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sábado, 9 de agosto de 2008

DNA de 'cão salsicha' dá pista para tratar cegueira

Cão Dachshund usa óculos especiais para 'cegueira diurna' (Cortesia: Frode Lingaas, da Escola Norueguesa de Ciências Veterinárias)
Distrofia de cones e bastonetes afeta poucas raças de cães
Uma mutação genética no 'cão salsicha' pode oferecer pistas para uma forma de cegueira genética em humanos, de acordo com um estudo de pesquisadores americanos e noruegueses.

Eles conseguiram isolar um gene do DNA de cães da raça dachshund que havia sido parcialmente danificado em cães afetados por distrofias cone-bastonete, que afetam esses dois tipos de célula presentes na retina.

Distrofias ou displasias de cone e bastonete são relativamente raras em cães e se restringem a algumas raças. Em humanos, podem se iniciar logo na infância.

Em um primeiro momento, a perda das células da retina pode levar à "cegueira diurna", na qual a visão em lugares claros é prejudicada. Ao longo do tempo, o problema pode evoluir para a cegueira total.

No estudo, publicado na revista científica Genome Research, os cientistas isolaram parte do DNA dos dachshunds e, em particular, o gene NPHP4, que havia tido uma parte "apagada" em animais afetados.

O gene está associado a uma combinação de deficiências nos rins e fígados em seres humanos, disse o coordenador do estudo, o pesquisador Frode Lingaas, da Escola Norueguesa de Ciências Veterinárias.

"Nos cães dachshunds, encontramos uma mutação que afeta apenas os olhos, sugerindo que este gene pode estar relacionado a pacientes humanos com doenças oftalmológicas", afirmou.

Segundo ele, a descoberta pode ter aplicações tanto para uso veterinário quanto para uso em humanos.

Em cães, abre a possibilidade de testes genéticos para eliminar determinados distúrbios através do cruzamento de animais.

Em humanos, poderia apontar caminhos para o tratamento de distrofias de cones e bastonetes através do uso de genes, a geneterapia.

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