O maestro John Neschling, que comandou a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) por 12 anos, recorreu à Justiça para receber seus direitos trabalhistas. Ele foi demitido em janeiro por e-mail. Na ação, que tramita na 23ª Vara do Trabalho em São Paulo, Neschling pede para receber aviso prévio, FGTS, férias e 13º terceiro referente a todo o período em que comandou a orquestra.
Neschling recebia um salário de R$ 125 mil, o que não é alto se comparado com outros músicos do seu porte. Se o pedido for aceito, a demissão do maestro vai custar caro para a orquestra. Neschling é representado na Justiça pelo advogado Luís Carlos Moro.
O processo que culminou na demissão de Neschling começou em junho de 2008, quando ele avisou que não pretendia renovar seu contrato, que acabaria em 2010. Após a declaração, o maestro se sentiu excluído do processo para escolher seu sucessor e levou a sua insatisfação para a imprensa. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o maestro contou que pediu para participar da sucessão. Ele ficaria mais dois anos na orquestra, regendo menos e ajudando a encontrar o substituto. Não teve resposta.
“A Osesp é um projeto meu”, disse na entrevista. Ele também lembrou que foi o responsável por reerguer a orquestra, que há 12 anos “existia mal e porcamente”. Ele estava na Grécia quando foi comunicado da sua demissão por e-mail.
Foto: Governo do Estado de São Paulo
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