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domingo, 9 de novembro de 2008

Feira do Livro de Curitiba é cancelada


Já estava se tornando tradicional. Pelo quinto ano consecutivo, a Praça Osório de Curitiba receberia, a partir da semana que vem, entre 10 e 20 de novembro, a Feira do Livro de Curitiba. Receberia, porque as cerca de 60 editoras e livrarias que estavam confirmadas para o evento, foram informadas nesta sexta-feira, a três dias do início, que a Feira está cancelada.

A coordenadora do encontro literário, Sueli Brandão, do Instituto de Educação e do Livro, estava desolada com a notícia, mas ainda se mostrava esperançosa com a realização da feira neste ano, mas em outra data e em outro local de Curitiba.

“Eu tinha um pré-acerto, mas nesta sexta-feira a prefeitura me informou que a Praça Osório não poderia ser liberada, por problemas técnicos”, disse Sueli. “Mas nos foi colocada a possibilidade de outros espaços receberem a Feira e estamos estudando qual a melhor alternativa”, explica ela.

O Instituto de Educação e do Livro, com sede em Joinville, é responsável por dez feiras literárias no Brasil. Todas de menor porte e badalação, com um formato mais popular. Em Agosto, realizou a Feira Internacional do Livro, em Foz do Iguaçu. O objetivo de todas elas é popularizar a leitura, por isso a opção por locais públicos, de passagem de pessoas. “Queremos atrair o público que nem sempre compra livro, por isso optamos por este formato”, diz ela.

Alguns autores já haviam confirmado presença em Curitiba, como o romancista e dramaturgo Alcione Araújo e o jornalista Domingos Meirelles. O homenageado seria o romancista mais premiado do ano, Cristovão Tezza. Agora, as agendas terão de ser mudadas.

O estranho de tudo isso, é que o órgão da prefeitura que negociou a permanência da Feira do Livro em Curitiba foi a Secretaria do Meio Ambiente. O que significa que a única aproximação do governo municipal com esta iniciativa cultural é puramente administrativa, de liberação de um local público. Felizmente, pessoas ligadas ao gabinete do prefeito Beto Richa tentam mediar o impasse e procuram alternativas.

A Fundação Cultural de Curitiba está completamente alheia a esta discussão pois não apóia a iniciativa que é totalmente privada. Existe um outro projeto de Literatura na FCC, no qual o espelho é o formato “Flip” (Festa Literária de Parati). Por enquanto, ainda não há indicações de que um projeto como este sairá do papel.

Para ouvir o outro lado, tentei falar com alguém da Secretaria do Meio Ambiente, do Gabinete do prefeito e da Fundação Cultural, mas já eram 18h40 desta sexta-feira e o horário de expediente da prefeitura vai até às 18h. Semana que vem tento novo contato para ver se haverá ou não Feira Literária em Curitiba neste ano.

Curitiba merece uma feira literária? Feiras literárias servem para alguma coisa? Fiquem à vontade para comentar.



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