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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Depoimento de Marilia Gabriela sobre o Inhotim

Centro de Arte Contemporânea Inhotim

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Árvore Tamboril em Inhotim
Foto: Eduardo Eckenfels.

O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina[1]. Está localizado em Brumadinho, Minas Gerais, uma cidade com 30 mil habitantes, a apenas 60 km de Belo Horizonte.

Índice

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[editar] Características

Surgiu em 2004 para abrigar a coleção do empresário Bernardo Paz, onde ele também vive com a esposa Adriana Varejão[1], e hoje expõe obras, da década de 1970 até a atualidade, em 17 galerias.[2]

O acervo abriga 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, com destaque para trabalhos de Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan,[1]Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.[2]

As exposições são sempre renovadas, e galerias são anualmente inauguradas.[2]Em 2010, o centro de arte recebeu 42 mil alunos e 3,5 mil professores.[2]

A área é formada por 486 mil m² de jardins projetados por Burle Marx, com 4 mil espécies em cultivo, e está cercada por mata nativa[1], com 30% de todo o acervo em exposição para o público. Em reconhecimento à necessidade de preservar os 145 hectares de reserva, o instituto recebeu do Ministério do Meio Ambiente, em abril de 2010, a titulação provisória de jardim botânico.[3]

Neste jardim, estão cerca de 1,5 mil espécies catalogadas de palmeira, a maior coleção do tipo do mundo.[2]

Foto: Bernadete Amado.

Em fevereiro de 2010, os pavilhões em cubo branco foram substituídas por instalações transparentes. A intenção é promover o diálogo com o entorno de montanhas e mata. Em artigo de Fabiano Cypriano para o jornal Folha de S.Paulo, cita-se que as mudanças criam mais raízes locais e o Inhotim "se torna um novo paradigma para a exibição da produção contemporânea. [4]

Há ainda um restaurante cinco estrelas.[1] Aberto de quinta a domingo e aos feriados, o Inhotim oferece visitas temáticas, com monitores, além de visitas educativas para grupos escolares, que devem agendar previamente.

[editar] Administração

Idealizado por Bernardo Paz, o Inhotim conta com o diretor executivo, Hugo Vocurca, curador e diretor artístico, Jochen Volz, curador Allan Schwartzman e diretora executiva adjunta, Karina Kattan.

[editar] Crítica

O jornal The New York Times, em referência ao Inhotim, citou certa vez que "poucas instituições se dão ao luxo de devotar milhares de acres de jardins e montes e campos a nada além da arte, e instalar a arte ali para sempre”.[1]

O jornal Estado de Minas, em edição de 6 de fevereiro de 2011, avalia que o Inhotim pretende "transformar as pessoas para melhorar o mundo".[2]

Referências

  1. a b c d e f MEDEIROS, Jotabê (25 de março de 2010). Inhotim é um trabalho para a posteridade. Caderno Negócios. Jornal O Estado de S.Paulo
  2. a b c d e f Jornal [{Estado de Minas]]. (6 de fevereiro de 2011). Poder transformador. Caderno EM Cultura.
  3. OLIVEIRA, Júnia (8 de abril de 2010). Minas tem novo jardim botânico. Caderno Gerais. Jornal Estado de Minas
  4. Novas instalações fazem de Inhotim paradigma para arte contemporânea - Folha de S. Paulo, 25 de fevereiro de 2010 (visitado em 25-2-2010).

[editar] Ligações externas

















Exibir mapa ampliado







Inhotim abre visitação para viveiro com mais de 4 mil espécies de plantas

Visitante poderá conhecer coleção do museu, na Grande BH.
Ação faz parte da Semana do Meio Ambiente.

Do G1 MG


Mais de 4.800 espécies da flora do museu do Inhotim, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estarão disponíveis para visitação a partir do próximo domingo (29), na inauguração do Viveiro Educador e Núcleo de Pesquisa. A ideia é que os visitantes possam ter a oportunidade de conhecer quase toda a coleção botânica do museu.

A ação faz parte das celebrações da Semana do Meio Ambiente 2011 e vai envolver também palestras, oficinas, visitas, shows musicais e exibição do filme "Lixo Extraordinário", sobre o trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro.

O novo espaço de visitação é formado por um complexo horticultural destinado a pesquisas científicas, manutenção da coleção botânica e atividades educacionais. O Viveiro Educador Inhotim abrange uma área de aproximadamente 25.000 m2. A visitação ocorrerá durante toda a Semana do Meio Ambiente. Para outras informações acesse o site do museu do Inhotim.
11/10/2009 - 10h00

Bernardo Paz prevê fundo e doações de obras para museu de Inhotim

Publicidade

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
enviado especial da Folha a Brumadinho

No fim de semana passado, o Instituto Cultural Inhotim recebeu uma romaria de ilustres representantes do circuito de arte contemporânea. Centenas de convidados, entre os quais alguns dos mais prestigiados artistas, curadores e galeristas do mundo, desfilaram pelos jardins do luxuriante museu ao ar livre para presenciar a inauguração de nove instalações.

Foram recebidos pelo empresário Bernardo Paz, que concebeu e criou a instituição, plantada numa antiga fazenda em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte. Para júbilo do anfitrião, o fim de semana artístico foi precedido por uma boquiaberta reportagem da revista "Travel", do "New York Times", que chamava Inhotim de "nova maravilha do mundo".

Paz, 59, milionário do setor de mineração e siderurgia, começou a ganhar projeção no meio das artes no início dos anos 2000, quando se tornou um comprador agressivo de obras, com vistas a criar seu inusitado museu.
A ideia ganhou corpo depois que ele, em 1995, aos 45 anos, sofreu um derrame, em Paris --escala de uma de suas incontáveis viagens de negócios à China. "Eu realmente vi que as pessoas morrem e fiquei com a sensação clara de que aquele não era mais meu caminho."


Pedro Silveira/Folha Imagem
Bernardo Paz, no Instituto Cultural Inhotim, que reúne grandes instalações de artistas brasileiros e internacionais
Bernardo Paz, no Instituto Cultural Inhotim, que reúne grandes instalações de artistas brasileiros e internacionais

Alguns anos depois, já não tinha dúvidas sobre abrir uma coleção de arte para o público nos jardins que construía em Inhotim --propriedade comprada em 1984. Foi o artista Tunga quem o incentivou a investir em arte contemporânea. "Ele dizia que a arte moderna estava virando enfeite na parede e que a arte contemporânea tinha vindo para ficar."

Paz percebeu que os 40 hectares de Inhotim eram propícios a abrigar grandes instalações em meio à natureza --um tipo de obra que poderia ser adquirida a preços atraentes, por ser de difícil comercialização. "Naquela época eu ainda não sabia se ia conseguir", diz.

Conseguiu, mas não sem enfrentar percalços e suspeitas. Festejado por muitos como um desprendido benfeitor das artes, mas visto por alguns como um excêntrico desmedido, ele despertou desconfianças quando, em meio a dificuldades, decidiu vender boa parte do seu acervo com a mesma agressividade com que comprara.

"Vendi para continuar construindo o museu", justificou-se em entrevista à Folha, concedida em sua casa, em Inhotim. "E depois recomprei muita coisa." Há quem diga que ele aceitou preços menores do que os que havia pago. Ele relativiza: "Quando o objetivo é maior, qualquer coisa que se diga é menor do que o objetivo. Não me preocupa o que disseram, mas o que Inhotim representa hoje para o Brasil".

Doação

O mais importante centro de arte contemporânea do país --e um dos melhores do mundo-- vem passando por um processo de formalização institucional. Já há seis anos, a direção artística está nas mãos de um trio de curadores formado pelo americano Allan Schwartzman, pelo alemão Jochen Volz (também cocurador da Bienal de Veneza) e pelo mineiro Rodrigo Moura.

Os próximos passos vão na direção de aprofundar a dimensão pública do museu e de criar condições para que se sustente ao longo do tempo. Estão em curso estudos para um "endowment" (fundo de manutenção) e para transformar Inhotim em organização social de interesse público. Em breve, dez obras do colecionador serão doadas ao instituto, que nos últimos 12 meses atraiu 211 mil visitantes --sendo 38 mil estudantes.

Hoje, a manutenção de Inhotim beira os R$ 20 milhões por ano, valor basicamente coberto, segundo o empresário, por recursos provenientes de seus negócios. Captações por lei de incentivo representam 5%. Para se ter um parâmetro, a Pinacoteca de SP, ressalvando-se as diferenças, tem um custo anual semelhante.
Paz diz que "há muitos gênios nos botequins" e que o importante é a persistência --característica que experimenta com tormento: "É um sofrimento que não me deixa dormir. A felicidade é minha família. O resto é angústia, ansiedade e inquietude".


Editoria de Arte/Folha de S.Paulo



O imperador de Inhotim

Como Bernardo Paz, empresário da mineração, montou um instituto
de arte tão pitoresco quanto espetacular em um lugarejo mineiro


Marcelo Marthe

Fotos Bruno Magalhães/Nitro
ESTILO TRATOR
Paz e a instalação De Lama Lâmina, cuja cúpula de vidro lembra um óvni na mata: a obsessão
do empresário é criar uma Disneylândia da botânica e da arte contemporânea


Em 2006, o mineiro Bernardo Paz recebeu um especialista em plantas na sua fazenda em Brumadinho, cidade de 34 000 habitantes a 60 quilômetros de Belo Horizonte. Paz havia acabado de transformar seus 97 hectares em uma mescla de jardim botânico e museu devotado à arte contemporânea – o Instituto Cultural Inhotim. Só que, ao se gabar das palmeiras, ouviu uma crítica do engenheiro agrônomo Harri Lorenzi. "Eu o adverti: ‘Meu amigo, essa sua coleção não tem nada de extraordinário. Faltam centenas de espécies nativas’", conta Lorenzi. De imediato, diante do convidado, Paz repreendeu o responsável pelo jardim (que logo seria demitido). Ao retornar ao local, no ano passado, Lorenzi se assombrou: "Até onde sei, ele montou a maior coleção de palmeiras do mundo, com mais de 1 000 espécies". O episódio resume o homem e sua obra. Na aparência, Paz – que cultiva uma juba branca à la Oswaldo Montenegro e recebe os visitantes descalço – é todo zen. Por trás da estampa riponga, contudo, há um leão obcecado em tornar cada vez mais grandiosa aquela que vê como a "obra de uma vida".

No começo da década, o empresário do ramo da mineração ganhou notoriedade como um mecenas agressivo e pitoresco. Mas, para muitos, Inhotim – o destino das obras que comprava – parecia um capricho sem sentido. Distante do eixo Rio-São Paulo e fora de mão mesmo para quem vem de Belo Horizonte, a região era, até poucas décadas atrás, sede de um leprosário. Quatro anos depois de sua abertura, contudo, a instituição já atrai público. Sua exuberância, sustentada por recursos do próprio empresário e também obtidos com leis de incentivo, contrasta com a penúria de boa parte das instituições culturais do país. No ano passado, Inhotim recebeu 130 000 visitantes (além de 21 000 estudantes, a maioria por meio de um convênio com a prefeitura de Belo Horizonte) e inaugurou nove novas atrações. Entre elas contam-se uma
instalação do carioca Hélio Oiticica (1937-1980) e a galeria que abriga De Lama Lâmina, obra do americano Matthew Barney que consiste em um trator suspendendo no ar um tronco de árvore artificial (Barney adora uma esquisitice: é casado com a cantora islandesa Björk). O efeito da obra e do prédio que a abriga sai amplificado pelo cenário – de fora, o conjunto parece um óvni estacionado no meio da mata. Ao inserir a arte contemporânea em um ambiente tropical, Inhotim lhe confere um sentido menos inócuo do que se depreenderia ao observá-la em uma bienal.

A ambição do mecenas é criar uma Disneylândia da arte e da botânica. "Isto aqui não é um museu. É um lugar", diz. Ele quer construir um albergue para estudantes, três hotéis de categorias distintas, um centro de convenções, um teatro e um aeroporto. "Sou da tribo das pessoas que só querem fazer, fazer, fazer. E isso põe todo mundo aqui louco", afirma Paz, que, aos 59 anos, controla a ansiedade com calmantes, antidepressivos e dois maços de cigarro por dia. Inhotim surgiu no fim dos anos 80, quando Paz se tornou próximo do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994) e obteve dele – na base da camaradagem – palpites para montar seu jardim.

A ideia de transformá-lo em uma instituição aberta ao público nasceu em 1995, quando o empresário se viu confrontado com a morte: sofreu um derrame em Paris, durante uma escala em uma viagem de negócios à China. "Percebi que meu legado poderia ser esse ambiente mágico, onde as pessoas vivem uma experiência interior única", diz. Ele concluiu que a melhor forma de imprimir esse significado luminoso a seu jardim seria salpicá-lo de arte, em uma versão radicalizada dos tradicionais jardins de esculturas. Convencido pelo artista pernambucano – e amigo – Tunga de que não deveria investir em "medalhões mortos", ele se desfez de seu acervo de arte moderna e passou a colecionar contemporâneos, como o próprio Tunga, os cariocas Cildo Meireles e Adriana Varejão e o dinamarquês Olafur Eliasson. A galeria mais espetacular é a de Adriana, que tem três andares e parece flutuar sobre um espelho-d’água. "Inhotim é o sonho de todo artista: um lugar que acena com liberdade total e recursos generosos", diz a artista. Ela conseguiu não só um colecionador, mas também um maridão: Adriana e Paz casaram-se em 2005 (ele, pela quinta vez) e têm uma filha de 4 anos.

Ao criar seu "lugar mágico" – inaugurado em uma boca-livre antológica, com dois Airbus fretados para o translado de convivas –, Paz esperava elogios. Não foi assim. Ele enfrentou pressões familiares. "As mães dos meus seis filhos querem me matar por enterrar todo o dinheiro deles aqui", afirma. Uma das ex despachou um médico para sondá-lo. "Ela achava que eu estava doido." O imperador de Brumadinho também teve sua imagem abalada pelo envolvimento do irmão, Cristiano Paz, no escândalo do mensalão petista, em 2005. O publicitário era sócio do nefasto Marcos Valério. "De repente, minha obra foi colocada sob suspeição", diz.

Paz declara ter despejado em Inhotim cerca de 90 milhões de dólares, o que o tornaria um mecenas comparável a Ciccillo Matarazzo, financiador do acervo estupendo do Museu de Arte Contemporânea (MAC), em São Paulo. Boa parte desse montante, de acordo com Paz, provém de uma bolada de 150 milhões de dólares que ele teria recebido no exterior pela venda de uma mina no Brasil. O dinheiro teria sido doado à Horizontes, empresa que administra o instituto, por meio de uma firma no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas. "Pus o grosso do dinheiro em Inhotim. O restante, a Horizontes emprestou a uma empresa minha para saldar dívidas", conta. A empresa em questão era a mineradora Itaminas – que, recentemente, teve sua venda acertada para um grupo chinês por 1,2 bilhão de dólares. Paz pretende usar parte da quantia para quitar seus débitos empresariais, que ele calcula serem da ordem de 400 milhões de dólares. "Como escolhi ser um homem público, não posso dar margem a ilações", afirma.

O mecenas paga comissões entre 80 000 e 100 000 dólares por obra, além de bancar o material para sua confecção. Ele se enfronhou na arte contemporânea para conviver com os artistas, que via como criaturas extraordinárias. A proximidade o fez rever essa ideia: "Artistas cansam. Ninguém aguenta as pirações deles por muito tempo". No casamento com Adriana Varejão, Paz se adapta como pode às injunções da mente criadora. Ela mora no Rio de Janeiro. Ele vive isolado em Inhotim. "Como eu poderia manter essa mulher, uma artista, presa aqui?", diz. Ademais, Paz reconhece não ser um marido fácil. "Sou um ermitão."

Fotos João Marcos Rosa/Ag. Nitro e Bruno Magalhães/Nitro
O PALÁCIO DA PRIMEIRA-DAMA
Uma das galerias de Inhotim abriga obras da artista plástica carioca Adriana Varejão – que, durante a construção, acabaria se casando com o mecenas Bernardo Paz. Dentro do prédio (à dir.), uma estrutura de concreto de três andares que parece flutuar sobre um espelho-d’água, há peças como Linda do Rosário (à esq.) – uma parede de azulejos da qual brotam vísceras feitas de poliuretano e pintadas a óleo

Bruno Magalhães/Nitro
EXUBERÂNCIA TROPICALISTA
Os jardins de Inhotim, com obra de Hélio Oiticica: a maior coleção
de palmeiras do mundo




Bernardo Paz
Bernardo Paz é um empresário mineiro que idealizou o Instituto Inhotim. O complexo museológico recebe milhares de visitantes por mês, mantém um acervo de 500 obras valiosas e é o maior jardim botânico do país.
Frase da Gabi apresentando o entrevistado:
"As grandes obras de arte somente são grandes por serem acessíveis e compreendidas por todos."
(Leon Tolstói – escritor russo)



Inhotim Cultural Institute, Brumadinho, Minas Gerais

by Harold Emert




André Mantelli
Inhotim Cultural Institute, Brumadinho, Minas Gerais


Brumadinho, Minas Gerais - The Inhotim Cultural Institute reminded me of New York City´s Guggenheim Museum set inside a tropical rainforest. To reach it, I took a 90 minute auto ride from Belo Horizonte on dusty yet bucolic roads to Brumadinho, a town of 35,000 about 60 kilometers from the Minas Gerais state capital.

Founded in 2005, Inhotim spreads about a stretch of converted farmland owned by mining magnate and art collector Bernardo Paz. The official literature calls it "an environmental park and modern art museum. It is a place of production of knowledge created from an artistic and botanic collection."

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Visit Inhotim with WHL Travel, a company that shares our concern with sustainable and responsible tourism.

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Paz is married to the Brazilian artist Adriana Varajão – a fact which perhaps helps explain his eccentric tastes in art. Much of his collection of contemporary art is on display on the grounds: sculptures, drawings, photographs, videos and installations. The permanent collection boasts about 350 works produced since 1960 by more than 80 artists.

One piece that continues to ring in my ears, eyes and soul is "Forty Part Motet" (2001) by the Canadian-born Janet Cardiff, who now lives in Berlin. The looped recording recreates the experience of hearing a live choir performs the English Renaissance masterpiece “Spem in Alium” – composed by Thomas Tallis in 1573 for, some believe, Queen Elizabeth’s 40th birthday. A Renaissance choir brought back to life!

If manmade and women-made wonders abound, so do natural ones. The Tropical Park is a botanical garden that reminded me of the stunning natural features of the Amazon mixed with the wonders of Rio de Janeiro’s parks and gardens created by great 20th century landscape artist Roberto Burle Marx. According to the description on the official Inhotim website “the enormous variety of plants makes Inhotim a local where one encounters one of the major collections of botanical collections in the world, with rare tropical species and forest reserve which is part of the Mata Atlântica (Atlantic Rainforest)." Not incidentally, a decade before his death in 1994 Burle Marx paid a visit to Inhotim and provided some early suggestions about the projected landscape.

Walking around Inhotim's gardens, parks and scenic wonders, a few comparisons came to mind: Frank Lloyd Wright’s home and the Hearst Castle in San Simeon, California. Pavilions feature permanent exhibitions of Brazilian artists Tunga and Cildo Meireles. In March, 2008, two new galleries were inaugurated: one dedicated to Varejão's work and the other for Colombian Doris Salcedo's piece Neither (2004). Other projects commissioned by Inhotim have included project by international artists like Doug Aitken, Matthew Barney, and Pipilotti Rist. Curators have included Allan Schwartzman, Jochen Volz and Rodrigo Moura.

Inhotim Restaurant

Inhotim’s restaurant, set in gardens designed by Burle Marx, is alone worth the trip from Belo Horizonte. Set among the natural wonders of Brazil’s "tropicalia," the menu is as healthy as the locale. In fact this observer would venture to guess Inhotim's restaurant was on par or better than many of Belo Horizonte or even Sao Paulo and Rio de Janeiro’s finest restaurants.

Getting to Inhotim

The official website provides directions in English for driving to Inhotim. There is direct bus service from Inhotim from the Belo Horizonte’s main bus station (“rodoviária,” in Portuguese). Though in Portuguese, the bus station’s website features a handy online form that gives you the departure times of all buses from the Belo Horizonte rodoviária. Click on “horários de ônibus” in the left-hand menu.

Inhotim Visits

The center is open during the day, Thursday-Sunday and on holidays. There is a modest fee. Details can be found on Inhotim General Information page of the official website.

Inhotim Reporter’s Notebook

The visit came after I attended a conference in Belo Horizonte called Earth Dialogues: the Planet Water in November 2008. The director of the Institute of the UNESCO Institute for Water Education Richard Meganck visited Inhotim to discuss various projects that involve the participation of Narcio Rodrigues, a Brazilian member of Congress representing Minas Gerais.



Inhotim, um centro cultural mineiro cercado de privilégios

Centro faz história no gigantismo de sua ambição; TCU vê favorecimento em associação com o poder público

15 de setembro de 2009 | 8h 00

Jotabê Medeiros, enviado especial

Delírio de um multimilionário mineiro da área de mineração, Bernardo Melo Paz, o Instituto Cultural Inhotim é tão grande quanto privilegiado. O centro mineiro de arte contemporânea, desde que se instalou no cenário da arte contemporânea nacional, vem colecionando largos privilégios de verbas e ajudas oficiais.

Nilton Fukuda/AE
Nilton Fukuda/AE
Bernardo Paz monta pessoalmente a instalação de Yayoi Kusama, 'Jardim de Narciso'

O mais recente: para facilitar o acesso ao local, que fica a cerca de 60 km de Belo Horizonte, o governo de Minas primeiro construiu a estrada Barreiras-Brumadinho. Agora, Inhotim queixou-se que a pontezinha que dava acesso ao gigantesco museu era estreita. Não teve problema: o governo de Minas Gerais começou a construir em tempo recorde, 180 dias, uma portentosa ponte de R$ 2,5 milhões sobre o Rio Manso, além de pavimentar o trecho. Na semana passada, caminhões e tratores trabalhavam furiosamente para finalizar o acesso, embora a velha ponte dê conta do serviço tranquilamente.

Do governo federal, Inhotim ganhou recentemente a possibilidade de obter renúncia fiscal da ordem de R$ 13 milhões para gastar no seu plano anual de atividades de 2010 a 2011 (vem sendo habilitado para tanto desde 2008, quando captou R$ 1.595 000,00). Somente para a agenda cultural de 2009, teve aprovados R$ 1,1 milhão da Lei Rouanet. Tem patrocínios generosos da Petrobras e outras estatais mineiras. Ainda assim, cobra R$ 15 pela entrada.

Peças de Edgard de Souza e palmeiras ao fundo. Foto: Nilton Fukuda/AE

Inhotim é como um buraco negro espacial, vai crescendo e engolindo matéria. Mas às vezes encontra resistência. No mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu que Inhotim pretendia fazer a municipalidade construir um Centro de Convenções em um dos seus terrenos. Detalhe: doaria o terreno, mas em troca queria o usufruto do Centro de Convenções durante 20 anos. O TCU brecou a manobra.

"Vedado o estabelecimento de condição que confira à entidade privada a gestão do empreendimento que será construído, cuja exploração é prerrogativa do poder público", escreveu o juiz auditor, Augusto Sherman Cavalcanti, ao negar o pedido.

Apesar do percalço, Inhotim continua crescendo pelas beiradas. No dia 29, o centro de arte apresenta 9 novas aquisições de arte contemporânea, obras de gente como Mattew Barney, Doug Aitken, Chris Burden e Yoyoi Kuzama.

No pequeno município de Brumadinho (no Vale do Paraopeba, a 50 km de Belo Horizonte), não pega bem falar mal de Inhotim. Para uma economia baseada na cachaça e na extração mineral, com tímida produção cultural local, o megacentro é uma redenção em todos os sentidos. Só para se ter uma ideia: para orientar os visitantes nos pavilhões dos artistas, foram contratados 68 estudantes das faculdades locais.

"Até o final do ano, serão contratados mais uns 30", disse um dos garotos que trabalham como monitores. "É gente das faculdades de artes, de História, mas tem também gente de Matemática, de setores que não tem nada a ver com arte", revelou Dona Inês, que vende artesanato de barro na estrada Barreiras-Brumadinho, não titubeia quando é perguntada sobre o quanto houve de incremento na venda de suas modestas peças após a abertura do Centro de Arte Contemporânea. "Ah, cresceu 100%", jura.

'Magic Square', uma obra de Hélio Oiticica. Foto: Nilton Fukuda/AE

O museu conta com agressiva política de residências artísticas. Mas nem sempre mete a mão no bolso para realizar seus projetos. Na semana passada, teve aprovado pelo Iphan o projeto Manifestações Culturais Quilombolas do Vale do Paraopeba, pelo qual concorria com outras 95 propostas do País. É um programa de patrimônio cultural imaterial. Mas o Iphan entra com R$ 105 mil, e a contrapartida de Inhotim é de apenas R$ 4,3 mil. A diretora-executiva de Inhotim diz que a missão do centro de artes é "promover a educação continuada mediante contato estreito com a arte contemporânea e o meio ambiente".

Criador de museu era empresário, hoje vive enfronhado com a arte

Na quinta-feira passada, por volta das 14 h, um homem de cabelos compridos, camisa-bata branca, calça de tecido mole e chinelos brancos caminhava em direção ao restaurante de Inhotim - um bufê de 5 estrelas, metade das mesas ao ar livre, com peras recheadas de gorgonzola, saladas de endívias e doces típicos mineiros.

Cabelos grisalhos e longos, andar arrastado e seguro, o homem de uns 50 e poucos anos parecia um pouco uma mistura de Oswaldo Montenegro com Kris Kristofferson. Ele entrou e se dirigiu a uma mesa nos fundos, dedicando-se a algo que parecia uma séria reunião de negócios enquanto almoçava. Depois, com um cigarro apagado entre os dedos, caminhou em direção ao espelho d’água que fica no teto do Centro Burle Marx. Ali, começou a abrir caixas de papelão e espalhar pessoalmente, assistido por funcionários, as bolas metálicas que compõem a novíssima instalação da japonesa Yayoi Kusama, "Jardim de Narciso".

O homem era o empresário Bernardo Paz, figura controversa das artes nacionais, um mecenas que já declarou publicamente não gostar de "artista morto". Paz é irmão de Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério (o operador do chamado "mensalão") na SMP&B e DNA Propaganda.

Entretanto, forçar uma associação imediata da gestão de Inhotim com esse grupo, sem comprovação, pode servir somente a interesses políticos. Recentemente, um jornal da região reproduziu declaração do senador José Nery (PSOL-PA), afirmando que este protocolaria requerimento para incluir Inhotim na CPI da Petrobrás. Nery diz que nunca deu a declaração e nem integra a CPI.

Paz é dono da Itaminas, que já esteve entre as maiores produtoras de ferro de Minas. No ano passado, colocou à venda um dos principais ativos da empresa, uma mina de ferro com reservas de 1,3 bilhão de toneladas. Segundo o jornal "Valor Econômico", a Itaminas é do fim dos anos 50 e de controle familiar. Em Sete Lagos e Itatiaiuçu, o grupo opera três produtoras de ferro-gusa, e essa produção fez com que o grupo fosse acusado de agressão ao meio ambiente.

Paz vive literalmente enfronhado entre arte contemporânea (reside ali mesmo). E foi ali que, em 2005, casou com a artista Adriana Varejão, numa festa para 300 convidados. Adriana, é claro, tornou-se dona de um dos mais portentosos pavilhões do centro.




5 comentários

crisbmelo
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QUE VERGONHA. O Estadao fazer uma matéria dessas... Tanta corrupção, dinheiro jogado no lixo, empresas que servem de cabides de emprego aqui mesmo em São Paulo, e um jornal que era pra ser conceituado faz uma matéria criticando o maio e melhor centro cultural que o Brasil possui? Já sabia que o Estado estava piorando, mas nesse nível. Acho que jornalecos conseguem ter uma melhor opinião sobre isso. Próxima matéria pro Estadão: "Absurdo, dinheiro gasto no Louvre poderia solucionar a pobreza no Brasil." Falta de cultura é falta de inteligência Sr. pseudo jornalista que escreveu esta matéria! Abraços e VISITEM INHOTIM para terem opinião própria. Viva a cultura!

maristockler
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Maledicência Gostaria de saber se o jornalista que escreveu a matéria de fato foi ao local. Pois não parece.Inhotim é um lugar vivo. Fui lá por dois dias e vi cerca de 2000 pessoas por dia desfrutando do local,com imenso prazer e satisfação. Familias inteiras passeavam pelos jardins e instalações conversando sobre arte.Pessoas iniciadas no assunto e gente que tive a impressão que poucas vezes frequentou museus. Como não comentar as qualidades do lugar nesta matéria? Por acaso esta pessoa conversou com os jovens monitores de Brumadinho? É impressionante como estão bem preparados. Que outra oportunidade estes jovens teriam se não fosse Inhotim? Não sou mineira. Sou paulista como o jornal, mas reconheço a qualidade deste trabalho. Inhotim não é um buraco negro como sugere a matéria. Uma rápida visita desprovida de maledicência, perceberá a relação entre as pessoas e o lugar Quem vai a Inhotim, sai modificado. O investimento público e privado ali feito,tem na intensa visitação um retorno incalculável.Que é a cultura.

Filantropia e arte

Empresário Bernardo Paz se prepara para ir ao Fórum Mundial de Davos discursar sobre o Instituto Inhotim

Plantão | Publicada em 12/12/2010 às 09h04m

Karla Monteiro
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BERNARDO PAZ: o mecenas, sócio de mais de 20/ Foto: Carol Reis

BRUMADINHO - Difícil enquadrar Bernardo Paz: postura de monarca e discurso anárquico. O homem intriga. Por um lado, ele é acusado pelo Ministério Público de sonegação de impostos e de receber, através da empresa Horizontes Ltda., dinheiro oriundo de paraísos fiscais. Por outro, ergueu um patrimônio para a Humanidade: Inhotim, o incrível museu de arte contemporânea semeado numa fazenda em Brumadinho, pequena cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. O lugar é - de fato - um reino, avaliado em US$ 200 milhões.

São cem hectares de jardins botânicos com uma imensa coleção de espécies tropicais raras. O paisagista Burle Marx foi amigo de Paz e ajudou a orquestrar tal exuberância. Inhotim abriu as portas em outubro de 2006 e, de lá para cá, só ganha magnitude. Entremeando os jardins e lagos, são 17 pavilhões dedicados à arte contemporânea produzida entre os anos 1960 e hoje. Muitos dos nomes mais importantes estão lá: Tunga, Cildo Meireles, Miguel Rio Branco, Hélio Oiticica, Adriana Varejão (mulher do empresário), Doris Salcedo, Victor Grippo, Matthew Barney, Rivane Neuenschwander, Valeska Soares, Janet Cardiff & George Bures Miller, Doug Aitken. Nesse cenário vive o mecenas. Paz, sócio de mais de 20 empresas de mineração e siderurgia - e o maior produtor independente de ferro-gusa do país -, mora no casarão da fazenda, com Inhotim como quintal.

Na manhã da última quarta-feira, feriado em Belo Horizonte, ele se encontrava na parte externa do restaurante do museu, atrás de cinco caixinhas de água de coco e um maço de cigarros Carlton. Quando começa a falar, a voz é quase inaudível. Em janeiro, Paz vai viajar em missão diplomática. Foi convidado a sentar-se numa das mesas de discussão do Fórum Mundial de Davos, encontro anual que reúne na Suíça líderes da economia, de empresários a presidentes de banco. Está na mesma mesa da presidente do conselho dos museus do Qatar, Sheika Mayassa, e dos artistas plásticos Jeff Koons e Olafur Eliasson. O tema: arte contemporânea e filantropia.

Foto: Vicente de Mello O empresário, irmão do publicitário Cristiano Paz, sócio de Marcos Valério na SMPB, agência envolvida no escândalo do mensalão do PT, é bom de papo. Não tem travas na língua. Gosta de falar, embora raramente conceda entrevistas e não comente nada da vida pessoal ou dos negócios. Paz nunca eleva o tom da voz. Só quando solta um "puta que o pariu" para o celular que toca insistentemente. Entre soberbo e simpático, arrogante e elegante, defende a arte contemporânea como "a mais poderosa organização não governamental". Diz que Inhotim é um exemplo único de projeto social no mundo. Mete o pau na elite brasileira. E desdenha do encontro em Davos.

O convite para ir a Davos é muito importante para Inhotim?

BERNARDO PAZ: Tudo o que avança no sentido cultural é importante. Mas eu não gosto de ir a Davos, porque tenho dificuldade de me expressar para pessoas importantes. Elas se julgam tão importantes que não ouvem. O que precisamos é de atitude de quem tem dinheiro. Inhotim é uma fábrica de cidadãos, a maior obra social que qualquer pessoa no mundo já fez. Mas, ao mesmo tempo, não é nada. Bastaria os ricos entenderem que quem está do seu lado é gente. O DNA é o mesmo. Só falta treinamento. Eu quero que Inhotim se transforme em exemplo. Por isso falar em Davos talvez seja interessante. Bater na mesma tecla é bom.

O que o senhor pretende dizer em Davos?

Com sinceridade, eu estou indo para Davos porque me convidaram. Não sei nem quem me convidou. Quando chegar lá, vou olhar para a cara daqueles bundas-moles e mandar todo mundo para a puta que os pariu. E, se encontrar pessoas legais, vou tentar falar alguma coisa. O fórum que importa não é esse. O fórum está no governo de cada país, de cada estado, de cada cidade.

Inhotim é uma obra social?

Sim. É um treinamento. É mais fácil aprender aqui do que com um livro ou numa escola aborrecida. A curiosidade e a vontade de chegar lá vêm do exemplo. As pessoas, quando estão no museu, se sentem estimuladas, orgulhosas, porque entram em contato, se comunicam com gente pretensamente mais educada.

Vamos começar do começo: o senhor iniciou a sua coleção de arte contemporânea em 1980. Como surgiu o interesse pela arte? Comprar arte já era um "projeto social"?

Nunca tive ideologia. Minha filosofia de vida sempre foi humanista. Sempre apostei nisso. As pessoas, de forma geral, juntam um monte de dinheiro. E aí dão dinheiro para a Aids, dão dinheiro para isso, para aquilo... Mas nunca vão ao lugar para ver a cultura da população, para ver o que se pode tirar de proveito das pessoas inteligentes daquela comunidade. O ponto mais importante em qualquer sociedade é o treinamento. E o treinamento não é baseado na educação formal, mas em princípios. Ele traz à tona a curiosidade. A curiosidade talvez seja - e eu acho que é - a forma mais fácil de ensinar. A partir do momento em que você desperta a curiosidade, a pessoa quer saber, quer ir além.

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26/10/2008 free counters

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