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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Crime bárbaro revolta população de Ivaté


8/11/2011

Ivaté – Marcos Paulo Mendonça Malafaia, de 16 anos, morador de Ivaté, teve a vida interrompida por causa da ação irresponsável de quatro desocupados que invadiram um mercado na cidade, praticaram roubo e balearam o adolescente. O latrocínio ocorreu na noite de sábado (5). A quadrilha – que espalhou pânico aos funcionários e clientes do estabelecimento – foi presa uma hora depois do sinistro. E a simples e trabalhadora população de Ivaté está revoltada com a tragédia. O bando teve que ser levado para Umuarama, ainda no sábado, porque a comunidade se rebelou e foi até a delegacia para protestar, com a intenção de fazer justiça com as próprias mãos. Os acusados do assalto – dois de Ivaté e dois de Umuarama – correram risco de linchamento.
O crime aconteceu às 19h30. O B.O. (Boletim de Ocorrência) revela que Valdir Moreira Lima, 35, André Aparecido de Souza, 27, Lucas Antônio Ferrari, 20 e Rodrigo Nunes Soares, 21, armados e muito irritados, anunciaram o assalto e logo exigiram a abertura do cofre da empresa. As câmeras de segurança flagraram a ação dos bandidos. Quem estava no local teve que deitar no chão e ficar quieto. Marcos Malafaia era funcionário do mercado há menos de um mês e foi brutalmente baleado nas costas (região do coração) com um tiro de revólver, quando também estava de bruços. Os assaltantes se apossaram de aproximadamente R$ 9 mil em dinheiro espécie e fugiram na Parati, placas ADG-6342, de Ivaté. Pegaram a Estrada Marçal, em direção a Maria Helena. A PM (Polícia Militar) local prendeu os meliantes uma hora depois, perto de uma plantação de cana.
Protestos
As manifestações de total revolta começaram minutos depois do assassinato do jovem, que era estudante e já trabalhava no comércio. A população ficou sabendo da prisão em flagrante dos acusados e queria fazer justiça. Houve princípio de invasão da delegacia. A situação só foi controlada com a chegada da Rotam (Ronda Tático Motorizada). Os policiais militares usaram tiros de festim para acalmar o povo. Ninguém foi atingido. As ruas da delegacia foram fechadas pelos manifestantes. O protesto terminou quase a meia noite, com a transferência dos presos à 7ª Subdivisão Policial de Umuarama.
O pedido por justiça e mais segurança à cidade teve prosseguimento na manhã de ontem. Uma passeata começou às 10 horas e ganhou proporções pelas principais ruas e avenidas de Ivaté. O comércio fechou, em respeito ao movimento e os estudantes foram dispensados das aulas. Na caminhada, cartazes com os dizeres “diga não à violência”, “queremos paz”, “chega de violência, queremos mais segurança”.
Além de vários professores, a passeata contou com a participação do diretor do colégio estadual Raquel de Queiroz, Alberto Stela. O jovem assassinado estudava no estabelecimento e era querido por todos. “Ficamos revoltados com o ocorrido convocamos nossos alunos a se movimentar nessa passeata, pedindo paz e mais segurança a nós moradores de Ivaté”, registra Alberto. Outro líder do movimento foi o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Valdecir Baixinho Prevital. O pedido de aumento no efetivo da PM também foi feito à Prefeitura. Ivaté possui uma população de aproximadamente 9 mil habitantes e necessita de mais policiamento.
  Ação da polícia
Os cabos Ronaldo Aparecido Oliveira e Claudio Woicechovski e soldados Antônio Marcos Quadreli e Jeferson Ávila Gonçalves foram os primeiros policiais a atender a ocorrência e que prenderam a quadrilha. Na sequência, chegaram equipes da região para auxiliar na rápida operação. Estava de plantão na PC (Polícia Civil) local o escrivão Marindo da Silva.
O caso agora está nas mãos da PC de Umuarama e sendo dirigido pelo delegado Nilson Rodrigues, autoridade que ordenou, ainda na noite de sábado, que ninguém fosse solto. “Que não me soltem ninguém! É inadmissível que vagabundos saiam por ai, praticando esse tipo de crime tão grave à sociedade.” O delegado autuou em flagrante Valdir, André, Lucas e Rodrigo por crimes de latrocínio e formação de quadrilha. Os quatro vão permanecer presos em Umuarama. O latrocínio está tipificado no artigo 157, do Código Penal Brasileiro. Trata-se de roubo, qualificado pela consequência morte da vítima, sendo, portanto, um crime complexo (fusão de dois delitos: roubo e homicídio). Figura entre os delitos de maior pena privativa de liberdade no País. A quadrilha pode pegar até 30 anos de prisão.
 

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