[Valid Atom 1.0]

domingo, 19 de outubro de 2008

Instrutor da SWAT critica operação policial





As longas negociações entre a polícia e Lindemberg Alves foram gravadas. Elas revelam detalhes impressionantes, como a voz de uma das jovens sendo agredida pelo seqüestrador. Minutos antes de a polícia invadir o apartamento, a tensão chega ao máximo. Lindemberg fala até em suicídio. Por que será que tudo deu errado? A reportagem é de Valmir Salaro.

As negociações entre a polícia e Lindemberg Alves foram todas gravadas. Minutos antes de a polícia invadir o apartamento, momentos de tensão. É o que você vai ver agora. Por que será que deu tudo errado?

Um rapaz desequilibrado.

“Tem um anjinho aqui falando: ‘Não faz isso’. Do meu lado, tem outro, um diabinho, falando: ‘Faz. Não deixa passar, não’. Tem um anjinho e um diabinho aqui. O diabinho está falando pra fazer. ‘Vai em frente, não pára’”, disse Lindemberg.

Eram 5h35 da tarde da última sexta feira. Lindemberg Fernandes Alves conversa com o capitão Adriano Giovaninni, do Gate, o Grupo de Ações Táticas Especiais.

Depois de cinco dias de seqüestro, o negociador ainda tenta acalmar o rapaz.

Capitão Adriano: Dá ouvido ao lado bom, ao anjinho. Não é melhor?
Lindmberg: Não sei, não sei qual é o melhor não.
Capitão Adriano: Claro que é melhor.

Algumas imagens foram divulgadas neste sábado pela Polícia Militar e mostram os momentos finais da negociação na entrada principal do prédio. Cerca de meia hora antes da invasão, o promotor Augusto Rossini também fala com Lindemberg.

Augusto Rossini: Eu vou garantir a sua integridade. Pensa nisso. A vida continua. É bonita a vida.
Lindemberg: A minha cabeça tá a milhão. Minha cabeça tá a milhão.
Augusto Rossini: Não, velho, não tem que ficar assim. Vem aqui, vamos sair.
Lindemberg: Não, imagina. Todo mundo aí fora não tem nada a ver com isso que tá acontecendo não.

Sem entrar em detalhes, Lindemberg diz que a situação piorou, por causa de uma conversa que teve com as meninas. Tenso, o rapaz chegou a pedir à polícia que invadisse o apartamento.

Lindemberg: Mano, invade logo, mano.
Policial: Quê? Não, não tem nada disso.
Lindemberg: Quero que você invade, mano. Tô vendo aqui pra você invadir.
Policial: Não, não, na verdade eu quero que você saia daí, tranqüilo, com as duas.
Lindemberg: Deixa outro cara vir e invadir, pra responsa cair em cima dele, não cair em você.
Policial: Não, não isso eu não posso fazer. Eu trabalho só nisso.
Lindemberg: Deixa outro cara vir negociar comigo. Se o cara invadir, eu vou acabar com tudo isso aqui.

O promotor e o policial falam que Lindemberg pensava em se matar.

Lindemberg: Não tenho expectativa de vida mais não, mano. Não tenho mais nenhuma motivação de buscar. Antes eu tinha sonho, sonho de ter uma família, sonho de ter uma casa, um carro.

Durante o seqüestro, o ex-namorado de Eloá foi violento com as meninas.

Terça-feira, dia 14, 5h25 da tarde. A energia elétrica tinha sido desligada.

Lindemberg: Liga essa luz aí, mano.
Policial: Eu ligo, eu ligo, mas vamos conversar.
Lindemberg: Liga essa ***** dessa luz aí, senão eu vou começar a bater nas meninas, eu vou começar a agredir as meninas, as meninas vai sofrer. E ó, presta muita atenção.
Menina: Ai, pára, pára.

“Ele bateu, ele agrediu, com tapas, pontapés, puxou o cabelo, então você ficava preocupado em razão de você ver uma pessoa que você está querendo ajudar sofrendo ali”, conta o capitão Adriano.

Sexta-feira, 5h46 da tarde. Vinte minutos antes da invasão do apartamento, Lindemberg fala sobre a ex-namorada, Eloá.

Lindemberg: Não tenho vontade de ter mais ninguém, mano. Não tenho vontade nem de ter a Eloá, mano, mais. Tem um mês tentando esquecer ela. Tem um mês tentando sair, me divertir, me distrair, mas não dá, mano, não dá, alguma coisa tá falando pra mim. ‘Cobra, mano, cobra e cobra’.

Logo depois, o seqüestrador faz uma ameaça.

Lindemberg: Uma situação só de vingança, só de vingança.
Policial: Não, não é. É cansaço mesmo, viu?
Lindemberg: Sabe por que, mano? Muita gente aí fora vai pagar por isso. Muita gente aí fora vai sofrer. Vai chorar. Vou acabar com tudo. Deixa bem claro pra população que tá chegando ao fim, meu. Tudo o que eu tinha não é nada. Tudo que eu não tenho mais não é nada.

“Na verdade, eu acho que eu poderia ter inúmeras cartas na manga, mas ele já tava decidido a fazer o que fez, aí é praticamente impossível tentar retirar isso da sua cabeça”, explica o capitão.

Às 6h01 e 53 segundos, a gravação tem um corte. E na imagem seguinte, não aparece mais o relógio da câmera.

Na seqüência do vídeo da polícia, a conversa entre o negociador e Lindemberg continua por um minuto. Até que o seqüestrador interrompe a ligação.

Depois de um novo corte na gravação, o diálogo prossegue. A negociação dura mais um minuto. Em nenhum momento do vídeo há barulho de tiro. Seqüestrador e policial também não falam sobre isso. As últimas palavras dos dois são essas:

Lindemberg: Dá um tempo pra mim que eu tô precisando ficar sozinho. Não quero ver ninguém.
Policial: Tá bom. Então deita aí e descansa um pouco. Tá bom?
Lindemberg: Falou.
Policial: Falou, até mais. Tchau.

Quatro minutos depois, o apartamento é invadido.

“Nesse momento, eu não estava junto ao prédio, estava no interior de uma viatura do Corpo de Bombeiros recarregando meu celular. No último contato com ele o celular acabou e eu fui conectar numa tomada pra tentar retomar um contato com ele”, explica o capitão Adriano.

Lindemberg não quis se entregar. Na versão da polícia, ele deu o tiro que precipitou a invasão. A negociação fracassou e as duas reféns ficaram gravemente feridas. O resultado trágico da operação foi criticado.

O Fantástico saiu em busca de respostas e ouviu um brasileiro que dá aulas para um grupo de elite da polícia americana: a SWAT.

Há nove anos, Marcos do Val é instrutor da SWAT em Dallas, nos Estados Unidos. Famosa na televisão e no cinema, a SWAT é um grupo de elite da polícia americana, preparado para enfrentar situações de emergência.

O brasileiro corre o mundo ensinando técnicas de invasão e combate. Marcos já treinou seguranças do Papa no Vaticano e militares que lutaram na guerra do Afeganistão.

A convite do Fantástico, ele assistiu aos principais momentos do cerco em Santo André e avaliou a operação.

Primeiro erro: permitir que a negociação se arrastasse por cinco dias.

“Em uma situação passional como essa, quanto mais tempo leva, mais inconstante a pessoa fica”, ensina.

Marcos explica que a SWAT estabelece o prazo máximo de 24 horas para libertar o refém. Mas nunca foi preciso esperar tanto.

“A negociação mais longa que a SWAT de Dallas fez até hoje durou nove horas. A partir daí é invasão”, ressalta.

Terça-feira, 22h50. Nayara é libertada pela primeira vez. Era um acordo de Lindemberg com a polícia: soltar a jovem em troca da volta da energia elétrica.

“Foi bem feito, porque houve essa troca: me dá a refém, que eu acendo a luz novamente", diz Marcos.

Quarta-feira. Para o instrutor da SWAT, a polícia perdeu uma chance de terminar o seqüestro no momento em que Eloá lança uma corda improvisada e recolhe o almoço. O corpo da jovem ficou inclinado para fora da janela. E Lindemberg apareceu atrás da ex-namorada.

“Essa é uma oportunidade que a SWAT usaria como vantagem”, afirma.

Havia duas possibilidades de ação. A primeira: atiradores de elite poderiam atingir Lindemberg, uma estratégia descartada pela polícia.

“Por se tratar de um jovem, com uma decepção amorosa, a nossa opção era esgotar todas os meios de negociação e tentar cansá-lo”, explicou em uma entrevista o comandante do Gate, coronel Eduardo Félix.

Diz o instrutor que a SWAT aproveitaria uma situação assim para matar o seqüestrador.

“Para eles não importa se é um jovem, o que importa é que tem uma vida em risco e que o rapaz está colocando vidas de terceiros em risco também”, ressalta Marcos.

Segunda tática que a SWAT usaria: a triangulação. Dois policiais estariam de tocaia em escadas posicionadas ao lado da janela, fora do ângulo de visão de Lindemberg. Um terceiro policial ficaria na janela do andar de cima, pronto para descer de rapel. No momento do ataque, um dos policiais na escada agarraria Eloá e tentaria proteger a cabeça dela. O outro daria cobertura enquanto o terceiro viria de cima e daria um tiro no seqüestrador. Tudo isso ao mesmo tempo.

“É o efeito surpresa”.

Quinta-feira: Nayara volta ao apartamento.

“Isso é o maior absurdo dos absurdos. Em nenhum lugar do mundo já existiu uma situação dessas”, critica Marcos.

Em entrevista, o comandante Félix disse que não acha que a volta de Nayara ao apartamento foi um erro na operação policial. Segundo a polícia, Nayara teria se oferecido para ajudar na negociação, com permissão da mãe. Mas ninguém esperava que a jovem entrasse de novo no apartamento.

“Teria que ter um policial com escudo balístico na frente, a Nayara do lado, o policial segurando ela para se aproximar, para falar. Se for o caso, recuar. Mas não deixar ela sozinha, andando, abrindo a porta. O seqüestrador se sentiu poderoso nessa hora, porque teve a refém de volta. Foi um erro gravíssimo e eu sinto vergonha de ser brasileiro e saber que a polícia brasileira fez isso”, admite Marcos.

Sexta-feira: o dia da invasão. Marcos acha que os policiais usaram uma carga excessiva de explosivo, e que não contaram com a possibilidade de haver obstáculos atrás da porta. Isso atrasou a entrada da equipe.

“Deu tempo para o seqüestrador pegar a arma, fazer o disparo para onde ele quisesse”, afirma
Marcos.

Outro erro: não entrar simultaneamente pela frente, janela e fundos, com uso de bombas de luz e som, que deixariam o seqüestrador desnorteado.

“Esse tipo de bomba é para dar aquela sensação de desespero para o seqüestrador. Ele não sabe de onde está vindo a polícia".

O policial que estava posicionado na escada, além de atrasado - a explosão já havia acontecido -, demora muito para subir.

“O que deveria ter sido feito? Esse policial, por exemplo, poderia ter vindo correndo com a escada, pararia na parede de costas, colocaria a escada praticamente como se fosse uma grade para ele, já posicionada, e outro já viria correndo e subindo ao mesmo tempo”, ensina.

As imagens mostram que a polícia teve dificuldade para conter Lindemberg. A SWAT utiliza uma técnica que leva menos de um segundo para imobilizar o agressor.

“Um piscar de olhos e ele já está imobilizado e algemado no chão”, diz Marcos.

Marcos também viu falhas graves no socorro às vítimas. O médico, sozinho, luta para atravessar o tumulto. Os policiais pisam em Lindemberg. O caminho deveria estar livre para a equipe de socorro médica, com macas.

Eloá foi carregada no colo por um policial, um procedimento que Marcos julgou incorreto. E o pior: a cabeça ferida da jovem esbarra no corpo do médico. O jaleco dele fica manchado de sangue. Depois que o médico percebe, volta, então, para socorrê-la.

O desfecho foi trágico.

“Nós usamos todas as técnicas para evitar o que ocorreu”, garante Flávio de Pierre, comandante do GATE.

“Se nós tivéssemos atingindo com um tiro de comprometimento o Lindemberg, fatalmente o senhores estariam hoje questionando o Gate porque não negociaram mais”, declarou o comandante Félix.

“Você pode ter certeza nós estamos aprendendo muito com esse resultado e vai nos servir como experiência de vida”, admite o negociador do seqüestro Adriano Giovanini.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Órgãos de Eloá beneficiarão até oito pessoas


Cirurgia deve começar no início da madrugada; coração, pulmões, fígado e pâncreas serão retirados primeiro

Da Redação - estadao.com.br


SÃO PAULO - A cirurgia para a retirada dos órgãos de Eloá vai começar no início da madrugada, entre zero hora e 0h30. De acordo com os médicos, os órgãos poderão beneficiar até oito sete pessoas. Os primeiros órgãos a serem retirados são coração, pulmões, fígado, pâncreas e posteriormente rins e córneas. Eloá foi baleada na cabeça após ser mantida refém pelo ex-namorado, Lindembergue Alves, 22 anos, durante quatro dias em Santo André.

O processo dever terminar no início da manhã de segunda-feira. A primeira operação para a retirada do coração deve durar até duas horas e meia. Todos os órgãos serão doados a pacientes de São Paulo. O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia não vai forneceu os locais para onde serão enviados os órgãos para não comprometer o processo.

Homero Nepomuceno Duarte, secretário de Saúde de Santo André, explicou que há o óbito biológico e o óbito legal. "No caso de Eloá, já está constatado o óbito biológico, por conta da morte cerebral, e o óbito legal só será registrado quando for retirado o último órgão, que serão as córneas". A morte cerebral de Eloá foi confirmada no sábado às 23h30. Segundo ele, também será retirada a bala alojada no crânio.

Por volta das 15 horas deste domingo, longe do hospital e do assédio da imprensa, os pais de Eloá, Aldo José da Silva e Ana Cristina Pimentel da Silva, assinaram o documento oficial que autorizava a doação. "As primeiras conversas ocorreram ainda ontem e, realmente, não foi fácil para a família", contou Rosa. "É necessário um tempo de elaboração, de aceitação do processo. É mesmo difícil para qualquer pai entender o processo (de retirada de órgãos), com o coração da filha ainda batendo."

Às 12h30, a primeira equipe do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, da capital, responsável pela captação dos órgãos, chegava ao hospital para iniciar os exames que identificariam que tipo de doadora é Eloá e quem seriam os possíveis receptores. Menos de duas horas depois, a mesma equipe deixava o hospital para voltar ao instituto, com material coletado para realização dos testes de compatibilidade, que durariam toda a tarde.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, que esteve no Centro Hospitalar no início da tarde, os exames se estenderiam até por volta das 22 horas deste domingo. "Logo que soubermos quem são os receptores, a Central de Transplantes do Governo do Estado entra em contato com eles, para que se dirijam aos hospitais onde receberão os órgãos", explicou Barradas.

A essa altura, nas primeiras horas do dia, as cirurgias para a retirada dos órgãos seriam realizadas e, ainda durante a madrugada, começariam os transplantes. Logo depois, ainda durante a madrugada, o corpo de Eloá poderia ser liberado para exames no Instituto Médico-Legal de Santo André e, posteriormente, para velório e enterro. Um jazigo foi oferecido gratuitamente à família, ontem de manhã, pela administração do cemitério particular de Santo André - a apenas 4 quilômetros de onde moram os Pimentel.

Nayara

Segundo os médicos do Centro Hospitalar, Nayara, de 15 anos, a amiga de Eloá que também foi feita refém por Alves, tem "bom quadro evolutivo" para a cirurgia facial a que foi submetida. Ela foi atingida por um tiro na face, na sexta-feira.

"Houve diminuição do edema na face e nenhum sinal de infecção", disse um dos cirurgiões, o médico Marcelo Cini. "Ela está consciente e conversa bastante, mas só falamos sobre procedimentos médicos." Nayara deve receber alta até o fim da semana. "Algumas palavras da Nayara que me marcaram hoje (ontem) foram ‘estou sem dor’", contou Rosa. Segundo ela, os médicos não informaram à adolescente sobre a morte de Eloá. "E nem vão contar. A decisão de falar ou não cabe aos familiares", afirmou.

Depoimento

Junto com o secretário Barradas, o secretário de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania, Luiz Antônio Marrey, esteve ontem no hospital. Ele disse que "não há pressa" para a Polícia Civil tomar o depoimento de Nayara, para esclarecer o que aconteceu na sexta-feira, quando oficiais do Gate invadiram o apartamento. "Ela vai prestar depoimento no momento em que as autoridades médicas responsáveis acharem que ela tem condições. Não há razão para precipitação", afirmou. "Nayara está sob nossos cuidados e do Conselho Tutelar e não consideramos benéfico à recuperação que ela se pronuncie oficialmente enquanto estiver internada", afirmou Rosa.

O secretário se recusou a fazer uma avaliação aprofundada sobre a atuação do Gate na invasão do apartamento. "Qualquer análise ou conclusão agora é uma precipitação. O Gate atuou em circunstâncias dramáticas, mas a avaliação deve ser feita por quem detém conhecimento de intervenção em situações de risco, no bojo de inquérito policial submetido à Justiça."

(Com Vitor Hugo Brandalise e José Dacauaziliquá, do Jornal da Tarde)


Família decide doar órgãos de Eloá

Agonia da menina termina com gesto de solidariedade.




Foram 30 horas da chegada ao hospital à notícia mais indesejada. No início desta madrugada a equipe médica anunciou a morte cerebral de Eloá Cristina. Primeiro, a família ouviu a informação mais triste dessa tragédia. Depois, veio o anúncio oficial.

”Através de exames clínicos, através de exames laboratoriais e de exames gráficos, às 23h30 foi confirmado a morte cerebral da paciente Eloá”, declarou o médico e secretário de saúde, Homero Nepomuceno Duarte.

Imagem de lágrimas, som de orações. São os amigos da menina que tinha apenas 15 anos.

A diretora do hospital acompanhou os últimos momentos da mãe ao lado da filha na UTI. Ela foi testemunha do sofrimento e da esperança.

“Ela falou com a filha o tempo todo. ‘Mamãe te ama, espero que você...”, relata Rosa Maria de Aguiar.

De acordo com o hospital, durante madrugada, os pais saíram do lado da filha sob o impacto da notícia e partiram para uma outra etapa: decidir se doam ou não pela doação dos órgãos.

“Ela é menor, precisa da autorização do pai e da mãe. Então, nós vamos aguardar com tranqüilidade a decisão da família. Numa eventual decisão favorável à doação dos órgãos, será feito todo o processo com a central de captação de órgãos, que inclusive se encontra no hospital”, disse Homero Nepomuceno.

Na manhã deste domingo, depois do choque, a decisão de uma família consciente e solidária. A central de transplante foi acionada.

“Foi necessário tempo de elaboração. Porém isso é normal em praticamente todas as famílias. Pra mãe foi muito difícil. Conversei com ela. Ela elaborou bem essa questão e é uma família muito guerreira. No sofrimento todo vai dar alegria pra muitas pessoas, se Deus quiser”, disse Rosa Maria.

No início da tarde, a equipe de transplantes coletou amostras de sangue para avaliar o perfil genético de Eloá. Foi o início de um processo que vai dar esperança a quem precisa de um órgão.

Os médicos aguardam os resultados desses exames para iniciar a cirurgia de retirada de órgãos no Centro Hospitalar de Santa André. Eles querem saber quais poderiam ser transplantados. É possível doar coração, rins, pâncreas, fígado, pulmão, córneas e pele. Pelo menos, sete pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos de Eloá Cristina.


Infográfico: veja as trajetórias das balas que atingiram as reféns em Santo André

Seqüestro que durou 100 horas acabou com duas adolescentes feridas.
Nayara Silva está consciente; Eloá Cristina tem estado gravíssimo.

Do G1, em São Paulo



Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Brasil, conmocionada por la muerte a manos de su ex novio de una chica de 15 años


El joven la mantuvo secuestrada junto a una amiga durante cuatro días y luego le disparó en la cabeza

EFE - Sao Paulo - 19/10/2008


Brasil ha amanecido hoy conmocionado por un caso que ha mantenido en vilo al país durante toda la semana. Lindembergue Fernandes, un joven de 22 años, secuestraba el pasado lunes a su ex novia, Eloá Cristina Pimentel, de 15, cuando ella estaba estudiando con tres amigos en su casa. El chico, despechado por la reciente ruptura de una relación que había durado dos años, irrumpió en el apartamento armado, dejó ir a dos de los amigos y retuvo a su ex novia y a su amiga Naiara Rodrigues, también de 15 años.


La policía, que se personó el mismo día del secuestro delante del apartamento, comenzó unas difíciles negociaciones con el chico, y los canales de televisión de todo el país instalaron sus cámaras frente al edificio, en un barrio obrero, para transmitir en directo todas las incidencias del caso. El martes por la noche Fernandes liberó a la amiga de su ex novia, pero la joven decidió regresar por su propio pie al apartamento el jueves para negociar con el secuestrador y fue retenida de nuevo.

El viernes, tras cuatro días agónicos, la policía decidió entrar en el apartamento a liberar a las dos chicas secuestradas. Cuando lograron acceder a la vivienda, Eloá Cristina tenía un tiro en la cabeza y otro en una pierna, pero seguía con vida. Su amiga fue alcanzada por una bala en el rostro, aunque su herida no reviste gravedad. Pimentel, la más grave de las dos, entró en coma irreversible ayer sábado y ha fallecido esta mañana, hora brasileña, después de sufrir muerte cerebral.

El secuestrador logró salir ileso del incidente, pero ha sido recluido en una cárcel de Sao Paulo, donde esperará el juicio. Se enfrentará a una pena máxima de 30 años de prisión.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Police Quizzed After Hostage Drama

The final minutes of a tragic and disastrous hostage taking in Brazil are played out on live television.

As police moved in to the apartment in Sao Paulo to try and end the four-day drama 15-year-old Eloa Rodrigues was shot in the head and her friend was shot in the mouth.

Relatives say 22-year-old Lindenberg Alves took both girls hostage on Monday.

The 15-year-old had just ended their three-year relationship.

On Wednesday police persuaded the man to release the friend. But two days later she was returned to the apartment by police.

Alves had apparently promised to release Rodrigues if the friend was brought back to him.

Instead he shot both girls.

He's now been taken into custody.

Doctors say the friend is in a satisfactory condition but Rodrigues isn't expected to survive.

Many are now questioning the police's actions and demanding an inquiry.


Bush film shows softer side Deal to free Israeli soldier stalls Man and machine duet
Icelanders bank protest Falling bridge traps many in India UK basketball amateur beats top star
McCain accuses Obama of helping poor Bush to host global economic summit Zimbabwe still deadlocked

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Brazilian teen allegedly shot by ex in coma


SAO PAULO, Brazil:

A 15-year-old Brazilian teen is in an irreversible coma a day after being shot in the head — allegedly by a disgruntled ex-boyfriend who police say held her and a friend captive for four days.

Grace Mary Lidia is a neurosurgeon at Santo Andre Medical Center in Sao Paulo. She says Eloa Pimentel is close to being declared brain-dead.

Eloa's 15-year-old friend Nayara Rodrigues was shot in the face. Lidia says she is in stable condition.

Both were shot during a police raid Friday on the Sao Paulo apartment where 22-year-old Lindemberg Alves allegedly held them captive.

Police Col. Eduardo Felix Oliveira said Saturday the bullets that hit the girls came from a gun Alves fired.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Teenage girls held hostage in Brazil wounded in police rescue raid



18.10.08 05:04

Officials say two 15-year-old girls held hostage for four days were shot and seriously wounded when police raided the apartment where they were being held at gunpoint by a disgruntled boyfriend, the associated press reported.

Police Col. Eduardo Felix Oliveira says that during the rescue attempt Eloa Pimentel and her friend Nayara Rodrigues were shot in their heads.

He said Friday he did not know if the shots were made by police or by Pimentel's boyfriend and captor Lindemberg Alves who was armed with two guns and was not hurt in the operation.

Rosa Maria Pinto director of the Santo Andre Medical Center in Sao Paulo says Pimentel's wounds are life threatening but that Rodrigues was in stable condition and expected to recover.

Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters

Brazil Girl Dies After Being Held By Her Ex



A Brazilian teenager has been declared brain dead after being held hostage for four days and then shot by her ex-boyfriend, doctors said late on Saturday.

In a case that shocked the country, police say Lindemberg Fernandes Alves kidnapped Eloa Cristina Pimentel, 15, and her friend last week and held them in an apartment on the outskirts of Sao Paulo after the end of a two-year relationship.

Police stormed the apartment on Friday after hearing gun shots.

Pimentel was severely wounded in the head and groin and her friend, Nayara Rodrigues da Silva, 15, was wounded in the face. Da Silva is still in hospital but out of danger.

Police said Alves, 22, was now in custody and accused of firing the shots.

Da Silva had been freed on Tuesday but returned on Thursday as part of negotiations with Alves. The police have come under criticism for the move.




















































































Sphere: Related Content
26/10/2008 free counters