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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Alunos entram em confronto com policiais em campus da USP

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AFONSO BENITES
GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO
Atualizado em 28/10/2011 às 01h15.
Um grupo de alunos tentou impedir que PMs detivessem três estudantes que fumavam maconha na USP (Universidade de São Paulo) na noite desta quinta-feira (27). Houve confronto e policiais militares chegaram a usar bombas de efeito moral.
Veja a galeria de fotos do protesto na USP
Um PM que fazia ronda na região encontrou os três fumando maconha dentro de um carro. Ele os abordou e, quando iria levá-los para uma delegacia, foi barrado por dezenas de estudantes.
O confronto ocorreu quando cerca de 300 universitários e funcionários da universidade faziam um protesto em frente a FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), na Cidade Universitária, na zona oeste de São Paulo, a fim de blindar os estudantes que foram flagrados com a droga.
Segundo Diana Assunção, do sindicato dos trabalhadores da USP, a repressão foi violenta, com cassetetes, gás pimenta, além das bombas de efeito moral. Ela disse que alguns alunos se feriram.

Luiza Sigulem/Folhapress
Estudantes em confronto com a polícia na USP após a prisao de alunos no campus
Estudante sobe em carro da polícia após prisão de alunos no campus da USP
A PM afirma que conteve a manifestação sem violência. A corporação diz que só houve confronto porque os estudantes atacaram um carro em que estava um delegado. Segundo a corporação, três policiais ficaram feridos e cinco viatura foram danificadas.
Após aproximadamente cinco horas de negociação, os três jovens pegos com a maconha foram levados para a delegacia. Eles assinariam um termo circunstanciado e foram liberados no início da madrugada, já que a droga era para uso pessoal. Os alunos ocuparam o prédio da diretoria da FFLCH.
Esse foi o primeiro problema envolvendo policiais e universitários desde que a PM passou a fazer a segurança do campus, há 50 dias.
As rondas diárias começaram após a assinatura de um convênio entre a corporação e a USP para tentar reduzir a criminalidade na Cidade Universitária. Em maio, o estudante Felipe Ramos de Paiva, 24, morreu vítima de um tiro numa tentativa de roubo.
CONTRA
Parte da comunidade acadêmica é contra a presença da PM na Cidade Universitária. Os alunos em geral estão irritados com as abordagens dos policiais, afirmou um estudante de letras.
Isso aqui está um inferno. Por causa dessa confusão dos PMs algumas aulas foram suspensas hoje [ontem], disse Marcello Pablito, membro da diretoria do Sintusp.
O reitor João Grandino Rodas não se manifestou. Segundo sua assessoria, a ocorrência era um caso policial e, por isso, a USP não se pronunciaria.

Alunos da USP ferem policiais na cabeça com pedradas

Prisão de três estudantes que fumavam maconha no campus provoca protesto. Cinegrafista da TV Bandeirantes levou tapa na cara quando filmava a confusão

André Vargas
Estudantes entram em confronto com a polícia Estudantes entram em confronto com a polícia (Folhapress)
A prisão de três estudantes que fumavam maconha dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP) no início da noite desta quinta-feira provocou uma confusão entre alunos do curso de História e policiais militares. Três PMs ficaram feridos no confronto e foram para o hospital, dois deles tiveram ferimentos na cabeça, provocados por pedras jogadas pelos estudantes. Cinco viaturas da corporação e uma da guarda civil foram depredadas pelos manifestantes. O cinegrafista da TV Bandeirantes, Milton Lara Carvalho, foi agredido e ficou ferido no rosto. Ele teve a moto derrubada e câmera danificada. "Estava filmando quando um dos estudantes me deu um tapa na cara", contou Carvalho, que vai registrar boletim de ocorrência da agressão.
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A polícia teve de usar gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispensar os baderneiros, que queriam forçar a liberação dos estudantes da Geografia presos. Apesar da resistência, os três foram levados para o 91º DP, na Vila Leopoldina, mas tiveram de ir até lá no carro da diretora da Faculdade de História, Sandra Nitrine, que tentou o tempo todo evitar o tumulto. “A polícia só disparou gás depois que os estudantes jogaram um cavalete no carro da PM”, afirmou o tenente José Ricardo Caresi. “Os alunos detidos toparam sair do campus com a PM, mas os colegas não deixaram.”
Os três estudantes devem ser liberados nesta madrugada, depois de assinarem um termo circunstanciado. Eles foram autuados por porte de droga. A professora Sandra Nitrine, diretora da Faculdade de História tentou conter o tumulto. Agora, ela está na delegacia acompanhando os alunos presos.
De acordo com o relato de estudantes, por volta das 18h30, dois policiais militares abordaram três estudantes que fumavam dentro de um carro na entrada da Faculdade de História. Ao verem a droga, os policiais resolveram conduzir os alunos para a delegacia. Nesse momento, outros estudantes começaram um tumulto para impedir que os detidos entrassem na viatura. Foi aí que começou a pancadaria.
“O pessoal foi para cima da PM”, disse um aluno da História. Victor Ferreira, também estudante da faculdade, lamentou: “Os PM estavam quase cedendo e liberando os colegas quando chegou o reforço.” Após a saída dos policiais com os três presos, cerca de 300 estudantes organizaram um protesto em que pediam a renúncia do reitor Grandino Rodas, a retirada da PM do campus e a dissolução do Diretório Central dos Estudantes, que, para eles, foi conivente com a polícia. Entre os manifestantes, muitos fumavam maconha. "Eles fumam na cara dura", constatou um dos seguranças da universidade.
Ritual de passagem - Com um acurado senso de oportunidade, políticos do PT correram para a USP assim que souberam da ocorrência. Um dos primeiros a chegar ao local e, depois, a acompanhar os estudantes na delegacia, foi o deputado federal Paulo Teixeira. Para ele, o episódio "foi um exagero de ambas as partes".
"O uso de drogas na faculdade faz parte de um ritual de passagem”, disse à reportagem o deputado do PT. "A presença da PM junto aos estudantes é uma química que não dá certo e gerou esse problema hoje."
A polícia militar passou a patrulhar o campus da USP em setembro, depois de um aluno da Engenharia ter sido morto no estacionamento da faculdade. A presença da PM no local foi aprovada pelo Conselho Gestor da universidade em maio.


Apreensão de maconha causa tumulto entre PM e alunos na USP
27 de outubro de 2011 22h51 atualizado às 23h24

Comentários
 
A apreensão de uma quantidade não divulgada de maconha e a tentativa de levar os supostos usuários da droga para o 91º DP causou tumulto e bate-boca entre cerca de 300 estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e policiais militares no início da noite desta quinta-feira, nos arredores da Faculdade de Filosofia, História e Geografia.
Por volta das 19h20, três estudantes foram detidos, mas acabaram protegidos por colegas e levados para o interior de um dos prédios. As polícias Militar e Civil não confirmam o uso de força, embora a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Diana Assunção, tenha afirmado ao Terra que os soldados empregaram spray de pimenta, bombas de gás lacrimogênio e cacetetes para dispersar os manifestantes.
"Prenderam e levaram para a delegacia um estudante que consumia maconha. Não se pode criminalizar o usuário na rua, mas dentro da universidade pode? Isso gerou um repúdio enorme, já são mil estudantes em uma assembleia que discute medidas duras, junto com os trabalhadores da universidade, para tirar a PM do campus", afirmou Diana, acrescentando ter sido vítima de spray de pimenta e haver estudantes feridos no local.
O movimento, segundo Diana, ocupava por volta das 23h20 a administração da Faculdade de Filosofia, História e Geografia. "Se a PM reprimir (a assembleia), a USP terá de ser paralisada", defendeu a diretora do Sintusp.
Ainda no início da noite, representantes estudantis divulgaram nota na qual classificam a atuação policial como uma "medida repressiva" que seria resultado do convênio assinado entre a reitoria da USP e a Polícia Militar em 8 de setembro, após o assassinato a tiros do estudante Felipe Ramos de Paiva, 25 anos, nas dependências do campus. Segundo agentes do 91º DP, às 22h40 a situação já havia sido controlada.


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