e não distruido !
E Philippe Starck está no Brasil. O arquiteto foi contratado para desenhar o projeto do novo empreendimento que será construído no lugar do ex-Hospital Matarazzo. Com ajuda do escritório Edo Rocha.
Hospital Matarazzo, em São Paulo, pode se tornar hotel de luxo
publicado por Janaína Ávila em: Hotel Atualidade São Paulo ComportamentoUm novo hotel de luxo a dois passos da Avenida Paulista? Tudo indica que o centro nelvrágico paulista deve ganhar um novo hotel, a ser instalado no antigo hospital Umberto Primo, também conhecido como Hospital Matarazzo. A notícia foi dada pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a reportagem, a estrutura estaria à venda e o prinicipal interessado na aquisição seria o grupo proprietário do hotel Le Royal Monceau, em Paris, recentemente reformado e do qual falamos aqui. A ideia do grupo hoteleiro é restaurar completamente o hospital e usar o local para abrigar o hotel mais luxuoso do Brasil, algo dentro da novíssima categoria de classificação, a almejada “seis estrelas“.
Atualmente o edifício pertence à Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. De acordo com os atuais propritários, as negociação com grupos de investidores interessados no imóvel estão em estado “avançado”. O órgão não confirma o interesse do grupo francês e a informação foi apurada pela reportagem do jornal.
O complexo é formado por dez edifícios e foi construído entre 1904 e 1974, quando a ala administrativa foi inaugurada. As atividades foram encerradas em 1993, quando o prédio foi vendido à Previ, provavelmente para saldar dívidas. No total, são 26,3 mil m2 de área construída em um terreno de 19 mil m2. De acordo com profissionais do setor imobilário que atuam na região da Paulista, o imóvel estaria avaliado em pelo menos, R$ 160 milhões, mas o preço de mercado pode chegar a tocar os R$ 260 milhões.
Via: Folha Online
Foto: Hospital Matarazzo.Blogspot
Inauguração do Hospital Matarazzo, São Paulo anos 10.
Sobre a História do Hospital
Assim surgiu a Casa de Saúde Francisco Matarazzo, que tinha como slogan “A saúde dos ricos para os pobres”. Em 1925, ele financiou outra construção no terreno, a Casa de Saúde Ermelindo Matarazzo. A idéia de construir a Maternidade,
foi de sua mulher, a condessa Filomena Matarazzo. Já a capela, hoje Igreja de Santa Lúcia, surgiu da iniciativa de sua cunhada, D. Virginia Matarazzo, que queria homenagear a santa padroeira da família. Durante muito tempo, o complexo hospitalar chamou-se Ospedale Umberto I e sua administração era escolhida por uma assembléia e pelo Cônsul Geral da Itália. Em 1941, passou a denominar-se Beneficência em São Paulo Hospital Nossa Senhora Aparecida e Casas de Saúde Matarazzo, sob a direção da Fundação Ítalo-Brasileira Umberto I.
Em 1970, o hospital firmou convênio com o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) e por mais de dez anos foi considerado um excelente espaço de formação de profissionais. A maternidade, por exemplo, era vista como a melhor da América do Sul. Entre seus funcionários, estava a parteira oficial dos Matarazzo que, a partir de então, passou a fazer ali os partos de todos os netos e sobrinhos do Conde Francisco.
Foi neste hospital também onde se montou o primeiro banco de sangue do Estado de São Paulo. Mas por falta de recursos, uma vez que sempre dependeu de doações e das contingências político-econômicas para sobreviver, o complexo hospitalar foi vendido em 1996 para seus atuais proprietários: a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI.
Atualmente o terreno serve de estacionamento.
No antigo complexo aconteceram dois eventos: Casa Cor em 2003, e casa dos criadores em 2005.
ARQUITETURA DO HOSPITAL MATARAZZO
uando em 1878 a Societá Italiana de Beneficenza in San Paolo adquiriu o terreno que hoje compreende as atuais ruas São Carlos do Pinhal e Itapeva e a alameda Rio Claro, sua pretensão era construir um hospital para os imigrantes italianos que viviam nesta cidade. Entretanto, devido à escassez de recursos, só em 1895 é que a entidade começa a levar adiante a idéia. Os arquitetos Luigi Pucci e Giulio Mecheli vieram da Itália e idealizaram um prédio com capacidade para 250 leitos. De padrão neoclássico, possuía dois andares, divididos em duas alas e um anexo para doentes que podiam pagar. Mais uma vez, a falta de dinheiro impossibilitou a obra.
Foi só em 1904, graças às doações de ricas famílias imigrantes, como os Matarazzo, que finalmente o sonho tornou-se realidade. O projeto inicial, assinado por Giulio Micheli, não previa a expansão do hospital. Por isso, foi construído na parte central do terreno de 27.419 m2 o edifício que hoje é conhecido como Pavilhão Administrativo. De estilo Florentino, constitui-se de duas alas para cem leitos e sala médica. Cozinha e lavanderia foram feitas posteriormente. Em 1915, o Conde Francisco Matarazzo encomendou ao arquiteto italiano G.B. Bianchi, também responsável por seu palacete na Avenida Paulista, a construção da Casa de Saúde que leva o seu nome. Esta, assim como a capela (de 1922) e a Casa de Saúde Ermelindo Matarazzo (de 1929), seguem os mesmos princípios florentinos do primeiro prédio.
Sempre em expansão, o hospital ganhou novas alas, porém de arquitetura pouco expressiva. Entre elas a Clínica Pediátrica Amélia de Camilis (em 1935) e o Pavilhão Vitório Emanuele III (em 1937). foi erguido em 1943. Por iniciativa de sua mulher, a condessa Filomena Matarazzo, o Conde Francisco encomendou ao arquiteto Francisco Verrone, depois substituído pelo arquiteto Mário Calore, a construção da maternidade.
Batizado com o nome de sua esposa, o edifício tem a arquitetura típica italiana da década de 30. Com proporções e simetrias neoclássicas, destaca-se a sobriedade, a imponência e a contenção dos detalhes.
Pela conservação da estrutura física dos prédios e pela importância em relação à vida pública e social da cidade de São Paulo, todo o complexo hospitalar, que compreende 9.870 m2 de área construída, encontra-se tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico).
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