Publicada em 01/04/2011 às 03h49m
APTRÍPOLI - O ditador da Líbia, Muamar Kadafi, tomou uma posição desafiadora depois de duas deserções de seu regime, dizendo que não é ele quem deve renunciar, mas sim os líderes ocidentais que lançaram ataques aéreos no pais.
Kadafi acusou os líderes dos países que atacam suas forças de serem "afetados pela loucura do poder".
"A solução para este problema é eles se demitirem imediatamente e os seus povos encontrarem alternativas para eles", informou a agência de notícias estatal da Líbia citando Kadafi.
A Casa Branca disse que o círculo íntimo do ditador ruiu com a perda do ministro das Relações Exteriores, Moussa Koussa, que voou da Tunísia para o Reino Unido na quarta-feira.
Ali Abdessalam Treki, ex-chanceler e presidente da Assembléia Geral da ONU, anunciou sua saída em vários sites da oposição no dia seguinte, dizendo: "É direito do nosso país viver em liberdade e democracia e desfrutar de uma boa vida."
As forças de Kadafi ganharam um novo impulso ao se moverem rapidamente na frente da batalha com as forças de oposição, retomando da cidade de Brega, depois de empurrar milhares de rebeldes de volta ao território que ocupam no leste da Líbia.
O porta-voz da oposição, Mustafa Gheriani, disse que os rebeldes são destemidos.
- Acreditamos que o regime está desmoronando por dentro - disse Mustafa Gheriani em Benghazi, que os rebeldes consideram a capital de fato da Líbia.
Ele comparou Kadafi a um animal ferido.
- Um lobo ferido é mais perigoso que um lobo saudável. Mas esperamos que as deserções irão continuar e acho que ele vai se encontrar com ninguém ao seu redor.
A maioria dos altos funcionários líbios está tentando desertar, mas estão sob forte esquema de segurança e com dificuldade em sair do país, disse Ibrahim Dabbashi, o vice-embaixador da Líbia na missão das Nações Unidas, que agora apóia a oposição.
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