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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Saúde confirma surto da nova gripe em Ribeirão Preto, no interior de SP


Plantão | Publicada em 27/07/2009 às 21h25m

EPTV

SÃO PAULO - A Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto, a 319 quilômetros de São Paulo, confirmou nesta segunda-feira cinco casos de gripe suína registrados em uma entidade assistencial da cidade. O surto é caracterizado quando são registrados três ou mais casos da doença em um ambiente fechado, em um intervalo de até cinco dias. Há em andamento duas outras investigações de surto de gripe suína na cidade, em uma entidade para idosos e em uma empresa.

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Brasil já tem 45 mortes por gripe suína


Publicada em 27/07/2009 às 18h20m

O Globo; ClicRBS

Fila de atendimento para pacientes com suspeita de gripe suína no Hospital Miguel Couto, no RJ - Berg Silva/Agência o Globo

SÃO PAULO - Mais sete mortes por gripe suína foram confirmadas nesta segunda-feira no Brasil. Foram quatro casos em São Paulo e três no Paraná, todos em Curitiba. Nem todos as vítimas tinham problemas de saúde que pudessem contribuir para o agravamento da doença. Com esses casos, o número de mortos no país sobe para 45. São 20 casos em São Paulo, 16 no Rio Grande do Sul, cinco no Rio e quatro no Paraná.

Segundo a secretaria de Saúde do Paraná, três homens morreram na semana passada na Região Metropolitana de Curitiba com o diagnóstico da nova gripe. Nenhum deles tinha uma doença pré-existente. O primeiro a morrer, em 19 de julho, foi um rapaz de 24 anos. No dia 21 morreu um homem de 31 anos e no dia 22 um outro homem de 34 anos. Foi a quarta morte no estado. No dia 14, uma mulher adulta faleceu em Jacarezinho, no norte do estado. O Paraná tem 86 casos confirmados de gripe A. A partir desta segunda-feira, o Laboratório Central do Estado começa a realizar os exames, que até agora eram feitos apenas pelos institutos Adolfo Lutz, em São Paulo, Fiocruz, no Rio, e Evandro Chagas, em Belém.

Em São Paulo, foram confirmadas duas mortes em São Carlos e Mogi Guaçu, no interior. Osasco, na Grande São Paulo, registrou mais dois casos fatais. Uma mulher de 32 anos morreu de gripe A neste domingo em São Carlos, a 229 quilômetros da capital. Segundo a secretaria municipal de Saúde, ela sentiu os primeiros sintomas no dia 15 de julho e procurou atendimento médico cinco dias depois. A mulher foi encaminhada para a Santa Casa de São Carlos e, em seguida, transferida para o Hospital de Américo Brasiliense, que concentra os atendimentos de gripe suína na região. A paciente morreu neste domingo, dia 20, com pneumonia. Segundo a Secretaria de Saúde, ela não teve contato com nenhuma pessoa que tenha viajado para outros países.

A secretaria municipal de Saúde de Mogi-Guaçu, cidade a 164 km da capital paulista, informou nesta segunda-feira que um homem de 58 anos morreu vítima de gripe suína no município. O homem morava no município e fez uma viagem ao Chile. A vítima também morreu neste domingo. Segundo a secretaria, o homem foi internado no último dia 16 de julho com pneumonia, que evoluiu para insuficiência respiratória.

Em Osasco, a secretaria municipal confirmou mais duas mortes. Um mulher de 57 anos e um homem de 37 morreram no dia 19. Os dois pacientes estavam sendo atendidos na rede municipal de saúde. Segundo a secretaria, a contaminação pelo vírus foi confirmada após a morte e os dois pacientes apresentavam fatores que contribuíram para o agravamento dos casos. Os familiares e pessoas que tiveram contato com as duas vítimas estão sendo monitorados pela Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde e passam bem.

Com esses dois casos, a cidade soma 5 óbitos por gripe suína até agora. Incluindo os cinco mortos, Osasco tem 28 casos confirmados da doença e 34 em monitoramento. A Prefeitura de Osasco instalou três barracas do Exército em hospitais para o atendimento aos suspeitos. Elas funcionam diariamente, das 7 às 19 horas, no Hospital Municipal Central Antônio Giglio e nos Pronto-Socorros do Jardim Santo Antônio e Helena Maria - as três unidades de maior movimento na rede municipal. Nessas tendas acontece o atendimento exclusivo de pessoas com sintomas da gripe, evitando seu contato com pessoas que procuram as unidades por outros motivos.

Também como forma de prevenção, a volta às aulas na rede municipal de educação, que aconteceria no dia 27 de junho, foi adiada para a próxima segunda-feira, dia 3 de agosto. A prefeitura de Osasco colocou à disposição da população o telefone 08007744644, com ligação gratuita, para esclarecimentos de dúvidas sobre a doença. Por causa do avanço da nova gripe, os alunos da rede municipal em Campinas, Valinhos, Vinhedo, Hortolândia e Mogi Mirim também só voltam às salas de aula na próxima segunda-feira.

O Serviço Social da Indústria (Sesi) foi a primeira escola no Estado de São Paulo a adiar a volta às aulas por causa do avanço da nova gripe. As férias do meio de ano deveriam terminar em 28 de julho (terça-feira). No entanto, foram prorrogadas por uma semana. Os alunos retornam à escola em 4 de agosto. Em todo o Estado, a rede tem 215 unidades e atende 150 mil alunos. Na Grande São Paulo, Osasco e Diadema as aulas foram adiadas para 3 de agosto devido à confirmação de quatro mortes nas regiões.

A prefeitura de Campinas confirmou nesta segunda-feira o primeiro surto da nova gripe na cidade, a 94 quilômetros da capital paulista. Três funcionários de uma creche contraíram a doença, segundo exames, e o local será fechado por 15 dias por determinação da Secretaria Municipal de Saúde. A creche estava sob investigação, com suspeita de surto. Funcionários já haviam sido afastados.

Além dos infectados pelo vírus H1N1, as pessoas com sintomas serão encaminhadas para tratamento, independente da confirmação da gripe. Uma reunião para passar orientações aos pais está prevista para terça-feira. A creche atende crianças até 3 anos, que não têm autonomia para observar as recomendações de higiene. Além das cinco mortes pela nova gripe na região, Campinas tem 71 casos da nova gripe. Somente nesta segunda foram confirmados 13.

Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul tem 101 pessoas internadas em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) devido à gripe suína, informou na noite deste domingo o secretário Estadual da Saúde, Osmar Terra. Com as cinco mortes confirmadas neste domingo, o estado soma 16 óbitos. De acordo com números da secretaria, o Rio Grande do Sul tem pelo menos dez mil casos da doença, vivendo uma epidemia de gripe suína.

Apesar das novas mortes, o secretário insiste em afirmar que a doença é menos letal do que gripe comum. De acordo com Terra, 99% dos casos não necessitam de internação, mas quando ela é necessária, a doença apresenta evolução rápida para um nível mais grave. Por isso, o Estado irá investir na ampliação de leitos de UTIs com respiradores. Dos 392 pacientes internados atualmente em hospitais do Estado, 101 estão em UTIs.

Leia também: Gripe suína estica férias de 333 mil em São Paulo

Com verba do governo federal e do caixa do Estado, a Secretaria de Saúde pagará aos hospitais para montar mais unidades de tratamento. O secretário também se reuniu neste domingo com dirigentes dos hospitais de Porto Alegre para acertar o aumento dos leitos e a postergação de cirurgias eletivas, dando preferência ao tratamento da gripe. Os postos de saúde também ficarão abertos até mais tarde.

Entre as mortes anunciadas neste domingo, estão duas gestantes residentes em Passo Fundo: uma delas, que trabalhava como auxiliar de frigorífico e tinha 31 anos, morreu no dia 16. A outra, uma técnica em enfermagem, de 25 anos, morreu no último dia 20. Os bebês não puderam ser salvos devido ao período de gestação. No último sábado havia sido anunciada a morte do calçadista Eder Curvello Roth, 20 anos, depois de ficar 13 dias internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no Hospital Montenegro. Com isso, sobe para 16 o número de vítimas fatais pela doença no RS e, para 38, no Brasil.

Leia também: Quatro escolas de Curitiba adiam volta às aulas

Completam a lista divulgada pela secretaria de Saúde neste domingo um marceneiro de 33 anos, morador de Caxias do Sul - morto dia 16 -, e uma uruguaianense aposentada de 63 anos, cujo óbito consta no dia 18. Destes quatro novos casos, apenas o caxiense e a idosa sofriam de doenças chamadas secundárias: ele tinha cardiopatia, e ela diabetes.

Segundo Terra, nenhuma das novas vítimas teve contato com viajantes ou pessoas de fora do país. O estado ainda aguarda o laudo de 15 casos suspeitos. Segundo Terra, não há previsão da chegada destes exames.

Roth procurou ajuda médica pela primeira vez no dia 11 de julho, no Hospital Sagrada Família, na cidade gaúcha de São Sebastião do Caí, onde morava. Segundo o secretário municipal de Saúde, Fernando Cofferri, o jovem buscou atendimento depois de passar 10 dias sofrendo com tonturas, mas não apresentava outros sintomas. Ele foi medicado e liberado sob a orientação de retornar para a unidade caso os sintomas se agravassem.

No dia seguinte, voltou ao hospital com febre alta, dor de garganta e falta de ar. O quadro se agravou e os médicos resolveram transferi-lo para o Hospital Montenegro, onde foi direto para a UTI. Ele passou a respirar com a ajuda de aparelhos e, no dia 17, veio a confirmação de que ele estava com a nova gripe.

Leia mais: Veja a cronologia das mortes por gripe suína no Brasil

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