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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Três pessoas foram detidas durante manifestação contra Arruda, diz PM


Coronel negou que a polícia tenha sido violenta, mas admitiu feridos leves.
Cerca de 1.500 pessoas protestaram contra governador Arruda na tarde.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília


O coronel da Polícia Militar Silva Filho, comandante da operação que conteve a manifestação desta quarta-feira (9) contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), disse que três pessoas foram detidas no confronto – uma por desacato a autoridade e duas por atirarem pedras contra os policiais. Os três manifestantes detidos foram levados ao juizado especial depois de assinarem termo circunstanciado na delegacia.

Cerca de 1.500 pessoas participaram da manifestação em frente ao palácio do governo. Inicialmente, a PM estimou que seriam 2.500 manifestantes. Ainda segundo a PM, cerca de 600 policiais foram utilizados na operação.

Os policiais contiveram os manifestantes depois que eles impediram o acesso a uma das principais vias de Brasília. De acordo com a PM, foram utilizados gás lacrimogêneo, spray de pimenta, cassetetes e balas de borracha.

“O acordo era que eles permanecessem na praça central, mas eles invadiram as vias e queriam ir para a rodoviária. Não podíamos deixar que atrapalhassem as pessoas”, afirmou o coronel Silva Filho.

Exaltado, ele disse que foi derrubado por um dos manifestantes, que foi levado pela delegacia depois de resistir à prisão. “Nós caímos no chão e chegamos às vias de fato. Em nenhum momento bati na cara dele”, disse.

Foto: Dida Sampaio/AE

Manifestantes pró-impeacheament do governador José Roberto Arruda (DEM) entraram em confronto com policiais militares na Praça do Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, nesta quarta-feira (09) (Foto: Dida Sampaio/AE)

A PM disse que ninguém deu entrada nos hospitais públicos da cidade em decorrência do confronto com a polícia, mas afirmou que houve feridos leves, entre eles manifestantes e policiais.

“Em um confronto entre a polícia e manifestantes sempre vai haver pessoas lesionadas, com balas de borracha ou mesmo atingidas por cavalos, mas até mesmo os policiais foram atingidos com pedras e paus”, afirmou o coronel Luiz Fonseca, chefe do policiamento local.

No entanto, a PM negou que tenha agido com violência. Segundo o comandante da operação, a polícia não teria interferido se o movimento tivesse uma "liderança". Segundo Silva Filho, os policiais não conseguiram negociar porque não havia alguém que respondesse oficialmente pela manifestação.

"A polícia reagiu com a força necessária para que a turma fosse controlada. Se tivesse uma liderança, não seria necessário o uso da força", disse.

Indisponivel/Indisponivel

Em frente ao Palácio do Buriti, manifestantes chegaram a oferecer flores aos policiais durante ato pelo impeachment do governador do DF, José Roberto Arruda. O conflito com a polícia em seguida acabou interditando o Eixo Monumental, uma das principais vias da capital (Fotos: Roosewelt Pinheiro/ABr)

O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.










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