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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Grande Hotel Campos do Jordão: friozinho, mimos e comida boa

gastrolandia.uol.com.br/


O hotel fica em um prédio construído na década de 40

Odeio calor com todas as minhas forças. Odeio também a sensação de estar sempre melecada de suor, cansada. Na medida do possível, saio de São Paulo quase todos os finais de semana do verão. Um dos lugares próximos que me fazem mais feliz nesta época do ano é Campos do Jordão: temperatura amena, ar puro, silêncio durante a noite. Dá para usar vestidinho durante o dia e colocar uma malhinha depois das seis da tarde. CIVILIZADO.

Neste contexto, o Grande Hotel Campos do Jordão é um tipo de oásis abastecido por comida boa, piscina gostosa, imensas áreas verdes e crianças mantidas à distância (a área do hotel é tão grande que nem se ouve a animação e gritos típicos da idade). Fui para lá no feriado do aniversário de São Paulo e, olha, foi ótimo. O problema foi chegar à Marginal Tietê, na volta, e topar com o termomêtro marcando 32 graus e um congestionamento desgracento…

O imenso e delicioso bufê de café da manhã do hotel: todo dia, tudo diferente

O serviço é primoroso, sempre. Os profissionais ou estudantes do hotel-escola do SENAC não exageram na simpatia– e com isso não soam falsos— mas permanecem atenciosos o tempo todo. Precisou, estão lá. Curto muito também os pequenos cuidados com o cliente, como os bombons e biscoitos da sorte deixados sobre o travesseiro no cair da tarde e os produtos Natura nos banheiros das suítes (sabe bem a importância disso quem já lavou o cabelo com xampu podre e ficou parecendo uma vassoura gasta).

O gostoso e fofinho bolo de xerém no café da manhã

Mas, para mim, o maior ponto positivo do hotel não é nem o serviço, nem a linda e imensa área verde cheia de pica-paus, esquilos e pássaros, nem a programação intensa que mantém todo mundo entretido (até a mim, que odeio atividades coletivas mas adorei a aula/degustação de vinhos mas perdi a hora para a aula de cozinha grega), nem o quarto amplo, moderno. O que mais amo nos hotéis do SENAC, incluindo o de Campos, é a comida.

Bolinho de Abóbora com mousse de queijo

O bufê de café da manhã é uma obra de arte: imenso, lindamente arrumado, tem uma variedade aterradora de pães, biscoitos, bolos, cereais, frutas, frios, iogurtes… E muda todo dia. Ou seja: enjoar não é uma opção. Amei o bolo simples e bem feito de xerém (“migalhas” de castanha de caju) e o pão de fibras.

Aula/degustação de vinhos: gratuita

Daí, depois de uma massagem e um mergulho na piscina aquecida, está na hora do almoço. Sério, são uns quarenta pratos. Salada de banana com molho de iogurte, ceviche de polvo, arroz negro com passas, medalhão de filé mignon, estação de massas, um incrível queijo de cabra com pesto de nozes, feijoada, pintado assado com legumes, arroz cremoso com abobrinha e coco, ragu de cordeiro, queijo coalho grelhado com mel, galinha d’angola, coq au vin. Um universo em mutação diária. Preparações, em sua maioria, bem feitíssimas, saborosas, sem excesso de sal ou temperos. Uma tremenda qualidade. Mas ainda tem a mesa de sobremesas. CARAMBA.

O chef Alexandre Righetti finalizando o prato no jantar do restaurante Araucária
Sei lá quantas provei durante os três dias que fiquei por lá, mas foram muitas. Muitas, mesmo. Algumas nem passaram perto de me conquistar, mas outras arrebataram meu coração, especialmente o gateau quente de castanha-do-pará com calda de baunilha e o Bolinho de abóbora com mousse de queijo. Ai, ai.

Fora as refeições no restaurante maior, sempre em sistema de bufê, que estão inclusas na diárias, o hotel tem duas outras opções: o Araucária e a Arte da Pizza.

Cordeiro assado com crosta de chorizo espanhol e ravióli de queijo brie com batata doce

No restaurante Araucária, o chef Alexandre Righetti prepara menus-degustação criativos e bem executadíssimos (precisa de reserva).

Na noite em que jantamos lá, dois pratos da excelente sequência (Thai Ceviche de Tilápia, guacamole e tortilhas crocantes, Lombo de bacalhau assado, purê de batatas e alho assado crocante com pão de ervas, entre outros) se destacaram: o maciíssimo, vermelho e suculento Carré de Cordeiro assado com crosta de chorizo espanhol e ravióli de queijo brie com batata doce e o Entremet de chocolate de origem com cupuaçu (sobremesa feita com camadas de creme de cupuaçú e chocolate meio amargo).

Salão à meia luz da Arte da Pizza

A Arte da Pizza fica fora do prédio principal, no meio do verde e ao lado de um riozinho. Linda, integra o salão, o preparo das pizzas e os fornos. Alguns sabores são bem criativos– linguiça com cebola caramelizada (doce em excesso) e truta defumada com queijo— mas a massa é meio “pãozenta”, com o interior sem leveza, muito ácida. Não rolou comigo, não. É premiada por vários guias e tal, o ambiente realmente é aconchegante, mas a pizza em si é nota 6 e cara (média de R$ 66). Bom, nem tudo pode ser perfeito, né?!

Pizza de linguiça com cebola caramelizada e de truta defumada: sabores criados no Arte da Pizza

No final do feriado eu podia não estar mais magra como havia prometido a mim mesma, mas estava com meu humor em dia e, importantíssimo, sem suar feito um maratonista no Congo.




LAST

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26/10/2008 free counters

#GASTRONOMIA Torta mousse de banana com caramelo


Torta mousse de banana com caramelo

Ingredientes
1 placa de pão de ló que servirá como base (compre pronto em padarias ou supermercados gourmets)

Ingredientes da mousse de Banana
6 ovos inteiros
250 gramas de açúcar refinado
250 ml de creme de leite fresco batido em chantilly
180 gramas de purê de banana (usa-se 120 gramas de banana-passa hidratada em 100 ml de água por quarenta minutos; depois, bate-se no liquificador)
1 pacote de gelatina em pó sem sabor

Ingredientes da mousse de caramelo
6 ovos inteiros
250 gramas de açúcar
250 ml de creme de leite fresco batido em chantilly
200 gramas de calda de caramelo (base: 500 gramas de açúcar queimado para 150ml de água)
1 pacote de gelatina em pó sem sabor

Como fazer a mousse de banana
Bater bem os ovos com batedeira.
Numa panela em fogo baixo, aquecer os 250 gramas de açúcar refinado, umedecido com 40ml de água, mexendo sempre. Quando atingir ponto de calda, despejar aos poucos nos ovos batidos— sem parar de bater. Deixe esfriar. Junte o purê de banana e a gelatina hidratada e bata mais. Com uma colher de pau,incorpore nessa mistura o creme de leite fresco transformado em chantilly. Reserve.

Como fazer a mousse de caramelo
Bater bem os ovos com batedeira.
Numa panela em fogo baixo, aquecer os 250 gramas de açúcar refinado, umedecido com 40ml de água, mexendo sempre. Quando atingir ponto de calda, despejar aos poucos nos ovos batidos— sem parar de bater. Deixe esfriar. Em outra panela, derreta 500 gramas de açúcar em 150ml de água, em fogo baixo, até que vire caramelo. Com a batedeira, incorpore o caramelo na mistura de ovos e, por último, misture o creme de leite transformado em chantilly.

Montagem
Usar a placa de pão de ló como base na forma redonda de fundo removível de sua preferência. Colocar a mousse de banana sobre a base e levar ao freezer até que comece a firmar (cerca de 30 minutos). Retirar e colocar sobre a mousse de caramelo sobre a mousse de banana. Deixar em geladeira por 12 horas. Servir.

RECEITA GRANDE HOTEL SENAC CAMPOS DO JORDÃO


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Receita de Mousse de banana

Por Ana Maria

Ingredientes

* 8 bananas nanica grandes
* 9 colheres (sopa) de açúcar
* 1 lata de leite condensado
* Gotas de essência de baunilha
* ½ litro de leite
* 3 ovos

Modo de preparo

* Leve ao fogo 6 colheres (sopa) de açúcar.
* Deixe derreter até dourar, sem parar de mexer.
* Junte as bananas cortadas em rodelas e caramelize-as.
* Arrume numa fôrma refratária de tamanho médio em tacinhas individuais.
* Junte o leite condensado, a baunilha, o leite e as gemas.
* Leve ao fogo baixo sem parar de mexer, até obter consistência cremosa.
* Espalhe o creme sobre a banana.
* Bata as claras em neve com 3 colheres (sopa) de açúcar.
* Junte o creme de leite e misture delicadamente.
* Despeje sobre o outro creme e leve à geladeira.

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Mousse de banana

INGREDIENTES:
8 a 10 bananas nanicas picadas (maduras) e grandes
6 colheres de sopa de açúcar
1 lata de leite condensado
1/2 l de leite
4 gemas
1 lata de creme de leite
4 claras
3 colheres de açúcar

10min 12 porções

MODO DE PREPARO:
Coloque as 6 colheres de açúcar em uma panelas com as bananas cortadas em rodelas grossas.
Deixe cozinhar sem desmanchar as bananas.
Arrume em um pirex.
Faça o creme com o leite condensado, o leite e as gemas.
Leve ao fogo e deixe ferver um pouco.
Despeje o creme sobre as bananas.
Bata as claras em neve, acrescente as 3 colheres der açúcar e bata até que fique em ponto suspiro.
Junte o creme de leite sem soro com as claras já batidas mexa lentamente.
Despeje sobre o creme que você preparou com o leite, leite condensado as gemas.
Deixe na geladeira de um dia para outro.
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Mousse de banana

8 bananas nanicas picadas
1 colher (chá) de suco de limão
4 colheres (sopa) de rum
1/3 xíc (chá) de açúcar
2 folhas de gelatina branca
1 lata de creme de leite

Misturar as bananas, açúcar e suco de limão. Levar ao fogo baixo, mexer sempre, até desmanchar as bananas (15 minutos, aproximadamente). Adicionar a gelatina previamente amolecida em água fria e mexer até dissolver. Misturar delicadamente o restante dos ingredientes e colocar em taças. Levar à geladeira por algumas horas.
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Mousse de banana

2 colheres (sopa) de açúcar
1 caixa de gelatina sabor tutti frutti
6 bananas nanica médias
1 lata de creme de leite
2 ovos (só as claras)

Preparar a gelatina de acordo com as instruções da caixa. Deixar esfriar e bater no liquidificador a gelatina, o creme de leite e as bananas. Colocar numa travessa refratária média e levar a geladeira. Bater as claras em neve e acrescentar o açúcar, continuar batendo até o ponto de suspiro. Colocar essa camada por cima do mousse e deixar na geladeira. Servir no dia seguinte.
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Mousse de banana

9 colheres (sopa) de açúcar
gotas de essência de baunilha
8 bananas Nanica grandes
1 lata de leite condensado
½ litro de leite
3 ovos

Levar ao fogo 6 colheres (sopa) de açúcar e deixar derreter até dourar, sem parar de mexer. Juntar as bananas cortadas em rodelas e caramelizar. Arrumar numa fôrma refratária de tamanho médio em tacinhas individuais. Juntar o leite condensado, a baunilha, o leite e as gemas. Levar ao fogo baixo sem parar de mexer, até obter consistência cremosa. Espalhar o creme sobre a banana. Bater as claras em neve com 3 colheres (sopa) de açúcar. Juntar o creme de leite e misturar delicadamente. Despejar sobre o outro creme e levar à geladeira.
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5 bananas nanicas
1 envelope de gelatina em pó sem sabor e incolor hidratada
¼ xícara de (chá) de licor de chocolate
1 e ½ xícara de (chá) de chantilly
1 lata de leite condensado
1 xícara de (chá) de leite

Calda:
150 gramas de chocolate ao leite
200 ml de leite de coco


Corte as bananas em rodelas finas e reserve-as. Bata no liquidificador o leite condensado, o leite e o licor de chocolate e misture bem. Então, acrescente as bananas e a gelatina dissolvida, bata rapidamente e despeje a mistura em um recipiente. Junte o chantilly, mexendo delicadamente, e leve à geladeira para ficar firme. Prepare a calda, derretendo os dois ingredientes em banho-maria. Por fim, despeje-a sobre a mousse.

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26/10/2008 free counters

PM procura matador de Vanessa de Vasconcelos Duarte às cegas

20/02/2011


Josmar Jozino
do Agora

A Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento preventivo no Estado, até ontem não sabia o nome nem tinha a foto do suspeito de estuprar e matar a supervisora de vendas Vanessa de Vasconcelos Duarte, 25 anos. O acusado é condenado a 14 anos, foragido de um presídio de regime semiaberto em Tremembé (147 Km de SP) e teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.

No 20º Batalhão, em Barueri (Grande SP), cidade onde ele abordou Vanessa, PMs não tinham informações sobre o suspeito. "A Polícia Civil não divulgou o nome dele para a PM. Eles trabalham de um jeito e a gente de outro", afirmou o soldado Lucas.

No 33º Batalhão, em Carapicuíba (Grande SP), onde o suspeito dormiu em uma casa na rua André Ohl, no dia do crime, o soldado Gama não possuía o nome dele.




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26/10/2008 free counters

#INSS Mãe percorre pântano a pé por ajuda ao filho

Da Reportagem

A dona-de-casa Neide Maria de Oliveira Moraes enfrentou os perigos das áreas alagadas do Pantanal a pé para procurar auxílio jurídico junto à expedição Ribeirinho Cidadão, da Defensoria Pública, em São Pedro de Joselândia, no Pantanal. O filho dela, Rubens Santana de Oliveira Moraes, de 28 anos, é deficiente físico e na infância sofreu paralisia. O benefício dele no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) está bloqueado desde dezembro. A família precisa do recurso para comprar remédios para o filho.

Rubens, que não fala e tem muita dificuldade para andar, foi com o pai para Barão de Melgaço para comprovar em perícia que realmente era deficiente físico. Mas, de nada adiantou. O pagamento do benefício continuou suspenso. Dona Neide disse ainda que gastou mais de R$ 300 na viagem e que a família não tem recursos, caso seja necessário viajar novamente.

A expedição da Defensoria Pública refez o caminho que dona Neide percorreu a pé para chegar até São Pedro de Joselândia. Ela mora em Retiro de São Benedito. A expedição partiu em um trator, o único veículo capaz de romper os atoleiros formados pelas chuvas do Pantanal, com o juiz José de Arimatéia, o defensor público Air Praeiro, um oficial de justiça, um policial militar, uma médica e uma representante do Ministério Público. Um percurso de 10 quilômetros durou uma hora e meia. Em alguns pontos, a água quase chegava à altura da carroceria do trator.

Na casa humilde da família, a médica da expedição atestou a incapacidade de Rubens e o juiz José de Arimatéia expediu uma sentença de interdição, com parecer favorável do Ministério Público Estadual. “Isso significa que ele é incapaz de praticar atos da vida civil e precisa da pensão do INSS para sobreviver”, afirma o juiz. Com a sentença expedida, o INSS terá que restabelecer o benefício podendo ser multado em caso de descumprimento. (DM)

www.diariodecuiaba.com.br


Previdência social
O calvário de quem precisa do INSS
Instituto está mais rigoroso na concessão de benefícios, o que pode afetar quem realmente precisa
Luana Nogueira
Da reportagem local
Amilson Ribeiro
Mogianos reclamam principalmente da dificuldade de passar nas perícias realizadas na agência

Cidadãos que buscam auxílio-doença ou aposentadoria no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão enfrentando transtornos para receber os benefícios. A maior parte das reclamações vem de pessoas que têm alguma doença e não conseguem um parecer favorável dos peritos.

As doenças mais comuns relatadas por quem busca o auxílio são as provenientes de atividades repetidas. A auxiliar de higiene hospitalar Arleide Brito Batista, 43 anos, que tem hérnia de disco, contou que há seis meses tentava no INSS o auxílio-doença, sempre recebendo recusa dos peritos: "Entrei com um processo para receber o benefício. Meu médico não me dá alta, mas meu pedido é negado no INSS". Ela desabafa: "A gente trabalha, paga a contribuição e agora não recebe. Tem época que eu não consigo trabalhar por causa das dores".
Como ela, há outras pessoas indignadas. "Acho incrível, é só um salário mínimo e eles ainda estão negando", disse Sebastiana Maria Borges, 63 anos, que se submeteu recentemente a uma cirurgia e estava com dificuldade para receber o auxílio-doença.
Tem vários casos como o dessas cidadãs. "Estou com um pedido do médico que diz que não tenho condições de trabalhar, mas os peritos acham que eu estou bom", contou o funcionário público Alexandre Pereira, 36 anos.
Há queixas também do atendimento: "O médico não olha direito. E depois fala que tenho condições de trabalhar", reclamou a dona de casa Joveni Cunha Lopes, 64 anos. Ela, que sofre com dores na coluna e ombros, mesmo com idade para se aposentar por tempo de serviço, não consegue o benefício.



Instituto
O INSS, por meio da Assessoria de Imprensa, informou que a perícia médica tem como função analisar as condições de saúde do trabalhador para verificar se ele está ou não em condições de exercer a atividade profissional. Caso haja incapacidade para o trabalho, será concedido o benefício auxílio-doença. Porém, se a pessoa tem uma doença, mas no momento do exame médico-pericial no INSS isso não a estiver impedindo de trabalhar, o pedido de auxílio-doença será indeferido. Foi afirmado ainda que não é tarefa do perito médico do INSS cuidar da saúde geral do trabalhador, mas sim se certificar de que existe incapacidade ou não para o trabalho.

O tempo médio para uma pessoa conseguir os benefícios previdenciários concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS) não pode ultrapassar 45 dias pela determinação prevista em lei no Brasil. O período médio de concessão das aposentadorias no País, no mês de novembro de 2010, estava em 24 dias. Para auxílio-doença, no mesmo mês, girava, em média, em 32 dias para ser concedido.



Ajuda
Em Mogi, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) presta o serviço de orientação para as pessoas com problemas com o INSS. Segundo a OAB, as queixas têm aumentado. "Não temos como nomear alguém para cuidar do caso das pessoas. O que fazemos é um trabalho de orientação para que ela procure um advogado de confiança que trabalhe com casos de previdência", informou o secretário-adjunto da OAB de Mogi, Edson Vander Porcino de Oliveira.

Existem alguns fatores apontados por Oliveira para que as pessoas não consigam receber os benefícios previdenciários. "Existem casos em que a pessoa não tem condições de se aposentar e outro é não considerar o tempo de trabalho". Para o secretário, o problema mais grave do instituto é a rejeição aos pedidos de auxílio. "Infelizmente, o serviço prestado pelo INSS está ruim pelo fato dos indeferimentos serem feitos de forma indiscriminada".



CCJ do Senado deve votar esta semana projeto que cria cargos no INSS

Agência BrasilMarcos Chagas




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26/10/2008 free counters

Mulher é atingida por raio em parque Villa-Lobos na Zona Oeste de SP


Vítima foi socorrida por equipe do Samu em estado grave.
Caso aconteceu no Parque Villa-Lobos.

Do G1 SP


Uma mulher foi atingida por um raio, por volta das 16h deste domingo (20), no Parque Villa-Lobos, na Zona Oeste de São Paulo. O Corpo de Bombeiros chegou a ser chamado para atender a ocorrência, mas a vítima foi socorrida por uma equipe do Samu e levada para o Hospital das Clínicas em estado grave.

Na tarde deste domingo, choveu forte em toda a capital paulista, que chegou a ficar em estado de atenção. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou chuva de granizo em diversos bairros da Zona Oeste da cidade.


Exibir mapa ampliado

Vítima de raio em SP continua em estado grave


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Maria Aparecida Bueno, 45, a segurança do parque Villa-Lobos (zona oeste de São Paulo) que foi atingida por um raio ontem (20), continua internada em estado grave no Hospital das Clínicas, segundo a assessoria do hospital.

Ela passa por uma série de exames na emergência do hospital, mas seu quadro é estável. Quando as avaliações acabarem, deve ser transferida para a UTI.

Bueno era uma das responsáveis por pedir aos usuários do parque que abandonassem o local quando começasse a chover e a cair raios na região, segundo a direção do parque.

O acidente ocorreu por volta das 16h. A direção do parque diz que a funcionária estava perto do parquinho infantil, atrás do novo orquidário, quando recebeu a descarga elétrica.

Logo após os raios e a chuva começarem, ela pegou a bicicleta que usava para fazer a ronda e tentou obter abrigo em um dos banheiros do local. Testemunhas relataram que ela saiu do parque desmaiada em uma ambulância do Samu após receber o primeiro atendimento.

Especialistas são unânimes em dizer que grandes áreas descampadas, como é o caso do parque Villa-Lobos, são consideradas de risco quando o temporal começa a se armar sobre o local.

Em janeiro de 2001, dois adolescentes morreram no mesmo parque Villa-Lobos atingidos por dois raios. Uma das vítimas, de 15 anos, estava sob um dos quiosques do parque, onde não havia para-raio.

Uma garota de 12 anos morreu ao tentar atravessar o campo de futebol do parque para se abrigar do temporal.

O Villa-Lobos, nos finais de semana e feriados, recebe de 20 mil a 30 mil pessoas. Durante um temporal com muitos raios, as pessoas devem tentar abrigo dentro de carros, casas ou edifícios, segundo os especialistas.


Carlos Cecconello/Folhapress
Carro do Samu em frente ao Parque Villa-Lobos, em São Paulo, onde raio atingiu uma funcionária de 45 anos
Carro do Samu em frente ao Parque Villa-Lobos, em São Paulo, onde raio atingiu uma funcionária de 45 anos

PARA-RAIOS

O sistema de para-raios que existe no parque Villa-Lobos é eficiente, existem mais de 15 para-raios no local, afirma a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, responsável pelo parque.

Segundo a secretaria, todos os prédios do parque estadual estão aparelhados com o dispositivo para a proteção de descargas elétricas atmosféricas.

A direção do parque diz que exatamente por causa das duas mortes, há dez anos, que todo o prédio construído no parque tem agora seu próprio para-raio.

Outra medida adotada após os acidentes de 2001 são de responsabilidade da própria segurança. Todos os funcionários recebem a ordem de pedir para os visitantes abandonarem o parque quando raios e trovões começam a surgir.

Mesmo com todo o sistema de segurança em operação, áreas como a do Villa-Lobos continuam vulneráveis, dizem os técnicos. Existem árvores altas e redes elétricas perto. Dois elementos que servem de chamariz para os raios.

Apesar dos relatos de acidentes graves, estudos mostram que é pequena a chance de uma pessoa ser atingida por um raio _seis em um milhão no caso do Estado de São Paulo, indicam estimativas do grupo de eletricidade atmosférica do Inpe.

No país, caem em média 24 mil raios por dia. Na última década, os registros mostram que 132 pessoas morreram, a cada ano, por causa das descargas elétricas. O prejuízo material causado pelo fenômeno meteorológico é da ordem de R$ 1 bilhão


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26/10/2008 free counters

tetranetas de Tiradentes desistem de pedir superpensão

As duas tetranetas de Tiradentes que pretendiam pedir pensão especial do governo pela morte do mártir da Inconfidência disseram que desistiram de reivindicar o benefício. Uma delas, Carolina Menezes Ferreira, 67, argumentou que o pedido traria "muito desgaste".

No último dia 26 de janeiro, a Folha revelou que as irmãs Carolina e Belita Menezes Benther, 71, queriam pedir a pensão.

Uma outra irmã delas, Lúcia de Oliveira Menezes, 65, já recebe o benefício graças a uma lei de 1996.

Em nova entrevista anteontem, Carolina disse que "não quer saber disso" e que ficou incomodada com a repercussão do caso e com o assédio de jornalistas.

"Eu gosto de viver no anonimato, sou uma dona de casa, estou quietinha no meu canto e não gosto de aparecer", afirmou ela.

Belita disse não ter tempo de "mexer com essa papelada" e chamou de irrisório o valor da pensão recebida pela irmã Lúcia, que a beneficiária diz ser de R$ 215.

No mês passado, Carolina afirmou à Folha: "A gente vai correr atrás, sim". Disse também que "os documentos estão todos prontos".

Ela disse que não havia ingressado com o pedido por falta de tempo, mas previu: "A gente sabe que, se entrar, é tranquilo que ganha".

No mesmo dia, Belita disse que Carolina era a responsável por tratar do assunto.

Anteontem, Carolina disse: "Talvez eu tenha me expressado errado". Apesar da desistência, ela insistiu que teria o direito à pensão sob o argumento de que seu tetravô José da Silva Xavier (1746-1792) teve as terras inutilizadas pelo governo português.

Lúcia, a tetraneta que recebe a pensão, disse que suas irmãs desistiram do benefício por incômodo com a exposição que tiveram.

"Elas não estão gostando de vocês ligando para elas."

Lúcia recebe a pensão especial graças a uma lei proposta pelo governo Itamar Franco (1992-1994) e sancionada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Por Rodrigo Vizeu

Fonte: Folha.com

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26/10/2008 free counters

Deputados usam verba de gabinete para pagar parentes




SILVIO NAVARRO
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO

Três deputados estaduais paulistas repassaram a familiares no ano passado parte do dinheiro que seus gabinetes na Assembleia Legislativa recebem para apoiá-los no exercício de seus mandatos. A reportagem está disponível para assinantes da Folha e do UOL.

Os três usaram a verba para cobrir despesas com o aluguel de imóveis que pertenciam a seus parentes e onde eles dizem ter mantido escritórios no interior do Estado.

Cada deputado estadual de São Paulo teve direito em 2010 a uma verba de até R$ 20,5 mil para manter escritórios políticos fora da Assembleia, encomendar estudos e contratar consultorias, entre outras despesas.

Levantamento feito pela Folha mostra que no ano passado os 94 deputados estaduais paulistas gastaram R$ 17 milhões dos R$ 23 milhões que seus gabinetes estavam autorizados a utilizar com esse tipo de despesa.

OUTRO LADO

Os deputados Pedro Tobias (PSDB), Roberto Massafera (PSDB) e Eli Corrêa Filho (DEM) afirmaram que não veem irregularidade nem desvio ético em repassar a verba de gabinete da Assembleia Legislativa de São Paulo para pagar seus familiares.




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26/10/2008 free counters

Moradores isolados por pedágio estocam gás e comem pão velho

20/02/2011 - 15h27


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ALENCAR IZIDORO
ENVIADO ESPECIAL A PAULÍNIA (SP)

Moradores que ficaram isolados pela implantação de uma praça de pedágio na SP-332, em Paulínia (a 117 km da capital paulista) têm que pagar R$ 7,65 até para ir à padaria, ao banco ou à farmácia. Para atenuar a passagem no pedágio, estocam gás e mantimentos. A informação é de reportagem de Alencar Izidoro, publicada na edição da Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Há mais de um ano quase toda a vizinhança nas proximidades da fazenda Cascata não come mais pão fresquinho, não recebe a visita da Guarda Municipal (que alega não ter isenção e nem como custear a tarifa para fazer ronda) nem a pizza do delivery. Empresas que vendem gás, galões de água e material de construção interromperam as entregas na região --exceto se a tarifa de R$ 7,65 for paga pelo próprio cliente.

O transporte público não serve de opção --por ser uma área afastada, os ônibus só passam três vezes no dia. A rota à cidade vizinha, Cosmópolis, não adianta. A 3 km, tem outro pedágio, de R$ 5,45 -na ida e na volta.


Mateus Bruxel/Folhapress
Heraldo Ezier Bizi, 68, que montou um estoque de seis botijões de gás para fugir do pedágio instalado em Paulínia
Heraldo Ezier Bizi, 68, que montou um estoque de seis botijões de gás para fugir do pedágio instalado em Paulínia

OUTRO LADO

A concessionária Rota das Bandeiras afirma que a localização dos pedágios foi definida pelo governo e que os contratos não preveem a isenção da tarifa aos serviços públicos como guardas civis. Só veículos de emergência, como os da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, estão livres de cobrança, diz.

A concessionária não comentou a situação de isolamento de alguns moradores. A Artesp (agência do governo paulista) nega qualquer problema e diz que os moradores 'podem utilizar as vias urbanas', mas não apontou quais.

A reportagem esteve no local na última quarta, entrevistou moradores, funcionários do município e da concessionária. Teve que pagar os R$ 7,65 --ninguém soube apontar qualquer alternativa, mesmo que um atalho, para fugir da cobrança.


Editoria de Arte/Folhapress

Governo Federal prepara novos modelos de pedágios


Jorge Seadi

Dois novos modelos de concessão de estradas estão sendo analisados pelo Governo Federal e poderão ser utilizados em estradas de todo o país. Além do modelo atual em que o pedágio banca os gastos das concessionárias na manutenção das rodovias, o governo poderá instituir estradas com concessão, mas sem pedágio com o custo caindo no bolso de todos os contribuintes. No modelo atual de pedágios, só paga quem trafega na estrada.

Outro modelo que pode ser utilizado seria de PPPs (Parceria Público Privado) em que o governo terá que entrar com alguma parcela de recursos. Segundo fontes do governo, estes outros modelos de concessão vão permitir que estradas de menor fluxo de veículos também sejam incluídas nos contratos de exploração das rodovias.

No Rio Grande do Sul, pouco mais de 6 mil quilõmetros são de estradas federais pedagiadas. As concessionárias que exploram as rodovias gaúchas são obrigadas a manter estradas de menor fluxo nos chamados “polos”. Os contratos de concessão das estradas gaúchas vencem em 2013 e, desde o governo Yeda, são motivo de muita discussão com o Ministério dos Transportes.

Com informacoes do UOL

Em meio a debate político, "Pedagiômetro" indica que pedágios de SP já arrecadaram R$ 3 bi neste ano

Guilherme Balza
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Atualizado em: 23/07/2010 - 17h30

O jornalista Keffin Gracher, 25, criou uma ferramenta batizada de “Pedagiômetro", que funciona de modo semelhante ao "Impostômetro" que a Associação Comercial de São Paulo usa para calcular os gastos da população com impostos federais, estaduais e municipais.

O Pedagiômetro, que só existe virtualmente, projeta o montante que as concessionárias arrecadaram com os mais de 200 pedágios que existem nas rodovias paulistas. Segundo a ferramenta, em breve o valor pago pelos motoristas que trafegaram em SP neste ano alcançará a marca de R$ 3 bilhões.

Contador do Pedagiômetro

  • Relógio disponibilizado pelo Pedagiômetro estima, com dados que se atualizam constantemente, o quanto já foi pago nos pedágios paulistas em 2010

A ferramenta apimenta o debate político enquanto os preços e a quantidade de praças de pedágio das estradas paulistas sempre aparecem entre os argumentos dos adversários dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, candidatos à Presidência e ao governo de São Paulo, respectivamente. O assunto é também o carro-chefe da campanha de Aloizio Mercadante (PT), principal adversário de Alckmin. Gracher já foi assessor de Mercadante.

Gracher, idealizador da ferramenta junto com o amigo Eric Mantoani, explica que o valor calculado não é exato, e sim uma estimativa da arrecadação com os pedágios, baseado no valor que as empresas declararam ter arrecadado nos últimos anos.

“Fui atrás dos balancetes anuais das concessionárias, que mostraram a arrecadação e a taxa média de crescimento de um ano para o outro. Peguei o total arrecadado em 2009 e apliquei 16,7% de crescimento para esse ano, que foi o mesmo dos últimos dois anos. A estimativa, que é subestimada, indicou uma arrecadação de R$ 5,3 bilhões em 2010. Para fazer o contador, dividimos esse valor em segundos”, afirmou Gracher ao UOL Notícias.

SP tem os pedágios mais caros do Brasil


De acordo com o idealizador, em 21 dias o "Pedagiômetro" ultrapassou a marca de 36 milhões de "page-views" e 900 mil usuários únicos. O crescimento dos acessos foi impulsionado pela ajuda de sites petistas, como a página oficial do diretório do PT de SP e o blog “Os Amigos da Presidente Dilma”, que escolheram um espaço fixo em suas home pages para destacar o "Pedagiômetro" e colocar um link para a página criada por Gracher. O próprio site oferece um código para reproduzir o contador em outras páginas.

O site traz também números gerais dos pedágios, exibe o lucro anual das concessionárias e mostra comparativos entre o que é gasto em viagens dentro do território paulista e para outras regiões do país. A página possui uma ferramenta que permite calcular o quanto se gasta com pedágios para ir de um ponto a outro no Estado. Há ainda um espaço para divulgar notícias sobre o tema.

Apesar do apelo eleitoreiro, o jornalista afirma que a intenção maior da ferramenta é criar um mecanismo de controle social. “Faltava um mecanismo para dar transparência às contas de pedágio. Há uma dificuldade muito grande para acessar esses dados. É muito camuflado”, diz.


O "Pedagiômetro" foi registrado no domínio www.pedagiometro.com.br. A empresa responsável pelo domínio é a Mídia Nova Internet e Comunicação Ltda, mesma empresa que em 2006 recebeu R$ 9.400 para prestar serviços ao então candidato a deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP). No mesmo ano, a empresa também prestou serviços no valor de R$ 3.648 a Paulo Renato, candidato tucano a deputado federal.

Keffin Gracher trabalhou até o final do ano passado como assessor parlamentar de Mercadante e assume que é ligado ao PT. O criador, contudo, afirma que não participará da campanha do petista ou de outro candidato e disse que a produção e manutenção do site e da ferramenta são bancadas com recursos dos próprios idealizadores.

Para Gracher, a exploração do "Pedagiômetro" no debate eleitoral é natural e inevitável. “O jogo político está posto. Se as pessoas vão aproveitar os dados eleitoralmente, paciência, faz parte do processo”, afirma.

Raio-x das estradas de SP
O Estado de São Paulo possui 35 mil km de estradas pavimentadas –22 mil estaduais, 1.050 federais e 12 mil estradas vicinais. Do total de vias sob a responsabilidade do Estado (34 mil km), 5.600 km (16%) estão sob responsabilidade de concessionárias.

Desde que foi iniciado, em 1998, o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado criou 187 novas praças de pedágio em rodovias paulistas. O Estado já tem mais pedágios do que todo o resto do Brasil. São 227 pontos de cobrança em vias estaduais e federais no território paulista, ante 113 no restante do país, segundo dados da Artesp (agência reguladora do setor). O valor do pedágio nas rodovias estaduais varia de R$ 2,15 a R$ 18,50 para carros de passeio.

Rota de fuga de pedágio em cidade paulista provoca confusão


O último levantamento da Confederação Nacional do Transporte apontou que das 16 rodovias do país avaliadas como “ótimas”, 15 estão em São Paulo. No topo do ranking estão o corredor Ayrton Senna-Carvalho Pinto –concedido em junho do ano passado para a Ecopistas–, seguido pela rodovia dos Bandeirantes (sob concessão da Autoban) e pelo Sistema Anchieta-Imigrantes (administrado pela Ecovias).

Em entrevista ao UOL Notícias, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Mauro Arce, afirmou que a única maneira de manter as estradas em boas condições é cobrando pedágio dos usuários. “Se não fossem os pedágios, não teríamos estradas tão boas. E qualidade não é só o conforto, mas também segurança e investimento.”

Manoel Lima Junior, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de SP, não discorda da adoção de pedágios, mas critica o valor elevado das tarifas e o número excessivo de praças. “Sem dúvida as estradas em São Paulo são boas, bem conservadas, mas o pedágio é extremamente caro. Por exemplo, com o valor anual que três carretas que circulam diariamente entre Santos e Ribeirão Preto pagam de pedágio, era possível comprar uma quarta carreta por ano”, diz.

O secretário, por sua vez, disse que as tarifas cobradas são baixas se comparadas ao valor agregado das mercadorias que circulam nas estradas paulistas. “Temos um estudo que mostra que o preço do frete é barato em comparação com o tipo de mercadoria que circula, e o preço do pedágio é mais barato ainda se comparado ao preço do frete.”

Modelo de concessão
O valor cobrado nos pedágios paulistas se relaciona com o modelo de concessão adotado nas rodovias. Quando fez as primeiras concessões, o governo de SP optou pelo modelo de licitação, que levou em conta o montante que as empresas ofereciam ao Estado para ter a concessão, a chamada outorga. A vantagem desse modelo é que o dinheiro pode ser aplicado em novas estradas. Por outro lado, esse valor é repassado aos motoristas.

No modelo de outorga, o valor da tarifa dos pedágios não é pré-estabelecido, diferentemente do modelo no qual a vencedora da licitação é a concessionária que oferecer o valor mais barato de pedágio, adotado pelo governo federal nas concessões da Régis Bittencourt e Fernão Dias e pelo governo de SP na concessão do Rodoanel.

Para Eduardo Padilha, economista do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper, ex-Ibmec), especializado no setor de transportes, as primeiras licitações das estradas paulistas foram feitas em uma época na qual o risco Brasil era muito alto, o que obrigou o Estado a conceder vantagens e seguranças maiores às concessionárias. “Quem investiu naquela época, correu riscos”, disse.

Segundo o economista, as condições econômicas do país permitem que, após o término do contrato com as primeiras concessionárias, em 2017, o governo do Estado possa fazer uma licitação em melhores condições, inclusive adotando o modelo de tarifa mais baixa, em vez do modelo de outorga. “Preços de contratos vão baixar e devem ser mais adequados. O risco Brasil diminuiu muito, o que deverá aumentar a concorrência”, afirmou.


Goldman cala a boca de Lula: "pedágio federal é latrocínio".

Do Estadão:

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), reagiu hoje às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos preços de pedágio no Estado. "Se ele disse que aqui é um roubo, eu digo que na área federal os pedágios que ele fez são latrocínios, ou seja, assalto seguido de morte", afirmou o tucano, de acordo com nota da assessoria da imprensa. "Nas rodovias federais você tem cobrança de pedágio mas nenhuma segurança. Cobra-se pedágio para absolutamente nenhuma obra ser feita", disse Goldman, após inaugurar uma escola técnica no Jardim Ângela, na zona sul da capital paulista. Na sexta-feira à noite, em seu primeiro comício eleitoral em São Paulo, Lula disse em Osasco, na Grande São Paulo, ao comparar os gastos dos motoristas nos pedágios estaduais e o quanto é pago nas vias federais, que o preços nas estradas paulistas é um "roubo". O presidente deixou claro que o candidato petista ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, deve explorar a questão dos pedágios contra seu adversário tucano Geraldo Alckmin. Goldman defendeu a cobrança de tarifa nas estradas paulistas. Segundo ele, o preço é resultado de um processo de licitação e garante a qualidade e a segurança das rodovias. "Dezenove das vinte melhores estradas do Brasil estão no Estado de São Paulo", disse. "O número de mortes aqui caiu, enquanto na Regis Bittencourt (federal), aumentou 33%", afirmou o tucano, ao citar uma comparação entre o primeiro semestre de 2009 e o mesmo período de 2010.


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26/10/2008 free counters

Miles de manifestantes piden reformas democráticas en las ciudades de Rabat y Casablanca


Protestas en Casablanca

Manifestantes marroquíes de diversos grupos sociales se han congregado en Casablanca, en una concentración pacífica. (EFE / Zacarías García)

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Manifestantes marroquíes de diversos grupos sociales se han congregado en Casablanca, en una concentración pacífica. (EFE / Zacarías García)
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  • Los jóvenes convocantes del 'Movimiento 20 de Febrero' insisten en que su país necesita ya "una Constitución democrática".
  • Las protestas están apoyadas por una veintena de ONG.
  • El régimen de Mohamed VI reconoce el derecho a manifestarse, pero hace responsables a los organizadores de "las repercusiones de posibles deslices".
  • MAPA: Los países árabes inician una revolución


Miles de marroquíes salieron este domingo a las calles de la capital de Marruecos, Rabat, y de la mayor ciudad del país, Casablanca, para reclamar reformas democráticas que incluyen un cambio de la Constitución, y la disolución del Gobierno y el Parlamento.

Unas 4.000 personas se concentraron en la plaza Bab Alhad de Rabat, y cerca de 2.000 manifestantes se reunieron en el centro de Casablanca, en una jornada marcada por las fuertes lluvias y el mal tiempo.

Las fuerzas de seguridad se mantienen en un segundo planoTras el inicio de las manifestaciones a las 10.00 hora local, se fueron incorporando más personas a ambas concentraciones, en las que no dejaron de gritar consignas contra la corrupción y en demanda de más libertad.

Las fuerzas de seguridad se mantienen en un discreto segundo plano, aunque su presencia es palpable en las principales calles de ambas ciudades.

En Rabat, la principal arteria de la ciudad, el bulevar Mohamed V, ha sido despejado de vehículos, y furgonetas de la policía se encuentran en las calles aledañas.

En ambas concentraciones se han coreado consignas contra el presidente libio, Muamar al Gadafi, a quien los manifestantes calificaron de asesino.

También se ha repetido en todas las concentraciones la demanda de una nueva Constitución para Marruecos.

Aferrado a su paraguas, como la mayoría de los presentes en la plaza Bab Alhad de Rabat, Mohamed Haghcham, desempleado, protestaba contra los actuales gobernantes y los consejeros del rey Mohamed VI.

"Los colegas del rey no sirven para gobernar el país, porque son niños", dijo Haghcham, quien también se mostró optimista acerca de la llegada de las reformas a Marruecos.

Las manifestaciones se extienden por el país

Las manifestaciones que han tenido lugar este domingo en Rabat y Casablanca se extendieron a otras ciudades importantes de Marruecos, como Fez, Marraquech y Tánger.

En Tánger unos 6.000 manifestantes, según estimaciones de los organizadores (450 según fuentes oficiales), se reunieron en la plaza Beni Makada y gritaron consignas contra la corrupción y en demanda de más libertad.

Fez, Marraquech y Tánger piden reformas sociales, democráticas y constitucionales Abdelmunaim Musaui, dirigente de la Coordinadora Nacional de la Lucha Contra El Aumento de los Precios y El Deterioro de los Servicios Públicos, que participa en la protesta de Tánger, destacó la presencia en la manifestación de numerosas organizaciones de tendencias políticas variadas.

En la ciudad de Marraquech, otras 7.000 personas, según los organizadores (800 según fuentes oficiales), se concentraron en la plaza Bab Dukala y corearon consignas reclamando reformas democráticas profundas en Marruecos.

En la ciudad de Fez, alrededor de 4.000 personas, según los organizadores, salieron a las calles para concentrarse en la Plaza Florencia a pesar de las lluvias y del temporal.

También se han registrado protestas en otras ciudades del país, como Oujda, Alhucemas, Kenitra y Larache. El Gobierno marroquí ha reconocido que hubo manifestaciones en al menos 12 ciudades del país contra el régimen de Mohamed VI.

Según el presidente de la sección local de la Asociación Marroquí de los Derechos Humanos (AMDH), Mohamed Ulad Ayad, "los manifestantes, entre los que hay una presencia masiva de jóvenes, pidieron reformas económicas, sociales y constitucionales".

Disturbios en algunas ciudades

Grupos de alborotadores e incontrolados han protagonizado disturbios en varias ciudades marroquíes dentro de la jornada de protestas que se viven en todo el país para reivindicar reformas democráticas que fue convocada por un grupo de jóvenes a través de Internet.

Los sucesos más graves se han registrado en las ciudades de Larache (noreste del país) y Alhucemas (norte) donde se han producido saqueos de agencias bancarias, ataques con piedras a comisarías y comercios, e incendios de vehículos.

Internet, el campo de batalla

Mientras partidos políticos y medios de comunicación lanzan el mensaje prácticamente unánime de que el caso marroquí es diferente al de los demás países árabes, los jóvenes convocantes de las protestas a través de Facebook (el 'Movimiento 20 de Febrero') insisten en que su país necesita ya "una Constitución democrática".

Hasta ahora, Internet ha sido el principal campo de batalla entre los partidarios de una profunda reforma constitucional y quienes defienden una monarquía ejecutiva, como la actual, al tiempo que alertan sobre los riesgos de la inestabilidad.

Los sabotajes en los grupos de Facebook han sido habituales hasta el último momento, según denunció Osama el Jlifi, creador de una de las páginas que llaman a la movilización.

Frente al 'Movimiento 20 de Febrero' han proliferado otros grupos en las redes sociales como 'No toques a mi rey', en el que se defiende con todo tipo de argumentos el "statu quo" del país magrebí.

El Gobierno permite las manifestaciones

El Marruecos oficial ha reconocido el derecho a las manifestaciones, sobre todo si son sociales, pero ha sembrado dudas sobre los convocantes de las protestas, más aún después de que el ilegalizado movimiento islamista Al Adl wal Ihsan (Justicia y Caridad) anunciase que va a participar en ellas.

El partido nacionalista Istiqlal, del primer ministro marroquí Abás el Fasi, hizo este sábado responsables a los organizadores de las protestas de "las repercusiones de posibles deslices" y rechazó las manifestaciones "que no se acomodan a la práctica democrática", según un comunicado difundido por la agencia oficial MAP.

Por su parte, el ministro de Economía y Finanzas y líder de la Agrupación Nacional de Independientes (RNI), Salahedin Mezuar, alertó de que Marruecos se arriesga a "perder en unas semanas lo que hemos conseguido en los diez últimos años", y avisó sobre los peligros para la inversión, en un encuentro con jóvenes del partido.

Tan sólo alguna figura aislada, como el ministro de Industria, Ahmed Reda Chami, de la Unión Socialista de Fuerzas Populares, ha mostrado una posición algo más ambigua.

Apoyo en redes sociales

En su página de Facebook, Chami asegura que "manifestarse por sus ideas es un derecho fundamental" y añade que "Marruecos sigue teniendo necesidad de concluir las reformas políticas, económicas y sociales".

Las protestas están apoyadas por una veintena de ONG (entre ellas la influyente Asociación Marroquí de Derechos Humanos), tres partidos de izquierda, los islamistas de Justicia y Caridad, y han recibido el apoyo, entre otros, de una lista que engloba a muchos de los periodistas más combativos e independientes del país.

Del viernes al sábado se registraron incidentes aislados en algunas ciudades del país Aunque las calles de Rabat presentaban este sábado un aspecto normal, algunas ciudades marroquíes conocieron durante la noche del viernes al sábado incidentes aislados, como en Tánger (norte), donde cientos de manifestantes protestaron en el centro de la ciudad contra los elevados precios de la electricidad y el agua.

Tras la manifestación, un grupo de esos jóvenes atacó con piedras la fachada de la comisaría principal del segundo distrito en el barrio periférico de Al Auama, en esa ciudad, según informaron a Efe fuentes de las autoridades locales.

Los manifestantes también incendiaron parcialmente una agencia de Amendis, filial marroquí de la francesa Veolia, que está encargada de la distribución de agua y electricidad en Tánger, así como la sucursal de un banco.

También se registraron protestas en Asila (norte) contra el alcalde de la ciudad, Mohamed Benaisa, y en El Aaiún, capital administrativa del Sáhara Occidental, donde fuentes saharauis señalaron que hubo choques entre grupos de jóvenes independentistas y la policía.



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26/10/2008 free counters

Masacre durante las protestas en Libia: al menos 200 muertos por la brutal represión del Gobierno


Escupitajo a Gadafi

Un manifestante anti Gadafi escupe sobre una imagen del presidente libio durante las protestas en Londres ante la embajada de Libia. (REUTERS)

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Un manifestante anti Gadafi escupe sobre una imagen del presidente libio durante las protestas en Londres ante la embajada de Libia. (REUTERS)
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El balance de muertos en los cuatro días de violentas protestas que han tenido como epicentro la segunda ciudad de Libia, Bengasi, en el este, aumenta por momentos, superando los 200, según fuentes médicas de un hospital de la zona. Según la organización Human Rights Watch, hay ya 173 fallecidos, después de que testigos hayan informado de que las fuerzas de seguridad abatieron a decenas de manifestantes antigubernamentales este sábado.

La ONG indica que el balance, recopilado en base a conversaciones con testigos y fuentes médicas, es "conservador". El Gobierno libio no ha dado ningún balance de víctimas por el momento ni ha hecho ningún comentario oficial sobre los últimos acontecimientos.

Según confirmaron fuentes médicas de un hospital de Bengasi a la cadena BBC, este sábado llegaron hasta allí un total de 220 muertos y 900 heridos tras los enfrentamientos del sábado, en una situación que describen de "masacre".

Estamos en medio de una masacre Los disturbios, los peores en las cuatro décadas al frente del país de Muamar Gadafi, comenzaron como una serie de protestas inspiradas por las revueltas populares en Egipto y Túnez pero se encontraron con una feroz represión por parte de las fuerzas de seguridad.

"Decenas de personas murieron (...) estamos en medio de una masacre", ha relatado a Reuters un testigo, que dijo que había ayudado a trasladar a las víctimas a un hospital en Bengasi.

Gadafi huye del país, según Al Jazeera y Al Arabiya

Gadafi habría huido del país con destino a Venezuela, según ha asegurado en una entrevista a Al Jazeera el secretario adjunto de la Embajada libia en Pekín, Husein Sadeq al Misurati, quien anunció su dimisión y se sumó a la revuelta. La cadena Al Arabiya informó, también la noche de este domingo, de noticias aún sin confirmar de la partida de Gadafi hacia un país extranjero.

Dimite el embajador libio ante la Liga Árabe

El embajador de Libia ante la Liga Árabe ha presentado su dimisión por lo que ha denominado "genocidio en masa contra los libios", según ha informado la cadena panárabe Al Jazeera.

Por su parte, el ministro de Seguridad Pública, teniente Abdel Fatá Yunis Obeidi, se ha sumado a las protestas en Bengasi, según ha informado un residente de la ciudad en declaraciones telefónicas a Al Jazeera.

La versión de un diario próximo al régimen

Mientras HRW habla de al menos 20 víctimas mortales durante los enfrentamientos de Bengasi, el diario electrónico Oea cifra en una docena las personas que murieron este sábado en esa ciudad por la represión de las fuerzas del orden a los manifestantes anti Gadafi.

El diario, próximo a Saif al Islam, el hijo mayor de Gadafi, indica que doce cadáveres ingresaron en la morgue del hospital Jala, según fuentes médicas.

Las víctimas, añade, perdieron la vida al mediodía durante las ceremonias de inhumación de otros manifestantes muertos en la localidad.

Al término de los entierros, los manifestantes lanzaron cócteles molotov en dirección de una universidad situada a unos 300 metros de un cuartel de las fuerzas del orden que respondieron disparándoles. A consecuencia del fuego real, murieron doce manifestantes y otras docenas resultaron heridas.

Según el diario Oea, con estas nuevas víctimas, asciende a 48 del número de muertos desde el martes pasado en Bengasi, a 1.200 kilómetros al este de Trípoli y segunda ciudad más importante del país. Según Human Rights Watch, ya serían 56 los muertos en esta ciudad.

Exteriores recomienda no viajar al este del país

El Ministerio de Exteriores ha recomendado este domingo evitar viajar a la región de la Cirenaica, en el este de Libia, durante los próximos días, debido a las manifestaciones y protestas populares.

El departamento de Trinidad Jiménez ha insertado en su página web nuevas recomendaciones a los españoles residentes en Libia y a aquellos que tengan intención de viajar a aquel país.

De momento, el Ministerio de Exteriores descarta la inminente evacuación de españoles en Libia y se encuentra a la espera de la evolución de los acontecimientos, han señalado a Efe fuentes diplomáticas.

En su web, Exteriores concreta como zonas de riesgo, que deben ser evitadas: la región de Tibesti y en general, zonas del sur fronterizas con Chad, Níger y Sudán.

También deben extremarse las precauciones en los desplazamientos a zonas fronterizas con Argelia y el sur tunecino, incluyendo las ciudades de Ghadames y Ghat.

Detenciones de sospechosos

Además, las autoridades libias han detenido a decenas de extranjeros de nacionalidad tunecina, egipcia, sudanesa, palestina, turca y siria, "especialmente entrenados y dotados de planes precisos para provocar incidentes en el territorio libio", informó la agencia de prensa libia JANA.

La misma fuente señaló que se trata de miembros de una "red entrenados para perjudicar la estabilidad del país, la seguridad de sus ciudadanos y su unidad nacional".

"Estas personas han sido encargadas de incitar a actos de pillaje y de sabotaje, como quemar hospitales, bancos, tribunales, cárceles, comisarías de policía y de la policía militar, así como otros edificios públicos y propiedades privadas", según JANA, que sostiene que las autoridades libias no descartan la hipótesis que los servicios secretos israelíes, Mosad, estén detrás de esta trama.

Por otra parte, los medios libios han anunciado que el Ministerio de Justicia del país magrebí ha decretado una amnistía a favor de varias decenas de detenidos condenados y que han purgado la mitad de la pena.

Estos detenidos salieron este sábado de diferentes prisiones libias, precisaron las fuentes, las cuales señalaron que las personas condenadas por asesinatos fueron excluidas de esta amnistía.

Continúa cortado el acceso a Internet

El Gobierno libio ha cortado el acceso a Internet en todo el país por segundo día consecutivo mientras las protestas contra el Gobierno de Gadafi continúan en varias ciudades del este del país, según ha informado la compañía estadounidense Arbor Networks, que monitoriza el tráfico en la red. Según esta empresa, el tráfico de entrada y salida de Libia se cortó abruptamente el sábado a las 01.15 horas después de dos interrupciones parciales previas.

El tráfico en Internet volvió varias horas después con niveles muy reducidos para volver a desaparecer por completo de nuevo a las 21.55 horas, según la información que maneja Arbor.

Internet está siendo utilizado en las últimas semanas por los manifestantes anti gubernamentales en Magreb y Oriente Próximo para coordinar las protestas y romper el bloqueo informativo por parte de los regímenes árabes.




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26/10/2008 free counters

História de opostos . No conto, Eça de Queiroz confronta o calor do amor com a frieza do ambiente



20 de fevereiro de 2011 | 0h 00
Ubiratan Brasil - O Estado de S.Paulo

Eça de Queiroz tornou-se um autor clássico, entre outras qualidades, pela forma como desmascarava as aparências da burguesia portuguesa do final do século 19. E isso continuou relevante mesmo depois de sua morte em 1900 (nasceu em 1845), quando começaram a surgir textos inéditos cujas linhas, ainda que inacabadas, traziam críticas à sociedade. É o caso de Um Dia de Chuva, conto pouco conhecido - inclusive pelos amantes de Eça - e que ganha uma nova edição, pela Cosac Naify.

Guazzelli/Divulgação
Guazzelli/Divulgação
Em 'Um Dia de Chuva', escritor aponta para o apaziguamento do espírito

Incompleto, o texto foi inicialmente editado pelo filho do escritor, Eça de Queiróz Filho, em 1929, no volume Cartas Inéditas de Fradique Mendes e Mais Páginas Esquecidas. No Brasil, figura na compilação de sua obra completa editada pela Nova Aguilar - coube à estudiosa Beatriz Berrini o trabalho de consolidação do conto, ou seja, ela restaurou a integridade do manuscrito com exceção de alguns trechos perdidos. Esses momentos são identificados com pontos de interrogação.

Ainda que com rachaduras, o texto é um retrato fiel da literatura praticada pelo escritor português, especialmente no paralelo entre os males da cidade e as excelências da vida próxima à natureza. Um Dia de Chuva conta uma história de paixão envolvendo José Ernesto, um solteirão de Lisboa que resolve fugir do agito da cidade grande e comprar uma quinta (um sítio) no norte de Portugal.

Ao chegar, não consegue conhecer a propriedade graças a dias sucessivos de chuva, que o obrigam a ficar na casa principal, onde ocupa o tempo conversando com o padre da paróquia local (também procurador dos donos do terreno) e o caseiro. Em meio a uma mesa farta de vinho e iguarias locais, José Ernesto ouve histórias sobre as qualidades da propriedade e também da família que habitava o casarão. É então que descobre D. Joana, filha do proprietário, por quem se apaixona mesmo antes de conhecê-la. É a partir dessa aparentemente inocente história de amor que Eça exercita as qualidades de sua escrita notável.

Depois de iniciar a carreira literária como autor romântico, ele logo se deixou fascinar pela realidade e decidiu enfrentar o mundo - assuntos como a estupidez humana, a mesquinhez da pequena burguesia e a grosseria dos clérigos passaram a figurar em livros que se tornaram clássicos, como O Crime do Padre Amaro, O Primo Basílio e Os Maias. "A questão que me parece fundamental nesta narrativa é o contraponto entre o casarão feito nau ilhada por uma chuva torrencial", comenta Eloar Guazzelli, ilustrador e artista plástico convidado para criar os desenhos que acompanham o texto. "Trata-se de uma história de opostos, uma cortina d"água que cobre paredões de pedra centenários."

Guazzelli optou pela simplicidade do traço, acompanhando a singeleza da trama amorosa. Assim, como a chuva é incessante, a água predomina nas palavras e é representada pelo azul, única coloração das ilustrações. "A opção, na verdade, partiu dos designers da editora, mas eu gostei, porque justamente trabalhou no clima psicológico da história e harmoniza com o véu de água que acompanha praticamente toda a narrativa."

Como a trama praticamente não tem ação - afinal, os personagens se empanturram à espera da melhora do tempo -, Guazzelli apegou-se a detalhes psicológicos. "No conto, é muito forte a relação entre um ambiente interno que vai adquirindo vida em oposição a um exterior hostil, onde a chuva transforma a velha casa senhorial em praticamente uma ilha."

Tal opção pelo psicologismo pode ser explicada pelo momento vivido por Eça. Na última década de sua vida, quando se acredita ter escrito o texto, ele foi acusado de se transformar em um reacionário - seus opositores comentavam que ele arrefecia o senso crítico e que queria deixar Paris, onde vivia como diplomata, e voltar a Lisboa, movido por um repentino nacionalismo. Nessa época, também, escreveu histórias que aparentemente demonstram um recuo de seu espírito combativo.

Na verdade, Eça estava profundamente deprimido com a forma como via evoluir a sociedade europeia, tendo até antecipado a 1.ª Guerra Mundial. "O que Eça perdeu - e quem não a perde à medida que envelhece? - foi a profunda raiva que sentia contra seu país, especialmente no que dizia respeito ao seu clericalismo primário", observou a pesquisadora portuguesa Maria Filomena Mónica, autora de uma minuciosa biografia crítica sobre o escritor. "Mas Eça não se converteu: morreu sem extrema-unção e odiou até ao fim a hierarquia católica".

Era, como observou o crítico Antonio Candido, uma espécie de reconciliação do escritor com o velho Portugal e as tradições que ele antes rejeitava. E Um Dia de Chuva aponta para essa apaziguamento do espírito.


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26/10/2008 free counters

#PT : Dirceu e Palocci travam queda de braço pelo poder



Deputado cassado tenta usar o PT para minar a influência do chefe da Casa Civil no governo

19/02/2011 - 20h42 - Atualizado em 19/02/2011 - 20h42

A Gazeta


foto: Divulgação
josé dirceu
José Dirceu quer manter autoridade no governo

BRASÍLIA

Ao mesmo tempo que se mobiliza por uma reabilitação política, o ex-chefe da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu tenta usar o partido para voltar a ter influência no governo Dilma Rousseff. E com isso, retomou nos bastidores um enfrentamento político com o chefe da Casa Civil, ministro Antonio Palocci. Segundo aliados, Dirceu quer unir forças no PT para fazer um contraponto.

A articulação de Dirceu nas últimas semanas foi resultado da insatisfação de setores do PT, que estão contrariados com a influência de Palocci no governo e com o espaço reduzido que a presidente Dilma tem dado à chamada "velha guarda petista". Junto com o movimento de reabilitação depois do escândalo do mensalão, deputados e integrantes do comando petista tentam se fortalecer no governo.

Durante a campanha presidencial, a expectativa desse setor do PT era que o partido mandaria mais no governo Dilma do que no governo Lula, como chegou a revelar o próprio Dirceu num encontro com sindicalistas na Bahia. Mas isso não aconteceu. Dilma escolheu novos interlocutores no PT, como o atual presidente da legenda, José Eduardo Dutra, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, além do próprio Palocci.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem dado apoio público à reabilitação política de Dirceu e de outros citados no processo do mensalão, fez questão de abafar o movimento precoce pela sua candidatura presidencial em 2014. E verbalizou claramente que o projeto tem que ser Dilma. Foi uma forma de evitar uma divisão petista e, com isso, enfraquecer o governo.

Segundo aliados, Dirceu vai usar essa mobilização com militância e viagens por todo o país para também discutir temas econômicos e sociais. Com isso, ele se fortalece internamente e passa a fazer o contraponto interno.

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