábado, que ninguém fosse solto. “Que não me soltem ninguém! É inadmissível que vagabundos saiam por ai, praticando esse tipo de crime tão grave à sociedade.” O delegado autuou em flagrante Valdir, André, Lucas e Rodrigo por crimes de latrocínio e formação de quadrilha. Os quatro vão permanecer presos em Umuarama. O latrocínio está tipificado no artigo 157, do Código Penal Brasileiro. Trata-se de roubo, qualificado pela consequência morte da vítima, sendo, portanto, um crime complexo (fusão de dois delitos: roubo e homicídio). Figura entre os delitos de maior pena privativa de liberdade no País. A quadrilha pode pegar até 30 anos de prisão.
 

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26/10/2008 free counters

#gastronomia Broccoli and White Cheddar Mac & Cheese



Mac & cheese. Oh how I love mac & cheese.
It’s one of my favorite foods on the planet (besides chocolate). Whenever it’s cold outside or I need some comfort or I’m hungry or it’s a day that ends in ‘y’, I turn to mac & cheese. I’ve had to impose mac & cheese limits on myself to keep from eating it every day of the week. I love it so much I would run away with mac & cheese and never look back.
Can you believe that until maybe 3 or 4 years ago I’d never cooked anything other than the boxed kind? Believe it. The first time I tried to make bechamel-based mac & cheese, it was a total failure. Clumps everywhere. But I love mac & cheese so much I kept trying, and you know what? It’s not hard. And the homemade stuff tastes way better than the box kind.
Broccoli and White Cheddar Mac and Cheese
Let me be clear: This is stove-top mac & cheese. (Oven baked mac & cheese is dead to me.) It’s a creamy, cheesy mac & cheese with broccoli (to make it healthy) and just the right amount of spicy kick from the pepper jack cheese to warm you from the inside.
It’s perfectly delicious and satisfying comfort food that will solve all your problems and bring about world peace.
OK maybe not that last part, but it’s definitely delicious.

Broccoli & White Cheddar Mac & Cheese

Printable Recipe
Serves 2 as a main dish, 4 as a side
Buy blocks of cheese and grate it yourself. It makes a world of difference! The pre-shredded stuff just doesn’t melt as smoothly. Plus, the more calories you burn shredding cheese, the more mac & cheese you can eat.

Ingredients

3 cups frozen baby broccoli florets
1/2 pound elbow macaroni
1 1/2 tablespoons unsalted butter
2 tablespoons flour
1 1/3 cups milk
4 ounces sharp white cheddar cheese, grated
2 ounces pepper jack cheese, grated
salt to taste

Directions

Microwave broccoli florets in a large, microwave safe bowl according to package instructions until tender (usually 4-5 minutes). Drain off any water and set aside.
Fill a large pot with water and bring to a boil. Add elbow macaroni. Boil according to directions until al dente. Drain.
Meanwhile, melt butter in a saucepan over medium heat. Add flour and whisk to form a paste (roux). Cook 1-2 minutes to eliminate raw flour taste. Slowly pour in milk, whisking briskly to remove lumps. Continue cooking over medium heat, whisking constantly, until milk mixture thickens. Remove from heat and whisk in shredded cheese. Add salt to taste.
Add drained macaroni back to pot. Pour cheese sauce over macaroni, add broccoli, and stir to combine. Devour.

http://cravingchronicles.com/
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26/10/2008 free counters

Luz infravermelha se mostra eficaz no combate ao câncer



Em testes com animais, anticorpos, após serem ativados por raios, mataram células cancerígenas sem provocar efeitos colaterais

Célula cancerígena: luz infravermelha se mostrou eficaz no combate às células afetadas pelo câncer Célula cancerígena: luz infravermelha se mostrou eficaz no combate às células afetadas pelo câncer (iStockphoto)
Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos utilizaram luz infravermelha nos testes de um novo tratamento contra o câncer. O estudo, publicado no periódico Nature Medicine, fez com que anticorpos fossem acionados por raios, matassem as células cancerígenas sem prejudicar as saudáveis e, o que é mais impressionante, aparentemente sem provocar efeitos colaterais.
Atualmente, existem três principais meios de combater o câncer: remoção cirúrgica, terapia radioativa e quimioterapia. Embora eficazes contra vários tipos da doença, esses tratamentos ainda provocam efeitos colaterais, o que motiva os cientistas a buscarem novas maneiras de exterminar a doença.
Os testes - A terapia desenvolvida pelos pesquisadores norte-americanos inseriu, em laboratório, células cancerígenas nas costas de camundongos e, depois, uma substância química chamada IR700 foi colocada nos anticorpos dos animais. Após os animais receberam drogas específicas para a doença, a luz infravermelha foi acionada sobre eles e, ao a IR700 ser ativada, os anticorpos foram capazes de mirar e matar as células cancerígenas.
Os especialistas observaram que o tumor dos ratos que receberam esses raios diminuíram significativamente de tamanho. Além disso, as células saudáveis que estavam em volta das cancerígenas não foram afetadas e os animais não apresentaram efeitos colaterais.
Em estudos anteriores, que também buscaram utilizar a luz infravermelha, os anticorpos não foram muito específicos ao agirem contra as células cancerígenas e acabaram matando outras não afetadas. Os resultados, porém, apenas avançaram quando a IR700 passou a ser aplicada nos anticorpos.
Os pesquisadores ainda não sabem se os resultados seriam os mesmos em humanos, mas afirmam que outras pesquisas, incluindo em animais diferentes, serão feitas antes do teste ser feito em homens. Se esse procedimento provar ser eficaz em humanos, os especialistas acreditam que milhões de pessoas no mundo serão poupadas de processos cirúrgicos e efeitos colaterais na busca pela cura do câncer.


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26/10/2008 free counters

Estudantes da USP agridem jornalistas durante ocupação



08 de novembro de 2011 04h33 atualizado às 04h52


Após a decisão de permanecer com a ocupação do prédio da reitoria, alguns estudantes da Universidade de São Paulo (USP) agrediram profissionais da imprensa que fazem a cobertura do fato no final da noite dessa segunda-feira. O conflito começou depois que um estudante jogou o microfone de uma repórter no chão por não gostar da abordagem da profissional durante uma gravação, de acordo com informações da rádio CBN.
O clima ficou tenso e houve confusão, mas a polícia não foi chamada para intervir. Um cinegrafista ficou levemente ferido após levar uma pedrada na cabeça. Outro cinegrafista teve a câmera danificada. O prazo para a desocupação estipulado pela Justiça já se esgotou e o emprego da força policial está autorizado desde as 23h. Até o momento, no entanto, não há previsão se a polícia irá cumprir a ordem judicial.

terça-feira, 8 de novembro de 2011 2:16

Jornalistas agredidos por invasores da Reitoria na USP

Agência Estado


No final da noite de ontem, alguns dos estudantes que mantêm a ocupação da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste da capital, agrediram os profissionais da imprensa que acompanham a invasão do prédio, ocorrida na madrugada do último dia 2.
Uma pedra foi arremessada contra a câmera do cinegrafista Marcos Vinícius, do SBT, e atingiu de raspão a cabeça de Fábio Fernandes, cinegrafista da TV Record. Ainda no empurra-empurra, o cinegrafista Alexandre Borba, também da TV Record, teve a alça da câmera puxada, causando a queda do equipamento.
O fotógrafo Cristiano Novaes, da agência CPN, foi agredido a chutes e teve a máquina tomada pelos invasores, que resolveram devolvê-la posteriormente ao repórter fotográfico. A confusão teve início durante uma discussão entre os jornalistas e os invasores do prédio. Um dos alunos abordou a repórter Maria Paula, do SBT, e deu várias tapas contra o microfone da jornalista.
Assim que a poeira abaixou um pouco, um dos estudantes, que se identificou como "Eduardo", disse que repudiava a atitude dos agressores e que aquilo não representava o posicionamento do movimento em relação à imprensa. Em nota divulgada no início desta madrugada, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) afirmou que "a presença da PM não garante a segurança na universidade".
No comunicado, o DCE também afirma: "Não é de hoje que temos propostas para um outro plano de segurança dos campi da USP: aumento da circulação de pessoas e integração da universidade com a sociedade (contra a "catracalização"), maior iluminação, aumento dos ônibus circulares, uma Guarda Universitária preventiva, gerenciada pela comunidade, com treinamento voltado para os Direitos Humanos e aumento do seu efetivo, principalmente feminino".
Os estudantes, segundo ainda nota do DCE, devem realizar um ato às 12h de hoje em frente à Reitoria, quando será protocolado um ofício pedindo a revogação imediata do convênio USP/PM e a implantação de medidas de curto e médio prazos de segurança nos campi. No mesmo ofício, será requisitada a presença do reitor João Grandino Rodas na audiência pública convocada pelo DCE para o dia 16, quando devem ser debatidas as medidas de segurança tomadas pela Reitoria e as propostas do movimento estudantil.




08/11/2011
às 1:06

Delinqüentes agridem jornalistas na USP; são iguais aos traficantes do Rio que mataram cinegrafista. Cadeia para esses fascistas encapuzados!

Grupo de estudantes que ocupa reitoria da USP entra em confronto com membros da imprensa (Eduardo Anizelli/Folhapress)
Grupo de estudantes que ocupa reitoria da USP entra em confronto com membros da imprensa (Eduardo Anizelli/Folhapress)
A canalha que ocupa a reitoria agrediu os jornalistas que estão na USP fazendo o seu trabalho. Depois da redemocratização do país, é a primeira vez que representantes da imprensa são agredidos de maneira organizada.
Segundo informa a Folha Online, um cinegrafista caiu após ser empurrado, e um fotógrafo teve a câmera arrancada e machucou as mãos. Ele foi levado ao hospital. Os invasores jogaram pedras contra os jornalistas. Outro cinegrafista se feriu.
No que concerne ao direito de ir e vir, pouca coisa distingue esses animais dos traficantes que matam Gelson Domingos da Silva, o cinegrafista da Band, na Favela de Antares, no Rio. Os dois grupos se julgam donos do pedaço e se impõem ao arrepio da Constituição e das leis. Magno Carvalho, o chefão do Sintusp, tinha prometido sangue, não?
O lugar de uns e outros é cadeia.
Por Reinaldo Azevedo
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