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domingo, 30 de janeiro de 2011

Video of Egypt's bloody clashes as protesters defy curfew in Cairo




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26/10/2008 free counters

Assaltos na região do Morumbi em SP deixam dois feridos



COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Três tentativas de assaltos ocorridos entre a noite desta sexta-feira (28) e a madrugada deste sábado terminaram com um suspeito morto, outro ferido, uma vítima também ferida e um outro suspeito detido pela polícia em São Paulo.

No primeiro caso, por volta de 20h30 de sexta-feira, três homens abordaram um homem que estava no carro com seu filho na avenida Giovanni Gronchi, esquina com a rua Doutor Francisco Tomás de Carvalho, no Morumbi. Durante o assalto, os suspeitos atiraram contra o motorista, que tentou fugir com o veículo.

Policiais militares da 5ª Companhia do 16º BPM (Batalhão da Polícia Militar) socorreram o ferido e o encaminharam ao hospital Albert Einstein, onde permance internado. Nenhum suspeito foi detido.

Pouco depois da meia-noite, um homem entrava em sua residência na rua Gilberto Duarte de Azevedo, no Jardim São Jorge (zona oeste) quando foi abordado por uma dupla de assaltantes, que o obrigaram a entrar com eles. A plícia foi acionada e os dois suspeitos tentaram fugir.

Houve troca de tiros e um deles foi baleado e morreu a caminho do pronto socorro Bandeirantes. O outro homem foi preso e levado para o 51º DP (Butantã).

Já por volta das 2h, novamente na avenida Giovanni Gronchi, dois homens roubaram um taxista e o passageiro e fugiram com o veículo e os pertences das duas vítimas. Policiais militares conseguiram localizar os suspeitos, que bateram o veículo durante a tentativa de fuga.

Um dos supeitos foi encaminhado ao hospital Campo Limpo, onde permanecia internado. O outro homem foi detido e encaminhado ao 89º DP (Portal do Morumbi).



Exibir mapa ampliado


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26/10/2008 free counters

Traficantes já tentam voltar ao morro do Alemão, no Rio


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DO RIO

Hoje na Folha Movimentos detectados por policiais mostram que o tráfico começa a preparar a volta aos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, ocupados desde o fim de novembro, informa a reportagem de Diana Brito e Hudson Corrêa publicada na edição deste domingo da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

53 homens da PM e do Exército são afastados do Alemão sob suspeita de furto
Força de Pacificação nega aumento da criminalidade em favelas ocupadas no Rio
Leia cobertura completa sobre os confrontos no Rio

A Folha apurou que o traficante Paulo Roberto de Souza Paz, conhecido como Mica ou MK, que controlava pontos de tráfico em parte da Vila Cruzeiro, voltou a entrar e a sair da favela.

Agora sem armas de fogo, traficantes, incluindo Mica, teriam passado a matar a facadas desafetos suspeitos de terem transmitido informações para policiais, segundo relatos de moradores ouvidos pela Folha.

Um investigador da Polícia Civil confirma a suspeita. "Estamos investigando três casos de esfaqueamento que de fato têm relação com o tráfico. Em um deles, a vítima é uma mulher que teria algum tipo de ligação com o Mica."

Segundo o Exército, ocorreram cinco homicídios nos complexos desde a ocupação pela Brigada Paraquedista em 23 de dezembro passado. Os militares não informaram exatamente quantos morreram a golpes de faca.

O Exército confirma que ainda existem drogas e armas escondidas nos complexos.

Outro indício da nova investida do tráfico é que bandidos, segundo disse à Folha um oficial do Exército, voltaram a montar barricadas, desta vez com pedras, para barrar patrulhas. Cinco delas foram encontradas e desmontadas pelas tropas.

Moradores relatam que são vigiados pelos "soldados do tráfico" remanescentes no morro. Líderes comunitários estão entre os alvos; um deles chegou a deixar a favela por 20 dias, após ameaça.

O Exército já fez 72 detenções de suspeitos de ligação com o tráfico, mas sem provar vínculo. Outras sete pessoas ficaram presas, acusadas de traficar no sistema chamado pelo general de "formiguinha" --o tráfico discreto, sem as chamadas bocas de fumo vigiadas por homens com fuzis.


Joel Silva-3.dez310/Folhapress
Militares do Exército patrulham entrada do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro
Militares do Exército patrulham entrada do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro




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26/10/2008 free counters

#inss Quatro parentes de Duque de Caxias receberam benefício

29/01/2011 - 08h34


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BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Tiradentes não foi o único herói nacional a deixar, além da honra, uma série de aposentadorias especiais para seus descendentes.

Um neto, uma neta e duas bisnetas de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, também foram agraciados com pensões vitalícias pelo governo federal.

Amazonas paga pensões vitalícias a ventríloquo, cantor e escritores
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O benefício foi concedido por Getúlio Vargas em 1941, quando o país vivia sob a ditadura do Estado Novo.

O ato alega que os descendentes do patrono do Exército não teriam "recursos próprios para viver" e estariam "impossibilitados de exercer qualquer atividade".

A justificativa foi usada para assegurar a cada um 500 mil réis mensais.

Nesta semana, a Folha revelou que duas tetranetas de Tiradentes querem pedir pensão vitalícia de dois salários mínimos. O benefício já foi concedido a sete trinetos e uma tetraneta do alferes.

O parentesco com artistas e políticos renomados foi usado outras vezes para a distribuição de pensões especiais do governo.

Em 1945, Vargas deu o benefício à viúva e a uma filha de Clóvis Bevilácqua. Quando elas morreram, o presidente Eurico Dutra assinou outra lei para reverter o "direito" a três filhas do jurista.

Em 1992, Fernando Collor sancionou lei que deu pensão a Dolores Drummond, viúva do poeta Carlos Drummond de Andrade. Ela morreu dois anos depois.

A lista de pensões especiais bancadas pela União pode aumentar em breve.

No ano passado, o ex-presidente Lula enviou projeto ao Congresso que cria aposentadoria de até R$ 3.600 a ex-jogadores "sem recursos ou com recursos limitados" que venceram Copas do Mundo. Eles ainda receberiam prêmio de R$ 100 mil.

Colaborou GUILHERME VOITCH, de São Paulo


Editoria de Arte /Folhapress

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Luís Alves de Lima e Silva

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Luís Alves de Lima e Silva
Senador do Império do Brasil Brazilimperialblason2.svg
Luís Alves de Lima e Silva.jpg
Senador do Brasil pelo Rio Grande do Sul
Mandato: 6ª a 17ª Legislatura (senador vitalício)
Primeiro-ministro do Brasil
Mandato: (1855-1857, 1861-1862 e 1875-1878)
Ministro da Guerra do Brasil
Mandato: 1855 — 1858 e 1861 — 1862
Presidente da província do Rio Grande do Sul e do Maranhão
Mandato: 1840 — 1841, 1842 — 1846
Nascimento: 25 de agosto de 1803
Porto da Estrelas
Falecimento: 7 de maio de 1880 (76 anos)
Desengano
Títulos: Duque de Caxias, Marechal-de-campo de Dom Pedro II, Veador da Casa Imperial, Conselheiro de Estado e Guerra, Comendador da Ordem de São Bento de Avis, Grã-cruz da Ordem Militar de Avis, Grã-cruz da Imperial Ordem da Rosa, Grã-cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro, Grã-cruz da Imperial Ordem de D. Pedro I, Grã-cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa[1]
Monarca: Dom Pedro I e Dom Pedro II
Pai: Francisco de Lima e Silva (barão de Barra Grande)
Mãe: Mariana Cândida de Oliveira Belo (baronesa de Barra Grande)
Consorte: Ana Luísa de Loreto Carneiro Viana (Duquesa de Caxias)
Partido: Conservador
Profissão: militar (Patrono do Exército brasileiro)
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Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias, (Porto da Estrela, 25 de agosto de 1803Desengano, 7 de maio de 1880), foi um dos mais importantes militares e estadistas da história do Brasil.

Filho do brigadeiro e regente do Império, Francisco de Lima e Silva, e de Mariana Cândida de Oliveira Belo, Luís Alves de Lima - como assinou seu nome por muitos anos - foi descrito por alguns dos seus biógrafos como um predestinado à carreira das armas que aos cinco anos de idade assentou praça no Exército (1808). O que os biógrafos não explicitam é que essa trajetória "apoteótica" é devida às especificidades da carreira militar nessa época. Ter sido cadete aos cinco anos não era um sinal de seu caráter especial: a honraria era concedida aos filhos de nobres ou militares e muitos alcançaram o mesmo privilégio, até mesmo com menor idade.[2]

Caxias foi um militar do século XIX. Pertencia a uma tradicional família de militares. De um lado, a família paterna, constituída de oficiais do exército. Do lado materno, a família era de oficiais de milícia. Foi com o pai e com os tios que Luís Alves de Lima e Silva aprendeu a ser militar.

Índice

[esconder]

[editar] Biografia

Luís Alves de Lima e Silva desde cedo ingressou na vida militar. Teve intensa carreira profissional no Exército, ascendendo ao posto de marechal-de-campo aos trinta e nove anos de idade.

Cadete desde os cinco anos de idade, ingressou aos 15 anos na Academia Militar, de onde saiu como tenente para ingressar numa unidade de elite do Exército do Rei. Em 1822, organizou a Guarda Imperial de D. Pedro I.O batismo de fogo teve lugar no ano seguinte, ao entrar em campanha para combater os revoltosos na Bahia, no movimento contra a independência comandado pelo general Madeira de Melo. Em 1825, o então capitão Luiz Alves deslocou-se para a campanha da Cisplatina, nos pampas gaúchos. Participou do esforço pela manutenção da ordem pública na capital do Império após a abdicação de Pedro I, em 1831.

Voluntariamente se junta as forças do Corpo de Guardas Municipais Permanentes que marcham contra a rebelião de Miguel de Frias (3 de abril de 1832), que tentava derrubar a Regência[3].

Em 20 de 0utubro de 1832, após ser promovido a Tenente-Coronel, assume o seu primeiro Comando Militar: o Corpo de Guardas Municipais Permanentes - A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro[4]. A frente dela, implanta várias inovações na Corporação, como as rondas de Cavalaria e o Serviço Médico, além dos Postos de Major e Tenente-Coronel (a oficialidade da Corporação só ia até Capitão).

Em 1833, casou-se com Ana Luisa do Loreto Carneiro Vianna, na época com 16 (dezesseis) anos de idade, membro da aristocrática família Carneiro Leão, sendo neta da Baronesa de São Salvador de Campos. Com ela teve duas filhas, Luisa do Loreto, casada com o Barão de Santa Mônica, e Ana de Loreto, casada com o Visconde de Ururaí, e um varão, Luís Alves de Lima Filho, falecido na adolescência. Suas filhas deixaram conhecida descendência, em sua maioria, estabelecida em Macaé (RJ).

Em 1839, segue para o Rio Grande do Sul com uma força de 200 Permanentes, para lutar na Revolução Farroupilha. Em dezembro de 1839 passa o comando dos Permanentes, por ter sido nomeado presidente da Província do Maranhão.

Caxias tomou parte nas ações militares da Balaiada, na Província do Maranhão, em 1839. Foi nomeado para Presidente (governador) da Província do Maranhão e Comandante Geral das Forças Militares em operação, num esforço de união civil e militar. O papel que desempenhou, na resolução do conflito, valeu-lhe seu primeiro título de nobreza, o de Barão de Caxias, outorgado em 1841. O título faz referência à cidade maranhense de Caxias, palco de batalhas decisivas para a vitória das forças imperiais. Neste mesmo ano, foi eleito deputado à Assembléia Legislativa pela Província do Maranhão.

Dominou os movimentos revoltosos dos liberais em Minas Gerais e São Paulo (1842). Em 1845, quando decorria a Guerra dos Farrapos, recebeu o título de Marechal de Campo. Passou a ocupar o cargo de Presidente (governador) do Rio Grande do Sul. A sua ação militar e diplomática levou à assinatura da Paz de Ponche Verde em 1845, que pôs fim ao conflito. Sua atuação aliou ação militar com habilidade política, respeitando os vencidos. Contribuiu, assim, para a consolidação da unidade nacional brasileira e para o fortalecimento do poder central. Foi feito Conde de Caxias.

No plano externo, participou de todas as campanhas platinas do Brasil independente, como a campanha da Cisplatina (1825-1828), contra as Províncias Unidas do Rio da Prata. Comandante-chefe do Exército do Sul (1851), dirigiu as campanhas vitoriosas contra Oribe, no Uruguai, e Juan Manuel de Rosas, na Argentina (1851 - 1852). Comandante-geral das forças brasileiras (1866) e, pouco depois, comandante-geral dos exércitos da Tríplice Aliança (1867), na Guerra do Paraguai (1864-1870), Caxias, que já havia atuado como conselheiro no começo da guerra, assumiu o treinamento e a reorganização das tropas. Instituiu o avanço de flancos gerais, o contorno de trincheiras e o uso de balões cativos para espionagem. Finalmente, depois da célebre batalha de Itororó seguiu-se a campanha final, a Dezembrada, uma fase de vitórias, como as batalhas do Avaí e Lomas Valentinas, em dezembro de 1868, conduzindo à ocupação da cidade de Assunção. Retornando ao Rio de Janeiro, Caxias recebeu o título de duque, o único atribuído durante a época imperial.

Cadetes da AMAN durante cerimônia de entrega do espadim de Caxias, replica da espada do ex-cadete duque de Caxias, patrono do Exército brasileiro.

Na vida política do Império seu papel foi, também, significativo, como um dos líderes do Partido Conservador. Tornando-se senador vitalício desde 1845, foi presidente (governador) das províncias do Maranhão e Rio Grande do Sul, por ocasião dos movimentos revolucionários que venceu, e vice-presidente da província de São Paulo. Ministro da Guerra e presidente do Conselho por três vezes na segunda metade do século XIX (1855-1857, 1861-1862 e 1875-1878), procurou modernizar os regulamentos militares, substituindo as normas de origem colonial.

Na terceira vez em que ocupou a presidência do Conselho apaziguou os conservadores, divididos no que dizia respeito à questão da escravatura, encerrou o conflito entre o Estado e os bispos ("questão religiosa") e iniciou o aperfeiçoamento do sistema eleitoral. Em reconhecimento aos seus serviços, o Imperador Pedro II agraciou-o, sucessivamente, com os títulos de Barão, Conde, Marquês e Duque de Caxias.

Retirou-se, por motivos de saúde, para a fazenda de Santa Mônica, em Desengano (hoje Juparanã, Rio de Janeiro) em 1878, onde morreu dois anos depois, em 7 de maio. Foi enterrado no jazigo de sua esposa, no Cemitério do Catumbi, onde repousou até 1949, quando seus restos foram exumados e trasladados para o Panteão Duque de Caxias.

Para culto de sua memória, o governo federal proclamou-o, em 1962, "patrono do Exército brasileiro". O dia do seu nascimento, 25 de agosto, é considerado o Dia do Soldado. Seu nome está inscrito no "Livro dos Heróis da Pátria".

Os cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras prestam o seguinte juramento durante a cerimônia de graduação:

"Recebo o sabre de Caxias como o próprio símbolo da Honra Militar!" [[5]]

[editar] O homem e o mito

A semana de 19 de agosto19 a 25 de agosto de 1949 era de festa nacional em todo o território brasileiro. No então Distrito Federal as comemorações se sucediam com grande pompa e o presidente da República, general Eurico Gaspar Dutra, emprestava mais importância ao cortejo que conduzia as urnas funerárias do homenageado e da duquesa de Caxias para o seu destino final - o panteão à frente do ministério da Guerra, palco central das festividades. A semana se encerra e fixa na população a imagem de um general extremamente disciplinado, rigoroso e "avesso à política". O segundo sepultamento de Caxias contraria a vontade do "duque-homem" [6] mas ergue o herói sem sombras, que sempre se distinguiu pelo mérito e que nunca teve dúvidas ou conflitos: "o duque-monumento".

Luís Alves de Lima e Silva morreu em 1880 e só em 1923 passou a ser cultuado oficialmente.[7] Nesse intervalo, Caxias ficou praticamente esquecido pelo Exército, lembrado apenas de maneira episódica, como no centenário do seu nascimento. Somente em 1923, portanto, o ministro da Guerra introduz oficialmente o "culto a Caxias" e, em 1925, o Exército oficializa a data do nascimento do Duque de Caxias como "Dia do Soldado".

O culto do Exército brasileiro a Caxias era parte de um processo que levaria à opção por esse personagem como tipo ideal do soldado brasileiro. A imagem de Caxias funcionaria como um antídoto à indisciplina e à politização militar. Nos anos 1920, o Exército vivia momentos de ameaças por revoltas internas e divergências políticas: "Caxias era um símbolo mais conservador que o liberal Osório, e estava claramente ligado a valores como legalidade e disciplina.".[2]

[editar] Gabinete de 3 de setembro de 1856

Foi Presidente do Conselho de Ministro e simultaneamente ministro da Guerra

[editar] Gabinete de 2 de março de 1861

Foi Presidente do Conselho de Ministro e simultaneamente ministro da Guerra

[editar] Gabinete de 25 de junho de 1875

Foi Presidente do Conselho de Ministro e simultaneamente ministro da Guerra

[editar] Representações na arte e espetáculos

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26/10/2008 free counters

#RIO : Sobe para 847 número de mortos na região serrana

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
30/01/2011 | 10h02 | Rio de Janeiro



Subiu para 847 o número de mortes em decorrência das chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro, na madrugada de quarta-feira dia 12. O último balanço da Polícia Civil, divulgado na noite de ontem (29), informa aumento no número de mortos em Nova Friburgo, que contabiliza 411.

A cidade de Teresópolis registrou 343 mortes, o distrito de Itaipava, em Petrópolis, 67; Sumidouro 21; São José do Vale do Rio Preto; quatro e Bom Jardim, uma. Neste final de semana, organizações não governamentais que atuam nessas cidades informaram que começaram a segunda fase de ajuda humanitária.

A Cruz Vermelha pede doações em dinheiro e a Viva Rio convoca instituições fluminenses interessadas em receber roupas.

Da Agência Brasil



Pesquisadores constatam que região central de Petrópolis tem áreas de risco densamente povoadas

Vale do Cuiaba, distrito de Petrópolis, uma semana após a enchente do Rio Santo Antonio por causa das fortes chuvas / Foto: Pedro Kirilos / Agencia O Globo
Célia Costa

Especialistas do Coppe sobrevoam Região Serrana e preparam documento para entregar ao Estado. Na foto, Petrópolis com várias áreas de crescimento nas encostas (Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo)

RIO - Poupada pelas enchentes que devastaram localidades de sete cidades da Região Serrana e provocaram a morte, até agora, de 853 pessoas, a parte central da cidade de Petrópolis é considerada uma bomba-relógio. Na sexta-feira, pesquisadores da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe) da UFRJ sobrevoaram os municípios atingidos, constatando que Petrópolis tem áreas de risco densamente ocupadas onde, se tivesse chovido o mesmo volume registrado em outros pontos, a tragédia na serra seria ainda maior. O sobrevoo é parte do levantamento que visa à elaboração de um documento, a ser entregue aos governos federal e estadual, até o fim da próxima semana, com o que pode ser feito em caráter emergencial e também preventivo.

— É uma contribuição da universidade, semelhante ao que já foi feito após as chuvas em Santa Catarina, em 2008, e em Angra dos Reis, em 2010. É uma posição da Coppe sobre prevenção e medidas emergenciais para se evitar um grande número de vítimas — disse o diretor da Coppe, Luiz Pinguelli Rosa.

( Veja as imagens do sobrevoo )

Para o vice-governador Luiz Fernando Pezão, a avaliação dos pesquisadores da Coppe é corretíssima. Por isso, acrescentou ele, o projeto do governo estadual para a construção de moradias na região tem levado em conta o número de pessoas que precisam ser retiradas das áreas de risco. Um exemplo citado por Pezão é o Vale do Cuiabá, em Itaipava. Lá, são necessários 200 reassentamentos. Mas o estado vai erguer um total de 1.500 casas em Petrópolis para desocupar áreas de risco.

— Estamos fazendo isso em todos os municípios. Ontem (quinta-feira), o governador Sérgio Cabral autorizou a compra assistida de moradias e também indenizações para tirar pessoas de área de risco — disse Pezão.

( MP em Petrópolis quer explicação sobre desativação de estações meteorólogicas )

O professor de engenharia geotécnica Maurício Erlich, que fez o sobrevoo, disse que a mancha de destruição em Friburgo, Teresópolis e Petrópolis é bastante localizada.

— Em alguns locais você vê muita destruição, mas basta olhar para o lado para observar que alguns locais não foram atingidos — explicou.

( Após chuvas, prefeitura anuncia carnaval menor em Petrópolis )

Segundo o professor, na Região Serrana existe uma tendência a ocorrer concentração de chuvas em determinadas áreas, como se fossem vários microclimas. Em Teresópolis, bairros como Caleme e Campo Grande e a área rural foram castigados, enquanto o Centro ficou intacto.

A importância de ser adotada uma política de prevenção, uma vez que episódios como o ocorrido na Região Serrana podem acontecer outras vezes, foi destacada por Willy Lacerda, professor de engenharia geotécnica da Coppe, que também participou do sobrevoo. Ele recomenda a criação de abrigos, que devem ser construídos em locais seguros, com capacidade para acomodar de 400 a 500 pessoas. O treinamento da população é outra etapa.

— É preciso melhorar, urgentemente, o sistema de alerta — disse Willy Lacerda. — A prevenção deve ser uma política de estado, e o que aconteceu não pode ser esquecido, mesmo depois de dois ou três verões sem chuva.

( Empresários e prefeitura de Petrópolis unem forças para ter turistas de volta; pontos de visitação estão intactos )

O professor disse ainda que, para elaborar o estudo da Coppe, os técnicos vão utilizar fotos tiradas na sexta-feira e imagens registradas por satélite antes dos danos causados pelas chuvas.

A prefeitura de Petrópolis não quis comentar a avaliação dos técnicos da Coppe. O prefeito Paulo Mustrangi, por meio de sua assessoria, disse que o município vem realizando estudos em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop). A prefeitura informou também que, desde 2007, a cidade dispõe do Plano Municipal de Redução de Risco de Escorregamentos e Inundações.

( Secretaria do Ambiente anuncia implantação de cinco parques fluviais em áreas atingidas pelas enxurradas )

Realizado em convênio com o Ministério das Cidades, o plano tem o objetivo de apoiar atividades de gerenciamento de deslizamentos e inundações para o primeiro distrito. Ele contempla diagnóstico de risco, propostas de ações estruturais e não estruturais em áreas de assentamentos precários. O estudo identificou 102 pontos críticos somente no primeiro distrito. Segundo o levantamento, pelo menos 15 mil moradias foram construídas em áreas consideradas de risco ou alto risco. Bairros como Alto da Serra, Quitandinha, Bingen e Independência foram identificados como os mais críticos.

COLABOROU: Jaqueline Ribeiro


Número insuficiente: três mil casas e 8 mil famílias em área de risco em Friburgo

Casas condenadas em Friburgo / Foto: Gustavo Stephan. Agência Globo
Luiz Ernesto Magalhães e Ludmilla de Lima

RIO - A promessa feita pela presidente Dilma Rousseff e pelo governador Sérgio Cabral de construir oito mil casas populares (seis mil com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida e duas mil doadas por construtoras) para as vítimas das enchentes não será capaz de acabar com as construções em áreas de risco na Região Serrana. Só em Nova Friburgo, segundo a prefeitura, há cerca de oito mil famílias vivendo em encostas ou à beira de rios. A cidade, no entanto, deverá ser contemplada com três mil imóveis, a serem construídos num terreno na localidade da Fazenda da Laje, já desapropriada pela prefeitura.

— É fácil dizer que a culpa é do poder público, mas, se o pobre não puder morar no morro, vai viver onde? A prefeitura está à procura de novos terrenos para desapropriar e vai buscar áreas entre propriedades de empresários que sofreram com a chuva — disse o prefeito em exercício de Nova Friburgo, Demerval Barboza Moreira Neto, numa reunião ontem com empresários do município.

( Apesar de cem imóveis estarem interditados no Morro do Lazareto, em Friburgo, parte das famílias retornou ao local )

A estimativa do número de famílias vivendo em encostas ou à beira de rios é do secretário de Comunicação Social de Friburgo, David Massena. Ele observou ainda que a cidade tem particularidades que o Minha Casa Minha Vida não contempla: muitas construções em encostas são de padrão superior ao das casas populares construídas pelo programa federal.

( Antes de catástrofe, cidades da Região Serrana já tinham mapeado 42 mil moradores em áreas de risco )

Friburgo e Teresópolis têm 11 casos de leptospirose

Friburgo e Teresópolis já têm 11 casos confirmados de leptospirose, doença transmitida pela urina do rato. Do total, dez foram registrados em Friburgo. A cidade recebeu até sexta-feira 77 notificações sobre moradores com sintomas da doença, sendo que 42 foram descartadas. Vinte e cinco pessoas aguardam o resultado de exames laboratoriais. Em Teresópolis, um menino de 12 anos, morador do bairro Espanhol, localizado na área urbana do município, foi infectado. Ele teve alta na quinta-feira do Hospital das Clínicas.

A Secretaria de Saúde de Teresópolis informou que recebeu 94 notificações, mas sete não foram confirmadas. Na sexta, 86 pessoas com suspeita da doença esperavam o resultado de análises ou sua vez de fazer o exame. Três estão internadas, e o restante recebe tratamento domiciliar. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, até agora os casos de leptospirose na Região Serrana se limitam a Friburgo e Teresópolis.






Nove meses após tragédia no Bumba, mais de 200 pessoas estão em abrigo

Logo após deslizamentos, abrigo chegou a receber mais de 700 pessoas.
Famílias recebem quatro refeições, têm onde morar e segurança.

Do Globo Comunidade



Mais de 200 moradores que perderam suas casas nos deslizamentos de terra no Morro do Bumba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, em abril de 2010, ainda estão no abrigo. As famílias continuam à espera de uma definição definitiva das autoridades. Logo depois da tragédia, o abrigo chegou a receber mais de 700 pessoas.

Cerca de 40 famílias vivem num quartel desativado em São Gonçalo, também na Região Metropolitana. Elas recebem quatro refeições, têm onde morar e segurança. Cada uma ganhou um quarto com um número para identificar.

No seu alojamento, Maria das Dores Mota não precisa ter medo das chuvas. Na casa antiga era diferente: “Tenho medo de estar lá. Eu vou lá fazer alguma coisa, quando o pessoal está trabalhando, mas quando o tempo fica cheio de nuvem, querendo chover, a gente sai fora. Eu me sinto segura no abrigo, mas não é aqui que eu quero ficar. Eu quero a minha casa”, disse.

Tenho medo de estar lá"
Maria das Dores

Desempregada, Michele Oliveira também recebe o Aluguel Social, mas diz que não consegue sair do abrigo: “Eu ganho R$ 400 por mês, mas o que eu faço? Eu compro arroz, invisto, às vezes falta uma frauda ou um leite”, explicou.

A adolescente Evelyn, de 14 anos, comemorou o aniversário no alojamento: “Eu pensei que fosse passar bem, com os meus amigos, sabe. Eu não moro aqui, mas eu sei como é difícil morar aqui, todo mundo desabrigado”, disse.

Sem ter onde viver com os dois filhos, Núbia foi para o abrigo e acabou conhecendo o novo companheiro e agora espera mais um bebê. “O abrigo bom ele é, melhor do que morar numa casa numa área de risco, como no caso eu estava morando com as minhas crianças. Então aqui é um lugar bom de ficar é, mas não é como se fosse a nossa casa”, afirmou.

Recuperação

Morro do Bumba já está praticamente recuperadoMorro do Bumba já está praticamente recuperado
(Foto: Reprodução / TV Globo)

O Morro do Bumba já está praticamente recuperado. Com as obras e o sol brilhando, nem parece o local de uma grande tragédia. Mas para lá, ninguém pode voltar. O local ainda é perigoso já que, segundo especialistas, o terreno ainda é muito instável.

Além de manter os abrigos, a prefeitura de Niterói e o governo estadual estão construindo locais para instalar parte dos desabrigados. Numa antiga garagem de ônibus, estão sendo construindo 180 apartamentos. Serão nove blocos, de cinco andares cada um.

Tragédia deixou 47 mortos
A tragédia no Morro do Bumba aconteceu em abril de 2010 e deixou 47 mortos no total. No início do ano, O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu liminar ao Ministério Público Estadual (MPE-RJ), e negou a transferência de moradores que estão abrigados em uma unidade das Forças Armadas para o quartel desativado em São Gonçalo.

Durante uma visita realizada em julho de 2010, uma equipe do Ministério Público do Rio constatou que os abrigos estão em condições precárias. Na época, a Prefeitura de Niterói chegou a ser condenada a pagar multa diária de R$ 15 mil aos cofres públicos, por falta de assistência aos desabrigados pelas chuvas que atingiram o município.



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26/10/2008 free counters

Passivo judicial da União ultrapassa R$ 390 bi e assombra gestão Dilma


AGU mantém acompanhamento sistemático sobre processos que podem gerar novos 'esqueletos' a serem bancados pelos cofres públicos; prejuízos potenciais que mais preocupam o governo são os provenientes de disputas sobre a cobrança de impostos

30 de janeiro de 2011 | 0h 00

Renato Andrade / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Um fantasma de R$ 390,8 bilhões assombra o governo Dilma Rousseff. A cifra representa a soma das principais ações que tramitam na Justiça contra a União e que podem, num cenário pessimista, gerar novos esqueletos a serem bancados pelos cofres públicos.

A Advocacia-Geral da União (AGU), responsável pela defesa do governo nos tribunais, mantém um acompanhamento sistemático sobre as ações que representam "riscos fiscais", como elas são classificadas. Apesar das vitórias obtidas em casos emblemáticos, como do crédito-prêmio do Imposto sobre os Produtos Industrializados (IPI) em 2009, há situações nas quais as derrotas têm se acumulado.

Um exemplo disso é o embate com empresas e associações do setor de açúcar e álcool sobre indenizações por conta do congelamento de preços praticado ainda no governo Sarney (1985-1990). Já foram identificadas mais de 150 ações tratando do tema. O valor dos pedidos pode bater os R$ 50 bilhões.

"Estão sendo obtidas vitórias pontuais, reduzindo consideravelmente o valor das indenizações pretendidas, mas a União foi vencida na maioria das ações", afirmam os técnicos da Procuradoria-Geral da União, em relatório ao qual o Estado teve acesso.

Os prejuízos potenciais que mais preocupam o governo, entretanto, são os provenientes de disputas sobre a cobrança de impostos. "Do ponto de vista econômico, as questões tributárias são as mais relevantes", reconheceu o ministro Luís Inácio Adams, da AGU.

Duas ações em especial estão no radar dos advogados porque podem voltar a ser discutidas ainda este ano pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois casos envolvem cobrança de impostos. Em jogo está uma fatura de mais de R$ 130 bilhões. A expectativa é que as duas questões voltem à pauta do STF assim que sair a indicação do substituto do ex-ministro Eros Grau, que se aposentou em agosto passado.

Uma dos temas é a cobrança da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) nas receitas financeiras de bancos, seguradoras e outras instituições. O tributo passou a ser cobrado em 1999, mas os contribuintes alegam que ele só deveria incidir sobre o dinheiro obtido com a cobrança de tarifas.

"A receita advinda da prestação de serviços inclui também a auferida com a intermediação financeira, que é o serviço por excelência que a instituição presta. Do nosso ponto de vista, é óbvio que essa receita também está na base de cálculo da Cofins", disse Fabrício da Soller, procurador-geral adjunto da Fazenda Nacional, órgão que cuida de questões tributárias.

"Sem previsão". A estimativa inicial de perda aponta para um rombo de R$ 40 bilhões. Mas o próprio governo reconhece que o valor pode ser maior. "Não há uma previsão exata das perdas que uma eventual derrota significaria para a União. Tem-se a informação, por parte daquele órgão (Receita), no sentido de que os valores são substancialmente superiores à cifra de R$ 40 bilhões", afirmam os técnicos da AGU em um dos anexos da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2011.

Soller, entretanto, acredita em vitória do governo nessa questão. "Temos uma grande expectativa de que nosso argumento, que é muito bom, seja acolhido. Não é nenhum absurdo o que estamos defendendo", disse.

Outro pepino tributário a ser resolvido em 2011 é a discussão sobre a inclusão do valor arrecadado com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Esse caso é ainda mais emblemático porque afeta todas as empresas que recolhem essa contribuição. Os valores envolvidos atingem quase R$ 90 bilhões e preocupam o governo.

O governo também enfrenta demandas bilionárias sendo movidas por apenas um contribuinte. É o caso da Varig, que tenta arrancar dos cofres da União cerca de R$ 2,5 bilhões por conta do congelamento dos preços das passagens aéreas.

"Algumas ações individuais têm valores elevados, como a da Varig, mas de qualquer maneira a companhia deve para a União um valor muito maior. Há compensações nessas ações", afirmou o ministro Adams.



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26/10/2008 free counters

TV árabe Al-Jazira é proibida no Egito


Canal é considerado por alguns como um possível fórum para inspirar os manifestantes

30 de janeiro de 2011 | 8h 33

Estadão.com.br

DUBAI, EMIRADOS ÁRABES UNIDOS - A emissora pan-árabe Al-Jazira diz que as autoridades egípcias estão ordenando o fechamento de seus escritórios, que estão cobrindo os protestos de rua no Cairo e no resto do país. O Ministério da Informação do Egito ordenou neste domingo que o canal encerrasse suas operações no país. Ao longo do dia o sinal da emissora foi cortado em algumas partes do Oriente Médio.

Veja também:
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A revolução que abalou o mundo árabe
blog Tempo Real: Chacra acompanha a situação no Egito

O canal de notícias, que diz que pode atingir 220 milhões de lares em mais de 100 países, disse em uma mensagem no seu programa que o satélite Nilesat no Egito havia cortado o sinal de radiodifusão. Isso efetivamente deixou a Al Jazira fora do ar em algumas partes do mundo árabe, mas outros sinais ainda estavam disponíveis. Mais cedo, autoridades egípcias ordenaram a interrupção das operações no Egito, embora correspondentes ainda fizessem reportagens por telefone.

"Caros leitores, o sinal da Al Jazira foi cortado no Nilesat," dizia uma mensagem transmitida através de um sinal visível no Kuwait. O recado ainda dava frequências de satélite em que o canal ainda estava disponível.

Um comunicado da Al-Jazira no domingo, declarou que a decisão do Egito foi um ato "concebido para reprimir e sufocar" a livre imprensa.

A rede baseada no Qatar está dando cobertura ao vivo para a revolta contra o regime do presidente egípcio Hosni Mubarak. O canal árabe é considerado por alguns como um possível fórum para inspirar os manifestantes. A rede tem entrado frequentemente em conflito com as autoridades no Oriente Médio, e já enfrentou proibições ou restrições em países como a Arábia Saudita e Iraque.

Reuters e AP.





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26/10/2008 free counters

Estudantes iranianos queimam retratos do presidente egípcio


30 de janeiro de 2011 10h22 atualizado às 10h41


30 de janeiro - Egípcio usa o sapato para bater em uma foto do presidente Hosni Mubarak durante um protesto na praça Tahrir, no Cairo. Foto: AFP

Iranianos também protestam contra Mubarak, como os egípcios na praça Tahrir, no Cairo
Foto: AFP


Estudantes islâmicos se concentraram na noite deste sábado em frente ao escritório de interesses egípcio no Irã para expressar seu apoio às manifestações populares que vêm ocorrendo no Egito em protesto contra o regime político do presidente Hosni Mubarak.

Segundo a agência de notícias estatal Irna, vários grupos de estudantes gritavam "abaixo Estados Unidos", "abaixo o Reino Unido", "abaixo Mubarak" e criticavam a "interferência do Ocidente na vontade islâmica" do povo egípcio.

Os manifestantes queimaram retratos do líder e defenderam a tese do regime iraniano de que os protestos populares que atingem vários países árabes são inspirados no modelo político da República Islâmica. "Pedimos ao governo do Irã que feche o escritório de interesses do Egito no país e não permita que se abra novamente até que haja um governo islâmico do Egito que comece a governar", disse Ismail Tahmurezi, identificado como porta-voz dos estudantes.

Outro ativista, Ali Naderi, destacou que os países ocidentais tentam distorcer o sentido desses protestos e apresentá-lo de um modo favorável a eles. A manifestação aconteceu horas depois de o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, anunciar que "o Irã acompanha atentamente o que ocorre no Egito e espera que os responsáveis desse país ouçam a voz do povo muçulmano e respeitem seus desejos razoáveis".

Egípcios desafiam governo Mubarak
A onda de protestos dos egípcios contra o governo do presidente Hosni Mubarak, iniciados no dia 25 de janeiro, tomou nova dimensão na última sexta-feira. O governo havia tentado impedir a mobilização popular cortando o sinal da internet no país, mas a medida não surtiu efeito. No início do dia, dois mil egípcios participaram de uma oração com o líder oposicionista Mohamad ElBaradei, que acabou sendo temporariamente detido e impedido de se manifestar.

Os protestos tomaram corpo, com dezenas de milhares de manifestantes saindo às ruas das principais cidades do país - Cairo, Alexandria e Suez. Mubarak enviou tanques às ruas e anunciou um toque de recolher, o qual acabou virtualmente ignorado pela população. Os confrontos com a polícia aumentaram, e a sede do governista Partido Nacional Democrático foi incendiada.

Já na madrugada de sábado (horário local), Mubarak fez um pronunciamento à nação no qual ele disse que não renunciaria, mas que um novo governo seria formado em busca de "reformas democráticas". Defendeu a repressão da polícia aos manifestantes e disse que existe uma linha muito tênue entre a liberdade e o caos. A declaração do líder egípcio foi seguida de um pronunciamento de Barack Obama, que pediu a Mubarak que fizesse valer sua promessa de democracia.

O governo encabeçado pelo premiê Ahmed Nazif confirmou sua renúncia na manhã de sábado. Passaram a fazer parte do novo governo o premiê Ahmed Shafiq, general que até então ocupava o cargo de Ministro de Aviação Civil, e o também general Omar Suleiman, que inaugura o cargo de vice-presidente do Egito - posto inexistente no país desde o início do governo de Mubarak, em 1981.

Mubarak, à revelia da pressão popular que persiste nas cidades egípcias, não renunciou. Segundo o último balanço feito pela agência AFP junto a fontes médicas, já passam de 100 os mortos desde o início dos protestos, na última terça.


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