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sábado, 30 de julho de 2011

Denúncia derruba o casal Dnit: 22ª queda






Após denúncia contra "casal Dnit", Passos exonera coordenador-geral
Autor(es): Roberto Maltchik e Fábio Fabrini
O Globo - 30/07/2011

Recém-promovido a coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Dnit, Marcelino Augusto Rosa foi exonerado ontem após O GLOBO revelar que sua mulher, Sônia Lado Duarte Rosa, é procuradora de empresas que têm contratos milionários no órgão. A CGU vai investigar negócios tocados pelo chamado "casal Dnit".


CGU investigará contratos com empresas representadas por mulher de Rosa

BRASÍLIA. Após dez dias no cargo, o coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Marcelino Augusto Rosa, foi exonerado pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. A decisão foi tomada após O GLOBO revelar ontem que a mulher do servidor, Sônia Lado Duarte, trabalha como procuradora de oito empresas, a maioria detentora de contratos de sinalização com o órgão, exatamente a área sob controle de Rosa. Graças a aditivos contratuais, ao menos seis dessas empreiteiras dobraram os valores iniciais de seus serviços, embora a lei vede acréscimos superiores a 25%. Nos bastidores do órgão federal, eles são chamados de "casal Dnit".

Rosa já responde a um processo aberto pela CGU

A Controladoria Geral da União (CGU) vai investigar os contratos com as empresas representadas pela mulher de Rosa, apontadas pelo GLOBO. O ex-coordenador já responde a processo administrativo (PAD), aberto pela CGU na semana passada, por supostas "irregularidades em diversas licitações com indícios de direcionamento para determinadas empresas". A CGU não revela o conteúdo do PAD, que corre em sigilo.

Além de SBS, CAP e Sinalmig, empresas de Belo Horizonte que já receberam R$34,2 milhões desde 2006, e cujos aumentos contratuais variaram entre 164% e 86,5%, outras três companhias - Sinal, Trigonal e Rodoplex - tiveram aditivos acima do teto: 174,3%, 154,8% e 58,8%, respectivamente. A mulher de Rosa é quem leva e traz documentos e pleitos das contratadas à sede da autarquia em Brasília, circulando também no setor de responsabilidade do marido.

Rosa é o 22º funcionário que perde o cargo na faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff nos Transportes. Ele ocupava o posto de Luiz Cláudio Varejão, ex-coordenador de Operações Rodoviárias, ligado ao Partido da República (PR) e que também caiu na esteira da crise. Rosa chegou a apresentar carta de demissão na quinta-feira, porém sua exoneração já tinha sido assinada pelo ministro dos Transportes.

Rosa é servidor público desde 1967, e sua exoneração significa a perda da função comissionada como coordenador do Dnit. A decisão de Passos foi tomada logo que soube do caso, após receber pedido de esclarecimentos do GLOBO. A publicação no Diário Oficial deve ocorrer segunda-feira, de acordo com a assessoria do órgão.

Em entrevista, Sônia confirmou que trabalha para as empreiteiras, mas negou que ela ou o marido exerçam influência sobre os contratos firmados entre o Dnit e as empresas para as quais presta serviços. Porém, o servidor é responsável pelo controle da execução das licitações vencidas pelas mesmas empresas, que também atuam como subcontratadas de construtoras a serviço do governo federal.

Nova direção do Dnit deve ser anunciada semana que vem

Em vez de abrir licitações para ampliar ou dar continuidade aos trabalhos, o Dnit optou por prorrogá-los por meio de aditivos. O inchaço de orçamentos nos Transportes por meio de prorrogações contratuais deflagrou a crise, há um mês. A presidente Dilma Rousseff determinou a reavaliação de 41 editais de licitações que estavam em curso. Na semana que vem, o governo deve anunciar as substituições na direção do Dnit, que ainda devem passar pelo crivo do Senado. O único nome confirmado até agora é o do secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Masella, homem de confiança de Paulo Sérgio Passos.







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26/10/2008 free counters

Cumbica, Viracopos e Brasília vão a leilão às vésperas do Natal


Autor(es): Edna Simão e Lu Aiko Otta
O Estado de S. Paulo - 30/07/2011
- O Estado de S.Paulo

O leilão de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília será realizado em 22 de dezembro. O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, durante a apresentação do primeiro balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "O cronograma está apertado, mas será cumprido", disse.

A previsão é publicar o edital da disputa em novembro, realizar o leilão em dezembro e transferir o negócio para as mãos do concessionário em fevereiro. O balanço do PAC prevê que os vencedores da concorrência terão de investir R$ 2,6 bilhões entre 2011 e 2014 nos três aeroportos.

Bittencourt frisou que não haverá aumento de tarifas aeroportuárias. "Temos uma das menores tarifas do mundo e não estão previstos aumentos nessas concessões". Além disso, para tentar tranquilizar os trabalhadores, o ministro destacou que não haverá demissões, uma vez que os funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) poderão escolher entre permanecer na estatal ou migrar para a concessionária. "Os empregados serão respeitados. Não temos nenhum estresse nesse sentido."

As centrais sindicais têm criticado o modelo de concessão, em estudo pelo governo, que prevê a participação de até 49% da Infraero no negócio.

Os dividendos, segundo Bittencourt, seriam utilizados para financiar a operação dos aeroportos regionais, que normalmente são deficitários.

Bittencourt disse também estar otimista quanto ao resultado do leilão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), que será dia 22 de agosto.







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26/10/2008 free counters

Governo recorre à revisão de estudos para inclusão de remédios no SUS


Autor(es): Alexandre Gonçalves
O Estado de S. Paulo - 30/07/2011

Ministério da Saúde encomendou 68 revisões sobre os mais diversos temas para centro especializado; em alguns casos resultado do trabalho permitiu economia de R$ 820 milhões; cientistas também apontam lobby da indústria e falhas nas pesquisas

O Ministério da Saúde tem recorrido a revisões científicas para definir a inclusão de novos medicamentos na lista do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é evitar que o governo invista em alternativas terapêuticas de benefício duvidoso e alto custo.

Uma revisão, por exemplo, mostrou que stents convencionais - um tipo de prótese para artérias, que custa R$ 3 mil - são tão efetivos quanto stents revestidos com medicamentos, de R$ 15 mil. O trabalho contribuiu para poupar R$ 820 milhões no ano passado.

Outro estudo mostrou que o uso de uma droga oncológica no tratamento de degeneração macular úmida - doença que afeta cerca de 30 mil pessoas no País - poderia substituir com igual eficácia o remédio aprovado especificamente para tratar a doença. Com uma diferença: a terapia alternativa custa R$ 600 por olho afetado, enquanto a oficial não sai por menos de R$ 15 mil.

Nenhum dos dois remédios está disponível no SUS. Mas, se o uso oftalmológico da droga para câncer fosse aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seria uma alternativa viável para inclusão no rol da rede pública, afirma Rubens Belfort Junior, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo. "A segunda não teria chance: o custo é muito alto."

Muitas revisões são feitas pelo Centro Cochrane do Brasil, braço nacional da Cochrane Internacional, entidade britânica fundada em 1993 que auxilia médicos a adotar condutas clínicas baseadas em evidências científicas. "Até agora, o centro realizou 68 revisões sobre os mais diversos temas para o ministério", recorda Álvaro Attalah, fundador do centro no País.

Importância. Todos os dias, revistas científicas publicam milhares de artigos na área médica. Revisões sistemáticas servem para reunir em um só local as evidências obtidas em diversos estudos (mais informações nesta página), devidamente expurgadas de resultados pouco confiáveis.

Em 2005, o Ministério da Saúde pediu ao Centro Cochrane do Brasil que respondesse à seguinte pergunta: "A drotrecogina alfa ativada é efetiva e segura no tratamento da sepse grave?" Recebeu como resposta: "Depende." Nos casos de pacientes "com alto risco de morte", sim. Nos demais, não. A revisão lamentava a inexistência de testes clínicos de melhor qualidade.

A mesma crítica já circulava nos Estados Unidos. Um artigo publicado no New England Journal of Medicine, em 2006, sublinhava a falta de testes clínicos robustos e questionava a campanha "Sobrevivendo à sepse grave", que promovia o uso do medicamento e era financiada pela própria empresa que o produzia.

Ou seja, revisões sistemáticas também servem para indicar casos em que ensaios clínicos - normalmente financiados pela indústria - apresentam lacunas.

Estudos mostram que farmacêuticas publicam preferencialmente trabalhos que confirmam a eficácia dos seus produtos.

O Centro Cochrane não realiza só revisões a pedido governo. Também produz estudos que mostram a efetividade de tratamentos baratos, mas que carecem de lobbies poderosos para lutar por sua inclusão no SUS.

Uma revisão mostrou, por exemplo, que um investimento anual de apenas R$ 6 milhões para oferecer suplementação de cálcio a gestantes evitaria 50 mil casos de complicações por pré-eclampsia. Estudos mostram que poucos obstetras da rede pública prescrevem cálcio às gestantes, medida indicada pela Organização Mundial da Saúde.

Críticas. Wanderley Marques Bernardo, professor da USP e um dos organizadores do Projeto Diretrizes da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina questiona o que considera um "uso seletivo" das revisões sistemáticas pelo governo federal.

"É uma forma de conseguir uma justificativa racional para uma decisão prévia de não gastar dinheiro com determinadas terapias", afirma Bernardo. "Para muitos remédios ainda não há revisões sistemáticas. Mesmo assim, sua inclusão é absolutamente racional."







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26/10/2008 free counters

Ministério das Cidades repudia acusação de revista IstoÉ.


30 de julho de 2011 | 20h 53

EQUIPE AE - Agência Estado

O Ministério das Cidades enviou há pouco à imprensa uma "nota de esclarecimento", na qual responde à reportagem publicada na edição deste fim de semana da revista IstoÉ. A revista afirma que, dos gabinetes do Ministério das Cidades, comandado pelo PP, políticos favoreciam empreiteiras que contribuíram financeiramente com campanhas eleitorais do partido no ano passado. A nota do Ministério repudia "qualquer prática jornalística não pautada na seriedade da apuração dos fatos", afirma que as empresas que realizam obras de saneamento, habitação e mobilidade urbana não são contratadas diretamente pelo Ministério e que as verbas são aprovadas mediante projetos e licitações feitas por Estados e municípios. A nota diz ainda que os fatos relatados ocorreram antes do início da gestão do ministro Mário Negromonte e que todos os cargos de livre provimento do Ministério são preenchidos de acordo com critérios técnicos.

Veja a seguir a íntegra da "nota de esclarecimento" do Ministério das Cidades:

"Nota de Esclarecimento

Sobre a reportagem publicada na edição deste final de semana da Revista IstoÉ , o Ministério das Cidades esclarece:

1.A gestão do Ministro Mário Negromonte, que se iniciou em primeiro de janeiro de 2011, é pautada pela ética e pela transparência; respeitando a liberdade de imprensa e a prestação de contas aos órgãos de controle;

2.Repudiamos veementemente qualquer prática jornalística não pautada na seriedade da apuração dos fatos;

3.As empresas que realizam as obras de saneamento, habitação e mobilidade urbana, ligadas às Secretarias Nacionais do Ministério das Cidades, não são contratadas diretamente pelo Ministério;

4.As verbas destinadas a essas obras são aprovadas mediante projetos e licitações realizadas por Estados e Municípios. Os recursos são repassados à Caixa Econômica Federal, ou a outro operador financeiro, responsáveis pelo acompanhamento e liberação das verbas, mediante o cumprimento de normativos e regras rígidas de medição;

5.Sobre as obras de responsabilidade da CBTU citadas na matéria:

.o Metrô de Salvador foi licitado pelo CTS (Companhia Municipal) com contrato assinado em 1999;

.o Metrô de Fortaleza foi licitado pela Metrofor (Companhia Estadual) com contrato assinado em 1998;

6.Segundo a CBTU, ambas as obras tiveram acórdão do TCU solicitando adequação de preço e recomendando expressamente a CONTINUIDADE das obras;

7.Sobre a imagem publicada na matéria com a informação sobre dispensa de licitação, não se trata de obra e sim de um curso de mestrado para os servidores da Secretaria de Saneamento realizado pela FIOCRUZ, instituição de notório saber, o que dá amparo legal para o procedimento;


4.As verbas destinadas a essas obras são aprovadas mediante projetos e licitações realizadas por Estados e Municípios. Os recursos são repassados à Caixa Econômica Federal, ou a outro operador financeiro, responsáveis pelo acompanhamento e liberação das verbas, mediante o cumprimento de normativos e regras rígidas de medição;

5.Sobre as obras de responsabilidade da CBTU citadas na matéria:

.o Metrô de Salvador foi licitado pelo CTS (Companhia Municipal) com contrato assinado em 1999;

.o Metrô de Fortaleza foi licitado pela Metrofor (Companhia Estadual) com contrato assinado em 1998;

6.Segundo a CBTU, ambas as obras tiveram acórdão do TCU solicitando adequação de preço e recomendando expressamente a CONTINUIDADE das obras;

7.Sobre a imagem publicada na matéria com a informação sobre dispensa de licitação, não se trata de obra e sim de um curso de mestrado para os servidores da Secretaria de Saneamento realizado pela FIOCRUZ, instituição de notório saber, o que dá amparo legal para o procedimento;


N° Edição: 2177

O esquema do PP no Ministério das Cidades

Arrecadadores do partido têm cargos de confiança, e obras que o TCU considera irregulares ganham verbas extras que favorecem empreiteiras doadoras da campanha do ano passado

Lúcio Vaz

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PEGO NA MENTIRA
O secretário Nacional de Saneamento, Leodegar Tiscoski,
muda de versão quando confrontado com documentos do TSE

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Assim como o PR transformou o Ministério dos Transportes em centro de operações partidárias nem sempre republicanas, o Partido Progressista (PP) vem atuando de forma similar no Ministério das Cidades, um dos carros-chefe do PAC, dono do terceiro maior orçamento da Esplanada, com investimentos de R$ 7,6 bilhões previstos para este ano. Dos gabinetes do Ministério, o tesoureiro do PP, Leodegar Tiscoski, assim como outros executivos ligados ao partido, libera recursos para obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União, algumas delas com recomendação de “retenção dos pagamentos”, e favorece empreiteiras que contribuem financeiramente para as campanhas eleitorais do PP.

A atuação de Tiscoski é um flagrante da promiscuidade instalada no ministério. Desde 2007 ele é o secretário nacional de saneamento do ministério e no ano passado exerceu dupla função. Ao mesmo tempo que, como funcionário público, geria obras de saneamento em todo o País, ele operava como tesoureiro nacional do partido. Ou seja, em ano eleitoral, era ele quem, a partir de posto privilegiado, arrecadava recursos para financiar as campanhas do partido. Na semana passada, Tiscoski afirmou à ISTOÉ que em março de 2010 se licenciou do cargo de tesoureiro. “Solicitei meu afastamento das funções de tesoureiro e, desde então, não assinei mais qualquer documento da tesouraria do PP”, disse o secretário. “No período eleitoral eu não exercia mais a função de tesoureiro.” É mentira. Documentos do Tribunal Superior Eleitoral mostram que em dezembro do ano passado Tiscoski assinou a prestação de contas do partido. As doações de empresas registradas nas contas do PP vão de 18 de março a 29 de setembro do ano passado. O repasse do dinheiro para os candidatos ocorre entre 13 de abril e 23 de novembro. Colocado diante do documento, Tiscoski, por intermédio da assessoria do PP, reformulou sua explicação. Afirmou que não mais assina cheques ou ordens bancárias como tesoureiro, mas admitiu que “encaminhou” a prestação de contas ao Tribunal. No PP, informam que a gerência das finanças do partido está a cargo do primeiro-tesoureiro, o ex-deputado Feu Rosa. A troca de nomes, porém, não torna a relação do PP com o ministério mais transparente. O “novo tesoureiro” é assessor especial da pasta, cuidando do relacionamento do ministério com o Congresso.

Com interesse direto nas obras do Ministério das Cidades, as empreiteiras contribuíram oficialmente com cerca de R$ 15 milhões nas campanhas do PP em 2010. A maior parte (R$ 8,7 milhões) na forma de doações ocultas. Isso significa que o dinheiro foi para a conta do partido, durante a campanha eleitoral, e imediatamente distribuído entre os seus candidatos. Três das grandes construtoras do País, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão repassaram legalmente um total de R$ 7,5 milhões para as campanhas do PP. Apenas três obras de mobilidade urbana tocadas por essas empresas com recursos do Ministério das Cidades somam R$ 2,7 bilhões. Só a implantação da Linha 3 do Metrô do Rio de Janeiro tem orçamento de R$ 1,3 bilhão. O Tribunal de Contas da União encontrou um superfaturamento de R$ 57 milhões no contrato, tocado pelas empresas Queiroz Galvão e Carioca Christiani-Nielsen. Após a ação do Tribunal, os preços que estavam acima dos valores do mercado foram refeitos. Em novembro do ano passado, porém, o TCU determinou a paralisação dessa obra por conta de falhas no seu projeto básico. A Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro, que executa a obra, já apresentou o novo formato do projeto ao tribunal, que ainda não se manifestou. A obra de conclusão do Complexo Viário Baquirivu–Guarulhos, com orçamento de R$ 101 milhões, é outro exemplo de problemas. Tocada pela Construtora OAS, está na lista de irregularidades graves desde 2003. O TCU apontou superfaturamento de R$ 6,9 milhões. Mas a Prefeitura de Guarulhos informou que não tem interesse em executar o restante da construção. O Tribunal busca agora recuperar o dinheiro público desviado.

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HOMEM DE PARTIDO
O ministro Negromonte não era o preferido de Dilma, mais foi bancado pelo PP

Os casos mais flagrantes de descaso com o dinheiro público no ministério são duas grandes obras que estão na lista suja do TCU: os metrôs de Salvador e de Fortaleza. As duas somam contratos no valor total de R$ 1,6 bilhão. Nos dois casos, o Tribunal determinou a retenção parcial de pagamentos para evitar prejuízos aos cofres públicos por causa de prática de preços acima do mercado. No caso do metrô de Salvador, trecho Lapa – Pirajá, o TCU exigiu a retenção de R$ 50 milhões nos próximos pagamentos ao consórcio Metrosal, formado pelas empreiteiras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez. No Metrô de Fortaleza, trecho Vila das Flores–João Felipe, tocado pelas empresas Queiroz Galvão e Camargo Corrêa, foi encontrado superfaturamento de R$ 65 milhões em auditoria realizada em 2008. O tribunal determinou a repactuação do contrato. Foi exigida, ainda, a manutenção das retenções, seguros-garantias e fianças bancárias até o julgamento final do mérito da tomada de contas especial.

Apesar das investigações e dos alertas emitidos pelo TCU, os responsáveis pelo Ministério das Cidades liberaram recursos para essas obras no crédito suplementar que reforçou as obras do PAC em julho do ano passado. O metrô de Salvador recebeu um extra de R$ 6,7 milhões, enquanto o de Fortaleza ganhou mais R$ 100 milhões. Essa mesma prática de desconsiderar as recomendações do TCU, aceitar o aumento nos preços de obras já consideradas superfaturadas e ainda efetuar o pagamento para as empreiteiras é que tornou a atuação do PR no Ministério dos Transportes um escândalo.

As semelhanças entre os esquemas do PR e do PP, no entanto, não se resumem a isso. Assim como os republicanos, os progressistas tomaram conta do Ministério das Cidades, de cima a baixo. A presidente Dilma Rousseff trocou o ministro. Márcio Fortes, hoje na autoridade pública olímpica, deu lugar ao deputado Mário Negromonte (BA) por exigência do partido e com o aval do governador da Bahia, Jaques Wagner. A presidente chegou a cogitar a nomeação da secretária nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, mas o PP vetou. A cobiçada Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana foi entregue a Luiz Carlos Bueno de Lima, que já havia sido secretário de Ciência e Tecnologia no Ministério da Saúde no período em que o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PI) presidiu a Câmara. O chefe de gabinete de Negromonte, Cássio Ramos Peixoto, foi trazido do governo baiano, no qual era diretor da Agência de Defesa Agropecuária. O ex-secretário de Agricultura da Bahia Roberto Muniz, ex-deputado estadual pelo PP, assumiu a secretaria-executiva. A manutenção de Inês num posto-chave ainda não foi assimilada pelo partido. Um integrante da cúpula do PP afirmou à ISTOÉ que ela é a “olheira” da presidente no ministério. Seja por intermédio da secretária ou não, o fato é que o Palácio do Planalto já tem conhecimento da forma como o aliado PP vem se comportando no governo. Resta saber como o governo vai lidar com uma legenda que soma 44 votos na Câmara e cinco no Senado.

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26/10/2008 free counters

#sorteiodacopa Manifestantes fazem concentração no Largo do Machado para passeata contra Ricardo Teixeira


Concentração de manifestantes no Largo do Machado para passeata contra Ricardo Teixeira Foto: Pablo Jacob
Extra

Na manhã deste sábado, um grupo de cerca de 50 manifestantes começou a reunir-se no Largo do Machado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para uma manifestação contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por conta do sorteio para as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, na Marina da Glória, a partir das 15h.

Manifestantes criticam organização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil
Manifestantes criticam organização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil Foto: Pablo Jacob

Carregando faixas e cartazes com frases como “Fora Ricardo Teixeira” — também com críticas ao governador Sérgio Cabral e ao prefeito Eduardo Paes —, os manifestantes seguirão em passeata até o local em que acontecerá o sorteio, que contará com a presença de Ricardo Teixeira, do presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, e de dirigentes da entidade do mundo inteiro. A presidente Dilma Rousseff, assim como o ministro do esporte, Orlando Silva, e celebridades do esporte brasileiro, como Zico, Neymar e Lucas, também estarão no evento.

Manifestação online

A idealização da passeata surgiu de um protesto virtual contra Teixeira nas redes sociais. Durante a semana, várias hashtags do Twitter (como #caiforaricardoteixeira, #foraoficial e #adeusrt) com referências ao presidente da CBF chegaram ao trending topics nacional — que lista os dez termos mais utilizados no microblog.



Manifestantes fazem concentração no Largo do Machado para passeata contra Ricardo Teixeira

Concentração de manifestantes no Largo do Machado para passeata contra Ricardo Teixeira Foto: Pablo Jacob
Extra

Na manhã deste sábado, um grupo de cerca de 50 manifestantes começou a reunir-se no Largo do Machado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, para uma manifestação contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por conta do sorteio para as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, na Marina da Glória, a partir das 15h.

Manifestantes criticam organização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil
Manifestantes criticam organização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil Foto: Pablo Jacob

Carregando faixas e cartazes com frases como “Fora Ricardo Teixeira” — também com críticas ao governador Sérgio Cabral e ao prefeito Eduardo Paes —, os manifestantes seguirão em passeata até o local em que acontecerá o sorteio, que contará com a presença de Ricardo Teixeira, do presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, e de dirigentes da entidade do mundo inteiro. A presidente Dilma Rousseff, assim como o ministro do esporte, Orlando Silva, e celebridades do esporte brasileiro, como Zico, Neymar e Lucas, também estarão no evento.

Manifestação online

A idealização da passeata surgiu de um protesto virtual contra Teixeira nas redes sociais. Durante a semana, várias hashtags do Twitter (como #caiforaricardoteixeira, #foraoficial e #adeusrt) com referências ao presidente da CBF chegaram ao trending topics nacional — que lista os dez termos mais utilizados no microblog.





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26/10/2008 free counters

Desvio de prefeitura leva servidores ao SPC


O prefeito da pequena Caaporã (PB) complicou a vida dos servidores do município. Ele fechou parceria com o Banco Gerador em junho de 2009 para empréstimo consignado, mas o valor dos descontos nos contra-cheques não chegou ao banco. O Ministério Público estadual foi acionado e investiga o sumiço de R$ 500 mil. Dezenas de empregados tiveram os nomes incluídos no Serviço de Proteção ao Crédito.

claudiohumberto






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26/10/2008 free counters

Obama pede no Twitter que eleitores pressionem congressistas







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Demissões no Ministério dos Transportes deixa Dnit sem diretoria






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Bombeiros controlam incêndio em distribuidora de combustíveis na Grande São Paulo







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26/10/2008 free counters

Datena não falava com diretor de jornalismo da Record havia uma semana



30/07/2011 - 08h00

DE SÃO PAULO

A saída de José Luiz Datena da Record era considerada inevitável dentro da emissora.

Segundo o F5 apurou, o clima se tornou insustentável entre o apresentador e sua própria equipe.

Datena perdeu interlocução até com a cúpula. Havia uma semana que o vice-presidente de jornalismo, Douglas Tavolaro, não o atendia. Tavolaro teria, inclusive, comemorado a saída do apresentador.

No momento da demissão, Datena se disse "chateado" com a emissora.

A Record considera agora dois nomes para substituí-lo: Reinaldo Gottino e Marcelo Rezende.

A volta de Datena à sua ex-emissora tampouco deve ser tranquila já que ele também tem problemas com pessoas da direção da Band.


Divulgação
José Luiz Datena voltou para a Band, sua ex-emissora
José Luiz Datena voltou para a Band, sua ex-emissora






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26/10/2008 free counters

Dilma apresenta sintomas de resfriado após viagem ao Peru


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DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff voltou de sua viagem ao Peru com sinais de resfriado. Na noite da sexta-feira (29), ela deixou o Palácio da Alvorada para fazer uma consulta rápida no departamento médico do Planalto. Ficou lá por cerca de 20 minutos e, em seguida, retornou à residência oficial.

A presidente teve uma agenda cheia durante a semana. Além da viagem internacional, esteve também em Alagoas no início da semana lançando programas na área social. Na sexta-feira, ofereceu à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, um almoço no Itamaraty. O local da cerimônia estava bastante frio por conta do ar refrigerado.

Em maio, ao voltar de uma longa viagem à China, a presidente foi diagnosticada com pneumonia. Por conta disso, passou quase um mês em tratamento.

A presidente não utilizou o carro oficial da Presidência nem escolta para se deslocar do Alvorada até o Planalto.


Raúl García/Efe
Dilma e os presidentes do Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia e Equiador, durante viagem ao Peru
Dilma e os presidentes do Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia e Equiador, durante viagem ao Peru





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26/10/2008 free counters

Datena reestreia na Band no dia 8 de agosto



30/07/2011 - 01h20

DE SÃO PAULO

Recontratado pela Record há apenas 43 dias, José Luiz Datena vai voltar à Band. Ontem, no fim do "Cidade Alerta", o jornalista agradeceu a equipe, a quem chamou de "chão de fábrica", e se despediu do telespectador da emissora do bispo Edir Macedo: "Até um dia". Minutos depois, ele conversou com a coluna por telefone e disse: "É difícil um jornalista trabalhar sem liberdade". Sobre sua quebra contratual, falou que "seus advogados resolverão a multa". A lua de mel entre Datena e Record durou pouco. O jornalista era censurado e tinha de definir diariamente as reportagens de seu programa com a alta cúpula. Não podia tratar de temas religiosos nem de crimes contra gays. A multa milionária, de cerca de R$ 18 milhões, que ele tinha com a Record e motivou sua transferência, foi perdoada. De volta à Band, ele reassumirá o "Brasil Urgente" no dia 8 de agosto. Luciano Faccioli vai retornar ao comando do "Primeiro Jornal", da Band.







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